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Luana Silveira1
Jamile Block Araldi Macagnan2
João Augusto Brancher Fuck3
Maria Teresa Cicero Lagana4
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
1
Graduada em Enfermagem pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Enfermeira ESF do
município de Canelinha/SC. E-mail: luanasilveira2@gmail.com
2
Enfermeira; Especialista em Enfermagem do Trabalho, Educação Profissional na área da saúde e Enfermagem
em Centro Cirúrgico; Mestre em Saúde Coletiva. E-mail: jamilemacagnan24@hotmail.com
3
Enfermeiro; Especialista em Estratégia Saúde da Família. Enfermeiro ESF do município de Canelinha/SC. E-
mail: joaooabf@gmail.com
4
Doutora em Saúde Publica pela Universidadee de São Paulo. Professor Adjunto da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte. E-mail: laganateresa@gmail.com
vascular encefálico, sendo estas, doenças que necessitam de reabilitação (CRUZ; DIOGO,
2009). Estas mudanças nos perfis demográficos e de morbimortalidade da população mundial
ao longo do último século e consequentes desafios para os sistemas de saúde explicam o
crescente interesse dos pesquisadores pelo cuidado domiciliário à saúde, realizado no âmbito
da família e envolvendo cuidadores leigos (AMENDOLA; OLIVEIRA; ALVARENGA,
2008).
O enfermeiro como membro da equipe multidisciplinar de saúde deve estar atento para
diminuir os riscos de desenvolvimento de sequelas e complicações bem como garantir
assistência de enfermagem individualizada e integral nas diferentes esferas do processo de
reabilitação (CRUZ; DIOGO, 2009). Para tanto, faz-se necessário conhecer os indivíduos, o
grau de dependência de acordo com sua funcionalidade e o conhecimento de instrumentos que
elucidam estes dados, como a Medida de Independência Funcional (MIF).
Para Sardá Júnior; Kupek e Cruz (2009) a incapacidade e a funcionalidade do
indivíduo e sua saúde são resultados de uma interação dinâmica entre a condição de saúde do
indivíduo e fatores contextuais (ex: fatores demográficos, ambiente de trabalho, contingências
do sistema de saúde e seguridade social).
No plano individual, a independência pode ser definida como a capacidade de uma
pessoa definir as suas escolhas e ter autonomia para decisões. Ainda é importante destacar que
durante o desenvolvimento humano, a independência é cultivada como um valor, estimulada e
reforçada em todas as etapas da vida. Contrapondo-se a esse significado, a dependência
representa o aprisionamento da pessoa às condições de outrem. Frente à condição de
submissão ao poder do cuidador e à limitação ao desfrute do valor cultivado desde a infância,
a dependência freqüentemente implica na redução da auto-estima, desmotivação e depressão
(RIBERTO et al, 2007).
A independência funcional foi escolhida como desfecho em reabilitação em vários
países em função do seu significado econômico. Da mesma forma que a instalação de uma
incapacidade em uma pessoa pode representar custo familiar em nosso meio, em países nos
quais o sistema securitário provê cuidadores ou asilo para as pessoas que não dispõe de
família, o aparecimento de uma limitação à locomoção, autocuidados e atividades cognitivas
mais básicas representam custo. Segundo este ponto de vista, a dependência é fonte de
despesas e medí-la é uma forma de quantificar a dimensão do aporte financeiro necessário
(RIBERTO et al, 2007).
2 METODOLOGIA
selecionados 18 artigos. Foram excluídos 14 artigos porque tinham o mesmo título e autores,
apenas publicados em revistas e datas diferentes.
3 RESULTADOS/ DISCUSSÃO
Entende-se que para os idosos uma QV relacionada à saúde satisfatória pode ser
interpretada como a possibilidade de conseguir cumprir suas funções diárias básicas
adequadamente, se sentir bem e viver de forma independente (SCATTOLIN; DIOGO;
COLOMBO, 2007).
O diagnóstico baseado somente na condição clínica dos pacientes idoso torna-se
insatisfatório, uma vez que nesta faixa etária os dados de funcionalidade e independência são
mais relevantes do que apenas a presença de condições mórbidas. Logo, a avaliação da
capacidade funcional dos idosos é essencial para a escolha do tipo de intervenções e
monitorizações do estado físico e funcional dos idosos.
Avaliação da Vida Diária (AVD) é um método utilizado porque é no domicílio que o
idoso consegue ou não desenvolver a sua capacidade de autocuidado. Essa avaliação pode ser
por observação indireta, direta e auto-relato. Porém nem sempre é possível realizar auto-relato
em virtude de déficits cognitivos dos pacientes. O método de maior confiabilidade mostrou-se
o de observação direta, por não depender das respostas de familiares e cuidadores (RICCI;
KUBOTA; CORDEIRO, 2005).
Para os pacientes com acidente vascular encefálico (AVE) foi desenvolvida uma
pesquisa com a teoria da restrição, que utilizou a MIF como instrumento de pesquisa. A
terapia de restrição consiste na imobilização do membro superior não comprometido de
pacientes hemiplégicos em decorrência de acidente vascular encefálico como forma de
estímulo ao uso do membro superior que teve a sua força reduzida (RIBERTO et al, 2005).
Em um estudo desenvolvido por Amendola, Oliveira e Alvarenga (2008) para avaliar a
QV dos cuidadores de pacientes com alto grau de dependência atendidos pelo PSF, na capital
paulista, no período de dezembro de 2006 à março de 2007, apresentou um perfil dos
pacientes onde a maioria eram mulheres, com predomínio da patologia AVE.
MIF apresenta muitos aspectos positivos entre eles de permitir estimar o custo da
incapacidade em termos de segurança, de dependência de outras pessoas e de dispositivos
tecnológicos necessários ao indivíduo (TEIXEIRA et al, 2009).
4 CONCLUSÃO
ABSTRACT
The Functional Independence Measure is an assessment tool developed for the monitoring of persons
undergoing rehabilitation. The use of scale does not focus its attention on the capability of performing
tasks, but on its effective realization independently in the daily routine. Allowed us to document its
functional sensitivity to functional acquisitions and its correlation with the functional levels. Seen it,
was been performed a systematic review of literature for critical evaluation and summary of relevant
national studies to analyze the profile of the subjects for which the MIF was applied; get an overview
of national use of this instrument and to conclude your implication of use today. It is concluded that, in
Brazil the MIF scale is being used in males, the elderly and low-income and exclusively in the
southern region. The nurse must take care of the pacient in a integral way, especially in cases of
reduction of sequels and rehabilitation. In this process, the MIF has the quality of assistance, allowing
in addition to identifying early care needs, evaluate and plot plans therapeutic nursing and ensure
quality of life for patients and caregivers.
REFERÊNCIAS
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