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1 INTRODUÇÃO
Uma característica intrínseca ao mercado de trabalho é a constante movimen-
tação dos agentes entre diversos estados. Em face de tal comportamento, é
possível caracterizá-lo como uma composição de estados e fluxos. Os estados
referem-se às situações de ocupação, desemprego (ou desocupação) e inativi-
dade, dentro de intervalos de tempo, interligados por fluxos de trabalhadores
ao longo do tempo [Ribeiro (2001)]. Os fluxos entre estados do mercado de
trabalho referem-se aos movimentos dos trabalhadores (entre empresas, pos-
tos de trabalho e deslocamentos espaciais).
Embora a caracterização dos fluxos entre estados ocorra no âmbito da empresa,
a análise sobre a dinâmica do emprego envolve, em regra, o estudo do comporta-
mento dos grandes agregados, como taxa de ocupação, desemprego, qualidade do
vínculo empregatício e movimentos dos trabalhadores. Essa abordagem, embora
importante para o acompanhamento da conjuntura econômica, não permite captu-
rar importantes heterogeneidades do comportamento do mercado de trabalho.
A partir dos anos 1990, contudo, o estudo sobre a dinâmica do mercado
de trabalho sofre uma profunda alteração com o trabalho seminal de Davis e
Haltiwanger (1992). Os autores propuseram a substituição do uso das medidas
agregadas de estoque de ocupação e desemprego pela análise dos fluxos de cria-
ção e destruição de postos de trabalho, focando o comportamento do emprego
em cada empresa ao longo do tempo. A metodologia permitiu, entre outros
aspectos, buscar um melhor entendimento da conexão entre a dinâmica do
emprego nas empresas e o comportamento dos agregados, posto que para um
dado nível agregado de taxa de ocupação verifica-se uma miríade de padrões de
criação e destruição de empregos compatíveis. Adicionalmente, ao abordar o
mercado de trabalho via análise do fluxo de emprego, torna-se factível identificar
as restrições associadas à capacidade de realocação de recursos da economia.
O objetivo deste artigo é, inspirando-se na metodologia proposta por
Davis e Haltiwanger (1992), captar diferenças na dinâmica do mercado de
trabalho industrial brasileiro.
490 Tecnologia, Exportação e Emprego
n it + n i (t − 1 )
x it = (2)
2
Com base nesses conceitos, os autores propuseram capturar os acrésci-
mos, em percentagem, no estoque de empregados pela introdução de uma
nova medida: a taxa de criação de empregos. Essa medida agrega as variações
do emprego das empresas pertencentes a um determinado conjunto de em-
presas S no período t , JCSt . Em termos analíticos, define-se a taxa de criação
de empregos como:
∑ ∆nit
i∈S
GJR St = JC St + JD St = × 100 (6)
∑ xit
i∈S
Nas seções subseqüentes, fazendo uso dos conceitos definidos, serão ob-
tidas estimativas para a criação, destruição e realocação de postos de trabalho
para o emprego industrial no Brasil.
3 REVISÃO DA LITERATURA
Esta seção busca sintetizar os principais resultados internacionais de estudos
acerca de criação e destruição de postos de trabalho já realizados. No trabalho
seminal proposto por Davis e Haltiwanger (1992), os autores usaram dados
longitudinais para estudar os fatores determinantes da criação e destruição de
empregos na indústria dos Estados Unidos. Suas conclusões destacam a exis-
tência de altas taxas brutas de criação e destruição de empregos, acima de
10%, para os diversos setores de atividade industrial, controlando, ainda, pelo
tamanho, idade, localização geográfica e controle do capital.
Nessa linha de pesquisa, estudos similares foram realizados por Davis,
Haltiwanger e Schuh (1996) e Anderson e Meyer (1994) para os Estados Uni-
dos. Konings (1995) e Blanchflower e Burgess (1996), por sua vez, investiga-
ram os efeitos de criação e destruição de empregos para o caso do Reino Unido,
assim como Dolado e Gómez (1995), Díaz-Moreno e Galdón-Sánchez (2000)
3. Observe-se que a variação líquida é um indicador incompleto das mudanças no mercado de trabalho. De fato, principalmente quando
essas mudanças implicam custos de ajustamento tanto para as empresas como para os trabalhadores.
492 Tecnologia, Exportação e Emprego
e Ruano (2000) investigaram para o caso das indústrias espanholas. Por último,
Albaek e Sørensen (1998) replicam para as indústrias dinamarquesas.
Essas contribuições exploram dados longitudinais. Em sua maioria, o
escopo dos resultados empíricos é descritivo de relações bivariadas, desagregadas
pelas características dos estabelecimentos tais como indústria ou tamanho.
Tais trabalhos, contudo, diferem consideravelmente quanto ao grau de desa-
gregação dos dados, cobertura temporal e dimensões da amostra, sendo, por-
tanto, limitada a comparabilidade dos resultados.
Não obstante a heterogeneidade, é possível destacar alguns fatos estilizados co-
muns. Apesar de as variações líquidas raramente alcançarem valores superiores a 3% ao
ano, a realocação apresenta valores sistematicamente superiores a 12%. Os estudos
evidenciam ainda altas taxas de criação e destruição de empregos em todas as fases do
ciclo econômico. Adicionalmente, esses estudos, em regra, encontram uma dependên-
cia do tamanho e da idade4 da empresa nos níveis de realocação de empregos.5
4. Se controlarmos as mudanças líquidas no número de empregados e na realocação bruta do emprego pelo tamanho da companhia,
observa-se que tais mudanças declinam com a idade crescente da empresa. Essa evidência sugere que os efeitos do ciclo de vida da
companhia desempenham um papel importante no processo de realocação de emprego. Paralelamente, ao controlar pela idade da
empresa, a mudança líquida no número de empregados enquanto a realocação bruta do emprego declina.
5. Obviamente, há outros fatores que influenciam a empresa individual a empreender a realocação. Alguns estudos, como Konings,
Lehmann e Schaffer (1996), destacam o papel da estrutura de propriedade.
Criação e Destruição de Empregos na Indústria Brasileira: uma análise 493
6. Uma revisão mais abrangente dos modelos de matching é realizada por Mortensen e Pissarides (1999).
494 Tecnologia, Exportação e Emprego
4 RESULTADOS
Uma severa restrição à aplicação da metodologia reside na existência de bases de
dados que disponham da captura de informações sobre as mudanças nos estados dos
trabalhadores (requer-se, no mínimo, informações sobre movimentos para dentro e
para fora da ocupação no mercado formal) ao nível da empresa. Igualmente, a base
de dados deve conter, ainda, informações sobre a entrada/saída de empresas.7
No Brasil, as bases que permitem a realização da metodologia proposta
são o Cempre, a PIA e a Rais, registro administrativo de preenchimento obri-
gatório gerenciado MTE que consiste em uma das principais fontes de infor-
mações sobre o mercado de trabalho formal.8
No presente estudo, decidiu-se trabalhar com dados de empresas industri-
ais extraídas da Rais9 no período 1996-2002. Para efeito de cortes, considera-
ram-se a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae) a dois dígitos,
as categorias de natureza jurídica (classificação de 1995) e os dados referentes a
empregados de cada empresa. Considerando-se o caráter do presente estudo, o
primeiro corte a ser mencionado refere-se às classes Cnae das empresas presentes
7. De fato, um dos mecanismos mais importantes dos deslocamentos dos trabalhadores reside na expansão/retração de empregos derivada
do movimento de nascimento e falência de empresas.
8. As informações presentes permitem que os dados divulgados sejam fracionados em nível de município, classe de atividade econômica
e ocupação. Adicionalmente, contém o estoque (número de empregos) por gênero, faixa etária, grau de instrução, faixa de rendimento,
rendimento médio e massa salarial, segundo esses cortes.
9. Uma vantagem da Rais é a indexação de trabalhadores na amostra através do PIS/Pasep de cada trabalhador, evitando assim a dupla
contagem no cálculo da rotatividade e a movimentação de empregados entre empresas e dentro das empresas.
Criação e Destruição de Empregos na Indústria Brasileira: uma análise 495
nas bases em questão: foram selecionadas apenas empresas com classes Cnae a
dois dígitos entre 10 e 37 em todos os anos do período 1996-2002, as quais
correspondem exatamente às classes das atividades industriais.
Considerando-se o escopo empresarial e não-público a que se propõe o presen-
te estudo, foram selecionadas apenas empresas cujas categorias de natureza jurídica
se encontram entre as listadas no Quadro A.1 (no Anexo) em todos os anos do
referido período. Finalmente, optou-se por considerarem-se apenas as empresas para
as quais, em todos os anos do período considerado (1996-2002), os dados referentes
ao número de empregados encontravam-se disponíveis e eram não-nulos.10
A partir dos conceitos apresentados, é possível analisar a criação/destrui-
ção de empregos para o setor privado industrial brasileiro. Partindo-se de in-
formações contidas na Rais,11 no período 1996-2002, foram obtidas medidas
de criação, destruição e realocação por setores de atividade.
Em média, as taxas de criação (JC) foram de 8,9%, enquanto as de des-
truição (JD) situaram-se em 8,2%, resultando em uma taxa de variação líqui-
da de 0,7% e em uma taxa de realocação de 17,1%. Os valores dessas variá-
veis, para cada um dos anos do período, encontram-se expostas na Tabela 1.
TABELA 1
MEDIDAS DE CRIAÇÃO, DESTRUIÇÃO, VARIAÇÃO LÍQUIDA E REALOCAÇÃO DA INDÚSTRIA
Medidas de Criação, Destruição, Variação Líquida e Realocação da Indústria (%) Variação PIB Industrial
Ano
JC JD NEG GJR (% a.a.)
1997 10,3 7,6 2,6 17,9 4,65
1998 8,3 11,1 -2,8 19,4 -1,03
1999 6,8 10,0 -3,2 16,8 -2,22
2000 10,1 6,6 3,5 16,7 4,81
2001 9,5 6,1 3,5 15,6 -0,50
2002 8,3 7,8 0,5 16,0 2,57
Fontes: PIA/IBGE, Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio(MDIC)
e Rais/MTE. Elaboração: Ipea e autores, a partir da transformação dos dados obtidos nas fontes.
10. Esse último corte foi utilizado como marco separador entre observações censuradas e não-censuradas. Enquanto as observações
presentes até e não após o momento do corte foram classificadas como censuradas, as presentes até e após o momento do corte foram
classificadas como não-censuradas. Enquanto resultavam 412.284 empresas antes de o corte ser realizado, após sua realização elas
resultaram em 79.462.
11. A princípio, a Rais reporta informações de todos os estabelecimentos nacionais e, ao contrário do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), inclui todos os vínculos empregatícios (estatutários, celetistas, temporários e avulsos). Não obstante, um con-
junto significativo de empresas reporta a ausência de quaisquer vínculos empregatícios. Uma razão para tal ocorrência reside no fato de
as informações contidas no documento permitirem observar o cumprimento da legislação trabalhista, criando incentivos para a sua não
declaração por parte das empresas que estejam em desacordo com a legislação.
496 Tecnologia, Exportação e Emprego
13. Como enfatizado no trabalho de De Negri (2003), a operação em escalas próxima da escala ótima permite alcançar índices de
crescimento da PTF superiores aos obtidos pelas empresas não-exportadoras.
498 Tecnologia, Exportação e Emprego
obra. Como conseqüência, esses países teriam sido pressionados a mudar a es-
trutura de produção em busca de vantagem comparativa na produção de bens
com conteúdo de trabalho de qualificação intermediária, resultando no aumen-
to da demanda desses trabalhadores e no crescimento da dispersão de salários.
tf
∑ NEGit
t = t0
tx _ med i = (7)
t f −t0 +1
14. Uma vez que os dados utilizados produzidos pela Secex possuem caráter censitário, para as empresas que não se encontravam na base
em questão no ano de 1997 pôde-se simplesmente atribuir o valor zero para as suas exportações para esse ano.
500 Tecnologia, Exportação e Emprego
6
tx _ medi = β 0 + ∑ β k g ki +ε i i =1,L, N (8)
k =1
onde N = 79462 e:
g 1i = ln ( x 97 i ) ;
g 2 i = ln (idade média 97 i ) ;
g 3i = ln (remuneraçã o média 97 i );
g 4 i = ln (tempo médio 97 i ) ;
g 5i = ln (estudo médio 97 i ) ; e
g 6i = dummy exportação97i .
Cabe, ainda, destacar que a decisão acerca da criação ou destruição de
empregos é uma decisão da empresa. A alocação, em cada empresa, entre cri-
ação e destruição de empregos depende da sinalização do comportamento do
mercado. A escolha, entre os diferentes estágios, dependerá do lucro marginal
intertemporal nos diferentes estágios.
Nesse sentido, as empresas que criam empregos podem diferir daquelas
que mantêm ou mesmo reduzem os postos de trabalho por questões não-
observáveis. Essa omissão de variáveis pode causar viés às estimativas do mode-
lo.15 Em face dessas condicionantes, o modelo foi estimado com correção de
Heckman (1979).16
Na Tabela 2 são apresentadas nossas estimativas. A primeira coluna de
dados apresenta os valores estimados não considerando o viés de seleção, en-
quanto a terceira coluna de dados reporta as estimativas considerando-se os
efeitos de correção por viés de seleção.
O primeiro resultado a ser destacado é a alta significância da inversa de
Mills. Com relação às estimativas do modelo corrigido, destaque-se a relação
inversa entre o porte da empresa (ln ( x97 )) e a taxa de crescimento do emprego.
15. Adicionalmente, a seleção realizada para a construção da amostra pode induzir a novos problemas de viés.
TABELA 2
ALGUNS RESULTADOS OBTIDOS ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DO MODELO (8)
ANTERIORMENTE E POSTERIORMENTE À CORREÇÃO DE HECKMAN (1979)
Anterior à Correção de Heckman Posterior à Correção de Heckman
Variável
Coeficiente Desvio Padrão Coeficiente Desvio Padrão
Constante 0,435*** 0,01 0,684*** 0,028
ln (X97) -0,029*** < 0,001 -0,033*** 0,001
ln (idade média97) -0,020*** 0,003 -0,018*** 0,004
ln (remuneração média97) 0,017*** 0,001 0,017*** 0,001
ln (tempo médio97) -0,087*** 0,001 -0,087*** 0,001
ln (estudo médio97) 0,004*** 0,001 0,004** 0,002
Exportação97 0,050*** 0,002 0,041*** 0,003
Inversa de Mills -0,326*** 0,033
Fontes: PIA/IBGE, Secex/MDIC e Rais/MTE. Elaboração: Ipea e autores a partir da transformação dos dados obtidos nas fontes.
*, ** e *** representam níveis de significância de 10%, 5% e 1%, respectivamente.
5 CONCLUSÃO
Inspirando-se na metodologia proposta por Davis e Haltiwanger (1992), o
presente artigo se propôs a captar diferenças na dinâmica do mercado de tra-
balho industrial brasileiro.
Entre as principais conclusões, baseadas em nossa análise multivariada,
está a não-rejeição da hipótese de que empresas de menor porte tendem a
apresentar uma participação maior no crescimento do emprego, em linha,
portanto, com o encontrado por Najberg, Puga e Oliveira (2000) e Corseuil et
alii (2002). Adicionalmente, obteve-se evidência em pró do trabalho qualifi-
cado como um fator determinante para a criação de empregos.
Cabe ressaltar que o resultado não é definitivo. Novas investigações, se-
jam para a elaboração de um modelo teórico que justifique os parâmetros
estimados, sejam pela incorporação de especificações econométricas em pai-
nel, surgem como etapas futuras a se realizar.
502 Tecnologia, Exportação e Emprego
REFERÊNCIAS
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Brasília (UnB), 2003 (Tese de Doutorado).
DE NEGRI, J. A., FREITAS, F. Inovação tecnológica, eficiência de escala e ex-
portações. Ipea, 2004 (Texto para Discussão, 1.044).
DÍAZ-MORENO, C., GALDÓN-SÁNCHEZ, J. E. Job creation, job
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24, p. 545-561, 2000.
DOLADO, J. J., GÓMEZ, R. Creación y destrucción de empleo en el sector
privado manufacturero Español: un análisis descriptivo. Investigaciones
Económicas, v. 19, p. 371-393, 1995.
Criação e Destruição de Empregos na Indústria Brasileira: uma análise 503
ANEXO
QUADRO A.1
CATEGORIAS DE NATUREZA JURÍDICA UTILIZADAS NO PRESENTE ESTUDO
Categoria Descrição
2046 Sociedade anônima de capital aberto com controle privado
2054 Sociedade anônima de capital fechado
2062 Sociedade por quotas de responsabilidade limitada
2070 Sociedade em nome coletivo
2089 Sociedade em comandita simples
2097 Sociedade em comandita por ações
2100 Sociedade de capital e indústria
2119 Sociedade civil com fins lucrativos
2127 Sociedade em conta de participação
2135 Firma mercantil individual
2143 Cooperativa
2151 Consórcio de empresas
2160 Grupo de sociedade
2178 Filial, sucursal ou agência de empresa sediada no exterior
Fonte: IBGE. Elaboração própria a partir dos dados obtidos na fonte.
Criação e Destruição de Empregos na Indústria Brasileira: uma análise 505
TABELA A.1
TAXAS DE CRIAÇÃO DE EMPREGOS NA INDÚSTRIA – 1997-2002
[em %]
Ano 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Extração de carvão mineral 17,4 7,6 13,0 15,8 4,4 0,4
Extração de petróleo e
12,3 27,9 10,2 15,2 26,4 13,1
serviços correlatos
Extração de minerais
3,4 3,2 1,8 4,3 3,1 7,7
metálicos
Extração de minerais não-
10,0 8,3 6,3 7,4 8,1 6,7
metálicos
Produtos alimentícios e
8,5 6,7 5,9 9,3 12,7 14,0
bebidas
Produtos do fumo 5,5 2,1 2,5 4,3 1,2 11,1
Produtos têxteis 7,0 9,6 5,9 8,1 7,7 7,6
Confecção de artigos do
13,3 10,2 10,9 11,4 8,8 9,4
vestuário e acessórios
Artigos de couros, artigos de
14,0 7,8 11,0 11,8 10,7 8,5
viagem e calçados
Produtos de madeira 13,8 9,6 9,4 10,5 6,9 7,3
Celulose, papel e produtos de
5,7 6,6 6,7 6,9 7,7 3,9
papel
Edição, impressão e
8,3 6,2 5,1 7,7 7,9 5,0
reprodução de gravações
Coque e refino de petróleo,
combustíveis nucleares e 5,3 4,7 3,0 4,8 11,9 37,3
álcool
Produtos químicos 9,5 4,9 5,5 7,8 9,7 5,6
Artigos de borracha e
9,3 7,4 5,8 10,1 8,0 6,4
plástico
Produtos de minerais não-
11,7 9,4 5,9 7,7 7,2 6,0
metálicos
Metalurgia básica 9,1 5,5 13,4 7,5 6,4 4,2
Produtos de metal –
exclusive máquinas e 11,8 9,0 6,1 8,5 9,8 6,7
equipamentos
Máquinas e equipamentos 6,6 5,4 3,6 8,1 7,8 7,6
Máquinas para escritório e
14,4 8,9 7,4 16,1 9,8 5,2
equipamentos de informática
Máquinas, aparelhos e
10,3 8,9 3,4 7,0 15,2 6,5
materiais elétricos
Material eletrônico e de
8,6 7,2 5,7 14,2 15,1 5,6
aparelhos de comunicações
Equipamentos de precisão,
automação industrial e 8,0 4,9 5,4 27,6 11,1 6,2
relógios
Veículos automotores,
8,9 6,0 2,6 6,2 6,1 6,0
reboques e carrocerias
Outros equipamentos de
10,1 15,3 12,9 13,7 18,5 10,3
transporte
Móveis e indústrias diversas 14,3 9,2 8,0 10,2 8,0 8,6
Reciclagem 19,8 12,6 5,8 9,8 6,9 6,0
Fontes: PIA/IBGE, Secex/MDIC e Rais/MTE. Elaboração: Ipea e autores a partir da transformação dos dados obtidos nas fontes.
506 Tecnologia, Exportação e Emprego
TABELA A.2
TAXAS DE DESTRUIÇÃO DE EMPREGOS NA INDÚSTRIA – 1997-2002
[em %]
Ano 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Extração de carvão mineral 6,0 15,9 7,1 7,9 0,9 13,4
Extração de petróleo e
5,1 4,5 9,8 7,8 2,0 4,4
serviços correlatos
Extração de minerais
7,8 13,1 10,9 3,3 2,0 2,4
metálicos
Extração de minerais não-
7,5 7,7 9,6 7,2 9,0 7,4
metálicos
Produtos alimentícios e
10,4 12,4 9,9 7,0 6,4 5,9
bebidas
Produtos do fumo 4,3 11,6 13,6 10,8 9,9 4,1
Produtos têxteis 8,6 12,3 7,7 3,9 5,4 6,3
Confecção de artigos do
9,1 10,7 8,0 7,4 7,8 11,0
vestuário e acessórios
Artigos de couros, artigos de
6,7 10,3 6,5 3,8 5,8 6,9
viagem e calçados
Produtos de madeira 7,7 8,6 8,2 5,6 9,5 9,2
Celulose, papel e produtos de
6,2 8,3 6,1 7,0 4,5 7,7
papel
Edição, impressão e
5,9 6,7 8,8 5,9 6,7 8,8
reprodução de gravações
Coque e refino de petróleo,
combustíveis nucleares e 15,0 39,7 26,4 15,0 6,4 3,6
álcool
Produtos químicos 6,3 8,5 5,7 5,6 6,8 7,2
Artigos de borracha e
6,4 9,9 7,8 4,9 4,7 7,6
plástico
Produtos de minerais não-
6,1 7,6 8,2 5,3 8,4 8,1
metálicos
Metalurgia básica 8,1 7,4 8,9 12,2 3,0 5,5
Produtos de metal –
exclusive máquinas e 6,7 7,3 9,8 7,0 6,2 9,5
equipamentos
Máquinas e equipamentos 8,9 10,7 11,6 4,4 4,8 6,1
Máquinas para escritório e
9,1 18,4 12,3 4,3 11,6 12,6
equipamentos de informática
Máquinas, aparelhos e
7,8 6,9 9,5 10,0 6,1 12,5
materiais elétricos
Material eletrônico e de
9,7 17,7 17,4 11,4 6,1 19,0
aparelhos de comunicações
Equipamentos de precisão,
automação industrial e 7,4 7,0 7,1 3,3 4,0 4,5
relógios
Veículos automotores,
5,1 7,3 14,6 4,2 5,7 6,5
reboques e carrocerias
Outros equipamentos de
15,4 18,3 10,8 4,5 5,3 5,8
transporte
Móveis e indústrias diversas 5,3 8,5 9,1 6,0 7,9 8,7
Reciclagem 3,3 2,1 5,1 3,3 6,6 4,7
Fontes: PIA/IBGE, Secex/MDIC e Rais/MTE. Elaboração: Ipea e autores a partir da transformação dos dados obtidos nas fontes.
Criação e Destruição de Empregos na Indústria Brasileira: uma análise 507
TABELA A.3
TAXAS DE VARIAÇÃO LÍQUIDA NA INDÚSTRIA – 1997-2002
[em %]
Ano 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Extração de carvão mineral 11,4 -8,3 5,9 7,9 3,5 –13,0
Extração de petróleo e
7,2 23,3 0,5 7,4 24,5 8,7
serviços correlatos
Extração de minerais
-4,4 -9,9 -9,1 1,0 1,1 5,3
metálicos
Extração de minerais não-
2,5 0,6 -3,3 0,2 -0,8 -0,8
metálicos
Produtos alimentícios e
-1,9 -5,7 -4,0 2,3 6,3 8,1
bebidas
Produtos do fumo 1,2 -9,5 –11,1 -6,5 -8,7 7,0
Produtos têxteis -1,7 -2,7 -1,8 4,3 2,4 1,3
Confecção de artigos do
4,3 -0,5 3,0 4,1 1,0 -1,6
vestuário e acessórios
Artigos de couros, artigos de
7,3 -2,6 4,5 8,0 4,9 1,6
viagem e calçados
Produtos de madeira 6,0 1,0 1,2 4,9 -2,6 -1,9
Celulose, papel e produtos de
-0,4 -1,7 0,5 -0,1 3,2 -3,8
papel
Edição, impressão e
2,4 -0,5 -3,7 1,8 1,2 -3,8
reprodução de gravações
Coque e refino de petróleo,
combustíveis nucleares e -9,6 –35,1 –23,5 –10,3 5,4 33,7
álcool
Produtos químicos 3,2 -3,7 -0,2 2,2 2,9 -1,6
Artigos de borracha e
2,9 -2,5 -2,0 5,2 3,2 -1,1
plástico
Produtos de minerais não-
5,6 1,8 -2,3 2,4 -1,2 -2,2
metálicos
Metalurgia básica 1,0 -1,9 4,5 -4,6 3,4 -1,3
Produtos de metal –
exclusive máquinas e 5,1 1,7 -3,8 1,5 3,6 -2,8
equipamentos
Máquinas e equipamentos -2,3 -5,3 -7,9 3,6 3,0 1,4
Máquinas para escritório e
5,3 -9,5 -4,9 11,8 -1,8 -7,4
equipamentos de informática
Máquinas, aparelhos e
2,6 2,0 -6,1 -3,0 9,1 -5,9
materiais elétricos
Material eletrônico e de
-1,1 –10,6 –11,6 2,9 9,0 –13,4
aparelhos de comunicações
Equipamentos de precisão,
automação industrial e 0,6 -2,1 -1,7 24,3 7,1 1,7
relógios
Veículos automotores,
3,8 -1,2 –12,1 2,0 0,3 -0,4
reboques e carrocerias
Outros equipamentos de
-5,3 -3,0 2,1 9,2 13,2 4,5
transporte
Móveis e indústrias diversas 9,0 0,7 -1,1 4,2 0,1 -0,2
Reciclagem 16,5 10,5 0,7 6,6 0,3 1,3
Fontes: PIA/IBGE, Secex/MDIC e Rais/MTE. Elaboração: Ipea e autores a partir da transformação dos dados obtidos nas fontes.
508 Tecnologia, Exportação e Emprego
TABELA A.4
TAXAS DE REALOCAÇÃO NA INDÚSTRIA – 1997-2002
[em %]
Ano 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Extração de carvão mineral 23,4 23,5 20,1 23,7 5,3 13,8
Extração de petróleo e
17,4 32,4 20,0 23,1 28,4 17,4
serviços correlatos
Extração de minerais
11,1 16,3 12,7 7,6 5,1 10,1
metálicos
Extração de minerais não-
17,5 16,1 15,9 14,6 17,1 14,1
metálicos
Produtos alimentícios e
18,8 19,2 15,9 16,2 19,1 19,8
bebidas
Produtos do fumo 9,8 13,7 16,2 15,0 11,1 15,2
Produtos têxteis 15,6 21,9 13,6 12,0 13,1 13,9
Confecção de artigos do
22,4 20,9 18,9 18,8 16,6 20,5
vestuário e acessórios
Artigos de couros, artigos de
20,6 18,1 17,6 15,6 16,5 15,3
viagem e calçados
Produtos de madeira 21,5 18,2 17,6 16,0 16,4 16,5
Celulose, papel e produtos
11,9 14,9 12,8 13,9 12,2 11,7
de papel
Edição, impressão e
14,2 13,0 13,9 13,6 14,6 13,8
reprodução de gravações
Coque e refino de petróleo,
combustíveis nucleares e 20,3 44,4 29,4 19,8 18,3 40,9
álcool
Produtos químicos 15,8 13,4 11,2 13,4 16,6 12,9
Artigos de borracha e
15,7 17,2 13,6 15,0 12,7 14,0
plástico
Produtos de minerais não-
17,9 17,0 14,2 13,0 15,7 14,1
metálicos
Metalurgia básica 17,2 12,9 22,3 19,7 9,5 9,7
Produtos de metal –
exclusive máquinas e 18,4 16,3 15,9 15,6 16,0 16,3
equipamentos
Máquinas e equipamentos 15,5 16,1 15,2 12,5 12,7 13,7
Máquinas para escritório e
23,5 27,2 19,7 20,4 21,5 17,8
equipamentos de informática
Máquinas, aparelhos e
18,1 15,8 12,9 17,0 21,3 19,0
materiais elétricos
Material eletrônico e de
18,4 24,9 23,1 25,6 21,2 24,6
aparelhos de comunicações
Equipamentos de precisão,
automação industrial e 15,4 11,9 12,5 30,9 15,2 10,7
relógios
Veículos automotores,
14,0 13,3 17,2 10,5 11,8 12,5
reboques e carrocerias
Outros equipamentos de
25,6 33,5 23,6 18,1 23,8 16,2
transporte
Móveis e indústrias diversas 19,6 17,7 17,0 16,2 15,9 17,3
Reciclagem 23,1 14,7 10,8 13,1 13,5 10,7
Fontes: PIA/IBGE, Secex/MDIC e Rais/MTE. Elaboração: Ipea e autores a partir da transformação dos dados obtidos nas fontes.