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Boletim Informativo Mensal

31/10/2019
Boletim Informativo Mensal

OUTUBRO 2019
PALAVRA GESTOR
Encerramos o mês de outubro marcado pela moderação de Na gestão dos fundos multimercado Dinâmico e Multiestra-
focos globais de risco, sobretudo relativos à disputa comercial tégia, ambos operaram com estratégias muito parecidas,
entre EUA e China e ao encaminhamento do Brexit. isto é, com suas respectivas exposições em Bolsa, além de
exposições bem diversificadas em renda fixa, com alocações
Com isso, a aversão global ao risco diminuiu, apesar do au-
que englobam crédito privado bem como títulos públicos,
mento das tensões em alguns emergentes importantes, espe-
especialmente os prefixados e atrelados à índices de preços.
cialmente latino-americanos. Ainda, os bancos centrais dos
EUA e do Brasil reduziram suas taxas básicas de juros em 0,25 Dado nosso cenário base, a nossa estratégia consiste em
e 0,50 ponto percentual, respectivamente. No caso norte- ficar over em duração, com uma distribuição equilibrada
americano, o Fed emitiu um sinal tênue de pausa nos cortes, com fatores de risco prefixado e inflação, buscando posicio-
sem fechar totalmente a possibilidade de novas reduções. No namento intermediários e longos, já que os curtos estão
caso brasileiro, o BC sinalizou que reduzirá a Selic para 4,5% bem apreçados vis-à-vis nosso cenário e com relação à Bol-
até o final do ano, mas mostrou cautela sobre eventuais ajus- sa. Nossa visão é positiva, porém, frente a recente alta, não
tes adicionais em 2020. Esta última sinalização, por si só, deve descartamos possível movimento de realização que pode
gerar ajustes para cima na parte curta da curva de juros brasi- representar uma oportunidade para novas inserções.
leira, ajustando-se a nova expectativa em relação ao COPOM,
porém levando a uma menor inclinação da ETTJ nominal.
A gestão dos fundos de renda fixa seguirá exposta com du-
ração alongada, levando em consideração, principalmente, a
O IBOVESPA encerrou o mês com alta de 2,36%. Destaque expectativa de aprovação das reformas fiscal e administrati-
para o índice que esteve acima dos 108 mil pontos, atingindo va do governo, que devem seguir o curso, mesmo com al-
sua máxima histórica com o ambiente externo mais positivo, guns entraves. Nesse sentido, ao longo do mês aproveitou-
aprovação da reforma da Previdência e temporada de balan- se para elevar a parcela em prefixados intermediários/
ços. Na mesma direção, o índice Small Caps (SMLL) subiu longos, uma vez que não acreditávamos na redução na taxa
2,28% bem como o índice de Dividendos (IDIV) em 1,52%. O básica de juros mais agressiva por parte do BC, corroborado
Dólar perdeu força frente ao Real, encerrando o mês cotado a na curva após reunião no final do mês, e que levaria a uma
R$ 4,00 com queda de 3,85%. A curva DI, por sua vez, cedeu redução na inclinação da curva depois da decisão. Confirma-
do isso tudo, houve também redução dos juros ao longo de
em toda a sua extensão, refletindo ainda o cenário benigno
toda ETTJ nominal. Já na curva de juros real também houve
para inflação, recuperação gradual da atividade econômica e
redução das suas taxas, porém, agora, apreça-se uma infla-
ciclo de afrouxamento monetário. Com relação as taxas reais
ção de curto prazo levemente mais alta do que anterior-
negociadas através das NTN-Bs, se verificou movimento simi-
mente verificado. Seguimos com exposição neste veículo
lar.
por acreditar em inflação ligeiramente acima daquela que o
Ainda com relação à curva de juros brasileira, dada a retoma- mercado precifica. Na parte longa realizamos parte dos lu-
da gradual da atividade econômica, sobretudo do mercado de cros, mas seguimos expostos com o mesmo racional.
trabalho, e o quadro inflacionário benigno com inflação cor-
rente correndo abaixo da meta e expectativas inflacionárias
bem ancoradas, como já sinalizado pelo BC, nos faz crer que a
Selic deve fechar o ano de 2019 em 4,5% a.a. Cortes adicionais
mais parcimoniosos podem acontecer se a atividade econômi-
ca desapontar.

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