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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

CENTRO DE TEOLOGIA E CIÊNCIAS HUMANAS


CURSO DE PEDAGOGIA

VANESSA MACHADO

REDES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO

CURITIBA
2011
VANESSA MACHADO

REDES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Pontifícia Universidade
Católica do Paraná, como requisito parcial
à conclusão da Graduação em
Pedagogia.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Elizete Lúcia


Moreira Matos.

CURITIBA
2011
VANESSA MACHADO

REDES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Pontifícia Universidade Católica do


Paraná, como requisito parcial à conclusão do Curso de Pedagogia.

Comissão Examinadora
________________________
Prof.ª Dr.ª Elizete Lúcia Moreira Matos
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR

________________________
Prof.ª Ms. Daniele Saheb
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR

Curitiba, 06 de dezembro de 2011.


Dedico este trabalho aos meus pais pelo
incentivo e apoio em todos os momentos.
AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Eluir e Sirlei que sempre me incentivaram e estiveram sempre
presentes em todos os momentos não me deixando desistir do meu sonho. Obrigada
por acreditarem em mim.

A minha orientadora, Professora Elizete Lucia Moreira Matos pelo acolhimento, por
compartilhar seu conhecimento e pela dedicação dispensada no auxílio à
concretização dessa monografia.

As minhas amigas: Kelly, Rejane, Simone que compartilharam momentos de alegria


e de dificuldades nesses quatro anos de faculdade e em especial a Alline pelas
tardes de pesquisas.

As alunas do período noturno do curso de Pedagogia que colaboraram com suas


contribuições que foram de grande valia nesse estudo.

E a todas as pessoas que não foram citadas, mas que contribuíram direta ou
indiretamente na realização desse trabalho.
“Os analfabetos do século XXI não serão os que não
souberem ler ou ‘, mas os que não souberem aprender,
desaprender e reaprender.”
Alvin Toffler (1970, p.271)
RESUMO

O objetivo deste estudo foi conhecer como os alunos de Pedagogia de uma


instituição de ensino de grande porte do período noturno estão envolvidos com as
redes sociais, identificando quais são as mais utilizadas e como essas tecnologias
influenciam na educação, assim como reconhecer quem são os nativos digitais. A
pesquisa de abordagem quantitativa e qualitativa foi realizada por meio de
entrevistas e questionário semiestruturado aplicado aos alunos. Para a elaboração
do questionário foi utilizada a ferramenta online Google Docs que tem por objetivo
facilitar a análise quantitativa na tabulação de dados. Autores como Castells (2004),
Marteleto (2001), Palfrey e Gasser (2011), Prensky (2001), Recuero (2009), Telles
(2010), Veen e Vrakking (2009) foram utilizados como subsídios para o estudo. Os
resultados obtidos apontam que as TICs (Tecnologias de Informação e
Comunicação) estão presentes no cotidiano dos alunos do ensino superior e
também já faz parte do currículo do curso de Pedagogia o ensino acerca de sua
utilização, entretanto, o acesso a internet e as redes sociais ainda é mais utilizado
para o entretenimento, para manter o contato com os amigos do que para fins
acadêmicos, talvez porque apesar das universidades investirem no uso de recursos
tecnológicos ainda é pouco utilizado pelos professores na realização de atividades,
verifica-se então a necessidade de que sejam exploradas melhor as tecnologias.
Palavras-chave: Tecnologias de Informação e Comunicação. Redes Sociais. Mídias
Sociais.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 – Perfil dos alunos quanto ao gênero..........................................................29


Gráfico 2 – Perfil dos alunos por faixa etária..............................................................30
Gráfico 3 - Porcentagem de acesso à internet...........................................................30
Gráfico 4 - Porcentagem de acesso às redes sociais................................................31
Gráfico 5 - Porcentagem de participantes de redes sociais.......................................32
Gráfico 6 - Frequência de acesso às redes sociais....................................................33
Gráfico 7 - Finalidade de utilização das redes sociais..............................................................33
Figura 1 - Página do Google Docs - edição do questionário......................................27
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

SMS - Short Message Service


TICs - Tecnologias da Informação e da Comunicação
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................12
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 13
1.2 OBJETIVOS 14
1.2.1 Objetivo geral 14
1.2.2 Objetivos específicos 14
1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO 14

2 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................15
2.1 REDES SOCIAIS 15
2.1.1 Blog 16
2.1.2 Facebook 16
2.1.3 LinkedIn 16
2.1.4 Msn Messenger 17
2.1.5 MySpace 17
2.1.6 Orkut 17
2.1.7 Sonico 18
2.1.8 Twitter 18
2.2 REDES SOCIAIS X MÍDIAS SOCIAIS 18
2.3 NATIVOS DIGITAIS 19
2.4 IMIGRANTES DIGITAIS 21
2.5 INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO22
2.6 SOCIEDADE DO CONHECIMENTO 24

3 METODOLOGIA.....................................................................................................26
3.1 DELIMITAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO26
3.2 PARTICIPANTES DA PESQUISA 26
3.3 RELATO DE COLETA DE DADOS 26
3.4 RELATO DE ANÁLISE DE DADOS 28

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE DADOS..................................................................29


CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................38
REFERÊNCIAS..........................................................................40
APÊNDICES..............................................................................43
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO SOBRE REDES SOCIAIS...................................44
APÊNDICE B – ENTREVISTA....................................................................................47
ANEXOS..................................................................................48
Anexo A – termo de consentimento livre e esclarecido..............................49
12

1 INTRODUÇÃO

É difícil imaginar viver num mundo globalizado e não fazer uso de nenhuma
tecnologia. É só olhar ao redor para perceber a influência da tecnologia em nossas
vidas, presentes direta ou indiretamente em atividades comuns. Como confirma
Nova e Alves (2002, p.1) quando diz que “a presença dos elementos tecnológicos na
sociedade vem transformando o modo dos indivíduos se comunicarem, se
relacionarem e construírem conhecimentos. Somos hoje praticamente vividos pelas
novas tecnologias!”
As tecnologias transformaram as redes sociais devido à exigência da atual
sociedade, conhecida como sociedade do conhecimento, na qual se faz necessário
estar em constante atualização para acompanhar as mudanças tecnológicas e estar
inserido nela.
A sociedade do conhecimento provoca mudanças nos paradigmas
educacionais, no modo de ensinar e aprender.
Entretanto, há um desencontro de gerações entre as pessoas que nasceram
imersas na tecnologia, os chamados nativos digitais (em sua maioria, alunos) e os
opostos a esses que são os imigrantes digitais (professores) e que tem de se
adaptar a tecnologia, porém não podemos generalizar, pois não basta apenas ter
nascido imerso na tecnologia para saber usá-la e nem ser mais velho para não
saber utilizar.
É a partir desse contexto que a educação precisa refletir sobre como integrar
as tecnologias de informação e comunicação no processo educativo, segundo
Sánchez (2002, p.1) “integrar as TIC é torná-las parte do currículo e vinculá-las
harmonicamente com os demais componentes curriculares. É utilizar como parte
integral do currículo e não como um apêndice ou recurso periférico”.
Portanto, cabe aos cursos de formação de professores prepararem os alunos
futuros professores para a prática profissional, pois é através do contato com as
tecnologias que se constrói o conhecimento dessas como ferramentas de apoio ao
processo de aprendizagem.
Sendo assim, o despertar para o tema “Redes Sociais na Educação” surgiu
da necessidade de identificar como ocorre o uso das redes sociais pelos alunos no
13

curso de Pedagogia e aliado a isso a influência das tecnologias de informação e


comunicação (TICs) no ensino-aprendizagem.

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

Desde os primórdios a evolução do homem decorre da necessidade de se


transformar e uma delas é a necessidade de comunicar-se com seus pares.
De acordo com Castells (2003, p. 7), a formação de redes é uma prática
humana muito antiga, mas as redes ganharam vida nova em nosso tempo
transformando-se em redes de informação energizadas pela Internet.
Hoje, mais do que nunca, o contato entre as pessoas tornou-se cada vez mais
rápido e fácil por meio dos inúmeros recursos que as TICs (tecnologias de
informação e comunicação) nos oferecem para a interação e a socialização.
As redes sociais disponíveis na internet são exemplos disso, uma vez que a
cada dia ganham mais adeptos.
Usuários que, como diz Prensky, (2001, p.1) (...) “passaram a vida inteira
cercados e usando computadores, vídeo games, tocadores de música digitais,
câmeras de vídeo, telefones celulares, e todos os outros brinquedos e ferramentas
da era digital 1”.
Como menciona Tagnin (2008, p.1) não é preciso ir muito longe para
confirmar o que as pesquisas apontam a respeito de que os hábitos dos jovens de
hoje são muito diferentes daqueles dos seus pais e professores.
Os jovens de hoje estão sempre antenados às tecnologias devido à
globalização da sociedade em que vivemos.
Diante desse contexto, em que a sociedade avança tecnologicamente surge à
necessidade de responder a seguinte questão: Como os alunos de Pedagogia de
uma instituição de ensino de grande porte do período noturno entendem as
redes sociais e utilizam as mesmas?

1
Traduzido pelo google tradutor.
14

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

Conhecer como os alunos de Pedagogia de uma instituição de ensino de


grande porte do período noturno estão envolvidos com as redes sociais.

1.2.2 Objetivos específicos

a) Identificar que redes sociais estão sendo utilizadas pelos alunos de


Pedagogia de uma instituição de ensino de grande porte do período noturno;
b) Relacionar quais as redes sociais são mais utilizadas por estes alunos;
c) Reconhecer quem são os nativos digitais;
d) Analisar qual a influência das redes sociais para a educação.

1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO

O trabalho está dividido em quatro capítulos. O primeiro capítulo compreende


a introdução, problematização e justificativa, objetivos e a estrutura do trabalho.
No segundo capítulo é apresentado a respeito do surgimento das redes
sociais e sua relação com as mídias sociais, como são utilizadas atualmente pelos
nativos e imigrantes digitais e como as Tecnologias de Informação e Comunicação
influenciam na educação e na atual sociedade chamada Sociedade do
Conhecimento.
O terceiro capítulo corresponde à metodologia, no qual estão descritos os
tipos de pesquisas adotadas, o objeto de estudo, os participantes da pesquisa e os
relatos de coleta e análise de dados.
São apresentados, no quarto capítulo, os resultados da pesquisa com foco no
problema, verificando assim como os alunos de Pedagogia de uma instituição de
ensino de grande porte do período noturno entendem as redes sociais e utilizam as
mesmas.
E por fim, encerra-se esta monografia com as considerações finais e a
apresentação dos apêndices e anexos utilizados na pesquisa.
15

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 REDES SOCIAIS

Desde que nascemos somos parte de várias redes sociais, a começar pela
família, escola, grupo de amigos, faculdade, entre outros, ou seja, faz parte da
natureza humana estar em rede.
Segundo Capra, (2002, p.94) "redes sociais são antes de mais nada redes de
comunicação que envolvem a linguagem simbólica, os limites culturais e as relações
de poder".
Com a internet o termo redes sociais ganhou um novo significado passando a
ser chamado de sites de relacionamentos, como aponta Boyd e Ellison apud
Recuero (2009, p.102) “sistemas que permitem i) a construção de uma persona
através de um perfil ou página pessoal; ii) a interação através de comentários e iii) a
exposição pública da rede social de cada ator”.
É a interação entre os atores (pessoas, instituições ou grupos) nas redes
sociais que constituem as conexões de rede, ou seja, como define Marteleto (2001,
p.72) a rede nada mais é do que “[...] um conjunto de participantes autônomos,
unindo idéias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados”.
Interesses que são compartilhados em torno de valores, crenças ou
interesses comuns nas redes sociais virtuais através de ferramentas como Orkut,
Facebook, Msn, Twitter, LinkedIn, MySpace, Sonico, entre muitas outras que existem
na atualidade.
A interação nas redes sociais virtuais pode ocorrer de duas maneiras:
interação síncrona (interação em tempo real – exemplo disso são os chats, bate-
papos, msn, mas só se ambos usuários estiverem online) e interação assíncrona (a
interação ocorre no tempo e disponibilidade dos sujeitos – é o caso do Orkut,
Facebook, Twitter, LinkedIn, Myspace).
Essa interação entre as pessoas tornou-se mais fácil e rápida hoje em dia
influenciada pelo uso das tecnologias que acaba por expor a vida pessoal na rede
com as redes sociais.
16

2.1.1 Blog

Blog2 é a abreviação de weblog3 site que permite a publicação de artigos - os


posts que são organizados do mais recente para o mais antigo abordando assuntos
variáveis, propostos pelo usuário.
Assuntos que vão desde notícias sobre um determinado tema ou até mesmo
relatos do dia a dia do autor, um diário online. A maioria dos blogs faz uma
combinação de texto, imagens, links e mídias.
Nos blogs há a possibilidade do visitante deixar comentários para a interação
com o autor e os demais visitantes.

2.1.2 Facebook

Fundada por Mark Zuckerberg em 2004 inicialmente apenas alunos da


Universidade Harvard tinham acesso, depois passou a ser liberado para estudantes
secundários e empresas.
A partir de 2006, qualquer pessoa com mais de 13 anos pode fazer parte do
Facebook.
São mais de 500 milhões de usuários4 ativos no Facebook. Esses usuários
podem postar fotos e acrescentar aplicativos (jogos, fotos, eventos, vídeos, grupos e
páginas). Além disso, as pessoas podem interagir com outros usuários utilizando o
bate-papo, as mensagens pessoais ou atualizações no mural e de status.

2.1.3 LinkedIn

LinkedIn foi fundada em 2002 por Reid Hoffman, mas lançada somente em 5
de maio de 2003. Só no Brasil são mais de 4 milhões de usuários 5.
São pessoas que buscam reencontrar amigos antigos, fazer contatos
profissionais e até mesmo encontrar um emprego.
Como nas demais redes sociais, o LinkedIn também possui lista de contatos
das pessoas com as quais é feita conexão, possui também comunidades para a

2
A abreviação blog foi criada por Peter Merholz. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Blog.
3
O termo weblog foi criado por Jorn Barger em 17 de dezembro de 1997. Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Blog.
4
Fonte: http://www.facebook.com/press/info.php?statistics.
5
Fonte: http://br.press.linkedin.com/about.
17

interação com as empresas registradas na rede. O LinkedIn é utilizado por diversas


empresas para recrutar profissionais de diversas áreas.

2.1.4 Msn Messenger

O Msn, criado pela Microsoft Corporation é um programa de mensagens


instantâneas que permite que uma pessoa que tenha o mesmo programa e que
esteja conectada a internet mantenha contato com outra que em tempo real através
de texto, vídeo ou voz. No programa é possível criar uma lista de amigos "virtuais"
conhecida como contatos, podendo assim acompanhar quando as pessoas ficam
online e offline no programa.
O Msn pode ser utilizado online e até mesmo offline para conversar, trocar
arquivos como fotos, documentos de texto e até mesmo jogar.

2.1.5 MySpace

É um serviço de rede social criada em 2003, entretanto, no Brasil, o MySpace


ficou disponível apenas em 2007.
Os usuários do MySpace podem criar perfis, nos quais é possível adicionar
listas de músicas, álbuns de fotos e vídeos para a interação com outros usuários.
Com o crescimento de usuários do site e a facilidade de postar arquivos de áudio e a
vídeo fez com que bandas e músicos utilizem o MySpace para divulgar seu trabalho.

2.1.6 Orkut

Orkut é uma rede social filiada ao Google, criada em 24 de Janeiro de 2004


que teve seu nome originado no projetista, Orkut Büyükkökten com o objetivo de
ajudar seus membros a conhecer pessoas e manter relacionamentos 6.
O Orkut ajuda a encontrar velhos amigos, manter contato através de fotos,
mensagens e vídeos, conhecer pessoas que tenham interesses em comum ou
contatos profissionais.
Com o Orkut também é possível criar comunidades online, participar de várias
delas para discutir temas atuais, jogar, entre outras coisas.

6
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Orkut.
18

Segundo o próprio site Orkut, os brasileiros (50,60%)7 são os que mais


utilizam a rede social.

2.1.7 Sonico

Sonico é uma rede social que foi fundada em julho de 2007 que permite a
interação entre indivíduos, organizações e marcas.
Os usuários podem enviar fotos e vídeos, desafiar outros usuários em jogos
como as demais redes sociais.
Entretanto, o Sonico possui algumas funcionalidades específicas como a
criação de três perfis diferentes (privado, público e privado) e integração com o
Flickr, o Twitter e Picasa.

2.1.8 Twitter

Twitter é uma rede social que permite aos usuários enviar e receber textos de
até 140 caracteres, conhecidos como tweets por meio do website do serviço, por
SMS8 e por softwares específicos.
As atualizações de textos são exibidas em tempo real no perfil do usuário e
também enviadas aos usuários seguidores que tenham optado para recebê-las.
Desde sua criação em 2006 por Jack Dorsey, o Twitter ganhou milhões de
usuários por todo mundo. O Twitter também é conhecido como o "SMS da Internet".

2.2 REDES SOCIAIS X MÍDIAS SOCIAIS

Afinal, o que é rede social e mídia social? Rede Social, como define a
Wikipédia “é uma estrutura social composta por pessoas ou organizações,
conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos
comuns9”, já mídias sociais, segundo Altermann (2010, p. 1, grifo do autor) são
“ferramentas online que são usadas para divulgar conteúdo ao mesmo tempo em
que permitem alguma relação com outras pessoas”.
Os termos redes sociais e mídias sociais existem muito antes da internet e
quase sempre são confundidos, muitas pessoas acreditam ser a mesma coisa,

7
Fonte: http://www.orkut.com/MembersAll.
8
O termo SMS (Short Message Services) – Serviço de Mensagens de Texto.
9
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social.
19

porém, são coisas distintas. Mídias sociais são os meios que as redes sociais
utilizam para se comunicar.
Conclui-se então que toda rede social é necessariamente uma mídia social,
entretanto, nem toda mídia social é uma rede social, Telles (2010, p. 18) considera
redes sociais apenas como parte das mídias sociais ou novas mídias.
Novas mídias, que Nascimento (2010, p.1) esclarece:

Que na verdade são as novas velhas mídias. Velhas porque são as mídias
convencionais que todos conhecem: rádio, TV, jornais e revistas. Novas
porque elas se fundiram com a internet, fazendo surgir as rádiowebs, os
webjornais e revistas online, o Youtube e inúmeros outros sites nos quais é
possível encontrar texto, som e imagem.

As velhas mídias que até pouco tempo atrás eram de um para muitos, como
relata Dubner (2009, p. 1) “da TV para o telespectador, do jornal para o leitor, da
rádio para o ouvinte e assim por diante. Quem detinha os meios de comunicação,
detinha o poder”.
As mídias sociais por sua vez é a comunicação e/ou produção de muitos para
muitos, os conteúdos são divulgados e repassados por todos sem controle nem
propriedade das informações, outro aspecto que difere as mídias sociais das
convencionais é a interação entre as pessoas e o compartilhamento de arquivos que
podem ter formatos variados que podem englobar textos, imagens, áudio, e vídeo.
Como explica Franco (2009) em seu vídeo, Twitter, Facebook e LinkedIn são
ferramentas de redes sociais, ou seja, mídias sociais que permitem pessoas a
criarem suas próprias redes sociais, sejam de relacionamento, de troca de links ou
de contatos profissionais proporcionando a interação entre as pessoas.

2.3 NATIVOS DIGITAIS

A geração de pessoas que nasceram e cresceram na era digital (depois de


1980) acompanhadas das tecnologias da informação e da comunicação (TICs) e que
tem grande habilidade para lidar com tudo isso foram denominadas pelo educador
americano Marc Prensky como nativos digitais 10 e também são conhecidos como
geração net11.

10
PRENSKY, Marc. Digital natives, digital immigrants, Part II: Do they really think differently? In: on
the Horizon (MCB University Press), v. 9, n. 6, December 2001.
11
Termo utilizado por Don Tapscott.
20

Eles estão por toda parte e são capazes de fazer várias coisas
simultaneamente: ver televisão, ouvir ou baixar música, enviar mensagem no celular,
conversar com alguém que esteja no mesmo ambiente e ainda responder a outra
pessoa no bate-papo, etc, é a geração do “para aprender, tem que mexer 12”.
Veen e Vrakking (2009, p.58) apontam que “é comum encontrar alunos em
uma faculdade de formação de professores realizando múltiplas tarefas ao mesmo
tempo”.
Sempre conectados os nativos digitais passam grande parte da vida online o
que acaba influenciando na maneira como interagem com as demais pessoas, como
relata Palfrey e Gasser (2011, p.15):

[...] durante esta conectividade incessante, a própria natureza dos


relacionamentos – até mesmo o que significa tornar-se “amigo” de alguém –
está mudando. As amizades online são baseadas em muitas das mesmas
coisas que as amizades tradicionais [...], mas não obstante têm um teor
diferente: elas são frequentemente passageiras, fáceis de começar e fáceis
de acabar, sem mais do que um até logo, mas também podem ser
duradouras [...].

Esse fato demonstra que os nativos digitais pensam e agem de maneira


diferente das pessoas de vinte anos atrás, no entanto, não é só com relação à
amizade, mas com o mundo que os cerca, as notícias, entre outros assuntos
polêmicos e que sempre estão na mídia.
O acesso às informações que antes significava ir a uma biblioteca, agora é
mais rápido e em grande quantidade, é só digitar o tema a ser pesquisado no
Google13 e com um clique aparecem várias respostas imediatas.
Para Mercado (2002, p. 20) “as informações que os jovens obtém através da
Internet não são apenas recebidas e guardadas. Elas representam um ponto de
partida e não um fim em si mesmas”.
Essas informações recebidas são compartilhadas pelos nativos de diferentes
formas com pessoas do mundo todo, como aponta Palfrey e Gasser (2011, p.23):

Quando conversam um com o outro, passam seus últimos vídeos, colocam


mensagens em seus blogs e perfis nas redes sociais, ou compartilham os
últimos acessos em redes 2P2, eles o fazem cruzando estados, fronteiras
nacionais e continentes.

12
Termo usado por Eliane Schlemmer em artigo intitulado “O Trabalho do Professor e as Novas
Tecnologias”, publicado na Revista Textual de setembro de 2006 (SINPRO-RS, vol. 1, nº8).
13
Site de buscas da internet: www.google.com.
21

Essa relação com as tecnologias contribui no aprendizado individual dos


nativos que apesar de confiarem na Internet como uma fonte segura aprendem a
filtrar as informações, concentrando-se somente no que realmente interessa,
suprindo assim suas necessidades.
Segundo Bonde (2011, p.1) estudos tem mostrado que quando usadas às
redes sociais em demasia, os jovens acabam estendendo o comportamento virtual
para a vida real e com isso não fazem distinção entre o online e offline e tem apenas
uma identidade (representadas em dois, três ou mais ambientes virtuais diferentes).
Esse comportamento dos nativos digitais é totalmente contrário das pessoas
mais velhas, os chamados imigrantes digitais.

2.4 IMIGRANTES DIGITAIS

Contrapondo-se ao conceito de nativos digitais, temos os imigrantes digitais 14


que nasceram antes de 1980, ou seja, antes da era digital, na era analógica, viram o
nascimento da internet e em algum momento sentiram-se atraídos pela tecnologia e
tentam adaptar-se a ela, mas mantêm costumes do passado.
Por mais que o imigrante se intere das novas tecnologias de informação e
comunicação não conseguirá ter a mesma capacidade que os nativos digitais, pois
está imigrando para um mundo novo.
Segundo explica Marc Prensky (2001, p.2):

[...] os imigrantes digitais aprendem – como todos imigrantes, alguns mais


do que os outros – a adaptarem-se ao ambiente, eles sempre mantêm, em
certo grau, seu “sotaque”, que é, seu pé no passado. O “sotaque do
imigrante digital” pode ser percebido de diversos modos, como o acesso à
internet para a obtenção de informações, ou a leitura de um manual para um
programa ao invés de assumir que o programa nos ensinará como utilizá-lo.
Atualmente, os mais velhos foram “socializados” de forma diferente das
suas crianças, e estão em um processo de aprendizagem de uma nova
linguagem.

Aprendizagem esta que é baseada na instrução e que está evidente em


ações como ler primeiramente um manual para depois instalar algum programa ou
na impressão de um e-mail ou documento escrito no computador para depois editá-
lo, pesquisar primeiro em livros para depois consultar a internet, tudo isso porque os
imigrantes digitais aprendem de forma linear (passo-a-passo - começo, meio e fim),

14
Termo criado por Marc Prensky em seu artigo intitulado Digital natives, digital immigrants, Part II: Do
they really think differently? In: on the Horizon (MCB University Press), v. 9, n. 6, December 2001.
22

preferem fazer uma coisa de cada vez e em silêncio para que tenha sentido para
eles.
Muitos desses imigrantes digitais apesar de interagir com as tecnologias
encaram com desconfiança, como algo que eles têm que dominar, mas ainda dão
prioridade as informações contidas nos jornais, revistas, livros e dicionário do que ao
som e a imagem para constatar a veracidade de uma informação obtida na internet,
tal comportamento, dificilmente se verificará no nativo digital.
Relacionando a escola, pode-se dizer que grande parte dos professores do
século XXI são imigrantes digitais que estão tentando se adaptar as novas
tecnologias de informação e comunicação com o intuito de aprimorar a prática
pedagógica.

2.5 INFLUÊNCIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

As tecnologias estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas e nas
escolas elas também se fazem presentes, em tempos de globalização tecnologia e
educação são indissociáveis, não há como a escola omitir de preparar os alunos
para essa sociedade.
Por conta das transformações ocorridas na sociedade, como o acesso as
TICs (Tecnologias da Comunicação e Informação), a escola deixa de ser o único
lugar de aquisição de informações, o conhecimento deixa de pertencer a uma
minoria e a aprendizagem acontece a qualquer instante e em qualquer lugar.
Para Lyotard (1988 e 1993) citado por Kenski (2007, p.18), a única chance
que o homem tem para conseguir acompanhar o movimento do mundo é adaptar-se
à complexidade que os avanços tecnológicos impõem a todos, indistintamente.
Este é o desafio para a educação e principalmente para os professores:
adaptarem-se as tecnologias, usando-as de maneira eficiente, na qual de acordo
com Palfrey e Gasser (2011, p.277) “deva ser parte do currículo do dia a dia nas
escolas – mas apenas onde ela cabe. A tecnologia só deve ser aplicada em apoio à
nossa pedagogia, não por si só.”
Não faz sentido usar a tecnologia só porque ela se está presente no nosso dia
a dia sem nenhuma intenção pedagógica, é preciso que os professores saibam
moderar o uso da tecnologia em sala de aula.
23

Por isso, é necessário não só disponibilizar os recursos tecnológicos para os


professores, mas também analisar a inserção desses recursos no projeto
pedagógico da instituição.
A escola não só pode como deve aproveitar como os alunos da era digital se
relacionam com a informação e as tecnologias, (Pozo e Postigo, 2000, p.94)
“proporcionando-lhes capacidades de aprendizagem que lhes permitam uma
assimilação crítica da informação”, mas sem esquecer os alunos que estão do outro
lado, os que não estão digitalmente inseridos na sociedade.
Conforme enfatiza Moran (2007, p.167-169):

A educação tem que surpreender, cativar, conquistar os estudantes a todo


momento. A educação precisa encantar, entusiasmar, seduzir, apontar
possibilidades e realizar novos conhecimentos e práticas. O conhecimento
se constrói a partir de constantes desafios, de atividades significativas, que
excitem a curiosidade, a imaginação e a criatividade.

A inserção das TICs na educação pode possibilitar avanços significativos no


processo ensino-aprendizagem se usado adequadamente, principalmente no que se
refere a construção do conhecimento do aluno.
Muitos profissionais da educação sentem-se ameaçados, por acharem que as
tecnologias podem substituí-los, porém segundo Moran (2007, p.167), “quanto mais
tecnologias avançadas, mais a educação precisa de pessoas humanas, evoluídas,
competentes, éticas”.
Para tal, faz-se necessário que os professores sejam preparados para lidar
com as tecnologias, mas levando em conta os saberes que eles já possuem e que
estes precisam ser preservados e valorizados.
É importante também que nos cursos de graduação seja contemplada a
utilização de recursos tecnológicos na formação inicial dos futuros professores e
pedagogos contribuindo para o desenvolvimento de habilidades relacionadas à
tecnologia aliando a prática pedagógica.
Para Stahl (1997, p. 313) “[...] é imprescindível que os cursos levem os
professores a considerar o impacto das novas tecnologias na sociedade, e a
proposta pedagógica que irá fundamentar sua inserção na escola e na sua prática
docente.”
24

Não é possível pensar a prática pedagógica desvinculada da tecnologia ainda


mais nos dias atuais em que todo mundo tem acesso fácil e em que a sociedade do
conhecimento exige uma nova postura da educação.

2.6 SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

Na Sociedade do Conhecimento também chamada de “Sociedade da


Informação” ou “Sociedade do Saber” que teve seu início na década de 90, o capital
deixa de ser o fator mais importante, dando lugar à informação e ao conhecimento,
conforme Rivero e Gallo (2004, p. 9) ressaltam que “o conhecimento é, hoje, a
principal moeda de troca, o principal bem que um indivíduo, uma instituição ou uma
comunidade pode possuir”.
Visto que o poder de conhecimento passa a ser o aspecto mais relevante, a
“nova” sociedade sofre a influência das novas tecnologias de informação e
comunicação (TICs), como a internet, que interfere não só na economia, mas em
todos os setores da sociedade.
As mudanças ocorrem tão rapidamente, como descreve Leal (2008, p. 1):

Na Sociedade do Conhecimento, as mudanças e as inovações tecnológicas


ocorrem em um ritmo tão acelerado que, além dos fatores tradicionais de
produção, como capital, terra e trabalho, é fundamental identificar e gerir de
forma inteligente o conhecimento das pessoas nas organizações. Esta nova
era pressupõe uma imensa oportunidade de disseminar democraticamente
as informações, utilizá-las para gerar conhecimento que leve em direção a
uma sociedade mais justa. Sendo assim, pressupõe-se que é necessário
dar continuidade nos estudos e ao mesmo tempo repassar o aprendido para
a sociedade.

A disponibilidade das TICs provoca mudanças que chegam a transformar os


valores, o comportamento dos indivíduos, com isso, a cultura e a própria sociedade
que segundo Moran (2007, p.11) “[...] está caminhando para ser uma sociedade que
aprende de novas maneiras, por novos caminhos, com novos participantes (atores),
de forma contínua”.
Por isso os indivíduos dessa “nova” sociedade em que a informação
desempenha um papel fundamental na produção de riqueza e de poder precisam
estar em constante atualização, é exigido que o ser humano tenha flexibilidade,
possua conhecimentos generalistas, dominando as TICs, com domínio de uma ou
várias línguas estrangeiras, com grandes capacidades para resolução de problemas
e isso está diretamente ligado à educação.
25

Em vista disso, a educação deve assumir uma nova postura diante da


exigência da sociedade do conhecimento como assegura Takahashi (2000, p.45):

educar em uma sociedade da informação significa muito mais que treinar as


pessoas para o uso das tecnologias de informação e comunicação: trata-se
de investir na criação de competências suficientemente amplas que lhes
permitam ter uma atuação efetiva na produção de bens e serviços, tomar
decisões fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos
meios e ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar criativamente as
novas mídias, seja em usos simples e rotineiros, seja em aplicações mais
sofisticadas. Trata-se também de formar os indivíduos para “aprender a
aprender”, de modo a serem capazes de lidar positivamente com a contínua
e acelerada transformação da base tecnológica.

Portanto, não basta apenas que o indivíduo possua o conhecimento com


relação às tecnologias, é preciso que ele adquira habilidades para transformar esse
conhecimento em ações na produção de bens, desenvolvendo assim seu próprio
potencial e por esse motivo é que se faz necessário que a educação seja contínua e
permanente, fundamental para o seu aprimoramento intelectual e profissional.
26

3 METODOLOGIA

Para a realização da pesquisa optou-se por unir a abordagem qualitativa e


quantitativa, permitindo assim recolher mais informações do que se poderia
conseguir isoladamente.
Por isso, levou-se em conta às características apontadas por Bogdan e Biklen
(1982, apud LÜDKE e ANDRÉ, 1986, p. 11 – 13) que são as seguintes:

- A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de


dados e o pesquisador como seu principal instrumento;
- Os dados coletados são predominantemente descritivos;
- A preocupação como o processo é muito maior do que com o produto;
- O significado que as pessoas dão as coisas e a sua vida são focos de
atenção pelo pesquisador;
- A análise dos dados tendem a seguir um processo indutivo.

Buscando complementar o estudo foi utilizada a pesquisa quantitativa que


segundo Ens (2008, p.14) busca resultados objetivos, sem uma interpretação mais
ampla por parte do pesquisador sobre os números obtidos, ajudando a compreender
a realidade.

3.1 DELIMITAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO

O objeto de estudo se restringe a analisar como os alunos do curso de


Pedagogia utilizam e entendem as tecnologias de informação e comunicação.

3.2 PARTICIPANTES DA PESQUISA

A população desta pesquisa é contemplada por alunos do curso de


Pedagogia do período noturno de uma instituição de ensino de grande porte, da qual
fazem parte 175 alunos.
No entanto, apenas 50 alunos participaram do questionário da pesquisa e
para a entrevista foram selecionados aleatoriamente 5 alunos do último período do
curso de Pedagogia.

3.3 RELATO DE COLETA DE DADOS

Para realizar a coleta de dados foi utilizado um questionário semiestruturado


que é composto por 5 perguntas fechadas e 2 abertas (APÊNDICE A) e 5 entrevistas
27

(APÊNDICE B) com os alunos do curso de Pedagogia do período noturno de uma


instituição de ensino de grande porte.
Na elaboração do questionário (Figura 1) optou-se pela utilização da
ferramenta online Google Docs15 que tem por objetivo facilitar a análise quantitativa
na tabulação de dados.
Figura 1 - Página do Google Docs - edição do questionário.

Fonte: https://docs.google.com/

Primeiramente foi enviado via e-mail através do ambiente virtual Eureka 16 o


termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO A) que garante o anonimato
dos participantes e após o aceite, foi encaminhado o link que direcionava ao
questionário a ser respondido online pelos participantes da pesquisa. O questionário
foi disponibilizado durante o período do dia 14 de maio ao dia 15 de junho.
O levantamento de dados por e-mail segundo Vieira (2002, p.19) apresenta
vantagens como à rapidez com a qual é enviado o questionário e o fato de ser
possível que o respondente forneça informações no momento em que estiver
disponível, porém é difícil obter resposta de grande parte dos sujeitos de pesquisa,
sendo necessário enviar o e-mail mais de uma vez.

15
Disponível em: https://docs.google.com/.
16
Ambiente virtual de aprendizagem utilizado na instituição de ensino. Disponível em:
eureka.pucpr.br/
28

3.4 RELATO DE ANÁLISE DE DADOS

A análise dos dados dessa pesquisa foi realizada em etapas. Na primeira


etapa foram analisadas as informações contidas no questionário, os dados das
questões fechadas foram tabulados e transformados em gráficos diretamente no
aplicativo Google Docs. Na etapa seguinte, a análise se deu a partir das entrevistas
realizadas com os alunos do curso de Pedagogia.
29

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE DADOS

Do total de questionários enviados (175), foram recebidos 50, resultando em


28,5% o índice de retorno foi considerável se levarmos em conta o que afirmam
Marconi e Lakatos (2002, p. 98) que “em média, os questionários expedidos pelo
pesquisador alcançam 25% de devolução”.
A análise de dados dessa pesquisa foi realizada com base nas respostas
contidas no questionário. Iniciou-se então a análise traçando o perfil dos sujeitos
quanto ao gênero.
Gráfico 1 – Perfil dos alunos quanto ao gênero.

Fonte: Questionário (a autora, 2011).

Os participantes da pesquisa representam 98% do gênero feminino e apenas


2% do gênero masculino (Gráfico 1) o que demonstra uma predominância do sexo
feminino no curso de Pedagogia, contudo esse cenário está mudando com o passar
do tempo e já há uma procura maior por parte do sexo masculino pelo curso.
Outro aspecto a ser analisado foi quanto à faixa etária dos respondentes.
30

Gráfico 2 – Perfil dos alunos por faixa etária.

Fonte: Questionário (a autora, 2011).

Em relação à distribuição por faixas etárias (Gráfico 2Gráfico 2), observa-se


entre os alunos de 15 a 20 anos são 34% dos respondentes, os alunos entre 21 e 30
anos que são a maioria correspondem a 52% dos entrevistados e 14% os alunos
tem de 31 a 40. Com isso, pode-se concluir que a maioria dos alunos entrevistados
são os chamados nativos digitais.
A questão seguinte pretendeu diagnosticar de quais locais os alunos acessam
a internet.
Gráfico 3 - Porcentagem de acesso à internet.

1) Você acessa a internet aonde:


Casa 48 96%
Faculdade 41 82%
Lan House 2 4%
Trabalho 23 46%
Other 5 10%
As pessoas podem marcar mais de uma caixa de
seleção, então a soma das percentagens pode
ultrapassar 100%.

Fonte: Questionário (a autora, 2011).


31

O principal local de acesso à internet (Gráfico 3Gráfico 3) utilizado pelos


alunos é em casa (96%), seguido da faculdade (82%) e do trabalho (46%), o acesso
a lan house e outros locais somam 14%. O alto índice de respostas de acesso à
internet em casa demonstra que os alunos preferem à comodidade do lar na hora de
navegar.
Outra questão a ser avaliada foi quanto à participação em alguma rede social.
Gráfico 4 - Porcentagem de acesso às redes sociais.

Fonte: Questionário (a autora, 2011).

Quando questionados se participam de alguma rede social (Gráfico 4), a


maioria respondeu que sim (94%), os demais que responderam não (6%)
justificaram “achar que as redes sociais é uma forma de exposição desnecessária”
ou pela “falta de tempo e de informação”. Esses dados revelam que a maioria das
pessoas estão conectadas em pelo menos uma rede social e interagindo com outras
pessoas.
Para aprofundar a pergunta anterior, os respondentes selecionaram as redes
sociais da(s) qual(is) fazem parte.
32

Gráfico 5 - Porcentagem de participantes de redes sociais.

3) Caso participe de redes sociais, de qual(is) você participa:


Blog 6 12%
Facebook 31 62%
LinkedIN 0 0%
Msn 40 80%
MySpace 4 8%
Orkut 45 90%
Sônico 2 4%
Twitter 11 22%
Other 3 6%
As pessoas podem marcar mais de
uma caixa de seleção, então a soma
das percentagens pode ultrapassar
100%.

Fonte: Questionário (a autora, 2011).

Permitindo que cada participante escolhesse por mais de uma resposta,


conforme as redes das quais participa (Gráfico 5), chegou-se ao resultado de que o
Orkut é a rede social que apresenta maior número de usuários com 90%, em
segundo lugar aparece Msn com 80%, seguido do Facebook (62%). Twitter aparece
com 22%, Blog com 12%, MySpace com 8%, Outros somam 6%, Sonico 4% e o
LinkedIn não foi escolhido por nenhum dos participantes. Entre as redes não listadas
no questionário foram citadas o Fotolog e Hi5. Apesar do Orkut estar perdendo
espaço para o Facebook ainda é a rede social mais utilizada pelos alunos.
Optou-se então por perguntar com que frequência os participantes da
pesquisa dedicam à utilização das redes sociais.
33

Gráfico 6 - Frequência de acesso às redes sociais.

4) Com que freqüência você utiliza essas redes


Diariamente 34 68%
2 a 3 vezes por semana 7 14%
1 vez por semana 6 12%
A cada 15 dias 2 4%
Não acesso 1 2%

Fonte: Questionário (a autora, 2011).

No que diz respeito à frequência com que utilizam as redes sociais (Gráfico
6), cerca de 68% dos participantes relataram acessar diariamente, 14% acessam de
2 a 3 vezes por semana, 12% acessam apenas 1 vez por semana e 4% a cada 15
dias enquanto 2% não acessam. Com esse resultado pode-se concluir que os
alunos reservam diariamente um tempo para se dedicar as redes sociais.
Para entender o que buscam nas redes sociais diariamente, a questão
seguinte dessa pesquisa trata da finalidade de utilização das redes sociais.
Gráfico 7 - Finalidade de utilização das redes sociais.

5) Com qual finalidade você utiliza a rede social:


Manter contato com amigos. 49 98%
Fazer novas amizades. 9 18%
Manter ou fazer contatos profissionais. 12 24%
Buscar informações sobre organizações. 12 24%
Buscar informações sobre produtos ou serviços. 12 24%
Buscar informações acadêmicas 16 32%
Other 1 2%
As pessoas podem marcar mais de uma caixa de seleção,
então a soma das percentagens pode ultrapassar 100%.

Fonte: Questionário (a autora, 2011).

Quanto à finalidade com que utilizam as redes sociais (Gráfico 7Gráfico 7),
percebe-se que o maior interesse demonstrado pelos participantes é com relação a
34

manter contatos com amigos (98%), buscar informações acadêmicas (32%), em


terceiro lugar com 24% ficou a opção manter ou fazer contatos profissionais, buscar
informações sobre organizações e buscar informações sobre produtos e serviços. As
redes sociais ainda são pouco utilizadas para buscar informações acadêmicas,
sendo mais utilizada para momentos de lazer.
Dos 50 participantes foram selecionados aleatoriamente 30% que perfazem
um número de 15 participantes desses para a análise das 2 perguntas abertas.
Foram caracterizados os participantes com as denominações (P1; P2; P3; P4; P5;
P6; P7; P8; P9; P10; P11; P12; P13; P14; P15).
Quando questionados a respeito do que entendem por nativos digitais, 8
participantes; responderam que não sabem (P3; P4; P5; P14) ou então que
desconhecem o termo (P1; P7; P9; P10).
Já os demais participantes caracterizaram os nativos digitais como sendo:
P2 – "Um nativo digital é aquela pessoa que já nasceu e cresceu na era digital
tendo a oportunidade de estar sempre em contato com esse mundo. A Internet
acabou se tornando algo natural, que já faz parte do cotidiano dessas pessoas".
P6 – "A pessoa que vive na internet, que sabe mexer".
P8 – "Pessoas que utilizam com facilidade as tecnologias, nascidos na era
digital".
P11 – "Aquele que nasceu na "era digital", cresceu envolvido pelas novas
tecnologias tornando-as naturalmente parte de sua vida".
P12 – "O indivíduo que está atualizado com o mundo virtual".
P13 – "É aquele indivíduo que tem as tecnologias em seu cotidiano e vivencia
constantemente essas inovações".
P15 – "Aqueles que nascem na era digital".
As falas dos participantes refletem que a tecnologia e a conectividade são
palavras-chave para se referir aos nativos digitais que segundo Palfrey e Gasser
(2011, p.14) “não conheceram nada além de uma vida conectada a outro e ao
mundo dos bits [...]”.
Dos 15 respondentes do questionário, 10 desses assumiram desconhecer o
termo imigrante digital (P1; P6; P7; P9; P10) ou que não entendem nada a respeito
desse termo (P3; P4; P5; P12; P14).
Alguns alunos aprofundaram suas respostas sobre os imigrantes digitais
como estão descritas a seguir:
35

P2 – "O imigrante digital é aquela pessoa que não nasceu e nem cresceu na
era digital, ou que muitas vezes não teve a oportunidade de entrar em contato com
esse mundo, somente a partir talvez, de necessidades, ou apenas curiosidade estão
entrando e conhecendo esse mundo aos poucos, o que acaba tornando a adaptação
mais difícil e lenta".
P8 – "Pessoas que aprenderam a utilizar as tecnologias, mas tem
dificuldades, como é o caso de pessoas mais velhas".
P11 – "Aquele que não tinha contato com as novas tecnologias, cresceu fora
desse mundo e está aprendendo a utilizá-las".
P13– "É aquele individuo que teve que adaptar-se as tecnologias".
P15 – "Pessoas de mais idade que pecisam adaptar-se a essa era".
Na visão dos alunos, os imigrantes digitais são pessoas que aprenderam ou
que necessitam adaptar-se as tecnologias, mas segundo Prensky (2001, p.2) “os
Imigrantes Digitais tipicamente têm pouca apreciação por estas novas habilidades
que os Nativos adquiriram e aperfeiçoaram através de anos de interação e prática.”
Para completar o estudo foi realizada entrevista com 5 alunos do último
período do curso de Pedagogia que foram caracterizados com as denominações
(E1; E2; E3; E4; E5).
Dando início à entrevista os alunos foram questionados sobre o que
entendem por redes e mídias sociais.
E1 – “Entendo que são recursos disponíveis para as pessoas, um modo para
comunicação e interação entre elas”.
E2 – “Redes sociais são interações entre pessoas e as mídias sociais são os
meios que promovem essas interações”.
E3 – “Meios que promovem interação entre pessoas”.
E4 – “Acho que é Facebook e Orkut”.
E5 – “Acredito que rede social é um meio de interação, enquanto que mídia
social vem a ser o sistema ou o meio para que a interação social aconteça”.
Apesar dos termos redes e mídias sociais causarem certa confusão os
entrevistados de um modo geral conseguiram defini-los bem, porém o aluno (E3)
acabou definindo apenas mídias sociais.
Quanto a ampliação de domínio com relação à utilização pedagógica das
TICs no curso de Pedagogia obteve-se as seguintes respostas:
36

E1 – “Posso dizer que aprendi alguma coisa de diferente, pelo menos a


manipular e ampliar minha visão quanto as diferentes formas e possibilidades para o
ensino.”
E2 – “Sim, aprendi que as tecnologias não devem ser utilizadas apenas como
recursos, mas como um meio para promover a aprendizagem.”
E3 – “Sim.”
E4 – “Sim.”
E5 – “Sem dúvidas aprendi muitas coisas novas no curso de pedagogia,
principalmente quanto a internet que pode ser utilizada para outros fins e não
apenas lazer e o pacote Office, que é mais útil do que se imagina.”
Com base nas entrevistas realizadas constata-se que na instituição de ensino
da qual os alunos fazem parte é realizado investimento na utilização de recursos
tecnológicos integrando o conteúdo a prática e com isso foi possível ampliar o
domínio com relação ao uso pedagógico das TICs no curso de Pedagogia.
Quando questionados qual a relevância de pensar de maneira pedagógica o
uso das TICs em sala de aula, os alunos responderam:
E1 – “Acho que é um diferencial, uma forma de sair da monotonia, um
incentivo ao conhecimento e prática das TICs, é acompanhar a evolução dos
tempos.”
E2 – “Muito importante, para que as tecnologias não sejam utilizadas apenas
como recursos, sem objetivo, sem uma intenção pedagógica. As tecnologias devem
ser utilizadas para motivar e incentivar a aprendizagem dos alunos.”
E3 – “Vejo a utilização das TICs em sala como um aprimoramento didático
que possibilita alcançar os mesmos objetivos, porém de forma diferente, mais
prazerosa.”
E4 – “Utilizando recursos diferenciados para dar uma aula de qualidade.”
E5 – “Acredito que seja importante, pois atualmente o uso das TICs vem se
tornando mais necessário e pode ser que passe a ser essencial, mas ainda não
deve tomar o lugar do ensino tradicional.”
Os respondentes demonstram que estão de acordo com Moran (2007, p.90)
quando o autor diz que “as tecnologias são meio, apoio, mas, com o avanço das
redes [...] transformaram-se em instrumentos fundamentais para a mudança na
educação.” Percebe-se ainda que os alunos estão conscientes da importância e
37

principalmente da necessidade de usar as tecnologias como um recurso a seu favor


em sua prática pedagógica.
38

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando que o mundo sofre constantes transformações no que se refere


às tecnologias e que essas mudanças têm grande impacto na educação, afetando
as metodologias utilizadas pelos professores e também o perfil dos alunos.
O impacto causado na educação pelas tecnologias afeta os alunos que
chegam as escolas e as universidades com um conhecimento avançado com
relação a essas ferramentas, pois eles têm um contato diário, através das redes
sociais, sites, e-mails, entre muitos outros que fazem parte da vida desses alunos.
Com isso, o presente estudo procurou verificar como os alunos de Pedagogia
de uma instituição de ensino de grande porte do período noturno entendem as redes
sociais e utilizam as mesmas.
Através do questionário aplicado aos alunos participantes da pesquisa foi
possível identificar que o Orkut é uma das redes sociais mais acessadas e constatar
que os alunos, em grande parte são nativos digitais e acessam diariamente a
internet e as redes sociais com o intuito de manter contato com os amigos, poucos
são o que usam para fins acadêmicos, talvez porque apesar das universidades
investirem no uso de recursos tecnológicos ainda é pouco utilizado pelos
professores na realização de atividades.
Além disso, pode-se perceber que as TICs (Tecnologias de Informação e
Comunicação) estão presentes na grade curricular do curso de Pedagogia dos
alunos pesquisados o que é um grande avanço, pois mostra que a instituição de
ensino está preocupada com a formação inicial desses alunos, entretanto, como diz
Stahl (1997, p.302):

Não basta simplesmente transferir o processo ensino-aprendizagem, na


forma em que ocorre na sala de aula, para uma nova tecnologia, dando ares
de modernidade à escola, sem alterações em profundidade. É preciso que
os professores estabeleçam o quê, como, onde, como, porquê, para quê, a
quem e para quem servem as novas tecnologias, e só então fazer uso
delas, um uso consciente e responsável.

É importante que os professores aliem as tecnologias à realidade dos alunos


para que possam utilizar com consciência e de forma que contribua em suas
formações tanto pessoal como profissional.
Percebeu-se que ainda não existem muitos trabalhos sobre as tecnologias e
principalmente a respeito das redes sociais na educação, sendo assim, para
39

pesquisas futuras sugere-se que novas investigações sejam realizadas no sentido


de uma maior compreensão sobre o tema.
40

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43

APÊNDICES
44

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO SOBRE REDES SOCIAIS


45

APÊNDICE B – ENTREVISTA

Entrevista

1) O que você entende por redes e mídias sociais?


2) No curso de Pedagogia você aprendeu algo novo que ampliou seu domínio
com relação utilização pedagógica das TICs (Tecnologias de Informação e
Comunicação)?
3) Qual a relevância de pensar de maneira pedagógica o uso das TICs
(Tecnologias de Informação e Comunicação) em sala de aula?
46

ANEXOS
47

ANEXO A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu___________________________________________________________,
RG n.º________________.
Estou sendo convidado a participar de um estudo denominado: “Redes e
mídias sociais na educação”.
Sei que para o avanço da pesquisa a participação de voluntários é de
fundamental importância. Caso aceite participar desta pesquisa eu responderei a um
questionário elaborado pela pesquisadora que consta de questões fechadas e
abertas, referentes ao estudo acima mencionado.
Estou ciente de que minha privacidade será respeitada, ou seja, meu nome,
ou qualquer outro dado confidencial, será mantido em sigilo. A elaboração final dos
dados será feita de maneira codificada, respeitando o imperativo ético da
confidencialidade.
A pesquisadora envolvida com o referido projeto é Vanessa Machado com
quem poderei manter contacto pelo telefone: 8414-8600. Estão garantidas todas as
informações que eu queira saber antes, durante e depois do estudo.
Li, portanto, este termo, fui orientado quanto ao teor da pesquisa acima
mencionada e compreendi a natureza e o objetivo do estudo do qual fui convidado a
participar. Concordo, voluntariamente em participar desta pesquisa, sabendo que
não receberei nem pagarei nenhum valor econômico por minha participação.

Vanessa Machado
Pesquisadora

Curitiba_______de _________________________de 2011.

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