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Detectores de fumaça:
Análise da funcionalidade em residências verticais em São Luís –MA
Marituba/Pará
2017
Detectores de fumaça: Análise da funcionalidade em residências verticais em
São Luís –MA
RESUMO
Este trabalho analisou a utilização de detectores de fumaça nos cômodos das edificações
residenciais verticais. Utilizando o método indutivo buscou -se, por meio de informações
técnicas, dados estatísticos, pesquisa bibliográfica, estimulações computacionais utilizando os
softwares pathfinder e pyrosim, como este influencia no do tempo de alarde do incêndio e no
tempo de saída segura dos ocupantes da edificação.
Smoke detectors: Analysis in vertical residences in the city of São Luís –MA
ABSTRACT
This work analyzes the use of smoke detectors in the rooms of vertical residential buildings.
Using the inductive method, statistical information, bibliographic research, computational
stimuli, software, pathfinder and pyrosim were used as technical information, as this influence
in the time of boasting of the fire and in the time of safe exit of the occupants of the building.
1 INTRODUÇÃO
Os cálculos de evacuação estão se tornando cada vez mais parte das análises
baseadas em desempenho para avaliar o nível de segurança de vida fornecido
em edifícios. Em alguns casos, os engenheiros estão usando calculos back-
ofthe-envelope (mão) para avaliar a segurança de vida, e em outros, evacuação
computacional.
O presente artigo está dividido além dessa Introdução em x partes. Os dados foram
analisados para duas situações: edificação com detectores de fumaça instalados apenas nas áreas
comuns e edificação com detectores de fumaça instalados também cômodos do apartamento.
Assim foi possível verificar os fatores que influenciam no TSS da edificação e verificar a
funcionalidade dos detectores de fumaça.
2 MATERIAL E METODOS
O local de estudo foi o condomínio Brisas Life, torre primavera, localizado na cidade
de São Luis, Maranhão, bairro Altos do Calhau, bairro central, onde existe uma grande
concentração de edificações residenciais verticais, que utilizamos como edificação modelo para
as simulações de incêndio no Software PATHFINDER.
O condomínio Brisa Life é formado por 04 torres, cada uma com 15 andares e cada
andar com 10 apartamento. A área dos apartamentos varia entre 56 e 72 m² e cada torre
apresenta uma altura de 44,64 m². O condomínio possui escada de emergência pressurizadas
com porta corta fogo P -90 de dimensões 2,10 m x 0,90 m, sprinklers e acionadores de alarme
de incêndio nas áreas comuns, escadas de incêndio, além de sinalização de saída de emergência
fotoluminescente.
Sob este aspecto o incêndio se divide em cinco fases; ignição, crescimento, flash over,
desenvolvimento total, fase final. A fase de ignição corresponde a uma reação exotérmica entre
o combustível e o comburente, que pode ser originada por uma fonte interna (curto circuito,
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acumulo de calor no combustível) ou por uma fonte externa de calor ao ambiente (transmissão
de calor por uma fonte externa).
Em seguida o incêndio entra na fase de crescimento, nessa fase também foi observado
três aspectos: fogo restrito ao foco com a presença de chamas; atmosfera heterogênea formada
por duas camadas, uma cortina de fumaça horizontal crescente em espessura localizada no teto,
mais quente e pobre em oxigênio, e uma camada inferior mais fria com a presença de oxigênio;
e, elevado aumento de temperatura no ambiente causado pela irradiação de calor pela cortina
de fumaça.
A fase de crescimento termina quando a temperatura do ambiente atinge entre 500 e 600
°C, temperaturas onde os materiais do ambiente do ambiente entram num processo onde as
moléculas dos materiais do ambiente são quebradas pela ação do calor (pirolise). O processo
de pirolise inicia a fase de generalização do incêndio conhecida como Flash over, momento em
que todos os materiais do ambiente em ignição.
Um dos fatores mais importantes nos projetos de prevenção contra a incêndio e pânico
é o tempo de saída da com segurança dos ocupantes da edificação (TSS).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1 – Parâmetros
Velocidade dos ocupantes da edificação 1,6 m/s
Nº de ocupantes da edificação 450
Superfície do foco do incêndio Burner
Taxa de liberação de calor por área 500,0 kw / m²
Fonte: Simulador Pathfinder e Pyrosim.
o hall onde fica localizada o elevador e escada de incêndio em 58s. Falar sobre a Figura antes
dela aparecer
A evacuação dos 450 ocupantes da edificação foi realizada em 11min 7s, como pode ser
observada na Figura 4
Foi observado que nos primeiro 60s, após a detecção do incêndio pelos detectores
de fumaça e o acionamento do alarme de incêndio, apenas 26 pessoas haviam saído da
edificação.
Considerando que a fumaça atingiu o hall em 1min 41s e que o incêndio foi
detectado 43s após início chegamos os seguintes resultados:
1 – No momento que a fumaça atingiu o hall, em 1min 41s (58s mais 43 s), o
incêndio já se encontrava na fase crescente;
2 – Os ocupantes do andar onde se iniciou o incêndio tiveram um menor TSS da
edificação devido a fumaça presente no hall.
Conforme foi verificado nos experimentos, em 1min 41s o incêndio encontra-se na fase
crescimento gerando muita fumaça e calor. Essa fumaça ao atingir o hall altera o
comportamento dos ocupantes do referido pavimento, a medida em que a fumaça diminui a
visibilidade e aquece o pavimento.
Para verificar como esses fatores alteram o tempo de evacuação com mais precisão
adotamos a escala de densidade óptica versus velocidade de deslocamento dos ocupantes de Jin
e Yamada (fig.06), que segundo (CLEAN, 2008, p.06, tradução nossa).
A fim de avaliar adequadamente alguns dos efeitos que uma distribuição dos
tempos tem no TSSR, a evacuação deve ser afetada pela mudança das
condições ambientais. Uma escolha óbvia é o efeito da diminuição da
velocidade de viagem através do fumo que foi investigado por Jin e Yamada
[8]. Eles mediram as velocidades de andar do sujeito por um corredor cheio de
fumaça usando uma fumaça altamente irritante de berços de madeira ardente e
um fumo muito menos irritante do queimando querosene. A diminuição da
velocidade de caminhada para uma densidade óptica de fumaça fixa foi maior
para a fumaça de madeira irritante.
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Na simulação para a fase do incêndio uma densidade óptica de 0,1 m-¹, que corresponde
na escala de Jin e Yamada a uma velocidade de deslocamento de 0,9. Esse valor de velocidade
foi atribuído aos ocupantes do 3º andar da edificação com a finalidade de verificar o
comportamento da evacuação dos ocupantes da edificação.
Com essas considerações o tempo de evacuação obtido foi de 11min 13s. Essa diferença
de 6 segundos apesar de ser muito pequena não deve ser desprezada. Observando o gráfico da
simulação verificou - se que em 3min 40s, tempo correspondente ao momento em que ocorre o
Flash over, 132 ocupantes abandonaram a edificação, esse número é superior ao primeiro
experimento e pode ser explicado pela redução na densidade populacional na escada de
emergência que aumenta o fluxo em direção a saída de emergência.
Considerando o tempo de 11min 7s obtido no primeiro experimento, verifica-se no
gráfico (fig.07) do segundo experimento que nesse intervalo de tempo 4 ocupantes da edificação
ainda não teriam abandonado a edificação.
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Diversos são os fatores que iniciam um incêndio em uma edificação, basta combinar os
três elementos essenciais do fogo; combustível, comburente e fonte de ignição. Numa
edificação residencial grande parte desse combustível é constituído pela mobília, nos últimos
anos devido aos avanços tecnológicos. Isso tem influenciado bastante na dinâmica dos
incêndios nesses ambientes, essencialmente nos aspectos da composição da fumaça,
inflamabilidade e velocidade de ocorrência do flash over. Conforme Carlo (2008, p. 11):
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Outro fator que deve ser levado em conta são as ações de combate ao incêndio e a redução nos
danos humanos e materiais decorrentes do incêndio num apartamento especifico.
REFERÊNCIAS
AHRENS, Marty. SmokeAlarms in U.S. Home Fires. Setembro 2015. Disponível em:
http://www.nfpa.org/news-and-research/fire-statistics-and-reports/fire-statistics/fire-safety-
equipment/smoke-alarms-in-us-home-fires. (10/05/2017).
CARLO, Ualfrido. A segurança contra incêndio no Brasil. in: SEITO, ALEXANDRE. et al.
A Segurança Contra Incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. 496p.
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo. Atlas 5. ed.
2003.
NETO, Manoel Altivo. Segurança Contra Incêndio. Brasília. Ministério da Saúde. 1995.
ONO, Rosária et al. A segurança contra incêndio no Brasil. in: SEITO, ALEXANDRE. et al.
A Segurança Contra Incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008. 496p.
SEITO, A. I.; GILL, A. A.; PANNONI, F. D.; ONO, R.; SILVA, S. B.; CARLO, U. D.;
SILVA, V. P. A Segurança Contra Incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto, 2008.