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Vermelha
Histórico
Gravura representando o Campo de Santa Morro do Senado e adjacências,
com o morro de Santo Antônio ao fundo. | aproximadamente 1893/1894. Vista
Thomas Ender - Biblioteca Nacional - 1817 tomada do morro de Santa Teresa.Em
A região atualmente conhecida como Praça da Cruz Vermelha, segundo plano , construções na rua do
englobando os eixos viários da Mém de Sá, Riachuelo e Senado, era Riachuelo
outrora, ocupado pelo morro do Senado.
Nos idos de XX, a lógica de planos urbanísticos balizados por
questões estéticas, sanitárias e viárias inuiu diretamente sobre a
cidade do Rio. tais planos desconsideravam o tecido atual, tratando a
cidade como uma grande tabula rasa. O desenho trata de atender as
questões urbanísticas da época descontruindo um tecido colonial e
morros. Embasado por preceitos usados por Haussmann em Paris, e
guiado pelos planos da Comissão de Melhoramentos de 1875,a
gestão de Pereira Passos (1902 - 1906) estabelece o Plano de
Embelezamento e Saneamento da Cidade. O plano previa além do
embelezamento e asseio da cidade, a abertura de grandes eixos de
circulação e erradicação dos Cortiços. Mapa do centro do Rio de Janeiro, período anterior as reforma urbanas de Passos.
A região do Campo de Santana - com seu processo de evolução Abertura da Av. Mem de Sá, sentido Lapa Rua Riachuelo, início do Séc. XX. Nota-
particular- possuía em seus arrebaldes inúmeros cortiços se que à época predominavam os Praça Tiradentes de Campo de Santana
sobradados e a via já possuia
preservando o traçado colonial da urbe, principalmente no sopé do importância como eixo viário.| Foto de
morro do Senado. Este já estava previsto de ser demolido na Augusto MALTA Região onde hoje está parte da Apac
Comissão de 1875.O seu arrasamento era fundamental para o Plano
de Melhoramentos.
Dentre a abertura de diversos eixos viários, dentre eles a avenida
Beira-Mar, a Passos e a Central, havia também a proposta de
construção da Avenida Mem de Sá ligando a atual Lapa com o Estácio.
A Mem de Sá foi executada17metros de largura por
1150metros de extensão, arrasando o Morro do Senado e permitindo
o surgimento de um ‘’novo bairro’’. O novo eixo, foi nanciado com a
venda dos lotes adjacentes remanescentes ao novo alinhamento. Os
lotes foram edicados com sobrados onde prevalecia o comércio no
primeiro pavimento e habitação nos andares superiores, não
ultrapassando o número de três.
Marca do plano de Passos, foi proposta uma praça circular no Av. Mem de Sá nos dias atuais. preservação Edifício da Cruz Vermelha, instituição
entroncamento de eixos. Nessa praça foi construída em 1923 pelo do casario. Mais de um século após sua que batiza a praça e seus arredores.
arquiteto Pedro Campoorito a sede da Cruz Vermelha. A fachada abertura, sua importância como eixo viário
curva acompanhando o desenho da praça e o edifício em sí articulou ainda é mantida.
este como marco na paisagem. E como marco, passou a ser referência
de localização, resultando na concessão de Praça da Cruz Vermelha
a área.
O plano de Embelezamento, com a provisão de novas construções
,padrão arquitetônico -ecletismo- e novo traçado urbano consolidou
durante as duas primeiras décadas do século XX a paisagem urbana da
área.
A região abrangida pela Área de Proteção Cultural da Cruz
Vermelha, passou por modicações durantes as décadas
subseqüentes a sua construção. Novos edifícios com altos gabaritos
e partidos modernos e pós-modernos foram construídos. Contudo o
caráter da paisagem e de usos permaneceu. Muito em função da
relação entre o ambiente construído -no caso o arquitetônico - e o Planta da cidade do Rio, durante as obras da Comissão de Embelezamento.
caráter afetivo com o habitante local. Portanto a construção da 1-Av. Mem de Sá
paisagem é resultante não apenas no edifício, mas do valor afetivo 2-Avenida Beira-Mar
agregado a ele. 3-Avenida Central
Região onde hoje está parte da Apac
Projeto de Ciclovia
14min 35 - 55min
5-10min
1h 1h 55min
_4,5km– Maracanã
- Ônibus - Trem
- 35min
- Metrô - BRT
7-16min
HOSPITAIS
CORPO BOMBEIROS
PRAÇAS
IGREJAS
Estacionamento Privado
Estacionamento Institucional
SAARA Estacionamento Coletivo
Carga e Descarga
Rampa Pedestres
Comercial
Posto de gasolina desativado
Fluxo Pessoas No processo de criação da APAC, consta o artigo 10,
que versa sobre os índices urbanísticos
Intenso
Moderado
predomindantes para a região.
Leve
Art. 10 - As edificações a serem construídas na Quadra 12 situada
na
APAC da Cruz Vermelha e adjacências deverão considerar:
I - a taxa de ocupação máxima de 50%
II - o Índice de Aproveitamento do Terreno IAT máximo permitido
será de
5,0 (cinco), conforme o Anexo III da Lei Complementar 16 de
4/6/92
(Plano Diretor Decenal da Cidade do Rio de Janeiro).
III - as alturas máximas das edificações deverão obedecer ao
disposto
no Anexo III deste decreto, considerando o que dispõem os
parágrafos 1 e
2 do art. 9 e respeitando, ainda, o limite máximo de profundidade
estabelecido pela metade da largura da quadra.
IV - o número máximo de edificações permitido é de 3 (três) na
quadra,
tendo cada uma no máximo 1.200m2 de projeção horizontal.
V - os embasamentos deverão:
1 - ter altura máxima de 12,50m;
2 - ter taxa de ocupação máxima de 50% estabelecida para a
quadra;
3 - ser edificados no alinhamento existente, exceto pela Avenida
Henrique Valadares, que obedecerá ao disposto no inciso VI deste
decreto.
VI - o afastamento frontal (afastamento em relação ao
alinhamento do
logradouro) deverá obedecer:
1 - 25,00m em relação à Avenida Henrique Valadares;
2 - para as edificações cujas fachadas formam com o logradouro
ângulos
iguais ou maiores que 45o o afastamento frontal será:
a. de 10,00m pela Travessa Dídimo,
b. de 5,00m pela Rua do Senado e pela R. dos Inválidos;
3 - para as edificações cujas fachadas formem com o logradouro
ângulos
menores que 45o o afastamento frontal mínimo será de 3,00m para
edificações com até 05 pavimentos, incluídos os do embasamento,
acrescido de
1,00m por pavimento acima de 05 . Eixo da Rua do
VII - em caso de desmembramento é obrigatória a consulta ao órgão Senado
responsável pela elaboração dos projetos de estruturação
urbana. O mesmo decreto, prevê a exibiilização quanto ao uso e interferências internas
VIII - toda edificação a ser construída nesta Quadra deverá ser em edifícios de valor histórico. Tal medida deixa calara a preocupação com a
submetida ao Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio preservação da paisagem. De se manter por ns afetivos e de valor histórico o
Cultural do Rio de discurso apresentado pelo casario de fachadas de sobrados, estes
janeiro. relacionando-se proporcionalmente em relação a via carroçável.
Por se tratar de uma região que passou por modicações durantes as décadas, os O padrão visual de volumetria e escala, de forma de ocupação encontrado em
índices acima não são aplicáveis a toda a área. Foram aqui apresentadas por ser da toda a APAC é rompido e subvertido no terreno entre as ruas do Senado e
área com maior representatividade quanto a manutenção da paisagem, com relação a Inválido. Essa área, era até 2010 um dos maiores lotes vagos no centro do Rio,
ocupação, volumetria, relação com o bem tombado e gabarito. ainda uma área remanescente do desmonte do morro e posteriormente usado com
canteiro das obras do metrô. A ocupação dos lotes por um centro empresarial
destoa em totalidade com a paisagem construída do entorno. Dada a legislação em
vigência foi permitida a construção de quatro torres recuadas do alinhamento da
rua com gabaritos superiores a cinco vezes os sobrados da Rua do Inválidos.
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Tipologia Imóveis Tipologias Reidenciais Tipologias Condição de Ocupação
Domicílios particulares permanentes do tipo casa Domicílios particulares permanentes próprios e quitados
Imóveis Não Residenciais - Comércio e Serviços
Domicílios particulares permanentes próprios em aquisição
Domicílios particulares permanentes do tipo casa de vila ou em condomínio
Imóveis Residenciais
Domicílios particulares permanentes do tipo apartamento Domicílios particulares permanentes alugados
Imóveis Não Residenciais - Industrial
Domicílios particulares permanentes cedidos por empregador
Imóveis Não Residenciais - Outros
Domicílios particulares permanentes cedidos de outra forma
A região central é predominante comercial, abrigando não só A região central do Rio de Janeiro tem Pode-se perceber pelo gráco que a quantidade
pequenos comércios como no caso da região popularmente conhecida como uma característica marcante a de moradores do centro que vivem em residências
como Uruguaiana, mas também prédios de grandes empresas como a verticalidade, o que explica a predominância próprias é quase igual ao numero de pessoas que
Petrobrás. de residências do tipo apartamento. vivem de aluguel.
Esses grácos comprovam a alta taxa de ocupação dos imóveis do centro, ou seja, há poucos
imóveis que estão sem uso.
O fato da energia elétrica provir basicamente da mesma fonte reforça a falta de qualquer tipo de
planejamento quanto à geração de energia própria, quanto à sustentabilidade das construções, o que
se explica também devido à maioria dos imóveis do centro serem mais antigos que essas medidas
ecológicas aplicadas cada vez com mais freqüência nos dias atuais.
O último gráco comprova o que aparece no gráco destinado às tipologias de habitação, na
qual, observa-se o predomínio de apartamentos sobre a quantidade de casas de vila ou
condomínios, logo, a medição de energia é individual, um medidos por unidade e também pela
ausência de comunidades na zona central.