Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2018
ISSN 1982-3924
RESUMO
1 Mestre em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Londrina (2014); Graduada em Letras
pela Universidade Estadual de Londrina (2011); Graduanda em Direito, atualmente cursando o 5º
período no Centro Universitário de Rio Preto – UNIRP; E-mail: anagabriela.ds@hotmail.com
2 Graduanda em Direito, atualmente cursando o 5º período no Centro Universitário de Rio Preto –
UNIRP; E-mail: carol-k-3@hotmail.com
3 Graduando em Direito, atualmente cursando o 5º período no Centro Universitário de Rio Preto –
UNIRP; E-mail: cwrochab@gmail.com
4 Graduanda em Direito, atualmente cursando o 5º período no Centro Universitário de Rio Preto –
UNIRP; E-mail: jusouza_85@hotmail.com
5 Mestre em Empreendimentos Econômicos, Desenvolvimento e Mudança Social, linha de pesquisa
Relações Empresariais, Desenvolvimento e Demandas Sociais pela Universidade de Marília (2017);
Especialista em Direito Material e Processual do Trabalho pela UNIRP (2011); Pedagoga
(UNIRP/2016); Professora pesquisadora vinculada ao Núcleo de Iniciação Científica do Curso de
Direito – NICDir; Editora da Revista Eletrônica Jurídica da UNIRP – Universitas. Advogada. Membro da
Comissão de Direito do Trabalho da 22ª Subseção da OAB/SP. E-mail: oreonnilda@unirp.edu.br
36
ABSTRACT
The Federal Constitution of 1988 was promulgated raising the important issue of the
fundamental rights as a guarantee of the principle of isonomy. Therefore, until the
essential rights and guarantees for human dignity were attained, it was imperative that
the fundamental rights should lead to countless historical achievements, reflected in
their dimensions. Thus, the Greater Law of 1988 plays a primordial role in relations
between individuals and the State, as it becomes responsible for ensuring the
guarantee of solidarity and fraternity in a society in which instability and torment are
established in the modern individual.
INTRODUÇÃO
6 Há uma divergência acerca da nomenclatura a ser utilizada para se referir à evolução histórica de
inserção dos direitos fundamentais, como aponta DIÓGENES JÚNIOR (2012), optaremos pelo termo
“dimensão”.
7 Importante mencionar que ainda há uma 4ª, uma 5ª e uma 6ª Dimensão em discussão atualmente por
estudiosos como BOBBIO (2004) e BONAVIDES (2004), sendo elas referentes à Tecnologia, à
Paz/Internet e ao direito ao acesso à água potável, respectivamente. No entanto, não as
aprofundaremos no presente artigo.
Rev. Eletr. Jur. (on-line)
São José do Rio Preto/SP,
v. 12, n. 23, jan./jun. 2018.
40
A pátria deixa de ser uma comunidade, uma terra, algo concreto e palpável e
se converte em uma ideia a que todos os valores humanos se sacrificam: a
nação. Ao antigo senhor – tirânico ou clemente, mas a quem se pode
assassinar – sucede o Estado, imortal como uma ideia, eficaz como uma
máquina [...] (PAZ, 1976, p. 65-66).
se, assim, em um Estado com a plenitude formal das instituições liberais explicitada
na promulgação da Constituição de 1891 (BONAVIDES, 2004, p. 364-365).
As principais características dessa Constituição são: abolição do governo
monárquico; transformação das províncias em Estados da Federação; sistema
presidencialista conforme o modelo americano; regime representativo; extinção do
Poder Moderador, com a presença apenas dos Três Poderes; concessão de maior
autonomia aos Estados da Federação por meio de constituições organizadas;
abolição da vitaliciedade dos senadores; Presidente da República como chefe do
Executivo; sufrágio aberto e direto, mas com restrição aos mendigos e analfabetos;
duração de quatro anos para os mandatos; inexistência de reeleição; exercício do
Poder Legislativo pelo Congresso Nacional; Estado laico; instituição do habeas
corpus; e concessão de vitaliciedade aos juízes federais (LIMA, 2008).
Sendo assim, fizeram-se presentes
Foi fato que a economia mundial cresceu muito [...], alcançando índices de
empregabilidade, trocas, produtividade, industrialização, e urbanização
realmente impressionantes. Desta maneira, foi fato também o grande
aumento da concentração de capital; do tamanho das cidades; da
deterioração ambiental; da dependência dos países periféricos; das
desigualdades econômicas [...].
que a promulgação ocorreu sob a proteção de Deus, “não significa que o Estado
brasileiro seja religioso”.
Além disso, no artigo 3º da referida Carta Magna, os objetivos ditos
fundamentais da República Federativa são elencados, sendo eles:
[...]
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais
e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Em relação a esse artigo, David Araujo e Nunes Júnior (2014, p. 146) sustentam
que “o propósito é o de aparelhar ideologicamente o texto constitucional, revelando
que todo o conjunto ordenamental que irá se levantar nos dispositivos subsequentes
se prende à realização” desses objetivos básicos, que simplesmente traduzem a
noção de justiça social.
Para que essa questão se torne mais compreensível, é importante salientar que
o inciso I atesta a necessidade do Estado de edificar os meios para que a democracia
seja exercida, sempre visando o bem-estar, a qualidade de vida e a harmonia social.
A importância da garantia do desenvolvimento nacional está contida no inciso
II, o que compreende o aperfeiçoamento do indivíduo, das propriedades e das
instituições para que todas as áreas de atuação humana integrem o progresso da
nação.
O inciso III, por sua vez, evidencia o objetivo da República de erradicar a
pobreza e a marginalização ao adotar medidas governamentais que possibilitem uma
igualdade de condições para todos os cidadãos, trazendo melhorias para as áreas da
saúde, educação e emprego; possibilitando, assim, a redução das desigualdades
sociais e regionais ao permitir que as classes mais pobres também tenham acesso às
condições básicas da condição humana.
O inciso IV, por último e não menos importante, legitima o Brasil como um país
de respeito ao afirmar, como objetivo fundamental, a consumação do bem coletivo,
CONCLUSÃO
manutenção da coletividade no mundo moderno para evitar, assim, por meio de uma
eficácia irradiante, que o individual sobrepuje o coletivo nacional.
No entanto, apesar dos direitos fundamentais pleitearem-se formalmente ao
longo de todo o texto constitucional como garantia máxima da igualdade entre os
indivíduos, surge o questionamento: a aplicabilidade desses direitos realmente tem
ocorrido de forma satisfatória no plano material? Assunto significativo para ser
discutido, todavia, em um outro artigo.
REFERÊNCIAS
ARAUJO, Luiz Alberto David; NUNES JÚNIOR, Vidal Serrano. Curso de direito
constitucional. 18. ed., rev. e atual. São Paulo: Verbatim, 2014.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2004.
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 15. ed. São Paulo: Malheiros,
2004.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 16. ed. rev., atual. e ampl.
São Paulo: Saraiva, 2012.
LIMA, Wesley de. Da evolução constitucional brasileira. Revista Âmbito Jurídico, Rio
Grande-RS, ano 11, n. 49, jan. 2008, ISSN 1518-0360. Disponível em:
<http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=4037&revista
_caderno=9>. Acesso em: 27 jan. 2018.
NUNES JÚNIOR, Flávio Martins Alves. Curso de direito constitucional. 2. ed. rev.,
atual. e ampl. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2018.
PORTO, Walter Costa. Voto da mulher. Dicionário do voto. Brasília: UnB, 2000.
Disponível em: <http://www.tse.jus.br/eleitor/glossario/termos/voto-da-mulher>.
Acesso em: 15 jan. 2018.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 25. ed. São Paulo:
Malheiros, 2005.
TAVARES, André Ramos. Curso de direito constitucional. 15. ed. rev. e atual. São
Paulo: Saraiva, 2017.
WATT, Ian. A ascensão do romance. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
Informações de publicação:
Recebido em 06/11/2017
Aprovado em 07/05/2018
Avaliado pelo método Double Blind Review