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Basileia I e II
O Acordo de Basileia I (1988) estabeleceu recomendações para as exigências mínimas de
capital para instituições financeiras internacionalmente ativas para fins de mitigação do risco
de crédito. Em 1996, essas recomendações foram aprimoradas com a incorporação de
requerimentos para a cobertura dos riscos de mercado no capital mínimo exigido das
instituições financeiras.
As recomendações conhecidas como Basileia II (2004), revisão do primeiro Acordo, agregou
princípios para uma avaliação mais precisa dos riscos incorridos por instituições financeiras
internacionalmente ativas. Direcionado aos grandes bancos, o documento detalha os três
pilares para a regulação prudencial:
Pilar 1: critérios para o cálculo dos requerimentos mínimos de capital (riscos de crédito,
mercado e operacional); Pilar 2: princípios de supervisão para a revisão de processos internos
de avaliação da adequação de capital, de forma a incentivar a aplicação, pelos próprios
supervisionados, de melhores práticas de gerenciamento de riscos por meio do seu
monitoramento e mitigação.
Pilar 3: incentivo à disciplina de mercado por meio de requerimentos de divulgação ampla de
informações relacionadas aos riscos assumidos pelas instituições.
Em 2006, com o avanço das discussões sobre requerimentos de risco de mercado para a
carteira de negociação (trading book) das instituições financeiras, as recomendações foram
compiladas de forma a permitir única referências às recomendações do Comitê. O arcabouço
de Basileia II representou importante melhoria para avaliação de riscos, tornando os requisitos
prudenciais mais sensíveis ao risco, bem como considerando aspectos associados as crescentes
inovações financeiras.
Basileia III
O arcabouço das recomendações conhecidas como “Basileia III” é a resposta à crise
financeira internacional de 2007/2008. Divulgado pelo Comitê de Basileia a partir de
2010, as novas recomendações têm como objetivo o fortalecimento da capacidade de as
instituições financeiras absorverem choques provenientes do próprio sistema financeiro
ou dos demais setores da economia, reduzindo o risco de propagação de crises
financeiras para a economia real, bem como eventual efeito dominó no sistema
financeiro em virtude de seu agravamento.
Objetivos de Basileia III
Resposta regulatória global à crise internacional de 2007/2008. Principais inovações:
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Caso um banco não se adeque às novas regras, ele terá que cortar
o valor pago em bônus e dividendos.
A lavagem de dinheiro é uma prática antiga, pois, resumidamente, consiste em dar uma
aparência legal para recursos obtidos de maneira espúria.
É possível imaginar que desde os primeiros ilícitos, visando a obtenção de recursos por
meio de atos criminosos (tráfico, sequestro, chantagem, corrupção, etc.), há a
necessidade do criminoso ou organização criminosa tentar dissimular a origem de sua
riqueza.
Se a prática do crime é antiga os esforços para o seu combate também são. No entanto,
nas últimas décadas, em decorrência da globalização dos mercados, as autoridades
locais e internacionais buscam aperfeiçoar os mecanismos para monitoramento e
controle de atividades suspeitas.
Em 1988 houve a Convenção de Viena tendo como principal objetivo unir diversos
países no combate ao narcotráfico e ao seu financiamento.
O Brasil aderiu em 1991 e em 1998 foi sancionada a Lei 9.613, traçando as principais
diretrizes a serem observadas para o combate e a prevenção dos referidos crimes.
iv) as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais preciosos,
objetos de arte e antiguidades;
vi) as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de
assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de
qualquer natureza, em operações de compra e venda de imóveis, estabelecimentos
comerciais ou industriais ou participações societárias de qualquer natureza;
ix) as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de alto valor de origem rural
ou animal ou intermedeiem a sua comercialização.
I - advertência;
II - multa pecuniária variável não superior:
b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da
operação; ou
III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de
administrador das respectivas pessoas jurídicas;
Como observamos, as penalidades podem ser severas, no entanto, por ser um tema
relativamente novo, não tem sido discutido com a devida intensidade no meio
empresarial.
Cabe destacar que muitas pessoas jurídicas são utilizadas involuntariamente como
veículos para lavagem de dinheiro e não percebem isto, devido a estruturação deficiente
dos seus controles internos que não foram preparados para abranger esta temática.
Digamos que alguém entra em determinada joalheria e compra uma joia no valor de R$
50.000,00, pagando em dinheiro. Por falta de conhecimento ou deficiência de
procedimento, o vendedor não realiza a devida análise cadastral do cliente e
posteriormente este é incriminado, descobrindo-se que o recurso teve origem ilícita
(tráfico, por exemplo). Neste caso, possivelmente, o vendedor terá que responder pela
omissão, pois era uma operação suspeita (devido ao valor pago em dinheiro) e não
houve a devida comunicação ao COAF.
Apreensões
Em 2018, a Receita Federal apreendeu mais de R$ 3,1 bilhões em
produtos contrabandeados ou que entraram no país sem o pagamento de
impostos, um crescimento de 40% na comparação com os R$ 2,2
bilhões apreendidos em 2017.
O cigarro aparece no topo da lista de produtos contrabandeados mais
apreendidos no ano passado, com cerca de 43% do total. A segunda
posição na relação dos itens que entram irregularmente no país é
ocupada pelos eletrônicos, com 7,1%, e em terceiro, aparecem as
peças de vestuário, com 3,6%.
Ainda conforme o levantamento, o contrabando tem forte influência no
prejuízo causado à economia nacional, mas é incrementado pela
falsificação e pela pirataria praticada dentro do próprio país.
“De cada dez cigarros vendidos, quase seis são paraguaios, o que
representa um prejuízo de R$ 14 bilhões ao país. Outros setores muito
prejudicados são os de peças automotivas e produtos ópticos, que
têm prejuízos de mais de R$ 5 bilhões anuais, respectivamente. O
setor de combustíveis tem perdas em torno de R$ 5,3 bilhões com a
sonegação e adulteração”, detalha a pesquisa.
Apreensões de contrabando em
2018 somam R$ 3,15 bilhões e batem
recorde, diz Receita
Números Receita Federal mostram que houve aumento de 40% em relação a
2017, quando apreensões somaram R$ 2,25 bilhões. Retenções de produtos
em aeroportos também subiu.
Por Alexandro Martello, G1 — Brasília
15/03/2019 11h18 Atualizado há 6 meses