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Boas intervenções
Dicas para fazer as crianças avançarem
1. Organize um banco de palavras com os alunos para ser exposto na parede da sala e servir
de consulta pela turma sempre que surgirem dúvidas sobre como escrever determinadas
palavras. Pode ser as que terminam com Z, que contenham Ç, etc. Buscar apoio em
lugares seguros é um recurso feito por escritores competentes também.
2. Proponha que as crianças produzam no computador e reflitam sobre as palavras que
aparecem sublinhadas com um traço vermelho (indicativo de erro ortográfico). O que
sugerem fazer para melhorá-las? Depois de pensarem, elas podem conferir o que o
computador propõe e acatar ou não a grafia sugerida.
3. Organize atividades de revisão coletiva, com um texto produzido por uma dupla de alunos
ou por toda a sala transcrito no quadro. Você pode sublinhar as palavras que precisam ser
discutidas pelo grupo.
4. Sugira que os alunos consultem textos expostos na parede da sala, em capas de livros e
outros suportes confiáveis para tirar dúvidas. Por exemplo, DRAGÃO pode ajudar a
escrever PEDRA.
5. Incentive-os a olhar os pedaços que compõem as palavras para compreender que o
mesmo som pode ser escrito de maneiras diferentes, como acontece em MANHÃ e
MAMÃE.
6. Proponha a formação de duplas formadas por uma criança com a hipótese alfabética e
outra com a hipótese silábico com valor sonoro, de modo que a primeira dita para a
segunda escrever. Assim, a primeira pode pensar em como escrever, sem se preocupar
com o ato da escrita em si. E a segunda se beneficia dos conhecimentos da primeira.
7. Forme duplas com uma criança ortográfica e outra alfabética, de modo que a primeira dite
para a segunda escrever. Desse modo, quem sabe mais fornece informações importantes
para o colega sobre o uso das letras mais adequadas.
8. Forneça um conjunto de letras móveis adequadas para a escrita de determinada palavra e
peça que a criança a escreva. Por exemplo: escrever PÁSSARO e fornecer dois A, dois S,
um P, um R e um O. Depois, solicitar que a criança leia com o dedinho o que escreveu. Se
ela produzir PASAROS, por exemplo, e ler PÁSAROS, você pode lembrar que o pedido foi
a escrita de PÁSSARO e que o produzido é o plural da palavra, dando nova oportunidade.
No caso de um aluno deixar de usar uma letra (escrever PASARO e desconsiderar um S),
explique a ele que é preciso usar todas e sugira que ele reflita sobre o que produziu e
busque o lugar adequado para o S que não foi usado.
9. Depois de pesquisas e revisões coletivas, construa com as crianças as chamadas
“verdades provisórias” para que pensem e organizem ideias sobre as regras ortográficas e,
com o passar do tempo, validem-nas ou revejam-nas. Por exemplo: “Sabemos que dois S
no meio da palavra fazem som como o de PÁSSARO”, “Não existem palavras que
começam com Ç”, etc.
10.Faça da parede da sala de aula um grande mural de consultas, expondo cartazes com
regras construídas pela turma para que os alunos consultem em caso de dúvida. Os
cartazes podem ir sendo retirados, conforme a classe for se apropriando com segurança
de determinadas regras e convenções.
1. Pedir que a criança escreva textos longos sozinha, como se ela já tivesse condições de dar
conta disso. O ideal é que os alfabéticos trabalhem em dupla ou coletivamente, para que
tenham a oportunidade de pensar como escrever (conteúdo).
2. Desafiar os alunos a lerem textos longos. Eles podem até dar conta de ler todas palavras,
mas chegarão ao fim sem compreender a história como um todo.
3. Propor atividades de cópia sem sentido, como “escreva dez vezes a palavra CACHORRO”,
na tentativa de fazer com que a turma aprenda com a repetição. É o uso contextualizado,
com sentido, que desperta dúvidas e ajuda os alunos avançarem.
4. Ler em voz alta a produção equivocada do aluno, como CARO para CARRO, acreditando
que assim ele vai compreender que errou. O mais adequado é perguntar a ele que outras
palavras são parecidas com CARRO e podem apoiá-lo na escrita. CARROÇA, por
exemplo.
5. Apresentar a mesma palavra, escrita de duas maneiras (adequada e equivocada) e pedir
que a criança aponte a correta, como EMBAIXO e EMBAISO. Não é a exposição à forma
errada e certa ao mesmo tempo que ajuda a criança a refletir. Ela precisa de desafios
contextualizados e da oportunidade de buscar apoio em referências seguras para
encontrar a forma correta.
6. Ensinar de maneira isolada quais palavras devem ser escritas com G, J, X, S, Z, SS, Ç…
Quando elas aparecem para as crianças, no dia a dia, estão em textos e não isoladas em
listas como essas. Além disso, ao ensiná-las de forma separada, espera-se que os
pequenos decorem a forma de registrá-las - e isso não funciona de modo satisfatório
porque a ideia não é construída pela criança, não faz sentido para ela.