Você está na página 1de 11

Solemar Lergnani Araújo, Robson Zazula

Sexualidade na terceira idade e terapia comportamental: revisão


integrativa
Solemar Lergnani Araújo*, Robson Zazula**

Resumo
Introdução
A sexualidade durante a terceira idade não
é melhor nem pior que a do jovem: sim- A velhice é a última fase da vida,
plesmente é diferente. O presente trabalho e o envelhecimento está diretamente
propõe-se a realizar uma revisão integrativa relacionado a mudanças físicas, psico-
ressaltando a importância da terapia com-
portamental na sexualidade dos idosos, lógicas e sociais (FRAIMAN, 1994). No
principalmente nas disfunções sexuais. O passado, a sexualidade do idoso foi nega-
texto destaca considerações feitas pela pes- da e esquecida; hoje sabemos, por meio
quisa de campo e também pela revisão de de uma infinidade de estudos, todos os
literatura, que utilizou artigos publicados benefícios que a sexualidade nessa etapa
nas bases de dados Lilacs, PubMed e Scie-
da vida traz para a saúde, para o bem-
lo, nos idiomas português e inglês, publi-
cados no período de 2003 a 2013. Foram -estar e para a satisfação geral (GOTT;
utilizados de modo puro ou combinado os HINCHLIFF, 2003; PASCUAL, 2002;
seguintes descritores: disfunções sexuais/ RISMAN, 1996).
terapia comportamental/sexualidade/idoso, Os idosos estão cada vez mais cons-
e então foram escolhidos treze artigos para cientes de seus direitos e sabem que não
serem analisados. Após a análise, concluiu-
-se que a sexualidade da terceira idade é
podem ser privados do exercício de uma
assunto de grande relevância, que é co- vida saudável e de sua sexualidade em
mum e normal a ocorrência de disfunções razão da idade. Para qualquer pessoa, a
sexuais nessa população, e que a terapia sexualidade torna-se forma de encontro,
comportamental tem se mostrado um efi- relação, comunicação ou expressão dos
ciente instrumento de tratamento.
afetos (BUTLER; LEWIS, 1985).
Palavras-chave: Idoso. Sexualidade. Dis- Como qualquer indivíduo, o idoso
função sexual. Terapia comportamental. tem necessidades e desejos sexuais. A
sexualidade durante a terceira idade não

*
Graduada em Psicologia e especialista em Análise do Comportamento pela Faculdade Guairaca de Guara-
puava, PR. Psicóloga no Instituto de Saúde Santa Clara, Candói, PR.
**
Graduado em Psicologia. Mestre em Análise do Comportamento pela Universidade Estadual de Londrina.
Professor assistente I do curso de Medicina da Universidade Federal da Integração Latino-Americana.
Endereço para correspondência: Universidade Federal da Integração Latino-Americana. Instituto Latino-
-Americano de Ciências da Vida e da Natureza, curso de Medicina. Avenida Tarquino Joslim dos Santos,
1.000, Jardim Universitário – Foz do Iguaçu, PR, CEP 85870-901. E-mail: robson.zazula@unila.edu.br

http://dx.doi.org/10.5335/rbceh.v12i2.5054
Recebido em: 18/05/2015. Aceito em: 05/08/2015

172 RBCEH, Passo Fundo, v. 12, n. 2, p. 172-182, maio/ago. 2015


Sexualidade na terceira idade e terapia comportamental: revisão integrativa

é melhor nem pior do que a do jovem: sim- forma de expressão que está presente em
plesmente é diferente. O grande tumulto todo ser humano e não deve ser diferente
emocional que caracteriza a vida sexual na velhice, não sendo só o ato sexual, mas
da terceira idade decorre principalmente sim um momento de intimidade que deve
de dois fatores: o primeiro é a falta de ser vivenciado pelo idoso (PASCUAL,
conhecimento das modificações fisiológi- 2002). Dessa forma, objetiva-se, com o
cas que ocorrem na atividade sexual do presente trabalho, descrever, por meio de
indivíduo, e o segundo são as pressões cul- uma revisão integrativa, estudos sobre
turais (LERNER, 2012; BAGGIO, 1990). terapia comportamental na sexualidade
Ser idoso não é sinônimo de doença e dos idosos bem como a importância des-
enfermidade. A sexualidade para o idoso sa prática, especialmente em relação às
constitui um fator muito importante disfunções sexuais.
para gozar de uma saúde integral. Ela
é fonte de satisfação e não há porque Método
deixar de ser nessa fase da vida, pois sua
suspensão ou abandono pode acelerar o O presente trabalho caracteriza-se
processo de envelhecimento e repercutir, por ser uma revisão integrativa de lite-
assim, negativamente na saúde do idoso ratura, baseada em artigos publicados
(PASCUAL, 2002). nas bases de dados Lilacs, PubMed e
O presente trabalho pode ser consi- Scielo. O levantamento foi realizado no
derado importante devido à necessidade período de dezembro de 2013 a fevereiro
de se compreender e tratar sobre essa de 2014. Foram pesquisadas publicações
temática. Os indivíduos, ao se depa- do período de 2003 a 2013, utilizando de
rarem com uma idade mais avançada, modo puro ou combinado os seguintes
necessitam de uma vida ativa, não sendo descritores: disfunções sexuais/terapia
desprezados e inúteis para a família e/ comportamental/sexualidade/idoso. Após
ou para a sociedade. Compartilhando a seleção dos artigos, os critérios de ex-
da mesma opinião de Pascual (2002), clusão foram: artigos científicos que não
justifica-se a necessidade de apoiar e fossem em português ou em inglês, estar
incentivar os idosos quanto à prática da fora do período selecionado e não abordar
sexualidade no decurso da vida, inde- a temática em questão.
pendentemente de limites, disfunções Para a realização da pesquisa, optou-
sexuais e dificuldades. É importante -se pelo método de revisão integrativa
priorizar os benefícios de uma qualidade da literatura. A pesquisa integrativa,
de vida associada à vida sexual ativa por segundo Souza, Silva e Carvalho (2010),
meio da terapia comportamental. consiste na incorporação das evidências
Não há idade para o sexo, uma vez na prática clínica, segundo a qual se
que as barreiras são socioculturais. A escolhe um tema, pesquisa-se diferentes
ideia de que sexo é privilégio dos jovens aspectos sobre ele e, de forma sistemática
e que não pode fazer parte da idade ma- e ordenada, produz-se um conhecimento
dura é equivocada. A sexualidade é uma fortemente embasado. Constitui um

RBCEH, Passo Fundo, v. 12, n. 2, p. 172-182, maio/ago. 2015 173


Solemar Lergnani Araújo, Robson Zazula

estudo de diversas publicações sobre o Quadro 1 – Artigos analisados na revisão


tema proposto em determinado período, Artigos analisados na revisão
incluindo estudos experimentais e não 1. ABDOLL, C. H. N.; FLEURY, H. J. Aspectos diag-
experimentais, com o objetivo de realizar nósticos e terapêuticos das disfunções sexuais femi-
ninas. Revista de Psiquiatria Clínica, São Paulo, v. 3,
uma síntese com conclusões gerais sobre n. 33, p. 162-167, 2006.
a área. Além disso, objetiva identificar 2. CALDAS, C. P. et al. Terapia comportamental para
falhas e limitações dos estudos bem como incontinência urinária da mulher idosa: uma ação do
enfermeiro. Texto & Contexto - Enfermagem, Floria-
sugerir novas questões e temas para nópolis, v. 19, n. 4, p. 783-788, 2010.
pesquisa nesta temática. 3. SILVA, L. A. et al. Abordagem das disfunções sexu-
Foi utilizado um instrumento valida- ais femininas. Revista Brasileira de Ginecologia e Obs-
tetrícia, Rio de Janeiro, v. 30, n. 3, p. 12-21, jun. 2008.
do para a coleta das informações, elabo- 4. SOUSA, J. L. Sexualidade na terceira idade: uma
rado por Oliveira (2010) e adaptado para discussão da Aids envelhecimento e medicamen-
este estudo, contemplando as seguintes tos para disfunção erétil. DST – Jornal Brasileiro de
Doenças Sexualmente Transmissíveis, Niterói, RJ,
informações: a) título do artigo; b) auto- v. 20, n. 1, p. 59-64, 2008.
ria do artigo; c) categoria do profissional 5. VACANTI, L. J.; CARAMELLI, B. Idade e distúrbios
dos autores; d) periódico de publicação; psicológicos: variáveis associadas à disfunção sexual
no período pós-infarto. Arquivos Brasileiros de Car-
e) ano de publicação; f) método utilizado diologia, São Paulo, v. 85, n. 2, p.110-114, ago. 2005.
para o estudo; g) objetivos do estudo; h) 6. FLEURY, H. J.; ABDOLL, C. H. N. Envelhecimento,
principais resultados encontrados. doenças crônicas e função sexual. Diagnóstico e Trata-
mento, São Paulo v. 17, n. 4, p. 201-205, out.-dez. 2012.
7. VASCONCELOS, D. et al. A sexualidade no pro-
Resultados cesso do envelhecimento: novas perspectivas - com-
paração transcultural. Estudos de Psicologia (Natal),
Natal, RN, v. 9, n. 3, p. 413-419, set.-dez. 2004.
Ao longo da pesquisa nas bases de
8. LIDÓRIO, A. A.; TATAREN, J. C. Disfunções se-
dados, foram encontrados mais de cem xuais masculinas. Psicologia Clínica na Análise do
artigos abordando a temática proposta Comportamento, Londrina, v. 18. p. 1-18, 2008.
para o estudo. Após a aplicação dos cri- 9. ALMEIDA, T.; LOURENÇO, M. L. O comporta-
mento sexual na terceira idade, saúde sexual para o
térios de exclusão, foram selecionados idoso e a questão da Aids (terceira idade e a Aids).
treze artigos para análise e discussão. In: PESSÔA, C. V. B. B.; COSTA, C. E.; BENVENU-
TI, M. F. (Org.). Comportamento em foco. São Pau-
Esses artigos foram analisados de modo lo: Associação Brasileira de Psicologia e Medicina
quantitativo e qualitativo, por meio da Comportamental, 2011. p. 19-30.
descrição de questões relacionadas à 10. BATISTONI, S. S. T. Contribuições da psicologia
do envelhecimento para as práticas clínicas com ido-
categoria profissional dos responsáveis sos. Psicologia em Pesquisa – UFJF, Juiz de Fora,
pelo estudo, período e ano de publica- MG, v. 3, n. 2, p. 13-22, jul.-dez. 2009.
ção, principais objetivos delimitados 11. FÁVERO, M. F.; BARBOSA, S. C. S. Sexualida-
de na velhice: os conhecimentos e as atitudes dos
e principais resultados encontrados profissionais de enfermagem. Terapia Sexual, São
(Quadro 1). Paulo, v. 14, n. 2, p. 11-40, jul.-dez. 2011.
12. DUTRA, D. V. M.; REIS, M. A disfunção do desejo
sexual feminino e a terapia comportamental. Revista de
Psicologia, Belo Horizonte, v. 2, n. 2, p. 1-2, jul. 2010.
13. SERAPIÃO, J. J.; RIBEIRO JUNIOR, J. Psicotera-
pia na Disfunção eretil. Jornal Brasileiro de Medicina,
v. 86, p. 42-48, 2004.
Fonte: dos autores.

174 RBCEH, Passo Fundo, v. 12, n. 2, p. 172-182, maio/ago. 2015


Sexualidade na terceira idade e terapia comportamental: revisão integrativa

Conforme se pode acompanhar, cinco Em relação ao ano de publicação dos


estudos abordam a questão das disfun- estudos, três artigos foram publicados
ções sexuais em mulheres, dois estudos em 2008, três em 2011 e dois artigos em
abordam as disfunções sexuais entre os 2010. Os anos de 2004, 2005, 2006, 2009
homens, dois abordam a sexualidade e e 2012 tiveram apenas uma publicação
sua interface com doenças crônicas, dois relacionada ao tema. Em relação ao
abordam questões culturais bem como método, nove artigos foram de revisão
suas inter-relações com a sexualidade na de literatura, quatro foram pesquisas
terceira idade, e um aborda diretamente de campo, dessas, três foram quantita-
o papel e o comportamento do profissio- tivas e uma qualitativa. Houve ainda
nal de saúde em relação à temática com um estudo de revisão narrativa. Dentre
pacientes idosos. os principais objetivos dos artigos de re-
Uma das características que podem visão de literatura, quatro objetivaram
ser observadas por meio dos títulos é identificar na literatura questões rela-
a diversidade de áreas de atuação dos cionadas ao tratamento das disfunções
autores principais dos trabalhos. Uma sexuais na terceira idade, dois revisavam
das informações que foram levantadas estudos que abordavam a sexualidade
por meio das revisões foi a categoria na terceira idade, um artigo buscava
profissional dos autores do estudo. Dos identificar na literatura as causas e
treze estudos analisados, cinco foram pu- prevalências das disfunções sexuais na
blicados por profissionais de psicologia, terceira idade e outro abordava a temáti-
cinco por profissionais de medicina, dois ca do comportamento sexual na terceira
por equipes multidisciplinares e apenas idade. Pode-se acompanhar o método
um por enfermeiros. Essas informações bem como o principal objetivo de cada
estão descritas na Tabela 1. artigo no Quadro 2.

Tabela 1 – Quantidade de artigos publicados


segundo a categoria profissional

Quantidade de
Categoria profissional
artigos
Médico 5
Psicologia 5
Equipe multidisciplinar 2
Enfermagem 1
Fonte: dos autores.

RBCEH, Passo Fundo, v. 12, n. 2, p. 172-182, maio/ago. 2015 175


Solemar Lergnani Araújo, Robson Zazula

Quadro 2 – Métodos e objetivos dos artigos analisados

Artigo Método Objetivos


1 Revisão de literatura Tratar das classificações das disfunções sexuais.
2 Pesquisa de campo Relatar uma experiência de implementação da terapia comportamental para
– quantitativa incontinência urinária na mulher idosa.
3 Revisão de literatura Levantar as causas e a prevalência das disfunções sexuais e oferecer es-
tratégias de abordagem da função sexual feminina.
4 Revisão de literatura Apresentar uma revisão da literatura científica atual, abordando os temas
da sexualidade na terceira idade, medicamentos para disfunção erétil e a
tendência crescente de Aids entre idosos.
5 Pesquisa de campo Avaliar pacientes de ambos os sexos, com vida sexual ativa e sem dis-
– quantitativa função sexual prévia ao infarto do miocárdio, para estudar a incidência de
disfunção sexual após o infarto do miocárdio, e identificar as possíveis vari-
áveis associadas a elas.
6 Revisão narrativa Apresentar um levantamento das alterações na função sexual próprias do
envelhecimento e de doenças crônicas.
7 Pesquisa de campo Caracterizar conhecimentos, atitudes, crenças e práticas sobre a vivência
– quantitativa do corpo e da sexualidade de 187 pessoas entre 52 e 90 anos, gozando de
boa saúde física e mental.
8 Revisão de literatura Elencar os transtornos sexuais masculinos bem como a definição e a pre-
valência de cada um deles.
9 Revisão de literatura Discutir sobre o comportamento sexual na terceira idade, a saúde sexual e
a questão da Aids.
10 Revisão de literatura Trazer uma revisão de alguns avanços que a temática do envelhecimento
proporcionou ao saber psicológico a partir da última metade do século XX,
principalmente no que se refere à consolidação do campo teórico da psico-
logia do envelhecimento.
11 Pesquisa de campo Identificar os conhecimentos dos profissionais de enfermagem em face de
– qualitativa sexualidade na velhice; verificar se os profissionais de enfermagem abor-
dam esse tema na educação para a saúde ao idoso; avaliar as necessida-
des de formação, no que tange à sexualidade, dos profissionais de enfer-
magem.
12 Revisão de literatura Demonstrar a relevância da terapia comportamental no tratamento de uma
das disfunções sexuais mais presentes em consultórios, a disfunção do de-
sejo sexual.
13 Revisão de literatura Analisar a atuação do ginecologista diante das queixas femininas, conside-
rando as diversas etapas da vida da mulher sexualmente madura.
Fonte: dos autores.

Discussão profissional. São estudos de revisão de


literatura e de pesquisa de campo, e os
Ao se analisar os estudos de Abdoll e dois confluem em um mesmo pensamen-
Fleury (2006) e Caldas et al. (2010), que to, ou seja, que as disfunções sexuais
abordam as disfunções sexuais femini- femininas, em sua maioria, não são de
nas, e no caso do estudo de Caldas et al. ordem orgânica, mas sim psíquica (i.e.,
a incontinência urinária, observa-se que por estado de estresse, depressão, fadiga,
são casos muito frequentes, mesmo que ansiedade, vergonha). Pode-se observar
muitas mulheres não procurem ajuda que a terapia comportamental é uma

176 RBCEH, Passo Fundo, v. 12, n. 2, p. 172-182, maio/ago. 2015


Sexualidade na terceira idade e terapia comportamental: revisão integrativa

das estratégias usadas que restabelece sentam mudanças fisiológicas, pois há


o equilíbrio emocional da paciente, fa- redução da produção de testosterona e,
vorecendo o tratamento das disfunções. em algumas pessoas, são desencadeados
De certa forma, cada indivíduo cons- sintomas psicológicos como depressão
trói sua velhice e, quando ela chega, vive e irritabilidade. A melhor maneira de
aquilo que construiu. Com isso, pode-se prevenir o problema é cuidar da saúde
dizer que a sexualidade da pessoa idosa mental e física ao longo da vida. O que
é, em grande parte, um reflexo de sua muda com o passar dos anos é o intervalo
história de vida em relação à sexualida- entre uma ereção e outra, mas o que se
de. O desejo e a necessidade sexual con- perde em quantidade, pode ser revertido
tinuam preservados ao longo da terceira em qualidade. Tal mudança está rela-
idade, porque a idade não emudece se- cionada à forma como o idoso encara as
xualmente ninguém (BUTLER; LEWIS, mudanças decorrentes do envelhecimen-
1985). Tais questões são evidenciadas to, bem como sua história e experiência
nos estudos de Abdoll e Fleury (2006) e de vida (RISMAN, 1996). As mulheres,
Caldas et al. (2010). após a menopausa, apresentam lubrifi-
Outro estudo de Fleury e Abdoll cação vaginal menos intensa e de mais
(2012), que se constitui em uma revisão demorado aparecimento, evento que
narrativa, também retrata o envelhe- pode simplesmente ser corrigido com o
cimento e as disfunções sexuais. Os uso de lubrificantes locais. Os orgasmos,
autores concluíram que há alta preva- embora mais curtos, têm a mesma inten-
lência de comorbidades de doenças em sidade daqueles experimentados pelas
homens idosos e que há associação dessa mulheres mais jovens. De qualquer for-
condição com o comprometimento da ma, é necessário reconhecer que cada um
função sexual. Isso confirma o prejuízo tem uma maneira própria de expressar
do interesse e da satisfação sexual entre sua sexualidade (LIBERALESSO, 2001).
essa população. O mesmo acontece com Entretanto, diversas mudanças
as mulheres idosas. De acordo com esses acontecem em todas as esferas da vida
autores, elas relatam aumento de dor do idoso. O grande tumulto emocional
durante a penetração e a diminuição que caracteriza a vida sexual do homem
do desejo sexual. Os autores afirmam na terceira idade decorre de dois fatores
que, para o tratamento dessa popula- principais: o primeiro é a falta de conhe-
ção específica com disfunção sexual, há cimento das modificações fisiológicas que
necessidade de uma abordagem mais ocorrem na atividade sexual do indiví-
adequada por parte dos profissionais de duo, e o segundo são as pressões culturais
saúde, avaliando as condições biológicas, (LIBERALESSO, 2001; RISMAN, 1996).
psicossociais e afetivas. Com relação à Aids e à sexualidade
De acordo com Liberalesso (2001), a na terceira idade, Sousa (2008) e Almei-
sexualidade envolve questões biológicas, da e Lourenço (2011) destacam, em seus
sociais e psicológicas. No aspecto bioló- artigos de revisão de literatura, que a
gico, desde os 40 anos os homens apre- vida sexual do indivíduo transforma-se

RBCEH, Passo Fundo, v. 12, n. 2, p. 172-182, maio/ago. 2015 177


Solemar Lergnani Araújo, Robson Zazula

constantemente. Isso não ocorre de modo destacados por eles está o modelo Pilset,
diferente com os idosos. É consenso entre que oferece uma abordagem ampla en-
os autores que existem alguns fatores volvendo as queixas de origem biológica
que afetam o comportamento sexual. São ou psíquica e aquelas referentes ao des-
eles: saúde física, preconceitos sociais e conhecimento da anatomia e da resposta
econômicos, autoestima, conhecimentos sexual. Além disso, pode-se oferecer como
sobre a sexualidade e o status conjugal. tratamento a farmacoterapia, com diver-
Atualmente, discute-se muito sobre a sas restrições, e o uso da psicoterapia in-
Aids em todas as idades. Pesquisas in- tensiva e da terapia de casal com relações
dicam que indivíduos entre 50 e 70 anos conflituosas e/ou agressivas.
de idade tornaram-se mais suscetíveis à Outro estudo que merece destaque
Aids nos últimos anos (ALMEIDA; LOU- é o de Vacanti e Caramelli (2005), que
RENÇO, 2011; SOUSA, 2008), por falta trata sobre os distúrbios psicológicos e a
de esclarecimento, valores culturais, disfunção sexual no período pós-infarto.
sociais e econômicos e, principalmente, Tanto na literatura como nesse estudo,
por não utilizarem preservativos. percebe-se que a doença coronariana ge-
De acordo com Almeida e Lourenço ralmente atinge a mulher em faixa etária
(2011), no que se refere à sexualidade maior que o homem, resultando em maior
na terceira idade, no Brasil, é necessário morbimortalidade. Nesse estudo, todos os
reavaliar as estratégias de cuidados e participantes apresentaram significativa
as políticas públicas sociais de saúde no redução da frequência da atividade sexu-
âmbito da família e da sociedade. É im- al e elevada incidência de disfunção sexu-
portante estimular uma prática saudável al após o infarto agudo do miocárdio, com
e sem estigmas, e um dos tratamentos destaque para o gênero masculino. Além
que se destaca é na área de psicologia, disso, mais enfaticamente, observou-se
com as psicoterapias (NERI, 2002). Além que a presença de distúrbios psicológicos
disso, é importante intervir adequada- e a idade mais elevada estiveram asso-
mente diante de uma série de problemas ciadas à maior incidência de disfunção
e distúrbios, especialmente as disfunções sexual após o infarto.
sexuais, independentemente do gênero. De acordo com Butler e Lewis:
Nesse caso, destacam-se dois estudos Se o idoso teve que se abster de sexo por ra-
da área médica: o de Silva et al. (2008) e o zão médica durante certo período de tempo,
de Serapião e Ribeiro Júnior (2004). Esses alguns medicamentos serão necessários
autores realizaram revisões de literatura quando a atividade sexual for retomada. A
com o objetivo de fazer uma abordagem estimulação sexual irregular ou pouco fre-
quente pode interferir com o funcionamento
refinada sobre as disfunções sexuais femi- sexual saudável, afetando negativamente
ninas e seus tratamentos. Destacam que a potência masculina e a lubrificação, o
as disfunções são comuns nas diferentes formato vaginal e a tonicidade muscular na
faixas etárias, especialmente após a me- mulher. Estas dificuldades provavelmente
nopausa, destacando-se o desejo sexual irão desaparecer quando a atividade for
retomada e não se deve desencorajar diante
hipoativo (DSH). Dentre os tratamentos
das dificuldades iniciais. Quando um parcei-

178 RBCEH, Passo Fundo, v. 12, n. 2, p. 172-182, maio/ago. 2015


Sexualidade na terceira idade e terapia comportamental: revisão integrativa

ro sexual não está presente (como por exem- das Nações Unidas (ONU, 2003). De
plo, na viuvez) ou quando as circunstâncias acordo com esses pressupostos, é ne-
não permitem que se mantenha contato com
cessário que os cidadãos que chegam à
o parceiro, tanto os homens como as mu-
lheres podem proteger grande parte de sua terceira idade tenham disposição emo-
capacidade sexual através da masturbação cional para manter uma vida sexual
regular, a menos que pessoalmente isso seja ativa e viver melhor. Tais questões estão
inaceitável (1985, p. 39). intimamente relacionadas à qualidade
Os estudos de Batistoni (2009) e de vida dos indivíduos.
de Vasconcelos et al. (2004) buscaram O estudo realizado por Vasconcelos
investigar outras facetas acerca da et al. (2004) buscou comparar brasileiros
temática do envelhecimento e da sexua- e portugueses quanto à sexualidade em
lidade. Batistoni (2009) salienta alguns idosos, com maior participação femini-
temas fundamentais para o estudo do na nessa pesquisa. De modo geral, as
envelhecimento: adaptação, autonomia mulheres brasileiras declararam estar
e dependência, regulação emocional e muito mais interessadas e sexualmente
qualidade de vida. Os estudos acerca do mais ativas que as portuguesas, e tam-
envelhecimento têm contribuído de for- bém muito mais livres quanto à comu-
ma contundente às práticas psicológicas. nicação verbal com o cônjuge acerca da
Evidências atuais de pesquisas têm de- sexualidade. Além disso, pôde-se perce-
monstrado que idosos são responsivos às ber que os adultos maduros manifestam
intervenções psicológicas mais diversas. interesse pela sexualidade e têm cons-
Atualmente, discute-se sobre a pers- ciência da sua receptividade ao prazer
pectiva Life-Span, que deixa de lado a sexual. Entretanto, existe uma elevada
ideia de que o idoso é um ser passivo e frequência de recusa de respostas sobre
doente, reforçando a importância de ati- as práticas sexuais. Para os autores,
vidades para a manutenção do envelhe- faz-se necessária uma maior demanda
cimento saudável. Considera-se assim o de conhecimentos sobre o funcionamento
desenvolvimento um processo contínuo. fisiológico e psicológico dessa faixa etária
Dessa forma, faz-se necessário que os para sua melhor abordagem.
psicólogos estejam familiarizados com No que se refere à terapia comporta-
os problemas e a vida diária dos idosos mental e à sua interface com a sexuali-
para que possam usar de forma adequa- dade, especialmente durante a terceira
da as psicopatologias e metodologias idade, o estudo de Lidório e Tataren
de avaliação válidas e confiáveis para (2008) caracteriza-se por ser uma revisão
essa população. Com relação à ansie- bibliográfica em que se discute as disfun-
dade, à sexualidade e aos problemas de ções sexuais masculinas. De acordo com
adicção (i.e., vícios), percebeu-se maior os autores, deve-se adotar a etiologia dos
efetividade de abordagens cognitivo- transtornos sexuais segundo o modelo
-comportamentais (BATISTONI, 2009). biopsicossocial, envolvendo os fatores
Essa proposta está em sintonia com biológicos, psicológicos e sociais, com des-
os pressupostos básicos da Organização taque para os fatores psicológicos, isto é,

RBCEH, Passo Fundo, v. 12, n. 2, p. 172-182, maio/ago. 2015 179


Solemar Lergnani Araújo, Robson Zazula

comportamentos modelados e mantidos Fávero e Barbosa (2011) abordaram


ao longo da história de vida do indivíduo. em seu estudo a sexualidade na ve-
Quando pensamos em problemas de lhice e os conhecimentos e as atitudes
cunho sexual, é essencial considerar tais dos profissionais de enfermagem. Esse
questões. Dentre os transtornos mais artigo foi escolhido, embora não trate
comuns que ocorrem com os homens, especificamente de psicologia, porque
segundo esses autores, estão o desejo sua importância se dá em explicar de
sexual hipoativo, o transtorno erétil e a forma mais clínica como realmente é
ejaculação precoce. a sexualidade entre os idosos, quais os
O tratamento indicado, de acordo com inconvenientes e a real importância de
Lidório e Tataren (2008), é a psicoterapia, se manter sexualmente ativo no decorrer
por meio de uma estratégia multimo- do seu desenvolvimento.
dal, que envolve a entrevista clínica, os Em relação aos conhecimentos dos
questionários de autorrelato bem como enfermeiros sobre o tema, percebeu-se que
os procedimentos que envolvem o com- apresentam conhecimentos médios sobre
portamento respondente. Os autores res- a sexualidade na velhice. Além disso, al-
saltam a importância de uma avaliação guns apresentam mitos e ideias erradas
psicológica cuidadosa e recomendam que sobre o tema. Os profissionais reconhecem
o(a) parceiro(a) participe da avaliação. a sua falta de conhecimento e que essa se-
Para a análise do comportamento, ria a razão pela qual não abordam temas
o repertório sexual e os operantes são relacionados à sexualidade com idosos.
estabelecidos por influências genéti- Embora a terapia comportamental seja
cas, ambientais e culturais (LIDÓRIO; uma importante estratégia para lidar com
TATAREN, 2008). O operante é o com- problemas e dificuldades ligados à ativi-
portamento mais provável na presença dade sexual e à sexualidade, observam-se
de um estímulo discriminativo devido a poucos estudos que adotam tal estratégia
uma história de reforço na sua presença. durante seu atendimento. No que con-
A maneira como as primeiras relações cerne à formação profissional, conclui-se
sexuais ocorreram, o reforçamento (e.g., que ela não lhes proporciona preparação
orgasmo e ejaculação), dentre outros, adequada para lidar com a sexualidade ao
definirá classes de respostas operantes, longo do ciclo vital, especialmente durante
que, dependendo de suas consequências, a terceira idade.
poderão ou não ser mantidas no reper-
tório do indivíduo. Por isso a adoção da Considerações finais
terapia comportamental é importante
para o tratamento de disfunções sexuais O tema sexualidade e envelhecimento
tanto masculinas quanto femininas. merece atenção especial, pois o envelheci-
Por fim, é importante destacar o mento traz consigo inúmeras mudanças
papel do profissional da saúde e como orgânicas, físicas e psicológicas, que estão
ele pode lidar com questões que envol- intimamente interligadas com a vida se-
vam a sexualidade na terceira idade. xual do indivíduo, e o idoso, assim como

180 RBCEH, Passo Fundo, v. 12, n. 2, p. 172-182, maio/ago. 2015


Sexualidade na terceira idade e terapia comportamental: revisão integrativa

qualquer outro indivíduo, merece ter uma derly, especially in sexual dysfunctions. The
vida sexual que o satisfaça. author points out considerations set out for
Com a realização deste estudo, per- field survey as well as literature review. This
study used articles published in Lilacs, Pub-
cebe-se que o tema sexualidade e enve- Med and Scielo database, with Portuguese
lhecimento deve ser mais estudado pelos and English language, published in the pe-
diversos profissionais da área da saúde. riod 2003-2013. The following descriptors
Tais estudos devem visar conhecimentos were used on pure or combined mode:
adequados para atender de forma satis- Sexual Dysfunctions/Behavioral Therapy/
Sexuality/Elderly and then 13 articles were
fatória seu público-alvo, especialmente
selected for analysis. After analysis, it was
na área de psicologia. concluded that the sexuality of the elderly is
Embora a terapia comportamental a matter of great importance that is common
seja uma importante estratégia para and normal to experience sexual dysfunc-
lidar com problemas e dificuldades de- tions and that the behavioral therapy has
correntes ligadas à atividade sexual e à proved to be an efficient tool for treatment.
sexualidade, observam-se poucos estu- Keywords: Elderly. Sexuality. Sexual dys-
dos que adotam tal estratégia. O acervo function. Behavioral therapy.
acerca do assunto em questão ainda é
limitado, especialmente em nosso país, Referências
quando se leva em consideração a aten-
ção que ele merece. ABDOLL, C. H. N.; FLEURY, H. J. Aspectos
Além disso, sabe-se do inevitável diagnósticos e terapêuticos das disfunções
aumento da população idosa brasileira sexuais femininas. Revista de Psiquiatria Clí-
para os próximos anos, uma vez que há nica, São Paulo, v. 3, n. 33, p. 162-167, 2006.
baixos níveis de natalidade e elevada ALMEIDA, T.; LOURENÇO, M. L. Amor e
expectativa de vida. Por essa razão, sexualidade na velhice: direito nem sempre
sugere-se a realização de novos estudos respeitado. Revista Brasileira de Ciências do
empíricos bem como revisões de literatu- Envelhecimento Humano (RBCEH), Passo
Fundo, v. 5, n. 1, p. 130-140, jan./jun. 2008
ra sobre a temática. Tais estudos poderão
contribuir para a melhor compreensão do _______. O comportamento sexual na terceira
idade, saúde sexual para o idoso e a questão
tema e proporcionar melhor qualidade de
da Aids (terceira idade e a Aids). In: PES-
vida à população idosa. SÔA, C. V. B. B.; COSTA, C. E.; BENVENU-
TI, M. F. (Org.). Comportamento em foco. São
Sexuality in the elderly and behavioral Paulo: Associação Brasileira de Psicologia e
Medicina Comportamental, 2011. p. 19-30.
therapy: an integrative review BAGGIO, M. A. Aspectos psicológicos da
sexualidade do idoso. Revista Intercâmbio,
Abstract São Paulo, v. 3, n. 79, p. 27-34, jan.-dez. 1990.
Sexuality in the elderly is not better or worse BATISTONI, S. S. T. Contribuições da psi-
than in the younger one: it is simply diffe- cologia do envelhecimento para as práticas
rent. This study aims to conduct an integra- clínicas com idosos. Psicologia em Pesquisa
tive review, highlighting the importance of – UFJF, Juiz de Fora, MG, v. 3, n. 2, p. 13-22,
behavioral therapy on sexuality of the el- jul.-dez. 2009.

RBCEH, Passo Fundo, v. 12, n. 2, p. 172-182, maio/ago. 2015 181


Solemar Lergnani Araújo, Robson Zazula

BUTLER, R. N.; LEWIS, M. I. Sexo e amor OLIVEIRA, A. Revisão integrativa sobre a


na terceira idade. São Paulo: Summus, 1985. consulta de enfermagem: enfoque das abor-
dagens e modelagens de educação em saúde
CALDAS, C. P. et al. Terapia comportamen-
evidenciadas. 2010. Trabalho de conclusão de
tal para incontinência urinária da mulher
curso (Graduação em Enfermagem) – Escola
idosa: uma ação do enfermeiro. Texto &
de Enfermagem, Universidade Federal do
Contexto – Enfermagem, Florianópolis, v. 19,
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010.
n. 4, p. 783-788, 2010.
ONU. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNI-
DUTRA, D. V. M; REIS, M. A disfunção do
DAS. Plano de ação internacional contra o
desejo sexual feminino e a terapia compor-
envelhecimento, 2002. Brasília: Secretaria
tamental. Revista de Psicologia, Belo Hori-
Especial dos Direitos Humanos, 2003.
zonte, v. 2, n. 2, p. 1-2, jul. 2010.
PASCUAL, C. P. A sexualidade do idoso vista
FÁVERO, M. F.; BARBOSA, S. C. S. Sexu-
com novo olhar. São Paulo: Loyola, 2002.
alidade na velhice: os conhecimentos e as
atitudes dos profissionais de enfermagem. RISMAN, A. Sexualidade e o homem idoso.
Terapia Sexual, São Paulo, v. 14, n. 2, p. 11- Arquivos de Geriatria e Gerontologia, Rio de
40, jul.dez. 2011. Janeiro, v. 10, n. 1, p. 123-124, 1996.
FLEURY, H. J.; ABDOLL, C. H. N. Envelhe- SERAPIÃO, J. J.; RIBEIRO JUNIOR, J.
cimento, doenças crônicas e função sexual. Psicoterapia na Disfunção eretil. Jornal
Diagnóstico e Tratamento, São Paulo, v. 17, Brasileiro de Medicina, v. 86, p. 42-48, 2004.
n. 4, p. 201-205, out.dez. 2012.
SILVA, L. A. et al. Abordagem das disfun-
FRAIMAN, A. P. Sexo e afeto na terceira ções sexuais femininas. Revista Brasileira
idade. São Paulo: Gente, 1994. de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro,
v. 30, n. 3, p. 12-21, jun. 2008.
GOTT, M.; HINCHLIFF, S. How important
is sex in later life? The views of older people. SOUSA, J. L. Sexualidade na terceira idade:
Social Science and Medicine, v. 56, p. 617- uma discussão da Aids envelhecimento e
628, 2003. medicamentos para disfunção erétil. DST
– Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmen-
LERNER, T. Terapia cognitivo-comporta-
te Transmissíveis, Niterói, RJ, v. 20, n. 1,
mental em grupo de disfunções seuxuais
p. 59-64, 2008.
femininas. 2012. Dissertação (Mestrado em
Obstetrícia e Ginecologia) – Faculdade de SOUZA, M. T.; SILVA, M. D.; CARVALHO,
Medicina, Universidade de São Paulo, São R. Revisão integrativa: o que é e como fazer.
Paulo, 2012. Einstein, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 102-106,
2010.
LIBERALESSO, A. (Org.). Desenvolvimento
e envelhecimento: perspectivas biológicas, VACANTI, L. J.; CARAMELLI, B. Idade e
psicológicas e sociológicas. Campinas: Pa- distúrbios psicológicos: variáveis associadas
pirus, 2001. à disfunção sexual no período pós-infarto.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São
LIDÓRIO, A. A.; TATAREN, J. C. Disfunções
Paulo, v. 85, n. 2, p. 110-114, ago. 2005.
sexuais masculinas. Psicologia Clínica na
Análise do Comportamento, Londrina, v. 18, VASCONCELOS, D. et al. A sexualidade no
p. 1-18, 2008. processo do envelhecimento: novas perspec-
tivas – comparação transcultural. Estudos de
NERI, A. L. (Org.). Cuidar de idosos no
Psicologia, Natal, RN, v. 9, n. 3, p. 413-419,
contexto da família: questões psicológicas e
set.dez. 2004.
sociais. Campinas: Alínea, 2002.

182 RBCEH, Passo Fundo, v. 12, n. 2, p. 172-182, maio/ago. 2015

Você também pode gostar