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Matéria: Direito Previdenciário

Professor: Cassius Garcia


RESUMÃO - Custeio
Prof. Cassius Garcia

RESUMO – Financiamento da Seguridade Social; Contribuições;


Obrigações; CND; Prescrição e Decadência.

Sumário
1. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS ............................................................... 4
2. OBRIGAÇÕES DA EMPRESA E DOS DEMAIS CONTRIBUINTES ......... 19
3. PRAZOS DE RECOLHIMENTO .......................................................... 22
4. RETENÇÃO E RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA .............................. 24
5. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS ............................................................ 28
6. PROVA DA INEXISTÊNCIA DE DÉBITO ........................................... 31
7. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA ......................................................... 35
8. QUESTÕES COMENTADAS ............................................................... 41
9. LISTA DE QUESTÕES ...................................................................... 65
10. GABARITO ................................................................................... 70
11. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO .................................................... 71

Olá, pessoal!
Bom dia/boa tarde/boa noite/boa madrugada!
Bom dia/boa tarde/boa noite/boa madrugada!

Em uma inocente pesquisa no Instagram (aliás, já estás seguindo meu perfil


lá? www.instagram.com/cassiusprev) recebi uma verdadeira AVALANCHE
de mensagens relatando que a maior dificuldade de boa parte dos concurseiros
ao estudar o Direito Previdenciário está na parte de CUSTEIO/FINANCIAMENTO.
É, de fato, o conteúdo de maior complexidade da disciplina. Muitas contribuições
diferentes, alíquotas variadas, prazos distintos para recolhimento... Não é fácil
absorver tudo isso.
Resolvi, então, colaborar com os alunos e seguidores, e presenteá-los com
um RESUMO do conteúdo. Aqui veremos TUDO sobre o financiamento da
previdência social, como podem deduzir do sumário logo acima.
Não é um ‘curso completo’. Não é a melhor opção para quem nunca estudou
Direito Previdenciário. É uma revisão e uma compilação dos temas para quem

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JÁ estudou, JÁ tentou compreender o conteúdo, JÁ resolveu questões sobre o


assunto e ainda sente dificuldade.

O conteúdo aqui disponibilizado foi extraído de meus cursos de Resumos +


Questões, disponíveis no Exponencial Concursos*.

*Quem quiser conhecer todos meus cursos — tanto os cursos completos


quanto os de resumos — só precisa entrar em
https://bit.ly/cassiusprev.

Ao final dos resumos trago algumas questões — em sua maioria, as mais


recentes; outras mais antigas, quando cobrem algum assunto relevante da
Aula — de bancas variadas, comentadas, para que todos possam perceber como
os temas aqui abordados têm sido cobrados.
E se depois da leitura ainda surgirem dúvidas? Ora essa... entrem no
Instagram — @cassiusprev — e mandem um Direct. Ou deixem suas
dúvidas na caixinha de perguntas do Stories (quase todo dia há uma aberta lá).

Um grande abraço. Bons estudos.


Que Deus permaneça conosco.
“Rebaixai-vos, pois, humildemente, sob a poderosa mão de Deus,
para que, na hora oportuna, Ele vos exalte.” 1Pd 5, 6

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1. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

Embora as contribuições do art. 195 da Constituição sejam destinadas ao


financiamento da seguridade social como um todo, o legislador constituinte
achou por bem assegurar que as contribuições sociais (1) da empresa sobre a
folha de salários (contribuição patronal) e (2) dos segurados revertam
especificamente para o pagamento de benefícios previdenciários. É por
esse motivo que essas exações são denominadas contribuições
previdenciárias.

Novas Contribuições Sociais


As Contribuições já previstas no art. 195, incisos I a IV, podem ser criadas
por lei ordinária. Já a criação de novas contribuições deve se dar
por lei complementar. Por força do art. 154, I, da Constituição, vemos que
essas novas contribuições, quando criadas, não poderão ter fato gerador e
base de cálculo próprios das Contribuições Sociais já discriminadas na
Constituição. Mas, segundo o STF, podem ter base de cálculo e fato gerador
idênticos aos dos impostos.

Contribuição da União
A contribuição da União é fixada obrigatoriamente na Lei Orçamentária Anual,
constituída por recursos adicionais do orçamento fiscal. Além da
contribuição obrigatória, se as receitas da Seguridade Social não forem
suficientes para pagar os benefícios previdenciários cabe à União cobrir o
rombo.

Fixação obrigatória na
Lei Orçamentária
Contribuição da União
Recursos adicionais do
orçamento fiscal

Insuficiências financeiras
da Seguridade Social
também são cobertas
pela União

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Receitas das Contribuições Sociais


São objeto de estudo do Direito Previdenciário as Contribuições Sociais em
sentido estrito, subdivididas em Previdenciárias e Não Previdenciárias, conforme
o esquema:

Impostos (CF, art. 145, I)


TRIBUTOS

Taxas (CF, art. 145, II)

Contribuições de Melhoria (CF, art. 145, III)

Empréstimos Compulsórios (CF, art. 148)

Contribuições Especiais (CF, art. 149 e 149-A)

CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS

Contribuições
de Interesse
Contribuições
CIDE das Categorias COSIP
Sociais Profissionais ou
Econômicas

Contribuições
Sociais Gerais Contribuições
(Sistema "S", Sociais em
salário-educação sentido estrito
etc)

Não Previdenciárias (as


Previdenciárias (CF,
demais do art. 195 da
art. 195, I, 'a' e II) CF)

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Contribuição das Empresas

Contribuição Alíquota Observações


Essa contribuição NÃO
Sobre o total das
TEM LIMITE MÁXIMO. Se
remunerações pagas,
o segurado ganha R$
devidas ou creditadas 20%
20.000,00, a contribuição
aos segurados
da empresa será de R$
empregado e avulso
4.000,00.

Sobre a remuneração dos A cooperativa de trabalho


contribuintes não recolhe esta
20%
individuais que prestam contribuição em relação
serviço à empresa. aos seus CI cooperados;

Incide sobre toda a folha


de salários da empresa, e
1, 2 ou 3%, de acordo
o percentual é definido
SAT/RAT/GILRAT com o grau de risco
pela ATIVIDADE
(leve, médio ou grave)
PREPONDERANTE do
estabelecimento.

6, 9 ou 12%, de acordo
Incide só sobre a
com a atividade exercida
remuneração dos
pelo segurado, que lhe
Adicional ao SAT segurados sujeitos a
garanta aposentadoria
trabalho em condições
especial aos 25, 20 ou
especiais.
15 anos.

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Ou esquematizado da seguinte forma...

Empregado,
Avulso e CI -
20% sobre o
total da
remuneração

Folha de STJ - Atividade


GILRAT - 1, 2 ou
preponderante por
Salários 3% estabelecimento

Contribuição Só sobre a
Receita e remuneração
das Adicional GILRAT
Faturamento - 6, 9 ou 12%
dos segurados
Empresas expostos a
(PIS/COFINS)
risco

Sobre o valor pago a CI


Lucro (CSLL) cooperado, 5, 7 ou 9% - OBS.:
RFB não cobra
(inconstitucionalidade reflexa)

Contribuição das Instituições Financeiras


A contribuição das instituições financeiras é diferenciada — elas pagam MAIS,
por incrível que pareça. Devem recolher, por força do disposto no §1º do art.
22 da LOCSS, uma contribuição adicional de 2,5% em sua cota patronal.
Portanto, na prática, a contribuição das instituições financeiras sobre a folha de
salários é de 22,5%.
Tal 'discriminação' se dá pela aplicação da regra do art. 195, §6º, da CF, a qual
autoriza a instituição de alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas.

Contribuição
Contribuição
da Empresa
+ 2,5% = da Instit.
Financeira

Contribuição da Cooperativa
A Cooperativa é equiparada a empresa, por força da legislação. Então, todas
as contribuições devidas pelas empresas cabem também às cooperativas,
quando têm empregados ou tomam serviço de CIs ou avulsos. A relação
da cooperativa com os Contribuintes Individuais que a integram não é de

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emprego nem de prestação de serviço; logo, não há recolhimento de cota


patronal sobre o valor por ela repassado aos CIs cooperados.
Nunca é demais relembrar que a contribuição da empresa tomadora sobre o
valor bruto da NF ou fatura dos serviços prestados por cooperativa (15%) foi
declarada inconstitucional pelo STF em 2014 e sua previsão legal teve a
execução suspensa pelo Senado Federal em 2016.
Hoje a única obrigação da Cooperativa de Trabalho em relação aos seus CIs
cooperados é a retenção e recolhimento da contribuição dos cooperados
(20% sobre o salário-de-contribuição).
Já a cooperativa de produção tem a obrigação de recolher a Contribuição
Adicional ao SAT sobre a remuneração paga, devida ou creditada aos seus
cooperados que estejam sujeitos a agentes nocivos no exercício de suas
atividades., como previsto no art. 1º da Lei 10.666/03:
Art. 1º. [...] § 2º Será devida contribuição adicional de doze,
nove ou seis pontos percentuais, a cargo da cooperativa de
produção, incidente sobre a remuneração paga, devida ou
creditada ao cooperado filiado, na hipótese de exercício de
atividade que autorize a concessão de aposentadoria especial
após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição,
respectivamente.
§ 3º Considera-se cooperativa de produção aquela em que seus
associados contribuem com serviços laborativos ou profissionais
para a produção em comum de bens, quando a cooperativa
detenha por qualquer forma os meios de produção.

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Cooperativa de
Produção

6, 9 ou 12%
ADICIONAL
Empresa -
GILRAT
Regra Geral

5, 7 ou 9%
Empresa - CI
Cooperado

OBS.: RFB não


cobra
(inconstitucionalidade
reflexa)

Como sempre, se tiverem dúvidas, perguntem.

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Contribuição do Clube de Futebol Profissional

Nesse caso, Ativ. econômica


alíquota reduzida organizada
só se aplica às conforme Arts. SIM
atividades 1.039 a 1.092
diretamente do CC?
relacionadas
com a equipe de
futebol.
Contribuição de 5% da
SIM receita bruta de
espetáculos desportivos e
patrocínios/
Mantém equipe licenciamentos/publici-
Associação dade, em SUBSTITUIÇÃO
de futebol
Desportiva à cota patronal e GILRAT
profissional?

REGRA
GERAL DAS NÃO
EMPRESAS

Contribuição da Agroindústria
Contribuição da Agroindústria - 2,5% de contribuição patronal +0,1% de
GILRAT.

a rendimentos de serviços
prestados a terceiros

NÃO se a piscicultura, carcinicultura,


aplica suinocultura e avicultura

a florestamento e
Agroindústria reflorestamento para
Cota Patronal 2,5% industrialização própria (papel
ou celulose)
GILRAT 0,1%

a rendimentos de outra
Aplica- atividade econômica autônoma,
se no mesmo ou em
estabelecimento disfinto

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Agroindústria é o produtor rural pessoa jurídica cuja atividade econômica seja


a industrialização de produção própria ou de produção própria e adquirida de
terceiros.

Contribuição do Produtor Rural Pessoa Física


O empregador rural pessoa física e o consórcio de produtores rurais recolhem:
- 1,2% da receita bruta da comercialização de sua produção, como substituto
da contribuição patronal;
- 0,1% da receita bruta da comercialização de sua produção, a título de
GILRAT
Essas contribuições substituem exclusivamente a cota patronal e o GILRAT.
O empregador rural pessoa física é CONTRIBUINTE INDIVIDUAL e, em razão
disso, tem a obrigação de recolher sua contribuição pessoal.

• Cota Patronal - 1,2%


Contribuição do • GILRAT - 0,1%
Produtor Rural • Contribuição Individual -
Pessoa Física 20%

O valor da receita bruta, utilizado como base de cálculo das contribuições ora
em estudo, abrange a renda oriunda de...

da produção

da produção decorrente
Comercialização
de parceria ou meação

De atividade turística ou de
de artigos de artesanato
Integram a entretenimento no imóvel
Receita Bruta
as seguintes
receitas Valor de mercado da
produção rural dada em
pagamento

Atividade artística

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Contribuição do Empregador Doméstico


Hoje o empregador doméstico contribui com alíquota total de 20%:
Cota patronal – 8%;
GILRAT – 0,8%;
Estas duas alíquotas incidem sobre o salário-de-contribuição do empregado
doméstico;
FGTS – 8%;
Multa FGTS – 3,2%.
Já estas incidem sobre a remuneração.
A contribuição destinada à seguridade social é de 8,8%. Os 11,2%
restantes são relativos ao FGTS e ao fundo da multa do FGTS.
LICENÇA-MATERNIDADE - nesse período o INSS se responsabiliza pela
remuneração. Contudo, o empregador doméstico permanece responsável,
nesse período, pelo recolhimento da contribuição a seu encargo (cota
patronal, GILRAT, FGTS e Multa FGTS);

Durante a licença-
maternidade, Cota
PERMANECE pagando Patronal -
Contribuições
as suas contribuições 8%
destinadas à
Previdência
GILRAT - Social
0,8%
Empregador
Doméstico
FGTS - 8%

Também recolhe e
paga a contribuição Multa FGTS
do empregado - 3,2%
doméstico

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Contribuição dos Segurados


1) Empregados, avulsos e domésticos
A contribuição do empregado, inclusive o doméstico, e a do trabalhador avulso
é calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota sobre o seu
salário-de-contribuição mensal, de forma não cumulativa. Dependendo da
remuneração do empregado/avulso/doméstico este sofrerá um desconto de 8%,
9% ou 11%. A tabela vigente para o ano de 2019 é a seguinte:

SC Alíquota

Até R$ 1.751,81 8%

De R$ 1.751,82 até R$ 2.919,72 9%

De R$ 2.919,73 até R$ 5.839,45 11%

Se o segurado empregado, avulso ou doméstico prestar serviços a mais de um


empregador, a contribuição incidirá sobre o total da remuneração recebida em
cada fonte pagadora, salvo se o somatório for superior ao teto máximo (R$
5.839,45, em 2019). Nessa hipótese, o segurado elegerá a fonte pagadora
que primeiro efetuará o desconto cabendo às que se sucederem efetuar o
desconto sobre a parcela do salário-de-contribuição complementar até
o limite máximo do salário-de-contribuição.
A contribuição sobre o 13º salário é calculada em separado e é devida quando
do pagamento da última parcela.
É o empregador que recolhe as contribuições do empregado, doméstico e
avulso. Em razão disso, o desconto da contribuição sempre se presumirá
feito, oportuna e regularmente, pela empresa, pelo empregador
doméstico e pelo OGMO a isso obrigados, não lhes sendo lícito alegarem
qualquer omissão para se eximirem do recolhimento, ficando eles diretamente
responsáveis pelas importâncias que deixarem de descontar ou tiverem
descontado em desacordo com as normas.

Contribuição
• 8, 9 ou 11%, dependendo do valor do SC
do • Responsabilidade do recolhimento é de
Empregado, terceiros (empresa, empregador, OGMO)
• Presume-se efetuado o desconto da
Doméstico e contribuição pelo responsável
Avulso

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2) Contribuintes Individuais

Contribuinte Individual Alíquota

20% - o CI é responsável
Pessoa física
pelo recolhimento

11% retidos pela empresa


Empresa e recolhidos juntamente
com a cota patronal

20% retidos pela empresa


EBAS – Entidade Beneficente de e por ela recolhidos, sem
Assistência Social cota patronal (RPS, art.
216, §26)

EBAS por intermédio de cooperativa de


trabalho 20% retidos pela
Cooperativa e por ela
Pessoa física por intermédio de recolhidos.
PRESTA
cooperativa de trabalho
SERVIÇOS
A 11% retidos pela
Cooperativa e por ela
recolhidos, mas sem cota
Empresa por intermédio de cooperativa patronal (RPS, art. 201,
de trabalho §19). Quem paga a cota
patronal, nesse caso, é a
empresa tomadora de
serviços.

Outro CI equiparado a empresa


11%, pois deduz 9% em
Trabalhador Rural Pessoa Física razão da existência, no
caso, de cota patronal.
Missão Diplomática e Repartição
Consular estrangeiras

CI que abre mão da aposentadoria por tempo de


11% sobre o salário
contribuição e opta por receber benefício de valor
mínimo
mínimo

MEI – Microempreendedor Individual, conforme art. 18-


A da LC 123/2006, sem direito à aposentadoria por 5% sobre o salário mínimo
tempo de contribuição

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3) Facultativos

Facultativo

20% sobre SC 11% sobre SM 5% sobre SM

Abdica da
Abdica da ATC. Benefício
REGRA ATC. Recebe mínimo.
GERAL benefício Dono(a) de
mínimo casa de baixa
renda.

Tanto o CI quanto o facultativo que abdicam da aposentadoria por tempo de


contribuição podem, se assim o desejarem, computar o período de contribuição
reduzida para fins de obtenção dessa prestação previdenciária, mediante
complementação do valor (9 ou 15%), com juros, mas sem multa (LOCSS,
art. 21, §3º).

4) Segurados Especiais
Os segurados especiais contribuem para a seguridade social mediante a
aplicação da alíquota de 1,2% sobre a receita bruta da comercialização de
sua produção. Recolherão, ainda, outros 0,1% sobre a mesma base cálculo,
destinados especificamente ao custeio das prestações decorrentes de acidente
de trabalho. A contribuição seguindo essa sistemática garante ao segurado
especial o direito a benefícios no valor de um salário mínimo, excluída a
aposentadoria por tempo de contribuição.
Se quiser garantir o direito à aposentadoria por tempo de contribuição, e/ou a
rendimentos superiores ao mínimo, pode o segurado especial contribuir sobre
seus rendimentos, como se fosse Contribuinte Individual. Nessa hipótese, além
da contribuição normal do segurado especial, referida no parágrafo acima,
contribuiria com o valor equivalente a 20% de seu salário-de-contribuição.

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Produtor Rural Pessoa


Segurado Especial
Física (PRPF)
É Contribuinte Individual É Segurado Especial

X
1,2% da receita bruta como cota 1,2% da receita bruta como sua
patronal contribuição obrigatória

0,1% de GILRAT 0,1% de GILRAT

Contribuição individual (20%)


Contribuição individual (20%)
opcional (continua sendo
obrigatória.
Segurado Especial)

Contribuições Sociais não-Previdenciárias


Essa não é, por certo, a melhor denominação — seria mais correto dizer ‘não
exclusivamente previdenciárias’ — pois os recursos por elas obtidos são
destinados à seguridade social que (quem está estudando esse capítulo já tem
a OBRIGAÇÃO DE SABER) compreende a Assistência Social, a Saúde e também
a Previdência

1) Das Empresas, sobre a receita, o faturamento e o lucro


As contribuições das empresas, incidentes sobre a receita, o faturamento e o
lucro, são:

COFINS - incide sobre o faturamento mensal, com alíquota de:


3% para as empresas em geral, sujeitas à incidência cumulativa;
4% para as operadoras de planos de saúde (incidência cumulativa);
7,6% para as empresas sujeitas a incidência não cumulativa.

CSLL - incide sobre o lucro líquido, com alíquota de:


9% - regra geral
15% para as pessoas jurídicas de seguros privados, de capitalização, das
cooperativas de crédito e diversas outras instituições financeiras (como os
bancos de qualquer espécie, corretoras de câmbio, sociedades de crédito,
administradoras de cartões de crédito etc.);

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PIS/PASEP - Incide também sobre o faturamento, como regra geral; mas


também pode incidir sobre a folha de salários ou sobre receitas correntes,
transferências correntes e de capital.
No caso de incidência cumulativa, as regras são:

Alíquota Base de Cálculo Sujeito Passivo

Pessoas jurídicas de direito privado e as


que lhes são equiparadas pela legislação
do imposto de renda, inclusive as
empresas públicas e as sociedades de
economia mista e suas subsidiárias (Lei
0,65% Faturamento mensal
9.715/98, art. 8º, I e art. 2º, I)
Sociedades cooperativas, apenas em
relação às receitas decorrentes de
operações praticadas com não
associados (Lei 9.715/98, art. 2º, §1º)

Entidades sem fins lucrativos (Lei


1% Folha de salários 9.715/98, art. 8º, II e MP 2158-
35/2001, art. 13)

Valor das receitas correntes


Pessoas jurídicas de direito público
arrecadadas e das
1% interno (Lei 9.715/98, art. 8º, III e art.
transferências correntes e de
2º, III)
capital recebidas

No caso de incidência não cumulativa a alíquota é de 1,65% incidente sobre


o faturamento mensal.

PIS/PASEP e COFINS - IMPORTAÇÃO - As alíquotas variam MUITO mas,


como regra geral, são respectivamente de 2,1% e 9,65% incidentes sobre:
- o valor aduaneiro dos bens importados; ou
- o valor pago, creditado, entregue etc. pelos serviços importados.

2) Sobre a Receita de Concursos de Prognósticos


A base de cálculo desta contribuição é a receita auferida nos concursos de
prognósticos, sorteios e loterias.
A alíquota é fixada em Lei e varia, em função da modalidade do concurso, sorteio
ou loteria, de 0,25% a 17,32%.

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• Apurada pela multiplicação da


Receita de receita auferida nos concursos
Concurso de de prognósticos e loterias pela
alíquota fixada em Lei para cada
Prognósticos modalidade lotérica.

Receitas de Outras Fontes


Estão previstas no art. 27 da LOCSS. Merecem destaque as mais presentes
em provas, que são:
Art. 27. Constituem outras receitas da Seguridade Social:
I - as multas, a atualização monetária e os juros moratórios;
[...]
V - as doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais;
[...]
VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos
bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal; [...]

Competência do INSS e da SRFB


Simplificando ao máximo, podemos dizer que:

Competências do INSS Competências da RFB

Concessão e manutenção Fiscalizar, arrecadar e


dos benefícios cobrar contribuições
previdenciários sociais

Emissão de Certidão de Examinar a contabilidade


Tempo de Contribuição das empresas

Examinar a contabilidade
Gestão do Fundo do RGPS
das empresas

Cálculo de contribuições Apurar valores devidos


para concessão ou revisão mediante cálculo de mão-
de benefício de-obra e aferição indireta

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2. OBRIGAÇÕES DA EMPRESA E DOS DEMAIS CONTRIBUINTES

Obrigações da Empresa
Aqui tratamos das obrigações principais, que são aquelas relacionadas
diretamente à arrecadação/recolhimento de contribuições sociais.

A empresa é obrigada a:
 Arrecadar as contribuições dos segurados empregados, avulsos e CI a seu
serviço, descontando-as da respectiva remuneração, e recolher esses valores,
juntamente com a cota patronal, de sua responsabilidade;
 Recolher a contribuição sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de
prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por
cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho;
 Recolher PIS/PASEP, COFINS e CSLL, na forma e prazos definidos pela
legislação tributária federal vigente;

Empresa é
obrigada

Arrecadar e
Recolher
recolher

Contribuições
Cota
Empregado Avulsos CI Não
Patronal
Previdenciárias

A empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou a cooperativa


são obrigadas a recolher a contribuição incidente sobre a comercialização da
produção do produtor rural pessoa física e do segurado especial,
independentemente de essas operações terem sido realizadas diretamente com
o produtor ou com intermediário pessoa física;
O produtor rural pessoa jurídica é obrigado a recolher as contribuições
incidentes sobre o total da receita bruta proveniente da comercialização da sua
produção rural;

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A empresa que remunera empregado licenciado para exercer mandato


de dirigente sindical é obrigada a recolher a contribuição deste, bem como
as parcelas a seu cargo;
A entidade sindical que remunera dirigente que mantém a qualidade de
segurado empregado, licenciado da empresa, ou trabalhador avulso é
obrigada a recolher a contribuição destes, bem como as parcelas a seu cargo;
A entidade sindical que remunera dirigente que mantém a qualidade de
segurado contribuinte individual é obrigada a recolher a contribuição
deste;
A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão
de obra, inclusive em regime de trabalho temporário é obrigada a reter
11% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher,
em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida.

Obrigações dos Demais Contribuintes


O segurado contribuinte individual, quando exercer atividade
econômica por conta própria ou prestar serviço a pessoa física ou a
outro contribuinte individual, produtor rural pessoa física, missão
diplomática ou repartição consular de carreira estrangeiras, ou quando
tratar-se de brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo
oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo, e o facultativo
são obrigados a recolher sua contribuição, por iniciativa própria; É facultado
ao CI e Facultativo cujos salários-de-contribuição sejam iguais ao valor de um
salário mínimo, optarem pelo recolhimento trimestral.
O produtor rural pessoa física e o segurado especial são obrigados a:
 Recolher a contribuição incidente sobre a receita bruta da comercialização de
sua produção rural, caso comercializem a sua produção com adquirente
domiciliado no exterior, diretamente, no varejo, a consumidor pessoa
física, a outro produtor rural pessoa física ou a outro segurado especial;
 Recolher, diretamente, a contribuição incidente sobre a receita bruta
proveniente: (a) da comercialização de artigos de artesanato elaborados com
matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar; (b) de
comercialização de artesanato com matéria-prima de outra origem, ou do
exercício de atividade artística, desde que a renda mensal destas atividades
não ultrapasse um salário mínimo nacional; (c) de serviços prestados, de
equipamentos utilizados e de produtos comercializados no imóvel rural, desde
que em atividades turística e de entretenimento desenvolvidas no próprio
imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades
pedagógicas, bem como taxa de visitação e serviços especiais;
O segurado especial que, nos termos do art. 12, §8º da LOCSS, contrata
trabalhador temporário ou contribuinte individual é obrigado a recolher

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as duas contribuições mencionadas no item acima e mais a contribuição


incidente sobre a remuneração dos trabalhadores a seu serviço, além dos
valores do FGTS e dos encargos trabalhistas a seu encargo até o dia 07 (sete)
do mês seguinte ao da competência. ATENÇÃO COM ESSE PRAZO, QUE FOGE
DA REGRA GERAL. Por que a diferenciação? Porque o recolhimento destas
contribuições deve se dar, como prevê o art. 32-C da LOCSS, por meio de
documento único de arrecadação; então o prazo mais curto (do FGTS) se
aplica a todas as demais verbas. Simples assim.

A pessoa física não produtor rural que adquire produção de segurado


especial ou produtor rural pessoa física para venda, no varejo, a
consumidor pessoa física é obrigada a:
 Recolher a contribuição sobre a receita bruta da comercialização da produção
rural;
O empregador doméstico é obrigado a:
 Arrecadar a contribuição do segurado empregado a seu serviço e a recolhê-
la, assim como a parcela a seu cargo, o FGTS, o GILRAT e a reserva para a
multa do FGTS até o dia sete do mês seguinte ao da competência.
 Recolher, durante o período de licença-maternidade da empregada
doméstica a seu serviço, todas as contribuições acima mencionadas (cota
patronal, GILRAT, FGTS, reserva para a multa do FGTS), exceto a
contribuição do empregado — pois esta é descontada pelo INSS no ato do
pagamento do benefício.

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3. PRAZOS DE RECOLHIMENTO

Até 02
5% sobre a receita bruta de espetáculos
dias úteis
desportivos de associação que mantém equipe
após de futebol profissional
evento

do segurado especial que contrata


trabalhador temporário ou CI, sobre a
receita bruta da comercialiação da produção,
de artigos de artesanato, atividade artística
etc. + contribuição incidente sobre a
Até o dia remuneração dos segurados a seu serviço +
07 FGTS + encargos trabalhistas
(Antecipa)

do empregador doméstico - Cota patronal +


contribuição do empregado + GILRAT + FGTS
+ multa FGTS
Prazos
de
Recolhimento do CI, quando recolhida pelo próprio
segurado
Até o dia
15
(Postecipa)
do segurado facultativo

da empresa sobre a folha de salários (cota


patronal + contribuições dos empregados,
avulsos e CI)
Obs.: Contriubição sobre o 13º até 20/12

Até o dia do produtor rural pessoa física, segurado


20 especial, empresa adquirente, pessoa física
(Antecipa) que adquire produção rural para venda no
varjo a consumidor pessoa física, sobre a
receita bruta da comercializçaão da produção

da empresa, de 11% sobre o valor bruto da


NF ou fatura - cessão de mão-de-obra

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Recolhimento fora do prazo: Juros, Multa e Atualização Monetária

ATRASOU O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA? Pagou


espontaneamente?
Se pagou dentro do mês do vencimento, só paga multa de mora de 0,33%
por dia;
Se pagou no mês seguinte ao do vencimento, só paga multa de mora de
0,33% por dia, mais 1% a título de juros de mora;
Se pagou mais de um mês depois do vencimento, paga multa de mora de
0,33% por dia (limitada a 20%) e juros de mora (SELIC acumulada desde
o primeiro dia do mês seguinte ao vencimento até o mês anterior ao pagamento
mais 1% no mês do pagamento)

ATRASOU O PAGAMENTO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA? Não


pagou?
A autoridade fiscal realiza um lançamento de ofício, cobrando a contribuição
devida, acrescida de juros de mora (SELIC acumulada desde o primeiro dia do
mês seguinte ao vencimento até o mês anterior à emissão da notificação mais
1% no mês da notificação) e da multa de ofício, que será de:
75% como regra geral;
150% se comprovada sonegação, fraude ou conluio;
112,5% ou 225% se o sujeito passivo não atender a intimação da autoridade
fiscal.

A multa de ofício é reduzida:


Em 50% se o sujeito passivo fizer pagamento ou compensação até 30 dias
após a notificação do lançamento;
Em 40% se o sujeito passivo requerer o parcelamento até 30 dias após a
notificação do lançamento;
Em 30% se o sujeito passivo fizer pagamento ou compensação até 30 dias
após a notificação da decisão administrativa de primeira instância;
Em 20% se o sujeito passivo requerer o parcelamento até 30 dias após a
notificação da decisão administrativa de primeira instância.

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• Início do cômputo no 1º dia do mês posterior ao


vencimento
• SELIC até o mês anterior + 1% no mês do
Juros pagamento
• NÃO INCIDE se o pagamento se der no mesmo
mês do vencimento

• início do cômputo no dia seguinte ao vencimento


Multa de
• 0,33% ao dia
Mora • MÁXIMO de 20%

• Regra geral - 75%


• 150% - sonegação, fraude ou conluio
• percentuais acima são aumentados em 50% se o
Multa de sujeito passivo não atender intimações da
Ofício fiscalização
• NÃO se acumula com multa de mora
• PODE SER REDUZIDA em caso de pagamento
ou parcelamento

Redução
Até 30 dias da notificação de Pagamento 50 %
lançamento
Parcelamento 40 %
Até 30 dias da notificação da Pagamento 30 %
decisão adm. de 1ª instância
Parcelamento 20 %

4. RETENÇÃO E RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

RETENÇÃO - Art. 31, LOCSS:


Art. 31. A empresa contratante de serviços executados
mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de
trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do
valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de
serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão
de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês
subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura,
ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver
expediente bancário naquele dia, observado o disposto no § 5º
do art. 33 desta Lei.

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RETENÇÃO
Cessão de mão-de-
Empreitada
obra
colocação à disposição do
contratante, em suas execução, contratualmente
dependências ou nas de estabelecida, de tarefa, de
terceiros, de segurados obra ou de serviço, por
que realizem serviços preço ajustado
contínuos

Fluxo da retenção:
1º passo – uma empresa que contrata determinados serviços por cessão de
mão-de-obra ou empreitada, tem a obrigação de reter 11% do valor bruto da
nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher esse valor em nome
da empresa cedente até o dia 20 do mês seguinte.
2º passo – a empresa cedente de mão-de-obra ou a empreiteira deverá
destacar na nota ou fatura o valor da retenção e tal montante poderá ser
compensado por qualquer de seus estabelecimentos no momento do
recolhimento das contribuições destinadas à Seguridade Social devidas sobre a
folha de pagamento dos seus segurados. Se o valor retido for superior ao devido
pela cedente, ela poderá (1) guardar o saldo remanescente para compensação
em competências posteriores; ou (2) requerer a restituição do excedente.

Empreiteira/
Contratante
Cedente
Retém 11% do valor bruto Destaca na NF ou fatura o
da NF ou fatura valor retido

Recolhe em nome da Compensa o valor


empreiteira/cedente recolhido

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O contratado deverá elaborar folha de pagamento e Guia de Recolhimento do


Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social
distintas para cada estabelecimento ou obra de construção civil da
empresa contratante do serviço.
O percentual de retenção (11%) será acrescido de quatro, três ou dois pontos
percentuais, relativamente aos serviços prestados pelos segurados
empregados, cuja atividade permita a concessão de aposentadoria especial,
após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.
Nesse caso a retenção será de 15, 14 ou 13%. É a “versão retenção” daquela
contribuição ADICIONAL AO SAT (LBPS, art. 57, §6º).

Um último — e importantíssimo — alerta: Quando a empresa prestadora


de serviços for optante pelo SIMPLES — sistema integrado de pagamento de
impostos e contribuições — não se aplica a regra da retenção. É esta a
posição, firme, do STJ (Decisão no Recurso Especial 1112467/DF), justificada
pela incompatibilidade técnica entre a sistemática de arrecadação da
contribuição por retenção e o regime de unificação tributária do SIMPLES.

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA - ART. 30, VI, LOCSS


Art. 30.[...] VI - o proprietário, o incorporador definido na Lei nº
4.591, de 16 de dezembro de 1964, o dono da obra ou
condômino da unidade imobiliária, qualquer que seja a forma de
contratação da construção, reforma ou acréscimo, são solidários
com o construtor, e estes com a subempreiteira, pelo
cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social,
ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou
contratante da obra e admitida a retenção de importância a este
devida para garantia do cumprimento dessas obrigações, não se
aplicando, em qualquer hipótese, o benefício de ordem;
Esse inciso imenso nos diz, em síntese, que TODO MUNDO ENVOLVIDO NA OBRA
É DEVEDOR. Simples assim. O dono da obra, a empreiteira contratada, a
empreiteira subcontratada... por pouco a moça do cafezinho não entrou no rolo.

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proprietário

incorporador
São solidários
com o Fica excluído da
construtor solidariedade se
dono da obra
efetuar a retenção
de 11%

O construtor e as
outras 4 figuras são condômino
solidários com a
subempreiteira

Exclui-se da responsabilidade solidária perante a Seguridade Social o


adquirente de prédio ou unidade imobiliária que realizar a operação com
empresa de comercialização ou incorporador de imóveis, ficando estes
solidariamente responsáveis com o construtor.
A responsabilidade solidária na construção civil será elidida pela
comprovação do recolhimento das contribuições.
Empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza respondem
entre si, solidariamente, pelas obrigações decorrentes desta Lei (LOCSS, art.
30, IX).
Os trabalhadores rurais integrantes do consórcio simplificado descrito no
art. 25-A da LOCSS serão responsáveis solidários em relação às obrigações
previdenciárias.
Os administradores de autarquias e fundações públicas, criadas e
mantidas pelo Poder Público, de empresas públicas e de sociedades de
economia mista sujeitas ao controle da União, dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios, que se encontrarem em mora, por mais de 30 (trinta)
dias, no recolhimento das contribuições sociais, tornam-se solidariamente
responsáveis pelo respectivo pagamento (LOCSS, art. 42).
Se um ato para o qual a legislação exige CND – Certidão Negativa de Débito,
for praticado sem ela, os contratantes e o oficial que lavrar ou registrar o
instrumento são solidariamente responsáveis e o ato será nulo para todos os
efeitos.
E para dar um ponto final ao tema ‘responsabilidade solidária’, lembro que o
operador portuário e o OGMO são solidariamente responsáveis pelo
pagamento das contribuições previdenciárias e demais obrigações,

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inclusive acessórias, devidas à seguridade social em razão da requisição


de mão-de-obra de trabalhador avulso.

Respondem Solidariamente
Administra-
dores de Contratantes
entidades e oficial que
Empresas Produtores
públicas em lavrar/regis-
que rurais OGMO e
mora há trar contrato
integram integrantes Operador
mais de 30 sem CND,
grupo de consórcio Portuário
dias no quando for
econômico simplificado
recolhimento ela
de contribui- obrigatória
ções sociais

5. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

São assim denominadas a prática ou a abstenção de ato, no interesse da


fiscalização e arrecadação, que não configure obrigação principal (assim
entendido o pagamento da contribuição). Tratam, em sua maioria, da
prestação de informações e/ou elaboração de documentos necessários
para a fiscalização. Estão presentes na LOCSS (art. 32) e no RPS (art. 225).
Infelizmente neste ponto não há muito o que ‘resumir’... temos uma lista
IMENSA de obrigações acessórias, expressas na LOCSS e no RPS.
A boa notícia é que isso quase nunca aparece em provas. O único concurso
no qual o tema é frequente é o da Receita Federal do Brasil.

SÃO OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS


1) preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada
a todos os segurados a seu serviço, devendo manter, em cada estabelecimento,
uma via da respectiva folha e recibos de pagamentos;
2) lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma
discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das
quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos;
3) prestar à Secretaria da Receita Federal do Brasil todas as informações
cadastrais, financeiras e contábeis de seu interesse, na forma por ela
estabelecida, bem como os esclarecimentos necessários à fiscalização;
4) declarar à Secretaria da Receita Federal do Brasil e ao Conselho Curador do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, na forma, prazo e condições
estabelecidos por esses órgãos, dados relacionados a fatos geradores, base de

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cálculo e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações


de interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS; Tal declaração é feita
por meio da GFIP – Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço e Informações à Previdência Social. O descumprimento desta obrigação
impede a expedição da certidão de prova de regularidade fiscal perante a
Fazenda Nacional;
5) comunicar, mensalmente, aos empregados, por intermédio de documento a
ser definido em regulamento, os valores recolhidos sobre o total de sua
remuneração ao INSS.
6) encaminhar ao sindicato representativo da categoria profissional mais
numerosa entre seus empregados, até o dia dez de cada mês, cópia da Guia da
Previdência Social relativamente à competência anterior;
7) afixar cópia da Guia da Previdência Social, relativamente à competência
anterior, durante o período de um mês, no quadro de horário de que trata o art.
74 da Consolidação das Leis do Trabalho. Obs: das obrigações previstas nesses
itens 6 e 7 está dispensado o contribuinte individual em relação ao segurado
que lhe presta serviço.
8) informar, anualmente, à Secretaria da Receita Federal do Brasil, na forma
por ela estabelecida, o nome, o número de inscrição na previdência social e o
endereço completo dos comerciantes ambulantes (vendedores de porta em
porta) por ela utilizados no período, a qualquer título, para distribuição ou
comercialização de seus produtos, sejam eles de fabricação própria ou de
terceiros, sempre que se tratar de empresa que realize vendas diretas.
9) No que se refere ao trabalhador portuário avulso, o OGMO elaborará a
folha de pagamento por navio, mantendo-a disponível para uso da
fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social, indicando o operador
portuário e os trabalhadores que participaram da operação, detalhando, com
relação aos últimos: os correspondentes números de registro ou cadastro no
órgão gestor de mão-de-obra; o cargo, função ou serviço prestado; os turnos
em que trabalharam; e as remunerações pagas, devidas ou creditadas a cada
um dos trabalhadores e a correspondente totalização.
10) No que se refere ao item acima, o OGMO consolidará as folhas de
pagamento relativas às operações concluídas no mês anterior por operador
portuário e por trabalhador portuário avulso, indicando, com relação a
estes, os respectivos números de registro ou cadastro, as datas dos turnos
trabalhados, as importâncias pagas e os valores das contribuições
previdenciárias retidas.
11) Para efeito de observância do limite máximo da contribuição do segurado
trabalhador avulso, o OGMO manterá resumo mensal e acumulado, por
trabalhador portuário avulso, dos valores totais das férias, do décimo
terceiro salário e das contribuições previdenciárias retidas.

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12) A empresa que remunera contribuinte individual é obrigada a fornecer a


este comprovante do pagamento do serviço prestado consignando, além dos
valores da remuneração e do desconto feito, o número da inscrição do segurado
no Instituto Nacional do Seguro Social;
13) A empresa ou cooperativa adquirente, consumidora ou consignatária da
produção fica obrigada a fornecer ao segurado especial cópia do documento
fiscal de entrada da mercadoria, para fins de comprovação da operação e da
respectiva contribuição previdenciária;
14) A empresa deverá manter à disposição da fiscalização os códigos ou
abreviaturas que identifiquem as respectivas rubricas utilizadas na elaboração
da folha de pagamento, bem como os utilizados na escrituração contábil.
15) A empresa que utiliza sistema de processamento eletrônico de dados para
o registro de negócios e atividades econômicas, escrituração de livros ou
produção de documentos de natureza contábil, fiscal, trabalhista e
previdenciária é obrigada a arquivar e conservar, devidamente
certificados, os respectivos sistemas e arquivos, em meio digital ou
assemelhado, durante dez anos, à disposição da fiscalização.
16) A empresa também deve arquivar, pelo mesmo prazo de dez anos, os
documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações estabelecidas no
art. 32 da LOCSS;
17) A cooperativa de trabalho e a pessoa jurídica são obrigadas a efetuar a
inscrição no Instituto Nacional do Seguro Social dos seus cooperados e
contratados, respectivamente, como contribuintes individuais, se ainda não
inscritos.
18) A empresa ou cooperativa adquirente, consumidora ou consignatária da
produção fica obrigada a fornecer ao segurado especial cópia do documento
fiscal de entrada da mercadoria, onde conste, além do registro da operação
realizada, o valor da respectiva contribuição previdenciária.
19) O titular de cartório de registro civil e de pessoas naturais fica obrigado a
comunicar, até o dia dez de cada mês, na forma estabelecida pelo Instituto
Nacional do Seguro Social, o registro dos óbitos ocorridos no mês
imediatamente anterior, devendo da comunicação constar o nome, a filiação, a
data e o local de nascimento da pessoa falecida.
20) Os órgãos da administração direta, as autarquias, as fundações e as
empresas públicas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
ficam obrigados, na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal do
Brasil do Ministério da Fazenda, a apresentar, até o dia 30 de abril do ano
seguinte ao encerramento do exercício, a contabilidade entregue ao Tribunal de
Controle Externo e a folha de pagamento.
21) O segurado especial responsável pelo grupo familiar que contratar
trabalhador temporário apresentará as informações relacionadas ao registro

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de trabalhadores, aos fatos geradores, à base de cálculo e aos valores das


contribuições devidas à Previdência Social e ao FGTS e outras informações de
interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Previdência
Social, do Ministério do Trabalho e Emprego e do Conselho Curador do FGTS,
por meio de sistema eletrônico com entrada única de dados, e efetuará os
recolhimentos por meio de documento único de arrecadação. As informações
prestadas no tal sistema eletrônico têm caráter declaratório, constituem
instrumento hábil e suficiente para a exigência dos tributos e encargos apurados
e substituirão a obrigatoriedade de entrega de todas as informações,
formulários e declarações a que está sujeito o grupo familiar, inclusive as
relativas ao recolhimento do FGTS.

6. PROVA DA INEXISTÊNCIA DE DÉBITO

O Código Tributário Nacional (CTN) diz, em seu art. 205, que a lei poderá exigir
que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita
por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que
contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa,
domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se
refere o pedido.
Em relação às Contribuições Sociais, o órgão competente para a emissão do
documento é a Receita Federal do Brasil (RFB).

A inexistência de débito se comprova por

CND CPD-EN

Contribuinte EXISTEM DÉBITOS, mas


não possui
débito
junto ao em cobrança
com
fisco executiva, com
Não vencidos exigibilidade
penhora
suspensa
efetivada

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Exige-se a CND/CPD-EN:

Licitação

Em relações
com o Poder Contratação
Público

recebimento de benefícios ou incentivo fiscal


ou creditício

De bem imóvel ou direito a ele relativo


CND da Na alienação
ou oneração
Empresa De bem móvel incorporado ao ativo não
circulante, de valor superior ao limite legal

relativo a baixa ou redução de capital de firma


individual

No registro ou de redução de capital social, cisão total ou


arquivamento parcial, transformação ou extinção de entidade
de ato ou sociedade comercial ou civil

de transferência de controle de cotas de


sociedades de responsabilidade limitadaa

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•Na averbação da obra no Registro de


Do dono de obra de Imóveis;
•EXCEÇÃO - construção de residência
construção civil (PF unifamiliar, de até 70m2, de tipo
ou PJ) econômico, para uso próprio, sem mão-de-
obra assalariada

•Na constituição de garantia para a


Do PRPF e Segurado concessão de crédito rural quando são os
Especial responsáveis pelo recolhimento das
contribuições sobre sua produção

•Na inscrição de memorial de incorporação


Do incorporador no Registro de Imóveis.

Na contratação/ •públicos, inclusive de fundos


liberação de constitucionais e de incentivo ao
desenvolvimento regional;
parcelas de •do FGTS, FAT e FNDE;
operações de crédito •captados através de Caderneta de
com recursos Poupança

HIPÓTESES DE EMISSÃO

CND
Pagamento de eventual débito
Inexistência de débito
existente

CPD-EN
discussão em penhora em
depósito suspensão
processo execução parcelamento
integral judicial
administrativo fiscal

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A Lei, em regra, dispensa a indicação de finalidade para emissão da CND —


isso significa que o interessado, de posse de sua CND, poderá realizar qualquer
ato para o qual seja exigido o documento.
Em algumas situações, contudo, a lei exige indicação obrigatória de finalidade
no documento. São elas:

exceto residência
averbação de obra
unifamiliar

registro ou
ato relativo a
Indicação de arquivamento no
alterações societárias
órgão próprio
finalidade da
CND recebimento de sem oneração do
OBRIGATÓRIA incentivos ou patrimônio da
benefícios empresa

e em cada pagamento
licitação ou
decorrente da licitação
contratação
ou contrato

DISPENSA de CND
a) na lavratura ou assinatura de instrumento, ato ou contrato que constitua
retificação, ratificação ou efetivação de outro anterior para o qual já foi
feita a prova;
b) na constituição de garantia para concessão de crédito rural, em qualquer
de suas modalidades, por instituição de crédito pública ou privada, desde que o
PRPF ou Segurado Especial não seja responsável direto pelo recolhimento de
contribuições sobre a sua produção para a Seguridade Social — ou seja, quando
NÃO comercializem sua produção com adquirente domiciliado no exterior, ou
diretamente, no varejo, ao consumidor pessoa física, ou ainda a outro PRPF ou
outro segurado especial;
c) na averbação de obra de construção civil relativa a imóvel cuja construção
tenha sido concluída antes de 22 de novembro de 1966.
d) no recebimento pelos Municípios de transferência de recursos destinados a
ações de assistência social, educação, saúde e em caso de calamidade
pública.
e) na averbação da construção civil localizada em área objeto de regularização
fundiária de interesse social, na forma da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009;
f) na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem imóvel ou direito a ele
relativo, que envolva empresa que explore exclusivamente atividade de
compra e venda de imóveis, locação, desmembramento ou loteamento de

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terrenos, incorporação imobiliária ou construção de imóveis destinados à venda,


desde que o imóvel objeto da transação esteja contabilmente lançado no ativo
circulante e não conste, nem tenha constado, do ativo permanente da empresa;
g) nos atos relativos à transferência de bens envolvendo a arrematação, a
desapropriação de bens imóveis e móveis de qualquer valor, bem como nas
ações de usucapião de bens móveis ou imóveis nos procedimentos de
inventário e partilha decorrentes de sucessão causa mortis;

Em qualquer caso será dispensada a CND quando se tratar de prática de ato


indispensável para evitar a caducidade de direito, respondendo, porém,
todos os participantes no ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e
penalidades cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja
pessoal ao infrator (CTN, art. 207).

7. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

Prescrição – é a perda de uma pretensão em razão do decurso do tempo.


Perda de que pretensão? Da pretensão de reivindicar um direito por meio da
ação judicial cabível.
Decadência – é a extinção do direito em si, também pelo prazo transcorrido.
O direito decai, se extingue.

Prescrição Perda de uma pretensão

Decadência Extinção do direito em si

Decadência e prescrição no custeio


DECADÊNCIA
O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, por intermédio do
lançamento, decai (se extingue) em 05 anos, contados:
1) da ocorrência do fato gerador - quando o sujeito passivo efetua o pagamento
regularmente;

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2) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia


ter sido efetuado - se, ocorrido o fato gerador, o sujeito passivo NÃO pagar, ou
pagar valor diverso em razão de dolo, fraude ou simulação;
3) da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício
formal, o lançamento anteriormente efetuado - não esqueçam: lançamento
anulado por vício FORMAL abre à Fazenda novo prazo de 05 anos para a
realização do lançamento;
4) Da data da notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida
preparatória indispensável ao lançamento - essa hipótese só ocorre se a
notificação se der entre a ocorrência do fato gerador e o início do exercício
seguinte.

Regra geral - lançamento


do fato gerador por homologação

do 1º dia do Quando o contribuinte não


exercício pagou ou o fez com dolo,
Decadência seguinte fraude ou simulaçaõ
no Custeio
5 anos Da decisão
anulatória vício formal
definitiva

Sujeito passivo notificado


da data de início
de qualquer medida
da constituição
prepatarória indispensável
do crédito ao lançamento

PRESCRIÇÃO
O direito de a Fazenda Pública ingressar com ação judicial para realizar a
cobrança do crédito tributário prescreve em 05 anos, contados da data da
constituição definitiva do crédito. Aplicam-se ainda todas as hipóteses de
interrupção ou suspensão do crédito tributário, presentes, respectivamente, nos
artigos 174 a 151 do CTN.

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Sujeito Auto de
Fato Gerador passivo não Infração
paga (30 dias para
impugnação)

Crédito constituído na
expiração do prazo COM SEM
recursal contra decisão IMPUGNAÇÃO IMPUGNAÇÃO
de 2ª instância

Crédito constituído na data da Crédito


ciência da decisão definitiva em constituído ao
última instância final dos 30 dias

Decadência e prescrição nos benefícios


DECADÊNCIA
O prazo de decadência (art. 103 da LBPS) do direito à revisão do ato de
concessão, indeferimento, cancelamento ou cessação de benefício, bem como
do ato de deferimento, indeferimento ou não concessão de revisão do benefício
é de 10 anos, a contar:
- do primeiro dia do mês seguinte ao recebimento da primeira prestação ou dfa
data em que a prestação deveria ter sido paga com o valor revisto; ou
- do dia em que o segurado tomar conhecimento da decisão de indeferimento,
cancelamento ou cessação do seu pedido de benefício ou da decisão de
deferimento ou indeferimento de revisão de benefício, no âmbito administrativo.

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do 1º dia do mês
Concedido/ seguinte ao recebimento
Revisão não da 1ª prestação ou da data
implantada em que deveria ter sido
Decadência paga com valor revisto
nos
Benefícios Indeferido,
do dia em que tomar
10 anos cancelado, conhecimento da decisão
cessado

Pedido de
O prazo NÃO revisão
CORRE contra deferido ou
menores, incapazes indeferido
ou ausentes.

A MP 871/2019 alterou substancialmente este dispositivo. Sempre se entendeu


que a decadência do direito à revisão do ato concessório deveria ser entendida,
exatamente, como revisão do ato CONCESSÓRIO. Não se falava, jamais, em
decadência do direito de revisar o benefício.
Não havia restrição ao pedido de revisão de um benefício concedido há 30 anos,
desde que tal pleito não tivesse efeitos sobre o ato de CONCESSÃO do benefício.
Era perfeitamente possível questionar — e houve milhares de demandas sobre
esse tema no Judiciário Federal — o índice aplicado anualmente sobre os
benefícios em manutenção, e sobre esse pleito não havia incidência de prazo
decadencial. Por revisão do ato concessório devemos entender, por exemplo,
alguma discussão relacionada ao coeficiente de cálculo, ou ao tempo de
contribuição considerado no momento da concessão.

A partir da redação atual do art. 103 da LBPS, contudo, só é possível interpretar


que foi instituída a decadência do direito de revisar o benefício. Pedidos
relacionados a índices de reajuste, que sobrecarregaram o Judiciário no início
dos anos 2000, têm, hoje, ‘prazo de validade’. Se entendo que o reajuste
aplicado aos benefícios no ano de 2015 foi inferior ao correto e pretendo revisá-
lo judicialmente, só posso fazer isso até janeiro de 2025 (10 anos a partir da
data em que a prestação deveria ter sido paga com valor revisto).

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DECADÊNCIA PARA ANULAR ATOS


O INSS tem o prazo de 10 anos para anular atos que tenham produzido efeitos
favoráveis para os beneficiários, contados da data em que tais atos foram
praticados.

PRESCRIÇÃO
Não há que se falar em prescrição do fundo de direito. O ingresso com a ação
judicial é, em regra, cabível (salvo se o direito pleiteado for atingido pela
decadência), mas as prestações anteriores a cinco anos do ajuizamento da
demanda restam fulminadas pela prescrição.

em que deveriam ter sido pagas as


prestações

Prescrição nos
Benefícios do acidente de que resulte morte ou
incapacidade temporária
5 anos da data

do reconhecimento pela Previdência


da incapacidade permanente ou
agravamento de sequelas

Para fechar o tema...

Prescrição Decadência

5 anos -
CUSTEIO
5 anos -
SEMPRE
10 anos -
BENEFÍCIOS

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PRONTO! Resumão concluído. Em menos de 40 páginas repassamos tudo


relacionado ao Financiamento da Previdência Social. Contribuições dos
segurados, das empresas, outras receitas da Seguridade Social, obrigações,
prescrição, decadência... que beleza!
Agora façam uma pausa para um cafezinho ou um pouco de água. Mas
coisa rápida. A seguir retornem, pois vamos resolver algumas questões
sobre o conteúdo, para fixação. Sejam fortes!

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8. QUESTÕES COMENTADAS

1. (CESPE – PGE-PE/Analista Judiciário/2019) Acerca da seguridade


social, julgue o item seguinte.
Uma fonte de custeio da seguridade social é a receita oriunda da realização de
sorteios de números ou outros símbolos pelo Poder Público ou por sociedades
comerciais ou civis.
Comentários
O que seriam sorteios de números ou outros símbolos? Nada além do bom e
velho concurso de prognósticos, meus amigos. E nós SABEMOS que parte da
receita obtida em concursos de prognósticos É fonte de custeio da seguridade
social. Diz a LOCSS:
Art. 11. [...] Parágrafo único. Constituem contribuições sociais:
[...]
e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.
O conceito de concurso de prognósticos era dado, até 2018, pelo §1º do art.
26 da LOCSS. Este parágrafo foi revogado, mas o conceito permanece válido.
O referido dispositivo definia como concursos de prognósticos todos e quaisquer
concursos de sorteios de números, loterias, apostas, inclusive as realizadas em
reuniões hípicas, nos âmbitos federal, estadual, do Distrito Federal e municipal.
Gabarito 1: CERTO

2. (FCC – São Luiz-MA/Procurador/2016) Pode ser classificada como


contribuição previdenciária a contribuição
a) do empregador sobre receita e faturamento.
b) do importador de bens ou serviços do exterior.
c) do empregador sobre a folha de salários.
d) do empregador sobre o lucro.
e) para o PIS/PASEP.
Comentários
As contribuições sociais são subdivididas em Contribuições Sociais em Sentido
Estrito e Contribuições Sociais Gerais. No segundo grupo estão as contribuições
para o salário-educação, sistema “S” (SESI, SESC, SENAT, SENAR etc) e outros.
Já as contribuições sociais em sentido estrito são, mais uma vez, subdivididas.
Em previdenciárias e não previdenciárias.
São contribuições ditas previdenciárias aquelas que só podem ser usadas
para o custeio dos benefícios previdenciários. Como saber quais são elas?
Lendo o art. 167 da Constituição:

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Art. 167. São vedados: [...]


XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições
sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de
despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral
de previdência social de que trata o art. 201.
Se as contribuições sociais previdenciárias são as do art. 195, I, ‘a’ e II, as
contribuições sociais não previdenciárias são as demais contribuições do art.
195 da CF. Mas o que nos interessa para resolver a questão são as
previdenciárias, correto?
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a
sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes
contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada
na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos
ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste
serviço, mesmo sem vínculo empregatício; [...]
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social,
não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão
concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata
o art. 201;
Das alternativas apresentadas, apenas uma está expressamente prevista no
art. 195. Qual?!?! Qual?!?!?!?!
Gabarito 2: C

3. (CESPE – STM/Analista Judiciário/2018) Acerca da Lei n.º 8.212/1991,


que dispõe sobre a seguridade social, julgue o item a seguir.
Os estados, o Distrito Federal e os municípios tornam-se responsáveis pela
cobertura de eventuais insuficiências financeiras da seguridade social, quando
decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da
previdência social.
Comentários:
Será que existe, na LOCSS, uma definição acerca do que deve ser feito em caso
de insuficiências financeiras decorrentes do pagamento de benefícios?
SIMMMMMMMMMMMMMM!
Art. 16. [...] Parágrafo único. A União é responsável pela
cobertura de eventuais insuficiências financeiras da

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Seguridade Social, quando decorrentes do pagamento de


benefícios de prestação continuada da Previdência Social, na
forma da Lei Orçamentária Anual.
Preciso dizer mais alguma coisa?
Gabarito 3: ERRADO

4. (CESPE - INSS/Técnico do Seguro Social/2016) Com referência a


arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social,
julgue os itens que se seguem.
As empresas são obrigadas a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte
individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração.
Comentários
Trataremos aqui das obrigações da empresa. Para evitar a pulverização
excessiva de contribuintes, o legislador, de forma inteligente, concentrou em
algumas pessoas a obrigação de arrecadar (ou seja, descontar) e recolher as
contribuições dos segurados a seu serviço.
É obrigação da empresa descontar e pagar (ou, usando os termos legais,
“arrecadar e recolher”) as contribuições dos segurados empregados e
contribuintes individuais a seu serviço, juntamente com suas contribuições (cota
patronal, GILRAT e outras eventualmente cabíveis); sabemos, também, que é
obrigação do empregador doméstico arrecadar e recolher as contribuições
dos empregados domésticos a seu serviço, juntamente com suas obrigações
(cota patronal, GILRAT, FGTS, fundo da multa do FGTS) em documento único.
Vamos, então, ao dispositivo do RPS — Decreto 3.048/99 — que soluciona a
questão para nós:
Art. 216. [...] I - a empresa é obrigada a: [...]
a) arrecadar a contribuição do segurado empregado, do
trabalhador avulso e do contribuinte individual a seu serviço,
descontando-a da respectiva remuneração;
“Mas professor, a contribuição do CI incide sobre seu SC, não sobre sua
remuneração.”
Eu sei, meus caros... Mas onde, no enunciado, diz que a contribuição incide
sobre a remuneração? Só o que diz é que a empresa DESCONTA DA
REMUNERAÇÃO — ou seja, do valor que ela pagará ao CI — o valor da
contribuição (incidente, logicamente, sobre o SC do segurado) que ela tem a
obrigação de arrecadar e recolher. Nenhum reparo a fazer ao enunciado.
Ficou claro?
Gabarito 4: CERTO

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5. (CESPE - TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2017)


Mônica é empregada doméstica na casa de Jorge, segurado empregado de uma
empresa.
Nessa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito das contribuições
previdenciárias de Mônica e de Jorge.
a) A contribuição previdenciária de Mônica é calculada mediante a aplicação da
alíquota de 8% sobre o valor registrado na carteira de trabalho,
independentemente do valor da remuneração.
b) Tanto as contribuições previdenciárias de Mônica quanto as de Jorge devem
ser recolhidas até o dia vinte do mês subsequente ao da prestação do serviço.
c) A contribuição previdenciária de Jorge deve ser recolhida por seu
empregador, enquanto a de Mônica deve ser feita por ela mesma,
pessoalmente.
d) Como empregador doméstico, Jorge deve realizar o recolhimento da
contribuição patronal de 8% sobre o valor registrado na carteira de trabalho de
Mônica, para a seguridade social, bem como 0,8% de contribuição social para
financiamento do seguro contra acidentes do trabalho.
Comentários
Os concursos para Tribunais normalmente concentram sua exigência, em
questões de Direito Previdenciário, nas disposições constitucionais e nos
benefícios. Vez ou outra, entretanto, nos deparamos com algo inesperado como
esta questão, tratando das regras de contribuição do empregador
doméstico.
O segurado empregado doméstico foi o que experimentou maior mudança na
legislação recente. A Lei Complementar 150/2015, que regulamentou a PEC das
Domésticas, tornou o doméstico mais semelhante, em direitos e obrigações, aos
segurados empregados. E alterou completamente as regras de contribuição
do empregador doméstico.
ANTES da LC 150 o empregador doméstico recolhia 12% sobre o salário-de-
contribuição (SC) do empregado a seu serviço e, na mesma guia, recolhia
também a contribuição do empregado doméstico a seu serviço (8, 9 ou 11%,
dependendo do valor do SC). E só!
Hoje o empregador doméstico recolhe quatro contribuições distintas,
totalizando 20%, além da contribuição descontada do empregado. Tudo isso
está previsto nos artigos 20 e 24 da LOCSS. Veremos em detalhes ao comentar
as proposições.
a) ERRADA. A contribuição previdenciária dos empregados, empregados
domésticos e trabalhadores avulsos segue a regra do art. 20 da LOCSS. A
alíquota de contribuição aumenta conforme o valor do SC.

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No caso do doméstico, o SC é realmente o valor registrado na carteira de


trabalho, como nos comprova o art. 28 da LOCSS:
Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição: [...]
II - para o empregado doméstico: a remuneração registrada na
Carteira de Trabalho e Previdência Social, observadas as normas
a serem estabelecidas em regulamento para comprovação do
vínculo empregatício e do valor da remuneração;
Mas o valor da contribuição só será de 8% se a Mônica receber até R$ 1.751,81
(valores de 2019). Para valores superiores, segue a tabela do art. 20 da LOCSS,
atualizada até 2019:
SC Alíquota

Até R$ 1.751,81 8%

De R$ 1.751,82 até R$ 2.919,72 9%

De R$ 2.919,73 até R$ 5.839,45 11%

b) ERRADA. ANTES da LC 150 o prazo de recolhimento da contribuição do


empregador doméstico — em conjunto com a do empregado a seu serviço —
era o dia 15 do mês seguinte; com a LC 150 a contribuição do empregador
doméstico passou a englobar, além da cota patronal e do GILRAT, o FGTS e a
‘reserva de multa do FGTS’. Para evitar conflitos com as regras do Fundo, o
prazo de recolhimento foi alterado para o dia 07 — e se não houver expediente
bancário no dia 07 o recolhimento deve ser antecipado.
É isso que diz, hoje, a LOCSS:
Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de
outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às
seguintes normas: [...]
V - o empregador doméstico é obrigado a arrecadar e a recolher
a contribuição do segurado empregado a seu serviço, assim
como a parcela a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao
da competência; [...]
§ 2º Se não houver expediente bancário nas datas
indicadas: [...]
II - na alínea b do inciso I e nos incisos III, V, X e XIII do caput,
até o dia útil imediatamente anterior.
Mas e as contribuições de Jorge como segurado empregado? Qual é o prazo
para recolhimento? A LOCSS, de novo, responde:
Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de
outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às
seguintes normas:

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I - a empresa é obrigada a:
a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e
trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da
respectiva remuneração;
b) recolher os valores arrecadados na forma da alínea a deste
inciso, a contribuição a que se refere o inciso IV do art. 22 desta
Lei, assim como as contribuições a seu cargo incidentes sobre
as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer
título, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e
contribuintes individuais a seu serviço até o dia 20 (vinte) do
mês subsequente ao da competência;
Resumindo:
- Contribuições de Jorge como empregado – devem ser recolhidas pela
empresa, até o dia 20 do mês seguinte;
- Contribuições de Jorge como empregador doméstico – devem ser recolhidas
por ele, até o dia 07 do mês seguinte;
- Contribuições de Mônica – devem ser recolhidas pelo Jorge, até o dia 07 do
mês seguinte.
Entendido??
c) ERRADA. A contribuição do Jorge (segurado empregado) deve ser recolhida
pela empresa (art. 30, I, ‘a’ da LOCSS, transcrito logo acima). Até aí, OK.
Já as contribuições da Mônica não são recolhidas por ela, mas pelo Jorge, seu
empregador. Isso está no art. 30, V da LOCSS, também já transcrito.
d) CORRETA. É exatamente esta a previsão do art. 24 da LOCSS:
Art. 24. A contribuição do empregador doméstico incidente
sobre o salário de contribuição do empregado doméstico a seu
serviço é de:
I - 8% (oito por cento); e
II - 0,8% (oito décimos por cento) para o financiamento do
seguro contra acidentes de trabalho.
Mas a contribuição total do empregador doméstico abrange outras DUAS
verbas, além do valor descontado do empregado doméstico. A previsão da LC
150, que copio abaixo por resumir o ponto, é a seguinte:
Art. 34. O Simples Doméstico assegurará o recolhimento
mensal, mediante documento único de arrecadação, dos
seguintes valores:
I - 8% (oito por cento) a 11% (onze por cento) de contribuição
previdenciária, a cargo do segurado empregado doméstico,
nos termos do art. 20 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;

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II - 8% (oito por cento) de contribuição patronal


previdenciária para a seguridade social, a cargo do empregador
doméstico, nos termos do art. 24 da Lei no 8.212, de 24 de julho
de 1991;
III - 0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para
financiamento do seguro contra acidentes do trabalho;
IV - 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS;
V - 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento), na forma do
art. 22 desta Lei; e
Os 3,2% formam um ‘fundo’ para o pagamento da multa de 40% do FGTS no
caso de demissão sem justa causa... foi a maneira encontrada pelo legislador
de garantir o pagamento da multa ao doméstico... ‘forçar’ o empregador
doméstico a POUPAR o valor impede o inadimplemento desta obrigação sob
alegação de falta de recursos.
Tudo entendido???
Gabarito 5: D

6. (CESPE - TRE-MT/Analista Judiciário/2015) No exercício financeiro de


2015, são responsáveis solidários pelo cumprimento da obrigação previdenciária
principal
a) os sócios e administradores em qualquer tempo de microempresas baixadas
sem o pagamento das contribuições.
b) as empresas tomadoras e as prestadoras de serviços mediante cessão de
mão de obra.
c) os trabalhadores portuários avulsos cedidos a operadores portuários em
caráter permanente.
d) os produtores rurais em relação a empreendimento realizado em regime de
parceria.
e) as empresas que integrem grupo econômico de qualquer natureza, entre si.
Comentários
Questãozinha fácil. MUITO fácil, por sinal. O tema abordado?
Responsabilidade Solidária.
A LOCSS — Lei 8.212/91 prevê a responsabilidade solidária em diversos
dispositivos (art. 25-A, §3º, art. 30, VI, VII e IX, art. 42, art. 48).
Já o RPS — Decreto 3.048/99, mais organizado, dedica uma seção ao tema, nos
artigos 219 a 224-A.
Passem rapidamente os olhos pelos dispositivos acima referidos e chegarão,
com facilidade, ao gabarito.

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Quanto a mim, cabe a árdua tarefa de comentar cada assertiva.


a) ERRADA. O CESPE foi longe pra buscar essa proposição. A responsabilidade
solidária dos sócios e administradores na baixa das microempresas está na Lei
Complementar 123/2006, que instituiu o SIMPLES NACIONAL. Vejam a
previsão:
Art. 9º. [...] § 5º A solicitação de baixa do empresário ou da
pessoa jurídica importa responsabilidade solidária dos
empresários, dos titulares, dos sócios e dos administradores
no período da ocorrência dos respectivos fatos geradores.
Vejam que o enunciado não está totalmente errado. A legislação institui, de
fato, a responsabilidade solidária quanto às obrigações da empresa após sua
baixa. Mas é óbvio que só podem responder solidariamente aqueles que eram
sócios ou administradores quando ocorridos os fatos geradores. Seria o
absurdo dos absurdos exigir o pagamento de valores de alguém que já havia
abandonado a sociedade anos antes de surgirem os primeiros débitos, por
exemplo.
Então, quando o enunciado fala que respondem solidariamente os sócios e
administradores a qualquer tempo, se torna irremediavelmente errado.
b) ERRADA. As empresas tomadoras de serviço por cessão de mão-de-obra
têm uma obrigação especial instituída na LOCSS, mas não é de
responsabilização solidária, e sim de retenção.
Retenção – Obrigação imposta pela lei a certas empresas, de efetuar o desconto
e o recolhimento da contribuição previdenciária no momento em que efetua
um pagamento a uma pessoa física ou jurídica.
A obrigação de reter a contribuição da empresa cedente está no art. 31 da
LOCSS:
Art. 31. A empresa contratante de serviços executados
mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de
trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do
valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e
recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a
importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao
da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil
imediatamente anterior se não houver expediente bancário
naquele dia, observado o disposto no § 5º do art. 33 desta Lei.
Logo, a obrigação do recolhimento é exclusiva da empresa tomadora; não há
que se falar em solidariedade com a prestadora de serviços. Simples assim.
c) ERRADA. O trabalhador avulso nunca é responsável pelo recolhimento de
suas contribuições. Nem isoladamente, nem solidariamente. A única previsão
de responsabilidade solidária relacionada — indiretamente — ao avulso é aquela

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instituída no art. 223 do RPS, vinculando o órgão gestor de mão-de-obra e o


operador portuário:
Art. 223. O operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra
são solidariamente responsáveis pelo pagamento das
contribuições previdenciárias e demais obrigações, inclusive
acessórias, devidas à seguridade social, arrecadadas pelo
Instituto Nacional do Seguro Social, relativamente à
requisição de mão-de-obra de trabalhador avulso, vedada
a invocação do benefício de ordem.
d) ERRADA. Aproximando-nos do fim da questão chegamos aos produtores
rurais. Eles serão responsáveis solidários pelas obrigações previdenciárias
quando integrantes de consórcio simplificado de produtores rurais,
definido pelo art. 200-A do RPS como “união de produtores rurais pessoas
físicas, que outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir
trabalhadores rurais, na condição de empregados, para prestação de serviços,
exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento registrado em
cartório de títulos e documentos.” É isso que nos diz o RPS:
Art. 222. As empresas que integram grupo econômico de
qualquer natureza, bem como os produtores rurais
integrantes do consórcio simplificado de que trata o art.
200-A, respondem entre si, solidariamente, pelas obrigações
decorrentes do disposto neste Regulamento.
Mas em lugar nenhum da legislação encontramos previsão de solidariedade
derivada do trabalho em regime de parceria, como menciona o enunciado. Ponto
final.
e) CORRETA. Finalmente conseguimos chegar ao gabarito. Vocês escolhem o
fundamento:
1. O art. 222 do RPS, acima transcrito; ou então, na LOCSS...
Art. 30. [...] IX - as empresas que integram grupo econômico
de qualquer natureza respondem entre si, solidariamente,
pelas obrigações decorrentes desta Lei;
Gabarito 6: E

7. (FMP – CGE-MT/Auditor/2015) No que tange à arrecadação e ao


recolhimento das contribuições, nos termos do artigo 30 da Lei 8212/91, é
correto afirmar que:
a) a empresa é obrigada a arrecadar as contribuições dos segurados
empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da
respectiva remuneração.

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b) os segurados contribuinte individual e facultativo estão obrigados a recolher


sua contribuição por iniciativa própria, até o dia trinta do mês seguinte ao da
competência.
c) o proprietário, o incorporador definido na Lei n.º 4.591, de 16 de dezembro
de 1964, o dono da obra ou condômino da unidade imobiliária, qualquer que
seja a forma de contratação da construção, reforma ou acréscimo, não são
solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, pelo cumprimento
das obrigações para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito
regressivo contra o executor ou contratante da obra e admitida a retenção de
importância a este devida para garantia do cumprimento dessas obrigações, se
aplicando, em qualquer hipótese, o benefício de ordem.
d) exclui-se da responsabilidade subsidiária perante a Seguridade Social o
adquirente de prédio ou unidade imobiliária que realizar a operação com
empresa de comercialização ou incorporador de imóveis, ficando estes
subsidiariamente responsáveis com o construtor.
e) as empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza
respondem entre si, subsidiariamente, pelas obrigações decorrentes desta Lei.
Comentários
a) CORRETA. Que beleza! Já começamos pelo gabarito.
“Peraí, professor! A empresa não tem a obrigação de arrecadar as contribuições
dos Contribuintes Individuais que lhe prestam serviços? Isso tá lá no art. 216,
I, ‘a’ do RPS!”
Tem sim, meus amigos. Mas essa omissão não basta para que o enunciado
esteja errado, por 2 motivos:
1) Analisem as informações presentes no enunciado. A empresa tem a
obrigação de arrecadar a contribuição do segurado empregado a seu serviço?
TEM! A empresa tem a obrigação de arrecadar a contribuição do avulso a seu
serviço? TEM. Então onde estaria o erro?
Um enunciado que dissesse, por exemplo: “a empresa é obrigada a arrecadar
as contribuições do segurado empregado a seu serviço, descontando-as da
respectiva remuneração” poderia ser considerado errado? De modo algum! Ele
não contém NENHUM erro.
2) Este enunciado está “blindado”, meus amigos. A banca nos manda responder
“nos termos do art. 30 da LOCSS. E nós, obedientes que somos — quem aí é
louco de contrariar o examinador?? — fazemos exatamente isso. Se o art. 30
da LOCSS não fala do CI, fazemos de conta que ele não existe. Vejam o que diz
lá:
Art. 30. A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de
outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às
seguintes normas:

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I - a empresa é obrigada a:
a) arrecadar as contribuições dos segurados empregados e
trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da
respectiva remuneração;
b) ERRADA. Essa é fácil DEMAIS, né? O prazo de recolhimento da contribuição
dos CI e Facultativos, todo mundo sabe qual é??? É dia 30? Pô, meus amigos,
ninguém tem até o dia 30 do mês seguinte para contribuir. Os prazos principais
são dias 07, 15 e 20:
Art. 30. [...] I - os segurados contribuinte individual e facultativo
estão obrigados a recolher sua contribuição por iniciativa
própria, até o dia quinze do mês seguinte ao da competência;
c) ERRADA. Aqui foi feita uma salada grotesca. A banca utilizou o velho,
batido, gasto expediente de copiar um dispositivo da Lei e alterar seu sentido.
Dessa vez não foi muito feliz. Disse que não há solidariedade, ao mesmo tempo
em que afirmou que se aplicaria o benefício de ordem (o que só é cabível quando
EXISTE solidariedade).
Ou seja: a leitura atenta e um conhecimento básico da legislação já bastam
para a análise desta proposição. Comparem-na com a redação da Lei:
Art. 30. [...] VI - o proprietário, o incorporador definido na Lei
nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, o dono da obra ou
condômino da unidade imobiliária, qualquer que seja a forma de
contratação da construção, reforma ou acréscimo, são
solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, pelo
cumprimento das obrigações para com a Seguridade Social,
ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou
contratante da obra e admitida a retenção de importância a este
devida para garantia do cumprimento dessas obrigações, não
se aplicando, em qualquer hipótese, o benefício de ordem;
d) ERRADA. Uma única palavrinha alterada bastou para macular o enunciado.
Responsabilidade subsidiária x Responsabilidade solidária.
Responsabilidade solidária – o pagamento pode ser exigido, integralmente, de
qualquer um dos devedores, sem uma ordem de preferência;
Responsabilidade subsidiária – após tentativas infrutíferas de cobrança do
devedor principal, pode-se exigir o pagamento do devedor subsidiário.
Vejam como seria o correto, conforme a LOCSS:
Art. 30. [...] VII - exclui-se da responsabilidade solidária perante
a Seguridade Social o adquirente de prédio ou unidade
imobiliária que realizar a operação com empresa de
comercialização ou incorporador de imóveis, ficando estes
solidariamente responsáveis com o construtor;

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e) ERRADA. Mais uma vez a confusão #TeamSolidário X #TeamSubsidiário.


As empresas que integral grupo econômico respondem solidariamente pelas
obrigações previdenciárias. É isso que diz a LOCSS. Ponto final.
Art. 30. [...] X - as empresas que integram grupo econômico de
qualquer natureza respondem entre si, solidariamente, pelas
obrigações decorrentes desta Lei;
Tudo entendido? Não tem mistério, né?
Gabarito 7: A

8. (CESPE - TRE-PE/Analista Judiciário/2017) Em relação às obrigações


acessórias das empresas, dos contribuintes equiparados a empresa e dos
segurados da previdência social, assinale a opção correta.
a) A empresa prestadora de serviços está obrigada a destacar nas notas fiscais,
nas faturas ou nos recibos de prestação de serviços emitidos o valor da retenção
para a previdência social.
b) A certidão de prova de regularidade fiscal previdenciária poderá ser emitida,
se as contribuições devidas tiverem sido pagas, ainda que a guia respectiva não
tenha sido entregue no prazo.
c) A inscrição na previdência social é responsabilidade do segurado empregado,
devendo ser efetuada mediante preenchimento dos documentos que o habilitem
ao exercício da atividade.
d) Os registros da folha de pagamentos de obras de construção civil podem ser
mantidos centralizados na sede da empresa construtora.
e) Os códigos ou abreviaturas que identifiquem as respectivas rubricas
utilizadas na elaboração das folhas de pagamento devem obedecer ao padrão
determinado pela Receita Federal do Brasil.
Comentários
Como bem diz o enunciado, trataremos das obrigações acessórias das
empresas, equiparados e segurados.
Todos de olho na LOCSS então... e vam’bora!!
a) CORRETA. Tá lá na LOCSS:
Art. 31. A empresa contratante de serviços executados
mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de
trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor
bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e
recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a
importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao
da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil

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imediatamente anterior se não houver expediente bancário


naquele dia, observado o disposto no § 5o do art. 33 desta Lei.
§ 1º O valor retido de que trata o caput deste artigo, que
deverá ser destacado na nota fiscal ou fatura de prestação
de serviços, poderá ser compensado por qualquer
estabelecimento da empresa cedente da mão de obra, por
ocasião do recolhimento das contribuições destinadas à
Seguridade Social devidas sobre a folha de pagamento dos seus
segurados.
Este dispositivo é suficiente para fundamentar a resposta, me parece. Mas se
preferirem, a IN 971 consegue ser ainda mais clara:
Art. 47. [...] § 9º Para o fim previsto no inciso IV do caput, a
empresa prestadora de serviços está obrigada a destacar
nas notas fiscais, nas faturas ou nos recibos de prestação
de serviços emitidos, o valor da retenção para a
Previdência Social, na forma estabelecida nos arts. 126 e 127.
Satisfeitos? Então vamos prosseguir.
b) ERRADA. A certidão de prova de regularidade fiscal é a comumente chamada
certidão negativa. Antigamente havia uma certidão negativa específica da
Previdência Social; desde 2007, contudo, com a unificação das Receitas
Previdenciária e Federal, criando a RFB, foram também unificadas as certidões
negativas.
Acerca do prazo de entrega da ‘guia respectiva’ (a famosa GFIP), não há regra
na LOCSS, nem no RPS. O examinador foi buscar a previsão na IN 971:
Art. 47. [...] § 17. A falta de entrega da GFIP na forma, prazo
e condições estabelecidos pela RFB, impede a expedição da
certidão de prova de regularidade fiscal perante a Fazenda
Nacional.
Precisa ser mais claro que isso??
c) ERRADA. A inscrição do segurado é ato formal pelo qual o segurado é
cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, mediante comprovação dos
dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização
(RPS, art. 18).
O mesmo art. 18 do RPS contraria a afirmação do enunciado:
Art. 18. [...] I - o empregado e trabalhador avulso - pelo
preenchimento dos documentos que os habilitem ao
exercício da atividade, formalizado pelo contrato de trabalho,
no caso de empregado, observado o disposto no § 2º do art. 20,
e pelo cadastramento e registro no sindicato ou órgão gestor de
mão-de-obra, no caso de trabalhador avulso; [...]

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§ 1º A inscrição do segurado de que trata o inciso I será


efetuada diretamente na empresa, sindicato ou órgão gestor
de mão-de-obra e a dos demais no Instituto Nacional do Seguro
Social.
O empregado, portanto, assina o contrato de trabalho; e a empresa repassa
as informações relativas à contratação para a Previdência Social.
d) ERRADA. Imagine uma disposição dessas aplicável, por exemplo, à
Odebrecht, OAS, Andrade Gutierres ou qualquer outra megaempreiteira...
A fiscalização da RFB bate em uma obra pública realizada em uma cidadezinha
no meio da floresta amazônica, depois de 2 dias andando de balsa... chega lá,
pede a documentação comprobatória do cumprimento das obrigações
previdenciárias relacionadas aos trabalhadores da obra e recebe como resposta
que a papelada está toda na sede da empresa, em São Paulo...
Peeeeeeeeeeense em uma confusão!
Para evitar isso, o RPS diz o seguinte:
Art. 225. A empresa é também obrigada a:
I - preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida
ou creditada a todos os segurados a seu serviço, devendo
manter, em cada estabelecimento, uma via da respectiva
folha e recibos de pagamentos; [...]
§ 9º A folha de pagamento de que trata o inciso I do caput,
elaborada mensalmente, de forma coletiva por
estabelecimento da empresa, por obra de construção civil
e por tomador de serviços, com a correspondente totalização,
deverá: [...]
Se cada estabelecimento da empresa deve manter uma via da respectiva folha
de pagamento, cada obra de construção civil também, certo?
“Ih, professor... não tá forçando a interpretação para justificar o gabarito?”
Não, meus amigos... não faço esse tipo de coisa. Eu tô só afirmando a mesma
coisa que a IN 971/2009:
Art. 47. [...] § 2º A empresa deve manter, em cada
estabelecimento e obra de construção civil executada sob sua
responsabilidade, uma cópia da respectiva folha de
pagamento.
E vamos nos encaminhando para o final...
e) ERRADA. Embora fosse até desejável alguma uniformização nessa seara, o
fato é que o legislador não andou nesse sentido. Apenas instituiu a obrigação
da empresa de informar à fiscalização seus códigos e abreviaturas — medida
necessária para tornar os registros compreensíveis ao fiscal. O RPS diz isso,
com todas as letras:

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Art. 225. [...] § 14. A empresa deverá manter à disposição da


fiscalização os códigos ou abreviaturas que identifiquem as
respectivas rubricas utilizadas na elaboração da folha de
pagamento, bem como os utilizados na escrituração contábil.
E previsão quase idêntica está — adivinhem??? — na IN 971:
Art. 47. [...] § 8º Para fins do disposto nos incisos III e IV do
caput, a empresa deve manter à disposição da fiscalização da
RFB os códigos ou abreviaturas que identifiquem as respectivas
rubricas utilizadas na elaboração das folhas de pagamento, bem
como as utilizadas na escrituração contábil.
Tudo entendido? Podemos encerrar por aqui?
Gabarito 8: A

9. (FCC - TRT 1ª Região/Juiz do Trabalho/2013) É exigida Certidão


Negativa de Débito − CND, fornecida pelo órgão competente, nos seguintes
casos:
a) no registro ou arquivamento, no órgão próprio, de ato relativo a aumento de
capital social ou de capital de firma individual.
b) averbação da construção residencial unifamiliar, destinada ao uso próprio,
de tipo econômico, executada sem mão de obra assalariada.
c) de pessoas físicas e jurídicas, na contratação com o Poder Público e no
recebimento de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios por ele concedidos.
d) na alienação ou oneração, por empresas, de bem imóvel ou direito a ele
relativo.
e) averbação da construção civil localizada em área objeto de regularização
fundiária de interesse social, na forma da legislação própria.
Comentários
Meus amigos, minhas amigas, pensem em um assunto RARO!
Trabalho com concursos há 4 anos, já comentei mais de MIL questões de
Previdenciário, mas esta é a primeira que vejo tratar da CND.
A Certidão Negativa de Débito é documento emitido como prova da quitação
de tributo. Conforme descrito no art. 205 do Código Tributário Nacional — Lei
5.172/1966, é documento expedido à vista de requerimento do interessado, que
contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa,
domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se
refere o pedido.
A CND tem validade de 180 dias e hoje pode ser emitida — na hipótese de
inexistência de pendências por parte do contribuinte — pela internet.

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Embora hoje a certidão de regularidade fiscal previdenciária e tributária esteja


unificada, ainda cabe à LOCSS — Lei 8.212/91 disciplinar o assunto, em seu art.
47:
Art. 47. É exigida Certidão Negativa de Débito-CND, fornecida
pelo órgão competente, nos seguintes casos:
I - da empresa:
a) na contratação com o Poder Público e no recebimento de
benefícios ou incentivo fiscal ou creditício concedido por ele;
b) na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem imóvel
ou direito a ele relativo;
c) na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem móvel de
valor superior a Cr$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos
mil cruzeiros) incorporado ao ativo permanente da empresa;
d) no registro ou arquivamento, no órgão próprio, de ato relativo
a baixa ou redução de capital de firma individual, redução de
capital social, cisão total ou parcial, transformação ou extinção
de entidade ou sociedade comercial ou civil e transferência de
controle de cotas de sociedades de responsabilidade limitada;
II - do proprietário, pessoa física ou jurídica, de obra de
construção civil, quando de sua averbação no registro de
imóveis, salvo no caso do inciso VIII do art. 30.
Vamos, então, à análise de cada assertiva?
a) ERRADA. De acordo com a alínea ‘d’ do inciso I do art. 47, acima transcrito,
só se exige CND no momento do registro ou arquivamento de ato de baixa de
firma individual ou redução de capital. As hipóteses de aumento de capital
não contemplam a exigência de CND.
b) ERRADA. O inciso II do art. 47 trata da exigência da CND na averbação de
obra de construção civil. Mas exclui da regra o caso do inciso VIII do art. 30 da
LOCSS, que é...
Art. 30. [...] VIII - nenhuma contribuição à Seguridade Social é
devida se a construção residencial unifamiliar, destinada
ao uso próprio, de tipo econômico, for executada sem
mão-de-obra assalariada, observadas as exigências do
regulamento;
c) ERRADA. A pessoa física que porventura contratar com o poder público não
tem obrigação de apresentar CND. Esta exigência é restrita às empresas, como
podemos ver no art. 47, I, ‘a’ da LOCSS.
d) CORRETA. Literalidade do art. 47, I, ‘b’ da LOCSS. Nada a acrescentar.

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e) ERRADA. Embora, em tese, o caso esteja enquadrado na regra geral do


inciso II do art. 47 e não seja excluído pela exceção ao final do dispositivo, há
OUTRA regra que afasta a exigência da CND:
Art. 47. [...] § 6º Independe de prova de inexistência de
débito:
a) a lavratura ou assinatura de instrumento, ato ou contrato que
constitua retificação, ratificação ou efetivação de outro anterior
para o qual já foi feita a prova;
b) a constituição de garantia para concessão de crédito rural, em
qualquer de suas modalidades, por instituição de crédito pública
ou privada, desde que o contribuinte referido no art. 25, não
seja responsável direto pelo recolhimento de contribuições sobre
a sua produção para a Seguridade Social;
c) a averbação prevista no inciso II deste artigo, relativa a
imóvel cuja construção tenha sido concluída antes de 22 de
novembro de 1966.
d) o recebimento pelos Municípios de transferência de recursos
destinados a ações de assistência social, educação, saúde e em
caso de calamidade pública.
e) a averbação da construção civil localizada em área
objeto de regularização fundiária de interesse social, na
forma da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009.
Não dá pra ser mais claro que isso, né??
Gabarito 9: D

10. (ESAF - PGFN/Procurador da Fazenda Nacional/2012) A respeito do


prazo de decadência e prescrição das contribuições sociais, assinale a opção
correta, considerando a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal
Federal.
a) O prazo de decadência está validamente regulamentado na Lei n. 8.212/91.
b) O prazo de prescrição está validamente regulamentado na Constituição
Federal.
c) Os prazos de prescrição e decadência podem ser regulamentados em lei
ordinária.
d) O prazo de decadência ocorre no prazo de 10 anos e o de prescrição, no
prazo de 30 anos.
e) Os prazos de prescrição e a decadência das contribuições sociais são
idênticos aos previstos no Código Tributário Nacional.
Comentários

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Pessoal, confessem, não dá vontade de RIR lendo essas alternativas?


a) ERRADA. Quem sou eu pra contrariar o Supremo Tribunal Federal? Se esse
Tribunal diz que os dispositivos da LOCSS que tratavam do tema são
inconstitucionais, só me resta dizer amém.
STF – Súmula Vinculante 08 - SÃO INCONSTITUCIONAIS
O PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 5º DO DECRETO-LEI Nº
1.569/1977 E OS ARTIGOS 45 E 46 DA LEI Nº 8.212/1991,
QUE TRATAM DE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DE CRÉDITO
TRIBUTÁRIO.
Nada mais restava, a não ser a revogação dos referidos artigos, que foi
realizada pela Lei Complementar 128, de 19.12.2008. Então não há, na
LOCSS, prazo algum regulamentado.
b) ERRADA. A Constituição não estabelece nenhum prazo decadencial. Vocês
sabem tão bem quanto eu que os prazos de prescrição e decadência relativos
aos benefícios estão na LBPS, e aqueles relacionados ao custeio estão no Código
Tributário Nacional.
c) ERRADA. Na verdade, só meio errada. Os prazos de prescrição e decadência
relativos aos benefícios podem ser regulamentados em lei ordinária. Tanto isso
é verdade que eles são regulamentados pela LOCSS, que é uma lei ordinária.
Mas as contribuições previdenciárias são tributos. Em razão disso os prazos de
prescrição e decadência só podem ser fixados em LEI COMPLEMENTAR,
conforme determina a Constituição. Foi por isso que os artigos correspondentes
na LOCSS foram declarados inconstitucionais pelo STF e passou-se a considerar
os prazos do código tributário nacional.
d) ERRADA. Não custa relembrar aqui que, em relação ao custeio
previdenciário, os prazos de prescrição e decadência são sempre de 5 (cinco)
anos.
e) CORRETA. Já falei DUAS vezes logo acima exatamente isso que a assertiva
afirma.
Gabarito 10: E

11. (FCC - TCE-CE/Procurador do Ministério Público/2015) A prescrição e


a decadência são institutos que tratam dos efeitos gerados pelo decurso de
tempo nas relações jurídicas em geral. No que tange a sua aplicação na
Seguridade Social, nos termos da legislação pertinente, tem-se que o
a) segurado ou dependente, como regra, tem o prazo de dez anos, para pleitear
a revisão do ato de concessão de benefícios.
b) contribuinte terá o prazo de dez anos para pleitear a restituição ou
compensação, sempre contado da data do pagamento do recolhimento indevido.

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c) prazo de prescrição das ações referentes a prestações previdenciárias por


acidente de trabalho será de quinze anos, contados da data do acidente quando
dele resultar a morte.
d) direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis a seus beneficiários prescreve em cinco anos, sem
qualquer exceção.
e) prazo prescricional das ações referentes a prestações por acidente de
trabalho será contado da data em que for reconhecida pela Previdência Social a
incapacidade temporária e neste caso o prazo será reduzido para dois anos.
Comentários
Vamos direto ao ponto.
a) CORRETA. Iniciamos com o gabarito. A assertiva reproduz a regra do art.
103 da LBPS:
Art. 103. O prazo de decadência do direito ou da ação do
segurado ou beneficiário para a revisão do ato de
concessão, indeferimento, cancelamento ou cessação de
benefício, do ato de deferimento, indeferimento ou não
concessão de revisão de benefício é de dez anos, contado:
I - do dia primeiro do mês subsequente ao do recebimento da
primeira prestação ou da data em que a prestação deveria ter
sido paga com o valor revisto; ou
II - do dia em que o segurado tomar conhecimento da decisão
de indeferimento, cancelamento ou cessação do seu pedido de
benefício ou da decisão de deferimento ou indeferimento de
revisão de benefício, no âmbito administrativo.
b) ERRADA. A proposição em análise trata de custeio ou benefícios? CUSTEIO,
obviamente (pagamento ou recolhimento indevido). E os prazos relacionados
ao custeio, sejam prescricionais, sejam decadenciais, correspondem sempre a
05 anos.
Prescrição  5 anos, sempre.
Decadência  5 anos, quanto ao custeio;
 10 anos, quanto aos benefícios.
c) ERRADA. Distorção da regra do art. 104 da LBPS:
Art. 104. As ações referentes à prestação por acidente do
trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos, observado o
disposto no art. 103 desta Lei, contados da data:
I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade
temporária, verificada esta em perícia médica a cargo da
Previdência Social; ou

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II - em que for reconhecida pela Previdência Social, a


incapacidade permanente ou o agravamento das seqüelas do
acidente.
d) ERRADA. Hahahahahahaa... Essa assertiva quem tem o mínimo de
experiência em resolução de questões de concurso já descarta sem nem pensar
muito. Sério, gente... não são necessárias mais que 2 ou 3 sinapses para que o
trecho “sem qualquer exceção” faça disparar um alerta no cérebro dos
concurseiros.
Mas o erro não está só aí. Vejam o que diz o art. 103-A:
Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os seus
beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé.
Não vale a pena me aprofundar em conceitos jurídicos para destacar que a
prescrição não atinge o ‘fundo de direito’... não há que se falar em ‘prescrição
do direito de anular’. A prescrição atingiria os FRUTOS decorrentes do
reconhecimento do direito — isto é, as PARCELAS decorrentes do
reconhecimento do direito pleiteado. Um segurado pode perfeitamente revisar
o ato concessório de sua aposentadoria concedida há 9 anos (o prazo
decadencial é de 10 anos), mas receberá apenas os valores correspondentes
aos cinco anos anteriores ao pedido de revisão. Eis, na prática, a distinção entre
os efeitos da prescrição e da decadência. Um benefício concedido há 11 anos
não pode mais ser revisado, o direito à revisão DECAIU.
e) ERRADA. Transcrevi, ao comentar a assertiva ‘c’, o art. 104 da LBPS. Ele
trata, nos incisos I e II, do termo inicial da contagem do prazo prescricional das
ações referentes a prestações acidentárias. O inciso II é o que se relaciona com
a proposição em análise.
De sua leitura concluímos que a assertiva tem dois erros.
1º erro – Quando a incapacidade é temporária (inciso I), a contagem do prazo
prescricional inicia na data do acidente;
2º erro – os 2 incisos se referem à disposição geral do caput... e o caput
estabelece o prazo de 5 anos. Não existe essa regra de redução do prazo para
2 anos. Delírio do examinador.
Gabarito 11: A

12. (CESPE – DPF/Delegado/2018) Um segurado da previdência social,


filiado em 1.º/3/2010, sofreu acidente de trabalho em 1.º/4/2010. Em
1.º/5/2010, lhe foi concedido, pelo INSS, auxílio-doença, contabilizado desde a
data do seu acidente até o dia 1.º/4/2011. Em 1.º/8/2018, o INSS revisou o
ato administrativo de concessão desse benefício.

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Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.


Na revisão, o INSS não poderia anular o referido ato administrativo, salvo se
tivesse comprovado má-fé, dada a ocorrência da decadência, uma vez que havia
transcorrido mais de cinco anos desde a concessão do benefício.
Comentários
Como regra geral da prescrição e decadência, temos que...
A prescrição é sempre de cinco anos;
A decadência é de cinco anos quando aplicável ao custeio (contribuições);
A decadência é de dez anos quando aplicável aos benefícios.
Vejam a previsão do art. 103-A da LBPS, aplicável à hipótese do enunciado:
Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os seus
beneficiários decai em dez anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Gabarito 12: ERRADO

13. (CESPE – ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/2018) Considerando o


entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores, julgue o item que se
segue, quanto ao regime geral de previdência social (RGPS).
Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, inexiste prazo
decadencial para a concessão inicial de benefício oferecido pelo RGPS.
Comentários
Tradução rápida: uma vez cumpridos os requisitos para a concessão de um
benefício previdenciário, é permitido ao potencial beneficiário requerê-lo a
qualquer tempo, ou há a incidência de prazo decadencial?
A decisão do STF no RE 626.489 usa linguagem clara o suficiente para
praticamente dispensar comentários adicionais:
RECURSO EXTRAODINÁRIO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO.
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS). REVISÃO DO
ATO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. DECADÊNCIA. 1. O direito
à previdência social constitui direito fundamental e, uma
vez implementados os pressupostos de sua aquisição, não
deve ser afetado pelo decurso do tempo. Como
consequência, inexiste prazo decadencial para a
concessão inicial do benefício previdenciário. 2. É legítima,
todavia, a instituição de prazo decadencial de dez anos para a
revisão de benefício já concedido, com fundamento no princípio
da segurança jurídica, no interesse em evitar a eternização dos
litígios e na busca de equilíbrio financeiro e atuarial para o

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sistema previdenciário. 3. O prazo decadencial de dez anos,


instituído pela Medida Provisória 1.523, de 28.06.1997, tem
como termo inicial o dia 1º de agosto de 1997, por força de
disposição nela expressamente prevista. Tal regra incide,
inclusive, sobre benefícios concedidos anteriormente, sem que
isso importe em retroatividade vedada pela Constituição. 4.
Inexiste direito adquirido a regime jurídico não sujeito a
decadência. 5. Recurso extraordinário conhecido e provido.
(STF – RE 626489/SE – Relator Ministro ROBERTO BARROSO –
Tribunal Pleno – Julgamento em 16.10.2013 – Publicação em
23.09.2014)
Em síntese: uma vez adquirido o direito a benefício, seu requerimento pode se
dar a qualquer tempo. O prazo decadencial incide somente sobre o pedido de
revisão de benefício já concedido.
Gabarito 13: CERTO

14. (FCC – TRT 6ª Região/Juiz do Trabalho/2015) NÃO fazem parte da


composição das receitas do orçamento da Seguridade Social, no âmbito federal,
as receitas
a) provenientes da venda de terras confiscadas pela União pelo plantio de
plantas psicotrópicas.
b) de contribuições sociais provenientes dos trabalhadores, incidentes sobre o
seu salário-de-contribuição.
c) da União.
d) de contribuições sociais provenientes dos empregadores domésticos.
e) de contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga
ou creditada aos segurados a seu serviço.
Comentários
Quais receitas compõem o orçamento da seguridade social???
Aquelas previstas no art. 11 da LOCSS, quais sejam:
Art. 11. No âmbito federal, o orçamento da Seguridade Social é
composto das seguintes receitas:
I - receitas da União;
II - receitas das contribuições sociais;
III - receitas de outras fontes.
Parágrafo único. Constituem contribuições sociais:
a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga
ou creditada aos segurados a seu serviço;

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b) as dos empregadores domésticos;


c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-
contribuição;
d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro;
e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.
Da leitura dos trechos grifados conseguimos concluir que estão ERRADAS as
proposições ‘b’, ‘c’, ‘d’ e ‘e’, pois todas elas correspondem a receitas que fazem
parte do orçamento da seguridade social.
Ou o gabarito é o A ou a questão é passível de anulação> Vamos ver.
As outras fontes de receita da seguridade social (inciso III do art. 11) estão
relacionadas no art. 27 da mesma LOCSS. Uma delas, em especial, merece
análise:
Art. 27. Constituem outras receitas da Seguridade Social: [...]
VI - 50% (cinqüenta por cento) dos valores obtidos e aplicados
na forma do parágrafo único do art. 243 da Constituição
Federal;
Vejam bem... o caput do art. 243 da CF dispõe sobre a destinação das
propriedades nas quais forem localizadas culturas ilegais de plantas
psicotrópicas. Elas serão expropriadas e destinadas à reforma agrária ou
programas de habitação popular. Não ocorrerá, em princípio, venda das
propriedades.
Além disso, o que a legislação destina à seguridade social são os valores obtidos
em função do disposto no parágrafo único do mesmo artigo:
Art. 243. [...] Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor
econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho
escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com
destinação específica, na forma da lei.
Em resumo:
TERRAS: expropriadas e destinadas à reforma agrária e programas de
habitação;
OUTROS BENS: confiscados e revertidos a fundo especial, do qual 50%
reverterá para a seguridade social.
Tudo entendido?
Gabarito 14: A

15. (VUNESP – Pref. Mun. Várzea Paulista/Procurador Jurídico/2016)


As atividades de planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das

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atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao


recolhimento das contribuições sociais estabelecidas na Lei nº 8.212/91, das
contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a outras entidades
e fundos, competem
a) ao Instituto Nacional da Seguridade Social.
b) à Secretaria da Receita Federal.
c) ao Conselho Nacional da Previdência Social.
d) ao Comitê de Assuntos Previdenciários.
e) à Secretaria de Assuntos Financeiros e Orçamentários.
Comentários
Nesta questão não haverá necessidade de loooooooooooonga argumentação e
fundamentação. Basta que eu faça a vocês uma rápida pergunta:
Quando se fala em TRIBUTO, no Brasil, qual órgão público vem à mente de
vocês?????
É o INSS? NÃOOOOOOOO!
O CNPS? Também NÃOOOOOOOO!
Seria o Comitê de Assuntos Previdenciários — que nem mesmo existe?? NEM
PENSAR!
E a Secretaria de Assuntos Financeiros e Orçamentários — que também não
existe? Lógico que NÃO.
O que sobrou?
A LOCSS — Lei 8.212/91 fundamenta a conclusão à qual nosso raciocínio lógico
nos conduziu:
Art. 33. À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete
planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas
à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao
recolhimento das contribuições sociais previstas no parágrafo
único do art. 11 desta Lei, das contribuições incidentes a título
de substituição e das devidas a outras entidades e fundos.
Simples, não?
Gabarito 15: B

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9. LISTA DE QUESTÕES

1. (CESPE – PGE-PE/Analista Judiciário/2019) Acerca da seguridade


social, julgue o item seguinte.
Uma fonte de custeio da seguridade social é a receita oriunda da realização de
sorteios de números ou outros símbolos pelo Poder Público ou por sociedades
comerciais ou civis.

2. (FCC – São Luiz-MA/Procurador/2016) Pode ser classificada como


contribuição previdenciária a contribuição
a) do empregador sobre receita e faturamento.
b) do importador de bens ou serviços do exterior.
c) do empregador sobre a folha de salários.
d) do empregador sobre o lucro.
e) para o PIS/PASEP.

3. (CESPE – STM/Analista Judiciário/2018) Acerca da Lei n.º 8.212/1991,


que dispõe sobre a seguridade social, julgue o item a seguir.
Os estados, o Distrito Federal e os municípios tornam-se responsáveis pela
cobertura de eventuais insuficiências financeiras da seguridade social, quando
decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da
previdência social.

4. (CESPE - INSS/Técnico do Seguro Social/2016) Com referência a


arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social,
julgue os itens que se seguem.
As empresas são obrigadas a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte
individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração.

5. (CESPE - TRT 7ª Região/Analista Judiciário/2017) Mônica é


empregada doméstica na casa de Jorge, segurado empregado de uma empresa.
Nessa situação hipotética, assinale a opção correta a respeito das contribuições
previdenciárias de Mônica e de Jorge.
a) A contribuição previdenciária de Mônica é calculada mediante a aplicação da
alíquota de 8% sobre o valor registrado na carteira de trabalho,
independentemente do valor da remuneração.

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b) Tanto as contribuições previdenciárias de Mônica quanto as de Jorge devem


ser recolhidas até o dia vinte do mês subsequente ao da prestação do serviço.
c) A contribuição previdenciária de Jorge deve ser recolhida por seu
empregador, enquanto a de Mônica deve ser feita por ela mesma,
pessoalmente.
d) Como empregador doméstico, Jorge deve realizar o recolhimento da
contribuição patronal de 8% sobre o valor registrado na carteira de trabalho de
Mônica, para a seguridade social, bem como 0,8% de contribuição social para
financiamento do seguro contra acidentes do trabalho.

6. (CESPE - TRE-MT/Analista Judiciário/2015) No exercício financeiro de


2015, são responsáveis solidários pelo cumprimento da obrigação previdenciária
principal
a) os sócios e administradores em qualquer tempo de microempresas baixadas
sem o pagamento das contribuições.
b) as empresas tomadoras e as prestadoras de serviços mediante cessão de
mão de obra.
c) os trabalhadores portuários avulsos cedidos a operadores portuários em
caráter permanente.
d) os produtores rurais em relação a empreendimento realizado em regime de
parceria.
e) as empresas que integrem grupo econômico de qualquer natureza, entre si.

7. (FMP – CGE-MT/Auditor/2015) No que tange à arrecadação e ao


recolhimento das contribuições, nos termos do artigo 30 da Lei 8212/91, é
correto afirmar que:
a) a empresa é obrigada a arrecadar as contribuições dos segurados
empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da
respectiva remuneração.
b) os segurados contribuinte individual e facultativo estão obrigados a recolher
sua contribuição por iniciativa própria, até o dia trinta do mês seguinte ao da
competência.
c) o proprietário, o incorporador definido na Lei n.º 4.591, de 16 de dezembro
de 1964, o dono da obra ou condômino da unidade imobiliária, qualquer que
seja a forma de contratação da construção, reforma ou acréscimo, não são
solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, pelo cumprimento
das obrigações para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito
regressivo contra o executor ou contratante da obra e admitida a retenção de

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importância a este devida para garantia do cumprimento dessas obrigações, se


aplicando, em qualquer hipótese, o benefício de ordem.
d) exclui-se da responsabilidade subsidiária perante a Seguridade Social o
adquirente de prédio ou unidade imobiliária que realizar a operação com
empresa de comercialização ou incorporador de imóveis, ficando estes
subsidiariamente responsáveis com o construtor.
e) as empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza
respondem entre si, subsidiariamente, pelas obrigações decorrentes desta Lei.

8. (CESPE - TRE-PE/Analista Judiciário/2017) Em relação às obrigações


acessórias das empresas, dos contribuintes equiparados a empresa e dos
segurados da previdência social, assinale a opção correta.
a) A empresa prestadora de serviços está obrigada a destacar nas notas fiscais,
nas faturas ou nos recibos de prestação de serviços emitidos o valor da retenção
para a previdência social.
b) A certidão de prova de regularidade fiscal previdenciária poderá ser emitida,
se as contribuições devidas tiverem sido pagas, ainda que a guia respectiva não
tenha sido entregue no prazo.
c) A inscrição na previdência social é responsabilidade do segurado empregado,
devendo ser efetuada mediante preenchimento dos documentos que o habilitem
ao exercício da atividade.
d) Os registros da folha de pagamentos de obras de construção civil podem ser
mantidos centralizados na sede da empresa construtora.
e) Os códigos ou abreviaturas que identifiquem as respectivas rubricas
utilizadas na elaboração das folhas de pagamento devem obedecer ao padrão
determinado pela Receita Federal do Brasil.

9. (FCC - TRT 1ª Região/Juiz do Trabalho/2013) É exigida Certidão


Negativa de Débito − CND, fornecida pelo órgão competente, nos seguintes
casos:
a) no registro ou arquivamento, no órgão próprio, de ato relativo a aumento de
capital social ou de capital de firma individual.
b) averbação da construção residencial unifamiliar, destinada ao uso próprio,
de tipo econômico, executada sem mão de obra assalariada.
c) de pessoas físicas e jurídicas, na contratação com o Poder Público e no
recebimento de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios por ele concedidos.
d) na alienação ou oneração, por empresas, de bem imóvel ou direito a ele
relativo.

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e) averbação da construção civil localizada em área objeto de regularização


fundiária de interesse social, na forma da legislação própria.

10. (ESAF - PGFN/Procurador da Fazenda Nacional/2012) A respeito do


prazo de decadência e prescrição das contribuições sociais, assinale a opção
correta, considerando a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal
Federal.
a) O prazo de decadência está validamente regulamentado na Lei n. 8.212/91.
b) O prazo de prescrição está validamente regulamentado na Constituição
Federal.
c) Os prazos de prescrição e decadência podem ser regulamentados em lei
ordinária.
d) O prazo de decadência ocorre no prazo de 10 anos e o de prescrição, no
prazo de 30 anos.
e) Os prazos de prescrição e a decadência das contribuições sociais são
idênticos aos previstos no Código Tributário Nacional.

11. (FCC - TCE-CE/Procurador do Ministério Público/2015) A prescrição e


a decadência são institutos que tratam dos efeitos gerados pelo decurso de
tempo nas relações jurídicas em geral. No que tange a sua aplicação na
Seguridade Social, nos termos da legislação pertinente, tem-se que o
a) segurado ou dependente, como regra, tem o prazo de dez anos, para pleitear
a revisão do ato de concessão de benefícios.
b) contribuinte terá o prazo de dez anos para pleitear a restituição ou
compensação, sempre contado da data do pagamento do recolhimento indevido.
c) prazo de prescrição das ações referentes a prestações previdenciárias por
acidente de trabalho será de quinze anos, contados da data do acidente quando
dele resultar a morte.
d) direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis a seus beneficiários prescreve em cinco anos, sem
qualquer exceção.
e) prazo prescricional das ações referentes a prestações por acidente de
trabalho será contado da data em que for reconhecida pela Previdência Social a
incapacidade temporária e neste caso o prazo será reduzido para dois anos.

12. (CESPE – DPF/Delegado/2018) Um segurado da previdência social,


filiado em 1.º/3/2010, sofreu acidente de trabalho em 1.º/4/2010. Em
1.º/5/2010, lhe foi concedido, pelo INSS, auxílio-doença, contabilizado desde a

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data do seu acidente até o dia 1.º/4/2011. Em 1.º/8/2018, o INSS revisou o


ato administrativo de concessão desse benefício.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Na revisão, o INSS não poderia anular o referido ato administrativo, salvo se
tivesse comprovado má-fé, dada a ocorrência da decadência, uma vez que havia
transcorrido mais de cinco anos desde a concessão do benefício.

13. (CESPE – ABIN/Oficial Técnico de Inteligência/2018) Considerando o


entendimento jurisprudencial dos tribunais superiores, julgue o item que se
segue, quanto ao regime geral de previdência social (RGPS).
Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, inexiste prazo
decadencial para a concessão inicial de benefício oferecido pelo RGPS.

14. (FCC – TRT 6ª Região/Juiz do Trabalho/2015) NÃO fazem parte da


composição das receitas do orçamento da Seguridade Social, no âmbito federal,
as receitas
a) provenientes da venda de terras confiscadas pela União pelo plantio de
plantas psicotrópicas.
b) de contribuições sociais provenientes dos trabalhadores, incidentes sobre o
seu salário-de-contribuição.
c) da União.
d) de contribuições sociais provenientes dos empregadores domésticos.
e) de contribuições sociais das empresas, incidentes sobre a remuneração paga
ou creditada aos segurados a seu serviço.

15. (VUNESP – Pref. Mun. Várzea Paulista/Procurador Jurídico/2016)


As atividades de planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das
atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao
recolhimento das contribuições sociais estabelecidas na Lei nº 8.212/91, das
contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a outras entidades
e fundos, competem
a) ao Instituto Nacional da Seguridade Social.
b) à Secretaria da Receita Federal.
c) ao Conselho Nacional da Previdência Social.
d) ao Comitê de Assuntos Previdenciários.
e) à Secretaria de Assuntos Financeiros e Orçamentários.

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10. GABARITO

Gabarito 1: ....... CERTO


Gabarito 2: .................. C

Gabarito 3: .... ERRADO


Gabarito 4: ....... CERTO

Gabarito 5: .................. D

Gabarito 6: .................. E

Gabarito 7: .................. A
Gabarito 8: .................. A
Gabarito 9: .................. D

Gabarito 10: ............... E

Gabarito 11: ............... A

Gabarito 12: . ERRADO


Gabarito 13: .... CERTO

Gabarito 14: ............... A


Gabarito 15: ............... B

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11. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

EDUARDO, Ítalo Romano e EDUARDO, Jeane Tavares Aragão. Curso de Direito


Previdenciário: Teoria, Jurisprudência e Questões. 11ª ed. São Paulo:
Editora GEN/Método, 2015.
AMADO, Frederico. Direito Previdenciário. 6ª edição. Salvador: Editora
JusPodivm, 2015.
GÓES, Hugo. Manual de Direito Previdenciário. 7ª ed. Rio de Janeiro: Editora
Ferreira, 2013.
KERTZMAN, Ivan. Curso Prático de Direito Previdenciário. 13ª ed.
Salvador: Editora JusPodivm, 2015.
ROCHA, Daniel Machado da, BALTAZAR JÚNIOR, José Paulo. Comentários à
Lei de Benefícios da Previdência Social. 14ª edição. São Paulo: Editora
GEN/Atlas, 2016.
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de e LAZZARI, João Batista. Manual de Direito
Previdenciário. 20ª ed. Rio de Janeiro: Editora GEN/Forense, 2017.

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