Escola Superior de Tecnologia de Viseu. Dia do DEC, 2007.04.19.

Conforto térmico na habitação.

Necessidades e soluções.

Carlos Lisboa
carloslx@carloslisboa.pt

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Adaptação do edifício ao clima do local.

Fonte: Claude-Alain Roulet. HB2006. Conferência plenária.

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Simulação de edifícios.
•Criação de modelo térmico virtual do edifício,
•Geometria 3D,
•Características térmicas construtivas,
•Características dos eventuais sistemas de climatização,
•Características das condições de utilização (ocupação, horários, etc.)
•Simulação do seu funcionamento imerso nas condições de clima do local,
•Cálculo das temperaturas interiores sem sistemas activos,
•Optimização térmica da solução construtiva e arquitectónica,
•Ensaio de alterações e o seu impacto nas temperaturas interiores,
•Dimensionamento e cálculo de consumo de energia de eventuais sistemas
activos,

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Simulação de edifícios. Software DOE2.1-E.

•A referência internacional para programas e métodos de cálculo
energético de edifícios.
•Criação e desenvolvimento financiados pelo Department of Energy (DOE)
dos EUA,
•Desenvolvido por; Lawrence Berkeley National Laboratory, Hirsch &
Associates, Consultants Computation Bureau, Los Alamos National
Laboratory, Argonne National Laboratory and University of Paris,
•Primeira versão, DOE-1, publicado em 1978,
•LBNL estima entre 1000 a 1500 utilizadores actuais,
•Programa extensamente testado, validado e debuged,

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Simulação de edifícios. Software EnergyPlus.

•A partir de 1996 DOE iniciou o financiamento para o seu desenvolvimento
como substituto do DOE-2,
•Primeira versão, ainda bastante limitada, surgiu em Abril de 2001,
•Última versão (2.0) publicada este mês,
•Download gratuito pela internet (feitos 12.000 downloads até à data),
•Código aberto Open Source,
•Modular e facilmente adaptável a novos sistemas ou métodos de cálculo,
•LBNL estima 3.000 utilizadores efectivos,
•Totalmente actualizado face ao estado da arte na área da climatização e
qualidade do ar,

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Simulação de edifícios. Alertas.

•O resultado da simulação está errado até prova em contrário!
•Preferir programas de referência testados e validados,
•Preferir programas com grande número de utilizadores (probabilidade de
haver menos bugs no programa),
•Métodos de trabalho que minimizem os erros,
•A utilização de simulações mais simplificadas na fase de concepção inicial
deve ser mais detalhada em fases mais adiantadas do projecto

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Exemplo de cálculo de temperaturas.

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Exemplo de cálculo de temperaturas.

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Conforto térmico adaptativo.

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Conforto térmico adaptativo. ANSI/ASHRAE STANDARD 55-2004.

Média Agosto Lisboa=23ºC

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Necessidades térmicas nas habitações.

•O desempenho térmico do edifício deve ser avaliado e optimizado na fase
de concepção recorrendo a programas de simulação de edifícios,
•Para avaliação do conforto térmico e eventual decisão por sistemas
activos deve utilizar-se o modelo de conforto adaptativo,
•Em Portugal é necessário recorrer a sistemas activos para conseguir obter
conforto térmico na estação de aquecimento,
•Em Portugal é possível, através de boas soluções arquitectónicas e
construtivas, conseguir conforto térmico sem a utilização de sistemas
activos durante a quase totalidade dos dias de Verão,
•As excepções ocorrem quando se verificam séries de dias seguidos
com sol e temperaturas médias elevadas.

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Soluções activas.
•Aquecimento ambiente (preços de materiais);
•Radiadores a água (≈20€/m2),
•Ventiloconvectores (≈25€/m2),
•Pavimento radiante (≈35€/m2),
•Tecto radiante (≈100€/m2),
•Paredes radiantes
•Produção térmica (preços de materiais);
•Efeito Joule, resistência eléctrica,
•Caldeira a gás ou gasóleo (≈1700€, inclui produção de AQS),
•Bomba de calor ar/água(5500€, inclui produção de AQS),
•Bomba de calor ar/ar (3000€+esquentador para AQS),

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Radiadores (emissor estático de calor).

•Baixo custo de instalação.
•Baixa inércia térmica, ie, resposta rápida,
•Apenas para aquecimento,
•Ocupação de espaço útil,
•Necessita temperatura da água
entre 70 e 90ºC,
•Não compatível com bomba de calor,
•Não compatível com solar térmico,

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Ventiloconvectores (permutador, ventilador, filtro).

•Baixo custo de instalação.
•Resposta muito rápida porque aquece directamente o ar ambiente,
•Para aquecimento e arrefecimento,
•Ocupação de espaço útil,
•Risco de desconforto auditivo,
•Risco de desconforto associado
à velocidade do ar,
•Consumo de energia nos ventiladores,
•Maiores custos de manutenção.

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Pavimento radiante.
•Custo elevado de instalação.
•Elevada inércia térmica (≈48h para aquecimento inicial da habitação),
•Aquecimento e arrefecimento,
•Não ocupa área útil,
•Elevado nível de conforto,
pés quentes, cabeça fria,
maior humidade relativa
(temp.seca mais baixa)
•Baixo consumo de energia
(temperatura interior mais baixa)

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Pavimento radiante.
•Isolamento térmico e acústico entre pisos integrado na solução.
•Risco de condensações (se utilizado para arrefecimento)
•Ocupação de cerca de 10cm
de altura,
•Solução ideal para sistemas
de baixa temperatura
(solar, bomba de calor)

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Tecto radiante.
•Custo de instalação muito elevado,
•Risco de condensações (se utilizado para arrefecimento)
•Ocupação de cerca de 20cm de altura,
•Solução boa para sistemas
de baixa temperatura
•Baixo consumo de energia,
•Não ocupa área útil.

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Paredes radiantes.
•Custo de instalação elevado,
•Risco de condensações (se utilizado para arrefecimento)
•Solução boa para sistemas
de baixa temperatura
•Baixo consumo de energia,
•Não ocupa área útil,
•Necessita cuidados especiais
para furar paredes.

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Produção térmica por efeito Joule.

•Custo de instalação muito baixo,
•Conveniência na utilização,
•Elevado consumo de energia primária, sensivelmente igual a três vezes as
necessidades de energia final para aquecimento,
•Permitido regulamentarmente (RSECE) apenas desde que demonstrada a
não viabilidade económica de soluções alternativas.

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Produção térmica por caldeira mural a gás.

•Custo de instalação baixo,
•Conveniência na utilização, desde que ligada a rede de abastecimento,
•Consumo de energia primária sensivelmente igual às necessidades de
energia final para aquecimento,
•Necessidade de ocupação de espaço para condutas de evacuação dos
produtos da combustão (chaminés),
•Necessidade de previsão de entradas de ar para alimentação da
combustão,
•Risco de contaminação do ar interior com produtos da combustão, caso a
instalação seja deficientemente concebida ou executada,

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Produção térmica por bomba de calor ar/água.

•Custo de instalação elevado,
•Conveniência na utilização,
•Muito baixa factura energética (cerca de 30% da factura com caldeira),
•Consumo de energia primária sensivelmente igual a 75% das
necessidades de energia final para aquecimento (COP de 4),
•Necessidade de instalar equipamento no exterior,
•Possibilidade de fazer também arrefecimento.

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Produção térmica por bomba de calor ar/água.

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Produção térmica por bomba de calor ar/ar.

•Custo de instalação elevado,
•Conveniência na utilização,
•Baixa factura energética,
•Consumo de energia primária sensivelmente igual a 75% das
necessidades de energia final para aquecimento (COP de 4),
•Necessidade de instalar equipamento no exterior,
•Possibilidade de fazer também arrefecimento,
•Necessidade de sistema complementar para produção de AQS.

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Produção térmica centralizada.

•Existem caldeiras murais, disponíveis no mercado, com rendimentos
energéticos superiores aos rendimentos que se conseguem atingir num
sistema centralizado de produção e distribuição de calor baseado em
caldeiras centrais de maior dimensão,
•Rendimentos estacionais das caldeiras semelhantes, devido à muito
reduzida inércia térmica das caldeiras murais,
•Sistemas centrais têm sempre associadas perdas de energia na
distribuição de calor,
•Existem bombas de calor de pequena dimensão disponíveis no mercado
com rendimentos energéticos bastante semelhantes aos rendimentos que
se conseguem obter e sistemas centralizados de produção de calor com
base em bombas de calor de maior dimensão,
•Produção centralizada tem enorme interesse energético quando existe a
possibilidade de recuperação de calor ou necessidades simultâneas de
calor e frio.
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