6 - Custos

Economia e Administração
Microeconomia para a Anpec

Prof. Bruno Oliva
Economia e Administração Microeconomia para a Anpec Prof. Bruno Oliva

Capítulo 8
FUNÇÕES CUSTO
2
Definições de Custo
 É importante diferenciar os conceitos de custo contábil e
de custo econômico.
– Custos Contábeis se referem a custos históricos, o que foi
realmente pago.
– Custos Econômicos: O custo econômico de qualquer insumo
é o pagamento necessário para manter esse insumo na
presente alocação, ou, é a remuneração que esse insumo
receberia na sua melhor alocação. O custo econômico mede
o custo de oportunidade.
3
Hipóteses Simplificadoras
 Para simplificar nossas análises, trabalharemos somente
com dois insumos, l e k. Estes insumos são homogêneos
e contratados em mercados perfeitamente competitivos.
 Trabalho  o custo do trabalho é o salário (w)
 Capital  o custo do capital é o custo da máquina, o
aluguel (v)
4
Lucro Econômico
 Os custos totais das firmas são dados por:
Custo total = CT = wl + vk
 A receita total da firma é dada por:
Receita total = pq = pf(k,l)
 O lucro econômico () é igual a:
 = receita total – custo total
 = pq - wl - vk
 = pf(k,l) - wl - vk
5
Lucro Econômico
 Assim, o lucro econômico é função das quantidades de
capital e trabalho utilizados.
 A firma escolherá k e l de forma a maximizar o lucro.
 Entretanto, inicialmente trabalharemos com alguma
escolha particular de q.
6
Minimização de Custos
 Para minimizar o custo de produção, dada uma
determinada quantidade de produto, a firma deve
escolher os insumos de forma que a TMST da
isoquanta é igual a razão w/v.
7
 Dada a produção q0, queremos encontrar a combinação
de menor custo.
k por período
Custos são representados por
CT1
linhas paralelas de inclinação -w/v.
CT3
CT2
CT1 < CT2 < CT3

q0
l por período
8
O custo mínimo para produzir q0 is CT2.
k por período
Isto ocorre no ponto de
C1 tangência entre a isoquanta e a
C3 curva de custo total.
C2
k*
A escolha ótima é l*, k*.
q0
l por período
l* 9
 Matematicamente, queremos minimizar o custo total
dado q = f(k,l) = q0
 Lagrangeano:
L = wl + vk + [q0 - f(k,l)]
 CPO: L  w   f  0
l l w f f
  TMST
L f v l k
 v  0
k k
L
 q0  f ( k , l )  0
 10
Da CPO temos:
w f f f k fl Para minimizar o custo o produto
  marginal por cada real ($) gasto deve
v l k v w ser igual em todos os insumos
Da CPO também temos:

Custo marginal por
utilizar uma unidade a
mais de trabalho
v w
 
fk fl O Multiplicador indica quanto o
custo aumentaria se o produto
aumentasse um pouco
Custo marginal por
utilizar uma unidade a
mais de capital 11
Caminho de Expansão
 O caminho de expansão de uma firma é a curva que
mostra a combinação ótima dos insumos k e l, para
produzir diferentes quantidades de produto, assumindo
preços dos insumos constantes.
 Se a função tiver retornos constantes de escala (ou, de
forma mais geral, for homotética) o caminho de
expansão será uma linha reta.
12
Caminho de Expansão
k por período O caminho de expansão mostra

como a quantidade contratada dos
insumos crescem quando a
E
produção cresce.
Se a função tiver retornos constantes

q1 de escala (ou, de forma mais geral, for
homotética) o caminho de expansão
q0 será uma linha reta.
q00
l por período
13
Função Custo Total
 A Função Custo Total mostra o custo mínimo total de
um conjunto de insumos para qualquer nível de
produção.
CT = CT(v,w,q)
14
Custo Médio
 O custo médio (CMe) é o custo total dividido pela
quantidade produzida.
CT (v , w, q )
custo médio  CMe ( v , w, q ) 
q
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Custo Marginal
 O custo marginal (CMg) é a mudança no custo total de
uma mudança na quantidade produzida.
CT ( v , w, q )
custo marginal  CMg ( v , w, q ) 
q
16
Custo Total
Custo Com retornos constantes de escala, o custo total

Total é proporcional à produção.
CMe = CMg
C
O CMe e o CMg
serão constantes.
Produção
17
Custo Total
 A curva de custo total pode ter outro formato.

 Suponha que o invés de uma curva linear, a função
custo total comece côncava e se torne convexa a
medida que a produção cresce.
– Uma explicação possível para este formato é ter um terceiro
fator fixo na produção.
18
Custo Total
Custo CT
Total
No início temos
retornos crescentes
de escala, e depois
retornos
decrescentes.
Produção
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Custo Médio e Marginal
Custo CMg é a inclinação da curva de CT.

Médio e
Marginal
CMg
Se CMg < CMe, CMe
CMe está diminuindo.
Se CMg > CMe, CMe

Cme mínimo está aumentando.
Escala mínima eficiente
Produção
20
Mudanças nas Curvas de Custo
 As curvas de custo são desenhadas sob a hipótese de que

o preço dos insumos e a tecnologia são mantidas
constantes.
– Qualquer mudança nestes fatores fará com que as curvas de
custo se desloquem.
21
Propriedades das Funções Custo
 Homogeneidade:
– As funções custo são homogêneas de grau um nos preços
dos insumos.
- se os preços de todos os insumos aumentarem em x%, o
custo total, o custo médio e o custo marginal também
aumentarão em x%.
- Inflação sem mudança de preços relativos não muda a
produção ótima.
22
Propriedades das Funções Custo
 O custo total é não decrescente em q, v, e w.
 O custo total é côncavo nos preços dos insumos.
– A firma pode se adaptar dada uma mudança de preços
relativos e o custo aumentará menos.
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Concavidade da Função Custo
Em w1, o custo da firma é dado por CT(v,w1,q1).

Se a firma continua a comprar
o mesmo conjunto de insumos
Custo CTpseudo a medida que w varia, a função
custo será CTpseudo.
CT(v,w,q1)
CT(v,w1,q1)
Como a combinação de
insumos deve mudar, os
custos serão menores que
CTpseudo como em CT(v,w,q1).
w1 w 24
Curto Prazo e Longo Prazo
 No curto prazo, os agentes tem flexibilidade limitada em
suas ações.
 Assumimos então que o capital é fixo em k1 o curto
prazo, e que a firma pode escolher somente a
quantidade de trabalho.
 A função de produção se torna:
q = f(k1,l)
25
Custo Total de Curto Prazo
 O custo total de curto prazo será dado por:

CTCP = vk1 + wl
 Temos então dois tipos de custo no curto prazo:
– Custo Fixo: associado a insumos fixos (vk1).
– Custo Variável: associado a insumos variáveis (wl).
26
 Os custos de curto prazo não são os menores possíveis

para cada nível de produção.
– A TMST não será igual ao preço relativo dos insumos.
27
k por período
Dado que o capital está fixo em k1,
a firma não pode igualar a TMST
com o preço relativo dos insumos.
k1
q2
q1
q0
l por período
l1 l2 l3
28
Custo Marginal e Médio de Curto Prazo
 O custo médio de curto prazo (CMeCP) é dado por:

CMeCP = CTCP/q
 O custo marginal de curto prazo (CMgCP) é dado por:
CMgCP = CTCP/q
29
Custo Total de Curto e Longo Prazo
CTCP (k2)
Custo CTCP (k1)
Total CT
CTCP (k0)
Produção
q0 q1 q2 30
Custo Marginal e Médio de Curto e Longo
Prazo
Custos
CMgCP (k0) CMeCP (k0) CMg
CMe
CMgCP (k1) CMeCP (k1)
Produção
q0 q1 31

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CT1 < CT2 < CT3

Da CPO também temos:

k por período O caminho de expansão mostra

Se a função tiver retornos constantes

Custo Com retornos constantes de escala, o custo total

 A curva de custo total pode ter outro formato.

Custo CMg é a inclinação da curva de CT.

Se CMg > CMe, CMe

 As curvas de custo são desenhadas sob a hipótese de que

Em w1, o custo da firma é dado por CT(v,w1,q1).

 O custo total de curto prazo será dado por:

 Os custos de curto prazo não são os menores possíveis

 O custo médio de curto prazo (CMeCP) é dado por:

CMgCP (k0) CMeCP (k0) CMg

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