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[Análise] Especial Distopias: Parte I | No Meu Mundo https://nomeumundo.

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yuricosta2013 / 22 de Julho de 2013

Ultimamente, as distopias estão em alta. Ponha a culpa no sucesso de Jogos Vorazes ou


no crescente interesse pelo futuro da humanidade que vem sendo retratado no cinema
desde a década de 90, mas contos de liberdade e filosofia inegavelmente ganharam o
mundo. Mas esta não é uma moda recente; a preocupação com nosso destino como
espécie e para onde nosso planeta está indo vem sendo nutrida por séculos, desde que as
transformações mundiais nos botaram à prova.

Este especial será dividido em quatro partes – até por que estamos tratando não só do

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riquíssimo universo das distopias, como também da ficção científica e da fantasia. As


distopias revolucionaram muitos gêneros ao longo dos últimos dois séculos, e, como tal,
são parte importante da cultura popular.

A ORIGEM

As distopias surgiram como uma corrente contrária às utopias, que são mundos e
doutrinas essencialmente perfeitas e justas para todos. Assim, distopias seriam,
literalmente, um mundo ambientado num futuro ficcional terrível para a maioria, expondo
as falhas de uma sociedade e/ou um governo totalitário.

Mas disso todos já sabemos. A grande questão, pouco usada nas distopias mais recentes,
é o tom satírico e mesmo profético. As distopias são caracterizadas pelo exagero extremo
de situações e ambientações, políticas e sociais – justamente para nos mostrar os
horrores que a vida que temos levado pode causar. Em algumas obras, esse exagero
pode chegar a parecer até mesmo humorístico, até o momento em que consideramos o
quão real ele pode ser. “Admirável Mundo Novo”, que discutiremos abaixo, é um claro
exemplo disso. Pode-se dizer, então, que estas histórias são alegorias políticas para
causar um impacto na sociedade. Características comuns são a questão da moral e dos
valores (que, até onde sabemos, vão sendo perdidos ao passar dos anos, seja na
castidade corporal, na promiscuidade ou nas relações sociais), crítica política e social,
submissão do povo e/ou personagem e pessimismo – afinal, se estamos caminhando em
direção a um mundo de desgraças, dificilmente veremos alguma esperança.

A sociedade distópica raramente é destruída – isto é, transformada em justiça e felicidade.


Em outras palavras, raramente vemos uma distopia se reverter para uma utopia, um
mundo ideal. Raramente vemos um final feliz. Isto acontece justamente para nos mostrar o
quão pequenos somos diante de uma organização corrupta e da conformidade do povo.
Não podemos, sozinhos, derrubar um mundo alienado – afinal, toda a população foi
seduzida pelo discurso do governo/sociedade, e o personagem principal é o único que
teria alguma noção sobre o horror do mundo ao redor. Logo, esse personagem é um
estranho excluído, que, se não for sufocado pelo governo, será pelo próprio povo.

Uma sociedade como esta parece difícil de se imaginar, mas, na verdade, já aconteceu há
muitos anos. E não foram necessárias grandes tecnologias ou um mundo futurista. Afinal,
quem não se lembra do discurso de Hitler, que não só dominou o povo alemão, como
convenceu-os de que a doutrina nazista era correta, era a salvação? Um discurso que
ainda hoje, anos após sua morte, ainda conquista muitas pessoas? Ou Mussolini, na Itália,
que na mesma época instalou um regime fascista com grande apoio popular? Qualquer
individuo que não concordasse com tais políticas seria minoria, seria sufocado. Como tal,
não é de todo impossível que acabemos caindo sob o controle e dominação de poderosos.
Não é impossível que, daqui a pouco anos, acabemos vivendo uma distopia.

AS OBRAS

Jogos Vorazes

“Após o fim da América do


Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada
com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o
resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo

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pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito
são selecionados e obrigados a lutar até a morte! Para evitar que sua irmã seja a mais
nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do
empobrecido distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um
garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama
e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do
que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos
Vorazes?”

É impossível pensar em distopia e não ligar o gênero diretamente a “Jogos Vorazes”. Já


faz algum tempo em que o público tem renovado seu interesse em ficção científica (mais
especificamente, desde a década de 1990, em que inúmeras produções foram feitas, tais
como “O Quinto Elemento”, “Alien V.S. Predador”, entre outros), mas nada foi tão
marcante quanto “Jogos Vorazes”. A trilogia de Suzanne Collins vem desde 2008 atraindo
cada vez mais atenção para obras cada vez mais politizadas e menos glamorosas,
também.

É desnecessário falar sobre o que JV trata. A história da luta por sobrevivência de Katniss
– que só entrou nessa por amor à irmã – conquistou fãs no mundo todo, tanto nos livros
quanto no cinema. O mais interessante é que JV quebra alguns paradigmas da literatura
YA em geral: para começar, os mocinhos não são idealizados, nem bobos. Katniss não é
nenhuma Bella Swan. Ela sabe o que deve fazer, quando deve fazer e quais serão as
consequências. Muitos dizem que ela é egoísta – também, pudera. Veja o mundo onde ela
vive. Não é de se admirar que ela seja fria. Isso é inclusive um dos pontos altos do
segundo livro, “Em Chamas”, por que, neste momento, ela deixa de se preocupar somente
com seus interesses (que se resumem à sua irmã) e passa a se preocupar com Peeta
também – pois ele merece viver. Ele é o homem bom. Ele se sacrificou por ela tantas
vezes, e estaria disposto a se sacrificar novamente.

Isso é apenas um exemplo da força emocional que a trilogia carrega. A quebra nos
paradigmas que eu mencionei acima é, basicamente, a grande variedade de
interpretações, temas, mensagens e filosofias, o que não é muito comum de se achar num
livro direcionado para adolescentes – afinal, as grandes editoras e autores preferem fazer
histórias mais “pé no chão”, mais chulas para o público que teoricamente ainda está se
iniciando na literatura. Isso deixa o gênero YA um pouco pobre, convenhamos, com
poucos livros que vão além de grandes batalhas ou romances mimizentos. Mas JV vai
além disso: traz uma crítica pesada ao capitalismo selvagem (representado pela
dominação de Panem aos seus distritos) e à ditadura comunista, parecida com a de Stálin
ou de Mao Tse Tung (representada pelo distrito 13, que se demonstra tão cruel quanto o
próprio Presidente Snow). Além disso, temos também mensagens em relação ao culto à
violência, que cada vez mais é utilizada para nossa diversão, e à alienação também, já
que as pessoas preferem ver televisão em vez de enfrentar uma realidade.

Uma das coisas mais marcantes na saga é a divisão do mundo. Outro dia eu estava
conversando com uma amiga, e chegamos à conclusão de que Panem é uma grande
referência ao mundo capitalista moderno. Os distritos 11 e 12, por exemplo, representam a
África, que é responsável por oferecer matéria-prima bruta e barata para as grandes
corporações; o distrito 4 representa os países não-industrializados, principalmente a
América do Sul e Central, que são conhecidas pelos seus vastos litorais; o distrito 8

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representa China e Bangladesh, que são os grandes centros de produção de roupas do


mundo hoje; e assim vai. A Capital é uma representação clara dos países mais ricos –
Europa e EUA – que prosperam e vivem uma vida de luxos e excessos, enquanto os
outros países tem que trabalhar para sustenta-los.

“Jogos Vorazes” é cheia de mensagens do tipo, tantas que nem dá para contar. Talvez,
seja por isso que os dois livros finais, “Em Chamas” e “A Esperança”, sejam tão criticados:
enquanto “Jogos Vorazes” foca amplamente em ação e violência, os outros livros focam
mais em política, filosofia e emoção, de um modo muito diferente do que estamos
acostumados nos livros YA. Isso pode ser um baque para certos leitores, que compram o
livro esperando violência gratuita e em vez disso encontram uma história rica, cruel e
densa, que exige maturidade para ser lida. Inclusive, o final de “A Esperança” é mal
interpretado devido a isso. Se você ainda não leu o livro, pare de ler esta matéria agora.
Se já leu, vá em frente.

Já vi muitas críticas à morte de Prim no final do terceiro livro, mas a maioria delas
apresenta o mesmo argumento: que não faz sentido a Katniss ter ido à arena no primeiro
livro com o intuito de salvar a irmã, e a partir desse momento ter desencadeado toda uma
revolução, se Prim acabaria por morrer de qualquer forma. Já vi até mesmo gente falando
absurdos como “com certeza houve um dedo editorial aí”. A morte de Prim está aberta às
mais diversas interpretações, mas, honestamente, dizer que o fim da série é ruim
simplesmente por que a morte dela não faz sentido é um insulto à saga e pior, um insulto a
sua inteligência. Minha interpretação particular é de que Suzanne Collins matou Prim
justamente para mostrar que a guerra não faz sentido: a morte dela não faz sentido, logo a
guerra também não, por que são sempre os inocentes que serão feridos, enquanto os
poderosos continuam firmes e belos em seus escritórios seguros. Lembrando, esta é
MINHA interpretação, e você está aberto a ter a sua; não estou dizendo que você, como
leitor, seja obrigado a gostar do livro, só, por favor, não desmereça essa saga tão
maravilhosa se você não conseguir interpretar as mensagens passadas. É o mesmo caso
do pessoal que compra o livro esperando violência e diz que é ruim por que “Jogos
Vorazes” não é só violência. É como colocar um atestado de “analfabeto político” na testa.

Em relação ao filme, não vou dizer que foi um filme perfeito. Sim, foi uma ótima
adaptação, por que foi quase completamente fiel ao livro, tanto que me irrita ver alguns fãs
falando que o filme deixou de fora alguns “detalhes importantes”. E foi um ótimo filme
também, não vou negar. Não foi perfeito, mas foi ótimo. O principal erro de “Jogos
Vorazes” foi também seu maior acerto: contratar um diretor premiado por seus filmes
dramáticos. Isso fez com que o filme fosse extremamente emocionante, fazendo-nos
confrontar sentimentos pesados e cenas extremamente cruéis – certos acontecimentos,
contados da maneira como foram feitos no filme, são assombrosos. Mas, justamente pela
contratação desse diretor, o filme acabou puxando muito mais uma influência para o
cinema indie – isto é, foi uma superprodução sem cara de superprodução, parecendo
muito mais um filme como “O Inverno da Alma”, “A Lista de Schlinder”, “O Lutador”, que
são filmes ótimos. Mas, ao tentar unir dois tipos de filmes ótimos (isto é, a superprodução
e o indie), o resultado foi meio inconstante. Não estou dizendo que não foi emocionante ou
chocante, só faltou equilíbrio entre a ação e as mensagens políticas e a emoção, coisa
que não acontece com filmes como “O Cavaleiro das Trevas”, “O Senhor dos Anéis”,
“Matrix”, entre outros, que são superproduções altamente emocionais, assim como o livro
de JV. Com “Em Chamas”, parece que não teremos o mesmo problema, e haverá esse
equilíbrio que faltou em “Jogos Vorazes”. Veremos. E, claro, Jennifer Lawrence dá um
show, como sempre.

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Divergente

“Numa Chicago futurista, a


sociedade se divide em
cinco facções – Abnegação,
Amizade, Audácia,
Franqueza e Erudição – e
não pertencer a nenhuma
facção é como ser invisível.
Beatrice cresceu na
Abnegação, mas o teste de
aptidão por que passam
todos os jovens aos 16
anos, numa grande
cerimônia de iniciação que
determina a que grupo
querem se unir para passar
o resto de suas vidas, revela
que ela é, na verdade, uma
divergente, não
respondendo às simulações
conforme o previsto.

A jovem deve então decidir


entre ficar com sua família
ou ser quem ela realmente
é.

E acaba fazendo uma


escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre
sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.”

Com o sucesso de “Jogos Vorazes”, seria improvável que outras distopias não acabassem
sendo lançadas. Algumas tentam seguir a mesma linha de JV, acabando parecendo uma
cópia que pode até ser divertida, mas nunca será tão boa quanto o original. Felizmente,
“Divergente” não é uma dessas. A saga de Veronica Roth é tão criativa quanto JV, e tão
boa quanto, também.

A trilogia – que, mesmo não sendo tão famosa quanto a saga de Suzanne Collins, é um
sucesso – trata de um mundo dividido entre facções, que são responsáveis por controlar
diferentes setores da sociedade. A Audácia seria uma espécie de polícia; a Erudição, uma
escola; a Abnegação representa os governantes e os ativistas sociais; e assim vai. A
cidade de Chicago, dividida em 5 facções, é aparentemente perfeita: nenhum assassinato
ocorre há mais de 13 anos, a taxa de crimes é baixa… afinal, um mundo onde a
coexistência é pacífica e igualitária. Ou nem tanto. As facções, ao longo da série, se
tornam cada vez mais agitadas, querendo dominar umas às outras e impor suas vontades.
Uma guerra civil é cada vez mais provável.

Se “Jogos Vorazes” foca amplamente numa distopia política, “Divergente” foca em uma
aparente utopia antropofágica. Digo isso por que o mundo de “Divergente” é praticamente
perfeito: há paz e ordem em toda esquina, há equilíbrio político, todos são justos e

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manipuláveis. O problema começa quando o equilíbrio é rompido, e a boa e velha


natureza humana de querer dominar e corromper tudo começa a aparecer. As facções
acabam se tornando grandes centros de alienação. Por exemplo: se alguém é da Audácia,
vai, obviamente, pensar como alguém da Audácia, incondicionalmente, sem nem menos
considerar pensar de outra maneira. É isso que os governantes querem: pessoas que
pensem de uma só maneira, por que assim é muito mais fácil de manipulá-las segundo
seus interesses.

Porém, existem as anomalias: as Divergentes, que são pessoas capazes de pensar de


maneiras diferentes, logo, impossíveis de serem controladas ou alienadas. Como tal,
essas pessoas devem ser caçadas e apagadas do mapa, para não servirem de influência
para outros, pois, se existissem mais e mais pessoas incontroláveis, seria impossível
dominá-las e obriga-las a tentar dominar outras facções.

O legal de “Divergente” é que a trilogia foca menos em política e mais na natureza


humana em si, em todas as distorções e corrupções que o ser humano carrega consigo; a
paz nunca é suficiente. Sempre vai haver alguém querendo dominar mais e mais. Vemos
isso não só na história das facções, como também nas histórias paralelas: o personagem
Al, por exemplo, que de inicio parecia querer apenas uma relação estável com Tris, mas
depois mostrou-se influenciável a ponto de atacá-la; ou Eric, que queria a todo custo
superar Quatro em questão de fama e apreço. Existem muitos momentos que são mais
filosóficos e/ou sociológicos em “Divergente” do que políticos. E é isso o que faz essa
distopia ser tão diferente e tão especial.

Esta foi a primeira parte do especial de distopias, que continua amanhã com “A Trilogia
Distópica”. Até lá!

Continuação:

Parte I

Parte II

Parte III

Parte IV

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22 de Julho de 2013 in Analisando Livros. Etiquetas:distopias, Divergente, ficção científica, Jogos


Voraze, Jogos Vorazes, Suzanne Collins, Veronica Roth

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