DIREITO CIVIL – DOS FATOS JURÍDICOS

FATO JURÍDICO É TODO ACONTECIMENTO OCASIONADO POR RAZÕES HUMANAS – COM O

ANIMUS OU NÃO DO AGENTE – OU POR RAZÕES NATURAIS – TERREMOTO. E COM A
CONDIÇÃO DE TER COMO COROLÁRIO EFEITOS JURÍDICOS RELEVANTES.

FATOS NATURAIS (FATOS JURÍDICOS EM STRICTU SENSU)

OS FATOS NATURAIS SÃO ACONTECIMENTOS ORIUNDOS DA NATUREZA E INDEPENDEM DO

ANIMUS HUMANO PARA QUE SEJAM MANIFESTADOS, OU MESMO QUANDO COLABORA
INDIRETAMENTE PARA QUE OCORRA.

PODEM SER DIVIDIDOS EM:

FATOS NATURAIS ORDINÁRIOS: QUANDO OS RESULTADOS SÃO ESPERADOS, COMO POR

EXEMPLO: NASCIMENTO, MAIORIDADE, MORTE.

FATOS NATURAIS EXTRAORDINÁRIOS: SÃO AQUELES RESULTADOS IMPREVISÍVEIS, COMO POR

EXEMPLO: TERREMOTO, FURACÃO, RAIOS. MAS TERÃO VALIDADE APENAS SE TIVEREM
CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS. -> AVIÃO É ATINGIDO POR UM RAIO E ALGUNS PASSAGEIROS
MORREM.

FATOS HUMANOS (FATO S JURÍDICOS EM LATU SENSU)

OS FATOS HUMANOS SÃO ACONTECIMENTOS PROVENIENTES DA AÇÃO DO HOMEM. ELAS

DEPENDEM OU INDEPENDEM DO ANIMUS DO AGENTE E PODEM CRIAR, MODIFICAR OU
RETIRAR DIREITOS E AFETAR A ESFERA JURÍDICA.

SÃO CLASSIFICADOS EM:

ATO LÍCITO:

SÃO AÇÕES REALIZADAS PELO AGENTE QUE ESTÃO EM CONSONÂNCIA COM AS NORMAS
JURÍDICAS, E CUJOS EFEITOS SÃO DESEJADOS PELO AGENTE.

SÃO CLASSIFICADOS EM:

ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO OU MERAMENTE LÍCITOS:

SÃO ATOS COMETIDOS PELO HOMEM SEM INTERESSE EM ADENTRAR NA ESFERA JURÍDICA,
POIS JÁ ESTÃO EM CONSONÂNCIA COM A LEI. -> EX: TESTE DE DNA PARA RECONHECIMENTO
DE PATERNIDADE.

NEGÓCIO JURÍDICO:

SÃO AÇÕES BILATERAIS, OU SEJA, ORIUNDAS DA RELAÇÃO ENTRE DUAS OU MAIS PESSOAS
QUE, AO SE REUNIREM, PRODUZEM EFEITOS JURÍDICOS. -> EX: CONTRATO DE COMPRA E
VENDA.
ATO-FATO JURÍDICO:

É AQUELE QUE TEM MAIS RELEVÂNCIA NA ÁREA JURÍDICA O ATO E AS CONSEQUÊNCIAS DO

AGENTE, DO QUE O ANIMUS. -> UMA PESSOA ACHA UM TESOURO, A FIGURA DO AGENTE NÃO
SERÁ RELEVANTE E SIM, O ATO. NO CASO, ELA TAMBÉM RECEBERÁ UMA PARTE.

ATOS ILÍCITOS:

SÃO OS ATOS QUE PRODUZEM UM RESULTADO DANOSO EM TERCEIROS E VÃO EM

CONTRAPOSIÇÃO ÁS NORMAS JURÍDICAS, SENDO O AGENTE OBRIGADO A REPARAR ATRAVÉS
DE INDENIZAÇÃO. NECESSITAM DE ALGUNS ELEMENTOS TAIS QUAIS:

AGENTE:

INDIVÍDUO RESPONSÁVEL POR CAUSAR O DANO. HÁ CASOS EM QUE A LEI CONSIDERA VÁRIOS
AGENTES COMO RESPONSÁVEIS, COMO POR EXEMPLO: OS PAIS QUE SÃO
RESPONSABILIZADOS PELO MENOR INFRATOR.

DANO:

PREJUÍZO MORAL OU MATERIAL SOFRIDO PELA VÍTIMA. POR EXEMPLO: VÍTIMA DE ROUBO/
VÍTIMA DE CALÚNIA. OS DANOS MORAIS SÃO LESÕES NA PERSONALIDADE DA VÍTIMA, EM
QUE A MESMA SOFRE CONSTRANGIMENTOS E DOR.

NEXO CAUSAL:

É O VÍNCULO QUE OCORRE ENTRE AS AÇÕES DO AGENTE COM AS CONSEQUÊNCIAS POR ELE
OCASIONADAS.

DOLO:

É O ANIMUS DE CAUSAR DANOS Á OUTRÉM.

CULPA:

É MESMO QUE, SEM O ANIMUS, O AGENTE CONCORRE PARA UM RESULTADO DANOSO POR
IMPERÍCIA (ATUAR NUMA PROFISSÃO NÃO SENDO O MESMO, DEVIDAMENTE FORMADO ->EX:
UM ESTUDANTE DE MEDICINA REALIZA CIRURGIA E DÁ ERRADO), NEGLIGÊNCIA (O DESCUIDO,
É QUANDO O AGENTE NÃO TEVE A PREOCUPAÇÃO ->EX: ACIDENTE RESULTADO DA NÃO
VERIFICAÇÃO DOS PNEUS QUE ESTAVAM CARECAS) E IMPRUDÊNCIA (PRÁTICA CONSIDERADA
PERIGOSA PELO AGENTE ->EX: ULTRAPASSAR OS LIMITES DE VELOCIDADE).

EXTRAS:

DOLO DIRETO:

É QUANDO O AGENTE AGE COM ANIMUS, QUERENDO O RESULTADO. EX: A ATIRA EM B COM
ANIMUS NECANDI
DOLO EVENTUAL:

É QUANDO O AGENTE NÃO QUER O RESULTADO, MAS NÃO SE IMPORTA E ASSUME O RISCO.
EX: FAZER RIXA NUMA AVENIDA MOVIMENTADA.

CULPA CONSCIENTE:

O AGENTE NÃO QUER O RESULTADO DANOSO QUE ERA PREVISTO, MAS ACREDITA PIAMENTE
QUE NÃO IRÁ ACONTECER, OU SEJA, É CAPAZ DE IMPEDIR. EX: O AGENTE ULTRAPASSA O
LIMITE ESTABELECIDO NA AVENIDA E, AO AVISTAR UMA CRIANÇA ATRAVESSANDO, ACREDITA
QUE PODE EVITAR O ACIDENTE PORQUE TEM HABILIDADE.

PERGUNTAS:

QUAL A DIFERENÇA ENTRE DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE:

O CONCEITO DÍSPAR SE ENCONTRA NO FATO DE QUE NO DOLO EVENTUAL, O AGENTE NÃO

QUER O RESULTADO, MAS NÃO SE IMPORTA E ASSUME O RISCO. EM CONTRAPOSIÇÃO NA
CULPA CONSCIENTE, O AGENTE NÃO QUER O RESULTADO, MAS ACREDITA PIAMENTE QUE
TEM HABILIDADE PARA EVITAR UM RESULTADO DANOSO.