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ProAcustica ManualContrapisosFlutuantes Nov-2015 PDF
ProAcustica ManualContrapisosFlutuantes Nov-2015 PDF
PROACÚSTICA DE
RECOMENDAÇÕES
BÁSICAS PARA
CONTRAPISOS
FLUTUANTES
Associação
Brasileira para a
Qualidade Acústica
PREFÁCIO
Foi com grande satisfação que recebi o convite para prefaciar o Manu-
al de Recomendações Básicas para Contrapisos Flutuantes, inicia-
tiva da ProAcústica Associação Brasileira para a Qualidade Acústica.
As orientações contidas nesse Manual ajudarão a entender os con- 7. Como verificar o desempenho de contrapisos flutuantes
ceitos de acústica de piso, como efetuar as medições contidas nos após execução.................................................................................... 42
métodos de ensaio e analisá-las. Que esse trabalho estimule outros,
para que possamos gerar tanto o conhecimento necessário sobre 8. Informações básicas para Construtores e Incorporadores.............. 46
esse tema como soluções para o bom desempenho acústico das
edificações brasileiras. 9. Informações básicas para Usuários/Moradores............................... 46
Diante do desconhecimento demonstrado sobre o tema por parte É importante ressaltar que o Comitê, neste período de trabalho, in-
da cadeia produtiva, inclusive usuários, da ausência de informações centivou entre os fabricantes a realização de ensaios de seus sistemas
técnicas padronizadas e da pouca tradição de especificação de ma- em laboratório para a medição do desempenho. Das 14 empresas fa-
teriais por desempenho no país, a ProAcústica criou, em novem- bricantes participantes do Comitê, duas já dispunham de ensaios an-
bro de 2014, o Comitê de Pisos e Mantas. Com a participação de 21 teriores e 12 estão participando de um lote com mais de 50 ensaios
empresas associadas, entre fabricantes e fornecedores de material que estão sendo realizados a partir de uma negociação intermediada
resiliente (14) e consultorias especializadas em projetos acústicos pela ProAcústica com o ITeCons – Instituto de Investigação e Desen-
(07), o Comitê teve a missão de discutir e aperfeiçoar informações volvimento Tecnológico em Ciências da Construção, de Portugal, se-
técnicas sobre contrapisos flutuantes e elaborar um Manual de Re- lecionado, entre outros renomados laboratórios internacionais, pela
comendações Básicas para a aplicação deste sistema, a fim de me- estrutura oferecida para os ensaios, por sua credibilidade e experi-
lhorar o isolamento acústico em lajes de edifícios habitacionais. ência com as normativas de ensaio de material resiliente para pisos.
Os sistemas de pisos, que separam unidades habitacionais autô- O resultado de todo este trabalho, desenvolvido ao longo de um ano,
nomas em diferentes andares, devem garantir um desempenho está apresentado nesta publicação, cujo público-alvo é o fabricante,
adequado de isolamento acústico aéreo (conversações, TV, música, o profissional de projeto e especificação, a construtora e incorpora-
etc.) e de isolamento acústico ao ruído de impacto (passos, queda dora, o instalador e também o usuário/morador.
de objetos, arrastar de móveis, etc.). Esses sistemas de pisos estão
compostos pelos elementos de camada estrutural (laje) e elementos A ProAcústica espera que o Manual de Recomendações Básicas
opcionais (contrapiso). O escopo deste Manual, portanto, restringiu- para Contrapisos Flutuantes possa contribuir com toda a cadeia
se à aplicação de contrapisos flutuantes, independente dos revesti- produtiva para a melhoria do isolamento acústico e a promoção do
mentos ou acabamentos aplicados, sendo que suas indicações não conforto acústico, fator indispensável quando se vive de forma cole-
envolvem responsabilidade estrutural. tiva em edificações.
45
LEGENDA:
40
A - Redução Ponderada do
35 Nível de Pressão Sonora de
A B Impactos ∆Lw em dB
30
B - Massa por unidade de área
160
do contrapiso flutuante em
25 140
120 kg/m²
100
80
20 60
C - Rigidez Dinâmica por
Fonte: ISO unidade de área S’ do material
15712-2:2005 15 resiliente em MN/m³
4 6 8 10 15 20 30 40 50
C
NOTAS:
A – O material acústico inserido no sistema de piso deve atender a VUP (Vida
Útil de Projeto), estabelecida pela ABNT NBR 15.575:2013.
O índice L’nT,w representa o “Nível de pressão sonora de impacto padrão ponderado”
medido no campo (obra), oriundo da transmissão decorrente de impactação
normalizada pela Tapping Machine (Figura 11 do cap. 7) no piso acima do ambiente
receptor. Quanto menor o valor de L’nT,w, menor será a percepção auditiva do
ruído de impacto no ambiente receptor, ou seja, menor o incômodo.
O índice DnT,w representa a “Diferença padronizada de nível ponderada”
(isolamento ao ruído aéreo) medido no campo (obra), oriundo da transmissão
decorrente de emissão normalizada por fonte dodecaédrica omnidirecional
(Figura 10 do cap. 7) no piso acima do ambiente receptor. Quanto maior o
valor de DnT,w, menor será a percepção auditiva do ruído aéreo no ambiente
receptor, ou seja, menor o incômodo.
85
80
75
L’nT,w (dB)
70
65
60
55
50
45
23m³ 23m³ 23m³
40
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Ln,w = 78 dB Ln,w = 78 dB Ln,w = 78 dB
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L’nT,w = 82 dB L’nT,w = 83 dB L’nT,w = 79 dB
H
Fi
22 Manual ProAcústica | Contrapisos Flutuantes 23
ATENDIMENTO AO NÍVEL SUPERIOR TABELA 5 – ISOLAMENTO AO RUÍDO AÉREO EM SISTEMAS DE PISOS
Sistema de piso
As Tabelas 4 e 5 descrevem os limites mínimos de isolamento acús- separando unidades
tico ao ruído aéreo e de impactos, estabelecidos pela NBR 15575-3 habitacionais autônomas ≥ 45dB ≥ 50dB ≥ 55dB
de áreas em que um dos
(item 12:3). recintos seja dormitório
CORREDOR
BANHEIRO DORMITÓRIO
CORTE 2
CORTE 2
FIGURA 9 – PLANTA SACADA
CHAVE COM AS
INTERFACES ENTRE O
SISTEMA FLUTUANTE
E DEMAIS PARTES DA
ESTRUTURA CORTE 1
CORTE 1
1 C
2 4 3
3 5
6
CORTE 1 CORTE 1
A – CONTRAPISO ADERIDO CIRCULAÇÃO B – INTERFACE CONTRAPISO ADERIDO (CIRCULAÇÃO)
1. Parede 2. Revestimento 3. Contrapiso 4. Laje E FLUTUANTE (DORMITÓRIO)
1. Parede 2. Rodapé 3. Revestimento 4. Selante elástico
5. Contrapiso 6. Material resiliente 7. Laje
CORTE 1
CORTE 1
C – INTERFACE CONTRAPISOS
FLUTUANTES DORMITÓRIO-SACADA A
5 6
D C B A
CORTE 2
1
3 4 1
2
5 3 4
6 5
7 6
CORTE 2 CORTE 2
A – INTERFACE CONTRAPISO FLUTUANTE (DORMITÓRIO) COM PAREDE B – JUNTA DE DILATAÇÃO CONTRAPISO FLUTUANTE (PANOS > 30 M²)
1. Parede 2. Rodapé 3. Selante elástico 4. Revestimento 1. Revestimento 2. Selante elástico 3. Junta de dilatação 4. Contrapiso
5. Contrapiso 6. Material resiliente 7. Laje 5. Material resiliente 6. Laje
D C B A
CORTE 2
1
1 2
2 3
3 4
5
4 6
5
7
6
CORTE 2 CORTE 2
C – INTERFACE CONTRAPISOS FLUTUANTES DORMITÓRIO-BWC D – INTERFACE CONTRAPISO FLUTUANTE (BWC) COM PAREDE
1. Revestimento 2. Selante elástico 3. Contrapiso 4. Material resiliente 1. Parede 2. Revestimento 3. Selante elástico 4. Contrapiso
5. Impermeabilização 6. Laje 5. Material resiliente 6. Impermeabilização 7. Laje
4 3
4
2
5
5
1
PERSPECTIVA 1 PERSPECTIVA 2
TRANSIÇÃO CONTRAPISO CONTRAPISO FLUTUANTE EM ÁREAS MOLHADAS
1. Revestimento 2. Selante elástico 3. Contrapiso 1. Revestimento 2. Selante elástico 3. Ralo 4. Contrapiso
4. Material resiliente 5. Laje 5. Material resiliente 6. Impermeabilização 7. Laje
2
1
3
2
3 4
4
6
5 7
PERSPECTIVA 3 PERSPECTIVA 4
TRANSIÇÃO ÁREA SECA PARA ÁREA MOLHADA DETALHE RODAPÉ
1. Marco 2. Soleira 3. Selante elástico 4. Contrapiso 1. Parede 2. Rodapé 3. Selante elástico 4. Revestimento
5. Material resiliente 6. Impermeabilização 7. Laje 5. Contrapiso 6. Material resiliente 7. Laje
7. 1 - Avaliação do desempenho
A metodologia para avaliar o atendimento dos limites de desem-
penho de isolamento ao ruído aéreo e de isolamento ao ruído de
impacto consiste em medições acústicas, conforme procedimentos
padronizados e especificados em normas internacionais.
9 INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA da unidade inferior (receptor) tem influência na resiliente resulta o dobro do
redução do ruído de impacto. isolamento acústico.
USUÁRIOS/MORADORES MITO. A transmissão do ruído se dá pela laje e MITO. O ganho de desempenho
pelas paredes. A introdução do forro influencia, e acústico não segue uma lógica
Os usuários/moradores, pouco, somente a transmissão direta, sem afetar linear, ele deve ser medido ou
Mudanças
significativamente as demais transmissões. calculado.
segundo a ABNT NBR 15.575, têm inadequadas podem
agora responsabilidade sobre reduzir o desempenho
alterações executadas na unidade acústico para o vizinho Pode ser aplicado qualquer tipo de Qualquer material resiliente pode
habitacional. do andar inferior. revestimento típico sobre contrapiso ser utilizada para execução de
flutuante, como pisos de madeira, pisos contrapisos flutuantes.
cerâmicos, carpetes, pisos laminados, etc. MITO. Não é recomendada a aplicação de
VERDADE. Para a instalação de pisos qualquer tipo de material resiliente sob o
Deve-se consultar o manual do usuário fornecido pela
especiais, e mais pesados, deve ser contrapiso. É necessário que haja alguma
construtora, que deve conter instruções e detalhes típicos para consultado o fabricante para uma comprovação idônea de ensaio normalizado
manutenção e substituição dos pisos. avaliação específica. do material a ser aplicado.
REALIZAÇÃO
❚❚ ISO 717-1 Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of building
Esta publicação é uma iniciativa da ProAcústica Associação Brasileira para a
elements – Part 1: Airborne sound insulation. (ISO 717-1:1996). Qualidade Acústica através do Comitê de Piso e Mantas, formado por empresas
associadas fabricantes de produtos e soluções acústicas para contrapisos
❚❚ ISO 717-2:1996 Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of flutuantes, além de consultorias especializadas em projetos acústicos.
building elements – Part 2: lmpact sound insulation. (ISO 717-2:1996).
COORDENAÇÃO Arq. Marcos Holtz e Eng. Rafael Schmitt
❚❚ ISO 9052-1:1989 Acoustics – Determination of dynamic stiffness – Part 1:
Materials used under floating floors in dwellings. DIRETORIA BIÊNIO 2014-2015
Diretor Presidente Davi Akkerman
❚❚ ISO 10140-3:2010 Acoustics – Laboratory measurement of sound insulation Diretor Vice-Presidente Administrativo-Financeiro Alberto Safra
of building elements – Part 3: Measurement of impact sound insulation. Diretor Vice-Presidente de Recursos Associativos Edison Claro de Moraes
Diretor Vice-Presidente de Relações de Mercado Fernando da Silva Neves
❚❚ ISO 15712-2:2005 – Building acoustics – Estimation of acoustic performance Diretor Vice-Presidente de Atividades Técnicas Günter Leitner
of buildings from the performance of elements - Part 2: Impact sound Diretor Vice-Presidente de Comunicações e Marketing Luciano Nakad Marcolino
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