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PLANO MUSEOLÓGICO

– MOA –

MUSEU DO OBSERVATÓRIO ASTRONÔMICO


DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DO RIO GRANDE DO SUL

1
FICHA TÉCNICA

Museu do Observatório Astronômico da Universidade Federal do Rio Grande do


Sul (MOA)
Claudio Miguel Bevilacqua
Diretor

MOSAICO MUSEOLOGIA E PROJETOS CULTURAIS LTDA.


CNPJ 20.307.837/0001-95
Rua Jaime Telles, 35 – Porto Alegre/RS
COREM/3ª Região sob o nº J-01
Equipe:
Elisa dos Santos Dias
Museóloga Responsável
COREM/3ªR nº 0163-I
César Augusto Papini de Araújo
Museólogo Assistente
COREM/3ªR nº 0162-I

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TERMO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Pelo presente Termo de Responsabilidade Técnica, eu, Elisa dos Santos Dias,
Museóloga, com registro no COREM/3ª Região sob o nº 0163-I, CPF nº 369.297.350-
00, Responsável Técnica pela empresa Mosaico Museologia e Projetos Culturais
Ltda., CNPJ 20.307.837/0001-95, inscrita no COREM/3ª Região sob o nº J-01, de
acordo com a Lei nº 7.287, de 18 de dezembro de 1984, Decreto nº 91.775, de 15
de outubro de 1995 e Lei 11.904, de 14 de janeiro de 2009, assino o presente Plano
Museológico do Museu do Observatório da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, localizado nesta cidade de Porto Alegre/RS.
Porto Alegre, 5 de maio de 2016.

______________________________
Elisa dos Santos Dias
Museóloga Responsável
Mosaico Museologia e Projetos Culturais Ltda.

___________________________
Claudio Miguel Bevilacqua
Diretor do Museu do Observatório Astronômico

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SUMÁRIO

1. DEFINIÇÃO DA INSTITUIÇÃO 9
Localização ......................................................................................................................................................... 10
Missão Institucional ........................................................................................................................................... 10
Objetivos ............................................................................................................................................................. 11
2. DIAGNÓSTICO E PROGRAMAS MUSEOLÓGICOS 12
2.1. Programa Institucional e Estrutura Organizacional ............................................................................. 12
Organograma do IF localizando o Observatório Central 13
Elaboração de Regimento Interno 14
Plano Anual de Atividades 15
Associação de Amigos do Museu 15
Organograma funcional 15
Projetos a serem realizados 15
Pontos Fortes e Fracos (Institucional e Estrutura Organizacional) 16
2.2. Programa de Recursos Humanos, Materiais e Financeiros .................................................................. 16
Cargos e funções no Observatório Astronômico 17
Capacitação de equipe 18
Ampliação do quadro funcional 18
Alternativas de autonomia econômico-financeira 19
Projetos a serem desenvolvidos 19
Pontos Fortes e Fracos (Recursos Humanos, Materiais e Financeiros) 19
2.3. Programa de Acervos .......................................................................................................................... 20
Documentação 22
Política de acervos 23
Comissão de Acervos 25
Conservação 26
Projetos a serem realizados 26
Pontos Fortes e Fracos (Acervos) 27
2.4. Programa de Exposições ..................................................................................................................... 27
Exposições temporárias 28
Exposições de longa duração 28
Ações a serem executadas 29
Projetos a serem realizados 29
Pontos Fortes e Fracos (Exposições) 30
2.5. Programa de Pesquisa e Educativo ...................................................................................................... 30
Ações atualmente realizadas 30
Projetos a serem realizados 32
Pontos Fortes e Fracos (Pesquisa e Educativo) 32
2.6. Programa Arquitetônico ...................................................................................................................... 33
Pavimentos 34
Área externa 37
Climatização de ambientes 38

4
Acessibilidade 38
Espaço físico e Reserva Técnica 39
Projetos a serem executados 40
Pontos fortes e fracos (Arquitetônico e urbanístico) 41
2.7. Programa de Segurança ...................................................................................................................... 41
Pontos fortes e fracos (Segurança) 43
2.8. Programa Socioambiental ................................................................................................................... 43
Projetos a serem realizados 44
Pontos fortes e fracos (Socioambiental) 45
2.9. Programa de Comunicação (difusão e divulgação) .............................................................................. 45
Ações a serem realizadas 46
Projetos a serem realizados 47
Pontos fortes e fracos (Comunicação) 47

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APRESENTAÇÃO
O Plano Museológico está previsto como documento obrigatório pela Lei
Federal 11.904, de 14 de janeiro de 2009, que institui o Estatuto de Museus e dá
outras providências e pelo Decreto Federal 8.124, de 17 de outubro de 2013, que
regulamenta dispositivos da Lei no 11.904 e da Lei no 11.906, de 20 de janeiro de
2009, que cria o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM).
O planejamento em um Museu é fundamental para uma boa administração
e segurança. Assim, o Plano Museológico é o diferencial e a referência para uma
instituição bem administrada e implica em vantagens para a instituição de memória
porque resulta em melhores serviços e maior eficiência e, também, como um
instrumento fundamental para a sistematização das práticas museais. É ferramenta
básica de planejamento estratégico de sentido global e integrador. Contempla,
ainda, o conjunto de atividades que não estão diretamente ligadas às
especificidades do Museu e tem por objetivos a definição, o ordenamento e a
priorização das ações de cada uma de suas áreas de funcionamento, pontuando
suas demandas, além de discutir e elaborar procedimentos norteadores à fixação
de compromissos futuros da gestão e da administração, independentemente de
eventualidades.
Pelo seu caráter interdisciplinar, o Plano Museológico do Museu do
Observatório Astronômico da UFRGS (MOA) foi elaborado de forma participativa
entre a equipe do Museu e a equipe técnica da Mosaico Museologia e Projetos
Culturais Ltda. Foram compartilhadas informações que contribuíram para o efetivo
conhecimento da dinâmica do Museu, suas limitações e suas aspirações.
Os trabalhos iniciaram-se pela definição da missão do Museu a partir da
missão existente no Plano de Desenvolvimento Estratégico (PDE) do Observatório,

6
datado de outubro de 2008 e reformulado em 2010. Após um diagnóstico
minucioso, ficaram conhecidas as condições físicas, técnicas e administrativas e
foram promovidas diversas discussões sobre os objetivos e Programas que seriam,
então, desenvolvidos para o fortalecimento e a plena atuação da instituição na
sociedade.
O desenvolvimento dos Programas inclui o planejamento nas áreas de
gestão institucional, gestão de pessoas, gestão de acervos, exposições, educação e
cultura, pesquisa, arquitetônica e urbanística, segurança, financiamento e fomento,
comunicação e socioambiental, a fim de fundamentar a elaboração futura de vários
projetos necessários à aplicação das diretrizes, estratégias e ações necessárias às
atividades específicas do Museu.
A proposição dos projetos específicos procurou manter características de
exequibilidade, objetividade, clareza e coesão, indicando projetos amplos e
abrangentes que podem ser desmembrados em projetos mais específicos. Os
fundamentos de cada projeto foram descritos e explicitados em cada um dos
Programas correspondentes.
Uma vez que qualquer projeto está diretamente associado ao orçamento,
não foram estabelecidos prazos ou fixadas datas para a execução dos mesmos,
tendo em vista a dependência de financiamentos externos ou ao afluxo variante de
verbas.
A elaboração do Plano Museológico se constitui como marco na trajetória
do Museu do Observatório Astronômico da UFRGS, pois promove
autoconhecimento e autocrítica, uma vez que a administração passa a racionalizar
o conhecimento de si própria como parte integrante e indissociável da instituição
e, também, indispensável para a manutenção institucional. Porém, essa

7
racionalização deve ser mantida através da avaliação permanente e criteriosa de
todos os aspectos do Plano Museológico, pois as mudanças científico-tecnológicas,
sociais e culturais, nem sempre percebidas, fluem inexoravelmente.
Este Plano Museológico tem como objetivo principal diagnosticar as
potencialidades e elaborar um planejamento de ações de médio e longo prazo,
buscando a qualificação e ampliação das atividades do Museu e do próprio
Observatório Astronômico da UFRGS, uma vez que as atividades de ambos se
integram e complementam.

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1. DEFINIÇÃO DA INSTITUIÇÃO
O prédio do Observatório Astronômico, pertencente à Universidade Federal
do Rio Grande do Sul – UFRGS é tombado em sua integridade pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Estadual (IPHAE) e pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Seu tombamento ocorreu em função do seu
valor histórico e arquitetônico reconhecido: “Segundo especialistas, é o mais
completo exemplar da arquitetura Art Nouveau existente em Porto Alegre [...]. Suas
fachadas são ricas em elementos decorativos de inspiração animal e vegetal”.
Esse Observatório foi o primeiro do gênero construído no século XX no Brasil
e um dos observatórios mais antigos existentes no País. Ainda hoje é mantido em
funcionamento em seu prédio original, abrigando em suas dependências um
acervo de instrumentos técnico-científicos, formado desde o início de suas
atividades. É constituído de três pavimentos arquitetados para finalidades
específicas da Astronomia e para que o Estado do Rio Grande do Sul pudesse ter
um Serviço de Hora Certa, entre outras atribuições. Originalmente denominava-se
Instituto Astronômico e Meteorológico (IAM) por abrigar uma seção de
meteorologia e implantar estações meteorológicas no Estado. Em 1921, a Seção de
Meteorologia foi transferida para o atual prédio da Rádio da Universidade.
O projeto para a construção de um Observatório Astronômico no Rio
Grande do Sul remonta ao ano de 1899. O Estado, de orientação positivista,
necessitava de um serviço de hora oficial e delegou essa tarefa à Escola de
Engenharia de Porto Alegre. O projeto foi concebido pelo Engenheiro Manoel
Barbosa Assumpção Itaquy e foi realizado entre os anos de 1906 e 1908.
O Observatório foi inicialmente instrumentalizado com equipamentos de
origem europeia. Os serviços só funcionaram efetivamente a partir de 1912 com a

9
contratação de um experiente astrônomo alemão. Em 1934, com a criação da
Universidade do Rio Grande do Sul, o Observatório foi integrado à Universidade
com o nome de Instituto de Astronomia da Escola de Engenharia e, em 1942, a
Seção de Meteorologia foi federalizada passando ao Ministério da Agricultura
(INMET).
A partir dos anos 1960 iniciaram-se as visitações abertas ao público
disponibilizando o acesso a esse patrimônio histórico e cultural, uma vez que suas
atividades como instrumento produtor de hora já não eram mais essenciais.
Em 1970, com a reforma universitária, o Observatório passa a ser órgão
auxiliar do Instituto de Física da UFRGS.
Localização
O edifício está situado no denominado primeiro quarteirão do Campus
Central da Universidade, junto aos prédios das Faculdades de Engenharia,
Economia e Direito e próximo ao Centro Histórico da capital do Estado do Rio
Grande do Sul, onde se encontram mais oito prédios que lhe são contemporâneos.
Essas edificações fazem parte, juntamente com outras localizadas em diversos
pontos da cidade de Porto Alegre, do conjunto de prédios históricos da UFRGS.
Missão Institucional
Promover o desenvolvimento, a educação e a inclusão social através da
preservação e da divulgação de acervo técnico-científico relacionado à ciência
astronômica, contribuindo para a difusão da Astronomia no Rio Grande do Sul e no
Brasil.

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Objetivos
A Instituição tem, como objetivo geral, preservar e divulgar a história da
ciência astronômica do Rio Grande do Sul.
Para a efetiva realização do objetivo geral da instituição, foram listados os
seguintes objetivos específicos:
 Salvaguardar o acervo técnico, instrumental-científico relacionado à
Astronomia e Ciências afins no Estado;
 Pesquisar, preservar, restaurar e divulgar o acervo instrumental, documental
e bibliográfico;
 Proporcionar a aproximação e a interação da sociedade com a área
astronômica;
 Desenvolver atividades pedagógicas de ensino não formal e a alfabetização
científica a partir da observação do céu e da interação com o acervo,
fomentando a inter, a multi e a transdisciplinariedade;
 Comunicar o conhecimento astronômico através do seu acervo;

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2. DIAGNÓSTICO E PROGRAMAS MUSEOLÓGICOS

Como estratégia metodológica, o diagnóstico museológico tem por objetivo


identificar as potencialidades da instituição. Através do olhar crítico sobre cada
área, se poderá perceber e avaliar as atividades desenvolvidas, o valor do
patrimônio e as lacunas existentes. Trata-se de importante ferramenta para o
planejamento institucional de longo prazo, permitindo a concepção de programas
e projetos condizentes com a realidade da instituição, sem descuidar de garantir a
sua continuidade.1 Programas e projetos bem desenvolvidos propiciarão o
desenvolvimento de procedimentos de excelência para o tratamento dos acervos
e para a qualificação dos serviços prestados pelo Museu.

2.1. Programa Institucional e Estrutura Organizacional

Até o início do ano de 2015 o Observatório Astronômico da UFRGS atuou


como uma instituição de memória, não sendo um Museu de fato, porém fazendo
parte da Rede de Museus e Acervos Museológicos da UFRGS - REMAM. A partir
desse ano, foi instituído o Museu do Observatório Astronômico da UFRGS, criado
para musealizar o seu prédio e seu acervo. O Museu do Observatório está inscrito
no Sistema Estadual de Museus – SEM, sob nº.... e no IBRAM sob nº..... O
Observatório e seu Museu fazem parte e são subordinados ao Instituto de Física.
Compartilham, ainda, ações, políticas e procedimentos prestando serviços na área
de Astronomia e Astrofísica, além de apoio técnico às atividades de observação
astronômica. A obtenção de recursos é de responsabilidade do diretor e é
dependente da instituição à qual está vinculado para a manutenção das suas

1
Cândido, Manuelina Maria Duarte. Diagnóstico Museológico: abordagens e práticas no Museu da Imagem e do Som do Ceará. In
Cadernos do CEOM – Ano 22, n. 31 – Espaço de memória: abordagens e práticas. Disponível em
http://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rcc/article/view/536/358. Consulta em 22/05/2015.

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instalações e manutenção do acervo, provimento de equipe técnica, lotação de
funcionários e tudo mais que envolve o Museu.
O Observatório, até o presente, orienta-se pelo seu PDE – Plano de
Desenvolvimento Estratégico, de outubro de 2008, não possuindo regimento
interno e estatuto próprios.

A instituição não possui organograma específico constando do


organograma geral da Universidade que localiza o Observatório como um órgão
auxiliar do Instituto de Física da UFRGS (IF). Assim, a título de compreensão das
hierarquias, vinculações e relações a que esse espaço está sujeito, segue o esquema
abaixo:

Organograma do IF localizando o Observatório Central

Projeto educativo
móvel Observatório
Educativo Itinerante
Departamento de (OEI)
Astronomia Laboratório de
Observações
Remotas
Instituto de Física Departamento de
da UFRGS Física Observatório
Central (OC)

Observatório Observatório
Astronômico da
UFRGS (OA) - órgão
Morro Santana
auxiliar (OMS)

Observatório
Campus do Vale
(OCV)

Existe, ainda, um Protocolo de Cooperação entre a UFRGS, através da


REMAN, e o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) do RJ, órgão do
Ministério da Ciência e Tecnologia, assinado pelos respectivos Reitor e Diretor e que

13
teve por objetivos a cooperação técnico-científica e a orientação no
desenvolvimento de um projeto museológico para o Observatório Astronômico.
Desde então, foram desenvolvidas algumas ações como a avaliação do estado do
acervo, tendo como resultado duas visitas técnicas em 2007 e que resultaram em
dois relatórios técnicos elaborados pela equipe do MAST. O projeto museológico,
porém, não se realizou.

Elaboração de Regimento Interno

Conforme recomendação e definição do IBRAM, e Decreto 8.124/2013,


deverá ser realizado o Regimento Interno que é “um documento de organização
interna do museu que traz as definições importantes para o funcionamento da
unidade. Podem fazer parte do regimento interno, por exemplo, a estrutura
administrativa; as responsabilidades das unidades; as atribuições de dirigentes e
servidores; as regras de funcionamento de órgãos colegiados; diretrizes sobre a
associação de amigos; as disposições sobre o público como horários, restrições à
entrada, necessidade de agendamento de visita; diretrizes para exercício das
atividades de segurança, vigilância e gestão de risco; regras para a cobrança de
ingressos, reprodução de bens ou aluguel de instalações. Abrange definições
originadas no museu como a aplicação de diretrizes estabelecidas pela entidade a
qual esteja vinculado. O regimento é importante por formalizar os procedimentos
a serem seguidos e as responsabilidades envolvidas, permitindo visibilidade e
favorecendo a comunicação aos envolvidos”. Sendo o Museu do Observatório
Astronômico uma instituição pública, seu regimento interno será estabelecido em
relação ao ente federado ao qual está vinculado, definindo sua forma de gestão.

14
Plano Anual de Atividades

O Plano Anual de Atividades deverá ser fundamentado no Plano Museológico


e deverá ser estabelecido entre o Museu e a UFRGS, tendo o propósito de dar
visibilidade para os recursos a serem destinados ao museu e ao desempenho
esperado da instituição. É o instrumento que permitirá a unidade mantenedora
alocar os recursos e definir as metas de desempenho.

Associação de Amigos do Museu

A constituição da Associações de Amigos do Museu do Observatório


Astronômico tem por finalidade apoiar e colaborar com as atividades do Museu e
contribuirá para o desenvolvimento e para a preservação do seu patrimônio. A
atuação da Associação de Amigos, em relação à captação de recursos, ficará
condicionada ao prévio reconhecimento da entidade por ato administrativo do
Museu. O IBRAM estabelece os requisitos para o procedimento de reconhecimento
das Associações e dispõe sobre as relações entre os Museus que integram o IBRAM
e as Associações de Amigos de Museus em sua Instrução Normativa nº 1, de 27 de
outubro de 2011.

Organograma funcional

Deverá ser desenvolvido um Organograma Funcional específico para o


Museu do Observatório Astronômico representando e indicando as coordenações
e serviços.

Projetos a serem realizados


 Elaboração de Regimento Interno

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 Plano Anual de Atividades
 Criação de Associação de Amigos do Museu
 Elaboração de organograma funcional adaptado às novas funções do
Observatório como instituição museológica.

Pontos Fortes e Fracos (Institucional e Estrutura Organizacional)

Pontos Fortes Pontos Fracos

Possui Missão Institucional, formulada nesse Plano Inexistência de Regimento


Museológico, bem como Objetivos Interno

É uma instituição de valor histórico-cultural reconhecido, Inexistência de organograma


sendo tombada a nível nacional, estadual e municipal específico
Inexistência de Política de
A instituição tem acervo de alto valor técnico-científico
Aquisição e Descarte de Acervos
Inexistência de Associação de
Instituição atuante na REMAM/UFRGS
Amigos
Existência de Protocolo de Cooperação com o MAST Plano Anual de Atividades
Está inscrito no Cadastro Nacional de Museus (CNM)
Possui registro nos órgãos competentes (SEM-RS/CNM)

2.2. Programa de Recursos Humanos, Materiais e Financeiros

Como já foi dito, o Museu do Observatório não possui orçamento próprio e


o aporte financeiro depende da administração da Universidade. Os recursos
humanos materiais e financeiros são providos através do Instituto de Física da
Universidade, conforme solicitação e disponibilidade.
No ano de 2013 o Observatório Astronômico elaborou o Projeto
“ASTRONOMIA: conectando mundos e saberes” encaminhando projeto de
modernização da instituição ao Edital do Ministério da Cultura, MCTI/CNPq/SECIS

16
n º 85/2013 para apoio à criação e ao desenvolvimento de Centros e Museus de
Ciência e Tecnologia. O projeto foi selecionado e contemplado, o que possibilitou
a elaboração desse Plano Museológico, estudos de público e projeto e aquisição
de vitrines expositivas, além de projeto e execução de iluminação interna,
aquisição de equipamentos de segurança (câmeras e sensores), aquisição de
instrumentos astronômicos e equipamentos de informática.
Seguindo o Regimento Interno do Instituto de Física – IF, o Observatório
Astronômico tem um Diretor e um Diretor Substituto escolhidos pelo Conselho de
Unidade do IF. Os demais funcionários, no geral sem formação específica na área
da Física ou Astronomia, são alocados conforme disponibilidade da Universidade e
vinculados ao Instituto de Física.
Os serviços de segurança e limpeza são terceirizados, como ocorre em toda
a Universidade. O Observatório recebe, eventualmente, alunos bolsistas de
extensão ou pesquisa e estudantes em Estágio Curricular oriundos dos diversos
cursos da UFRGS e de outras Universidades.

Cargos e funções no Observatório Astronômico

Quant. Cargo/Função
1 Diretor com formação na área da Astronomia;
1 Diretor Substituto;
1 Assistente administrativo TAE;
1 Porteiro (terceirizado);
1 Responsável pela limpeza (terceirizado);
3 Técnicos administrativos em educação TAE’s

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Capacitação de equipe

Tendo em vista que o quadro funcional contempla as atividades técnicas de


observação astronômica, deverá ser realizada a capacitação de toda a equipe, a fim
de harmonizar as atividades técnicas relativas à astronomia com as rotinas
museológicas.
Da mesma forma, é fundamental que os funcionários que realizam a limpeza
diária do Museu pertençam ao quadro de funcionários da instituição e sejam
devidamente treinados para uma adequada execução dos afazeres básicos de
limpeza, a fim de se evitar acidentes ou procedimentos que venham a causar danos
ao acervo. Na impossibilidade da contratação dentro do quadro de funcionários, os
trabalhadores terceirizados deverão ser devidamente treinados e exigida a perfeita
execução das tarefas.

Ampliação do quadro funcional

Tendo em vista que a Universidade tem museólogos, bibliotecários e


arquivistas em seu quadro funcional e que esses não podem ser disponibilizados
permanentemente ou com exclusividade ao Museu do Observatório Astronômico,
deverão ser destinadas, permanentemente, bolsas de estágio na área de
Museologia e, temporariamente, nas áreas de Biblioteconomia e Arquivologia. As
atividades desenvolvidas por estagiários da área de Museologia podem fazer a
mediação e deverão abranger a gestão do acervo e as atividades educativas. A
mediação é o processo que promove a aproximação e interação entre o visitante e
o acervo, bem como, suas diversas atividades. Também os bolsistas de extensão do
Curso de Astrofísica, Física e Geografia, poderão exercer atividade de mediação. Os

18
trabalhos executados pelos estagiários admitidos deverão ser orientados pelos
profissionais museólogos da instituição e de acordo com as diretrizes deste Plano
Museológico.

Alternativas de autonomia econômico-financeira

As verbas para manutenção das atividades do Museu provêm, como já foi


dito, do orçamento do Instituto de Física, o que caracteriza dependência da
instituição mantenedora. Deverá ser implementada a participação permanente do
Museu em editais públicos de aporte de verbas, propondo projetos de
modernização e melhorias nas atividades museológicas e na manutenção do
conjunto arquitetônico.
Projetos a serem desenvolvidos

 Ampliação e capacitação de equipe;

 Organização de projetos para participação em editais de aporte


financeiro;

Pontos Fortes e Fracos (Recursos Humanos, Materiais e Financeiros)

Pontos Fortes Pontos Fracos

Parceria e apoio da Direção do


Dependência do orçamento do IF
Instituto de Física.
Equipe insuficiente e sem formação
Participação ativa em editais
específica para a realização das
(CNPq, FAPERGS)
atividades do Museu
Parceria com o Departamento de Profissionais de limpeza terceirizados e
Astronomia sem treinamento ou qualificação para

19
a execução de serviços em ambientes
controlados, especificamente em
Museus.
Ausência de profissional Museólogo
Participação na REMAM
especificamente para o Museu
A REMAM conta com
museólogos que atendem os
Museus da rede

Apoio da PROREXT/UFRGS

2.3. Programa de Acervos

O acervo do Museu do Observatório da UFRGS é basicamente formado por


três coleções: instrumentos e objetos técnico-científicos, documental e
bibliográfico, composto majoritariamente de instrumentos científicos de
observação, medição, aferição e registro pertinentes à Astronomia. Pode-se citar
grupos de teodolitos, pêndulas, cronômetros, lunetas e telescópios, entre outros.
Essa aparelhagem, em sua maioria, fez parte da formação inicial do acervo e dos
primeiros anos de trabalho e uma outra parte, não menos significativa, foi
incorporada no decorrer do tempo. Os instrumentos e demais objetos que formam
o acervo foram adquiridos, e ainda o são, pelas suas propriedades e capacidades
de uso específico para os quais foram concebidos.

O acervo documental reúne subcoleções de registros impressos ou


manuscritos, produzidos ao longo dos anos. Nos Relatórios da Escola de Engenharia
foram registradas importantes informações sobre a formação do antigo Instituto
Astronômico e Meteorológico e os objetos e instrumentos que ali eram utilizados

20
para o desenvolvimento do trabalho. Contemplam um período específico da
formação do acervo inicial do Observatório, bem como, as atividades laborais entre
1906 e 1933, quando o Observatório passou a fazer parte da Universidade. Da
mesma forma, os registros conhecidos como “Anotações do Sr. Dario Kuplich”,
ajudaram a salvar boa parte da memória dessa instituição. Outra fonte de
informação documental são listas de inventário e patrimônio comuns à
Universidade. Através desses, tem-se conhecimento, também, da existência de
alguns itens já desaparecidos ou não localizados presentemente.

O acervo não está formalmente inventariado ou catalogado e as coleções


não estão definidas.

Aquisição e descarte

Como já foi dito no Programa Institucional, o Museu não possui ainda uma
Política de Aquisição e Descarte de Acervos.

Aquisição de objetos para complementação das coleções

A partir de uma pesquisa na documentação, poderão ser identificados os


objetos que se perderam, mas que, devido às informações dos “Relatórios...” e
“Anotações...”, ainda podem ser identificados e adquiridos pelo critério de
similaridade e exemplaridade2. Essa integralização das coleções é necessária para a
continuidade da narrativa museológica, uma vez que fazem parte de um contexto
histórico consonante com a proposta da instituição.

2
Exemplaridade: o objeto adquirido, similar ao que foi perdido, seria referenciado como tal na documentação,
evitando ser tomado como objeto original ou da formação inicial do acervo.

21
Documentação

Entendendo-se que a documentação adequada é uma das garantias e


segurança do acervo, será desenvolvido e executado um extenso projeto de
documentação.

Inicialmente será realizado o Inventário dos objetos existentes no


Observatório, onde se definirão as coleções museológica, documental e
bibliográfica. A coleção museológica será subdivida utilizando-se critérios de tipo
dos objetos. Na coleção documental serão utilizados os critérios de procedência e
autoria. Na coleção bibliográfica serão utilizados os critérios de procedência, tipo
de publicação e conjuntos editoriais. A base de informação par+-a o Inventário
serão os antigos registros constantes nos “Relatórios...” e nas “Anotações...”,
devidamente checados com o acervo físico existente.

Após, será implantado o uso de Livro Tombo, onde serão registrados os


objetos que compõem as coleções do museu, assim a baixa dos mesmos.

Em fase imediatamente posterior, devem ser desenvolvidas as fichas


catalográficas de todo o acervo em modelo apropriado para as tipologias
existentes, bem como o desenvolvimento de seu Manual Catalográfico. Para um
adequado registro, serão adotados o modelo de ficha física e plataforma eletrônica
com associação a uma base de dados que possibilite utilização de tecnologias e
metodologias democráticas e inovadoras que permitam o acesso à informação
através da internet, terminais interativos e aplicativos, tornando a instituição mais
organizada e atrativa ao público, além de aumentar exponencialmente as
possibilidades de pesquisa. Para a numeração das peças do acervo será adotada o

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sistema alfanumérico sequencial, atualmente o mais utilizado nos museus,
conforme recomendações do CIDOC/ICOM3.

A partir do Inventário será possível determinar que objetos estiveram


presentes nas lides do Observatório em décadas anteriores e que hoje não se
encontram mais na integralidade do acervo. Para efeito de futuras recomposições
das coleções, será realizado um levantamento dos objetos desaparecidos, em
formato de lista e que se tornará parte integrante da documentação.

Política de acervos

A Política de Acervos é um instrumento da gestão museológica e


fundamental para apoiar as ações do museu e explorar satisfatoriamente os
recursos sempre limitados que são o tempo, o dinheiro, o equipamento, o material,
o espaço e o pessoal. Esse documento irá identificar e regularizar as diretrizes e
processos de aquisição e descarte, oferecendo os subsídios necessários, ajustando
o perfil e as políticas de ação institucional, bem como, as normativas para um
trabalho consistente e direcionado. Assim, compreende-se a Política de Acervos
como parte essencial de um programa de gestão de coleções. Inclui os métodos
práticos, técnicos, éticos e jurídicos que permitem reunir, organizar, estudar,
interpretar e preservar as coleções. A gestão das coleções inclui a conservação, o
emprego das coleções e a preservação dos dados, assim como, a forma na qual as
coleções apoiam a missão e os objetivos do museu. Esse documento permitirá à
instituição a aquisição de acervos em consonância com suas diretrizes e linhas de
pesquisa, dará transparência e seriedade ao processo decisório e respaldo à

3
Comitê Internacional de Documentação do Conselho Internacional de Museus.

23
tomada de decisão, manterá o equilíbrio e a integridade na formação do acervo,
melhorará a organização e otimização das atividades, viabilizará o descarte de
acervos não pertinentes a sua linha de atuação e a missão do Museu, respeitando
a identidade dos acervos.

A elaboração do documento Política de Aquisição e Descarte de Acervos visa


regularizar e oferecer os subsídios para a tomada de decisões referente à entrada e
a saída por descarte do acervo. Este documento será elaborado no âmbito da
Comissão de Aquisição e Descarte de Acervo e significa um passo importante no
que se refere à formação do perfil e das políticas de ação institucional, bem como,
as normativas para um trabalho mais consistente e direcionado. Ele estabelece
critérios, diretrizes e procedimentos com o objetivo de orientar a análise e a coleta
do acervo a ser adquirido. Esta política será baseada na missão institucional do
Museu.

O estabelecimento de uma Comissão de Aquisição e Descarte de Acervos tem


base na legislação vigente, conforme Art. 38 da Lei nº 11.904, sobre os acervos dos
museus, onde se determina que “Os museus deverão formular, aprovar ou, quando
cabível, propor, para aprovação da entidade de que dependa, uma política de
aquisições e descartes de bens culturais, atualizada periodicamente” e, também,
que “os museus vinculados ao poder público darão publicidade aos termos de
descartes a serem efetuados pela instituição, por meio de publicação no respectivo
Diário Oficial”.

Os principais objetivos da Política de Aquisição e Descarte de Acervos são:

a) Adquirir acervos em consonância com as linhas de atuação do Museu;

24
b) Dar transparência ao processo decisório e respaldo à tomada de
decisão;

c) Manter o equilíbrio e a integridade na formação do acervo;

d) Melhorar a organização e otimização das atividades;

e) Respeitar a identidade dos acervos;

f) Viabilizar o descarte de acervos não pertinentes a esta política do


Museu;

O documento “Política de Aquisição e Descarte de Acervos” se pautará,


também, nos códigos de ética de organizações nacionais e internacionais, como o
Conselho Internacional de Museus (ICOM), o Conselho Nacional de Arquivos
(CONARQ) e respaldados pelo Conselho Federal de Museologia (COFEM). Nesse
contexto, é importante lembrar que o Código de Ética do ICOM é um importante e
claro instrumento para fundamentação das diretrizes e decisões do Museu.

Comissão de Acervos

O processo de elaboração da Política de Acervo exige a formação de uma


Comissão de Acervos que, junto com a direção do Museu, realizará reuniões
sistemáticas para estabelecer as diretrizes que formarão o documento final. Para a
elaboração desse documento a Comissão observará as normas nacionais e
internacionais que dispõem sobre o assunto, tomando por documento-diretriz o
Estatuto de Museus (Lei nº 11.904/09) e pautando-se nos códigos de ética de

25
organizações nacionais e internacionais, como o Conselho Internacional de Museus
(ICOM) e o Conselho Federal de Museologia (COFEM).

Conservação

Devido à complexidade de construção e diversidade de materiais que


compõem os objetos do Museu do Observatório, será necessário pensar
cuidadosamente sua conservação, pois o acervo de C&T exige rotinas e
procedimentos específicos. Assim, sendo, a conservação do acervo museológico
deverá ser realizada por profissional Conservador em sintonia com as decisões da
Comissão de Acervos. Porém, devido às limitações institucionais do Museu, será
necessário estabelecer um calendário de avaliação técnica periódica.

Uma parcela dos objetos encontra-se restaurada e outra apenas


preservada. Essa restauração, realizada há aproximadamente uma década, foi
realizada por se constatar perigo iminente de perda de acervo de grande
importância para a instituição e para o patrimônio científico local e nacional. O
desuso, a falta de conservação aliados às condições de depósito e transporte
inadequados em décadas anteriores produziram efeitos desastrosos resultando em
avarias e perdas em parte do acervo.

Projetos a serem realizados

 Política de Aquisição e Descarte de Acervos – Manual de Gerenciamento


e Uso e a instalação da Comissão de Acervos;

26
 Projeto de organização e registro de acervo (implantação de plataforma
eletrônica associada a uma base de dados; inventário e catalogação do
acervo; Livro Tombo e levantamento de acervo desaparecido)

 Recomposição por aquisição de acervos perdidos ou extraviados.

 Elaboração de projeto de conservação de acervo em todo o processo


museal, incluindo exposição, armazenamento (Reserva Técnica) e
restauração de itens que se encontrem na situação de risco, além de
mobiliário próprio para acervo documental e bibliográfico.

Pontos Fortes e Fracos (Acervos)

Pontos Fortes Pontos Fracos

Registros sobre a formação da maior parte do


Documentação museológica inexistente
acervo (Relatórios...)
Importante coleção de instrumentos científicos Constatação de itens desaparecidos não
de Astronomia listados
Grande parte do acervo está restaurada e bem Alguns objetos em mau estado de
conservada conservação
Reserva técnica atual inadequada e fora dos
O próprio prédio é um instrumento científico
padrões

2.4. Programa de Exposições

O Museu do Observatório tem como espaços reservados à exposição


quatro ambientes: o andar térreo com 30,63m², o primeiro andar com 24,22 m², o
segundo andar com 45 m² e o terceiro andar com 30,63 m2, onde se encontra a
cúpula que abriga um dos objetos mais importantes do acervo e o terraço em que
se realizam observações. Os espaços do Museu são bastante limitados e precisam

27
ser bem pensados para a exposição e a circulação. A circulação permite opções de
percurso restritas, mas boa parte do problema foi resolvido com vitrines especiais
com volume e capacidade suficientes para o acervo.

Exposições temporárias

As exposições temporárias e itinerantes deverão seguir um programa anual


dentro de um planejamento visando sua regularidade e podem ser realizadas no
andar térreo que, embora não seja o ideal, deve ser destinado às exposições
temporárias por variados motivos, entre eles, a acessibilidade e por ser
considerado inadequado para a exposição permanente pelo seu nível de umidade
acima do desejado. Apesar de contar com uma área razoável para expor salienta-
se que a mesma é igualmente utilizada para a circulação interna da instituição em
sua rotina e por interligar o acesso ao banheiro e uma sala multifuncional de
acesso restrito aos técnicos e funcionários da instituição.

Exposições de longa duração

A exposição de longa duração deverá ser composta pelos instrumentos de


ciência e trabalho que fizeram parte da rotina do Observatório ao longo de um
século, produzindo narrativas articuladas entre as diferentes atividades que ali
eram realizadas. Também deverá ser elaborada observando a missão e os
objetivos da instituição. Devem ser totalmente removidos os painéis de vidro de
exposições anteriores por estarem em desconformidade com a perspectiva
museológica e o que se entende por exposição de acervos dessa natureza.

28
A instituição deverá dar continuidade ao provimento de vitrines
apropriadas aos objetos do acervo. Essas vitrines estarão em conformidade ao
tipo de acervo, bem como, a sua integração com o público. Para isso devem ter
capacidade de adaptar-se às diferentes dimensões dos objetos e visar a
praticidade de seu manejo, iluminação, visibilidade adequada e segurança. Todos
esses quesitos devem estar de acordo com as normas pertinentes.

Ações a serem executadas

Devem ser removidos os painéis de vidro de exposição anterior por estarem


em desconformidade ao que se entende por exposição de acervos dessa natureza
nos dias atuais.

Projetos a serem realizados

Sugere-se a construção de mais vitrines apropriadas aos objetos do acervo.


Essas vitrines devem estar conformadas ao tipo de acervo bem como a sua
exposição integrada ao público. Para isso devem ter capacidade de adaptar-se às
diferentes dimensões dos objetos, e devem visar a praticidade de seu manejo,
iluminação, visibilidade adequada e segurança.

Todos esses quesitos devem estar em conformidade com as normas


pertinentes às práticas expográficas e museográficas, bem como, com as diretrizes
de acessibilidade.

29
Pontos Fortes e Fracos (Exposições)

Pontos Fortes Pontos Fracos

Existência de vitrines projetadas Restrição de espaço expositivo


especificamente para o acervo e de circulação
Número de peças do acervo é Condições de conservação do
relativamente compatível com o espaço acervo

Acervo em boas condições de exposição

2.5. Programa de Pesquisa e Educativo

O Observatório Astronômico realiza atividades educativas com o objetivo de


ampliar o interesse da sociedade sobre os diversos aspectos das ciências
astronômicas. Para tal, estabelece interfaces com a divulgação científica e a história
da ciência em uma perspectiva transdisciplinar. Desse modo, as ações elaboradas
são de caráter formal e informal por meio da realização de atividades internas,
como, visitas, palestras e observações, no suporte às atividades de ensino e
pesquisa do Departamento de Astronomia e no auxílio didático as disciplinas
oferecidas pelo departamento.

Ações atualmente realizadas

 No Observatório Astronômico realizam-se visitas que envolvem o acervo


e a história da instituição. Em conjunto, são oferecidas oficinas de
observação do Sol, complementadas por palestras e vídeos, bem como,
atividades de observação do céu para alunos da educação básica,

30
universitária e público geral. Para compor essa dinâmica OC possui um
programa de visita para cada atividade:

 Visitas para escolas I: Observação noturna do céu, exclusivamente para


escolas agendadas. Tem como público alvo: educação básica, EJA, alunos
do ensino técnico médio e superior (IFRS), alunos da disciplina de
Astronomia e alunos de outras universidades, indígenas e quilombolas;

 Visitas de escolas II: Observação do sol e manchas solares com palestras


e vídeos.

 Visitas para escolas III: Atividades relacionadas à educação para o


patrimônio que envolve histórico do prédio, explanações sobre os
instrumentos do acervo e atividades desenvolvidas pelo Observatório
Astronômico;

 Visitação IV: Visitas de acesso livre ao público em geral, para observação


do céu noturno.

Tendo em vista o resultado positivo das atividades realizadas pelo


Observatório Astronômico e o destaque que elas possuem é necessária a
continuidade das ações nas três instâncias de atuação, podendo se proceder à uma
problematização dos aspectos de forma e conteúdo das atividades visando sua
atualização.

31
Projetos a serem realizados

 Aumento do número de funcionário/estagiários para ampliação das


atividades: Com o objetivo de aumentar as possibilidades de atuação das
atividades educativas e de pesquisa no OC, ao contribuir para a ampliação
dos horários, e também influenciar sobre a dedicação em cada ação
desenvolvida, pois essas seriam realizadas por grupos que estariam
imersos na sua elaboração;

 Aquisição de materiais para a melhor desempenho das atividades: Com


o objetivo de pensar a reorganização dos materiais necessários para
atividades, por meio de solicitação da compra de um instrumento
exclusivo para as observações, e a disponibilidade de transporte, através
de agendamento pré-acordado nas instancias universitárias,
contribuindo para o aumento da atuação do OC para comunidades que
ainda não estão incluídas nas suas atividades;

 Acessibilidade nas atividades educativa: Com o objetivo de contemplar


aspectos relacionados a acessibilidade nas atividades educativas por
meio da adaptação dos materiais já existentes e também no
desenvolvimento de novos.

Pontos Fortes e Fracos (Pesquisa e Educativo)

Pontos Fortes Pontos Fracos


A equipe não é treinada para uma
Intensa visitação de escolas
adequada mediação

32
Atividades educativas
Bolsistas tem formação restrita
diferenciadas
Horário estendido até 22horas

2.6. Programa Arquitetônico

O Museu do Observatório encontra-se instalado em prédio próprio


fazendo parte de um conjunto hoje denominado “Prédios Históricos da UFRGS”. A
construção, por suas características estritamente funcionais, é comparável a um
complexo aparelho, porém, de alvenaria. Construído em estilo Art-Nouveau, o
prédio foi construído com finalidade funcional específica, o que o torna o maior
dos instrumentos que compõem o acervo instrumental. O autor do projeto do
prédio, Manoel Itaquy, orientou a construção do edifício precisamente sobre os
pontos cardeais, visando o correto funcionamento dos instrumentos que ali
seriam instalados.

O prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico


Nacional (IPHAN), sob nº 1.438-T-98. Também faz parte do Inventário do Patrimônio
Cultural – Bens Imóveis, realizado pela Equipe do Patrimônio Cultural da
Coordenação de Memória, da Secretaria de Cultura, da Prefeitura Municipal de
Porto Alegre.

Percebe-se por fotografias antigas que o prédio possuía decorações e


ornamentos internos que desapareceram após reformas ao longo de sua existência.
As luminárias originais não mais existem, o mobiliário e parte do madeiramento
interno, tais como, assoalhos e forros, foram substituídos, restando apenas as

33
aberturas e as escadarias contemporâneas ao edifício. Essas partes sofrem, em
algum grau, infestação por cupins ou avarias decorrentes do decurso temporal e
seu uso ou até mesmo por intervenções inadequadas. Na parte superior ou cúpula
móvel de observação, que abriga o telescópio principal, foram detectadas
infiltrações importantes.

O espaço para visitações envolve quase todo o edifício, e o acervo encontra-


se disposto pelos três pavimentos, embora este espaço seja limitado, o que é um
problema para a instituição de memória no tempo presente. Seus acessos são
viabilizados por longas e sinuosas escadas que perfazem a circulação dando acesso
as salas nos diferentes níveis do edifício que foi projetado para ser observatório.

Pavimentos

O prédio tem quatro pavimentos, assim distribuídos:

1º pavimento (térreo): Sala de exposição, secretaria e banheiro;

Banheiro

Secretaria Sala de
exposição

34
2º pavimento: sala de exposição, sala da direção

Direção Sala de
Exposição

35
3º Pavimento: sala meridiana com exposição permanente nela encontram-
se a meridiana Gautier e relógios restaurados e instrumentos de medição do
tempo. Neste pavimento também, ainda existe parte da pintura original decorativa
que cobria todas as paredes internas do prédio sendo possível apreciar um afresco
representando o deus mitológico Chronos, na mitologia grega. No local, são
realizadas palestras e demonstrações de vídeo através de TV com Wi-FI.

36
4º Pavimento: cúpula que abriga a luneta Gautier de 190mm e o terraço
onde é montado um telescópio Meade de 250mm para as observações. Possui
ainda, um telescópio Meade de 90 mm e um Zeiss de 120mm, atualmente usados
em observações do Sol, didáticas e de divulgação. Possui pontos lógicos e WI-FI da
UFRGS nos três primeiros pavimentos, bem como sistema telefônico operacional
(dois ramais).

Área externa

É um problema reconhecido pela Universidade a questão da sinalização


quase inexistente, em vários âmbitos e não sendo muito diferente em relação aos
seus espaços musealizados, porém, se reconhece um esforço para suprir essa
necessidade. Não existem placas informativas em âmbito público, nem no passeio
ou próximo indicando sua localização, tampouco, existe numeração de logradouro
no prédio ou do nome da rua. Apenas no interior do mesmo uma pequena
referência orientará o visitante. Cabe lembrar que o prédio, pela sua forma peculiar,
pode auxiliar na sua identificação, mas isso, de qualquer forma, é insuficiente. Uma
pequena plaqueta impressa em papel afixada à porta informa sobre os horários de
visitação. No site do Observatório encontram-se melhores informações.

A limitação ao acesso físico internamente é o problema que urge na


instituição, mas não o único. O local possui bastante facilidades para se chegar, pois
está situado em área contígua ao centro da cidade aproveitando as mesmas
facilidades dessa região. O quarteirão universitário dispõe de piso tátil em toda a
sua extensão, mas o mesmo não é estendido para a parte interna. O prédio tem
acesso pelo campus ou pelo passeio da rua através de dois portões próximos. Tanto

37
um acesso quanto o outro não ocorrem sem obstáculos no piso em algum grau o
que impossibilitaria o trafego tranquilo de cadeirantes ou deficientes visuais.

Climatização de ambientes

Sendo o prédio tombado, qualquer intervenção na construção deve ser


realizada pelo Setor de Patrimônio Histórico da UFRGS e orientada pelo IPHAN. O
projeto de climatização já foi solicitado e o Museu aguarda sua viabilização.

Acessibilidade

Como em toda edificação, cuja destinação inicial não era a de sediar uma
instituição museológica, o Observatório Astronômico não foi pensado em termos
de acessibilidade física, quando levamos em conta e redefinição do seu uso em
compatibilidade com as regras e normas atuais, além do que, quando o prédio foi
construído, esse assunto era irrelevante e, até mesmo, desconhecido.

Por se tratar de uma construção modesta em suas dimensões, projetada


para trabalhos específicos em Astronomia combinando observação do céu com
cálculos de hora, o edifício foi concebido pensando para uma circulação suficiente
aos poucos profissionais, funcionários e alunos do curso de Engenharia. Ocorre que,
um século depois, o conjunto transformou-se em importante patrimônio
arquitetônico, histórico e cultural da Universidade e da cidade de Porto Alegre, não
mais realizando suas antigas atividades funcionais. Essas, cederam espaço às
atividades de divulgação científica, ensino não formal e museológicas, estando
relacionadas ao seu caráter de espaço de guarda de acervo, educação patrimonial
e, por isso, recebendo muitas escolas e instituições de ensino de todo o Estado.

38
Atualmente, o pequeno edifício comporta um tráfego de pessoas muito maior do
que foi previsto em seu projeto original, o que ocasiona desgaste físico. Os degraus
das velhas escadarias de madeira, seus rangidos e desgastes evidenciam a fadiga
do material que a compõe. Além do público, turmas inteiras de estudantes por elas
passam, para poderem chegar ao terraço, aonde são instalados telescópios
portáteis, quase todos os dias da semana, sempre que as condições atmosféricas
se encontrem estáveis. Todo esse trânsito ocasiona preocupações quanto a
conservação do prédio.

Assim, qualquer visitante que deseje conhecer os quatro planos do


Observatório, excetuando-se o primeiro, não poderá fazê-lo sem esforço
considerável. Para chegar-se à cúpula e ao terraço, o único caminho possível é pelas
escadarias sendo a última estreita, longa e em curva. O esforço é compensador sem
dúvida, mas não possível para todos os indivíduos. É urgente a necessidade de
mobilização da Universidade para desenvolver estudos com os devidos
profissionais para a elaboração de um criterioso projeto visando a construção de
um elevador externo objetivando atender as exigências da Lei nº 10.089, de 19 de
dezembro de 2000, sobre a acessibilidade universal. Tal projeto só será possível com
a integral concordância do IPHAN e IPHAE. A construção deve intervir minimamente
e se integrar harmoniosamente ao edifício, respeitando seus elementos
arquitetônicos, diferenciando-se a inovação daquilo que é o antigo prédio.

Espaço físico e Reserva Técnica

Tendo em vista a exiguidade do espaço na instituição, deverá ser estudada


a possibilidade de construção de um anexo em área contígua, objetivando poupar

39
o prédio antigo de ocupações onerosas e incabíveis à sua estrutura. O anexo deverá
abrigar a administração do Museu, instalações sanitárias apropriadas em
conformidade com a acessibilidade universal, almoxarifado, acervo bibliográfico e
um laboratório de restauro. O anexo deverá abrigar, também, espaços para um
anfiteatro para cursos e palestras e um espaço para exposições temporárias

Na impossibilidade de execução de um anexo, poderá ser solicitado à


Universidade um espaço próximo para que esse possa ser adaptado às
necessidades do Museu, previstas na sugestão do anexo.

A Reserva Técnica deverá ser instalada em sala do 2º pavimento do prédio.

Projetos a serem executados

 Restauração integral da edificação para eliminação de cupins,


saneamento de infiltrações, recomposição de partes deterioradas além
de outras patologias e desgastes próprios de construções antigas;

 Realização de sinalização nas áreas externas à edificação e via pública


adjacente;

 Realizar projeto de acessibilidade interna e externamente;

 Manutenção do projeto de climatização solicitado ao IPHAN;

 Verificar a possibilidade de construção de um anexo em área contígua e


instalação de Reserva Técnica;

 Projeto para a instalação de um elevador externo;

40
Pontos fortes e fracos (Arquitetônico e urbanístico)

Pontos Fortes Pontos Fracos

Prédio protegido por Restrições de obras de acessibilidade


tombamento (IPHAN) para pessoas com deficiência motora

Restrição para instalações temporárias


Prédio incluído nos programas
ou permanentes devido ao
de restauração da Universidade
tombamento

Altos custos de conservação e restauro


do prédio

Restrições para instalação de projeto


luminotécnico

2.7. Programa de Segurança

No presente, a segurança do local é bastante precária. A vigilância é


realizada por empresa terceirizada que atua em todo o Campus Central, sem
familiarização nenhuma com as atividades do Observatório. Quanto ao PPCI - Plano
de Prevenção Contra Incêndios, o prédio como um todo é um projeto centenário,
como já foi descrito, portanto sem os devidos elementos relativos à segurança
contra eventualidades, como incêndios. Também não há plano de evacuação do
local em caso de sinistro. O próprio acervo corre risco irreparável dentro deste
contexto.

É evidente a necessidade de um programa de segurança específico para o


Museu, pois o existente é insuficiente em função dos recursos humanos

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disponibilizados através da Universidade que, por sua vez, tem por prática,
contratações temporárias de funcionários de segurança e limpeza.

Em se tratando da segurança do acervo em relação a furtos e conservação,


a proposta é de que se disponha de uma Reserva Técnica em local adequado, com
chaves e de acesso limitado.

No espaço interno propõe-se a instalação de câmeras e sensores de


presença, bem como, seguranças devidamente treinados e familiarizados com as
situações da instituição, para que possam realizar a segurança com mais eficácia e
saber lidar com os visitantes e o acervo no caso de alguma eventualidade.

Projetos a serem realizados

 Solicitar ao IPHAN projeto de instalação de equipamentos de segurança


adequado ao prédio;

 Realizar pelos meios possíveis o PPCI;

 Realizar um plano de evacuação eficiente;

 Adequar o serviço de segurança terceirizado às necessidades do Museu;

42
Pontos fortes e fracos (Segurança)

Pontos Fortes Pontos Fracos

Serviço de vigilância terceirizado


Restrições na instalação de
equipamentos de vigilância
Inexistência de PPCI

Inexistência de plano de evacuação


O Museu não tem autonomia para
realização de projeto de segurança
adequado

2.8. Programa Socioambiental

O Programa Socioambiental abrange um conjunto de ações articuladas e


comprometidas com o meio ambiente e áreas sociais e promovem o
desenvolvimento dos museus e de suas atividades a partir da incorporação de
princípios e critérios de gestão ambiental.

A Astronomia como Ciência Natural é diretamente interligada com as


questões humanas sobre a vida em nosso planeta e tem estreito vínculo com as
preocupações contemporâneas relacionadas à conservação do Meio Ambiente. Nas
últimas décadas, a degradação ambiental tornou-se mais aguda com risco
significativo para a vida do planeta. O Museu do Observatório é, por suas
finalidades e tipologia, um aglutinador de questões relativas à conservação
ambiental e pode desempenhar um importante papel na conscientização da

43
comunidade em que está inserido, estimulando ações individuais e coletivas
através de projetos nesse sentido.

Em 2009 o Observatório realizou, conjuntamente com O departamento de


Astronomia, Museu da UFRGS e Planetário, a exposição “Em Casa no Universo” que
abordava os questionamentos a respeito da existencialidade humana, pela
perspectiva da Astronomia. Essa exposição poderá ser adaptada como projeto
permanente, desenvolvendo atividades baseadas nas mais recentes descobertas da
Astronomia sobre a grande questão da vida e seu surgimento no Cosmo. Voltado
para a comunidade escolar e público geral, esse projeto deverá versar sobre a
persistência e fragilidade da vida como contraponto entre o conhecimento
astronômico e o atual momento humano, estimulando a conscientização sobre as
questões ambientais e a degradação do planeta vivenciadas na atualidade.

Projetos a serem realizados

 Adaptação do tema da exposição “Em casa no Universo” em projeto


educativo socioambiental.

 Renovação teórico-didática promovida pelo MOA em interação com os


professores do DA e de outras áreas do ensino de Ciência, agregando
novos conhecimentos oriundos das modernas técnicas pedagógicas aos
conteúdos abordados nas ações de difusão e ensino não formal, através
de bolsistas de IC e mestrado/doutorado.

44
Pontos fortes e fracos (Socioambiental)

Pontos Fortes Pontos Fracos

A Astronomia é interligada com as questões


sobre a manutenção da vida no planeta

A exposição “Em casa no Universo” pode ser


utilizada em uma atividade socioambiental

2.9. Programa de Comunicação (difusão e divulgação)

Atualmente os canais utilizados pelo Museu do Observatório para efetivar


sua comunicação envolvem o site, uma página na rede social Facebook, folders e
flyers, bem como os telefones institucionais e e-mail. Além disso, destaca-se a
atenção às atividades desenvolvidas na educação e pesquisa, que na perspectiva
museológica, configuram-se igualmente como ações de comunicação atuando de
forma intensa para a complexificação dos conteúdos institucionais. Porém, a
ausência de um profissional da área de comunicação social para pensar as redes
caracteriza-se como ponto fraco, pois um olhar atento sobre as informações
contribui para a dinamização de sua forma e conteúdo.

Tendo em vista os esforços do Museu para a realização de suas atividades


comunicacionais, deverá ser continuada a divulgação através das redes sociais já
estabelecidas e materiais gráficos elaborados, porém, a dinamização desses
espaços pode ser melhorada atualizando os aspectos em forma e conteúdo, a fim
de contemplar as informações básicas da instituição, tais como, como missão e
objetivos. Assim, deverão ser reorganizadas a interface do site, fonte e linguagem

45
comum, revisão de textos e imagens do acervo e do prédio a fim de facilitar a
localização das atividades já existentes e dos programas do Museu, bem como a
implantação de aplicativo de visita virtual, incluindo imagem 3D, em colaboração
com o Departamento de Design Gráfico da UFRGS.

A utilização da rede social Facebook também deverá ser continuada com


informações de horário para visitação, atividades desenvolvidas e notícias
relacionadas aos interesses no público do Museu.

Também deverão ser elaboradas novas peças gráficas, como flyers e folders
com informações atualizadas e divulgação das atividades do Museu.

Da mesma forma, deve ser estabelecida a acessibilidade nos canais de


comunicação com o objetivo de ampliar o acesso, adaptando os materiais com
versão em outras línguas, Braile e fonte ampliada. Para o site, destaca-se a inclusão
de contraste para pessoas com baixa visão e versões para espanhol e inglês. Será
apropriado que se realize projeto de treinamento e sensibilização da equipe do
Museu para essas condições, através de parceria com o programa INCLUIR da
Faculdade de Educação da UFRGS.

Ações a serem realizadas

 Utilizar o logotipo do Observatório e em todas as peças comunicacionais


tanto das atividades como Museu quanto como Observatório.

 Verificar possibilidade de parceria com o Curso de Comunicação para


manutenção e incremento permanente das redes sociais;

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Projetos a serem realizados

 Atualização e reformulação das ferramentas de comunicação em


Internet, incluindo implantação de visita virtual;

 Elaboração de novas peças gráficas (folder, flyers);

 Produzir publicação sobre o acervo do Museu;

Pontos fortes e fracos (Comunicação)

Pontos Fortes Pontos Fracos

Produção de material gráfico

Indisponibilidade de profissional da
Existência de site
área de Comunicação
Logotipo não consta na página de
Participação em rede social
Facebook
Nome do Observatório/Museu não
Identidade visual
consta no Logotipo

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