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1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4
2. REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 5
2. METODOLOGIA ............................................................................................................... 7
3. RESULTADOS .................................................................................................................... 9
4. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 12
REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 13
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1. INTRODUÇÃO
2. REFERENCIAL TEÓRICO
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A educação é uma das mais importantes áreas de uma sociedade, pois é por meio
dela que se aprende, se vivencia e se transforma o mundo em que se vive. Sua importância
é afirmada na Declaração dos Direitos Humanos (1948) que prevê que todas as pessoas
têm direito à educação e ela será gratuita pelo menos nos níveis elementares e
fundamentais, onde também será obrigatória.
Diante da importância do tema, a avaliação do sistema educacional vem se
consolidando a partir dos resultados escolares dos alunos, como meio de acompanhar o
desenvolvimento das instituições escolares. Esses resultados/avaliações servem como uma
prestação de contas das escolas ao sistema educacional por meio de responsabilização.
Hoje em dia, no sistema de ensino brasileiro, essa avaliação é realizada por testes
padronizados (Prova Brasil, Saeb) que compõe o Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica, cuja finalidade é mapear e conhecer os perfis das escolas.
A partir dos resultados das provas, juntamente com os dados do Censo Escolar, são
traçadas as metas das escolas. Sobre as metas do IDEB, o portal do INEP afirma que:
[...]As metas são diferenciadas para todos, cada unidade, rede e escola, e são
apresentadas bienalmente de 2007 a 2021, de modo que os estados, municípios e
escolas deverão melhorar seus índices e contribuir, em conjunto, para que o Brasil
chegue à meta 6,0 em 2022, ano do bicentenário da Independência. Mesmo quem já
tem um bom índice deve continuar a evoluir. No caso das redes e escolas com maior
dificuldade, as metas preveem um esforço mais concentrado, para que elas melhorem
mais rapidamente, diminuindo assim a desigualdade entre esferas, com apoio
específico previsto pelo Ministério da Educação para reduzir essa desigualdade (fonte
<http://portal.inep.gov.br>).
O IDEB das escolas varia em uma escala de zero a dez. A definição de um IDEB nacional
igual a 6,0 teve como referência a qualidade dos sistemas em países da OCDE. Essa comparação
internacional só foi possível graças a uma técnica de compatibilização entre a distribuição das
proficiências observadas no Programme for International Student Assessment (Pisa) e no Saeb.
A meta nacional norteia todo o cálculo das trajetórias intermediárias individuais do IDEB para
o Brasil, unidades da Federação, municípios e escolas, a partir do compartilhamento do esforço
necessário em cada esfera para que o País atinja a média almejada no período definido (portal
do INEP).
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Os índices obtidos pelas escolas públicas, nos anos finais do ensino fundamental,
permitem identificar o que precisa ser feito nessa etapa da educação, promovendo ações
voltadas principalmente para a diminuição da evasão escolar e do índice de reprovação, que
segundo o portal do Observatório do PNE, são os fatores que mais contribuem para a queda ou
estagnação do índice do IDBE. Apesar de existirem várias outras variáveis que podem ter
influência sobre o desempenho escolar de determinado município (estrutura do ambiente
escolar, questões socioeconômicas da localidade, índices de violência, nível escolar dos
pais, valorização da educação na localidade, investimentos na educação, atividade
econômica predominante na localidade e outras), é preciso considerar também o que
denominamos variáveis “dentro da sala de aula”.
Essas variáveis são importantes para entender até que ponto características
específicas de “sala de aula” influenciam o resultado do IDBE e a partir daí promover ações
que levem em consideração também a formação dos professores na área em que atuam,
quantidade de alunos em sala de sala, por exemplo.
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3. METODOLOGIA
Tendo em vista que o objeto de estudo é a qualidade do ensino nas escolas públicas,
o presente trabalho estabeleceu como mais adequada para a variável dependente o Índice
de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
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Onde:
IDEBji= É o indicador IDEB da rede pública de cada município j no ano i (2017);
β0 = É o intercepto comum a todos os municípios;
β1, β2, β3, β4 = Medem as influências das variáveis independentes em IDEBji;
ε = É o termo de erro.
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4. RESULTADOS
Estatística Descritiva
Observa-se que na amostra de 5462 municípios, a nota média do IDEB é de 4,38, bem
abaixo da média do sistema educacional de países desenvolvidos. Considerando que o índice
vai de zero a dez, observa-se que o menor índice é 1,9 e o maior 7,2. A média de professores
com licenciamento na área que atua é de apenas 48,15%, enquanto a média de horas-aulas
diárias é de 4,59. A média de alunos em sala de aula é em torno de 24 alunos por sala, sendo
que o máximo fica em torno de 44, o que demonstra que algumas escolas possuem quantidades
de alunos em sala bem superiores ao ideal, o que pode afetar o desempenho escolar desses
alunos.
Martins (2013) afirma que o desvio padrão de uma amostra ou coleção de dados,
consiste em uma medida de dispersão dos dados em relação à média, tratando-se de uma
medida que só pode assumir valores não negativos, mostrando, quanto maior for o seu valor,
que a dispersão dos dados em relação à média está bem maior
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Correlação de Pearson
ideb 1.0000
per_superior 0.3925* 1.0000
m_hora_aula 0.1143* 0.0915* 1.0000
m_aluno_sala 0.1444* 0.0432* 0.0846* 1.0000
per_licen_area 0.4174* 0.7047* 0.1575* 0.1126* 1.0000
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O coeficiente de per_superior (percentual de professores com ensino superior) apresenta
uma relação positiva com o IDEB, na ordem de 0,009586 pontos percentuais (ou seja, o
aumento de 1 ponto percentual no total de professores com ensino superior resulta em um
aumento de 0,009586 pontos percentuais no desempenho dos estudantes mensurado pelo
IDEB). O mesmo entendimento é válido para a variável per_licen_area (percentual de
professores com licenciatura na área de atuação), cujo coeficiente apresenta uma relação
positiva da ordem de 0,01089 pontos percentuais com a variável dependente.
Por sua vez, o coeficiente de m_aluno_sala (média de alunos por sala) apresenta uma
relação negativa com o IDEB da ordem de -0,03115 pontos percentuais (neste caso, para cada
aluno a mais na sala de aula, o IDEB apresenta uma redução de 0,03115 pontos percentuais).
Por fim, o coeficiente de m_hora_aula (média de horas aulas) registra uma relação positiva
com a variável dependente da ordem de 0,0750 pontos percentuais, o que significa que para
cada hora-aula acrescida, o IDEB registra um aumento de 0,075 pontos percentuais.
5. CONCLUSÃO
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O presente trabalho procurou a correlação entre determinadas variáveis presentes nas
salas de aula da rede de ensino pública dos municípios brasileiros e a qualidade de ensino,
medido pelo IDEB.
Pode-se afirmar que, devido à especificidade das variáveis explicativas (apenas
variáveis “dentro da sala de aula”), as mesmas explicam o modelo com um percentual
considerado baixo, mas mesmo assim devem ser consideradas, devido a sua significância.
Com base nos resultados obtidos, conclui-se que ações voltadas para aumentar o número
de horas-aulas diárias e o total de professores com licenciatura na área de ensino impactarão
positivamente nos resultados do IDEB. Já ações voltadas para a diminuição do número de
alunos em sala de aula também terão impacto positivo, aumentando o rendimento escolar dos
alunos e consequentemente a qualidade de ensino.
REFERÊNCIAS
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FEIJOO, A. M. L. C. Medidas de tendência central: A pesquisa e a estatística na psicologia e
na educação. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2010, pp. 14-22.
MARTINS, M. E.G. Desvio padrão amostral. Revista de Ciência Elementar. vol. 1, n.1, Casa
das Ciências, 2013
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Ideb. Disponível em:
<http://portal.inep.gov.br/web/guest/ideb>. Acesso em 02 de julho de 2019.
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