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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,

CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS


CAMPUS ITUMBIARA
ENGENHARIA ELÉTRICA
2 de setembro de 2019

Trabalho 1 – Aterramentos Elétricos

Aluno: Nycollas Kaíque.


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
CAMPUS ITUMBIARA
ENGENHARIA ELÉTRICA
O trabalho tem como objetivo obter as resistências de um aterramento composto
de quatro hastes alinhadas, conforme a figura 1. Pretende-se verificar o comportamento
do mesmo ao se alterar a estrutura, modificando o espaçamento entre as hastes e a
profundidade das mesmas. A resistência do solo é obtida a partir de medições dispostas
na tabela 1.

Figura 1 – Configuração do aterramento.

Profundidade (m) Caso 1 – ρ (Ωm) Caso 2 – ρ (Ωm) Caso 3 – ρ (Ωm)


2 1250 2150 870
4 830 2080 560
6 980 1320 1321
8 1100 300 890
16 2200 978 743
Tabela 1 – Medições do solo.
Primeiramente, utilizando os valores da tabela, encontra-se o valor médio de cada
profundidade de medição. Ao realizar a médica, pode-se verificar o desvio padrão de cada
caso, eliminando os que apresentarem um desvio maior que 50%.

Profundidade Média Desvio padão


Caso 1 Caso 2 Caso 3
2 1423,3 12,17% 51,05% 38,87%
4 1156,6 28,23% 79,83% 51,58%
6 1207 18,8% 9,36% 9,44%
8 763,3 44,11% 60,69% 16,59%
16 1307 68,32% 25,17% 43,15%
Tabela 2 – Média e desvio padrão das medições.
Após eliminar os valores inadequados, recalcula-se a média dos casos e,
realizando o paralelo dos cinco valores calculados, acha-se o valor final da resistência do
solo, ρ.
Profundidade Média recalculada ρ solo
2 1060
4 830
6 1207 194,41
8 995
16 860,5
Tabela 3 – Média recalculada e ρ solo.
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Agora com os valores corretos em mãos, é possível calcular a resistividade do
aterramento, variando a configuração do mesmo. Para um mesmo espaçamento, varia-se
a profundidade das hastes. Serão utilizados espaçamentos e profundidades de três a dez
metros.
Para realizar o cálculo utilizando o método das imagens, injeta-se 1KA de corrente
nas hastes 1 e 4 na extremidade e verifica-se a diferença de potencial entre as hastes
centrais 2 e 3. A partir de uma manipulação matemática, obtêm-se a equação 1 abaixo,
que descreve a relação da resistência do aterramento com o solo e sua configuração física.
𝑉23 𝜌 1 2 2
𝑅= = [ +2 −2 ]
𝐼 4𝜋 𝑎 √𝑎2 + (2𝑝)2 √(2𝑎)2 + (2𝑝)2
Equação 1 – Resistência do aterramento.
Utiliza-se de um algoritmo desenvolvido (Anexo 1) para facilitar o cálculo de
todas as configurações, variando para cada espaçamento, a profundidade das hastes.
Assim, é possível obter todas as 8 curvas de resistência abaixo na figura 2.

Figura 2 – Curvas de resistência.


Têm-se no eixo Y os valores das resistências, enquanto no eixo X, há os valores
de cada profundidade. As curvas, de cima para baixo, representam cada espaçamento,
logo a curva mais acima tem o menor espaçamento, e a curva mais abaixo tem o maior
espaçamento. Nota-se que quanto maior o espaçamento entre cada haste, maior o valor
da resistência do solo. Também se percebe que quanto mais profunda são as hastes, menor
é a resistência.
Dessa forma, tem-se um entendimento geral de como pode-se variar a resistência
do solo para chegar a um valor adequado ao projeto. A inclusão de hastes mais afastadas
é uma maneira de diminuir a resistência. Também se encontra o mesmo efeito
aumentando o comprimento da haste. Contudo, é preciso notar que nem sempre é viável
continuar afastando as hastes ou aumentando o comprimento das mesmas, já que há
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limitações de projeto, tanto as características físicas do local, quanto a disponibilidade
orçamentária.

Anexo 1 – Algoritmo para cálculo da resistência do aterramento.

clear all
clc
po= 194.41;
aux = [3 4 5 6 7 8 9 10];
for a = 3:1:10
aux2 = 1;
for p = 3:1:10
R(aux2) = (po/(4*%pi))*((1/a) + 2/sqrt(a^2+(2*p)^2) - 2/sqrt((2*a)^2+(2*p)^2));
printf("\n%f %f %f",a,p,R(aux2));
aux2 = i+1;
end
plot(aux,R)
end

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