Exercícios 1

Parâmetros de Qualidade da Água - Quantificação de Cargas Poluidoras

1. Revisar os conceitos de poluição pontual, poluição difusão e autodepuração.

Os poluentes são introduzidos no meio ambiente através de fontes. Estas fontes podem ser classificadas
em pontuais ou difusas.
As cargas pontuais são introduzidas através de lançamentos individualizados como o que ocorre no
lançamento de esgotos sanitários ou de efluentes industriais. Cargas pontuais são facilmente identificados
e, portanto, seu controle é mais eficiente e mais rápido.
Já as cargas difusas são assim chamadas por não terem um ponto de lançamento específico ou por não
advirem de um ponto preciso de geração, tornando-se assim de difícil controle e identificação. Exemplos
de cargas difusas: a infiltração de agrotóxicos no solo provenientes de campos agrícolas, o aporte de
nutrientes em córregos e rios através da drenagem urbana.
http://www.licenciamentoambiental.eng.br/fontes-de-poluentes-pontuais-e-difusas/
O processo natural de recuperação de um corpo de água que recebe lançamentos de material biodegradável
é chamado de autodepuração, que pode ocorrer por processos físico, químico e biológico.
A autodepuração é um processo natural, no qual cargas poluidoras, de origem orgânica, lançadas em um
corpo d’água são neutralizadas. De acordo com Sperling (1996), a autodepuração pode ser entendida como
um fenômeno de sucessão ecológica, em que o restabelecimento do equilíbrio no meio aquático, ou seja, a
busca pelo estágio inicial encontrado antes do lançamento de efluentes, é realizada por mecanismos
essencialmente naturais.
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/processo-de-autodepuracao-eutrofizacao-
de-aguas/15558
http://www.ib.usp.br/revista/system/files/004%20AUTODEPURA%C3%87%C3%83O%20DOS%20CO
RPOS%20D%27%C3%81GUA%20Larice%20Nogueira%20de%20Andrade.pdf.

2. Revisar os conceitos de vazão, carga, carga per capita e equivalente populacional.

Vazão é o volume de determinado fluido que passa por uma determinada seção de um conduto livre ou
forçado, por uma unidade de tempo. http://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-vazao.html

Carga poluidora: Carga de poluentes gerada ou lançada no meio ambiente expressa em quantidade de
poluentes por tempo. No caso de poluição hídrica, exemplos são a DBO (Demanda Bioquímica de
Oxigênio) ou DQO (Demanda Química de Oxigênio).
http://www.ecodesenvolvimento.org/glossario-de-termos/c/carga-poluidora

Carga per capita: carga poluidora/população

Equivalente populacional: Equivalência entre o potencial poluidor de uma indústria (comumente em termos
de matéria organica) e uma determinada população, a qual produz essa mesma carga poluidora.
http://jararaca.ufsm.br/websites/ces/download/A1.pdf

3. Quais são as causas da redução do oxigênio dissolvido em corpo hídricos?

O oxigênio dissolvido é consumido por bactérias aeróbicas que realizam a degradação da matéria orgânica
presente no corpo hídrico. Assim, um aporte de matéria orgânica devido a emissão de um efluente pode
resultar na redução do oxigênio dissolvido.

4. O que é e quais são as causas da eutrofização dos recursos hídricos?

A eutrofização é a proliferação de algas em um corpo hídrico devido ao aporte de nutrientes, por exemplo
pelo escoamento superficial em áreas agrícolas. Após sua proliferação, tem-se sua degradação por bactérias
aeróbicas, levando à redução dos níveis de oxigênio dissolvido e prejudicando a vida aquática. Além disso,
a presença elevada de cianobactérias pode levar a efeitos adversos, já que esses organismos podem produzir
toxinas.

5. Ler as Resoluções CONAMA No 357/2005 e CONAMA No 430/2011 e entender a (a) a

classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento condições
e (b) padrões de lançamento de efluentes no Brasil.

6. Revisar o conceito e os métodos de análise dos seguintes parâmetros de qualidade da água:

temperatura, turbidez, condutividade, tensão superficial, cor, odor, sólidos sedimentáveis,
sólidos suspensos, sólidos totais, sólidos voláteis, sólidos fixos, pH, acidez, alcalinidade,
dureza, óleos e graxas, fenóis, metais, surfactantes, sulfatos, cloretos, cianetos, DQO, DBO,
COT, coliformes totais, coliformes termotolerantes, nitrogênio (e suas formas) e fósforo (e
suas formas).
Parâmetros Físicos
a) Temperatura: medida da intensidade de calor; é um parâmetro importante, pois, influi em algumas
propriedades da água (densidade, viscosidade, oxigênio dissolvido), com reflexos sobre a vida aquática. A
temperatura pode variar em função de fontes naturais (energia solar) e fontes antropogênicas (despejos
industriais e águas de resfriamento de máquinas).
b) Sabor e odor: resultam de causas naturais (algas; vegetação em decomposição; bactérias; fungos;
compostos orgânicos, tais como gás sulfídrico, sulfatos e doretos) e artificiais (esgotos domésticos e
industriais). A detecção do odor e sua quantificação são complicadas pelo fato que dependem da
sensibilidade olfativa do ser humano.
c) Cor: resulta da existência, na água, de substâncias em solução; pode ser causada pelo ferro ou manganês,
pela decomposição da matéria orgânica da água (principalmente vegetais), pelas algas ou pela introdução
de esgotos industriais e domésticos. O valor é em geral expresso em "unidades Hazen" ("uH") ou em
alternativa em ppm ou mg/L de Pt. O método encontra-se padronizado pela ASTM, sendo a sua descrição
publicada como a norma ASTM D1209, Standard Test Method for Color of Clear Liquids (Platinum-Cobalt
Scale). COR APARENTE: é a cor presente em uma amostra de água, devido a presença de substâncias
dissolvidas e substâncias em suspensão. COR VERDADEIRA OU REAL: é a cor presente em uma amostra
de água, devido a presença de substâncias dissolvidas. A cor verdadeira é medida pelo emprego de
colorímetro e expressa em unidades de cor, também conhecida como escala de Hazen (amarelo claro a
marrom escuro). Comparação com padrões de cor ou comparador com disco de cor. Águas contaminadas
por efluentes industriais: emprego de espectrofotômetro permite avaliar a transmissão da luz em todo o
espectro luminoso e não apenas na faixa do amarelo claro ao marrom escuro.
d) Turbidez: presença de matéria em suspensão na água, como argila, silte, substâncias orgânicas finamente
divididas, organismos microscópicos e outras partículas. Disco de Secchi para medir a transparência de um
curso de água. Turbidímetros.
e) Sólidos:
Sólidos em suspensão: resíduo que permanece num filtro de asbesto após filtragem da amostra. Sólidos
Suspensos (SS): impurezas com tamanho superior a 1 mícron. Podem ser divididos em:
· Sólidos sedimentáveis: parcela dos SS que sedimentam em intervalo de tempo de 30 min.
· Sólidos não sedimentáveis: somente podem ser removidos por processos de coagulação, floculação e
decantação. Sólidos coloidais: fração dos sólidos dissolvidos com tamanho entre 1 mícron e 1 angstrom.
Sólidos dissolvidos: material que passa através do filtro. Representam a matéria em solução ou em estado
coloidal presente na amostra de efluente. Sólidos Dissolvidos (SD): impurezas com tamanho inferior a 1
mícron.
Sólidos voláteis (SV): parcela dos sólidos totais que são gaseificados (queimados) na temperatura de 550 a
600 °C.
Sólidos fixos (SF): parcela dos sólidos totais que permanecem ( não são queimados) após aquecimento na
temperatura de 550 a 600 °C.
f) Condutividade Elétrica: capacidade que a água possui de conduzir corrente elétrica. Este parâmetro está
relacionado com a presença de íons dissolvidos na água, que são partículas carregadas eletricamente Quanto
maior for a quantidade de íons dissolvidos, maior será a condutividade elétrica na água.
Parâmetros Químicos
a) pH (potencial hidrogeniônico): Expressa a concentração de íons hidrogênio de uma solução em termos
de seu log negativo, dando uma indicação sobre a condição ácida, neutra ou alcalina da água. Varia de 0 a
14; indica se uma água é ácida (pH inferior a 7), neutra (pH igual a 7) ou alcalina (pH maior do que 7); o
pH da água depende de sua origem e características naturais, mas pode ser alterado pela introdução de
resíduos; pH baixo torna a água corrosiva; águas com pH elevado tendem a formar incrustações nas
tubulações; a vida aquática depende do pH, sendo recomendável a faixa de 6 a 9. Medida: pHmetro, fita de
pH. Acidez: Para determinar a acidez de uma amostra é adicionado hidróxido de sódio (NaOH) 0,02 N até
que o pH da mesma chegue a 8,3, valor esse medido com o auxílio de um pH metro.
b) Alcalinidade: Alcalinidade é a medida da concentração de íons de carbonatos na água. A concentração
destes íons caracteriza a capacidade da água de manter o pH estável (tampão). Em águas subterrâneas a
alcalinidade é devida principalmente aos carbonatos e bicarbonatos e, secundariamente, aos íons
hidróxidos, silicatos, boratos, fosfatos e amônia os quais são carregados pela água que passa por rochas
calcárias. Nas águas poluídas a alcalinidade é originada de despejos domésticos. O método de determinação
é titulométrico e a medida é feita em mg/l CaCO3.
c) Dureza: resulta da presença, principalmente, de sais alcalinos terrosos (cálcio e magnésio), ou de outros
metais bivalentes, em menor intensidade, em teores elevados; causa sabor desagradável e efeitos laxativos;
reduz a formação da espuma do sabão, aumentando o seu consumo; provoca incrustações nas tubulações e
caldeiras. Classificação das águas, em termos de dureza (em CaC03):
Menor que 50 mg/1 CaC03 – água mole
Entre 50 e 150 mg/1 CaC03 – água com dureza moderada
Entre 150 e 300 mg/1 CaC03 – água dura
Maior que 300 mg/1 CaC03 – água muito dura
d) Cloretos: Os cloretos, geralmente, provêm da dissolução de minerais ou da intrusão de águas do mar;
podem, também, advir dos esgotos domésticos ou industriais; em altas concentrações, conferem sabor
salgado à água ou propriedades laxativas. Ex. de medição: HPLC, medidor de cloretos.
e) Ferro e manganês: podem originar-se da dissolução de compostos do solo ou de despejos industriais;
causam coloração avermelhada à água, no caso do ferro, ou marrom, no caso do manganês, manchando
roupas e outros produtos industrializados; conferem sabor metálico à água; as águas ferruginosas favorecem
o desenvolvimento das ferrobactérias, que causam maus odores e coloração à água e obstruem as
canalizações.
f) Nitrogênio: o nitrogênio pode estar presente na água sob várias formas: molecular, amônia, nitrito,
nitrato; é um elemento indispensável ao crescimento de algas, mas, em excesso, pode ocasionar um
exagerado desenvolvimento desses organismos, fenômeno chamado de eutrofização; o nitrato, na água,
pode causar a metemoglobinemia; a amônia é tóxica aos peixes; são causas do aumento do nitrogênio na
água: esgotos domésticos e industriais, fertilizantes, excrementos de animais. A quantidade de nitrogênio
na amostra indica se a poluição no local da coleta é recente ou não. Elevadas concentrações de NTK, entre
20 e 70 mg/L, indicam que a contaminação do ponto de coleta foi recente, enquanto que elevadas
concentrações de nitrogênio amoniacal, entre 12 e 45mg/L, indicam que a poluição ocorreu já a algum
tempo. Nitrogênio Orgânico: (N2) - O crescimento no teor do nitrogênio orgânico é indício da poluição da
água com esgoto ou resíduo industrial. Nitrogênio Amoniacal: NH4+ NH3 + H+ - Naturalmente
presente nas águas superficiais e esgotos. É tóxica aos peixes (mesmo em baixas concentrações). Os
métodos mais utilizados para a determinação de nitrogênio total são: (a) o método Kjeldahl, que é
essencialmente um procedimento de oxidação úmida e (b) o método de Dumas, que é basicamente uma
técnica de oxidação seca (combustão).
g) Fósforo: encontra-se na água nas formas de ortofosfato, polifosfato e fósforo orgânico; é essencial para
o crescimento de algas, mas, em excesso, causa a eutrofização; suas principais fontes são: dissolução de
compostos do solo; decomposição da matéria orgânica, esgotos domésticos e industriais; fertilizantes;
detergentes; excrementos de animais. Existem diversos métodos para a determinação do Fósforo, seja com
ou sem filtração da amostra. O mais usual é a digestão da amostra seguida de colorimetria (medida de cor)
onde determina-se o fósforo total. A digestão da amostra é utilizada para a transformação das formas
orgânicas dos compostos de fósforo em ortofosfatos, em seguida é adicionado molibdato de amônia que
forma complexos coloridos com os fosfatos presentes na amostra e cuja concentração será determinada pela
colorimetria. Quanto maior o teor de fosfatos maior a intensidade da cor.
h) Fluoretos: os fluoretos têm ação benéfica de prevenção da cárie dentária; em concentrações mais
elevadas, podem provocar alterações da estrutura óssea ou a fluorose dentária (manchas escuras nos dentes).
i) Oxigênio Dissolvido (OD): é indispensável aos organismos aeróbios; a água, em condições normais,
contém oxigênio dissolvido, cujo teor de saturação depende da altitude e da temperatura; águas com baixos
teores de oxigênio dissolvido indicam que receberam matéria orgânica; a decomposição da matéria orgânica
por bactérias aeróbias é, geralmente, acompanhada pelo consumo e redução do oxigênio dissolvido da água;
dependendo da capacidade de autodepuração do manancial, o teor de oxigênio dissolvido pode alcançar
valores muito baixos, ou zero, extinguindo-se os organismos aquáticos aeróbios.
j) Matéria Orgânica: a matéria orgânica da água é necessária aos seres heterótrofos, na sua nutrição, e aos
autótrofos, como fonte de sais nutrientes e gás carbônico; em grandes quantidades, no entanto, podem
causar alguns problemas, como: cor, odor, turbidez, consumo do oxigênio dissolvido, pelos organismos
decompositores.
O consumo de oxigênio é um dos problemas mais sérios do aumento do teor de matéria orgânica, pois
provoca desequilíbrios ecológicos, podendo causar a extinção dos organismos aeróbios. Geralmente, são
utilizados dois indicadores do teor de matéria orgânica na água: Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
e Demanda Química de Oxigênio (DQO).
l) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) é a quantidade de oxigênio necessária à oxidação da matéria
orgânica por ação de bactérias aeróbias. Representa, portanto, a quantidade de oxigênio que seria necessário
fornecer às bactérias aeróbias, para consumirem a matéria orgânica presente em um líquido (água ou
esgoto). A DBO é determinada em laboratório, observando-se o oxigênio consumido em amostras do
líquido, durante 5 dias, à temperatura de 20 °C.
m) Demanda Química de Oxigênio (DQO): é a quantidade de oxigênio necessária à oxidação da matéria
orgânica, através de um agente químico. A DQO também é determinada em laboratório, em prazo muito
menor do que o teste da DBO. Para o mesmo líquido, a DQO é sempre maior que a DBO. Para medir a
DQO é adicionado na amostra o bicromato de potássio (K2Cr2O7), e ácido sulfúrico, essa mistura é oxidada
por 2 horas a 150°C num equipamento conhecido como digestor. Em seguida, o excesso de bicromato é
titulado com sulfato ferroso amoniacal (titulometrico). Pode-se também medir a absorção da amostra em
espectrofotômetro (colorimétrico).
n) Componentes Inorgânicos: alguns componentes inorgânicos da água, entre eles os metais pesados, são
tóxicos ao homem: arsênio, cádmio, cromo, chumbo, mercúrio, prata, cobre e zinco; além dos metais, pode-
se citar os cianetos; esses componentes, geralmente, são incorporados à água através de despejos industriais
ou a partir das atividades agrícolas, de garimpo e de mineração.
CIANETO – tem origem em resíduos de processos de galvanoplastia, fabricação de aço, de plástico e de
fertilizantes. Em doses excessivas, acarreta danos ao sistema nervoso e a glândula tiróide.
o) Componentes orgânicos: alguns componentes orgânicos da água são resistentes á degradação biológica,
acumulando-se na cadeia alimentar; entre esses, citam-se os agrotóxicos, alguns tipos de
detergentes e outros produtos químicos, os quais são tóxicos.
https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo/qualidade-da-agua/
COT - medida do carbono orgânico de uma amostra. Oxidação da matéria orgânica: o Combustão a alta
temperatura (680 – 720 °C) o Persulfato (S2O8-2) e Calor (~100 °C); o Persulfato (S2O8-2) e ultravioleta
(UV). Detector: o Infravermelho o Condutividade.
óleos e graxas, fenóis, surfactantes
Parâmetros Biológicos
O grupo dos coliformes é constituídos por vários gêneros, onde encontram-se: os coliformes totais (CT),
constituído de bactérias isoladas em amostras de água e solos poluídos e não poluídos. Os coliformes fecais
(CF) constituídos por bactérias habitantes normais dos intestinos dos animais de sangue quente. Também
conhecidos como coliformes termotolerantes, podem crescer em meios contendo agentes tenso-ativos e
fermentar a lactose nas temperaturas de 44º - 45ºC A presença de E. coli, então não oferece dúvida sobre a
origem fecal da contaminação. A sua presença na água é uma indicação segura da contaminação da mesma
por fezes humanas ou de animais e, portanto, da sua potencialidade para transmitir doenças, tendo em vista
que a maior parte das doenças associadas com a água é transmitida por via feco-oral. O número de
coliformes é expresso pelo denominado "número mais provável" (N.M.P .) que é obtido através de estudos
estatísticos e representa a quantidade mais provável de coliformes existentes em 100ml de água da amostra.
A detecção quali e quantitativa de coliformes totais e fecais pode ser realizada por: método dos tubos
múltiplos (NMP); contagem em membrana filtrante; substrato cromogênico enzimático (Colilert): 24 horas
(TST).
Tensão superficial: Já no que diz respeito às moléculas da superfície, elas não apresentam moléculas acima
delas, portanto suas ligações de hidrogênio se restringem às moléculas ao lado e abaixo. Essa desigualdade
de atrações na superfície cria uma força sobre essas moléculas e provoca a contração do líquido, causando
a chamada tensão superficial, que funciona como uma fina camada, película, ou como se fosse uma fina
membrana elástica na superfície da água.

7. Quais informações podem ser obtidas da relação entre a DBO e a DQO de um efluente?
A DBO indica a matéria orgânica biodegradável, enquanto a DQO indica a matéria orgânica total do
efluente. Dessa forma a relação DBO/DQO indica a biodegradabilidade do efluente.

8. As seguintes informações foram obtidas de um teste de DBO.

- 15 mL do efluente foram diluídos em uma garrafa de DBO de 300 mL;
- OD na amostra diluída: inicial = 8,8 mg/L; final = 1,9 mg/L
- OD na água de diluição: inicial = 9,1 mg/L; final = 7,9 mg/L
Qual a DBO do efluente?

9. Determine o NMP de coliformes termotolerantes (NMP/100 mL) de um efluente cujo

resultado da análise em laboratório no teste de tubos múltiplos foi:
Diluição Número de tubos Número de tubos
positivos negativos
1,0 4 1
0,1 3 2
0,01 2 3
0,001 0 5
Considerando as tabelas para cálculo, o NMP é 39 para uma diluição 10x menor -> 390NMP/100mL.
10. A água de uma vertente e de um córrego foi analisada. Em que classe elas se enquadram
conforme a Resolução Conama 357?
Vertente classe 1 e córrego classe 3 (Fe > 0,3mg/L).

11. Que parâmetros são, tipicamente, os mais críticos nas seguintes situações?
- águas residuárias de mineração de carvão;
pH, acidez (alcalinidade, se rochas mais alcalinas no local), metais (Al, Fe, Mn, Zn; outros dependendo
do local), sulfatos, sólidos suspensos
- águas residuárias de beneficiamento de ouro;
Cianeto/mercúrio, pH, alcalinidade (cianeto forma HCn em pH>9,2; gás tóxico; acima fica solúvel);
metais, sólidos suspensos
- águas residuárias da mineração de sulfetos polimetálicos (Pb, Zn, Cu)
pH, acidez, metais (Pb,Zn,Cu; provavelmente associado a Arsenio, Ag, Cr), sulfatos e sulfetos, sólidos
suspensos

- efluentes de galvanoplastia;
pH, alcalinidade, acidez; Cianeto, cromo, cadmio, niquel, cobre, zinco, ferro; óleos e graxas (desengraxe)

- efluentes coquerias (processo térmico, alta T -> retirada de voláteis ->água de resfriamento pode ser
contaminada);
Benzo-a-pireno, fenóis, nitrogênio amoniacal, cianetos, carga orgânica

- efluentes de forjaria que empregam lubrificantes grafíticos (prensa c/metal quente p/ conformar;
passam lubrificante p/ não grudar no molde, que tbm é metal -> peças precisam ser limpadas);
Sólidos suspensos (partículas de carbono), carga orgânica (DQO->carbono; mas DBO baixa), óleos e
graxas minerais, boro e nitrogênio (boro aminas p/ recircular sem bactérias; manter grafite em suspensão)
- lavanderias industriais;
DBO, DQO, sólidos suspensos, surfactantes, tensão superficial
- esgoto doméstico.
pH, DBO, DQO, óleos e graxas, fosforo e nitrogênio

12. Um efluente de uma usina de beneficiamento de uma mineração possui uma vazão de 50 m3/dia,
apresenta uma concentração residual de Zn = 2,5 mg/L e Pb = 0,4 mg/L. Qual a carga de metais
lançada no rio?
Carga: 125 gZn/dia e 20 gPb/dia = total 145g/dia

13. A Tabela abaixo apresenta os valores médios de despejos de efluentes brutos de coquerias? Uma
empresa, em fase de instalação, irá produzir 30 t/dia de coque. Qual carga de DBO esperada e o
equivalente populacional?
500L/ton x 30ton/dia = 15000 L/dia
15000L x 1250 mgDBO/L = 18,75 kgDBO/dia
Considerando uma CPC de 54g/hab.dia: equivalente populacional = 347

14. Leia o texto (Rio Guaíba de Elírio Ernestino Toldo Jr. e de Almeida, 2009) e faça uma discussão
da capacidade do Lago (ou Rio) Guaíba em receber o esgoto cloacal da cidade de Porto Alegre
balanço do consumo de oxigênio. Dados: População de Porto Alegre 1.481.019 habitantes (IBGE,
2016), consumo de água de 222,6 L/hab.dia e DBO 300 mg/L.