Ano I - Nº 122

10 de Dezembro 2019
Fundador/Diretor : Fernando de Abreu
Periodicidade: Diária dias úteis
Gratuito

Kevinho, Mão Morta e Jafumega

"inauguram" cartaz da Feira de São
Mateus de Viseu
Kevinho, Mão Morta e Jafumega "inauguram"
cartaz da Feira de São Mateus de Viseu
O músico brasileiro Ke-
vinho e as bandas portuguesas
Mão Morta e Jafumega vão
subir ao palco da Feira de São
Mateus de Viseu, que se re-
alizará entre 06 de agosto e 13
de setembro de 2020, anunciou
hoje a organização.
“É a feira dos grandes
‘hits’ da atualidade e dos clássi-
cos que não saem de moda”,
afirmou Jorge Sobrado, gestor
da Viseu Marca (entidade re-
sponsável pela organização do
certame), durante a conferência
de imprensa que serviu para
anunciar os primeiros nomes do
cartaz de 2020.
Segundo Jorge Sobrado,
com estas propostas, a organi-
zação mostra à comunidade de
Viseu e aos visitantes e turistas,
“que procuram uma feira popu-
lar de referência no próximo
verão”, que a Feira de São Ma-
teus “é sempre nova e reviva-
lista, culta, jovem e popular”.
Kevinho, considerado
um fenómeno do funk, subirá
ao palco no dia 14 de agosto.
O também vereador da
Cultura na Câmara de Viseu
frisou que, apesar da carreira
curta, o brasileiro “bate
recordes nas redes sociais”,
tendo já ultrapassado dois bi-
liões de acessos no YouTube.
“Olha a Explosão”, “O
Bebê”, “Facilita” e o dueto “Ter-
remoto”, com a cantora Anitta,
são alguns dos ‘hits’ do artista.
“Mas a feira não é ape-
nas jovem, popular e pop, é
também revivalista e culta”,
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acrescentou, referindo que Mão
Morta e Jafumega, que atuam
na última sexta-feira do certame
(11 de setembro), “são duas
bandas históricas, icónicas,
míticas do punk rock nacional”.
Jorge Sobrado realçou
que, “numa única noite”, serão
convocadas “as memórias e a
nostalgia de muitas gerações
de portugueses”.
Segundo o responsável,
o cartaz musical da Feira de
São Mateus de Viseu 2020 está
“praticamente fechado”, de-
vendo em breve ser feito o
anúncio de novos nomes.
A Feira de São Mateus é
uma iniciativa do município de
Viseu, com organização execu-
tiva da Viseu Marca.
Marca “Visionarium” voltará em abril à Feira
como espaço dedicado à ciência e aventura
A marca Visionarium,
vendida pela Associação Em-
presarial de Portugal após
desativação do respetivo
museu de ciência em Santa
Maria da Feira, regressará
em abril de 2020 como es-
paço pedagógico, lúdico e
desportivo, revelou hoje um
dos novos proprietários.
O antigo Visionarium
funcionava num edifício
próprio do centro de congres-
sos Europarque, no referido
concelho do distrito de
Aveiro, mas esse espaço
encerrou em abril de 2018 e,
entretanto, imóvel e respetiva
marca ficaram afetos a difer-
entes entidades: o prédio do
ex-museu foi comprado pela
empresa de software IT Cen-
ter, enquanto o nome "Vision-
arium", os seus
equipamentos lúdico-científi-
cos e os direitos de imagem
das respetivas produções
multimédia foram adquiridos
pela sociedade constituída
em partes iguais pelo Colégio
das Terras de Santa Maria e
pela empresa Aventuresca.
Nuno Moutinho é o di-
retor do Grupo Escola
Global, que detém o referido
colégio e outros estabeleci-
mentos de ensino, e revelou
hoje à Lusa: "Acabámos de
criar com a Aventuresca a
Associação Visionarium, que
é uma entidade privada sem
fins lucrativos, e o nosso
objetivo é que em abril pos-
samos abrir um novo espaço
dedicado à ciência, como
antes, e agora também ao
desporto de aventura".
A localização do novo
Visionarium "ainda não está
fechada", mas, "em princí-
pio", a estrutura continuará a
funcionar no Europarque,
embora mudando-se do
antigo imóvel para uma
secção ainda por explorar no
edifício vizinho do próprio
centro de congressos.
"A nossa ideia é ocu-
par a chamada Sala da Cas-
cata, na cave, e os espaços
adjacentes. Mas a mudança
está a demorar mais do que
esperávamos, porque a em-
presa municipal Feira Viva
[que gere o Europarque]
exige pelo aluguer do espaço
uma verba avultada e as ne-
gociações não são fáceis",
admite Nuno Moutinho.
O novo coproprietário
não revela o valor de-
spendido na compra da
marca Visionarium e do res-
petivo acervo "devido a
questões de confidenciali-
dade definidas em contrato",
mas realça que "já era de
longa data" a ligação do colé-
gio da Feira e da empresa
com sede em Lamego aos
equipamentos e jardins do
Europarque.
"Fomos a primeira es-
cola a ter um projeto de
parceria com o Visionarium,
que dava formação aos nos-
sos professores do ensino
pré-escolar e do 1.º Ciclo
para eles depois desen-
volverem conteúdos científi-
cos nas aulas", recorda Nuno
Moutinho.
Já a Aventuresca, por
sua vez, alugava parte do
antigo edifício para aí ar-
mazenar os equipamentos
que utilizava em atividades
lúdico-desportivas nos
jardins do Europarque, como
"festas de aniversário, provas
de canoagem, passeios de
minigaivotas no lago, paint-
ball, rappel etc.".
Com a recente criação
da Associação Visionarium,
as duas entidades querem
agora "recuperar essa
marca", devolvendo-a à sua
missão de "divulgar a ciên-
cia" e enriquecendo o seu
projeto com "atividades de
aventura".
O espaço a criar para
o efeito estará aberto ao
público em geral, mas deverá
funcionar sobretudo me-
diante marcação, "focando-
se no acolhimento de grupos
organizados e na realização
de atividades com reserva
prévia, sejam festas de
aniversário, visitas escolares
ou atividades desportivas".
João Pedro admite que Tondela “é uma equipa
muito perigosa fora de casa”
O médio João Pedro
disse hoje que o Tondela é
“uma equipa muito perigosa
fora de casa” e que os adver-
sários sabem disso, na ante-
visão da 14.ª jornada da I Liga
de futebol, frente ao FC Porto.
“Somos uma equipa
muito perigosa fora de casa e
acho que os nossos adver-
sários também o sabem. Temos
a maioria dos pontos fora de
casa. Esperamos ser o Tondela
que temos vindo a ser, igual a si
próprio, com a sua ideia, com a
sua personalidade. E, com mais
ou menos posse de bola,
vamos atacar com a qualidade
que temos vindo a demonstrar”,
antecipou João Pedro.
Em conferência de im-
prensa antes de um treino
aberto à comunicação social,
na semana que antecede a
visita ao Estádio do Dragão, na
segunda-feira, às 20:15, o
médio acrescentou que “o Ton-
dela é uma equipa que se
adapta bem a qualquer jogo”.
João Pedro lembrou o
empate do FC Porto (1-1), na
última jornada em casa do Be-
lenenses, e admitiu que “devido
ao impacto” desse jogo “vai
haver uma reação por parte do
FC Porto” e, por isso, o Tondela
tem “de estar preparado para
essa reação”.
“Acredito num FC Porto
a ter de ganhar e a fazer de
tudo para ganhar, acredito
nisso. Sabemos que o FC Porto
é uma equipa muito forte e
vamos ver o que delineamos
como estratégia, mas sabemos
que vai ser um Porto muito difí-
cil”, assumiu.
Dificuldade que não
abala a confiança dos beirões,
uma vez que, “mesmo com o
Famalicão, a equipa estava
confiante”, mesmo vindo de
duas derrotas seguidas, e con-
seguiu impor o primeiro desaire
aos famalicenses em casa esta
época.
“O Tondela é uma equipa
que se adapta bem a qualquer
jogo e que está no campo e
sabe o que está a fazer. É uma
equipa que se sente bem com
bola, temos qualidade e sabe-
mos o que temos de fazer com
ela, e agora com o Famalicão,
abdicámos dessa ideia de
posse de bola e saímos mais
em transição e também nos
sentimos bem. É uma equipa
que se adapta muito bem aos
diferentes momentos do jogo”,
considerou.
O Tondela, oitavo colo-
cado, com 18 pontos, visita o
FC Porto, no segundo lugar,
com 32, a partir das 20:15 de
segunda-feira, a fechar a 14ª
jornada da I Liga de futebol.
Mangualde investe 3,3 ME na recuperação do
Cineteatro Império
A Câmara de Mangualde
aprovou ontem o projeto de re-
generação do Cineteatro Im-
pério, um investimento total de
3,3 milhões de euros, compar-
ticipado por fundos comu-
nitários.
“Esta é uma decisão
histórica, porque o Cineteatro
Império representa um investi-
mento de referência no con-
celho e visa dar resposta à
atividade social e cultural,
desde cinema, música, teatro,
dança, entre outros, bem como
à atividade municipal e à ativi-
dade das várias associações e
instituições locais”, destaca o
presidente da Câmara, Elísio
Museu do Oriente exibe 70 exemplares raros da
cultura textil timorense
Um conjunto de 70
exemplares raros da cultura tim-
orense, na produção têxtil da arte
local 'tais', vai ser exibido no
Museu do Oriente, em Lisboa, a
partir de 12 de dezembro.
“Timor: Totems e Traços”
é o título desta exposição com
testemunhos raros das tradições
e diversidade regional de Timor,
segundo o museu, que inaugura
naquele dia às 18:30.
Esta exposição reúne
cerca de 70 exemplares, oriun-
dos de Timor Ocidental e Timor-
Leste, datados do século XX ou
de anteriores, que testemunham
um tipo de produção artesanal
feita por mulheres em teares
tradicionais de madeira.
A maioria das peças per-
tence à coleção de um dos
maiores especialistas na área,
Peter ten Hoopen, e algumas são
consideradas bastante raras,
Oliveira, citado numa nota
autárquica.
Segundo o comunicado
de imprensa, a reabilitação do
Cineteatro Império representa
um investimento de 3,3 milhões
de euros, comparticipado com
fundos comunitários, e insere-
se no plano estratégico de de-
senvolvimento urbano do centro
histórico de Mangualde.
Um dos objetivos do pro-
jeto de regeneração é fazer do
cineteatro, situado na zona
mais antiga da cidade, “uma ân-
cora no desenvolvimento cul-
tural de todo o concelho”.
“Este é um espaço nobre
da cidade, construído nos anos
pela técnica e padrões utilizados,
bem como pela sua proveniência
de Timor-Leste, indica o museu.
Peter ten Hoopen
começou a interessar-se por esta
arte timorense no final dos anos
1970, mas só a partir de 2010 é
que decidiu colecioná-la e es-
tudá-la ativamente.
“Quando lidamos com
uma cultura que está a desa-
parecer rapidamente, mais do
que colecionar peças emblemáti-
cas, importa preservar o conhe-
cimento nelas contido. Se a
transferência tradicional de con-
hecimentos saltar uma geração,
esse conhecimento perde-se
para sempre. É por isso que vejo
esta coleção como um projeto de
património cultural, e não apenas
um somatório de objetos”, ex-
plica o colecionador, num texto
citado pelo museu.
Grande parte destes
1940 por um reconhecido ar-
quiteto, Francisco Keil do Ama-
ral, cuja recuperação era uma
ambição há muito desejada por
este executivo e por toda a pop-
ulação mangualdense”, lê-se.
Segundo o documento,
o executivo pretende, após a
aprovação em reunião de Câ-
mara, “o mais breve possível,
lançar a obra a concurso
público”, para dotar o espaço
com “equipamentos de mo-
derna tecnologia, sendo que, à
sala principal, com capacidade
de 340 lugares, será acrescen-
tada uma sala suplementar no
piso superior para ensaios e de-
mais eventos”.
panos, tecidos pelas mulheres de
uma linhagem, era guardado,
sendo considerado património
dessa linhagem e necessário
para as trocas rituais em cerimó-
nias de aliança, casamento,
nascimento e morte.
O longo período de agi-
tação política vivido por toda a
ilha, a partir da década de 70 do
século XX, as alterações do es-
tilo de vida das populações e o
desinteresse a que este artigo de
vestuário foi entretanto votado,
por se considerar já não estar ‘na
moda’, fez com que grande parte
do seu património têxtil fosse
destruído.
No dia 13, sexta-feira, às
11:30, Peter ten Hoopen orienta
uma visita a “Timor: Totems e
Traços”, de entrada gratuita.
A mostra fica patente até
15 de março de 2020.