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Trauma na criança

Os principais traumas que levam a morte em nosso


pais são os atropelamentos, quedas, afogamentos etc., mas as violências
(homicidios, suicidio) na faixa da adolescência assumem importante papel,
sobrepondo-se as demais causas. Atualmente sete em cada dez adolescentes, morrem por
causas extemas
Lesão de coluna cervical e menos comum em crianca, comparandose com os
acidentes de adultos, porque a coluna e mais elastica e movel do que a
do adulto e as vertebras, menos rigidas, são menos predispostas a fraturas.
Apesar disso, o risco e grande, porque as criancas estão sujeitas a maiores forcas
inerciais aplicadas ao pescoco durante o processo de aceleração-desaceleração,
que ocorre principalmente em acidentes automobilisticos e quedas de altura. O
risco aumenta, porque a cabeca da crianca e proporcionalmente maior do que a
cabeca do adulto e tern efeito de impulsionar a crianca. Podem ocorrer, então,
traumatismo craniano e lesão medular simultaneo.

De uma forma geral, a avaliação e tratamento das enfermidades e traumas do bebê e


na criança, são basicamente os mesmos indicados para os adultos. Porém, deve
considerar as características peculiares do bebê e da criança, pois sua fisiologia e
respostas emocionais são especiais.

Um exemplo da anatomia característica dos bebês e das crianças está na cabeça, que é
maior e mais pesada, em proporção ao resto do corpo. Em traumas suspeite
especialmente de danos na coluna vertebral e na cabeça. Também, manipule a cabeça
de uma criança de até 18 meses com extrema precaução. Não aplique pressão nas
estruturas delicadas como as fontanelas. A área da superfície do corpo de um bebê ou
de uma criança é grande se comparada à sua massa corporal. Isso os faz mais
vulneráveis a hipotermia. Cobrindo o paciente, especialmente a cabeça, ajudará
mantê-lo aquecido. Não espere pelo aparecimento de sinais e sintomas de choque no
bebê. Se o trauma ou a enfermidade apresentam risco potencial, providencie
antecipadamente os cuidados de emergência. Deve lembrar de que uma criança tem
menos sangue que um adulto. Uma perda de sangue relativamente pequena pode
oferecer risco de morte.

As crianças respiram pelo nariz, que se estiver obstruído, não os fará abrirem a boca
para respirar. Por isso, deve preocupar em limpar o nariz das secreções. Lembrar
também de que a língua é proporcionalmente maior em crianças, que é uma possível
causa de obstrução das vias aéreas. Quando manusear as vias aéreas de um bebê,
tenha certeza de que a cabeça está numa posição neutra, nem hiperfletida e nem
hiperestendida.

Qualquer alteração respiratória em bebê e crianças é grave. Para insuficiência


respiratória, providenciar oxigênio por meio de uma máscara de tamanho pediátrico.
Para insuficiência respiratória severa ou parada respiratória, providenciar ventilações
ou ventilador manual (ambu) com oxigênio suplementar e, transportar imediatamente
para o hospital.

As crianças toleram febre alta melhor que os adultos, mas uma febre que sobe
rapidamente pode causar convulsões. Providenciar transporte para a criança, o mais
rápido possível. Também encaminhar a criança com diarreias e vômitos para a
assistência médica.

Fique atento para necessidades emocionais e para o sofrimento do paciente vítima de


maus tratos, abuso sexual ou negligência. Nesses casos, deve ser discreto nas
suspeitas, na presença do possível indivíduo que praticou o abuso, mas, deve defender
a criança e informar as suspeitas para as autoridades competentes.

Os cuidados gerais para traumas de bebê ou criança são:

• Assegurar as vias aéreas permeáveis. Usar a manobra de tração da mandíbula para


proteger a coluna cervical;
• Assegurar que as vias aéreas estejam limpas. Fazer aspiração, se necessário;
• Providenciar oxigênio pela máscara ou fazer ventilações com um ventilador manual
com máscara e oxigênio suplementar, seguindo o protocolo;
• Imobilizar a coluna vertebral;
• Providenciar transporte o mais rápido possível para o centro de saúde de referência;
• Durante o transporte, reavaliar sempre as condições do bebê ou criança e oferecer os
cuidados adequados.
Quando for determinar prioridade de transporte para o bebê ou criança, considere alta
prioridade se:
• O estado geral da criança não for bom;
• O paciente estiver diferente ou apático;
• Paciente com vias aéreas comprometidas;
• Dificuldade respiratória ou respiração inadequada;
• Possibilidade de choque;
• Hemorragia descontrolada.

Deve-se prestar atenção para condições de risco de vida e lembrar que uma resposta
indiferente da criança necessitará de cuidados imediatos.

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