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FACULDADE DE ECONOMIA, UNIVERSIDADE DO PORTO

1GE401 – COMÉRCIO INTERNACIONAL

Capítulo 2: Teorias do comércio internacional(continuação)


2.1.4. Os determinantes da vantagem comparativa

As distintas condições da procura; Abordagem


As diferentes dotações fatoriais dos países. neoclássica
Introdução
2

Abordagem neoclássica: surgiu como


reação às ideias de David Ricardo

Via da procura - análise da Via da oferta - análise da


especialização ao nível dos especialização ao nível dos fatores
produtos (Stuart Mill, Marshall) (Heckscher, Ohlin, Samuelson)

 Partilham um conjunto comum de pressupostos


 Existência de um referencial teórico fundamental - a noção de
equilíbrio económico geral
Pressupostos da análise neoclássica
3

1. Quanto aos fatores:


i. escassez;
ii. homogeneidade;
iii. pleno-emprego;
iv. móveis no interior do país mas
imóveis à escala internacional;
v. rendimentos decrescentes
Pressupostos da análise neoclássica
4

2. Quanto aos mercados:


i. concorrência perfeita em todos os
mercados
ii. equilíbrio como regra
3. Quanto ao espaço internacional:
i. não há obstáculos à livre circulação de
bens à escala internacional
Pressupostos da análise neoclássica
5

4. Quanto às condições de oferta:


i. cada bem é produzido sob rendimentos
constantes à escala, i.e., a função
produção exibe rendimentos constantes
à escala
ii. os custos de oportunidade são
crescentes
Porquê custos de oportunidade
crescentes?
6

 Fatores são homogéneos mas são utilizados em


proporções diferentes pelas várias indústrias:
 ao sacrificar a produção de um bem para produzir o
outro, a proporção de fatores libertos não é a mais
ajustada  aumentos da produção cada vez menores
(fatores têm produtividades marginais decrescentes)
 Fatores são produto específicos: alguns são mais
ajustados à produção de certos bens que à produção
de outros
 Contudo, esta explicação viola os pressupostos
neoclássicos
6
Fronteira de Possibilidades de Produção -
Neoclássicos
7

Custos de oportunidade crescentes


 fronteira de possibilidades de
Y
produção (UV) côncava
U
o O CO de X também é conhecido
por Taxa Marginal de
Transformação (TMTY/X) de Y
por X
o Em qualquer ponto da CPP:
TMTY/X=CmgX/CmgY

V o Em situação de equilíbrio:
TMTY/X=PX/PY.
0 X
7
A análise pela via da procura
8

 Utiliza como instrumentos principais alguns


elementos microeconómicos fundamentais:
 curvas de indiferença (CI)

 curvas de possibilidades de produção (CPP)

 Parte dos trabalhos de Stuart Mill:


 tentou solucionar uma lacuna na análise
ricardiana: a não determinação exata da RTI de
equilíbrio
A representação da procura
9

 Curvas (sociais) de indiferença - correspondem à


agregação das preferências individuais, possuindo as
mesmas propriedades das CI individuais:
 São negativamente inclinadas;
 Nunca se intersetam;

 Quanto mais longe da origem maior o nível de utilidade


ou satisfação que traduzem;
 São convexas relativamente à origem, i. é., a taxa
marginal de substituição de Y por X (TMSY/X) é decrescente
A representação da procura
10

Mapa de indiferença social

Y
M
Ponto de equilíbrio:
TMSY/1X=PX/PY
Tg(α)=PX/PY

α N
X
MN – linha do orçamento
O equilíbrio em economia fechada
11

 Em autarcia, o país tem de produzir os bens


que consome:
 para cada bem a oferta interna iguala a procura interna
 A restrição da oferta (produção) do país é
indicada pela curva de possibilidades de
produção (CPP):
 em autarcia só se consome o que se produz, ou seja, a
CPP funciona como a "linha de orçamento" do
consumidor individual:
 a CPP é também a curva de possibilidades de
consumo (CPC)
O equilíbrio em economia fechada
12

M
Y  Incl. MN=PX/PY
U RTAY/X;
P0  Note-se que os termos
de troca vão variar ao
a longo da CPP
N

V X

Ponto de equilíbrio: P0
TMTY/X =TMSY/1X=PX/PY
O equilíbrio em economia aberta
13

 Supondo que, em autarcia:


(PX/PY)A < (PX/PY)B
 Preços relativos em autarcia distintos indica a
existência de incentivo à troca e especialização
 O país B vai especializar-se em Y (e,
consequentemente, exportar o bem), e A em X
 Com a abertura à troca:
 (PX/PY)B diminui (em A aumenta) para (PX/PY)I =
RTIY/1X (inclinação de ST), alterando-se o equilíbrio
quer na produção quer no consumo
O equilíbrio em economia aberta (País B)
14

M  produção passa a
Y efectuar-se em P1
S
 onde TMTY/X =
U (PX/PY)I
Exp. Y
por B P1
C1  ponto de consumo
passa a ser C1
 onde TMSY/X =
T (PX/PY)I
N  alarga-se,
assim, a FPC.

V X

Imp.X por B
O equilíbrio em economia aberta –
comércio livre
15

 Consequência mais importante da livre troca: a


separação entre as decisões de produção e de
consumo (em ambos os países)
 Altera-se a razão de preços: (PX/PY)B passa a
(PX/PY)I
 Altera-se o equilíbrio na produção: os produtores
movem-se para P1, onde TMTY/X = (PX/PY)I
 Altera-se o equilíbrio no consumo: os
consumidores movem-se de C0 para C1, onde
TMSY/X = (PX/PY)I
Os ganhos do Comércio Livre
16

 Correspondem ao alcançar de um nível de


satisfação superior ao de autarcia - C1 está numa
CI social mais elevada, i.e. bem-estar superior;
 Resultam da maior eficiência produtiva
(especialização) e correspondente expansão da
FPC – linha ST
 Ganho total pode ser decomposto em:
 Ganho de consumo ou da troca internacional

 Ganho de produção ou da especialização


Ganho total da troca (País B)
17

 Ganho de consumo:
M
C0→C0’
Y S
U  Ganho de
produção: C0’ →C1
P1
C1
C0
C0' T
N

V X
A procura como fundamento das trocas
18

 Os diferentes preços relativos em autarcia resultam,


na análise neoclássica pela via da procura, das
distintas condições da procura nos dois países
 Pressupõe-se que os países tem diferentes
preferências pelos bens
 Pressupõe-se, ainda, que as dotações fatoriais
são idênticas nos dois países
 como a tecnologia também é idêntica, a CPP
é idêntica para os dois países
A procura como fundamento das trocas
19

 Suponhamos que consumidores do país A têm mais


forte preferência pelo bem Y e os do país B têm uma
mais forte preferência pelo bem X  diferentes preços
relativos em autarcia

Y
EA
IA Equilíbrio em autarcia:
País A: ponto EA
EB
País B: ponto EB

IB

X
A procura como fundamento das trocas
20

 Consequências das diferentes preferências


evidenciadas pelos países:
 Em comércio internacional:
 Os consumidores do país A observam que o bem Y é
relativamente mais barato no país B  deslocarão a
sua procura para este país;
 Os consumidores do país B observam que o bem X é
relativamente mais barato no país A  deslocarão a
sua procura para este país.
 Resultado das deslocações na procura: alteração
do ponto de produção que se move ao longo da
CPP
A procura como fundamento das trocas 
Equilíbrio em CI
21

Y
A
 Produção de ambos os países
IA
será em ‘P’
P
 Consumo de A será em ‘A’ e
de B em ‘B’;
B
 País A: importa o bem Y e
exporta o bem X
IB
 País B: importa o bem X e
exporta o bem Y
X

 As exportações de um país são as importações


do outro: só por isso a RTI identificada é a razão
de preços de equilíbrio
A procura como fundamento das trocas
22

Padrão de especialização:
 Quando o comércio é causado por
diferentes preferências, ceteris paribus, o
país vai especializar-se no bem pelo qual
tem menor preferência
 Importará,por isso, o bem relativamente ao
qual a procura é mais forte que no outro país
 Emautarcia, tinha custos de oportunidade superiores
para esse bem
A procura como fundamento das trocas
23

 Com o comércio internacional, os países


vêem as suas possibilidades de consumo
expandidas:
a nova fronteira de possibilidades de consumo
é ainda comum aos dois países (pois a FPP
também é comum e os preços são, agora,
iguais);
 contudo, como as preferências são diferentes,
vão optar por consumir diferentes quantidades
de cada um dos bens
As diferentes dotações fatoriais dos
24
países: introdução
 Eli Heckscher (1879-1952) e Bertil Ohlin (1899-1979)
construíram uma explicação da troca internacional
baseada nas premissas seguintes:
 a produção dos bens requer diferentes quantidades de
cada um dos fatores, trabalho e capital (intensidade
fatorial dos bens);

 os países caracterizam-se por diferentes dotações fatoriais


(abundância factorial dos países)
As diferentes dotações fatoriais dos
25
países: introdução

Um país apresentará
vantagens comparativas na
produção dos bens que
usam mais intensivamente
o seu fator mais abundante
Intensidade fatorial e classificação
26
dos bens
Quantidade de fator por
unidade de produto
Trabalho, L Capital, K
Vestuário 6 2
Máquinas 8 4

 Proporção em que os fatores são utilizados:


(K/L)Vest=2/6=1/3 e (K/L)Máq=4/8=1/2
 (K/L)Máq> (K/L)Vest A produção de máquinas é
relativamente intensiva em capital face à produção de
vestuário
26
Abundância fatorial e classificação
dos países
27

Critério físico (lado da oferta)


• Determina a abundância fatorial na base das quantidades físicas
de capital e trabalho existentes:
• Se (K/L)A>(K/L)B :
• O país A é relativamente abundante em K pois possui uma
maior quantidade de capital por unidade de trabalho
• O país B é relativamente abundante em L
Critério económico (atende à oferta e à procura)
• Classifica os países com base na comparação de (w/r) em
autarcia:
• Se (w/r)A>(w/r)B
• O país A é relativamente abundante em K porque este fator é
relativamente mais barato do que no país B
• O país B é relativamente abundante em L
Algumas relações fundamentais e sua
explicação económica
28

1. Relação entre a intensidade fatorial relativa ou


proporções factoriais, K/L, e a remuneração relativa dos
factores, w/r
w/r

K/L
Algumas relações fundamentais e sua
explicação económica
29

2. Relação entre w/r e quantidades produzidas em cada


indústria (Qx e Qy)
Considere-se: Y – relativamente capital intensivo e X –
relativamente trabalho intensivo

w/r w/r

QX QY
Algumas relações fundamentais e sua
explicação económica
30

3. Relação entre w/r e PX/PY


Considerando Y relativamente K intensivo e X
relativamente L intensivo

QY w/r

QX
PX/PY
Descrição e implicações dos pressupostos do modelo de HO
Pressupostos de enquadramento
31

 Número de países, fatores e bens (2x2x2)


 2 países (A e B ); 2 bens homogéneos, X e Y; 2 fatores
produtivos, homogéneos (trabalho - L e capital - K)
 O país A é relativamente abundante no fator trabalho e o
país B no fator capital (por ex.)
 Perfeita mobilidade interna e completa imobilidade
internacional dos factores:
 Mobilidade dentro do país assegura que w e r são idênticos
em todas as indústrias de um mesmo país
 Imobilidade entre países permite remunerações relativas dos
fatores diferentes entre os países, em situação de autarcia
Descrição e implicações dos pressupostos do modelo de HO
Pressupostos de enquadramento
32

 Em ambos os países há concorrência


perfeita nos mercados de bens e de
factores

 Inexistência de custos de transporte e


de outros elementos susceptíveis de
provocar distorções nos preços
Descrição e implicações dos pressupostos do modelo de HO
Pressupostos quanto à oferta
33

 Fatores são homogéneos e existem em quantidades fixas;


 Existe pleno emprego;
 Função de produção é caracterizada por rendimentos
constantes à escala, para ambos os bens, em ambos os
países;
 Fatores de produção obedecem à lei dos rendimentos
decrescentes  custos de oportunidade de produção
crescentes;
 Irreversibilidade fatorial;
 Funções de produção idênticas nos dois países, ou seja, a
tecnologia é universal
Descrição e implicações dos pressupostos do modelo de HO
Pressupostos quanto à procura
34

 A procura é idêntica nos dois países, isto é,


as preferências são similares
 significa que a procura é neutra
Teorema de Heckscher-Ohlin
35

Cada país deve especializar-se na


produção do bem em cuja função de
produção se incorpora relativamente mais o
fator em que o país é relativamente mais
abundante
• Um país relativamente trabalho abundante vai exportar
o bem relativamente trabalho intensivo;
• Um país relativamente capital abundante vai exportar o
bem relativamente capital intensivo
Teorema de Heckscher-Ohlin
36

Diagrama de Harrod-Johnson

w/r
Qx
Qy

(w / r)B

(w / r)A

Preço (Px/Py)B (Px/Py)A (K/L)xA (K/L)xB (K/L)yA (K/L)yB K/L


relativo de X,
Px / Py
Crescente Crescente
Explicação económica do teorema de
Heckscher-Ohlin
37

 Supondo:
 A é relativamente L-abundante e B relativamente K-
abundante: (w/r)A < (w/r)B
 X relativamente L-intensivo e Y relativamente K-intensivo:
(K/L)X < (K/L)Y
 Como X requer uma percentagem relativamente elevada de
trabalho, a sua produção deverá ser mais barata onde o
trabalho for relativamente mais barato:

 PX   PX 
      RTAYA/1 X  RTAYB/1 X
 PY  A  PY  B
Explicação económica do teorema de
Heckscher-Ohlin
38

A (relativamente L-abundante) tem uma


vantagem relativa em X (relativamente
L- intensivo);

B (relativamente K-abundante) tem uma


vantagem relativa em Y (relativamente
K-intensivo)
MODELO DE
HECKSCHER-OHLIN
Os corolários do modelo:
O Teorema de Samuelson (1949): a igualização do
preço dos fatores
O teorema de Stolper-Samuelson (1941): a repartição
interna dos rendimentos
O teorema de Rybczinski: a livre troca e o crescimento
económico
(1) O Teorema de Samuelson
40

 Este teorema demonstra que:


 se entre dois países (A e B) que produzem dois bens (X e Y)
para os quais apresentam funções de produção idênticas;
 não houver restrições ao comércio internacional nem custos de
transporte;
 a remuneração dos fatores (relativa e absoluta) é a mesma nos
dois países

Nos pressupostos do modelo de HO, o comércio


internacional dá origem à igualização dos preços dos
fatores nos dois países, quer em termos relativos, quer em
termos absolutos
Explicação económica do modelo de
Samuelson
41

 O comércio internacional (CI) de bens elimina as


diferenças nos preços dos fatores de produção:
 O CI de bens funciona como um substituto perfeito da
mobilidade internacional de fatores;
 O comércio é motivado pelas diferenças de preços dos
bens:
 PX   PX 
    
 PY  A  PY B

 mas, especialmente:
PYA  PYB e PXA  PXB
Explicação económica do modelo de
Samuelson
42

 Nestas condições, o CI implicará que o país A aumente a


produção de X e diminua a produção de Y:
 a indústria X vai necessitar de mais factores de produção (L e K),
enquanto a indústria Y precisará de menos;
 como X é mais L intensivo que Y, o seu aumento de produção
requer mais trabalho do que a indústria Y está a libertar, e
menos K do que o libertado pela indústria Y
 no país A a procura de L aumenta, enquanto a procura de K diminui
 como a oferta de fatores é constante, o resultado será um
aumento do preço de L (fator relativamente abundante) e uma
diminuição do preço de K (fator relativamente escasso) e
consequente aumento de w/r
Explicação económica do modelo de
Samuelson
43

 No país B (relativamente K abundante), acontece o oposto:


 produção do bem relativamente K intensivo aumenta e produção do
bem relativamente L intensivo diminui, causando uma descida do
preço relativo do trabalho
 O equilíbrio internacional acontecerá quando os preços
relativos e absolutos dos bens nos dois países forem iguais,
o que implica a igualização dos preços relativos e absolutos
dos fatores:
 Enquanto se verificar w w P  P 
       X    X 
 r  A  r B  PY  A  PY B

o país A quererá aumentar as exportações de X e o país B as


exportações de Y, i.e. mantém-se a pressão no mercado de fatores dos dois
países para a igualização dos seus preços
O Teorema de Samuelson: críticas
44

 As suas conclusões são contrariadas pelo que se observa


no mundo real:
 as remunerações dos fatores podem registar grandes diferenças
entre países que são parceiros comerciais
 Possíveis explicações:
 Alguns dos pressupostos não se verificam: (1) ausência de custos de
transporte; ou (2) identidade de tecnologia ao nível mundial estão
longe de se verificar na prática
 se os preços dos produtos não são os mesmos, então também não é de
esperar que as remunerações dos fatores sejam as mesmas
 Diferenças de produtividade dos fatores:
 porque o trabalho (em particular) não é homogéneo;
 porque os países diferem grandemente em termos institucionais e ao nível
dos restantes fatores de produção
O Teorema de Samuelson: conclusão
45

 Apesar das suas limitações, o teorema de


Samuelson é útil para explicar a forma como o
comércio internacional interfere na remuneração
dos fatores de produção:
 O Comércio Livre tende a reduzir as diferenças de remuneração
dos fatores entre os países envolvidos
 Ex: entre países da UE com níveis de desenvolvimento idêntico
observa-se a convergência de preços dos bens e remunerações
dos fatores –Bélgica, Holanda, Alemanha
(2) O teorema de Stolper-Samuelson (1941):
a repartição interna dos rendimentos
46

 Indica-nos o impacto do comércio livre na


distribuição interna do rendimento:
O aumento no preço relativo de um bem, em
resultado da abertura ao comércio, levará ao
aumento da remuneração real do fator em que
ele é relativamente intensivo e à diminuição da
remuneração real do outro fator
 Vimos anteriormente que:
 se o país tem uma vantagem comparativa no bem X, o CI
aumentará os termos de troca (Px/Py);
 consequentemente, a produção de Y diminui e a produção
de X aumenta;
 Considerando que X é relativamente L-intensivo, (w/r)
também aumentará, enquanto (r/w) diminui
(2) O teorema de Stolper-Samuelson (1941):
a repartição interna dos rendimentos
47

 Stolper e Samuelson demonstraram que tal corresponde


 a um aumento do rendimento real dos detentores do fator
utilizado de forma relativamente intensiva nas exportações;
 e uma deterioração do rendimento real dos detentores do
outro fator

O comércio livre beneficia a economia como um todo


mas tem efeitos distintos nas várias classes de
cidadãos: alguns ganham, outros perdem

Forte possibilidade do aparecimento de lobbies


protecionistas
(3) O teorema de Rybczinski
48

 Faz a ‘ponte’ entre o CI e o crescimento económico, analisando os


efeitos da alteração das dotações fatoriais (crescimento),
mantendo constantes os termos de troca
Sendo constantes os termos de troca: um aumento
na dotação de um dos fatores leva a economia para
um novo equilíbrio que regista o aumento da
produção do bem que o usa intensivamente, e à
redução da produção do outro bem
 Manter constantes os termos de troca implica manter constantes os
preços relativos dos fatores (w/r), quaisquer que sejam as dotações
fatoriais dos países (teorema de Samuelson)
 Mantendo-se w/r, também se manterá K/L em ambas as
indústrias
(3) O teorema de Rybczinski – Ilustração gráfica
49

Exemplo:
QY Aumento na dotação
de capital, sendo o
2 declive = – PX / PY bem Y relativamente
Q 2Y
intensivo em K

declive = – PX / PY
1
Q 1Y

CPP 1 CPP 2
Q 2X Q 1X QX

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