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PREFEITURA DE DIADEMA

SECRETARIA DE GESTÃO DE PESSOAS


ESCOLA DIADEMA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Estratégias de Leitura,
Compreensão e
Interpretação de Textos

Escola Diadema de Administração Pública - Rua Oriente Monti, 28 - Centro - Diadema - SP - CEP: 09910-250 - Tel.: 4053-5246 / 4053-5249 - edap@diadema.sp.gov.br
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Estratégias de Leitura, Compreensão e Interpretação de Textos

PRIMEIRO ENCONTRO

“Quem não lê tem pouca vantagem sobre quem não sabe ler.”
Mark Twain, escritor e humorista norte-americano
(apud GARCIA, Marcus. A falta de hábito de leitura e o analfabetismo funcional.
Disponível em: www.brasilquele.com.br/2013/05/28/a-falta-de-habito-de-leitura-e-o-analfabetismo-...)

I. Introdução

a) Você tem o hábito da leitura? Justifique sua resposta.

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b) Você gosta de ler? Ou lê por obrigação? Justifique sua resposta.

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c) O que você acha da leitura: um processo fácil ou difícil?

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d) Que tipos de textos você lê? E qual o texto mais marcante ou de que você não
esqueceu o conteúdo ou parte do conteúdo?

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e) Qual a finalidade da sua leitura?

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f) Abaixo constam sete palavras (verbos). Faça um círculo nos verbos que, em sua
opinião, estão relacionados ao ato de ler.

Observar Perceber Sentir Descobrir Compreender Refletir Agir


poder!
Ler é

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II. Leitura, Compreensão e Interpretação de Textos

Procura da Poesia

“Chega mais perto e contempla as palavras.


Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?”
Carlos Drummond de Andrade
Poesia completa & prosa.
(Rio de Janeiro: Aguilar, 1973)

1. Textos Literários

O Rato e a Ratoeira
Esopo

Numa planície da Ática, perto de Atenas, morava um fazendeiro com sua mulher; ele
tinha vários tipos de cultivares, assim como: oliva, grão de bico, lentilha, vinha, cevada e trigo.
Ele armazenava tudo num paiol dentro de casa, quando notou que seus cereais e leguminosas
estavam sendo devoradas pelo rato. O velho fazendeiro foi a Atenas vender partes de suas
cultivares e aproveitou para comprar uma ratoeira. Quando chegou em casa, adivinha quem
estava espreitando?

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um


pacote.

Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.

Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.

Correu para a esplanada da fazenda advertindo a todos:

– Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!!

A galinha disse:

– Desculpe-me Senhor Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o
senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até o porco e disse:

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– Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!!!

– Desculpe-me Senhor Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não
ser orar. Fique tranquilo que o Senhor será lembrado nas minhas orações.

O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:

– O quê? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!

Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira. Naquela noite, ouviu-se
um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.

A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.

No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a
cobra picou a mulher… O fazendeiro chamou imediatamente o médico, que avaliou a situação
da esposa e disse: sua mulher está com muita febre e corre perigo.

Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja
de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.

Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.

A mulher não melhorou e acabou morrendo.

Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar
todo aquele povo.

Moral da história:

“Quando você ouvir alguém dizer que está diante de um problema e acreditar que o
problema não lhe diz respeito, lembre-se: quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre
perigo. O problema de um é problema de todos.”

Fonte: http://pensador.uol.com.br/exemplos_de_fabulas/

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Circuito Fechado

Ricardo Ramos

Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme
de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. C
reme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, telefone,
agenda, copo com lápis, caneta, blocos de notas, espátula, pastas, caixa de entrada, de saída,
vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e
fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes,
telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos,
cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo,
quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos,
talheres, garrafa, guardanapo. xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes,
pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone
interno, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de
cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres,
guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro,
papéis, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro,
fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal,
cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata.
Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos.
Xícaras, cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e
fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos.
Coberta, cama, travesseiro.

Fonte: http://outrosversos.blogspot.com/2007/12/circuito-fechado.html

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Ismália

Alphonsus de Guimaraens
Obra completa
(Rio de Janeiro: Aguilar, 1960)

Quando Ismália enlouqueceu,


Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,


Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar…

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
Estava perto do céu,
Estava longe do mar…

E como um anjo pendeu


As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar…

As asas que Deus lhe deu


Ruflaram de par em par…
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar…

(apud TUFANO, Douglas. Gramática e literatura


brasileira. São Paulo: Moderna, 1995, p. 287)

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2. Textos Técnico-Informativos

Compreender, eis a questão!

Roberta Bencini

Aprender a ler não é só uma das maiores experiências da vida escolar. É uma vivência
única para todo ser humano. Ao dominarmos a leitura, abrimos a possibilidade de adquirir
conhecimentos, desenvolver raciocínios, participar ativamente da vida social, alargar a visão de
mundo, do outro e de si mesmo. Como disse Carlos Drummond de Andrade no poema
Infância, "E eu não sabia que minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé."

Faz mais de 500 anos que o gráfico alemão Johannes Guttenberg inventou a prensa
manual e deu início a uma das maiores revoluções da humanidade, o acesso em massa à
leitura. Ele criou a técnica da impressão provavelmente em 1453, mas só completou seu
primeiro livro, a Bíblia, em 1455. No entanto, até hoje ler é um problema para muitas pessoas.
Cabe à escola, em meio a tantas mudanças tecnológicas e sociais, estimular a leitura, melhorar
as estratégias, principalmente de compreensão (um dos principais problemas de
aprendizagem, segundo os exames de avaliação nacionais e internacionais) e oferecer muitos
e variados textos. Dos caminhos a seguir, dois favorecem a intimidade dos alunos com o texto:
ensinar a estabelecer previsão e inferência, estratégias que são invocadas na prática da leitura,
logo no primeiro contato com o texto, e que devem ser ‘provocadas’ conscientemente pelo
professor na prática de leitura.

Se usadas com clareza, previsão e inferência exigem que o leitor acione conhecimentos
prévios, como ideias, hipóteses, visão de mundo e de linguagem sobre o assunto. ‘A leitura é
uma atividade de procura do passado de lembranças e conhecimentos do leitor. O que orienta
o ato de ler é a direção, a elaboração do pensamento e sua imagem de mundo’, diz Ângela
Kleiman, professora do Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de
Campinas. (...)

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/compreender-eis-questao-423576.shtml

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Nota Fiscal Cidadã


Quanto mais você pede, mais vantagens você ganha

A criação do Programa Nota Fiscal Cidadã estabelece uma nova cultura de participação
popular e cidadania, pois incentiva a população a pedir nota fiscal pela prestação de serviços.

Quando utilizar quaisquer tipos de serviços em Diadema (estacionamento, cabeleireiro,


serviços de motoboy, restauração equipamentos de informática, etc.), o consumidor deve pedir
a emissão de nota fiscal e informar seu CPF. Ele deve também realizar, uma única vez, um
cadastro no site (http://www.diadema.sp.gov.br/nfc/) para concorrer a cupons que gerarão
prêmios em dinheiro pela Loteria Federal.

Ela vai proporcionar ao consumidor parte do Imposto recebido de cada nota fiscal
pedida. Ao pedir a nota, a cidade devolve à pessoa cadastrada, na forma de crédito em
dinheiro, 30% do valor do Imposto Sobre Serviço (ISS) recebido.

Os créditos podem ser utilizados das seguintes formas:

• você pode receber o valor em dinheiro, depositado na sua conta bancária;


• você pode utilizar para pagar, até 100%, do valor do IPTU no ano seguinte;
• você pode utilizar para pagar débitos ou parcelamento de débitos com a Prefeitura.

O Programa Nota Fiscal Cidadã cumpre a função de orientação fiscal para os


prestadores de serviços de Diadema e atende a um ideal de envolvimento da população na
administração do município.

Fonte: www.diadema.sp.gov.br

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O novo caipira
Xico Graziano
O Estado de S. Paulo, 22/6/2004, p. A2

“Monteiro Lobato deve estar chateado. O grande escritor, com certeza, não imaginou
que seu personagem mais famoso, o Jeca-Tatu, pudesse servir ao preconceito contra o
campo. Pior: provocar a mistificação rural.

Consagrado nas páginas de histórias escritas há 90 anos, o caipira do Vale do Paraíba


inspirava um sentimento generoso, uma forma de Lobato homenagear o homem rural,
valorizando, como escreveu certa vez, os silenciados da História.

O personagem de livros infantis transmitia bondade; pouco letrado, porém astuto; sem
riquezas, mas cheio de felicidade. Sua ingenuidade peculiar sensibilizou crianças e adultos,
permitindo iluminar o ser humano na atividade rural. Nobre caráter.

Mais tarde, chegou o cinema. E o cândido Jeca-Tatu acabou caricaturado na


interpretação do famoso Mazzaropi. Foi quando inventaram o chapéu de palha desfiado, a
calça de pernas curtas mostrando a botina desbocada. A imagem cinematográfica desvirtuou o
sentido simbólico construído por Monteiro Lobato. O caipira virou gozação.

Nessa época, anos 1960, iniciou-se o fortíssimo ciclo da urbanização brasileira, em


simbiose com a industrialização, ambas alimentadas pelo tremendo êxodo rural. Em pouco
tempo, como nunca se imaginara, o País passou de rural a urbano, arrebentando o mundo
caboclo.

Talvez a rapidez desse processo tenha estimulado um viés na cultura urbana,


exacerbando sua pretensão modernizadora. O fato é que os citadinos, mesmo sem querer,
passaram a olhar os agricultores como quem ‘ficou para trás’ na corrida do progresso. O
campo passou a representar o atraso.

Quando as festas juninas começaram a ser dominadas pelos representantes da cidade,


aconteceu a deformação maior: juntaram a caricatura do caipira com o folclore nacional. Os
festejos, nascidos no Nordeste com o bumba-meu-boi do século 18, aqui, no Sudeste,
incorporaram elementos depreciativos, carregados de preconceito.

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Afinal, o que podem significar a roupa cheia de remendos fingidos, aquelas sardas
esquisitas nas faces das meninas e – Deus do céu! – o dentinho pintado de preto nas crianças,
justo na frente, para parecer banguela?

Essa imagem deformada da gente da roça induz crianças e jovens, especialmente, a


acreditar que os homens do campo são malvestidos, sujos, desdentados, atrasados. A
trancinha que se bota no cabelo das meninas até que é simpática. O conjunto parece bonitinho.

Esconde, todavia, um terrível engano, ajudando a turvar a realidade. Essa mania


urbanoide de rotular as mulheres e os homens rurais como caipiras bregas provoca
sentimentos chauvinistas, desagregadores. Alguém já perguntou a um agricultor o que ele acha
desse negócio de vestir calça pula-brejo?

Ocorre um enorme equívoco quando se supõe que as festas caipiras do tipo Jeca-Tatu
façam parte do folclore popular. Nada a ver. Folclore significa conhecimento popular, tradição,
patrimônio cultural. Só pode ser folclore aquilo que brota da criatividade, da manifestação
espontânea de um povo.

História romancesca não é folclore, pois neste inexiste identificação de autoria. Sem
anonimato não há cultura popular, como são as lendas, as crendices, as danças regionais, o
artesanato.

Cantiga de roda, por certo, pertence ao folclore nacional, tanto quanto os rituais festivos
que reverenciam Santo Antônio, São João e São Pedro, com seus mastros pintados. Isso tudo
é lindo. Horrível ficou a mistura do preconceito urbano, recente, com a graça popular, antiga.

Após décadas de esquecimento, a agropecuária do País passa por um processo de


revalorização, quase um redescobrimento. Com certeza, a crise das metrópoles, atoladas na
criminalidade, sujas pela poluição e perdidas no caos do trânsito, induz ao olhar distante, idílico
que seja, rumo ao interior. As coisas mais simples da vida, como conversar na calçada da rua
ou olhar as estrelas do céu, provocam ciumentas fissuras na dureza da mente urbana.

Por outro lado, há anos do campo brotam boas notícias: recordes de safras,
exportações aquecidas, supremacia no crescimento econômico, empregos, divisas fartas.
Felizmente, a modernização superou, a duras penas, o sistema latifundiário do Brasil, gerando
um modelo tropical de agricultura, capaz de obter elevadas produtividades, garantir
sustentabilidade e competir no mercado internacional.

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Falta muito, é verdade, para se afirmar que a agricultura rompeu com o atraso.
Injustiças ainda permeiam os campos, exigindo políticas de inclusão produtiva e social. Há que
reduzir as desigualdades.

O futuro, porém, supera o passado. Empresários rurais substituem a velha oligarquia.


Agricultores familiares se organizam, investem em tecnologia e começam a sair, eles também,
da pobreza secular. Formam-se alhures grupos de pequenos empreendedores, gente olhando
para a frente, confiante na sua sorte.

Não vê quem não quer. No interior do Brasil surge um novo caipira. Pode falar puxado
no erre, mas não se inferioriza diante de quem sibila o esse.

Caipira, sim, mas estudado, bonito, vivendo com qualidade de vida.

Lembre-se disso, principalmente se estiver pensando, na próxima festa junina, em vestir


um chapéu desfiado (...). Esqueça o adereço. Tome seu quentão, dance quadrilha, curta o
foguetório, mas reverencie o campo, valorizando-o, em vez de estimular as diferenças.

E se encontrar alguma criança com dentinho pintado de preto, denuncie: preconceito é


crime constitucional.”

Tem Gente Atrás do Crachá


http://www.abtd.com.br - Data da publicação: 3/5/2013

Por MARCO FABOSSI

Enquanto a Dona Neide servia café e água no início da reunião, o diretor de um dos
maiores conglomerados brasileiros, buscando conhecer um pouco mais sobre a empresa que
pretendia contratar como parceira, perguntou à Diretora de RH:

– Aqui nesta empresa as pessoas são felizes?

– Bem, ninguém melhor que as próprias pessoas para responder essa pergunta –
respondeu a Diretora de RH, e em seguida perguntou à Dona Neide: Você é feliz aqui na
empresa?

– Ah, eu sou muito feliz! Aqui, quando eu vou tirar o lixo dos cestos nas mesas, as
pessoas me agradecem, conversam comigo, me notam. Quando eu sirvo café, elas também
agradecem. Aqui as pessoas me tratam com educação, elas me notam, e eu me sinto
respeitada – respondeu a Dona Neide.

O diretor do grande conglomerado então respondeu:

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– Isso é muito importante para que possamos trabalhar juntos, porque em nossa
empresa as principais prioridades são: pessoas, pessoas e pessoas. O resto a gente dá um
jeito.

Antes que terminasse a semana, este mesmo diretor liga para a empresa e confirma:

– Decidimos contratá-los como nossos parceiros.

Somente uma liderança que valoriza as pessoas e que tem plena consciência de que
"tem gente atrás do crachá", é que consegue estabelecer uma cultura de respeito e valorização
do ser humano nas organizações.

Quando as pessoas são respeitadas e reconhecidas, passam a perceber que o trabalho


que realizam vai muito além das tarefas que executam, e com isso se dão conta de que fazem
parte de uma equipe que se ajuda, colabora e se empenha na realização de uma obra muito
maior.

Por isso, uma das premissas para tornar-se um bom líder é respeitar, valorizar e
reconhecer as pessoas, algo que não depende de aprendizado, mas de decisão e atitude.
Reconhecer as pessoas pelo que são e pelo que fazem, ainda que, em nossa percepção, seja
um trabalho simples e rotineiro. Basta imaginar os banheiros do nosso local de trabalho sem
pessoas para limpá-los; como seria? Você já parou em algum momento do dia para dizer a
uma dessas pessoas algo como: "Muito obrigado pelo importante trabalho que realiza aqui na
empresa. Sem você esse lugar seria uma bagunça."? Quanto tempo demora reconhecimento
deste tipo? Quinze segundos? E quanto tempo você acha que ele vai durar na vida dessa
pessoa? Talvez a vida toda.

Nossas organizações estão repletas de gestores altamente capacitados, dotados de


enorme competência técnica e gerencial; homens e mulheres preparados para um mercado
cada vez mais globalizado, complexo e competitivo, mas tão profundamente dedicados aos
negócios e seus resultados que terminam por negligenciar as pessoas, causando angústia,
frustração, falta de credibilidade e decepção em todos os níveis das organizações, e com a
séria agravante de não serem capazes de criar futuro. Mais que gestores, as organizações
precisam de homens e mulheres que enxergam e aceitam as pessoas como elas são, tratando-
as com respeito e dignidade, independentemente de raça, níveis hierárquicos ou sociais, e
religião. Líderes conscientes de que todas as conquistas são fruto do trabalho em equipe, e
que os melhores resultados só podem ser alcançados quando as pessoas estiverem felizes e
motivadas, porque "tem gente atrás do crachá"!

Fonte: http://portal.abtd.com.br/Conteudo/Artigo/detalheArtigo.aspx?id=1439

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3. Textos Acadêmicos

Raízes do Brasil
Sérgio Buarque de Holanda
Rio de Janeiro, José Olympio, 1975, p. 13

“Nas formas de vida coletiva podem assinalar-se dois princípios que se combatem e
regulam diversamente as atividades dos homens. Esses dois princípios encarnam-se nos tipos
do aventureiro e do trabalhador. Já nas sociedades rudimentares manifestam-se eles, segundo
sua predominância, na distinção fundamental entre os povos caçadores ou coletores e os
povos lavradores.

Para uns, o objeto final, a mira de todo esforço, o ponto de chegada, assume relevância
tão capital, que chega a dispensar, por secundários, quase supérfluos, todos os processos
intermediários. Seu ideal será colher o fruto sem plantar a árvore. Esse tipo humano ignora as
fronteiras. No mundo tudo se apresenta a ele em generosa amplitude e onde quer que se erija
um obstáculo a seus propósitos ambiciosos, sabe transformar esse obstáculo em trampolim.
Vive dos espaços ilimitados, dos projetos vastos, dos horizontes distantes.

O trabalhador, ao contrário, é aquele que enxerga primeiro a dificuldade a vencer, não o


triunfo a alcançar. O esforço lento, pouco compensador e persistente, que, no entanto, mede
todas as possibilidades de esperdício e sabe tirar o máximo proveito do insignificante, tem
sentido nítido para ele.

Seu campo visual é naturalmente restrito. A parte, maior do que o todo.

Existe uma ética do trabalho, como existe uma ética da aventura.

Assim, o indivíduo do tipo trabalhador só atribuirá valor moral positivo às ações que
sente ânimo de praticar e, inversamente, terá por imorais e detestáveis as qualidades próprias
do aventureiro – audácia, imprevidência, irresponsabilidade, instabilidade, vagabundagem –
tudo, enfim, quanto se relacione com a concepção espaçosa do mundo, característica desse
tipo.

Por outro lado, as energias e esforços que se dirigem a uma recompensa imediata são
enaltecidos pelos aventureiros; as energias que visam à estabilidade, à paz, à segurança
pessoal e os esforços sem perspectiva de rápido proveito material passam, ao contrário, por
viciosos e desprezíveis para eles. Nada lhes parece mais estúpido e mesquinho do que o ideal
do trabalhador.”

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A solidariedade como princípio jurídico


Ednéia de Oliveira Matos Tancredo

Estado, sociedade e direitos fundamentais


São Paulo, Academia Olímpia, 2012, p. 57-69

“O valor solidariedade no Estado capitalista não contribuiu para a realização de justiça


social, tampouco funcionou como instrumento de inclusão social, principalmente nos países
periféricos. O que sempre se verificou foi a ‘benevolência’ do Estado ao estabelecer políticas
para combater as ‘dinâmicas da pobreza’ que acompanharam o desenvolvimento do
capitalismo industrial, como atesta o fenômeno do pauperismo, decorrente da industrialização
do fim do século XVIII (Netto, 2001).

A lembrança desse fenômeno histórico revela-se pertinente para elucidarmos a


preocupação com o que chamamos contemporaneamente de ‘questão social’. Há
aproximadamente 170 anos essa expressão é utilizada para justificar alternativas à
solidariedade social, que sempre teve como único agente o Estado.

O princípio da solidariedade constitui um dos temas centrais para a elaboração de


alternativas à nova conformação social que vem ocorrendo neste milênio. Assim, da
obscuridade em que foi deixado por séculos, ressurge, com força, o valor solidariedade para se
tentar resolver mais esse impasse da historia deste ‘novo’ capitalismo.

O princípio da solidariedade está intimamente ligado à renovação do Estado, à


democracia material, à institucionalização da sociedade, tendo sempre como norte a coesão
social.

Para ressaltar a solidariedade como princípio, há que se admitir que o Direito, a


sociedade e o Estado estão necessariamente imbricados, bem como reconhecer que a política
é um dos ingredientes do Direito Constitucional. Desse resultado também emerge a
solidariedade como princípio jurídico.

No moderno Direito Constitucional, não se fala mais em Estado cuidando abstratamente


do interesse público ou do bem comum como um ente distante da sociedade. Não se fala mais
daquele abstruso Estado de Direito, mas da busca incessante de sua legitimidade, de sua
verdadeira e eficaz atuação ante a realidade social.

Quando se fala em ordenamento jurídico, refere-se também ao ordenamento


democrático. Nessa fusão, são incorporados os mais elevados valores éticos e sociais,
consubstanciados em regras e princípios.”

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Texto de Apoio 1

Todo ponto de vista é a vista de um ponto

Leonardo Boff
A águia e a galinha: uma metáfora da condição humana
Petrópolis, Vozes, 2010, 51ª ed.

“Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E
interpreta a partir de onde os pés pisam.

Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário
saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma
releitura.

A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial


conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que
experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e
da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.

Sendo assim, fica evidente que cada leitor é coautor. Porque cada um lê e relê com os
olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita. (...) Cada um
lerá e relerá conforme forem seus olhos.

Compreenderá e interpretará conforme for o chão que seus pés pisam.

Os antigos bem diziam: habent sua fata libelli, os livros têm seu próprio destino. Tinham
razão, porque o destino dos livros está ligado ao destino dos leitores. (...)

Convidamos você a fazer-se, junto com as forças diretivas do universo, cocriador do


mundo criado e por criar.”

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Texto de Apoio 2

Dez motivos pelos quais você deveria ler todos os dias

“Uma das práticas que os jovens consideram mais entediantes é a leitura. Não é raro ouvir
reclamações sobre a obrigatoriedade da leitura, mesmo que algumas histórias surpreendam
por atrair o interesse. Contudo, estabelecer o hábito da leitura pode trazer diversos benefícios
para a vida, tanto no mundo acadêmico quanto na carreira. Confira a seguir dez motivos pelos
quais você deveria ler todos os dias:

1. Estímulo mental

O cérebro necessita treinamento para se manter forte e saudável e a leitura é uma ótima
maneira de estimular a mente e mantê-la ativa. Além disso, estudos mostram que os estímulos
mentais desaceleram o progresso de doenças como demência e Alzheimer.

2. Redução do estresse

Quando você se insere em uma nova história diferente da sua, os níveis de estresse que você
viveu no dia são diminuídos radicalmente. Uma história bem escrita pode transportá-lo para
uma nova realidade, o que vai distraí-lo dos problemas do momento.

3. Aumento do conhecimento

Tudo o que você lê é enviado para o seu cérebro com uma etiqueta de “novas informações”.
Mesmo que elas não pareçam tão essenciais para você agora, em algum momento elas podem
ajudá-lo, como em uma entrevista de emprego ou mesmo durante um debate em sala de aula.

4. Expansão de vocabulário

A leitura expõe você a novas palavras que inevitavelmente elas serão incluídas no seu
vocabulário. Conhecer um número grande de palavras é importante porque permite que você
seja mais articulado em seus discursos, de maneira que até mesmo a sua confiança será
impulsionada.

5. Desenvolvimento da memória

Quando você lê um livro (especialmente os grandes) precisa se lembrar de todos os


personagens, seus pontos de vista, o contexto em que cada um está inserido e todos os
desvios que a história sofreu. A boa notícia é que você pode utilizar isso a seu favor, fazendo

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dos livros um treino para a sua memória. Guardar essa quantidade de informações faz com
que você esteja mais apto para se lembrar de eventos cotidianos.

6. Habilidade de pensamento crítico

Já leu um livro que prometia um mistério confuso e acabou por desvendá-lo antes mesmo do
meio da história? Isso mostra a sua agilidade de pensamento e suas habilidades de
pensamento crítico. Esse tipo de talento também é desenvolvido por meio da leitura. Portanto,
quanto mais você lê, mais aumenta sua habilidade de estabelecer conexões.

7. Aumento de foco e concentração

O mundo agitado de hoje faz com que sua atenção seja dividida em várias partes, de modo
que manter-se concentrado em apenas uma tarefa torna-se um desafio. Contudo, livros com
histórias envolventes são capazes de desligar você do mundo ao redor, fazendo com que sua
atenção esteja inteiramente voltada para o que acontece na trama. Embora você não perceba,
esse tipo de exercício ajuda você a se concentrar em outras ocasiões, como quando precisa
finalizar um projeto urgente.

8. Habilidades de escrita

Esse tipo de habilidade anda lado a lado com a expansão do seu vocabulário. Assim como a
leitura permite a você ser alguém mais articulado na fala, também vai ajuda-lo a colocar com
mais clareza os seus pensamentos no papel. Isso vai dar a você a chance de produzir textos
com mais qualidade, não apenas de vocabulário, como também correção gramatical e ideias
mais ricas.

9. Tranquilidade
O fato de envolver você em uma história e livrá-lo do estresse cotidiano faz do livro uma ótima
ferramenta para alcançar a paz interior. Nos momentos de estresse, procure se distrair do que
acontece com uma história que atrai seu interesse. Isso vai acalmá-lo e ajudá-lo a melhorar
seu humor.

10. Entretenimento a baixo custo


Muitas pessoas acreditam que o conceito de diversão está diretamente ligado aos altos custos
de uma viagem ou mesmo de uma festa. Contudo, se você encontrar um livro que chame a sua
atenção, poderá viajar sem sair da sua casa.”

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Fonte: http://www.brasilquele.com.br/2013/05/24/dez-motivos-pelos-quais-voce-deveria-ler-todos-os-dias

SEGUNDO ENCONTRO

III. Estratégias de Leitura, Compreensão e Interpretação de Textos

1. Estratégias de Leitura e Compreensão

Estratégias de leitura são habilidades utilizadas por um indivíduo para facilitar a


compreensão e efetivar a produção da leitura (Kopke Filho, 2001).

Já vimos que a leitura comporta três diferentes finalidades: “para nos formar, para nos
distrair ou para recolher informações. (...) Pode-se classificar a leitura em três tipos: leitura
formativa, leitura de distração e leitura informativa” (Cervo e Bervian, 1983, p. 85).

Mas antes de efetivar o ato de ler, é necessário, muitas vezes, selecionar o material e
ter previamente, sempre, um local apropriado/adequado para a leitura.

Kopke Filho (1997) identifica três momentos principais na leitura de um texto: antes da
leitura; durante a leitura; e depois da leitura.

Segundo Kopke Filho (1997), antes da leitura é o momento em que o leitor deve fazer
uma análise global do texto e levantar hipóteses. Durante a leitura é o momento em que o leitor
deve relacionar seu prévio conhecimento sobre o assunto com as informações apresentadas
no texto, “bem como ponderar acerca da compreensão que está tendo do texto e das
implicações ou consequências do corpo de informações que o compõem” (apud Tanzawa,
2009, p. 55). Depois da leitura é o momento em que o leitor deve avaliar o quanto reteve das
informações e se as compreendeu adequadamente; deve, ainda, verificar se as hipóteses
formuladas no início da leitura do texto se confirmaram ou não e se está apto a produzir um
texto, mediante paráfrases, resumindo o que acabou de ler (apud Tanzawa, 2009, p. 56).

Apresentamos, nos subitens a seguir, as orientações formuladas por Kopke Filho (1997
e 2001) e estudadas por Tanzawa (2009).

1.1. Pré-leitura, leitura de reconhecimento ou seletiva (antes da leitura propriamente dita)

Para selecionar o material adequado à sua finalidade de leitura, você deve fazer uma
‘pré-leitura’, ‘de reconhecimento’ ou ‘seletiva’.

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Isso requer: olhar a capa e contracapa, o autor, as orelhas e o sumário da obra, além de
cabeçalhos, títulos e subtítulos.

A pré-leitura exige ainda: olhar rapidamente o resumo, verificar o prefácio e/ou a


introdução do livro, artigo etc., bem como um exame rápido de todo o texto.

Essa estratégia fornecerá uma ideia sobre o tema e se a leitura será ou não útil aos
seus objetivos traçados.

A seguir, apresenta-se um checklist do momento anterior à leitura propriamente dita de


um texto:

Antes da Leitura

 Examinar ligeiramente todo o texto.

 Avaliar a estrutura do texto, procurando ler cabeçalhos, títulos, subtítulos etc.

 Levantar hipóteses, após breve avaliação, sobre o conteúdo do material a ser


lido.

 Analisar, com base em sua finalidade, a utilidade ou a necessidade/objetivo de


realizar tal leitura.

1.2. Leitura propriamente dita (durante a leitura)

No ato de leitura propriamente dita, sobretudo a formativa e a informativa, devemos


considerar três estratégias básicas, a fim de facilitar nossa aprendizagem: atenção; memória; e
associação de ideias (Galliano, 1986).

Nossa finalidade última com a leitura do texto selecionado é memorizá-lo, apreender


seu conteúdo e formar senso crítico sobre o assunto (Galliano, 1986, p. 70-71). Devemos,
então, considerar três estratégias básicas:

1ª) Atenção: capacidade de concentração em um só objeto; para isso, é preciso ter o


máximo interesse pelo assunto/tema.

2ª) Memória: memorizar não é decorar! É reter e compreender aquilo que é mais
significativo de um texto. Para memorizar um conteúdo, é preciso atenção, repetição
(releituras), emoção, interesse e relacionamento dos fatos apresentados no texto com outros
conteúdos já conhecidos (com o contexto histórico e sociocultural).

3ª) Associação de ideias: capacidade de relacionar experiências anteriores e evocar


novos fatos, ideias e conteúdos.

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A seguir, apresenta-se um checklist do momento da leitura propriamente dita de um


texto:

Durante a Leitura

 Grifar ideias ou palavras principais.


 Tomar notas.
 Criar imagens mentais de conceitos ou fatos descritos no texto.
 Relacionar as informações do texto com seus conhecimentos do assunto.
 Refletir sobre as implicações ou consequências do apresentado no texto.
 Reler o trecho quando não se compreende uma palavra, frase ou parágrafo.
 Consultar fontes externas (pessoas, outros livros), quando na releitura do trecho
não se resolver o não entendimento.

1.3. Pós-leitura (depois da leitura)

A leitura é uma excelente forma de aprendizagem, uma vez que possibilita ampliar e
aprofundar nossos conhecimentos sobre determinado assunto, aumentar o vocabulário pessoal
e, assim, comunicar nossas ideias e pensamentos de modo mais eficiente.

A seguir, apresenta-se um checklist do momento posterior à leitura de um texto:

Depois da Leitura

 Reler o texto na íntegra.


 Reler os pontos mais relevantes.
 Procurar recordar pontos fundamentais do assunto sem retomar o texto.
 Avaliar o quanto entendeu do texto.
 Realizar uma paráfrase ou resumo do texto lido.

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Por fim, veja algumas regras postuladas por Rover (2006, p. 26-27) a considerar na
leitura de um texto, a fim de alcançar os resultados desejados:

• “jamais realizar uma leitura de estudo sem um objetivo definido. Para que está lendo? Qual
o propósito da leitura?;

• preste atenção no texto para haver entendimento, assimilação e apreensão das ideias
apresentadas pelo autor;

• caso haja palavras desconhecidas no texto, recorra ao dicionário, para se orientar;

• seja crítico, avaliando o texto lido. Distinga o que é verdadeiro, significativo e importante no
texto. Questione-se da validade do texto, tentando encontrar respostas para as questões:
para que serve essa leitura?; como o autor está demonstrando o tema?; qual é a ideia
principal do texto?; posso aceitar o argumento do autor?; o que estou aprendendo com
esse texto?; vale a pena continuar a leitura?

• analise as partes do texto e estabeleça relações entre elas, a fim de compreender a


organização do conteúdo;

• saiba fazer uma triagem do que esteja lendo e perceba a sua aplicabilidade no momento;

• evite sublinhar um texto na primeira leitura; primeiramente, faça uma leitura de


reconhecimento e, em seguida, realize uma leitura reflexiva;

• elabore uma síntese, resumindo os aspectos essenciais, deixando de lado aquilo que é
secundário ou acessório, mantendo uma sequência lógica;

• busque saber a autenticidade do texto, verificando a autoria (quem escreveu?), época


(quando foi escrito?), local (onde?), se é documento original ou cópia, por que via chegou
até você? Analise a autoridade dos autores citados;

• verifique possíveis circunstâncias que levaram o autor à redação (por quê?), visando à
obtenção de uma explicação objetiva, lógica para o aparecimento do texto. (Geralmente,
encontramos na apresentação ou prefácio do livro.);

• preste atenção nas palavras-chave, que indicam a ideia principal contida no texto.”

Fonte: Rover (2006, p. 26-27)

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2. Estratégias de Compreensão e Interpretação

Compreender um texto, para Marcuschi (2008, p. 230), “não é uma ação apenas
linguística ou cognitiva. É muito mais uma forma de inserção no mundo e um modo de agir
sobre esse mundo na relação com o outro dentro de uma cultura e uma sociedade.”

Assim, interpretar um texto é um processo complexo, já que envolve duas variantes:


uma individual/pessoal; e outra social. A interpretação efetiva requer a capacidade de
relacionar texto e contexto, exigindo o envolvimento do leitor com o mundo em que vive (uma
visão de mundo).

Chegamos à interpretação efetiva de determinado conteúdo somente mediante uma


leitura reflexiva. É a interpretação efetiva que nos proporciona a aplicação do conteúdo (a
ação), de acordo com o objetivo proposto inicialmente. Por exemplo: quais seriam as
consequências da leitura superficial de um ofício, memorando, notificação, requerimento,
portaria, instrução normativa etc. por parte de um servidor público?

2.1. Interpretando textos literários

Em geral, os textos literários apresentam grau maior de complexidade, pois consistem


em ‘obras abertas’, exigindo do leitor uma coautoria para complementar o texto com suas
leituras anteriores e suas experiências de vida (sua mundividência).

Para Terra (2014), os textos literários “apresentam um grau de incompletude mais


elevado que os informativos, o que exige certo esforço cognitivo do leitor para preencher
lacunas. Embora os textos literários nos sejam apresentados como um todo, sua apreensão
não se dá em sua fixação definitiva, mas por aquilo que o constitui: sua linguagem. (...) Na
produção de textos literários, há preocupação do autor com uma forma especial de utilizar a
linguagem, e isso não é exclusividade de textos poéticos” (Terra, 2014, p. 10; grifos nossos).

Além disso, o leitor precisa perceber a intencionalidade simbólica da obra e


compreender que o texto literário, em geral, é utilizado para marcar o posicionamento do autor
sobre o assunto da obra em determinado contexto e período histórico.

Assim, utilizamos estratégias diferentes na leitura para cada tipo de texto. “Textos
literários, pela sua própria natureza, exigem um esforço cognitivo diferente – e geralmente

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maior – do que os textos informativos. Conhecer a linguagem e a arquitetura dos textos


literários é fundamental para a construção de sentido por parte do leitor” (Terra, 2014, p. 7).

2.2. Interpretando textos técnico-informativos e acadêmicos

Textos técnico-informativos e acadêmicos tendem a ser ‘obras fechadas’, o que


possibilita leituras da mensagem quase no mesmo nível.

Há uma variedade de tipos de textos técnico-informativos e acadêmicos. No entanto, a


maioria apresenta a defesa de uma tese (de um ponto de vista). São comumente chamados de
textos dissertativos.

Nesses casos, o primeiro passo é destacar a tese e identificar os argumentos e os


contra-argumentos. Em seguida, devemos atentar para o processo de estruturação do texto em
análise e de que modo os recursos linguísticos foram utilizados pelo autor para defender a
tese.

No caso de textos publicitários, devemos redobrar a atenção para a intertextualidade e


a linguagem metafórica, bem como para a relação entre o conteúdo verbal e não verbal
(imagens).

A grande maioria dos textos técnico-informativos e acadêmicos possibilita ‘armazenar’


seu conteúdo mediante a técnica do resumo (veja o Texto de Apoio 3). Quando se resume um
texto técnico-informativo ou acadêmico, obtém-se o essencial, ao contrário dos textos literários;
quando se resume um texto literário, perde-se o essencial.

Resume bem quem conseguiu compreender claramente e interpretar efetivamente o


conteúdo de um texto. Não se pode (consegue) resumir algo que não se conhece ou se sabe
muito bem!

3. Considerações Finais

Nós, humanos, somos seres de linguagem. Vivemos em sociedade exatamente por


dispormos da capacidade de linguagem. Não existe sociedade sem linguagem, sem
comunicação. E o processo de comunicação requer o de compreensão e interpretação dessa
comunicação.

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Ler é uma atividade que se aprende lendo e, sobretudo, questionando e refletindo sobre
o que é lido. Não se vive nem se aprende sozinho. Aprender exige troca de conhecimentos e
de experiências. Ler é aprender! E aprender é viver, plenamente!

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Praticando...

Retome o texto Nota Fiscal Cidadã (página 9 da Apostila) e responda às seguintes


questões:

1) Quais são as vantagens à população do programa Nota Fiscal Cidadã?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________

2) E quais são as vantagens do programa ao Município de Diadema?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________

3) Se um cidadão de Diadema utilizar serviços de banho e tosa de um pet shop


do Município, ele poderá usufruir dos benefícios e vantagens contemplados na
Nota Fiscal Cidadã? Justifique sua resposta.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________

4) De que forma os créditos da Nota Fiscal Cidadã podem ser usados pelo
consumidor diademense?

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___________________________________________________________________

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___________________________________________________________________
__________________________________________________________________

5) Qual a nova cultura de participação popular e cidadania que institui o


Programa Nota Fiscal Cidadã? Justifique sua resposta.

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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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__________________________________________________________________

6) Segundo o texto, o Programa Nota Fiscal Cidadã estabelece uma nova cultura
de participação popular e cidadania em Diadema. Qual era a cultura anterior à
instituição do Programa? Justifique sua resposta.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
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___________________________________________________________________
__________________________________________________________________

7) Fernando, morador de São Bernardo do Campo, estava fazendo seu cadastro


no Programa Nota Fiscal Cidadã no site da Prefeitura de Diadema
(www.diadema.sp.gov.br). Quase ao final do cadastro, seu computador
apresentou um problema. Duas semanas depois, o consumidor Fernando
recebeu e-mail da Prefeitura de Diadema com três cupons numerados, para ele
concorrer aos prêmios em dinheiro pela Loteria Federal. Ao final do mês,
Fernando foi conferir os cupons e viu que a numeração de um deles coincidia
com a do primeiro prêmio da Loteria Federal. Fernando receberá, ou não, algum
prêmio da Prefeitura de Diadema? Justifique sua resposta.

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Referências Bibliográficas

CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A. Metodologia científica. 3ª ed. São Paulo: McGraw-Hill
do Brasil, 1983.

FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto. São Paulo: Ática, 1990.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1992.

GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Harbra, 1986.

KOPKE FILHO, Henrique. “Estratégias para desenvolver a metacognição e a compreensão de


textos teóricos na universidade”. Psicologia Escolar e Educacional 1, (2-3), 1997, p. 59-67.

_______. Estratégias em compreensão da leitura: conhecimento e uso por professores de


língua portuguesa. São Paulo: FFLCH, Universidade de São Paulo, 2001 (Tese de Doutorado).

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. 4ª


ed. São Paulo: Atlas, 1995.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
Parábola Editorial, 2008 (série Educação linguística, 2).

MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4ª


ed. São Paulo: Atlas, 1999.

PETRI, Maria José. Manual de linguagem jurídica. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

ROVER, Ardinete (Coord.). Metodologia científica: educação a distância. Joaçaba:


Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), 2006 (Material didático)

TANZAWA, Elaine Cristina L. Leitura e compreensão de textos acadêmicos: um estudo junto a


alunos de dois cursos de graduação. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, Centro de
Educação, Comunicação e Artes, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2009
(Dissertação – Mestrado em Educação).

TERRA, Ernani. Leitura do texto literário. São Paulo: Contexto, 2014, 192p.

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Apostila elaborada por:


VAZ, João Batista
Analista de Recursos Humanos, Prontuário 114.843.

Bibliografia:

Copyright © 2014: Prefeitura de Diadema/Secretaria de Gestão de Pessoas/Escola


Diadema de Administração Pública

Permitida a reprodução total ou parcial desta obra desde que sem fins lucrativos e citada a
fonte.

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