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Campinas
2016
Engenharia Mecânica
Campinas
2016
3
RESUMO
ABSTRACT
In an innovative and competitive world scenario, being the Time the protagonist of this
story, we sought to devise a tool capable of meeting the needs faced in the industrial
departments related to stamping field.
The current tool named “Martelo Deslizante” brings a series of damages to the operator
and consequently to the company.
Already the new tool concept, named “Saca Pino Pneumático”, translates studies and
experiences dedicated to eliminate the maximum risk of accidents and physical efforts
involving the operator, alongside to raising the productivity of the current tool.
In order to reach this level of quality and performance, it was first needed developing
the theoretical basis to understand the context in which the current tool is applied and later to
ascertain the needs faced by the collaborator with the handling of the tool in his routine.
After concluding the data collection, all the most critical points and also the unlikely
points of danger in the tool were evaluated, but, in the medium term, they may cause process
instabilities and also serious damage to the employee due to its frequency of repetitions and
continuous use.
Thus, it was possible to prototype a new layout and technical characteristics of the
proposed tool in order to solve all the found adversities. At this stage of great importance in
the development of the same, a sequence of studies was carried out through calculations to
measure all the physical quantities generated by the tool. By doing this, it was possible to make
the prototype in the software with the necessary dimensional and then, the real construction
of the tool for application in the market.
The proposed tool brings modernity through technology applied in its components and
functionality, and in counterpart, offers safety for the operator and for the process. Comparing
the prototype cost with the current tool, it is possible to infer that the prototype generates a
higher value than the existing one, however, analyzing all the variants that are inherent to the
tool in the operating environment, mainly the cost/benefit relationship, certainly proves the
discrepancies between the two tools.
Therefore, the new tool enshrines the objectives outlined and, in addition, awakens new
horizons for the evolution of the market in focus.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE APÊNDICES
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11
2.3 Pneumática..................................................................................................... 41
3 METODOLOGIA ................................................................................................ 47
5 CONCLUSÃO .................................................................................................... 63
8 APÊNDICE A ..................................................................................................... 67
11
1 INTRODUÇÃO
esmagamentos. Portanto, a proposta deste trabalho tem por finalidade minimizar esses
esforços e reduzir os riscos de acidentes.
1.1 Justificativa
1.2 Objetivo
O Saca Pino Pneumático, tem como objetivo minimizar esforços físicos realizados
pelos operadores, eliminar o risco de acidentes e aumentar a produção ou, no caso, agilizar
a manutenção e set up de moldes. Sua confecção será com materiais leves, porém que
suportem os esforços a que serão submetidos, visando eficiência e praticidade. Seu
acionamento será totalmente pneumático, para que possa manter a eficiência durante todo o
processo de remoção, ao invés de totalmente manual, como acontece no martelo deslizante,
o que acarreta em diminuição da eficiência durante o tempo devido ao grande esforço a que
o operador é exposto.
precisa ser dimensionada coerentemente para que o operador não se desgaste em utilizá-la
e seja de fácil manuseio, mensurando seu peso e requerendo a utilização de materiais leves,
porém que suportem os esforços aos quais estará sujeita. Dessa forma, o intuito deste
trabalho é comprovar a eficiência do Saca Pino Pneumático e uma ótima relação custo-
benefício para a empresa, visto que sua aplicação poderá reduzir esforços físicos realizados
pelo operador, eliminar os riscos a que ele está exposto e diminuir o tempo de set up e
manutenção em moldes, aumentando assim a produção.
1.4 Metodologia
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Estampagem
2.1.1 Prensas
15
Figura 1 – Desenho esquemático de uma prensa de engate por chaveta (BECKER, 2006).
Assim como nas prensas mecânicas excêntricas de engate por chaveta o movimento
do volante é gerado através de um motor elétrico que se encontra na extremidade de um eixo
e na outra extremidade do eixo fixa-se uma bucha excêntrica, alojada em uma biela, que é
responsável por transformar o movimento rotativo em movimento linear, a diferença é que ao
invés de um sistema de engrenagens é acoplado um conjunto freio/embreagem que controla
a velocidade.
17
Este tipo de prensa quando acionada manda um sinal elétrico para as válvulas
pneumáticas ou hidráulicas que liberam a passagem do fluido e com isso liberam o freio e
acoplam a embreagem, transmitindo o movimento de rotação para o conjunto eixo/bucha
excêntrica que é transformado em movimento linear pela biela, realizando os movimentos de
descida e subida da prensa, quando este ciclo é executado o freio é acionado por molas,
interrompendo o movimento da prensa até a mesma ser acionada novamente e diferente das
prensas mecânicas excêntricas de engate por chaveta este ciclo pode ser interrompido
através do freio.
Neste tipo de prensa o martelo desce por meio de um fuso, sendo acionado por dois
volantes laterais, que friccionam um volante horizontal que se encontra no centro e acima do
fuso, fazendo assim com que o martelo realize o movimento de descida e subida. Este tipo de
prensa também é conhecido como prensa tipo parafuso ou prensa por fuso e a figura 3 mostra
como é uma prensa deste tipo.
18
Figura 3 – Prensa mecânica de fricção com acionamento por fuso (BECKER e MISTURINI,
2001).
O ciclo desta máquina não é completo, pois permite a parada do martelo no movimento
de descida. Contudo, a intensa resistência presente no sistema não torna possível a exatidão
da parada do martelo (BECKER e MISTURINI, 2001).
PRENSAS HIDRÁULICAS
Estas prensas são normalmente utilizadas em repuxos profundos, devido a sua maior
capacidade de força de estampagem e tem como características sua força constante em
qualquer ponto do curso do martelo e seu corpo, que geralmente é em forma de “H”, possuindo
duas ou quatro colunas, mesa fixa ou regulável, horizontal ou inclinada, podendo ter
características adicionais como duplo ou triplo efeito. Na figura 4 podemos visualizar de forma
mais concreta uma prensa hidráulica.
19
Estas prensas usam força mecânica adquirida através da pressão produzida pelo
fluído hidráulico do sistema, por meio do Principio de Pascal, a fim de conformar, estampar,
dobrar, cortar, furar chapas ou executar a montagem de componentes mecânicos. Seus
principais componentes são: fonte hidráulica de deslocamento positivo, cilindro hidráulico,
válvulas, tubos e fluído hidráulico para acionamento do sistema (SILVEIRA, 2010).
Estes moldes podem ser de três tipos corte, dobra ou repuxo, os moldes do tipo corte
como o próprio nome diz são utilizados para realizar cortes em chapas com diversas formas
diferentes, de acordo com a aplicação da peça, os moldes do tipo dobra são utilizados para
realização das dobras nas peças e os de repuxo são utilizados para fabricação de peças que
requerem um repuxo com grande profundidade, um bom exemplo de peça feita nesse tipo de
molde são as panelas que utilizamos no nosso dia a dia.
Como pode ter diversos formatos de peças, às vezes precisa-se de várias operações
em um mesmo molde para chegarmos à peça desejada, sendo assim utilizamos moldes do
tipo progressivo, onde podemos combinar operações de corte, dobra e até repuxo em um
mesmo molde para obtenção de peças mais complexas. A figura 6 ilustra como seria um
21
molde progressivo, onde cada tipo de operação é denominado estágio e dependendo da peça
podemos ter diversos estágios.
A tira (chapa) está representada pela cor azul e conforme vai avançando dentro do
molde e passando pelos estágios, sofre um tipo de operação diferente, no caso ilustrado
podemos observar que a tira começa com algumas operações do tipo corte e em seguida
passa por operações de dobra até sair no fim do molde a peça desejada, a figura 7 mostra
como fica a tira no decorrer dos processos e a peça adquirida no final deste.
Como pode ser observado na figura 8, um molde é composto por vários componentes
independentemente se ele for de corte, dobra, repuxo ou progressivo alguns componentes
são padrão e essenciais para todos, tais como 1 – Espiga, 2 –Base ou Placa Superior, 3 –
Placa de Choque, 4 – Porta Punção, 5 – Punção, 6 – Colunas de Guia, 7 – Buchas, 8 – Pinos
de Fixação ou Pinos Guia, 9 – Parafusos, 10 – Extratores, 11 – Guia das Chapas, 12 – Matriz,
13 – Base Inferior.
Figura 9 – Modelo de espiga para moldes de pequeno e médio porte (CENTRO PAULA
SOUZA, 2010).
PLACA PORTA PUNÇÃO: É uma placa de aço 1020 a 1030, situada logo abaixo da
placa de choque ou da placa superior e fixa-se a esta por meio de parafusos, sua função é
sustentar punções, centradoras, cunhas e as colunas de guia quando forem necessárias.
Quando o estampo se destina a trabalhar em prensas automáticas, o ajuste dos
punções nas placas porta-punções deve ser H7 e h6, em prensa excêntrica o ajuste é H7 e
g6 (SENAI, 2006).
A figura 12 ilustra uma placa porta punção indicando suas cavidades sendo 1 – Placa
de corte, 2 – Alojamento para cabeça de punções, 3 – Placa porta punções, 4 – Alojamento
de punções.
25
PUNÇÃO: São peças de aço liga, temperado e revenido, que efetuam o corte ao
introduzir nas cavidades da placa-matriz, dando forma ao produto (SENAI, 2006).
Os punções, de acordo com seu perfil podem ser de três formas, simples (figura 13)
quando não apresenta dificuldade quanto ao formato do punção, com postiços (figura 14)
quando possuem partes frágeis e seccionados (figura 15) quando possuem grande dimensão
e dificuldade na construção do mesmo, ele é dividido em diversas partes para facilitar a
confecção.
O ajuste desses pinos nas placas deve ser H7 j6 e geralmente utilizam-se no mínimo
dois pinos. Os pinos podem ter ou não rosca interna para auxiliar a remoção dos mesmos,
pois após certo tempo fixado no molde tendem a travar e dar certa dificuldade na sua remoção.
A figura 17 ilustra a montagem de um pino guia.
MATRIZ: A matriz (figura 19) é um elemento fundamental do estampo, pois é nela que
se encontra o perfil negativo da peça a ser produzida, é fixada na base inferior através de
parafusos e seu alinhamento é garantido através dos pinos guia, de modo a formar um
conjunto sólido. Assim como o punção deve ser fabricada com aço liga, temperado e revenido
e possuir um acabamento finíssimo.
Nomenclatura:
Ø – Diâmetro
T - Talão
Quando o produto obtido sai pela parte inferior da matriz, a base inferior terá uma cavidade
maior, para facilitar sua saída (SENAI, 2006).
Também conhecida como Placa Base pode ser simples (figura 20), onde simplesmente
apoia a placa matriz, semi-embutida (figura 21), onde aloja parcialmente a placa matriz e
embutida (figura 22), onde aloja totalmente a placa matriz.
O Martelo deslizante é uma ferramenta utilizada para diversos tipos de serviços, como
auxiliar na restauração da lataria de automóveis, extrair homocinéticas, extrair pinos e colunas
guia em moldes de estampo, entre outras aplicações. Ele possui uma haste cilíndrica onde
corre uma bucha (martelo) e a haste possui, em uma das pontas, um dispositivo para fixar a
ferramenta, seja um parafuso, um saca polia, entre outros e na outra extremidade ela possuí
uma “cabeça” fixa na haste, onde o martelo exerce o impacto, gerando uma força suficiente
para realização do trabalho, conforme ilustrado na Figura 23.
2.2 Materiais
A grande parte dos materiais quando em fase de execução estão sujeitos a forças,
sendo assim é necessário o total conhecimento de suas características para verificação do
seu comportamento perante as possíveis variações antes da sua implementação.
“O comportamento mecânico de um material reflete a relação entre a sua resposta ou
deformação a uma carga ou força que esteja sendo aplicada.” (CALLISTER, 2000)
Dentre as propriedades mecânicas mais importantes estão a dureza, a ductilidade, a
resistência e a rigidez. Essas propriedades mecânicas são examinadas em testes
laboratoriais de alto nível, onde se preveem todas as inconstâncias do material reproduzindo
lealmente sua aplicação na vida real.
Deve-se considerar também a carga aplicada e a permanência da sua aplicação. A
carga possui três vertentes: a tração, a compressão e o cisalhamento (Figuras 24 a,b,c,d) e a
duração da aplicação pode avariar desde milésimos de segundo à alguns minutos.
Fases
Microestrutura
Figura 25– Microestrutura de um aço carbono simples com 0,44%p de C. As grandes áreas
escuras são ferrita proeutetóide. As regiões que apresentam estrutura lamelar alternando
entre claro e escuro são perlita; as camadas escuras na perlita correspondem,
respectivamente, às fases ferrita e cementita. (CALLISTER, 2000).
Porém, quando somente uma única fase está presente, a textura é constante, com
exceção dos contornos dos grãos, que podem estar revelados conforme Figura 26.
Equilíbrio de Fases
Este termo, equilíbrio, é um termo essencial, porém é mais bem descrito em termos
de uma grandeza termodinâmica conhecida por energia livre. Em sumo, a energia livre é uma
desordem dos átomos ou moléculas e também função da energia interna de um sistema.
Denomina-se um sistema em equilíbrio se a sua energia livre se encontra em um valor mínimo
para alguma combinação específica de composição, pressão e temperatura.
A expressão equilíbrio de fases significa o equilíbrio, uma vez que se aplica a sistemas
nos quais pode existir mais de uma fase.
Diversos sistemas metalúrgicos e de materiais de interesse, o equilíbrio de fases
envolve somente de fases sólidas. Nesse sentido, o estado do sistema está refletido nas
características da microestrutura, cuja necessariamente não inclui somente as fases
presentes e as suas composições, mas, além disso, as quantidades relativas das fases e os
seus arranjos ou distribuições espaciais.
Um estado de não-equilíbrio ou metaestável é quando um estado de equilíbrio nunca
é completamente atingido, pois a taxa segundo a qual se chega ao equilíbrio é extremamente
lenta. Um estado ou microestrutura metaestável pode persistir indefinidamente, sofrendo
alterações extremamente pequenas e imperceptíveis com o passar do tempo. A resistência
de alguns aços e de ligas de alumínio depende do desenvolvimento de microestruturas
metaestáveis no decorrer dos tratamentos térmicos. (CALLISTER, 2000)
Sistema Ferro-Carbono
37
De acordo com CALLISTER, a ferrita δ é bem similar a ferrita α, exceto pela faixa de
temperaturas em que cada uma se encontra. Sendo que a ferrita δ é estável somente a
temperaturas comparativamente elevadas, ela não tem nenhuma importância tecnológica e
sendo assim não será mais mencionada.
A cementita (Fe3C) se origina no limite de solubilidade quando o carbono na ferrita α é
extrapolado a temperaturas abaixo de 727ºC (1341ºF) (para composições dentro da região
das fases α + Fe3C). Conforme Fig.28, o Fe3C também convive com a fase γ entre as
temperaturas de 727 e 1147ºC (1341 e 2097ºC). Mecanicamente, a cementita é muito dura e
frágil.
A cementita é um material apenas metaestável, continuará indefinidamente à
temperatura ambiente como um composto. Mas, se elevar a temperatura até entre 650 e
700ºC (1200 e 1300ºF) por vários anos, ela mudará gradualmente ou se transformará em ferro
α e carbono, na forma de grafite, os quais se manterão logo após um imediato resfriamento
até a temperatura ambiente. Sendo assim, o diagrama de fases da Figura 28 não reproduz
um verdadeiro diagrama de equilíbrio, pois a cementita não é um composto em condições de
equilíbrio. Entretanto, uma vez que a taxa de decomposição da cementita é extremamente
vagarosa, teoricamente todo o carbono no aço permanecerá na forma de Fe3C, e não de
grafite, e o diagrama de fases para o sistema ferro-carbeto de ferro estará válido para todos
os usos práticos.
As regiões bifásicas estão mostradas na Figura 28 e pode ser verificado que há um
eutético para o sistema ferro-carbeto de ferro, localizado a 4,30%p C e 1147ºC (2097ºF); para
essa reação eutética,
resfriamento
Líquido (L) γ + Fe3C (2.0)
aquecimento
resfriamento
Segundo CALLISTER (2000), as ligas ferrosas são aquelas nas quais o ferro é o
principal componente, mas o carbono, assim como os outros elementos de formação de liga,
poderão estar contidos. No esquema de classificação das ligas ferrosas com base no teor de
carbono, existem três tipos de ligas: ferro, aço e ferro fundido. O ferro comercialmente puro
contém menos do que 0,008%p C e, a partir do diagrama de fases, é composto à temperatura
ambiente quase que predominantemente pela fase ferrita. As ligas ferro-carbono que contém
0,008 e 2,14%p C são classificadas como aços. Na grande parte dos aços, a microestrutura
consiste tanto na fase α como de fase Fe3C. Com o resfriamento à temperatura ambiente,
uma liga dentro dessa porção de composições deve atingir através de pelo menos uma porção
do campo da fase γ; continuamente, são geradas microestruturas distintas. Embora uma liga
de aço possa conter até 2,14%p C, no dia a dia, as concentrações de carbono dificilmente
excedem 1%p.
Os ferros fundidos são classificados como ferrosas que contêm entre 2,14 e 6,70%p
C. Embora, os ferros fundidos comerciais contêm normalmente menos que 4,5%p C.
2.3 Pneumática
2.3.1 Pressão
Em um atuador pneumático a pressão (P) é a relação entre a força (F) que se opõe ao
movimento de extensão de um atuador e a seção transversal interna dele (área do pistão Ap,
Figura 32)
𝐅
𝐏= (2.2)
𝐀𝐩
2.3.2 Ar comprimido
2.5 Ergonomia
Ergonomia (ou fatores humanos) é uma disciplina científica que estuda as interações
dos homens com os outros elementos do sistema, fazendo aplicações da teoria, princípios e
métodos de projeto, com o objetivo de melhorar o bem-estar humano e o desempenho global
do sistema. Associação Internacional de Ergonomia (apud WEERDMESTER, 2004).
A ergonomia pode auxiliar para resolver um grande número de problemas sociais
relacionados com a saúde, segurança, conforto e eficiência. Muitos acidentes podem ser
causados por erros humanos. Estes incluem acidentes com aviões, carros, tarefas
domésticas, entre outros. Averiguando-se os acidentes é capaz de chegar à conclusão que
são causados pela utilização inadequada entre os operadores e suas tarefas. A chance de
ocorrência dos acidentes pode ser minimizada quando se consideram adequadamente as
capacidades e limitações humanas e as características do ambiente, durante o projeto do
trabalho.
Finalmente, a ergonomia pode contribuir para a preservação de erros, melhorando o
desempenho.
3 METODOLOGIA
3.2 Cálculos
Os pinos guia seguem a norma DIN 7979 com um ajuste forçado duro H7-m6, ou seja,
são montados com o auxílio de um martelo, porém passíveis de montagens e desmontagens
sem degradação das peças. Em uma extremidade ele possui uma rosca interna para sua
remoção, isso nos casos em que o pino deve ficar totalmente alojado.
Devido a este ajuste é necessária uma pequena força para remoção dos mesmos,
porém como estes moldes trabalham muitas vezes em um processo onde o mesmo sofre
aquecimento e resfriamento repetidas vezes, estes pinos acabam travando, seja por ferrugem
ou pequenos dilatamentos, o que dificulta um pouco a remoção dos mesmos.
Para que a ferramenta proposta possa executar a remoção dos pinos, foram
necessários alguns cálculos para saber qual a força de impacto gerada pela mesma e para
tanto utilizou a equação do cálculo da força gerada pela pressão do sistema pneumático (Eq.
3.0) e a força gerada pelo movimento cinemático do êmbolo (Eq. 3.1).
𝐹 = 𝑃. 𝐴 (3.0)
50
Onde,
F – Força (N)
P – Pressão (Pa)
A – Área (m2)
𝐹 = 𝑚. 𝑎 (3.1)
Onde,
F – Força (N)
m – massa (Kg)
a – Aceleração (m/s)
Porém para a obtenção da área (A) necessária na equação 3.0 e da aceleração (a)
necessária na equação 3.1, precisou-se utilizar as equações da área do circulo (Eq. 3.2),
equação do deslocamento (Eq. 3.3) e equação da velocidade (Eq. 3.4), descritas a seguir:
𝑑2
𝐴 = 𝜋. 4
(3.2)
Onde,
A – Área do cilindro (m2);
π – Constante;
d – diâmetro do embolo (m).
51
𝑆 = 𝑆0 + 𝑉. 𝑡 (3.3)
Onde,
S – Deslocamento (m), ou o comprimento útil do cilindro;
S0 – Deslocamento inicial (m);
V – Velocidade (m/s);
t – tempo (s).
𝑉 = 𝑉0 + 𝑎. 𝑡 (3.4)
Onde,
V – Velocidade final (m/s);
V0 – Velocidade inicial (m/s);
a – Aceleração (m/s2);
t – tempo (s).
0,0482
𝐴 = 𝜋. 4
= 1,81 x 10-3 m2
0,145 = 0 + 𝑉. 0,5
0,145
V= = 0,29 m/s
0,5
0,29 = 0 + 𝑎.0,5
0,29
a= 0,5
= 0,58 m/s2
Com a obtenção destas variáveis pode-se calcular as duas forças descritas nas
Equações 3.0 e 3.1.
Sendo assim chega-se a uma força de impacto de 1.086,24 N, com uma ferramenta
de 145 mm de comprimento útil do cilindro e um êmbolo de 48 mm de diâmetro.
O aço SAE 1045 é um aço para beneficiamento com temperabilidade baixa, ou seja,
baixa penetração de dureza na seção transversal. Possui uma boa relação entre resistência
mecânica e resistência à fratura.
Tem presente em sua composição química (%p): C(0,43 – 0,50), Mn(0,60 – 0,90),
Si(0,40 – Max.), P(0,04 – Max.), S(0,05 – Máx.). (CHIAVIRINI, 2005)
O forjamento do aço 1045 é realizado na temperatura mínima de 870ºC e máxima de
1240ºC. É utilizado na fabricação de componentes de uso geral onde seja necessária uma
resistência mecânica superior a dos aços de baixo carbono convencionais. Aplicado
principalmente em eixos em geral, pinos, cilindros, ferrolho, parafusos, grampos, braçadeiras,
pinças, cilindros, pregos, colunas, entre outros.
Utilizou-se esse tipo de aço no cilindro, no prisioneiro e na ponta intercambiável devido
à boa resistência mecânica X a resistência à fratura, pois necessitamos em ambas as peças
do protótipo uma resistência que suporte a força gerada pela velocidade do êmbolo e assim
resulte em uma longa vida útil para as mesmas.
54
Válvula de simples piloto 5/2 vias: Válvula de controle e distribuição do ar, que
permite orientar ou interromper o fluxo de ar. O modelo adotado possui cinco orifícios de
trabalho e duas posições de comando, sendo uma entrada de ar, dois escapes e duas
56
utilizações normais. Devido aos dois escapes pode-se controlar o avanço e retorno do cilindro
de maneira independente.
Utilizou-se um modelo com as seguintes características:
5 vias de trabalho;
2 posições de comando;
Acionamento pneumático por pressão piloto direto;
Retorno por mola;
Pressão de trabalho de 0 a 10 bar;
Vazão nominal de 500 lpm;
Conexões de engate rápido para tubos flexíveis;
Equipada com exaustores nos pórticos de exaustão para a atmosfera;
Botão Pulsador 3/2 vias – NF: Válvula de controle e distribuição do ar, que permite
orientar ou interromper o fluxo de ar. O modelo adotado possui três orifícios de trabalho e
duas posições de comando, sendo uma entrada de ar, um escape e uma utilização normal.
Utilizou-se um modelo com as seguintes características:
3 vias de trabalho;
2 posições de comando;
Posição normal fechada (NF);
Acionamento por botão pulsador liso;
Reposicionamento por mola;
Pressão de trabalho: de -0,95 a +8 bar;
Vazão nominal: 80 lpm;
Conexões de engate rápido tipo quick star, para tubos flexíveis;
57
Montada sobre base de fixação rápida no tampo do painel, sem o uso de ferramentas.
3.6 Protótipo
Após o orçamento realizado, decidiu-se fabricar o protótipo para que o mesmo fosse
testado, porém optou-se apenas por fabricar as peças e os itens comerciais como válvulas e
conectores, foram emprestados pela universidade reduzindo custos de compra
desnecessários.
Com o protótipo em mãos foram executados alguns testes como pesagem da
ferramenta, facilidade de manuseio, posição de trabalho, eficiência e custo benefício, que
serão apresentados no próximo capítulo deste trabalho.
60
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
5 CONCLUSÃO
6 MELHORIAS PROPOSTAS
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BECKER, A. C., Mauri, A., Muffo, F. A., Pinto, J. B. B., Nascimento, L. A. do, Santos,
L. F. dos, Arán, M. R., Santos, M. R. S. dos, Ebbesen, P. C., Missiaggia, R. R., Misturini, R.,
Costa, S. X. da. “Manual Básico de Segurança em Prensas e Similares”, FIERGS –
Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, Conselho de Relações do Trabalho
e Previdência Social, Grupo de Gestão do Ambiente de Trabalho, Porto Alegre, Rio Grande
do Sul, Brasil, 2006.
CHIAVIRINI, Vicente. Aços e ferros fundidos. 7. ed. São Paulo: ABM, 2005.
8 APÊNDICE A