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FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

DESENHISTA DA CONSTRUÇÃO CIVIL


DESENHISTA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Joyce Ronquim

Versão 1
Ano 2012
Os textos que compõem estes cursos, não podem ser reproduzidos sem autorização dos editores
© Copyright by 2012 - Editora IFPR

IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ


Reitor
Prof. Irineu Mario Colombo

Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação


Silvestre Labiak Junior

Organização
Marcos José Barros
Cristiane Ribeiro da Silva

Projeto Gráfico e Diagramação


Leonardo Bettinelli
Introdução
É de extrema importância lembrar que o desenho técnico, feito à mão, é considerado uma
arte, neste período de altas tecnologias. Os diversos programas de computadores atualmente
existentes no mercado de trabalho devem servir de facilitadores do processo de desenho, mas
vale ressaltar, que todos devem iniciar o aprendizado numa prancheta com lapiseiras e
borrachas.

Vários profissionais da área da Construção Civil, tais como, Engenheiros, Tecnólogos,


Arquitetos e Urbanistas, necessitam do profissional Desenhista da Construção Civil para
auxiliá-lo nos trabalhos no que se refere a desenho técnico. O Profissional Desenhista da
Construção Civil deve ter uma qualificação e uma preparação para o mercado de trabalho, e é
justamente esse o objetivo deste curso.

Entretanto, é bom lembrar, que o conhecimento é a soma de estudos teóricos e práticos


adquiridos ao longo dos anos, e que exige esforço e dedicação coletiva e individual. Todo o
conteúdo deste material é de fácil compreensão, com uma linguagem simples, próprio para
auxiliar no primeiro passo para a carreira profissional.

Este é um curso rápido, e que logo após, o profissional estará apto à inserção no tão
concorrido mercado de trabalho. Mas, não se pode esquecer que o Desenhista da Construção
Civil não pode parar de estudar, o aprendizado e o aperfeiçoamento devem ser contínuos...

Portanto, lembre-se, ninguém nasce sabendo de tudo, nós aprendemos com o passar dos
anos, com muito estudo, dedicação, profissionalismo... O Instituto Federal do Paraná vem lhe
auxiliar neste primeiro passo da sua vida profissional. Vamos lá pessoal, rumo ao mundo de
trabalho!

Joyce Ronquim
Arquiteta e Urbanista professora do Instituto Federal do Paraná (IFPR) – Câmpus Palmas
Anotações
Sumário

Unidade 01
Desenho Artístico x Desenho Técnico .............................................................................................................7
Materiais e instrumentos para desenho técnico ..............................................................................................9
Práticas diárias ..............................................................................................................................................10
Auto-avaliação ...............................................................................................................................................11

Unidade 02
Margem..........................................................................................................................................................14
Dobragem de Folhas .....................................................................................................................................14
Legenda .........................................................................................................................................................16
Linhas ............................................................................................................................................................17
Práticas diárias ..............................................................................................................................................18
Vamos praticar ...............................................................................................................................................18
Auto avaliação ...............................................................................................................................................19

Unidade 03
Traçado à mão-livre .......................................................................................................................................21
Técnicas de traçado à mão-livre....................................................................................................................21
Linhas Curvas ................................................................................................................................................22
Práticas diárias ..............................................................................................................................................23
Vamos praticar ...............................................................................................................................................23

Unidade 04
Caligrafia Técnica ..........................................................................................................................................29
Práticas diárias ..............................................................................................................................................31
Vamos praticar ...............................................................................................................................................32
Auto-avaliação ...............................................................................................................................................35

Unidade 05
Escalas numéricas e gráficas ........................................................................................................................37
Práticas diárias ..............................................................................................................................................40
Vamos praticar ...............................................................................................................................................40

Unidade 06
Cotagem em desenho técnico .......................................................................................................................45
Práticas diárias ..............................................................................................................................................46
Vamos praticar ...............................................................................................................................................47

Unidade 07
Método de representação em Desenho Arquitetônico baseada pelo sistema de vistas ortográficas............51
Práticas diárias ..............................................................................................................................................54
Vamos praticar ...............................................................................................................................................54
Unidade 08
Desenho Arquitetônico...................................................................................................................................57
Vamos Praticar - Etapas de um projeto .........................................................................................................64
Auto-avaliação ...............................................................................................................................................72

Unidade 09
Ética Profissional ...........................................................................................................................................75
Aprendendo a ser ético no ambiente de trabalho ..........................................................................................76
Auto-avaliação ...............................................................................................................................................77

Unidade 10
Noções de Cidadania ....................................................................................................................................79
Mundo do Trabalho ........................................................................................................................................80
Vamos colocar em prática as informações obtidas........................................................................................80
Auto-avaliação ...............................................................................................................................................81

Referências ..........................................................................................................................................83
O Desenhista da Construção Civil atua na elaboração de desenhos técnicos, bem como,
planta baixa, corte, fachada, planta de situação, implantação e cobertura. Não é função de
o desenhista fazer projetos arquitetônicos, hidráulicos, elétricos ou mesmo cálculos
estruturais, mas é sua função, desenhar estes projetos através de um croqui ou esboço
que o profissional Arquiteto, Urbanista, Engenheiro ou Tecnólogo elaborar.

Unidade 1

Você sabe o que é desenho técnico?


Você sabe a diferença entre desenho artístico e desenho técnico?

Nesta unidade iremos apreender sobre a diferença entre desenho técnico e o desenho
artístico. Terminologias para o desenho técnico.

Desenho Artístico x Desenho Técnico

A fala, a escrita e o desenho são os principais


meios de comunicação do homem. O desenho artísti- Diz a lenda:
Era uma vez um jovem, membro
co é uma forma de representar as idéias e o pensa- de uma tribo dos homens da
mento de quem desenhou. Por meio do deste, é caverna, que saiu para caçar. Era
sua primeira vez em uma caçada.
possível conhecer e reconstruir a história dos povos O jovem vai atrás de uma tribo
antigos. Já o desenho técnico é assim chamado por quietinho, de repente aparece um
enorme animal. O jovem em pleno
ser um tipo de representação utilizado por vários reflexo acerta com sua lança no
profissionais: Arquitetos, Urbanistas, Engenheiros, animal, que vai direto ao chão.
Assustado e ao mesmo tempo feliz
Tecnólogos, entre outros. Surgiu com a necessidade vai até as cavernas, chegando lá,
de representar com precisão maquinários, peças, pega uma pedra de mineral e
rabisca na parede da caverna
ferramentas entre outros instrumentos de trabalho. demonstrando a sua coragem.
Resumindo, o desenho técnico é uma representação Nasci ali o Desenho!
gráfica de um objeto, levando em conta suas dimen-
sões, através de regras pré-estabelecidas.
Agora que já sabemos a diferença entre o desenho artístico e desenho técnico é impor-
tante saber que para que o desenho técnico fosse padronizado, a ABNT (Associação Brasileira
de Normas Técnicas) criou algumas Normas Técnicas, que devemos seguir. Se não seguirmos
estas normas, não será considerado como desenho técnico. Neste material iremos citar as

7
Unidade 1
normas que estamos seguindo.
Baseada na NBR 10647 (1989) iremos abordar A NBR 10647 traz algu-
algumas terminologias de Desenho técnico. mas terminologias de
Desenho Técnico.
O Desenho quanto ao aspecto geográfico
Desenho projetivo: Desenho resultante de projeções do objeto sobre um ou mais
planos que fazem coincidir com o próprio desenho, compreendendo:

a) vistas ortográficas: figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do objeto, sobre


planos convenientemente escolhidos, de modo a representar, com exatidão, a forma do
mesmo com seus detalhes;
b) perspectivas: figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um único plano, com
a finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do objeto.

Desenho não projetivo: Desenho não subordinado à correspondência, por meio de


projeção, entre as figuras que constituem e o que é por ele representado, compreendendo larga
variedade de representações gráficas, tais como:

a) diagramas;
b) fluxogramas;
c) organogramas;
d) gráficos.

Quanto ao grau de elaboração


Esboço: Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios Iniciais de
elaboração de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos
existentes ou à execução de obras.
Croqui: Desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado normalmente à mão
livre e contendo todas as informações necessárias à sua finalidade.

Desenho preliminar: Representação gráfica empregada nos estágios intermediários


da elaboração do projeto, sujeita ainda a alterações e que corresponde ao anteprojeto.
Desenho definitivo: Desenho integrante da solução final do projeto, contendo os
elementos necessários à sua compreensão.

Agora que já sabemos algumas terminologias empregadas no desenho técnico, ainda

8
nesta unidade iremos apreender sobre os materiais e instrumentos utilizados para a elaboração
do desenho técnico.

Você sabe quais são estes materiais e instrumentos?

Materiais e instrumentos para desenho técnico

É impossível desenhar com perfeição sem os materiais e instrumentos auxiliadores do


processo. Todo escritório de arquitetura ou construtora deve ter esses materiais e instrumentos
e principalmente profissionais habilitados à utilização dos mesmos. E advinha que são estes
profissionais? VOCÊS! Que estão iniciando a vida profissional fazendo este curso.
Os principais materiais utilizados elaboração de desenho técnico são: Prancheta, régua
tê, régua paralela, régua graduada, escalímetro, esquadros, lápis, lapiseiras, compasso, trans-
feridor, papel.
Iniciaremos com a prancheta: tampo liso com tamanho variável, fixado sobre pés de
madeira ou de ferro, com inclinação regulável, pode haver gavetas, bancada de apoio para
materiais, luminárias, entre outros.
Outro fator que deve ser observado é a iluminação, devemos ter cuidado com a posição
da prancheta em relação à janelas, luminárias, lâmpadas. “Se a luz vem da direita, provoca
sombra da mão e esquadros, escurecendo o campo de trabalho... Se a luz estiver colocada em
nossa frente, reflete-se no papel diretamente para a nossa vista, provocando em pouco tempo o
cansaço visual” (MONTENGRO, 2001 p.08).
A principal função da régua tê, é traçar linhas horizontais e apoiar esquadros para
traçar linhas verticais e inclinadas. Pode ser fixa ou móvel. A régua paralela tem a mesma
função, porém, é fixa por dois fios de náilon. Essa régua é muito importante para auxiliar na
elaboração do desenho técnico.
A régua graduada deve ser opaca, nunca utilize a régua graduada transparente, pois
atrapalha na hora das medições.
Com escalímetro ou escala é possível fazer a medição em
várias escalas. É um instrumento que inicialmente requer atenção
Lembre-se:
para não errar na escala em que deseja desenhar. Depois, com a Materiais,
prática esse instrumento se torna extremamente fácil. instrumentos
Os esquadros são instrumentos que auxiliam na confecção e mãos sem-
pre limpos e
do desenho com exatidão. Existem dois esquadros o de 45º e de
secos.
60º/30º (figura 04). O ideal é que os esquadros sejam transparentes
e de preferência não graduados, para não confundir o desenhista. É

9
Unidade 1
importante sempre higienizá-los com água e sabão neutro, para não sujar os desenhos.
Lápis e lapiseiras peças fundamentais para execução do desenho, quando usar o
lápis para a execução do desenho é importante apontar e lixar o grafite para que não atrapalhe
no desenho, já a lapiseira facilita na execução do desenho, não necessitar apontar.
Compasso o ideal é que seja de boa qualidade.
O transferidor mede e transferi ângulos durante uma construção geométrica. Deve-se
observar se a graduação é bem legível.
Existem papéis de vários formatos e tamanhos (ver unidade 2).

Práticas diárias

Agora que já conhecemos os materiais e instrumentos para desenho técnico para


desenho técnico é importante sabermos de algumas coisas:

 Todos estes materiais e instrumentos devem ser higienizados constantemente, para não
sujar a folha em que está sendo executado o desenho técnico.
 Sempre higienizar as mãos com água e sabão neutro e secá-lás com toalha.
 É importante ter uma toalhinha (flanela) de apoio para limpeza.

Vamos praticar

1) Por meio do _____________, é possível conhecer e reconstruir a história dos povos antigos.
O _______________ é uma representação gráfica de um objeto, levando em conta suas
dimensões, através de regras pré-estabelecidas.

a) Desenho Mecânico e Desenho Artístico;


b) Desenho Técnico e Desenho Mecânico;
c) Desenho Técnico e Desenho Artístico;
d) Desenho Artístico e Desenho Técnico.

2) Quais são os graus de elaboração do desenho técnico?


__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3) Quais são os principais materiais e instrumentos que podemos utilizar para a elaboração

10
de um desenho técnico?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

4) Quais são as práticas diárias que devemos fazer antes e durante à elaboração de um
desenho técnico?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

Auto-avaliação

Agora que você já sabe quais são os materiais e instrumentos utilizados na elaboração
de um desenho técnico, tente descobrir se você tem algum destes materiais ou instrumentos na
sua casa, se não tiver, providencie-os.

Anotações

11
Anotações
Unidade 2

Você sabe quais são os formatos padrões de papeis existentes?

Nesta unidade iremos trabalhar com os formatos padrões e dobragem de folhas.

Formatos padrões, Margens, dobragem de folhas, legen-


das e linhas

Para cada desenho técnico a ser iniciado, é necessário pensar qual o tamanho do papel
ideal a ser utilizado. No nosso dia-a-dia temos bastante contato com o papel A4, mas agora, com
esta profissão de desenhista você terá contato com A3, A2, A1 e A0. Esses formatos da “série A”
são considerados os principais (Tabela 01).

Tabela 01: Formatos, dimensões e margens:

Formato Dimensões (mm) Margem Direita (mm)

A0 841x1189 10
A1 594x841 10
A2 420x594 7
A3 295x420 7
A4 210x297 7
Margem Esquerda: 25mm

Para melhor ilustração desse formato é só observar a figura abaixo, cada folha é a
subdivisão da anterior, ou seja, se subdividimos o A0 resulta em duas folhas de A1, se subdividi-
mos o A1, resulta em duas folhas de A2, e assim sucessivamente (Figura 01).

Figura 01: Formato dos papéis da série A

A1
A NBR 10068
padroniza a A0
folha de A5
desenho, layout A4
A5
e dimensões. A2
A3

13
Unidade 2
Margem
As margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o
espaço para o desenho (Figura 02).
A margem esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, deve ter as dimensões
constantes na Tabela 01.
A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento.

Figura 02: Margem

Espaço para desenho


Margem

Quadro
Limite do papel

Dobragem de Folhas

Para o dobramento de folhas deve-se ter bastante cuidado, dobrar no local certo, para
não estragar o desenho. Devem-se fazer as marcações antes de iniciar o dobramento.
O formato final de um dobramento deve ser o A4.
A legenda sempre deve ficar visível depois da folha dobrada.

Figura 03: Dobragem das folhas A3


297

2 1

Medidas estão em milímetros.

130 105 185


A3 - 297x420

2 1

14
O formato final de um dobramento deve ser o A4.
A legenda sempre deve ficar visível depois da folha dobrada.

Figura 03: Dobragem das folhas A2


105
2 1

123
4

297
Medidas estão em milímetros.

210 192 192

A2 - 420x594

As primeiras dobras do formato devem ser feita na largura e depois na altura. Essas
dobras deverão deixar o papel como uma “sanfona”.
As Figuras 03, 04 e 05 ilustram a dobragem do papel nos tamanhos A3, A2, A1 e A0.

Figura 04: Dobragem das folhas A1

105
4 3 2 1
5
297
297

210 135,5 135,5 180 180


Medidas estão em milímetros.
1ª dobra

A1 - 594x841
15
Unidade 2
Figura 05: Dobragem das folhas A0

105
6 5 4 3 2 1
7
Medidas estão em milímetros.

297
297
297

210 120 119 185 185 185 185

1ª dobra

A0 - 841x1189

Legenda

A legenda traz informações sobre o desenho e deverá ficar no canto inferior direito nos
formatos A0, A1, A2 e A3. Já no formato A4 a legenda deverá ficar ao longo da largura da folha de
desenho (Figura 06). A direção da leitura da legenda deve corresponder com a leitura do
desenho. A legenda deve ter 178 mm de comprimento nos formatos A4, A3, A2 e 175 mm nos
formatos A1 e A0.

Figura 06: Legendas

Desenho
Texto
Desenho

Texto
Legenda Legenda

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Linhas

As linhas são elementos fundamentais na elaboração de


um desenho técnico. O Desenhista não pode colocar seu gosto A NBR 8403 fixa
pessoal em um desenho técnico, aliás, deve seguir as normas, tipo e largura de
linhas para uso
pois serão utilizados por profissionais de diversos lugares. Se em Desenho
não seguir as normas não será considerado como desenho Técnico
técnico e sim desenho artístico. Então, vamos conhecer os tipos
de linhas usados em um desenho técnico (Tabela 02).

Tabela 02: Tipos de linhas

Contínua Larga Contornos Visíveis;


Arestas Visíveis.

Linhas de Interseção Imaginárias;


Linhas de Cota;
Contínua Estreita Linhas auxiliares;
Linhas de Chamadas;
Hachuras.
Limites de vistas ou cortes parciais
Continua Estreita à Mão livre ou interrompidas se o limite não
coincidir com linhas traço e ponto.
Contínua Estreita em Esta linha destina-se a desenhos
Tracejada Larga confeccionados por máquina.

Tracejada Larga Contornos não visíveis;


Arestas não visíveis.

Tracejada Estreita Contornos não visíveis;


Arestas não visíveis.
Linhas de centro;
Traço e Ponto Estreita Linhas de simetrias;
Trajetórias.

Traço e ponto estreita, larga


nas extremidades e nas Planos de cortes.
mudanças de direção

Traço e ponto largo Indicação das linhas ou superfícies


com indicação especial.

Contornos de peças adjacentes


Traço dois pontos estreita posição limite de peças móveis
linhas de centro de gravidade.

Fonte: NBR 8403 (modificado)

17
Unidade 2
Práticas diárias

 Todos os formatos deverão ser devidamente dobrados para facilitar o arquivamento,


manuseio e transporte.
 Para facilitar a dobragem, marque todas as medidas descritas anteriormente e assim, pode
iniciar o dobramento.
 Tome muito cuidado para não amassar toda a folha.
 A dobra não pode estragar o desenho.
 Tome cuidado também para não sujar a folha no momento da dobragem, então, esteja com
as mãos limpas e secas.

Vamos praticar

1) Preencha o quadro com as dimensões e margens de cada formato.

Formato Dimensões (mm) Margem Direita (mm)

A0
A1
A2
A3
A4
Margem Esquerda:

2) Assinale V ou F.
( ) A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento.
( ) As primeiras dobras do formato devem ser feitas na largura e depois na altura. Essas
dobras deverão deixar o papel como uma “sanfona”.
( ) A legenda traz informações sobre o desenho e deverá ficar no canto inferior direito nos
formatos A0, A1, A2 e A3.
( ) No Formato A4 a legenda deverá ficar ao longo do comprimento da folha de desenho.

3) Agora pegue suas folhas:


a. Vamos identificar os diferentes tamanhos A0, A1, A2, A3 e A4.
b. Faça margens e legendas em todas as folhas.

18
c. Agora marque as dobras.
d. Dobre todos os formatos A0, A1, A2, A3. Lembre-se que todo formato depois de dobrado
deve ficar no tamanho A4.

Auto-avaliação

Agora que você já treinou o dobramento de papéis, vou propor um desafio:


 Tente sozinho dobrar todos os formatos: A0, A1, A2 e A3.

Anotações

19
Anotações
Unidade 3

Você sabe qual é a finalidade do desenho a mão-livre?

Nesta unidade iremos trabalhar com o traçado à mão-livre, iremos treinar um pouco
para adquirimos firmeza nas mãos.

Traçado à mão-livre

O desenho à mão-livre tem como finalidade a execução de esboços ou croquis,


antecede o desenho definitivo com instrumentos. É muito utilizado quando há a necessidade de
desenhar algum edifício já executado. Em geral faz-se as medições, elabora o esboço e/ou
croqui e faz o desenho definitivo.
Devemos treinar bastante os traçados à mão-livre para adquirimos firmeza nas mãos e
para que nosso desenho seja claro e bonito, e não um monte de linha desordenada sem
ninguém entender. Nem sempre fazemos um esboço para nós mesmos, por isso que devemos
ter capricho na sua elaboração.

Para desenharmos à mão-livre é importante ter:


 Papel A3;
 Lápis sextavado 6B;
 Lapiseira – grafite 0,7mm;
 Borracha plástica;
 A importância do papel A3 é para não limitarmos nos traçados, a principio é melhor treinar
com o lápis 6B, depois treine com a lapiseira.

Técnicas de traçado à mão-livre

Linhas retas: Para facilitar no desenho à mão-livre é importante fixar pulso e cotovelo na
mesa, pois assim você consegue adquirir maior firmeza na sua mão (Figura 07).

21
Unidade 3
Figura 07: Técnica de traçado à mão-livre: Linhas retas

a) Horizontais b) Verticais
D

c) Inclinadas
D/C

D C C D

D = Destro
C = Canhoto

Linhas Curvas

Circunferência: Para traçar uma circunferência é simples, basta desenhar um quadrado


com o lado da mesma medida da circunferência e inscreva a circunferência no mesmo (Figura
08).

Figura 08: Técnica de traçado à mão-livre: Linhas retas

Ovais: Para traçar uma linha curva oval, é importante traçar um eixo, e perpendicular a
este eixo marcar os pontos desejados para o desenho oval (Figura 09).

22
Figura 09: Técnica de traçado à mão-livre: Linhas retas

Fonte: SPECHK;PEIXOTO, 2001

Atenção: Utilize o esquadro


apenas para o primeiro
risco, lembrando que o
Práticas diárias exercício é para praticar o
traçado à mão-livre.
Trace as linhas com um único movimento.
No traçado de linhas retas sempre olhe para o ponto onde deseja chegar.

Vamos praticar

1) Agora vamos praticar um pouco dos traçados de linhas retas na horizontal:

Fonte: SPECHK;PEIXOTO, 2001

23
Unidade 3
2) Traçados de linhas retas na vertical:

Fonte: SPECHK;PEIXOTO, 2001

3) Traçados de linhas tracejadas com inclinação à 45º .

24
4) Traçados de linhas traço e ponto inclinação à 30º.

5) Traçados de linhas retas inclinação à 60º .

25
Unidade 3
6) Complete o conjunto:

Fonte: SPECHK;PEIXOTO, 2001

7) Complete a vista de frente do transformador:

Fonte: SPECHK;PEIXOTO, 2001

26
8)Complete a peça direita, conforme o desenho da esquerda:

Fonte: SPECHK;PEIXOTO, 2001

9) Conclua o desenho da lâmpada:

Fonte: SPECHK;PEIXOTO, 2001

10) Conclua o desenho da hélice:

Fonte: SPECHK;PEIXOTO, 2001

27
Unidade 3
11) Complete as circunferências concêntricas:

Fonte: SPECHK;PEIXOTO, 2001

Anotações

28
Unidade 4

Você já ouviu falar em Caligrafia Técnica?

Nesta unidade iremos trabalhar com a caligrafia técnica, as espessuras e suas


aplicações.

Caligrafia Técnica

Todos os alunos quando iniciam o curso de desenho técnico se questiona se vai


precisar ou não mudar sua caligrafia e porque precisa fazer isto. A resposta é a seguinte, todo
desenho técnico é normalizado, é tratado como documento, deve ser legível e uniforme, então o
desenhista vai precisar seguir as normas quando for fazer o desenho.
A NBR 8402 traz exemplos de Caracteres, demonstrando a A NBR 8402 fixa
condições
forma de escrita vertical.
exigíveis para a
escrita utilizada
Exemplo de Caracteres Maiúsculos: em desenho
técnico.

Exemplo de Caracteres Minúsculos:

Exemplo de Algarismos:

29
Unidade 4
As letras e algarismos podem ser inclinados para a direita conforme exemplos
apresentados na NBR 8402.

Exemplo de Caracteres Maiúsculos:

Exemplo de Caracteres Minúsculos:

Exemplo de Algarismos:

As letras deverão ser executadas depois que o desenho estiver concluído. Devemos
tomar cuidado para não desenhar letras muito grandes ou pequenas. Não podemos atrapalhar
a leitura do desenho com o exagero de letras, lembrando que as letras são complementações
do desenho.
A tabela 03 demonstra as proporções e dimensões que devemos seguir para executar
um desenho técnico.

Tabela 03: Proporções e dimensões de símbolos gráficos

(A) Para melhorar o efeito visual, a distância entre dois caracteres pode ser reduzida pela metade, como por
exemplo: LA, TV, ou LT, neste caso a distância corresponde à largura da linha “d”.
Fonte: NBR 8402 (modificado)

30
Agora vamos conferir na Figura 10 a Característica da forma escrita.

Para simplificar o desenho de letras, vamos observar a Figura 11 de Montenegro


(2001), que ilustrar alguns passos que devemos seguir para fazer um desenho técnico.

Aparentemente parece ser algo muito difícil, mas fique tranqüilo, você chegará à
perfeição com muitas práticas e treinos.

Práticas diárias

Com a prática você irá conseguir aperfeiçoar sua caligrafia técnica. Portanto, pratique!
Você irá utilizar muito sua caligrafia em levantamentos para a elaboração de esboço e
croqui. Se você trabalhar em um escritório de Arquitetura ou Construtora é bem comum
precisarem desenhar uma casa construída há vários anos, que está com o seu projeto

31
Unidade 4
desatualizado. A boa caligrafia técnica é de extrema importância neste caso, uma vez
esboçado, qualquer outro desenhista conseguirá fazer o desenho definitivo.

Vamos praticar
1) Reescreva com a caligrafia técnica o alfabeto:

32
2) Preencha com Caligrafia Técnica

Seu nome

Data de nascimento

Curso

Data de hoje

Nome do Pai

Nome da Mãe

Telefone

33
Unidade 4
Endereço

Cidade/Estado

E-mail

O que mais gosta de fazer?

Música preferida

Filme preferido

Cantor (a) preferido

Ator ou Atriz preferido

Objetivo do Curso

O que espera para sua vida profissional?

O que você acha da contribuição do IFPR para sua vida profissional?

34
Auto-avaliação

Até agora você já treinou bastante, então, para fazer sua auto-avaliação, escolha um
texto, poema, música, e escreva-o utilizando a Caligrafia Técnica.

35
Anotações
Unidade 5

Você sabe o que é escala?


Para que serve a escala?

Bom, nesta unidade iremos trabalhar com escalas.

Escalas numéricas e gráficas

Todos os objetos fabricados em indústrias são desenhados, mas, muitos destes objetos
não podem ser desenhados na sua verdadeira grandeza, ou seja, com suas medidas reais,
como por exemplo: já imaginou desenhar um ônibus na sua verdadeira grandeza? Ou desenhar
uma casa, um museu, um edifício de quinze pavimentos? Seria impossível, imagina o tanto de
papel necessário para desenhar... Certamente não haveria prancheta para apoiar este papel...
Por este motivo que utilizamos as escalas.
Como desenhar um prédio inteiro em um papel? A resposta é simples, é só reduzir 50
vezes, 100 vezes ou mais e inserir no tamanho do papel necessário A0, A1, A2 ou A3. Bem
simples!
É claro que vamos praticar bastante e você vai conseguir entender muito bem este
assunto, que parece ser tão difícil.
A NBR 8196 traz a designação completa de uma escala, seguida da indicação da
relação:

A NBR 8196 fixa as


a) ESCALA 1:1, para escala natural; condições exigíveis
b) ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1); para o emprego de
escalas e suas
c) ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1).
designações em
desenhos técnicos.
A escala é representada por uma fração:

E= escala D= medida do desenho R= medida real E=D/R

A Figura 11 exemplifica de forma simplificada as Escalas: Redução, Natural e Ampliação.

37
Unidade 5
Figura 11: Exemplifica a escala de redução, natural e de ampliação

Fonte: Montenegro, 2001

A palavra “ESCALA” pode ser abreviada na forma “ESC.” E deve ser indicada na
legenda da folha de desenho, quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de
desenho, além da escala geral, estas devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou
vista a que se referem; na legenda, deve constar a escala geral.
A escolha da escala depende da complexidade do objeto a ser representado e da
finalidade da representação. Você deve ter em mente que a escala selecionada deve permitir
uma clara e fácil interpretação do desenho. A escala e o tamanho do objeto são fundamentais
para a escolha do formato do papel (A0, A1,A2 ou A3).

A Tabela 04 demonstra as escalas usadas em desenho técnico.

Tabela 04: Escalas usadas em desenho técnico

Fonte: NBR 8196 (modificado)

38
Além das escalas de REDUÇÃO, existem as escalas de AMPLIAÇÃO, que como o
nome já diz tem a função de ampliar, vamos ver um exemplo, imagina desenhar as minúsculas
peças de um aparelho celular, ou de um relógio, para isto é preciso ampliar o desenho.
A escala NATURAL nada mais é que o tamanho real do objeto, alguns objetos é
possível desenhar em sua escala natural, como por exemplo: a caneta, maçaneta de porta,
entre outros.
Devemos ler as escalas assim, 1:25 ( um por vinte e cinco), 10:1 (dez por um), 1:50 (um
por cinqüenta) ...
Até agora falamos da escala numérica... E você sabe o que é ESCALA GRÁFICA?

A escala gráfica é forma de representação


linear, graduado em partes iguais. É bem comum
encontrarmos em mapas, observe a Figura 12.
Neste caso houve ampliação da escala para melhor
visualização.
A escala gráfica é forma de representação
linear, graduado em partes iguais. É bem comum
encontrarmos em mapas, observe a Figura 12.
Neste caso houve ampliação da escala para melhor
visualização.
Fonte: Montenegro, 2001

Figura 12: Demonstra a representação da escala gráfica no Mapa do Paraná

Fonte: http://www.guiageo-parana.com/imagens/mapa-rodoviario/2011 (modificado)

Um instrumento que auxiliará na Escala é o Escalímetro (Ver unidade 1).

39
Unidade 5
A escala ou escalímetro revela-se uma faca de dois
gumes: facilita a medição de desenhos em escalas diferentes,
mas exige grande atenção para que se utilize a graduação
correta. Por outro lado, vicia o desenhista, que acaba por
perder o hábito de passar as medidas ou cotas de uma escala
para outra. Acreditamos na maioria dos casos, o escalímetro é
instrumento perfeitamente dispensável. (MONTENEGRO,
2001).

Como você acabou de aprender o escalímetro é um instrumento importante, mas,


podemos sobreviver sem o mesmo, mas é claro que requer um pouco de experiência e prática.
Então vamos praticar um pouco.

Práticas diárias

Cuidado não trocar de escala no momento do desenho. Se você iniciar com a escala
1:50 continue fielmente nesta escala, caso contrário, você estará cometendo um erro
gravíssimo.

Vamos praticar

1) Se você tem a medida do desenho (D) igual 40 cm e a medida real (R) igual a 20 cm. Qual é a
escala?

2) Uma rua é desenhada com 6 milímetros de largura e mede 12 metros. Qual é a escala?

3) Se a medida do desenho é igual a 50 cm e a medida real é igual a 0,50m. Qual é a escala?

4) Se a medida do desenho é igual a 50 cm e a medida real é 250 cm. Qual é a escala indicada?

5) Na escala natural o tamanho do desenho técnico é _______________ tamanho real da peça.


(a) Maior que o;
(b) Igual ao;
(c) Menor que o;

6) Na escala de redução o tamanho do desenho técnico é _____________ tamanho real da peça.

40
(a) Maior que o;
(b) Igual ao;
(c) Menor que o;

7) Na escala de ampliação o tamanho do desenho técnico é ___________ tamanho real da peça.


(a) Maior que o;
(b) Igual ao;
(c) Menor que o;

8) Utilizando o escalímetro:
a) Desenhe um quadrado com lado igual a 3m na escala de 1:50.
b) Desenhe um circulo com raio igual 1m na escala de 1:20.
c) Desenhe um retângulo com lado maior 5m e lado menor 2m na escala de 1:25.

41
Unidade 5
Resposta:

1. E=D/R
Medida do desenho – D=40cm
Medida real – R=20 cm
Portanto: D = 40 2
R = 20 1
Resposta: escala de 2:1

2. E=D/R
Medida do desenho – D=6mm
Medida real – R=12m = 12.000mm
Portanto: D = 6 1
R=12000 2.0000
Resposta: escala de 1:2.000 escala de ampliação.

3. E=D/R
Medida do desenho – D=50cm
Medida real – R=0,50m = 50cm
Portanto: D = 50 1
R = 50 1
Resposta: escala de 1:1 escala natural

4. E=D/R
Medida do desenho – D=50cm
Medida real – R= 250cm
Portanto: D = 50 1
R = 250 5
Resposta: escala de 1:5 escala de redução

5. B

6. C

7. A

42
Anotações
Anotações
Unidade 6

Você o que é uma cota em um desenho técnico?


Você sabe qual é a função das cotas?

Nesta unidade iremos aprender sobre cotagem de desenho técnico.

Cotagem em desenho técnico


A NBR 10126 fixa os
Segundo a NBR 10126/87 a cotagem é “representa- princípios gerais de
cotagem a serem
ção gráfica no desenho da característica do elemento, através
aplicados em todos os
de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de desenhos técnicos.
medida”.
Todo desenho técnico é necessário ter cotas e de fácil identificação. Em um projeto
arquitetônico é necessário apresentar todas suas medidas, se por um acaso houver falhas ou
medidas erradas, isso implicará em problemas no momento da execução.
A cota deve ser representada paralelamente a linha do desenho (Figura 13). Nas cotas
verticais escrevê - lá de baixo para cima. O limite da cota deve sempre ser representado por
setas (fechadas ou abertas) ou por traço à 45º.

Figura 13: Representação de cotagem de desenho técnico

Fonte: NBR 10126

45
Unidade 6
A Figura 14 demonstra alguns princípios gerais que devemos seguir no momento da
cotagem do desenho.

Figura 14: Princípios gerais para cotagem em desenho técnico

Fonte: MONTENEGRO, 2001

Nós iremos treinar bastante a cotagem em desenho técnico na Unidade 8 – Desenho


Arquitetônico.

Práticas diárias

Baseado em Montengro (2001) segue alguns erros que devemos evitar no momento da
cotagem:

a) Cruzar a medida com a linha de cota:

b) Algarismos muito afastados da linha de cota e


setas diferentes do lado esquerdo e direito:

c) A cota 0.85 deveria ser escrita paralelamente a linha de cota:

46
d) A linha de cota está desenhada com um traço grosso, as setas deveriam ter suas extremidades sobre as
linhas auxiliares. A segunda cota deveria ter a linha de cota em traço fino:

e) A cota deveria ser escrita fora da figura:

f) A cota 0.70 deveria ser escrita de baixo para cima e à esquerda da linha de modo a ser lida pelo lado direito da
página:

g) Neste desenho, a cota 1.50 está cruzada por uma linha da figura. A linha 0.70 cruza a 2.00. As medidas
2.00 e 0.70 estão colocadas abaixo da linha de cota, quando deveriam estar acima desta linha.

Vamos praticar
1) O que é cotagem?

47
Unidade 6
2) Cite os princípios gerais da cotagem em desenho técnico.

3) Descreva os erros que devemos evitar durante a cotagem de desenho técnico.

48
Anotações
Anotações
Unidade 7

Você já ouviu falar em planta de cobertura, fachada, vista lateral...?

Nesta unidade iremos abordar sobre os sistemas de representação em Desenho


Arquitetônico.

Método de representação em Desenho Arquitetônico


baseada pelo sistema de vistas ortográficas

O método de representação pelo sistema de vistas ortográfico é utilizado quanto tem a


intenção de fazer uma representação plana de um objeto, isto é baseada na experiência visual,
com este método é possível fazer uma observação perpendicular ao meio de determinada face
do objeto, fazendo com que oculte todas as outras faces, esta ação podemos observar na
Figura 15 (BORNANCINI, 1981).

Figura 15: Vista ortográfica de um lado da peça

Fonte: BORNANCINI, 1981 (adaptado)

É claro que não podemos nos limitar a uma única vista, devemos fazer esta
visualização (denominadas de vistas ortográficas) para todas as faces do objeto, incluindo
superior e inferior. Pois assim, não seria ocultada nenhuma face.
Este sistema de vistas ortográficas, geralmente é obtido sobre três planos
perpendiculares, que iremos denominar de: vista anterior (VA), vistas superior (VS) e vista
lateral esquerda (VLE) (Figura 16).

51
Unidade 7
Figura 16: Vistas ortográficas de três lado da peça

Fonte: BORNANCINI, 1981

Após a observação visual faz-se a planificação do objeto, rebatendo o plano do perfil


sobre o plano vertical e este sobre o horizontal, resultando assim, em todas as vistas
ortográficas da peça (Figura 17).

Figura 17: Planificação

Fonte: BORNANCINI, 1981

Baseado neste mesmo raciocínio de vistas ortográficas, faremos uma analogia com um
desenho arquitetônico (casa), utilizando a exemplificação desenvolvida por Montenegro (2001)
(Figura 18).

52
Figura 18: Denominações das vistas em um desenho arquitetônico

Fonte: MONTENEGRO, 2001

A idéia é que se colocássemos esta casa dentro de um cubo e projetasse sobre cada
uma das seis faces do cubo. Observe a Figura 19:

Figura 19: A casa inserida dentro do cubo demonstrando a projeção em cada um das faces.

Fonte: MONTENEGRO, 2001

Depois este cubo é planificado, obtendo as seis vistas (Figura 20).

Figura 20: Planificação do cubo

Fonte: MONTENEGRO, 2001

53
Unidade 7
Essa planificação é uma representação do que você como desenhista vai fazer durante
sua vida profissional, porém, nas pranchas não apresentamos desta forma, pois os desenhos
em geral são grandes e não é possível apresentar como uma planificação de um cubo, mas é
necessário fazer as vistas ortográficas de todas as faces da residência.

Práticas diárias

Você na sua função de desenhista irá desenvolver muitas fachadas, e para este
desenho existem algumas convenções de espessuras de linhas que devemos seguir.
OBS: para o próximo exercício você poderá desenvolvê-lo sem preocupar-se com as
espessuras de linhas, assunto da nossa próxima unidade.
Podemos chamar as vistas ortográficas de fachadas ou elevações.

Vamos praticar

1) A seguir apresentamos um projeto em perspectiva. Você deverá desenhar a


fachada principal na escala 1:100. Antes de fazer o desenho definitivo com auxilio dos materiais
e instrumentos de desenho técnico, sugiro que faça um esboço à mão-livre. Para este exercício,
utilize papel A3.

A perspectiva traz algumas cotas para te orientar, porém, não se pode cotar os
desenhos de fachadas ou elevações.

2) Para você treinar ainda mais, tente desenhar as quatro fachadas da sua casa
(Fachada Frontal, Lateral esquerda, Fachada Posterior e Lateral direita. Mas para você
desenhar, deverá tirar as medidas, então, para isso, utilize uma prancheta de mão, papel A4,
lápis ou lapiseira, trena... e faça o levantamento. Boa Sorte!

54
Resposta: 1) Obs: Imagem ilustrativa (sem escala).

Anotações

55
Anotações
Unidade 8

Você sabe as representações de um projeto arquitetônico?


Já ouviu falar em símbolos gráficos para projeto arquitetônico?

Nesta unidade você aprenderá sobre, as representações, os símbolos gráficos e as


etapas de um desenho arquitetônico.

A NBR 6492 fixa as


Desenho Arquitetônico condições exigíveis para
representação gráfica de
projetos de arquitetura,
A principio vou lhe explicar a diferença entre visando à sua
Projeto Arquitetônico e Desenho Arquitetônico. O Projeto boa compreensão.
arquitetônico é um estudo elaborado pelo profissional
habilitado, um exemplo: o Arquiteto, neste estudo o profissional faz o diagnóstico do terreno e
suas condicionantes, faz a entrevista com o Cliente, elabora o programa de necessidades, faz
os esboços e croquis com a proposta para o Cliente de acordo com suas necessidades e
interesses. Já o desenho arquitetônico é a parte elaborada pelo Desenhista, que recebe estes
croquis e elabora o desenho definitivo.
Por questão de ética profissional (Unidade 9) o desenhista nunca pode elaborar o
Projeto Arquitetônico, pois não tem atribuição para tal, no entanto o desenhista pode fazer
desenhos arquitetônicos para vários profissionais, arquitetos ou engenheiros.
O desenho arquitetônico tem algumas terminologias e procedimentos de
representação que será apresentado nesta unidade: planta baixa, planta de locação e
cobertura, planta de situação, cortes.
Planta Baixa: É a representação de um plano horizontal apresentando principalmente
paredes, portas, janelas, projeções... Este plano horizontal corta a edificação a 1,50 m acima do
piso, imaginamos a retirada desta parte e olhamos para baixo, resultando assim na planta baixa
(Figura 21). Em geral a planta baixa é desenhada na escala de 1:50 ou 1:100. Com intuito de
reduzir volume de papéis, em algumas prefeituras, estão exigindo a planta baixa, cortes e
elevações, na escala de 1:100, mas é claro que se tiver algum detalhe, o mesmo deverá ser
elaborado em uma escala de ampliação, para melhor visualização. Nesta planta deve-se fazer a
indicação da orientação “NORTE”.

57
Unidade 8
Figura 21: Apresenta o corte a 1,50 m e ao lado a representação da planta baixa.

Fonte: MONTENEGRO, 2001

Planta de locação e cobertura: Esta planta representa a edificação inserida no terreno e


a cobertura. Na planta de locação deve mostrar muro, árvores, acesso à residência como por
exemplo: os portões (pedestre e veículos), passeio ou calçada, poste, caixa de inspeção, caixa
de águas pluviais. Deve ter cotas amarrando a edificação no terreno, estas cotas servem para
fazer a locação da casa no inicio da construção. Na planta de cobertura, pode ser inserida na
mesma planta de locação, desde que a escala
permita visualizar todas as informações, se for um
projeto em um terreno grande, aconselhamos a
elaborar o projeto de cobertura separado da planta
de locação, pois assim facilitaria a visualização das
informações.

Figura 22: Planta de Locação e Cobertura

Fonte: MONTENEGRO, 2001

58
Pode-se fazer este projeto na escala de 1:100 ou 1:200, se o desenhista precisar mostrar algum

detalhe importante pode-se fazer na escala de 1:50. Nesta planta deve-se fazer a indicação da
orientação “NORTE”.
Planta de situação: Indica a situação do terreno com relação à quadra em que está
inserido apresentando também os lotes vizinhos, indica as ruas de acesso e boa parte do
entorno (Figura 23). Em geral, são apresentadas na escala de 1:500, 1:1000 e 1:2000. Nesta
planta deve-se fazer a indicação da orientação “NORTE”.

Figura 23: Planta de Locação e Cobertura

Fonte: MONTENEGRO, 2001

Corte: Para esta fase do projeto


arquitetônico requer muita atenção e técnica.
Com o corte é possível identificar todos os
detalhes existente no projeto. No corte devemos
indicar apenas as cotas verticais.
Para desenhar um corte consideramos a
planta baixa já desenhada, fazemos uma
marcação com linha traço e ponto, indicamos a
direção do corte e iniciamos o desenho.

Fonte: ENGEL, 2000

59
Unidade 8
Devemos seguir algumas regrinhas para os cortes:

 A escolha do corte depende de vários fatores, o corte deverá mostrar: altura de portas,
janelas, pé-direito; cota de nível; estrutura do telhado; tipo de telha; inclinação da cobertura;
especificar tipo de forro.
 Nas paredes onde passa o corte devemos representá-las com traço grosso.
 Nas paredes onde não passa o corte devemos representá-las com traço fino.
 Nas áreas molhadas (cozinha, Instalações sanitárias, lavanderias) devemos representar a
altura do azulejo, o barrado deve ter no mínimo 1,50m de altura. Porém, se não quiser colocar
a hachura do azulejo, poderá escrever BI = teto, que significa: Barrado impermeabilizado até
o teto.

Na sua profissão de desenhista terá que se familiarizar com vários termos técnicos
utilizados pelos profissionais, engenheiros, arquitetos e tecnólogos.
A Figura 24 traz alguns destes termos.

Figura 24: Alguns termos técnicos

Símbolos Gráficos

Paredes: a representação das paredes é com linha grossa, a largura pode variar de
15cm para paredes internas e 20 cm para paredes externa, apesar de ser recomendado, não é
obrigatório. Esta é obrigatória quando se situa entre dois vizinhos, por exemplo: divisa de lote,
apartamento, salas comerciais.

60
PI = 80cmX210cm - tipo madeira - com giro lateral.

Outros tipos de portas:


De correr:

Fonte: ENGEL, 2000

Pantográfica:

Fonte: ENGEL, 2000

Pivotante:

Fonte: ENGEL, 2000

61
Unidade 8
Basculante:

De enrolar:

Janelas: Para fazermos a planta baixa cortamos o edifício com um plano horizontal com altura
de 1,50 m. Durante este processo cortamos portas e janelas (Figura 24). As portas
foram representadas anteriormente e as janelas serão representadas agora. As
janelas acima de 1,50m devem ser identificadas com linhas tracejadas.

Figura 24: Ilustração da janela

Fonte: MONTENEGRO, 2011

62
Para a cota da janela, podemos adotar o mesmo principio da porta, fazendo legendas,
na planta indicamos J1, J2 e depois faz uma legenda, como por exemplo:

J1: 110 x 90/120 – correr duas folhas

Assim como as portas, existem vários tipos de janelas (Figura 25).

Figura 25: Tipos de Janela

Fonte: MONTENEGRO, 2011 (modificado)

Peças sanitárias:

Fonte: MONTENEGRO, 2011 (modificado)

63
Unidade 8

Fonte: MONTENEGRO, 2011 (modificado)

Beiral: é interessante indicar a cota da projeção de beiral desta forma:

Norte: Podemos usar a imaginação e criar setas diferenciadas, mas a norma especifica desta
forma:

Vamos Praticar - Etapas de um projeto

Planta Baixa: 1ª Fase

 Marcar as linhas externas;


 Desenhar as principais divisões internas;
 Desenhe na escala 1:50;
 Utilize traços finos, só depois você irá fazer linhas grossas para parede.

Obs: As cotas só serão escritas posteriormente, mas aparecem aqui para te orientar.

64
Planta Baixa: 2ª Fase

 Desenhe as portas e janelas;


 Desenhe os equipamentos: lavatório, vaso sanitário, pia da cozinha, tanque de lavar roupas;
 Apague os excessos das linhas traçadas;
 Desenhe a projeção do beiral, com linhas pontilhadas;
 Utilize traços finos.

Obs: As cotas só serão escritas posteriormente, mas aparecem aqui para te orientar.

65
Unidade 8
Planta Baixa: 3ª Fase

 Colocar linhas de cotas e cotar;


 Escrever os nomes dos compartimentos, tipos de piso, área e cota de nível;
 Indicar a posição dos cortes; A identificação do Corte poderá ser feito por: Corte AB, CD, ou
Corte AA’, BB’... Neste exemplo, utilizaremos AA’ e BB’.
 Indicar o poço de luz; Indicar Planta Baixa e a escala utilizada no desenho;
 Acentuar a espessura dos traços das paredes.

Ao invés de especificar nome do ambiente, tipo de piso, área e cota de nível, você pode
utilizar códigos ou símbolos gráficos e de números, como por exemplo:

 Utilizando Letras e Algarismos.


 Assim, F3 significa Forro de Gesso e assim sucessivamente. Pode acrescentar o material
que você quiser.
 Utilizando Símbolos gráficos.

66
A Seguir algumas dicas:

Neste projeto optamos por utilizar a legenda das esquadrias, assim às portas e
janelas são identificados dessa forma:

67
Unidade 8
Corte AA’:

 Para facilitar o desenvolvimento do Corte, utilizar papel “manteiga”;


 Desenhar a linha do terreno;
 Marcar a cota do piso;
 Desenhar as paredes, portas e janelas e marcar sua altura;
 Desenhar o Forro.

Corte AA’:

A figura abaixo esclarece alguns itens do corte:

Corte BB’:

 Inicie o desenho com traços finos;


 As cotas são as últimas a serem escritas;
 As paredes onde passa o corte deverão ser identificadas com Traço grosso;

68
 Manter o desenho sempre limpo;
 Limpar as mãos constantemente, para não sujar o desenho;

Fachada ou elevação: Após o desenho de todos os cortes, você pode elaborar as fachadas,
neste exemplo irá desenhar apenas a fachada frontal. Lembre-se que
não pode cotar a fachada. As linhas que estiverem mais perto de você,
representem-as com linhas grossas e as mais longe com linhas finas.

Planta de locação e cobertura: 1ª Fase

Poderá ser representado na escala de 1:100, 1:200, ou a escala desejada.


Deve-se indicar:

 Inserir a planta de cobertura no lote;

69
Unidade 8
 O caimento das águas;
 A inclinação do telhado;
 A projeção da edificação com linhas pontilhadas;
 Poço de luz e caixa d’água (se houver);
 Indicação de calha e rufos;
 Deve-se cotar o terreno junto com a edificação para
facilitar a locação no momento da execução;
 Deve aparecer os recuos e afastamentos;
 Árvores existentes.

Planta de locação e cobertura: 2ª Fase

Deve-se indicar:

 Caixa de gordura;
 Caixa de Inspeção;
 Caixa de águas pluviais;
 Indicar saída para rede de esgoto e águas pluviais;
 Área gramada e jardins;
 Indicar passeio.

Passeio ou calçada: Algumas prefeituras estão exigindo um


trabalho diferenciado nas calçadas. Nas calçadas deve aparecer o
local da árvore a ser plantada, o espaço com grama, acesso de
veículos, pedestres, identificação da guia rebaixada, faixa para
pedestres, e o que for necessário...

Detalhe do passeio ou calçada:

70
Planta de situação:

Pode ser utilizada a escala de 1:500, 1:1000, 1:2000, ou a escala que for suficiente para
demonstrar o lote inserido na quadra, mostrando as ruas de acesso, orientação norte,

Obs: Existem alguns aspectos importantes da construção civil que precisam ser estudados e
que serão fundamentais para sua atuação como desenhista da construção civil, entre
eles: circulação vertical (escadas e rampas), sistemas prediais, técnicas construtivas,
desenho em perspectivas, desenho arquitetônico de edifícios com dois ou mais pavimen-
tos. Peça orientação ao seu professor pesquise e aperfeiçoe sua prática. Lembre-se: voa
mais alto quem ultrapassa mais obstáculos.

Carimbo: É o espaço destinado a identificação do terreno – Planta de Situação, identificação da


área a construir, área livre, taxa de ocupação, taxa de permeabilidade, declaração do
proprietário, espaço em branco para a aprovação na prefeitura, identificação do
conteúdo da prancha, identificação do cliente, endereço da obra, identificação do
profissional...

71
Unidade 8
A maioria das prefeituras padronizam o carimbo, então, basta você adquirir o modelo padrão da
prefeitura da sua cidade. Observe o exemplo:

Auto-avaliação

Agora você vai escolher um edifício e fazer o desenho arquitetônico, pode ser sua casa,
de um amigo, parente, ou, o que você achar interessante. Vamos lá!

72
Anotações
Anotações
Unidade 9

Você sabe o que é Ética Profissional?

Ética Profissional

A ética profissional diz respeito a um conjunto de normas morais no qual o sujeito deve
se orientar na vida profissional. De forma geral, existem algumas regrinhas comuns a todas as
profissões, tais como: ser honesto no ambiente de trabalho, ser leal a empresa em que trabalha,
dar o máximo de si durante o trabalho, respeito com os colegas, sigilo profissional, estar interes-
sado nas normas da empresa, ser prestativo, ser humilde, ser responsável, ser otimista, ser
prestativo, entre outros.
Não é tarefa simples escrever sobre ética, mas de forma resumida, podemos entender
que ética profissional se refere à forma de “agir” e “fazer”. Se fizermos tudo certo sem atingir
ninguém de forma ilegal, estaremos sendo ético.
Pode-se fazer uma analogia com a educação recebida por nossos pais, tudo o que eles
nos ensinam desde criança, é para que sejamos os mais éticos possíveis, ainda dentro de
nossas casas, com nossos irmãos, primos, familiares, pois no primeiro contato social, entendi-
do como escola, a criança já vai se comportar de forma ética ou não, vai depender das instru-
ções recebidas dentro de casa.
Depois o jovem, tem outro contato social, que é com o trabalho, ninguém entra em um
serviço sendo gerente, para chegar neste nível o jovem precisa de um longo caminho, se ele for
ético desde o principio, talvez este caminho seja mais curto, porém, se não, pode ser que o
caminho seja mais longo.
É importante saber, que se você como desenhista, deve ser ético, deve se atentar
algumas questões comuns na vida do profissional:

 Atualmente é bem comum encontramos profissionais que assumem responsabilidade


técnica de projetos de desenhistas e cadistas sem nem conferi-los, são profissionais que
chamamos de “caneteiro”, simplesmente assina, empresta o nome, assume riscos, só para
ter mais uma placa de obra a mais na cidade, simplesmente para agregar titulo ou ganhar
dinheiro sem ter que fazer nada. Isso é uma das grandes ações aéticas realizadas por profis-
sionais da área de engenharia ou arquitetura... É importante ressalta que o desenhista não
tem atribuição para fazer projetos e/ou executar obras.
 Cada projeto é único e intransferível, o desenhista nunca poderá reproduzir o projeto, ou

75
Unidade 9
mostrar para outro profissional, ou muito menos vendê-lo. Se fizer isto, estará quebrando
sigilo, sendo desonesto, agindo de maneira ilegal, não estará cumprindo as questões éticas
 Cuidado com as redes sociais, elas tomam um tempo gigante de nossas vidas, então no
ambiente de trabalho, não acesse aos chats de bate-papo ou redes sociais, nem publique os
desenhos na internet, para que não aconteça plagio. Utilize apenas o bate-papo da própria
empresa.
 Desenhe exatamente como está no croqui, não altere nada, e sempre confira o desenho, se
tiver dúvida sobre alguma medida, fale com o seu superior.
 Seja organizado com seus trabalhos, coloque data de recebimento e data de entrega em
todos, dê preferência aos trabalhos com mais urgência, assim você diminui o stress.
 Deixe sempre organizada a mesa, as gavetas, a recepção em que trabalha, talvez seu chefe
precise pegar um projeto na sua ausência.
 Ter bom comportamento, ser gentil com os colegas de trabalho de todos os setores, é funda-
mental para ser ético.
 Os cuidados com sua aparência é essencial, vista-se com roupas limpas e bem passadas,
não utilize roupas curtas ou decotadas, utilize calçados limpos e de preferência fechado,
unhas sempre limpas e cortadas, cabelos limpos e penteados, não utilize bonés dentro do
ambiente de trabalho.
 Seja sempre simpático (a) e atencioso (a) tanto no tratamento pessoal quanto via telefone.
Sempre dê a informação correta, e se não souber, procure se informar.
 Não prejudique ninguém, não faça fofocas ou intrigas no ambiente de trabalho. Seja discreto,
se alguém vier falar mal de outro colega de trabalho, ignore-o, assim você evita entrar em
confusão.

Agora que você já teve uma idéia do que é ser ético, vamos praticar um pouquinho.

Aprendendo a ser ético no ambiente de trabalho

Leia a estória abaixo e comente com seus colegas:


Um Engenheiro Civil com a ganância de se tornar um profissional de renome começou
a assinar para todos os desenhistas que de forma aética elaboravam projetos arquitetônicos,
elétrico, hidráulico, estrutural... Dentre os projetos, ele assinou todas as ART (anotação de
responsabilidade técnica) incluindo à execução de um projeto de uma casa de 130 m² de ape-
nas um pavimento. Após a assinatura ele nunca mais viu o desenhista, nem se quer conferiu o
projeto muito menos foi na obra. A casa então foi construída apenas pelo pedreiro e serventes...

76
Um ano após a conclusão da obra, a casa já apresentava rachaduras enormes, o proprietário
logo notificou o Engenheiro que assinou as ARTs... Quando o mesmo viu a situação da casa,
percebeu a encrenca em que havia se metido. A edificação foi construída em cima de um terreno
aterrado, o aterro não foi bem feito e a quantidade de ferragens foi insuficiente para tal situa-
ção... Resumindo, todos tiveram que testemunhar o fato (desenhista, pedreiro, servente), mas a
responsabilidade ficou para o Engenheiro Civil, que teve que pagar pelos danos causados. E
agora eu te pergunto: De quem foi o erro?
Com uma resposta rápida e básica, todos erraram... O proprietário, o desenhista e o
Engenheiro Civil. Em primeiro lugar o proprietário deveria ter procurado diretamente o
Profissional habilitado: Engenheiro Civil ou Arquiteto. Em segundo lugar, não cabe ao dese-
nhista fazer projetos, sua função é apenas desenhar um projeto já elaborado pelo profissional
habilitado. E por último, de espécie alguma o profissional habilitado pode se submeter à somen-
te assinar projetos elaborados por desenhistas...

Auto-avaliação

Ainda em grupos, coloque mais exemplos de casos no qual o desenhista tenha utilizado
a falta de ética profissional.

Anotações

77
Anotações
Unidade 10

Você sabe o que é Cidadania?


O que o mundo do trabalho espera de você?

Noções de Cidadania

A cidadania está ligada aos direitos e deveres de cada cidadão dentro de uma socieda-
de. Com isso é dever do cidadão respeitar e participar das decisões de uma sociedade, e é
direito do mesmo, ter voz ativa dentro desta sociedade, ser participativo das decisões, um bom
exemplo, é nas questões políticas, o direito de votar, de escolher um representante.
Ser cidadão consiste em tarefas simples, corriqueiras do dia-a-dia, como, respeitar a si
mesmo, ao próximo, aos animais e ao meio ambiente. Isso é básico, para ser um cidadão
respeitável, mas, além disso, podemos citar outras tarefinhas:
 Não jogar lixo na rua, nem que seja um papel de bala;
 Respeitar todas as pessoas, inclusive os idosos;
 Não estragar o patrimônio público, orelhão, ponto de circular, lixeiras, bancos, bem como,
pichar muros;
 Respeitar os sinais e as placas de trânsito;
 Palavrinhas básicas como, muito obrigada, com licença, por favor, me desculpe, bom dia,
olá, devem estar constantemente no seu vocabulário;
 Sempre respeitar o limite do outro;
 Não dirigir com som ligado com volume super alto, principalmente quando estiverem próxi-
mas de hospitais, escolas, igrejas, museus...
 Ajudar pessoas com algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida;
 Não desrespeitar pessoas quanto a suas escolhas pessoais, seja orientação sexual, religio-
sa, política, entre outras;
 Não dirigir bêbado;
 Não desrespeitar uma autoridade;
 Jamais discrimine alguém, independente de sua raça, cor, cultura, etnia, entre outros.

Bom, agora que você já sabe um pouco de como deve se comportar perante uma
sociedade, vamos falar um pouquinho sobre o mundo de trabalho.

79
Unidade 10
Mundo do Trabalho

Parece que é assustador quando falamos em “mundo do trabalho”... Mas não se preo-
cupe, logo, logo você estará inserido nesta vida e nem vai perceber que já está no mundo do
trabalho.
É um mundo em constantes transformações, principalmente com esta velocidade da
tecnologia. Hoje me dia as pessoas precisam se aperfeiçoar muito mais do que na época de
seus pais ou avós. Por isso, que você não pode parar de estudar e se aperfeiçoar.
Devido a estas transformações muitas profissões estão extinguindo e novas estão
surgindo, você lembra dos técnicos de máquina de datilografia? Não existem mais, pois surgi-
ram os computadores que substituiram estas máquinas. E o que você imagina que estes profis-
sionais fizeram? Com certeza, tiveram que fazer um aperfeiçoamento e mudar de profissão.
Na profissão de desenhista também houve bastante alteração, antes de surgir os
computadores com programas que auxiliam o desenho técnico, o desenhistas faziam todos
seus trabalhos com lápis e papel, depois surgiram os desenhos com tinta nanquim e posterior
os programas computacionais que auxiliam no desenho como, por exemplo, o “AutoCad”.
Bom, com toda esta tecnologia, você deve estar se perguntando, por que fazer este
curso de Desenhista da Construção Civil? A resposta é bem simples, os programas de computa-
dores apenas auxiliam na execução do desenho, você deve ter o conhecimento técnico de
como desenhar, e isso só é possível, aprendendo manualmente. Então você está aprendendo
pela maneira mais correta.
Então, você se faz outra pergunta: Posso fazer somente este curso que já estou prepa-
rado para o mundo do trabalho? De jeito nenhum, este curso é o primeiro passo para você se
inserir no mundo do trabalho, depois disso, aconselho a fazer outros cursos, como exemplo:
Geometria descritiva, desenho em perspectiva, noções de técnicas construtivas, noções de
sistemas prediais, curso com programas que auxiliam no desenho técnico como: AutoCad,
Vector works, Sketchup, V-ray, entre outros... Quanto mais você se aperfeiçoar, mais terá o
mundo do trabalho em suas mãos, pois é de pessoas qualificadas que o mundo precisa.
Para finalizar, você percebe que para entrar no mundo do trabalho é necessário ser um
cidadão ético. Então, ética profissional, cidadania e mundo do trabalho estão intimamente
ligados. Para ter sucesso é preciso agregar esses valores.

Vamos colocar em prática as informações obtidas

Você já deve ter ouvido falar nas “8 maneiras de mudar o mundo”. Pois bem, é uma

80
declaração que a Organização das Nações Unidas (ONU) fez, e que vários países abraçaram a
causa, inclusive o Brasil e tem como meta contribuir com a sustentabilidade no Planeta.
Observe a figura:

Em grupo, comente as informações citadas acima, discute-as e responda as questões


abaixo:

1) Em sua opinião contribuir para a sustentabilidade é cumprir com seu dever de cidadão?
Comente.
2) Você se acha capaz de contribuir com algum dos itens? Quais? Comente-os.

Auto-avaliação

Como forma de auto-avaliação, elabore cinco frases incluindo a palavra cidadania,


descrevendo uma ação própria como cidadão. Exemplo:

“Cidadania é fazer coleta seletiva na minha própria casa e incentivar meus amigos”.

81
Anotações
Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492/94: representação de


projetos de arquitetura. Rio de Janeiro, 1994.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8196/99: desenho técnico:
emprego das escalas. Rio de Janeiro, 1999.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8402/94: execução de caráter
para escrita em desenho técnico. Rio de Janeiro, 1994.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8403/84: aplicação de linhas
em desenho – tipos de linhas – largura das linhas. Rio de Janeiro, 1984.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10068/87: folha de desenho –
leiaute e dimensões. Rio de Janeiro, 1987.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10647/89: desenho técnico.
Rio de Janeiro, 1989.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10126/87: cotagem em
desenho técnico. Rio de Janeiro, 1987.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13142/99: dobramento e cópia.
Rio de Janeiro, 1999.
BORNANCINI, J. C. M. Desenho Técnico Básico. 3ºEdição. Ed. Sulina.1981
MONTENEGRO, G. A. Desenho Arquitetônico. 4º Ed. São Paulo: Blucher, 2001.
SPECK, H. J.; PEIXOTO, V. V. Manual básico de Desenho Técnico. 2º Ed. Florianópolis:
Ed. da UFSC, 2001

83
Anotações
FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

EMPREENDEDORISMO
EMPREENDEDORISMO
Érica Dias de Paula Santana e Ximena Novais de Morais
Os textos que compõem estes cursos, não podem ser reproduzidos sem autorização dos editores
© Copyright by 2012 - Editora IFPR

IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ


Reitor
Prof. Irineu Mario Colombo

Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação


Silvestre Labiak Junior

Organização
Marcos José Barros
Cristiane Ribeiro da Silva

Projeto Gráfico e Diagramação


Leonardo Bettinelli
Introdução

Certamente você já ouviu falar sobre empreendedorismo, mas será que você sabe
exatamente o que significa essa palavra, será que você possui as características necessárias
para tornar-se um empreendedor? Esse material busca responder essas e outras perguntas a
respeito desse tema que pode fazer a diferença na sua vida!
No dia 29 de dezembro de 2008 foi promulgada a Lei nº 11.892 que cria a Rede Federal de
Ciência e Tecnologia. Uma das instituições que compõe essa rede é o Instituto Federal do
Paraná, criado a partir da escola técnica da Universidade Federal do Paraná. Você deve estar
se perguntando “O que isso tem a ver com o empreendedorismo?”, não é mesmo? Pois tem
uma relação intrínseca: uma das finalidades desses instituições federais de ensino é estimular o
empreendedorismo e o cooperativismo.
E como o IFPR vai estimular o empreendedorismo e o cooperativismo? Entendemos que a
promoção e o incentivo ao empreendedorismo deve ser tratado com dinamismo e versatilidade,
ou seja, esse é um trabalho que não pode estagnar nunca. Uma das nossas ações, por
exemplo, é a inserção da disciplina de empreendedorismo no currículo dos cursos técnicos
integrados e subsequentes, onde os alunos tem a oportunidade de aprender conceitos básicos
sobre empreendedorismo e os primeiros passos necessários para dar início a um
empreendimento na área pessoal, social ou no mercado privado.
Neste material, que servirá como apoio para a disciplina de empreendedorismo e para
cursos ministrados pelo IFPR por programas federais foi desenvolvida de forma didática e
divertida. Aqui vamos acompanhar a vida da família Bonfim, uma família como qualquer outra
que já conhecemos! Apesar de ser composta por pessoas com características muito diversas
entre si, os membros dessa família possuem algo em comum: todos estão prestes a iniciar um
empreendimento diferente em suas vidas. Vamos acompanhar suas dúvidas, dificuldades e
anseios na estruturação de seus projetos e através deles buscaremos salientar questões
bastante comuns relacionadas ao tema de empreendedorismo.
As dúvidas desta família podem ser suas dúvidas também, temos certeza que você vai se
identificar com algum integrante! Embarque nessa conosco, vamos conhecer um pouco mais
sobre a família Bonfim e sobre empreendedorismo, tema esse cada vez mais presente na vida
dos brasileiros!

Anotações
Sumário

HISTÓRIA DO EMPREENDEDORISMO..........................................................................................................7
TRAÇANDO O PERFIL EMPREENDEDOR.....................................................................................................8
PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES ...............................................................................12
ANÁLISE DE MERCADO ...............................................................................................................................14
PLANO DE MARKETING ...............................................................................................................................15
PLANO OPERACIONAL ................................................................................................................................17
PLANO FINANCEIRO ....................................................................................................................................18
EMPREENDEDORISMO SOCIAL OU COMUNITÁRIO .................................................................................21
INTRAEMPREENDEDORISMO ....................................................................................................................23
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................25
Anotações
HISTÓRIA DO EMPREENDEDORISMO

Antes de apresentá-los a família Bonfim, vamos conhecer um pouco da história do


empreendedorismo?

Você deve conhecer uma pessoa extremamente determinada, que depois de enfrentar
muitas dificuldades conseguiu alcançar um objetivo. Quando estudamos a história do Brasil e
do mundo frequentemente nos deparamos com histórias de superação humana e tecnológica.
Pessoas empreendedoras sempre existiram, mas não eram definidas com esse termo.
Os primeiros registros da utilização da palavra empreendedor datam dos séculos XVII e
XVIII. O termo era utilizado para definir pessoas que tinham como característica a ousadia e a
capacidade de realizar movimentos financeiros com o propósito de estimular o crescimento
econômico por intermédio de atitudes criativas.
Joseph Schumpeter, um dos economistas mais importantes do século XX, define o
empreendedor como uma pessoas versátil, que possui as habilidades técnicas para produzir e
a capacidade de capitalizar ao reunir recursos financeiros, organizar operações internas e
realizar vendas.
É notável que o desenvolvimento econômico e social de uma país se dá através de
empreendedores. São os empreendedores os indivíduos capazes de identificar e criar oportuni-
dades e transformar ideias criativas em negócios lucrativos e soluções e projetos inovadores
para questões sociais e comunitárias.
O movimento empreendedor começou a ganhar força no Brasil durante a abertura de
mercado que transcorreu na década de 90. A importação de uma variedade cada vez maior de
produtos provocou uma significativa mudança na economia e as empresas brasileiras precisa-
ram se reestruturar para manterem-se competitivas. Com uma série de reformas do Estado, a
expansão das empresas brasileiras se acelerou, acarretando o surgimento de novos empreen-
dimentos e trazendo luz à questão da formação do empreendedor.íngua e linguagem e sua
importância na leitura e produção de textos do nosso cotidiano.

Perfil dos integrantes da família Bonfim

Felisberto Bonfim: O pai da família, tem 40 anos de idade. Trabalha há 20 anos na mesma
empresa, mas sempre teve vontade de investir em algo próprio.
Pedro Bonfim: O filho mais novo tem 15 anos e faz o curso de técnico em informática no IFPR.
Altamente integrado às novas tecnologias, não consegue imaginar uma vida desconectada.
Clara Bonfim: A primogênita da família tem 18 anos e desde os 14 trabalha em uma ONG de

7
Unidade 1
seu bairro que trabalha com crianças em risco social. Determinada, não acredita em projetos
impossíveis.
Serena Bonfim: Casada desde os 19 anos, dedicou seus últimos anos aos cuidados da casa e
da família. Hoje com 38 anos e com os filhos já crescidos, ela quer resgatar antigos sonhos que
ficaram adormecidos, como fazer uma faculdade.
Benvinda Bonfim: A vovó da família tem 60 anos de idade e é famosa por cozinhar muito bem e
por sua hospitalidade.

Todos moram juntos em uma cidade na região metropolitana de Curitiba.

TRAÇANDO O PERFIL EMPREENDEDOR

Muitas pessoas acreditam que é


preciso nascer com características
específicas para ser um empreen-
dedor, mas isso não é verdade,
essas características podem ser
estimuladas e desenvolvidas.
O sr. Felisberto Bonfim é uma
pessoa dedicada ao trabalho e a
família e que embora esteja satis-
feito com a vida que leva nunca
deixou para trás o sonho de abrir o próprio negócio. Há 20 anos atuando em uma única empre-
sa, há quem considere não haver mais tempo para dar um novo rumo à vida. Ele não pensa
assim, ele acredita que é possível sim começar algo novo, ainda que tenha receio de não possu-
ir as características necessárias para empreender. Você concorda com ele, você acha que
ainda há tempo para ele começar?
Responda as questões abaixo. Elas servirão como um instrumento de autoanálise e a
partir das questões procure notar se você tem refletido sobre seus projetos de vida. Se sim, eles
estão bem delineados? O que você considera que está faltando para alcançar seus objetivos?
Preste atenção nas suas respostas e procure também identificar quais características pessoais
você possui que podem ser utilizadas para seu projeto empreendedor e quais delas podem ser
aprimoradas:

a) Como você se imagina daqui há 10 anos?


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8
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_______________________________________________________________________
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_______________________________________________________________________
b) Em que condições você gostaria de estar daqui há 10 anos?
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_______________________________________________________________________
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_______________________________________________________________________
c) Quais pontos fortes você acredita que tem?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
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_______________________________________________________________________
d) Quais pontos fortes seus amigos e familiares afirmam que você tem? Você concorda com
eles?
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e) Para você, quais seus pontos precisam ser melhor trabalhados
_______________________________________________________________________
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f) Na sua opinião, você poderia fazer algo para melhorar ainda mais seus pontos fortes? Como?
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g) Você acha que está tomando as atitudes necessárias para atingir seus objetivos?
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h) O que você acha imprescindível para ter sucesso nos seus objetivos?
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_______________________________________________________________________
A ousadia é uma característica extremamente importante para quem pretende iniciar
um projeto empreendedor - é necessário estar disposto a correr riscos e buscar novas alternati-
vas, mesmo se outras pessoas disserem que não vai dar certo (o que provavelmente sempre
ocorrerá em algum momento da trajetória). Isso nos leva a uma outra característica muito
importante para um empreendedor, ele precisa ser positivo e confiante, ou seja, precisa acredi-
tar em si e não se deixar abalar pelos comentários negativos. Um empreendedor precisa ser
criativo e inovador, precisa estar antenado ao que está acontecendo no mundo e estar atento às
necessidades do mercado e da comunidade, precisa ser organizado e manter o foco dos seus
objetivos.
Você já ouviu falar do pipoqueiro Valdir? Valdir Novaki tem 41 e nasceu em São Mateus
do Sul-PR, é casado e tem 1 filho. Durante a adolescência trabalhou como boia fria. Mora em
Curitiba desde 98 e durante muito tempo trabalhou com atendimento ao público em lanchonete
e bancas de jornal. Parece uma história corriqueira, mas o que Valdir tem de tão especial? Valdir
conquistou a oportunidade de vender pipoca em carrinho no centro da cidade de Curitiba, mas
decidiu que não seria um pipoqueiro qualquer, queria ser o melhor. Em seu carrinho ele mantem
uma série de atitudes que o diferenciam dos demais. Além de ser é extremamente cuidadoso
com a higiene do carrinho, Valdir preocupa-se com a higiene do cliente também, oferecendo
álcool gel 70% para que o cliente higienize suas mão antes de comer a pipoca e junto com a
pipoca entrega um kit higiene contendo um palito de dentes, uma bala e um guardanapo. Ele
também possui um cartão fidelidade, onde o cliente depois de comprar cinco pipocas no carri-
nho ganha outro de graça. Pequenas atitudes destacaram esse pipoqueiro e hoje, além de
possuir uma clientela fiel, faz uma série de palestras por todo o país, sendo reconhecido como
um empreendedor de sucesso. A simpatia com que atende a seus clientes faz toda a diferença,
as pessoas gostam de receber um tratamento especial.

10
Conheça mais sobre o pipoqueiro Valdir em:

<http://www.youtube.com/watch?v=vsAJHv11GLc>.

Há quem julgue que o papel que ocupam profissionalmente é muito insignificante, mas
não é verdade, basta criatividade e vontade de fazer o melhor. Toda atividade tem sua importân-
cia! Falando em criatividade, vamos estimulá-la um pouco?

1)Já pensou em procurar novas utilidades para os objetos do dia a dia? Como assim? Pense
em algum material que você utiliza em seu trabalho ou em casa e em como você poderia
utilizá-lo para outra finalidade diferente da sua original. Lembre-se que nem sempre dispo-
mos de todos os instrumentos necessários para realizar uma determinada atividade. Nesses
momentos precisamos fazer da criatividade nossa maior aliada para realizar as adaptações
necessárias para alcançar o êxito em nossas ações!
2)Agora vamos fazer ao contrário, pense em uma atividade do seu dia que você não gosta ou
tem dificuldade de fazer. Pensou? Então imagine uma alternativa para torná-la fácil e rápida,
pode ser mesmo uma nova invenção!

E aí? Viu como a imaginação pode ser estimulada? Habitue-se a fazer as mesmas
coisas de formas diferentes: fazer novos caminhos para chegar ao mesmo lugar, conversar com
pessoas diferentes e dar um novo tom a sua rotina são formas de estimular o cérebro a encon-
trar soluções criativas. Como vimos, a inovação e a criatividade é extremamente importante
para um empreendedor, por isso nunca deixe de estimular seu cérebro! Leia bastante, faça
pesquisas na área que você pretende investir e procure enxergar o mundo ao redor com um
olhar diferenciado!
Refletindo muito sobre a possibilidade de abrir seu próprio negócio, o pai da família
procurou em primeiro lugar realizar uma autoanálise. Consciente de seus pontos fortes e fracos,
ele agora se sente mais seguro para dar o próximo passo: planeja. Antes de tomar alguma
decisão importante em sua vida, siga o exemplo do sr. Felisberto!

11
PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES

Planejar é palavra de ordem em


todos os aspectos de nossa vida,
você concorda? Quando quere-
mos fazer uma viagem, comprar
uma casa ou um carro, se não
realizarmos um planejamento
adequado certamente corremos o
risco de perder tempo e dinheiro
ou, ainda pior, sequer poderemos
alcançar nosso objetivo.
Para começar um empreendimento não é diferente, é necessário definir claramente
nossos objetivos e traçar os passos necessários para alcançá-los. Para operacionalizar a etapa
de planejamento, o Plano de Negócios é uma ferramenta obrigatória.
O plano de negócios caracteriza-se como uma ferramenta empresarial que objetiva
averiguar a viabilidade de implantação de uma nova empresa. Depois de pronto, o empreende-
dor será capaz de dimensionar a viabilidade ou não do investimento. O plano de negócios é
instrumento fundamental para quem tem intenção de começar um novo empreendimento, é ele
que vai conter todas as informações importantes relativas a todos os aspectos do empreendi-
mento.
Vamos acompanhar mais detalhadamente os fatores que compõem um Plano de
Negócios.

Elaboração de um Plano de Negócio

1. Sumário executivo

É um resumo contendo os pontos mais importantes do Plano de Negócio, não deve ser
extenso e muito embora apareça como primeiro item do Plano ele deve ser escrito por último.
Nele você deve colocar informações como:

Definição do negócio

O que é o negócio, seus principais produtos e serviços, público-alvo, previsão de


faturamento, localização da empresa e outros aspectos que achar importante para garantir a

12
viabilidade do negócio.

Dados do empreendedor e do empreendimento

Aqui você deve colocar seus dados pessoais e de sua empresa tal como nome, endere-
ço, contatos. Também deverá constar sua experiência profissional e suas características
pessoais, permitindo que quem leia seu Plano de Negócios, como um gerente de banco para o
qual você pediu empréstimo, por exemplo, possa avaliar se você terá condições de encaminhar
seu negócio de maneira eficiente.

Missão da empresa

A missão deve ser definida em uma ou no máximo duas frases e deve definir o papel
desempenhado pela sua empresa.

Setor em que a empresa atuará

Você deverá definir em qual setor de produção sua empresa atuará: indústria, comér-
cio, prestação de serviços, agroindústria etc..

Forma Jurídica

Você deve explicitar a forma como sua empresa irá se constituir formalmente. Uma
microempresa, por exemplo, é uma forma jurídica diversa de uma empresa de pequeno porte.

Enquadramento tributário

É necessário realizar um estudo para descobrir qual a melhor opção para o recolhimen-
to dos impostos nos âmbitos Municipal, Estadual e Federal.

Capital Social

O capital social é constituído pelos recursos (financeiros, materiais e imateriais) dispo-


nibilizados pelos sócios para constituição da empresa. É importante também descrever qual a
fonte de recursos

13
DICA: Tenha muito cuidado na hora de escolher seus sócios, é essencial que eles tenham os
mesmos objetivos e a mesma disponibilidade que você para se dedicar ao negócio, se vocês
não estiverem bastante afinados há um risco muito grande de enfrentarem sérios problemas
na consecução do empreendimento.

Diferencial: saliente o diferencial do seu produto ou serviço, ou seja, por qual razão os
consumidores irão escolher você ao invés de outro produto ou serviço.

ANÁLISE DE MERCADO

Clientes

Esse aspecto do seu Plano de Negócio é extremamente importantes, afinal é nele que
será definindo quais são os seus clientes e como eles serão atraídos. Comece identificando-os:

 Quem são?
 Idade?
 Homens, mulheres, famílias, crianças?
 Nível de instrução?

Ou ainda, se forem pessoas jurídicas:

 Em que ramo atuam?


 Porte?
 Há quanto tempo atuam no mercado?

É importante que você identifique os hábitos, preferências e necessidades de seus


clientes a fim de estar pronto para atendê-los plenamente e para que eles possam tê-lo como
primeira opção na hora de procurar o produto/serviço que você oferece. Faça um levantamento
sobre quais aspectos seus possíveis clientes valorizam na hora de escolher um produ-
to/serviço, isso vai ser importante para você fazer as escolhas corretas no âmbito do seu empre-
endimento. Saber onde eles estão também é importante, estar próximo a seus clientes vai
facilitar muitos aspectos.

14
Concorrentes

Conhecer seus concorrentes, isto é, as empresas que atuam no mesmo ramo que a
sua, é muito importante porque vai te oferecer uma perspectiva mais ampla e realista de como
encaminhar seu negócio. Analisar o atendimento, a qualidade dos materiais utilizados, as
facilidades de pagamento e garantias oferecidas, irão ajudá-lo a responder algumas perguntas
importantes: Você tem condições de competir com tudo o que é oferecido pelos seus concorren-
tes? Qual vai ser o seu diferencial? As pessoas deixariam de ir comprar em outros lugares para
comprar no seu estabelecimento? Por quê? Em caso negativo, por que não?
Mas não esqueça de um aspecto muito importante: seus concorrentes devem ser visto
como fator favorável, afinal eles servirão como parâmetro para sua atividade e podem até
mesmo tornar-se parceiros na busca da melhoria da qualidade dos serviços e produtos oferta-
dos.

Fornecedores

Liste todos os insumos que você utilizará em seu negócio e busque fornecedores. Para
cada tipo de produto, pesquise pelo menos três empresas diferentes. Faça pesquisas na inter-
net, telefonemas e, se possível, visite pessoalmente seus fornecedores. Certifique-se de que
cada fornecedor será capaz de fornecer o material na quantidade e no prazo que você precisa,
analise as formas de pagamento e veja se elas serão interessantes para você. Mesmo após a
escolha um fornecedor é importante ter uma segunda opção, um fornecedor com o qual você
manterá contato e comprará ocasionalmente, pois no caso de acontecer algum problema com
seu principal fornecedor, você poderá contar com uma segunda alternativa. Lembre-se, seus
fornecedores também são seus parceiros, manter uma relação de confiança e respeito com
eles é muito importante. Evite intermediários sempre que possível, o ideal é comprar direto do
produtor ou da indústria, isso facilita, acelera e barateia o processo.

PLANO DE MARKETING

Descrição

Aqui você deve descrever seus produto/serviço. Especifique tamanhos, cores, sabo-
res, embalagens, marcas entre outros pontos relevantes. Faça uma apresentação de seu
produto/serviço de maneira que possa se tornar atraente ao seu cliente. Verifique se há exigên-
cias oficiais a serem atendidas para fornecimento do seu produto/serviço e certifique-se que

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segue todas as orientações corretamente.

Preço

Para determinar o preço do seu produto/serviço você precisa considerar o custo TOTAL
para produzi-lo e ainda o seu lucro. É preciso saber quanto o cliente está disposto a pagar pelo
seu produto/serviço verificando quanto ele está pagando em outros lugares e se ele estaria
disposto a pagar a mais pelo seu diferencial.

Divulgação

É essencial que você seja conhecido, que seus clientes em potencial saibam onde você
está e o que está fazendo, por isso invista em mídias de divulgação. Considere catálogos,
panfletos, feiras, revistas especializadas, internet (muito importante) e propagandas em rádio e
TV, analise e veja qual veículo melhor se encaixa na sua necessidade e nos seus recursos
financeiros.

Estrutura de comercialização

Como seus produtos chegarão até seus clientes? Qual a forma de envio? Não se
esqueça de indicar os canais de distribuição e alcance dos seus produtos/serviços. Você pode
considerar representantes, vendedores internos ou externos, por exemplo. Independente de
sua escolha esteja bastante consciente dos aspectos trabalhistas envolvidos. Utilizar instru-
mentos como o telemarketing e vendas pela internet também devem ser considerados e podem
se mostrar bastante eficientes.

Localização

A localização do seu negócio está diretamente ligada ao ramo de atividades escolhido


para atuar. O local deve ser de fácil acesso aos seus clientes caso a visita deles no local seja
necessária. É importante saber se o local permite o seu ramo de atividade. Considere todos os
aspectos das instalações, se é de fácil acesso e se trará algum tipo de impeditivo para o desen-
volvimento da sua atividade.
Caso já possua um local disponível, verifique se a atividade escolhida é adequada para
ele, não corra o risco de iniciar um negócio em um local inapropriado apenas porque ele está
disponível. Se for alugar o espaço, certifique-se de é possível desenvolver sua atividade nesse

16
local e fique atento a todas as cláusulas do contrato de aluguel.

PLANO OPERACIONAL

Layout

A distribuição dos setores da sua empresa de formas organizada e inteligente vai


permitir que você tenha maior rentabilidade e menor desperdício. A disposição dos elementos
vai depender do tamanho de seu empreendimento e do ramo de atividade exercido. Caso seja
necessário você pode contratar um especialista para ajudá-lo nessa tarefa, mas se não for
possível, por conta própria procure esquematizar a melhor maneira de dispor os elementos
dentro de sua empresa. Pesquise se o seu ramo e atividade exige regulamentações oficiais
sobre layout, preocupe-se com segurança e com a acessibilidade a portadores de deficiência.

Capacidade Produtiva

É importante estimar qual é sua capacidade de produção para não correr o risco de
assumir compromissos que não possa cumprir - lembre-se que é necessário estabelecer uma
relação de confiança entre você e seu cliente. Quando decidir aumentar a capacidade de produ-
ção tenha certeza que isso não afetará a qualidade do seu produto/serviço.

Processos Operacionais

Registre detalhadamente todas as etapas de produção desde a chegada do pedido do


cliente até a entrega do produto/serviço. É importante saber o que é necessário em cada uma
delas, quem será o responsável e qual a etapa seguinte.

Necessidade de Pessoal

Faça uma projeção do pessoal necessário para execução do seu trabalho, quais serão
as formas de contratação e os aspectos trabalhistas envolvidos. É importante estar atento à
qualificação dos profissionais, por isso verifique se será necessário investir em cursos de
capacitação.

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PLANO FINANCEIRO

Investimento total

Aqui você determinará o valor total de recurso a ser investido. O investimento total será
formado pelos investimentos fixos, Capital de giro e Investimentos pré-operacionais.
Agora que você tem uma noção básica de como compor um plano de negócios acesse
a página <http://www.planodenegocios.com.br/www/index.php/plano-de-negocios/outros-
exemplos> e encontre mais informações sobre como elaborar o planejamento financeiro de seu
Plano de Negócio, além de outras informações importantes. Lá você encontrará exemplos de
todas as etapas de um Plano de Negócio.
Faça pesquisas em outros endereços eletrônicos e se preciso, busque o apoio de
consultorias especializadas. O sucesso do seu projeto irá depender do seu empenho em buscar
novos conhecimentos e das parcerias conquistadas para desenvolvê-lo.
Pesquise também por fontes de financiamento em instituições financeiras, buscando
sempre a alternativa que melhor se adequará as suas necessidades. Não tenha pressa, estude
bastante antes de concluir seu plano de negócio. É importante conhecer todos os aspectos do
ramo de atividade que você escolher, valorize sua experiência e suas características pessoais
positivas. Lembre-se que o retorno pode demorar algum tempo, certifique-se que você terá
condições de manter o negócio até que ele dê o retorno planejado. Separe despesas pessoais
de despesas da empresa. Busque sempre estar atualizado, participe de grupos e feiras correla-
tas à sua área de atuação.

Planejar para clarear!

Após buscar auxílio especializada e estudar sobre o assunto, o pai concluiu seu plano
de negócios. A partir dele pôde visualizar com clareza que tem em mãos um projeto viável e até
conseguiu uma fonte de financiamento adequada a sua realidade. Com o valor do financiamen-
to investirá na estrutura de seu empreendimento que será lançado em breve.

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

Que bolo maravilhoso! Você é uma ótima


anfitriã. Eu quero a receita desse quindim! A Eu? Não, imagine, eu não
senhora já pensou em vender seus quitutes? tenho capacidade para isso!

18
Será mesmo que a dona Benvinda não tem capacidade para empreender?

Vamos analisar a situação: a vovó é muito conhecida no seu bairro e é admirada pela sua
simpatia. Seus quitutes são conhecidos por todos e não é a primeira vez que alguém sugere que
ela comece a vendê-los. À primeira vista, o cenário parece ser favorável para que ela inicie seu
empreendimento: ela tem uma provável clientela interessada e que confia e anseia por seus
serviços.

Ao conversar com a família, é incentivada por todos. Com a ajuda dos seus netos, a
vovó vai atrás de informações e descobre que se enquadra nos requisitos para ser registrada
como microempreendedora individual.

Você conhece os requisitos para se tornar um microempreendedor individual?

A Lei Complementar 128/2008 criou a figura do Microempreendedor Individual – MEI,


com vigência a partir de 01.07.2009. É uma possibilidade de profissionais que atuam por conta
própria terem seu trabalho legalizado e passem a atuar como pequenos empresários.
Para se enquadrar como microempreendedor individual, o valor de faturamento anual
do empreendimento deve ser de até 60 mil reais. Não é permitida a inscrição como MEI de
pessoa que possua participação como sócio ou titular de alguma empresa.
O MEI possui algumas condições específicas que favorecem a sua legalização. A
formalização pode ser feita de forma gratuita no próprio Portal do Empreendedor. O cadastro
como MEI possibilita a obtenção imediata do CNPJ e do número de inscrição na Junta
Comercial, sem a necessidade de encaminhar quaisquer documentos previamente. Algumas
empresas de contabilidade optantes pelo Simples Nacional estão habilitadas a realizar também
a formalização.

Custos

Há alguns custos após a formalização. O pagamento dos custos especificados abaixo é


feito através do Documento de Arrecadação do Simples Nacional, que pode ser gerado online :

 5% de salário mínimo vigente para a Previdência.


 Se a atividade for comércio ou indústria, R$ 1,00 fixo por mês para o Estado.
 Se a atividade for prestação de serviços, R$ 5,00 fixos por mês para o Município.

19
Exemplo de atividades reconhecidas para o registro como MEI:

A dona Benvinda se registrou como doceira. São diversas as atividades profissionais


aceitas para o registro como microempreendedor individual. Algumas delas são: Artesão,
azulejista, cabeleireiro, jardineiro, motoboy. Para conhecer todas as atividades, acesse o site
<http://www.portaldoempreendedor.gov.br >.

Todos podem empreender!

Hoje a vovó está registrada como microempreendedora individual e aos poucos sua
clientela está crescendo. Recentemente ela fez um curso para novos empreendedores e já está
com planos de expandir seus serviços nos próximos meses, talvez ela precise até mesmo
contratar um ajudante para poder dar conta das encomendas que não param de aumentar.

O microempreendedor individual tem direito a ter um funcionário que receba exclusivamente


um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional a qual pertença.

Atividade Formativa

 Acesse o conteúdo sobre microempreendedor individual no Portal do Empreendedor e


discuta com seus colegas sobre o tema.
 Pense em alguém que exerça uma atividade profissional informalmente. Quais vantagens
você apontaria para convencer essa pessoa a realizar seu cadastro como
Microempreendedor Individual?
 Pesquise sobre linhas de crédito e incentivo específicas para microempreendedores
individuais no Brasil.
er
d
een
pr
Em

Muitas pessoas acreditam que características empreendedoras já vem de berço: ou se


nasce com elas ou não há nada a ser feito. Pois saiba que é possível através de uma educação
voltada para o empreendedorismo desenvolver características necessárias para o início de um
empreendimento. Esse empreendimento não precisa ser necessariamente um negócio com

20
fins lucrativos, pode ser um um objetivo pessoal, um sonho em qualquer área da sua vida.
A pedagogia empreendedora de Fernando Dolabela afirma que a educação tradicional
a qual somos submetidos nos reprime e faz com que percamos características importantes no
decorrer de nossa trajetória, levando muitas pessoas a crer que não são capazes de empreen-
der. Sua proposta de educação busca romper com esse pensamento e inserir no sistema
educacional aspectos que priorizem a criatividade e a autoconfiança para que quando estas
crianças atingirem a idade adulta possam enxergar a possibilidade de abrir um negócio como
uma alternativa viável.
Não podemos esquecer que é empreendedor, em qualquer área, alguém que tenha
sonhos e busque de alguma forma transformar seu sonho em realidade. O sonho pode ser abrir
um negócio, fazer um curso, aprender uma língua ou mudar a realidade social em que vive. É
inegável que para realizar qualquer um desse itens é essencial estar comprometido com o
trabalho, ser ousado e estar disposto a enfrentar desafios.
O empreendedorismo pode ser aprendido e está relacionado mais a fatores culturais do
que pessoais e consiste em ser capaz de cultivar e manter uma postura e atitudes empreende-
doras.
O Pedro está tendo seu primeiro contato com o empreendedorismo na sala de aula e
eles e seus amigos já estão cheio de ideias. Eles planejam usar os conhecimentos adquiridos
na disciplina e escrever um projeto para dar início a uma empresa júnior na área de informática.

Inspire-se

Certamente você já deve ter ouvido falar da Cacau Show, mas você conhece a história
dessa marca? Você sabia que ela nasceu do sonho de um rapaz que vendia chocolates de porta
em porta em um fusca? Não? Então leia mais em:

<http://www.endeavor.org.br/endeavor_tv/start-up/day1/aprendendo-a-ser-
empreendedor/empreendedorismo-em-todos-os-sentidos> e inspire-se!

EMPREENDEDORISMO SOCIAL OU COMUNITÁRIO

Que belo trabalho! Moro em outra cidade e gostaria de levar um projeto parecido para lá!
Educação empreendedora

O empreendedor é
aquele que tem como objetivo
maior o lucro financeiro a partir

21
de um empreendimento, correto? Não necessariamente! O objetivo maior do empreendedor
social ou comunitário pode ser desde o desenvolvimento social de uma comunidade inteira à
luta pela preservação de uma reserva ambiental.
Vejamos o exemplo da Clara. Desde a sua adolescência ela atua em uma organização
não-governamental que lida com crianças carentes, dando ênfase na emancipação social
dessas crianças através da arte, de esportes e da educação. O projeto, que começou com uma
pequena dimensão, hoje atende não apenas seu bairro, como três outros próximos. É impor-
tante lembrar que o sucesso do projeto dependeu de sujeitos empreendedores, que se compro-
meteram com a causa e, com criatividade e competência foram capazes de expandir o projeto.
Agora com o apoio da Clara e com o espírito empreendedor de mais um grupo, uma nova cidade
será atendida pelo projeto e novas crianças serão beneficiadas!

Vamos conhecer mais sobre empreendimentos sociais e comunitários?

Empreendedorismo Social

O empreendedorismo social ultrapassa a noção de mera filantropia - há espaço aqui


para metas, inovação e planejamento. Muitas organizações não governamentais tem uma
estrutura semelhante a qualquer empresa com fins lucrativos.
A Pastoral da Criança é um exemplo de um empreendimento social de sucesso. Sua
fundadora, a Drª Zilda Arns, aliou sua experiência profissional como médica pediatra e sanitaris-
ta e sua própria sensibilidade para identificar um método simples e eficaz para combater a
mortalidade infantil. Qual foi o ponto inovador do trabalho assumido pela Pastoral da Criança?
Foi confiar às comunidades afetadas pelo problema de mortalidade infantil o papel de multipli-
cadores do saber e de disseminadores da solidariedade.

Empreendedorismo Comunitário

O empreendedorismo comunitário consiste no movimento de organização de grupos e


pessoas com o propósito de alcançar um objetivo comum, fortalecendo uma atividade que, se
realizada individualmente, não seria capaz de alcançar a projeção adequada no mercado. No
Brasil, a economia solidária ascendeu no final do século XX, em reação à exclusão social
sofrida pelos pequenos produtores e prestadores de serviço que não tinham condições de
concorrer com grandes organizações.
Imagine um pequeno produtor de leite em uma região onde atua um grande produtor de
leite. Sozinho, ele não tem condições de concorrer com o grande produtor no mercado ou

22
receber financiamentos para expandir sua produção, por exemplo. Ao se aliar com outros
pequenos produtores, o negócio adquire uma nova dimensão, onde são favorecidos não ape-
nas os produtores, que agora tem condições de levar seu produto ao mercado com segurança e
em nível de igualdade com o outro produtor, mas também todo o arranjo produtivo daquela
região.
Em 2003 foi criada pelo Governo Federal a Secretaria Nacional de Economia Solidária,
que tem a finalidade de fortalecer e divulgar as ações de economia solidária no país, favorecen-
do a geração de trabalho, renda e inclusão social.

Atividade Formativa

 Dê um exemplo de uma organização não-governamental. Que trabalho essa organização


realiza? Você acredita que os gestores dessa ONG são empreendedores? Por quê?
 Identifique em seu bairro ou cidade uma carência que não foi suprida pelo setor público ou
um trabalho exercido informalmente por algumas pessoas que possa ser fortalecido através
da formação de uma estrutura de cooperativismo. Proponha uma ação que você acredita que
possa transformar a realidade desse grupo.
 Você já ouviu falar em sustentabilidade? Dê um exemplo de uma ação sustentável que você
já adota ou que possa ser adotada no seu dia a dia e como essa ação pode afetar positiva-
mente o meio em que você vive.

INTRAEMPREENDEDORISMO

A srª Serena Bonfim há muito tempo mantém o sonho de fazer uma faculdade. Depois
de tantos anos dedicados à família, ela está certa que está na hora de investir mais em si mes-
ma. Além disso, com seu marido prestes a abrir uma empresa, ela está disposta a usar os
conhecimentos adquiridos na graduação para trabalhar diretamente no novo empreendimento
e contribuir com seu desenvolvimento.
Você pode estar pensando: “ E se eu não quiser abrir um negócio, e se eu não quiser ser

23
um empresário?”. Abrir uma empresa é apenas uma alternativa, caso você não tenha intenção
de ter seu próprio negócio você ainda pode ser um empreendedor.
O intraempreendedorismo é quando o empreendedorismo acontece no interior de uma
organização, é quando alguém mesmo não sendo dono ou sócio do negócio mantém uma
postura empreendedora dando sugestões e tendo atitudes que ajudam a empresa a encontrar
soluções inteligentes. Intra empreendedores são profissionais que possuem uma capacidade
diferenciada de analisar cenários, criar ideias, inovar e buscar novas oportunidades para as
empresas e assim ajudam a movimentar a criação de ideias dentro das organizações, mesmo
que de maneira indireta. São profissionais dispostos a se desenvolver em prol da qualidade do
seu trabalho.
A cada dia as empresa preocupam-se mais em contratar colaboradores dispostos a
oferecer um diferencial, pessoas dedicadas que realmente estejam comprometidas com o bom
andamento da empresa. Esse comportamento não traz vantagens somente para a empresa,
mas os funcionários também se beneficiam, na participação dos lucros, por exemplo, vanta-
gens adicionais que as empresas oferecem a fim de manter o funcionário e, principalmente, na
perspectiva de construção de uma carreira sólida e produtiva.
A capacitação contínua, o desenvolvimento da criatividade e da ousadia são caracterís-
ticas presentes na vida de um intraempreendedor.

 Vamos analisar se você tem características de um intraempreendedor?


 Você gosta do seu trabalho e do ambiente em que trabalha?
 Você está sempre atento às novas ideias?
 Você gosta de correr riscos e ousar novas ideias?
 Você procura soluções em locais incomuns?
 Você é persistente e dedicado?
 Você mantém ações proativas?
 Você busca fazer novas capacitações regularmente?

Caso você não tenha ficado suficientemente satisfeito com as respostas a estas per-
guntas, utilize o espaço abaixo para listar atitudes que podem ajudá-lo a ser um funcionário
intraempreendedor.

O que fazer? Como fazer? Quando fazer?

24
Conclusão

Muitos acreditam que para ser empreendedor é necessário possuir um tipo de vocação
que se manifesta somente para alguns predestinados, mas ao acompanhar a trajetória da
família Bonfim, podemos notar que o sonho de empreender está ao alcance de todos nós. Como
qualquer sonho, esse também exige planejamento e dedicação para que seja concretizado com
sucesso.
Agora que você aprendeu os princípios básicos do empreendedorismo, que tal fazer
como os membros da família Bonfim e investir nos seus sonhos?

REFERÊNCIAS

<http://www.portaldoempreendedor.gov.br>.
<http://www.mte.gov.br/ecosolidaria/sies.asp>.
<http://www.pastoraldacrianca.org.br>.
<http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/cog/v14n1/v14n1a05.pdf>.
<http://www.sobreadministracao.com/intraempreendedorismo-guia-completo>.
<http://www.hsm.com.br/editorias/inovacao/intraempreendedorismo-voce-ja-fez-algo-diferente-hoje>.
<http://www.captaprojetos.com.br/artigos/ResenhaFDsite.pdf>.

DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo. Transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro:


Elselvier, 2008. 3ª edição revista e atualizada.

ROSA, C. A. Como elaborar um plano de negócio. Rio de Janeiro: Sebrae, 2007.

DOLABELA, F. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

25
Anotações
Anotações
FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

EMPREENDEDORISMO
EMPREENDEDORISMO
Érica Dias de Paula Santana e Ximena Novais de Morais
Os textos que compõem estes cursos, não podem ser reproduzidos sem autorização dos editores
© Copyright by 2012 - Editora IFPR

IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ


Reitor
Prof. Irineu Mario Colombo

Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação


Silvestre Labiak Junior

Organização
Marcos José Barros
Cristiane Ribeiro da Silva

Projeto Gráfico e Diagramação


Leonardo Bettinelli
Introdução

Certamente você já ouviu falar sobre empreendedorismo, mas será que você sabe
exatamente o que significa essa palavra, será que você possui as características necessárias
para tornar-se um empreendedor? Esse material busca responder essas e outras perguntas a
respeito desse tema que pode fazer a diferença na sua vida!
No dia 29 de dezembro de 2008 foi promulgada a Lei nº 11.892 que cria a Rede Federal de
Ciência e Tecnologia. Uma das instituições que compõe essa rede é o Instituto Federal do
Paraná, criado a partir da escola técnica da Universidade Federal do Paraná. Você deve estar
se perguntando “O que isso tem a ver com o empreendedorismo?”, não é mesmo? Pois tem
uma relação intrínseca: uma das finalidades desses instituições federais de ensino é estimular o
empreendedorismo e o cooperativismo.
E como o IFPR vai estimular o empreendedorismo e o cooperativismo? Entendemos que a
promoção e o incentivo ao empreendedorismo deve ser tratado com dinamismo e versatilidade,
ou seja, esse é um trabalho que não pode estagnar nunca. Uma das nossas ações, por
exemplo, é a inserção da disciplina de empreendedorismo no currículo dos cursos técnicos
integrados e subsequentes, onde os alunos tem a oportunidade de aprender conceitos básicos
sobre empreendedorismo e os primeiros passos necessários para dar início a um
empreendimento na área pessoal, social ou no mercado privado.
Neste material, que servirá como apoio para a disciplina de empreendedorismo e para
cursos ministrados pelo IFPR por programas federais foi desenvolvida de forma didática e
divertida. Aqui vamos acompanhar a vida da família Bonfim, uma família como qualquer outra
que já conhecemos! Apesar de ser composta por pessoas com características muito diversas
entre si, os membros dessa família possuem algo em comum: todos estão prestes a iniciar um
empreendimento diferente em suas vidas. Vamos acompanhar suas dúvidas, dificuldades e
anseios na estruturação de seus projetos e através deles buscaremos salientar questões
bastante comuns relacionadas ao tema de empreendedorismo.
As dúvidas desta família podem ser suas dúvidas também, temos certeza que você vai se
identificar com algum integrante! Embarque nessa conosco, vamos conhecer um pouco mais
sobre a família Bonfim e sobre empreendedorismo, tema esse cada vez mais presente na vida
dos brasileiros!

Anotações
Sumário

HISTÓRIA DO EMPREENDEDORISMO..........................................................................................................7
TRAÇANDO O PERFIL EMPREENDEDOR.....................................................................................................8
PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES ...............................................................................12
ANÁLISE DE MERCADO ...............................................................................................................................14
PLANO DE MARKETING ...............................................................................................................................15
PLANO OPERACIONAL ................................................................................................................................17
PLANO FINANCEIRO ....................................................................................................................................18
EMPREENDEDORISMO SOCIAL OU COMUNITÁRIO .................................................................................21
INTRAEMPREENDEDORISMO ....................................................................................................................23
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................25
Anotações
HISTÓRIA DO EMPREENDEDORISMO

Antes de apresentá-los a família Bonfim, vamos conhecer um pouco da história do


empreendedorismo?

Você deve conhecer uma pessoa extremamente determinada, que depois de enfrentar
muitas dificuldades conseguiu alcançar um objetivo. Quando estudamos a história do Brasil e
do mundo frequentemente nos deparamos com histórias de superação humana e tecnológica.
Pessoas empreendedoras sempre existiram, mas não eram definidas com esse termo.
Os primeiros registros da utilização da palavra empreendedor datam dos séculos XVII e
XVIII. O termo era utilizado para definir pessoas que tinham como característica a ousadia e a
capacidade de realizar movimentos financeiros com o propósito de estimular o crescimento
econômico por intermédio de atitudes criativas.
Joseph Schumpeter, um dos economistas mais importantes do século XX, define o
empreendedor como uma pessoas versátil, que possui as habilidades técnicas para produzir e
a capacidade de capitalizar ao reunir recursos financeiros, organizar operações internas e
realizar vendas.
É notável que o desenvolvimento econômico e social de uma país se dá através de
empreendedores. São os empreendedores os indivíduos capazes de identificar e criar oportuni-
dades e transformar ideias criativas em negócios lucrativos e soluções e projetos inovadores
para questões sociais e comunitárias.
O movimento empreendedor começou a ganhar força no Brasil durante a abertura de
mercado que transcorreu na década de 90. A importação de uma variedade cada vez maior de
produtos provocou uma significativa mudança na economia e as empresas brasileiras precisa-
ram se reestruturar para manterem-se competitivas. Com uma série de reformas do Estado, a
expansão das empresas brasileiras se acelerou, acarretando o surgimento de novos empreen-
dimentos e trazendo luz à questão da formação do empreendedor.íngua e linguagem e sua
importância na leitura e produção de textos do nosso cotidiano.

Perfil dos integrantes da família Bonfim

Felisberto Bonfim: O pai da família, tem 40 anos de idade. Trabalha há 20 anos na mesma
empresa, mas sempre teve vontade de investir em algo próprio.
Pedro Bonfim: O filho mais novo tem 15 anos e faz o curso de técnico em informática no IFPR.
Altamente integrado às novas tecnologias, não consegue imaginar uma vida desconectada.
Clara Bonfim: A primogênita da família tem 18 anos e desde os 14 trabalha em uma ONG de

7
Unidade 1
seu bairro que trabalha com crianças em risco social. Determinada, não acredita em projetos
impossíveis.
Serena Bonfim: Casada desde os 19 anos, dedicou seus últimos anos aos cuidados da casa e
da família. Hoje com 38 anos e com os filhos já crescidos, ela quer resgatar antigos sonhos que
ficaram adormecidos, como fazer uma faculdade.
Benvinda Bonfim: A vovó da família tem 60 anos de idade e é famosa por cozinhar muito bem e
por sua hospitalidade.

Todos moram juntos em uma cidade na região metropolitana de Curitiba.

TRAÇANDO O PERFIL EMPREENDEDOR

Muitas pessoas acreditam que é


preciso nascer com características
específicas para ser um empreen-
dedor, mas isso não é verdade,
essas características podem ser
estimuladas e desenvolvidas.
O sr. Felisberto Bonfim é uma
pessoa dedicada ao trabalho e a
família e que embora esteja satis-
feito com a vida que leva nunca
deixou para trás o sonho de abrir o próprio negócio. Há 20 anos atuando em uma única empre-
sa, há quem considere não haver mais tempo para dar um novo rumo à vida. Ele não pensa
assim, ele acredita que é possível sim começar algo novo, ainda que tenha receio de não possu-
ir as características necessárias para empreender. Você concorda com ele, você acha que
ainda há tempo para ele começar?
Responda as questões abaixo. Elas servirão como um instrumento de autoanálise e a
partir das questões procure notar se você tem refletido sobre seus projetos de vida. Se sim, eles
estão bem delineados? O que você considera que está faltando para alcançar seus objetivos?
Preste atenção nas suas respostas e procure também identificar quais características pessoais
você possui que podem ser utilizadas para seu projeto empreendedor e quais delas podem ser
aprimoradas:

a) Como você se imagina daqui há 10 anos?


_______________________________________________________________________

8
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_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
b) Em que condições você gostaria de estar daqui há 10 anos?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
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_______________________________________________________________________
c) Quais pontos fortes você acredita que tem?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
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_______________________________________________________________________
d) Quais pontos fortes seus amigos e familiares afirmam que você tem? Você concorda com
eles?
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_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
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e) Para você, quais seus pontos precisam ser melhor trabalhados
_______________________________________________________________________
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f) Na sua opinião, você poderia fazer algo para melhorar ainda mais seus pontos fortes? Como?
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9
g) Você acha que está tomando as atitudes necessárias para atingir seus objetivos?
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h) O que você acha imprescindível para ter sucesso nos seus objetivos?
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_______________________________________________________________________
A ousadia é uma característica extremamente importante para quem pretende iniciar
um projeto empreendedor - é necessário estar disposto a correr riscos e buscar novas alternati-
vas, mesmo se outras pessoas disserem que não vai dar certo (o que provavelmente sempre
ocorrerá em algum momento da trajetória). Isso nos leva a uma outra característica muito
importante para um empreendedor, ele precisa ser positivo e confiante, ou seja, precisa acredi-
tar em si e não se deixar abalar pelos comentários negativos. Um empreendedor precisa ser
criativo e inovador, precisa estar antenado ao que está acontecendo no mundo e estar atento às
necessidades do mercado e da comunidade, precisa ser organizado e manter o foco dos seus
objetivos.
Você já ouviu falar do pipoqueiro Valdir? Valdir Novaki tem 41 e nasceu em São Mateus
do Sul-PR, é casado e tem 1 filho. Durante a adolescência trabalhou como boia fria. Mora em
Curitiba desde 98 e durante muito tempo trabalhou com atendimento ao público em lanchonete
e bancas de jornal. Parece uma história corriqueira, mas o que Valdir tem de tão especial? Valdir
conquistou a oportunidade de vender pipoca em carrinho no centro da cidade de Curitiba, mas
decidiu que não seria um pipoqueiro qualquer, queria ser o melhor. Em seu carrinho ele mantem
uma série de atitudes que o diferenciam dos demais. Além de ser é extremamente cuidadoso
com a higiene do carrinho, Valdir preocupa-se com a higiene do cliente também, oferecendo
álcool gel 70% para que o cliente higienize suas mão antes de comer a pipoca e junto com a
pipoca entrega um kit higiene contendo um palito de dentes, uma bala e um guardanapo. Ele
também possui um cartão fidelidade, onde o cliente depois de comprar cinco pipocas no carri-
nho ganha outro de graça. Pequenas atitudes destacaram esse pipoqueiro e hoje, além de
possuir uma clientela fiel, faz uma série de palestras por todo o país, sendo reconhecido como
um empreendedor de sucesso. A simpatia com que atende a seus clientes faz toda a diferença,
as pessoas gostam de receber um tratamento especial.

10
Conheça mais sobre o pipoqueiro Valdir em:

<http://www.youtube.com/watch?v=vsAJHv11GLc>.

Há quem julgue que o papel que ocupam profissionalmente é muito insignificante, mas
não é verdade, basta criatividade e vontade de fazer o melhor. Toda atividade tem sua importân-
cia! Falando em criatividade, vamos estimulá-la um pouco?

1)Já pensou em procurar novas utilidades para os objetos do dia a dia? Como assim? Pense
em algum material que você utiliza em seu trabalho ou em casa e em como você poderia
utilizá-lo para outra finalidade diferente da sua original. Lembre-se que nem sempre dispo-
mos de todos os instrumentos necessários para realizar uma determinada atividade. Nesses
momentos precisamos fazer da criatividade nossa maior aliada para realizar as adaptações
necessárias para alcançar o êxito em nossas ações!
2)Agora vamos fazer ao contrário, pense em uma atividade do seu dia que você não gosta ou
tem dificuldade de fazer. Pensou? Então imagine uma alternativa para torná-la fácil e rápida,
pode ser mesmo uma nova invenção!

E aí? Viu como a imaginação pode ser estimulada? Habitue-se a fazer as mesmas
coisas de formas diferentes: fazer novos caminhos para chegar ao mesmo lugar, conversar com
pessoas diferentes e dar um novo tom a sua rotina são formas de estimular o cérebro a encon-
trar soluções criativas. Como vimos, a inovação e a criatividade é extremamente importante
para um empreendedor, por isso nunca deixe de estimular seu cérebro! Leia bastante, faça
pesquisas na área que você pretende investir e procure enxergar o mundo ao redor com um
olhar diferenciado!
Refletindo muito sobre a possibilidade de abrir seu próprio negócio, o pai da família
procurou em primeiro lugar realizar uma autoanálise. Consciente de seus pontos fortes e fracos,
ele agora se sente mais seguro para dar o próximo passo: planeja. Antes de tomar alguma
decisão importante em sua vida, siga o exemplo do sr. Felisberto!

11
PLANEJANDO E IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES

Planejar é palavra de ordem em


todos os aspectos de nossa vida,
você concorda? Quando quere-
mos fazer uma viagem, comprar
uma casa ou um carro, se não
realizarmos um planejamento
adequado certamente corremos o
risco de perder tempo e dinheiro
ou, ainda pior, sequer poderemos
alcançar nosso objetivo.
Para começar um empreendimento não é diferente, é necessário definir claramente
nossos objetivos e traçar os passos necessários para alcançá-los. Para operacionalizar a etapa
de planejamento, o Plano de Negócios é uma ferramenta obrigatória.
O plano de negócios caracteriza-se como uma ferramenta empresarial que objetiva
averiguar a viabilidade de implantação de uma nova empresa. Depois de pronto, o empreende-
dor será capaz de dimensionar a viabilidade ou não do investimento. O plano de negócios é
instrumento fundamental para quem tem intenção de começar um novo empreendimento, é ele
que vai conter todas as informações importantes relativas a todos os aspectos do empreendi-
mento.
Vamos acompanhar mais detalhadamente os fatores que compõem um Plano de
Negócios.

Elaboração de um Plano de Negócio

1. Sumário executivo

É um resumo contendo os pontos mais importantes do Plano de Negócio, não deve ser
extenso e muito embora apareça como primeiro item do Plano ele deve ser escrito por último.
Nele você deve colocar informações como:

Definição do negócio

O que é o negócio, seus principais produtos e serviços, público-alvo, previsão de


faturamento, localização da empresa e outros aspectos que achar importante para garantir a

12
viabilidade do negócio.

Dados do empreendedor e do empreendimento

Aqui você deve colocar seus dados pessoais e de sua empresa tal como nome, endere-
ço, contatos. Também deverá constar sua experiência profissional e suas características
pessoais, permitindo que quem leia seu Plano de Negócios, como um gerente de banco para o
qual você pediu empréstimo, por exemplo, possa avaliar se você terá condições de encaminhar
seu negócio de maneira eficiente.

Missão da empresa

A missão deve ser definida em uma ou no máximo duas frases e deve definir o papel
desempenhado pela sua empresa.

Setor em que a empresa atuará

Você deverá definir em qual setor de produção sua empresa atuará: indústria, comér-
cio, prestação de serviços, agroindústria etc..

Forma Jurídica

Você deve explicitar a forma como sua empresa irá se constituir formalmente. Uma
microempresa, por exemplo, é uma forma jurídica diversa de uma empresa de pequeno porte.

Enquadramento tributário

É necessário realizar um estudo para descobrir qual a melhor opção para o recolhimen-
to dos impostos nos âmbitos Municipal, Estadual e Federal.

Capital Social

O capital social é constituído pelos recursos (financeiros, materiais e imateriais) dispo-


nibilizados pelos sócios para constituição da empresa. É importante também descrever qual a
fonte de recursos

13
DICA: Tenha muito cuidado na hora de escolher seus sócios, é essencial que eles tenham os
mesmos objetivos e a mesma disponibilidade que você para se dedicar ao negócio, se vocês
não estiverem bastante afinados há um risco muito grande de enfrentarem sérios problemas
na consecução do empreendimento.

Diferencial: saliente o diferencial do seu produto ou serviço, ou seja, por qual razão os
consumidores irão escolher você ao invés de outro produto ou serviço.

ANÁLISE DE MERCADO

Clientes

Esse aspecto do seu Plano de Negócio é extremamente importantes, afinal é nele que
será definindo quais são os seus clientes e como eles serão atraídos. Comece identificando-os:

 Quem são?
 Idade?
 Homens, mulheres, famílias, crianças?
 Nível de instrução?

Ou ainda, se forem pessoas jurídicas:

 Em que ramo atuam?


 Porte?
 Há quanto tempo atuam no mercado?

É importante que você identifique os hábitos, preferências e necessidades de seus


clientes a fim de estar pronto para atendê-los plenamente e para que eles possam tê-lo como
primeira opção na hora de procurar o produto/serviço que você oferece. Faça um levantamento
sobre quais aspectos seus possíveis clientes valorizam na hora de escolher um produ-
to/serviço, isso vai ser importante para você fazer as escolhas corretas no âmbito do seu empre-
endimento. Saber onde eles estão também é importante, estar próximo a seus clientes vai
facilitar muitos aspectos.

14
Concorrentes

Conhecer seus concorrentes, isto é, as empresas que atuam no mesmo ramo que a
sua, é muito importante porque vai te oferecer uma perspectiva mais ampla e realista de como
encaminhar seu negócio. Analisar o atendimento, a qualidade dos materiais utilizados, as
facilidades de pagamento e garantias oferecidas, irão ajudá-lo a responder algumas perguntas
importantes: Você tem condições de competir com tudo o que é oferecido pelos seus concorren-
tes? Qual vai ser o seu diferencial? As pessoas deixariam de ir comprar em outros lugares para
comprar no seu estabelecimento? Por quê? Em caso negativo, por que não?
Mas não esqueça de um aspecto muito importante: seus concorrentes devem ser visto
como fator favorável, afinal eles servirão como parâmetro para sua atividade e podem até
mesmo tornar-se parceiros na busca da melhoria da qualidade dos serviços e produtos oferta-
dos.

Fornecedores

Liste todos os insumos que você utilizará em seu negócio e busque fornecedores. Para
cada tipo de produto, pesquise pelo menos três empresas diferentes. Faça pesquisas na inter-
net, telefonemas e, se possível, visite pessoalmente seus fornecedores. Certifique-se de que
cada fornecedor será capaz de fornecer o material na quantidade e no prazo que você precisa,
analise as formas de pagamento e veja se elas serão interessantes para você. Mesmo após a
escolha um fornecedor é importante ter uma segunda opção, um fornecedor com o qual você
manterá contato e comprará ocasionalmente, pois no caso de acontecer algum problema com
seu principal fornecedor, você poderá contar com uma segunda alternativa. Lembre-se, seus
fornecedores também são seus parceiros, manter uma relação de confiança e respeito com
eles é muito importante. Evite intermediários sempre que possível, o ideal é comprar direto do
produtor ou da indústria, isso facilita, acelera e barateia o processo.

PLANO DE MARKETING

Descrição

Aqui você deve descrever seus produto/serviço. Especifique tamanhos, cores, sabo-
res, embalagens, marcas entre outros pontos relevantes. Faça uma apresentação de seu
produto/serviço de maneira que possa se tornar atraente ao seu cliente. Verifique se há exigên-
cias oficiais a serem atendidas para fornecimento do seu produto/serviço e certifique-se que

15
segue todas as orientações corretamente.

Preço

Para determinar o preço do seu produto/serviço você precisa considerar o custo TOTAL
para produzi-lo e ainda o seu lucro. É preciso saber quanto o cliente está disposto a pagar pelo
seu produto/serviço verificando quanto ele está pagando em outros lugares e se ele estaria
disposto a pagar a mais pelo seu diferencial.

Divulgação

É essencial que você seja conhecido, que seus clientes em potencial saibam onde você
está e o que está fazendo, por isso invista em mídias de divulgação. Considere catálogos,
panfletos, feiras, revistas especializadas, internet (muito importante) e propagandas em rádio e
TV, analise e veja qual veículo melhor se encaixa na sua necessidade e nos seus recursos
financeiros.

Estrutura de comercialização

Como seus produtos chegarão até seus clientes? Qual a forma de envio? Não se
esqueça de indicar os canais de distribuição e alcance dos seus produtos/serviços. Você pode
considerar representantes, vendedores internos ou externos, por exemplo. Independente de
sua escolha esteja bastante consciente dos aspectos trabalhistas envolvidos. Utilizar instru-
mentos como o telemarketing e vendas pela internet também devem ser considerados e podem
se mostrar bastante eficientes.

Localização

A localização do seu negócio está diretamente ligada ao ramo de atividades escolhido


para atuar. O local deve ser de fácil acesso aos seus clientes caso a visita deles no local seja
necessária. É importante saber se o local permite o seu ramo de atividade. Considere todos os
aspectos das instalações, se é de fácil acesso e se trará algum tipo de impeditivo para o desen-
volvimento da sua atividade.
Caso já possua um local disponível, verifique se a atividade escolhida é adequada para
ele, não corra o risco de iniciar um negócio em um local inapropriado apenas porque ele está
disponível. Se for alugar o espaço, certifique-se de é possível desenvolver sua atividade nesse

16
local e fique atento a todas as cláusulas do contrato de aluguel.

PLANO OPERACIONAL

Layout

A distribuição dos setores da sua empresa de formas organizada e inteligente vai


permitir que você tenha maior rentabilidade e menor desperdício. A disposição dos elementos
vai depender do tamanho de seu empreendimento e do ramo de atividade exercido. Caso seja
necessário você pode contratar um especialista para ajudá-lo nessa tarefa, mas se não for
possível, por conta própria procure esquematizar a melhor maneira de dispor os elementos
dentro de sua empresa. Pesquise se o seu ramo e atividade exige regulamentações oficiais
sobre layout, preocupe-se com segurança e com a acessibilidade a portadores de deficiência.

Capacidade Produtiva

É importante estimar qual é sua capacidade de produção para não correr o risco de
assumir compromissos que não possa cumprir - lembre-se que é necessário estabelecer uma
relação de confiança entre você e seu cliente. Quando decidir aumentar a capacidade de produ-
ção tenha certeza que isso não afetará a qualidade do seu produto/serviço.

Processos Operacionais

Registre detalhadamente todas as etapas de produção desde a chegada do pedido do


cliente até a entrega do produto/serviço. É importante saber o que é necessário em cada uma
delas, quem será o responsável e qual a etapa seguinte.

Necessidade de Pessoal

Faça uma projeção do pessoal necessário para execução do seu trabalho, quais serão
as formas de contratação e os aspectos trabalhistas envolvidos. É importante estar atento à
qualificação dos profissionais, por isso verifique se será necessário investir em cursos de
capacitação.

17
PLANO FINANCEIRO

Investimento total

Aqui você determinará o valor total de recurso a ser investido. O investimento total será
formado pelos investimentos fixos, Capital de giro e Investimentos pré-operacionais.
Agora que você tem uma noção básica de como compor um plano de negócios acesse
a página <http://www.planodenegocios.com.br/www/index.php/plano-de-negocios/outros-
exemplos> e encontre mais informações sobre como elaborar o planejamento financeiro de seu
Plano de Negócio, além de outras informações importantes. Lá você encontrará exemplos de
todas as etapas de um Plano de Negócio.
Faça pesquisas em outros endereços eletrônicos e se preciso, busque o apoio de
consultorias especializadas. O sucesso do seu projeto irá depender do seu empenho em buscar
novos conhecimentos e das parcerias conquistadas para desenvolvê-lo.
Pesquise também por fontes de financiamento em instituições financeiras, buscando
sempre a alternativa que melhor se adequará as suas necessidades. Não tenha pressa, estude
bastante antes de concluir seu plano de negócio. É importante conhecer todos os aspectos do
ramo de atividade que você escolher, valorize sua experiência e suas características pessoais
positivas. Lembre-se que o retorno pode demorar algum tempo, certifique-se que você terá
condições de manter o negócio até que ele dê o retorno planejado. Separe despesas pessoais
de despesas da empresa. Busque sempre estar atualizado, participe de grupos e feiras correla-
tas à sua área de atuação.

Planejar para clarear!

Após buscar auxílio especializada e estudar sobre o assunto, o pai concluiu seu plano
de negócios. A partir dele pôde visualizar com clareza que tem em mãos um projeto viável e até
conseguiu uma fonte de financiamento adequada a sua realidade. Com o valor do financiamen-
to investirá na estrutura de seu empreendimento que será lançado em breve.

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

Que bolo maravilhoso! Você é uma ótima


anfitriã. Eu quero a receita desse quindim! A Eu? Não, imagine, eu não
senhora já pensou em vender seus quitutes? tenho capacidade para isso!

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Será mesmo que a dona Benvinda não tem capacidade para empreender?

Vamos analisar a situação: a vovó é muito conhecida no seu bairro e é admirada pela sua
simpatia. Seus quitutes são conhecidos por todos e não é a primeira vez que alguém sugere que
ela comece a vendê-los. À primeira vista, o cenário parece ser favorável para que ela inicie seu
empreendimento: ela tem uma provável clientela interessada e que confia e anseia por seus
serviços.

Ao conversar com a família, é incentivada por todos. Com a ajuda dos seus netos, a
vovó vai atrás de informações e descobre que se enquadra nos requisitos para ser registrada
como microempreendedora individual.

Você conhece os requisitos para se tornar um microempreendedor individual?

A Lei Complementar 128/2008 criou a figura do Microempreendedor Individual – MEI,


com vigência a partir de 01.07.2009. É uma possibilidade de profissionais que atuam por conta
própria terem seu trabalho legalizado e passem a atuar como pequenos empresários.
Para se enquadrar como microempreendedor individual, o valor de faturamento anual
do empreendimento deve ser de até 60 mil reais. Não é permitida a inscrição como MEI de
pessoa que possua participação como sócio ou titular de alguma empresa.
O MEI possui algumas condições específicas que favorecem a sua legalização. A
formalização pode ser feita de forma gratuita no próprio Portal do Empreendedor. O cadastro
como MEI possibilita a obtenção imediata do CNPJ e do número de inscrição na Junta
Comercial, sem a necessidade de encaminhar quaisquer documentos previamente. Algumas
empresas de contabilidade optantes pelo Simples Nacional estão habilitadas a realizar também
a formalização.

Custos

Há alguns custos após a formalização. O pagamento dos custos especificados abaixo é


feito através do Documento de Arrecadação do Simples Nacional, que pode ser gerado online :

 5% de salário mínimo vigente para a Previdência.


 Se a atividade for comércio ou indústria, R$ 1,00 fixo por mês para o Estado.
 Se a atividade for prestação de serviços, R$ 5,00 fixos por mês para o Município.

19
Exemplo de atividades reconhecidas para o registro como MEI:

A dona Benvinda se registrou como doceira. São diversas as atividades profissionais


aceitas para o registro como microempreendedor individual. Algumas delas são: Artesão,
azulejista, cabeleireiro, jardineiro, motoboy. Para conhecer todas as atividades, acesse o site
<http://www.portaldoempreendedor.gov.br >.

Todos podem empreender!

Hoje a vovó está registrada como microempreendedora individual e aos poucos sua
clientela está crescendo. Recentemente ela fez um curso para novos empreendedores e já está
com planos de expandir seus serviços nos próximos meses, talvez ela precise até mesmo
contratar um ajudante para poder dar conta das encomendas que não param de aumentar.

O microempreendedor individual tem direito a ter um funcionário que receba exclusivamente


um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional a qual pertença.

Atividade Formativa

 Acesse o conteúdo sobre microempreendedor individual no Portal do Empreendedor e


discuta com seus colegas sobre o tema.
 Pense em alguém que exerça uma atividade profissional informalmente. Quais vantagens
você apontaria para convencer essa pessoa a realizar seu cadastro como
Microempreendedor Individual?
 Pesquise sobre linhas de crédito e incentivo específicas para microempreendedores
individuais no Brasil.
er
d
een
pr
Em

Muitas pessoas acreditam que características empreendedoras já vem de berço: ou se


nasce com elas ou não há nada a ser feito. Pois saiba que é possível através de uma educação
voltada para o empreendedorismo desenvolver características necessárias para o início de um
empreendimento. Esse empreendimento não precisa ser necessariamente um negócio com

20
fins lucrativos, pode ser um um objetivo pessoal, um sonho em qualquer área da sua vida.
A pedagogia empreendedora de Fernando Dolabela afirma que a educação tradicional
a qual somos submetidos nos reprime e faz com que percamos características importantes no
decorrer de nossa trajetória, levando muitas pessoas a crer que não são capazes de empreen-
der. Sua proposta de educação busca romper com esse pensamento e inserir no sistema
educacional aspectos que priorizem a criatividade e a autoconfiança para que quando estas
crianças atingirem a idade adulta possam enxergar a possibilidade de abrir um negócio como
uma alternativa viável.
Não podemos esquecer que é empreendedor, em qualquer área, alguém que tenha
sonhos e busque de alguma forma transformar seu sonho em realidade. O sonho pode ser abrir
um negócio, fazer um curso, aprender uma língua ou mudar a realidade social em que vive. É
inegável que para realizar qualquer um desse itens é essencial estar comprometido com o
trabalho, ser ousado e estar disposto a enfrentar desafios.
O empreendedorismo pode ser aprendido e está relacionado mais a fatores culturais do
que pessoais e consiste em ser capaz de cultivar e manter uma postura e atitudes empreende-
doras.
O Pedro está tendo seu primeiro contato com o empreendedorismo na sala de aula e
eles e seus amigos já estão cheio de ideias. Eles planejam usar os conhecimentos adquiridos
na disciplina e escrever um projeto para dar início a uma empresa júnior na área de informática.

Inspire-se

Certamente você já deve ter ouvido falar da Cacau Show, mas você conhece a história
dessa marca? Você sabia que ela nasceu do sonho de um rapaz que vendia chocolates de porta
em porta em um fusca? Não? Então leia mais em:

<http://www.endeavor.org.br/endeavor_tv/start-up/day1/aprendendo-a-ser-
empreendedor/empreendedorismo-em-todos-os-sentidos> e inspire-se!

EMPREENDEDORISMO SOCIAL OU COMUNITÁRIO

Que belo trabalho! Moro em outra cidade e gostaria de levar um projeto parecido para lá!
Educação empreendedora

O empreendedor é
aquele que tem como objetivo
maior o lucro financeiro a partir

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de um empreendimento, correto? Não necessariamente! O objetivo maior do empreendedor
social ou comunitário pode ser desde o desenvolvimento social de uma comunidade inteira à
luta pela preservação de uma reserva ambiental.
Vejamos o exemplo da Clara. Desde a sua adolescência ela atua em uma organização
não-governamental que lida com crianças carentes, dando ênfase na emancipação social
dessas crianças através da arte, de esportes e da educação. O projeto, que começou com uma
pequena dimensão, hoje atende não apenas seu bairro, como três outros próximos. É impor-
tante lembrar que o sucesso do projeto dependeu de sujeitos empreendedores, que se compro-
meteram com a causa e, com criatividade e competência foram capazes de expandir o projeto.
Agora com o apoio da Clara e com o espírito empreendedor de mais um grupo, uma nova cidade
será atendida pelo projeto e novas crianças serão beneficiadas!

Vamos conhecer mais sobre empreendimentos sociais e comunitários?

Empreendedorismo Social

O empreendedorismo social ultrapassa a noção de mera filantropia - há espaço aqui


para metas, inovação e planejamento. Muitas organizações não governamentais tem uma
estrutura semelhante a qualquer empresa com fins lucrativos.
A Pastoral da Criança é um exemplo de um empreendimento social de sucesso. Sua
fundadora, a Drª Zilda Arns, aliou sua experiência profissional como médica pediatra e sanitaris-
ta e sua própria sensibilidade para identificar um método simples e eficaz para combater a
mortalidade infantil. Qual foi o ponto inovador do trabalho assumido pela Pastoral da Criança?
Foi confiar às comunidades afetadas pelo problema de mortalidade infantil o papel de multipli-
cadores do saber e de disseminadores da solidariedade.

Empreendedorismo Comunitário

O empreendedorismo comunitário consiste no movimento de organização de grupos e


pessoas com o propósito de alcançar um objetivo comum, fortalecendo uma atividade que, se
realizada individualmente, não seria capaz de alcançar a projeção adequada no mercado. No
Brasil, a economia solidária ascendeu no final do século XX, em reação à exclusão social
sofrida pelos pequenos produtores e prestadores de serviço que não tinham condições de
concorrer com grandes organizações.
Imagine um pequeno produtor de leite em uma região onde atua um grande produtor de
leite. Sozinho, ele não tem condições de concorrer com o grande produtor no mercado ou

22
receber financiamentos para expandir sua produção, por exemplo. Ao se aliar com outros
pequenos produtores, o negócio adquire uma nova dimensão, onde são favorecidos não ape-
nas os produtores, que agora tem condições de levar seu produto ao mercado com segurança e
em nível de igualdade com o outro produtor, mas também todo o arranjo produtivo daquela
região.
Em 2003 foi criada pelo Governo Federal a Secretaria Nacional de Economia Solidária,
que tem a finalidade de fortalecer e divulgar as ações de economia solidária no país, favorecen-
do a geração de trabalho, renda e inclusão social.

Atividade Formativa

 Dê um exemplo de uma organização não-governamental. Que trabalho essa organização


realiza? Você acredita que os gestores dessa ONG são empreendedores? Por quê?
 Identifique em seu bairro ou cidade uma carência que não foi suprida pelo setor público ou
um trabalho exercido informalmente por algumas pessoas que possa ser fortalecido através
da formação de uma estrutura de cooperativismo. Proponha uma ação que você acredita que
possa transformar a realidade desse grupo.
 Você já ouviu falar em sustentabilidade? Dê um exemplo de uma ação sustentável que você
já adota ou que possa ser adotada no seu dia a dia e como essa ação pode afetar positiva-
mente o meio em que você vive.

INTRAEMPREENDEDORISMO

A srª Serena Bonfim há muito tempo mantém o sonho de fazer uma faculdade. Depois
de tantos anos dedicados à família, ela está certa que está na hora de investir mais em si mes-
ma. Além disso, com seu marido prestes a abrir uma empresa, ela está disposta a usar os
conhecimentos adquiridos na graduação para trabalhar diretamente no novo empreendimento
e contribuir com seu desenvolvimento.
Você pode estar pensando: “ E se eu não quiser abrir um negócio, e se eu não quiser ser

23
um empresário?”. Abrir uma empresa é apenas uma alternativa, caso você não tenha intenção
de ter seu próprio negócio você ainda pode ser um empreendedor.
O intraempreendedorismo é quando o empreendedorismo acontece no interior de uma
organização, é quando alguém mesmo não sendo dono ou sócio do negócio mantém uma
postura empreendedora dando sugestões e tendo atitudes que ajudam a empresa a encontrar
soluções inteligentes. Intra empreendedores são profissionais que possuem uma capacidade
diferenciada de analisar cenários, criar ideias, inovar e buscar novas oportunidades para as
empresas e assim ajudam a movimentar a criação de ideias dentro das organizações, mesmo
que de maneira indireta. São profissionais dispostos a se desenvolver em prol da qualidade do
seu trabalho.
A cada dia as empresa preocupam-se mais em contratar colaboradores dispostos a
oferecer um diferencial, pessoas dedicadas que realmente estejam comprometidas com o bom
andamento da empresa. Esse comportamento não traz vantagens somente para a empresa,
mas os funcionários também se beneficiam, na participação dos lucros, por exemplo, vanta-
gens adicionais que as empresas oferecem a fim de manter o funcionário e, principalmente, na
perspectiva de construção de uma carreira sólida e produtiva.
A capacitação contínua, o desenvolvimento da criatividade e da ousadia são caracterís-
ticas presentes na vida de um intraempreendedor.

 Vamos analisar se você tem características de um intraempreendedor?


 Você gosta do seu trabalho e do ambiente em que trabalha?
 Você está sempre atento às novas ideias?
 Você gosta de correr riscos e ousar novas ideias?
 Você procura soluções em locais incomuns?
 Você é persistente e dedicado?
 Você mantém ações proativas?
 Você busca fazer novas capacitações regularmente?

Caso você não tenha ficado suficientemente satisfeito com as respostas a estas per-
guntas, utilize o espaço abaixo para listar atitudes que podem ajudá-lo a ser um funcionário
intraempreendedor.

O que fazer? Como fazer? Quando fazer?

24
Conclusão

Muitos acreditam que para ser empreendedor é necessário possuir um tipo de vocação
que se manifesta somente para alguns predestinados, mas ao acompanhar a trajetória da
família Bonfim, podemos notar que o sonho de empreender está ao alcance de todos nós. Como
qualquer sonho, esse também exige planejamento e dedicação para que seja concretizado com
sucesso.
Agora que você aprendeu os princípios básicos do empreendedorismo, que tal fazer
como os membros da família Bonfim e investir nos seus sonhos?

REFERÊNCIAS

<http://www.portaldoempreendedor.gov.br>.
<http://www.mte.gov.br/ecosolidaria/sies.asp>.
<http://www.pastoraldacrianca.org.br>.
<http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/pdf/cog/v14n1/v14n1a05.pdf>.
<http://www.sobreadministracao.com/intraempreendedorismo-guia-completo>.
<http://www.hsm.com.br/editorias/inovacao/intraempreendedorismo-voce-ja-fez-algo-diferente-hoje>.
<http://www.captaprojetos.com.br/artigos/ResenhaFDsite.pdf>.

DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo. Transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro:


Elselvier, 2008. 3ª edição revista e atualizada.

ROSA, C. A. Como elaborar um plano de negócio. Rio de Janeiro: Sebrae, 2007.

DOLABELA, F. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

25
Anotações
Anotações
FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

PLANO DE AÇÃO PROFISSIONAL


Os textos que compõem estes cursos, não podem ser reproduzidos sem autorização dos editores
© Copyright by 2012 - Editora IFPR

IFPR - INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ

Reitor
Irineu Mario Colombo
Pró-Reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação
Silvestre Labiak Junior

Organização
Jeyza da Piedade de Campos Pinheiro
Marcos José Barros

Revisão Ortográfica
Rodrigo Sobrinho

Projeto Gráfico e Diagramação


Leonardo Bettinelli
3
Caro (a) estudante,

O Plano de Ação Individual – PAI será elaborado por você durante sua qualificação profissional nos cursos FIC (Formação Inicial e
Continuada) do PRONATEC – IFPR. O destino desta viagem é apresentado por meio de um roteiro que o ajudará a lembrar e a organizar
informações sobre suas experiências de trabalho e de seus familiares e a planejar a continuidade de seus estudos, incluindo sua formação
escolar e seus planos profissionais.
O PAI é um instrumento que integra os conteúdos dos cursos FIC, devendo ser alimentado com suas ideias, pesquisas,
experiências de trabalho e escolhas pessoais, com o objetivo de orientar e organizar sua trajetória acadêmica.
No decorrer do curso você desenvolverá atividades coletivas e individuais com a orientação do professor em sala de aula, e fará o
registro destas informações, resultados de pesquisas e reflexões do seu cotidiano de forma sistematizada nas fichas que compõem o Plano.
Toda a equipe pedagógica e administrativa contribuirá com você, orientando-o e ajudando-o a sistematizar estes dados. O preenchimento
deste instrumento por você, será um referencial na sua formação e na construção do seu conhecimento, no processo de ensino-
aprendizagem.

Bom estudo!
Anotações

5
Anotações
7
Sumário
Ficha 1: Iniciando minha viagem pelo Curso de Formação Inicial e continuada – FIC (IFPR/PRONATEC) .........................................10
Ficha 2: Quem sou? ..............................................................................................................................................................................11
Ficha 3: O que eu já sei? .......................................................................................................................................................................12
Ficha 4: Minha trajetória profissional......................................................................................................................................................13
Ficha 5: O que ficou desta etapa do curso?...........................................................................................................................................14
Ficha 6: Resgate histórico da vida profissional da minha família...........................................................................................................15
Ficha 7: Comparando as gerações. .......................................................................................................................................................16
Ficha 8: Refletindo sobre minhas escolhas profissionais.......................................................................................................................17
Ficha 9: Pesquisando sobre outras ocupações do Eixo Tecnológico do curso que estou matriculado no IFPR/PRONATEC. .............18
Ficha 10: Pesquisando as oportunidades de trabalho no cenário profissional. .....................................................................................19
Ficha 11: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................20
Ficha 12: Vamos aprender mais sobre associação de classe. ..............................................................................................................21
Ficha 13: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................22
Ficha 14: O que eu quero? ( hoje eu penso que...)................................................................................................................................23
Ficha 15: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................24
Ficha 16: Planejando minha qualificação profissional............................................................................................................................25
Ficha 17: O que ficou desta etapa do curso?.........................................................................................................................................26
Ficha 18: Momento de avaliar como foi o curso ofertado pelo IFPR/PRONATEC.................................................................................27
Referências bibliográficas ...................................................................................................................................................................28
Anotações

9
Ficha 1: Iniciando minha viagem pelo Curso de Formação Inicial e Continuada – FIC (IFPR/PRONATEC).

No quadro abaixo liste o curso de Formação Inicial e Continuada – FIC, em que você está matriculado no IFPR e as possíveis áreas de
atuação. Solicite ajuda ao seu (ua) professor (a) para o preenchimento:

Curso Programa que oferta Eixo tecnológico Demandante Áreas de atuação

O que você espera deste curso FIC? Utilize o espaço abaixo para descrever suas expectativas através de um texto breve.
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
Ficha 2: Quem sou?
1 – Meu perfil
Nome:
_____________________________________________________________________________________________________________
Quem eu sou? (você poderá escrever ou desenhar se preferir. Por exemplo: o que você gosta de fazer, o que gosta de comer, como você se
diverte?)
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________

2 – Documentação (Preencha as informações abaixo e, com a ajuda do (a) Professor (a), descubra a importância destes documentos para
sua vida, enquanto cidadão)
Identidade/Registro Geral ________________________________________________________________________________________
CPF _________________________________________________________________________________________________________
Carteira de trabalho _____________________________________________________________________________________________
PIS/PASEPI/NIT________________________________________________________________________________________________
Titulo de Eleitor ________________________________________________________________________________________________
Outros _______________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________

11
3 – Endereço
Rua/número: __________________________________________________________________________________________________
Bairro/complemento: ____________________________________________________________________________________________
Cidade / UF:___________________________________________________________________________________________________

Ficha 3: O que eu já sei?


1 – Escolaridade

Ensino Fundamental séries iniciais :________________________________________________________( ) incompleto ( ) completo


Ensino Fundamental séries finais _________________________________________________________( ) incompleto ( ) completo
Ensino Médio: _________________________________________________________________________( ) incompleto ( ) completo
Graduação: ___________________________________________________________________________( ) incompleto ( ) completo
Especialização ________________________________________________________________________( ) incompleto ( ) completo
Cursos que já fiz (cite no máximo cinco) ____________________________________________________( ) incompleto ( ) completo

2 – Cursos que já fiz (cite no máximo cinco)

Curso Instituição Data do Termino do curso Carga horária


Ficha 4: Minha trajetória profissional.

Nome da Período em que Vínculo de Carga horária Remuneração Como você avalia essas experiências de
ocupação trabalhou trabalho diária trabalho

Exemplo: 01/01/2012 a Sem carteira 8 horas 864,50 Aprendi muitas coisas nas rotinas
Massagista 31/12/2012 administrativas da empresa

1.

2.

3.

13
Ficha 5: O que ficou desta etapa do curso?

QUAIS CONHECIMENTOS IMPORTANTES


QUE VOCÊ ACHA RELEVANTE DESTACAR AQUI NESTA ETAPA DO CURSO
O QUE VOCÊ REALMENTE APRENDEU ATÉ AGORA?
Ficha 6: Resgate histórico da vida profissional da minha família.

Parentesco Onde nasceu Ocupação Onde reside Ocupação atual Função exercida

Exemplo: Pai Campo largo - PR Servente de obras Campo Largo Pedreiro Mestre de obra

Neste fichamento é importante você fazer um resgate histórico da sua família identificando em que trabalharam ou trabalham, as pesso-
as da sua família, comparando a situação inicial e a atual de cada indivíduo, outro ponto, que pode vir a ser analisado são as pessoas
com a mesma faixa de idade.

15
Ficha 7: Comparando as gerações.

Ocupação Tipo de vinculo de trabalho com o empregador: carteira assinada, contrato


determinado, pagamento por tarefa, outros...

Mãe 1. Ocupação inicial:

2.. Ocupação atual:

Pai 1. Ocupação inicial:

2.. Ocupação atual:

Minhas experiências 1. Ocupação inicial:

2.. Ocupação atual:

Você preferir poderá identificar outras pessoas com a mesma faixa etária, conforme o preenchimento da ficha 6.
Ficha 8: Refletindo sobre minhas escolhas profissionais.

Ocupação profissional que você já exerceu Por quê?

1.

2.

3.

Ocupação profissional que você gostaria de exercer Por quê?

1.

2.

3.

Ocupação profissional que você não gostaria de exercer Por quê?

1.

2.

3.

Independente do Eixo Tecnológico e do curso FIC que está cursando, liste 3 ocupações profissionais que você gostaria de exercer e
outras 3 ocupações que não gostaria de exercer.

17
Ficha 9: Pesquisando sobre outras ocupações do Eixo Tecnológico do curso que estou matriculado no IFPR / PRONATEC.
Eixo Tecnológico: _______________________________________________________________________________________________
Curso: ______________________________________________________________________________________Ano letivo:_________

Cursos: Perfil do profissional


(características pessoais, oque faz, onde trabalha, materiais que utiliza)
1

Solicite ao professor que ele consulte o Guia de cursos PRONATEC no site: <http://www.ifpr.edu.br/pronatec/consultas>. Você encontra-
rá as características gerais dos cursos, os setores onde será possível exercer seu conhecimentos, bem como, recursos, materiais
necessários, requisitos e outros....E com a ajuda do professor e orientação, você poderá realizar entrevistas com profissionais da área, e
até visitas técnicas conforme planejamento do professor do curso.
Ficha 10: Pesquisando as oportunidades de trabalho no cenário profissional.

Curso / Onde procurar: Endereço Possibilidades De Remuneração Tipo de contrato


Ocupação empresas, agencias (Comercial/Eletrônico/Telefone) Empregabilidade (Registro em carteira
de emprego, sindicato (Quantas vagas , contrato
e outros disponíveis) temporário)

Exemplo: 1) Empresa: Av. Vereador Toaldo Túlio, nº 47, sala 05 1 540,00 Carteira assinada
Massagista Clinica de Centro - Campo Largo - PR
Massoterapia J&J <http://massoterapiacuritiba.com.br/contato.html>.
2) Posto do Sine Rua Tijucas do Sul, 1 - Bairro: Corcovado 0 - -
Campo Largo - PR - CEP: 81900080 Regional: centro

3) Agencias de RH Rua Saldanha Marinho, 4833 Centro – Campo Largo/PR 2 860,00 Sem registro em
Empregos RH 80410-151 carteria

4) Classificados <http://www.gazetadopovo.com.br>. 0 - -
Jornais

Com a orientação do professor e ajuda dos colegas visite empresas, estabelecimentos comerciais, agências de emprego públicas e
privadas, bem como, outros locais onde você possa procurar trabalho e deixar seu currículo.

19
Ficha 11: O que ficou desta etapa do curso?

QUAIS CONHECIMENTOS IMPORTANTES QUE VOCÊ ACHA RELEVANTE DESTACAR AQUI NESTA ETAPA DO CURSO O QUE
VOCÊ REALMENTE APRENDEU ATÉ AGORA?
Ficha 12: Vamos aprender mais sobre associação de classe.
Sindicato: o que é, o que faz?
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Ocupação / Curso Nome do Sindicato Endereço

1.

2.

3.

4.

Com a orientação do professor em sala de aula, pesquise qual (is) o (s) sindicato (s) que representa (m) a (s) ocupação (ões) que você está
cursando pelo IFPR / PRONATEC.

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Ficha 13: O que ficou desta etapa do curso?

QUAIS CONHECIMENTOS IMPORTANTES QUE VOCÊ ACHA RELEVANTE DESTACAR AQUI NESTA ETAPA DO CURSO O
QUE VOCÊ REALMENTE APRENDEU ATÉ AGORA?
Ficha 14: O que eu quero? Hoje eu penso que...(você poderá escrever, desenhar ou colar gravuras).
Eu quero continuar meus estudos?
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Eu quero trabalhar?
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Eu quero ser?
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Ficha 15: O que ficou desta etapa do curso?

QUAIS CONHECIMENTOS IMPORTANTES QUE VOCÊ ACHA RELEVANTE DESTACAR AQUI NESTA ETAPA DO CURSO O QUE
VOCÊ REALMENTE APRENDEU ATÉ AGORA?
Ficha 16: Planejando minha qualificação profissional.

Ocupação Instituição Duração do Horários Custo do curso


curso ofertados (É gratuito? Se não , quanto vai
custar?)

1.

2.

3.

4.

5.

6.

Com orientação do professor pesquise sobre instituições públicas ou privadas na sua região que oferecem cursos de qualificação em sua
ocupação (ões) ou na (s) área (s) de seu interesse.

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Ficha 17: O que ficou desta etapa do curso?

QUAIS CONHECIMENTOS IMPORTANTES QUE VOCÊ ACHA RELEVANTE DESTACAR AQUI NESTA ETAPA DO CURSO O QUE
VOCÊ REALMENTE APRENDEU ATÉ AGORA?
Ficha 18: Momento de avaliar como foi o curso ofertado pelo IFPR / PRONATEC.

O que você trouxe de bom? O que ficou de bom pra você? E o que podemos melhorar?

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Referências bibliográficas

Guia de Estudo: Unidades Formativas I e II Brasília: Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem Urbano, 2012.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. SãoPaulo: Paz e Terra, 1996.

_____. Pedagogia da tolerância. São Paulo: Editora UNESP, 2004.

PAIN, S. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.

WEISS, M. L. L. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. 8ª ed. Rio de Janeiro: DP&A,
2001.
FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

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