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Autorizada pela Portaria Ministerial n° 552 de 22 de março de 2001 e publicado

no Diário Oficial da União de 26 de março de 2001


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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIME DA COMARCA DE IRARÁ –


ESTADO DA BAHIA

Proc. n.º 0000122-98.2019.805.0109

CARLOS ALBERTO ALVES PINHEIRO FILHO, já qualificado nos


autos em epígrafe, por intermédio de seu advogado, devidamente constituído pelo
instrumento de mandado anexo, com endereço profissional na Rua nº,
Centro, Feira de Santana, Estado da Bahia, vêm, mui respeitosamente, perante
Vossa Excelência, apresentar a sua RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fundamento
no art. 396-A, do Código Processo Penal, pelos fatos e fundamentos jurídicos a
seguir delineados:

1
I – DA SITUAÇÃO FÁTICA QUE ENSEJOU A DENÚNCIA

De acordo com a denúncia, no dia 30 de abril de 2017, por volta das


09 horas, na Fazenda Catete, Ouricangas/Ba. O Sr. CARLOS ALBERTO ALVES
PINHEIRO FILHO, acompanhado de um individuo não identificado, utilizando de
arma de fogo, mediante violência a vitima, roubaram a motocicleta Bros, placa
NZW 6416, assim como um relógio, corrente de prata e boné do Sr. AGNALDO
GOMES DOS SANTOS.
O Ministério Público, então, ofereceu denuncia em seu desfavor com
fundamento no artigo 157, § 2°, inciso II do Código Penal.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
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Consta no relatório do inquérito policial n°: 24/17 a suposta infração


penal tipificada no artigo 157, § 2°, II, CP, figurado como indiciado CARLOS
ALBERTO ALVES PINHEIRO FILHO, devidamente qualificado e como vitima
AGNALDO GOMES DOS SANTOS, que, no entanto, em suas declarações a época
do ocorrido, o mesmo fez o reconhecimento do indiciado acima descrito, por meio
de fotografia, sendo esta forma de reconhecimento constituída como prova
precária. Vale ressaltar também que as duas testemunhas arroladas por parte da
vitima, o Sr. JOSE FERREIRA DE CERQUEIRA e Sr. IRENIO FERREIRA DE
CERQUEIRA abrangem em sua declaração não reconhecerem os meliantes
autores do fato ocorrido.
Segue abaixo embasamento jurídico em circunstância a defesa do
Réu.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO
APELAÇÃO CRIMINAL 2007.40.00.008084-0/PI
Processo na Origem: 80633320074014000
RELATOR(A): DESEMBARGADORA FEDERAL MONICA SIFUENTES
2

RELATOR(A): JUÍZA FEDERAL ROSIMAYRE GONÇALVES DE CARVALHO


(CONV.)

EMENTA PENAL. PROCESSUAL PENAL.


ROUBO MAJORADO. ART. 157, § 2º, I, II e V, DO
CÓDIGO PENAL. AUTORIA NÃO COMPROVADA.
INEXISTÊNCIA DE PROVAS. RECONHECIMENTO
FOTOGRÁFICO. ABSOLVIÇÃO MANTIDA. 1. Diante da
inexistência de provas a comprovar a autoria delitiva, é
de ser decretada a absolvição, com esteio no art. 386,
V, do Código de Processo Penal. 2. O reconhecimento
fotográfico constitui prova precária, "tendo em vista as
dificuldades notórias de correspondência entre uma
(fotografia) e outra (pessoa), devendo ser utilizado este
procedimento somente em casos excepcionais, quando
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puder servir como elemento de confirmação das


demais provas." (Eugênio Pacelli, Curso de Processo
Penal, 16ª. Edição, Atlas, fl. 427, 2012) 3. Esse
entendimento também está assentado no parecer do
Ministério Público Federal, o que reforça as razões de
decidir. 4. Sentença absolutória mantida por seus
próprios fundamentos. 5. Apelação não provida.
ACÓRDÃO Decide a Terceira Turma do Tribunal
Regional Federal da Primeira Região, por unanimidade,
negar provimento à apelação, nos termos do voto da
Relatora. Brasília-DF, 17 de maio de 2017.

Tribunal de Justiça de Minas Gerais TJ-MG- Apelação


Criminal: APR 10521100038442001 MG.
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - ROUBO
MAJORADO PELO CONCURSO DE AGENTES –
3
INCONFORMISMO DEFENSIVO – ABSOLVIÇÃO –
POSSIBILIDADE- INEXISTÊNCIA DE PROVAS
CONVINCENTES DA PARTICIPAÇÃO DO ACUSADO
NO CRIME – EXISTÊNCIA DE DÚVIDAS –
ABSOLVIÇÃO DECRETADA – RECURSO
RECONHECIDO E PROVIDO.

Se as provas coligidas no
curso da instrução não se apresentarem consistentes o
bastante para alicerçar o juízo firme e seguro exigido
para a prolação do decreto condenatório,
apresentando-se a autoria nebulosa, deve o acusado
ser absolvido do crime de roubo majorado.
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Fica claro que diante das provas arroladas no processo não se


comprova a autoria de CARLOS ALBERTO ALVES PINHEIRO FILHO no crime
ocorrido dia 30 de abril de 2017, fundamentado no artigo 157, § 2°, inciso II do
Código Penal. Devendo então o Réu ser absolvido da acusação.

III – DOS PEDIDOS

Diante do quanto exposto, REQUER que:

a) Seja REPELIDA A DENÚNCIA, e acolhida a tese da ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA,


com fundamento no artigo 397, inciso III, do Código de Processo Penal, não
olvidando-se da tese secundária adstrita a defectibilidade probatória que
preside à demanda – prova judicializada, impotente em si e por si, para gerar
qualquer veredicto condenatório, ABSOLVENDO-SE o réu com base no artigo
386, incisos V e VII do Código de Processo Penal;

4
b) Por extrema cautela, protesta provar o alegado por todos os meios de prova
em direito admitidos, observando, ainda, que o rol de testemunhas
apresentado pelo autor afirmaram não reconhecer o denunciado, neste
momento processual, tendo em vista que a defesa do denunciado está sendo
promovida pelo Núcleo de Prática Jurídica de uma Instituição de Ensino
Superior, não tendo, pois, contato com o réu, tudo conforme os Princípios
Constitucionais da Ampla Defesa e Contraditório.

Nestes termos.
Pede e espera deferimento.

De Feira de Santana para Irará, 03 de setembro de 2019.

LUANA BOAVENTURA DE SOUZA


ACADÊMICA DE DIREITO

KEILA MARIANA DA SILVA LOBO


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ACADÊMICA DE DIREITO

MANUELA AMORIM CONCEIÇÃO


ACADÊMICA DE DIREITO

ADVOGADO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA


OAB/BA XX.XXX

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