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ARABELA ARAÚJO FERREIRA

A ARMA LETAL DO LEÃO:

NINGUÉM FICARÁ FORA DO ‘LEÃO DIGITAL’

(Gilmara Santos) – DCI/SP – 25/04/2014

Trabalho Acadêmico apresentado para a


disciplina de Técnicas de Pesquisa em
Contabilidade, pelo Curso de Ciências
Contábeis da Universidade Federal do Rio
Grande – FURG

Profª Daniele Mendes Caldas Antunes

Rio Grande

2014
O artigo Ninguém ficará fora do ‘Leão Digital’ (Gilmara Santos – DCI/SP –
25/04/2014) tem circulado pela internet e é encontrado em quase todos os sites de
contabilidade. Ele apresenta, de forma clara, as grandes mudanças que ocorrerão com a
implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED).
O SPED obrigará todas as instituições imunes de recolhimento de impostos e
contribuições sociais (igrejas, partidos políticos e suas fundações, entidades sindicais,
instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos) e as instituições isentas
(filantrópicas, de recreação, culturais e científicas e as associações civis sem fins lucrativos) a
apresentar anualmente a Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica
(DIPJ) pelo sistema on-line a partir de fatos geradores de 2014. Desse modo o governo poderá
fiscalizar mais precisamente essas instituições, realizando o cruzamento das informações da
DIPJ com as informações de seus contribuintes e prestadores de serviços a fim de verificar se
há algum tipo de irregularidade que não satisfaça as condições exigidas na legislação, o que
poderá acarretar a suspensão da isenção ou imunidade.
O artigo também aborda a questão delicada de obrigar o produtor rural, pessoa física, a
adaptar-se ao novo sistema já que ele não está preparado para essa nova situação e onde a mão
de obra em tecnologia é escassa e as operações mercantis são informais.
No campo das relações trabalhistas o texto informa que o projeto visa reduzir a
burocracia tornando a relação Empregador-Estado-Empregado mais transparente. Embora as
regras a respeito das adequações das empresas de diversos portes ainda não estejam claras, o
novo sistema terá impacto positivo no combate às práticas irregulares.
Outro fato abordado é o que trata da preocupação das empresas em conciliar as
informações de todos os seus departamentos uma vez que, na maioria delas, os sistemas
internos de apuração são muito falhos. Outra preocupação é com os dados dos trabalhadores
que o eSocial exige que estejam atualizados.
Os prazos informados para utilização do SPED são: a partir de abril para o produtor
rural pessoa física e segurado especial; a partir de junho para as empresas tributadas pelo
lucro real; a partir de novembro para as empresas tributadas pelo lucro presumido, entidades
imunes e isentas, optantes pelo regime especial unificado de arrecadação de tributos e
empresas de pequeno porte e microempresas optantes pelo SuperSimples, Micro
Empreendedor Individual (MEI) e contribuinte individual equiparado à empresa; a partir de
janeiro de 2015 os órgãos da administração direta (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios), bem como suas autarquias e fundações.
A autora explica que a implantação do SPED, além de gerar custos para as empresas,
exigirá que elas possuam ou contratem pessoal capacitado. É aí que entra o Profissional da
Contabilidade que representa um papel importante nesse processo. A dificuldade será a de
deparar-se com trabalho extra e custo adicional com treinamento e capacitação.
Segundo o texto, os maiores impactos na implantação do SPED serão sobre as
pequenas e micro empresas que, além de não possuírem sistema de gestão e controle interno,
também não possuem recursos suficientes. Isso sem contar que, em muitas cidades do país
ainda não existe banda larga e as transferências de arquivos serão feitas através de internet
discada.
Outro impacto citado e que preocupa os Profissionais da Contabilidade é com os
pequenos escritórios de contabilidade que têm visto o SPED negativamente, pois, por não
possuírem investimentos em tecnologia, serão obrigados a fechar as portas. Segundo o artigo,
essa é uma boa oportunidade para os bons profissionais que serão cada vez mais requisitados.
O artigo é enriquecido com opiniões dos mais diversos profissionais tais como Sérgio
Approbato Machado Júnior (presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e
das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado de São Paulo
– SESCON-SP); José Alberto Maia (auditor fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego);
Cláudio Filippi (presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo –
CRC-SP); Jair Gomes de Araújo (presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo –
SINDCONT-SP) e outros.
Ninguém ficará fora do 'Leão digital'

O Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) visa fechar o cerco a todo e qualquer tipo de
informação incorreta que pode ser prestada ao Fisco.
Neste sentido, nem mesmo as entidades imunes e isentas de recolhimento de impostos e
contribuições sociais vão ficar de fora desses processos eletrônicos em andamento no País.
As instituições imunes são aquelas desobrigadas do recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa
Jurídica (IRPJ). Enquadram-se nessa condição todos os templos de culto religioso, os partidos
políticos e suas fundações e as entidades sindicais, instituições de educação e de assistência social
sem fins lucrativos.
Já as isentas total ou parcialmente do recolhimento do IRPJ e da Contribuição Social Sobre o Lucro
Líquido (CSLL) são as entidades filantrópicas, recreativas, culturais e científicas, assim como as
associações civis sem fins lucrativos.
O que as instituições imunes e isentas têm em comum é que ambas estão obrigadas a não
remunerar seus dirigentes, ter todos os seus recursos destinados à manutenção e ao
desenvolvimento dos seus objetivos sociais, manter suas receitas e despesas registradas em livros,
conservar por cinco anos — contados a partir da data de sua emissão — os documentos que
comprovem a origem de suas receitas e de suas despesas. E apresentar, anualmente, a Declaração
de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ).
Como uma das exceções, as pessoas jurídicas imunes e isentas do Imposto de Renda, cuja soma
dos valores mensais do PIS e da COFINS apurada seja igual ou inferior a R$ 10 mil, estão
dispensadas da apresentação da EFD/Contribuições. Em algumas modalidades do Sped, entretanto,
como o Sped Contábil, as pessoas jurídicas imunes e isentas terão a obrigação de entregar as
informações pelo sistema on-line a partir de fatos geradores de 2014.
“Percebe-se que, nessa linha de fiscalização e fechamento do cerco pela Receita Federal do Brasil, a
fiscalização está se atentando, inclusive, às entidades imunes e isentas no sentido de realizar os
cruzamentos entre informações de contribuintes que se relacionam comercialmente com as entidades
ou que prestam algum serviço para as mesmas”, explica o consultor tributário do escritório JCMB
Advogados Associados, Alessandro Machado.
Isso tudo é importante, porque, caso a Receita Federal fique em dúvida quanto aos valores
declarados ou constate que há irregularidades, é provável que a instituição perca o caráter de
isenção ou imunidade.

Produtor rural
Além disso, o produtor rural pessoa física também terá que se adaptar às novas determinações
fiscais. Isso porque, a primeira fase de implementação do eSocial (projeto do governo federal que vai
unificar o envio de informações pelo empregador sobre seus empregados) traz justamente a
obrigatoriedade de adaptação para esse grupo de contribuinte e para o segurado especial.
“É um absurdo colocar de cara o produtor rural para atender às novas exigências. O pequeno
produtor rural está preocupado com a chuva, ou a falta dela, e não se ele está preparado para essa
nova situação”, destaca o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das
Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon-
SP), Sérgio Approbato Machado Júnior.
“A tecnologia está presente hoje em todas as atividades de uma empresa. Certamente as
companhias instaladas em grandes centros terão menos dificuldades em atender normas do Sped”,
diz o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos. “O problema está fora dos
grandes centros, ou seja, no interior do Brasil, onde a mão de obra na área de tecnologia é mais
escassa e também há mais informalidade nas operações mercantis”, pondera Domingos.

Transparência nas relações trabalhistas


Mais uma etapa do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) entra em vigor nos próximos
meses. Trata-se do eSocial, que vai unificar a base de recebimento de dados trabalhistas,
previdenciários e tributários, permitindo o cruzamento de dados, bem como a eliminação gradual de
inúmeras obrigações acessórias atreladas à contratação de colaboradores, sejam estes com vínculo
empregatício ou não.
A comunicação dessas informações será feita entre empresas e órgãos e entidades do governo
federal, entre eles Caixa Econômica Federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério
da Previdência Social (MPS), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Receita Federal do Brasil.
Se por um lado o projeto do governo federal vai contribuir para reduzir a burocracia e tornar a relação
entre empregador, governo e trabalhador mais transparente, por outro, muitas empresas,
especialmente as de menor porte, não estão preparadas para atender às novas demandas do Fisco e
torcem para que haja uma prorrogação de prazo.
“O prazo foi escalonado, mas ainda não saiu portaria, por isso, estamos trabalhando com o prazo de
janeiro para as micro e pequenas empresas”, afirma José Alberto Maia, auditor fiscal do Ministério do
Trabalho e Emprego. Pelo cronograma atual, essas empresas deveriam atender às novas exigências
fiscais a partir de novembro.
Uma das principais queixas dos contribuintes é que as regras a respeito da adequação ainda não são
claras. “As empresas têm que fazer a validação de alguns dados, mas essa qualificação ainda
depende de liberação do Fisco”, explica Angela Rachid, gerente de produtos da ADP Brasil. A
expectativa é que em breve isso seja resolvido.
“O próprio manual do sistema no site do eSocial ainda está em fase de elaboração”, observa o
advogado Eduardo Maximo Patrício, do escritório GMP Advogados, ao considerar que, a longo prazo,
ocorrerá diminuição da burocracia no cumprimento das normas trabalhistas, principalmente com a
eliminação de papel e a unificação de banco de dados.
De fato, uma das principais mudanças do eSocial está justamente na quantidade de informações
trabalhistas que as empresas têm que prestar à administração pública, bem como na eliminação de
parte da burocracia no cumprimento das normas trabalhistas, principalmente no que diz respeito a
preenchimento de formulários e papéis. Hoje a mesma informação é encaminhada para diversos
órgãos, mas, com o novo sistema, a tendência é que não haja mais necessidade de duplicidade de
prestação de contas.
Angela Rachid concorda que o sistema terá impacto positivo no combate às práticas irregulares. “As
empresas vão ter que se preocupar mais em arrumar os seus processos internos. Este sistema não
vai ser positivo para quem vive na irregularidade”, comenta, estimando que vai levar cerca de dois
anos para que o eSocial esteja totalmente estabilizado. “Daqui a dois ou três anos, a relação entre
empresa, trabalhador e governo terá uma nova cara”, destaca a representante da ADP Brasil.

Preocupação
“Mas há uma preocupação das empresas quanto à prestação de informações conciliadas.
Considerando que o eSocial abrange informações sobre folha de pagamento e obrigações
trabalhistas, previdenciárias e fiscais, vários departamentos das empresas, como RH, contabilidade,
fiscal, etc., serão requisitados a produzir informações que, em muitos casos, não são conciliadas por
falha de sistemas internos de apuração”, alerta a advogada Cintia Ladoani Bertolo, do escritório
Bergamini Collucci Advogados.
Outro fato que traz preocupação é que, com o eSocial, todas as informações sobre os trabalhadores
devem estar atualizadas. Porém há uma grande parte de contribuintes com problemas de cadastro e
é preciso acertar esses dados antes de ser empregado. “A Previdência Social, a Receita Federal e o
INSS estão preparados para atender a esses milhões de trabalhadores num prazo curto?”, questiona
Márcio Massao Shimomoto, sócio-diretor da King Contabilidade.

Cronograma
O prazo começa em abril e vale para produtor rural pessoa física e segurado especial. Na sequência,
em junho, devem se adaptar às novas regras empresas tributadas pelo lucro real. Em novembro é a
vez das empresas tributadas pelo lucro presumido, entidades imunes e isentas, optantes pelo regime
especial unificado de arrecadação de tributos e empresas de pequeno porte e microempresas
optantes pelo Supersimples, Micro empreendedor Individual (MEI), contribuinte individual equiparado
à empresa; e em janeiro de 2015 os órgãos da administração direta (União, estados, Distrito Federal
e municípios), bem como suas autarquias e fundações.

Sped exige investimento em capacitação


Boa parte das etapas do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) já está em vigor, mas muitas
empresas ainda têm grande dificuldade em se adaptar às novidades. Primeiro porque não há regras
claras para todos os processos, depois porque o custo para a implementação das mudanças é alto e
muitas empresas, principalmente as pequenas, não dispõem de caixa suficiente para adquirir ou fazer
as adaptações necessárias em seus sistemas. Sem contar que, muitas vezes, firmas de menor porte
nem têm equipes específicas em suas estruturas para cuidar dessa área.
Neste cenário, os contadores aparecem como importantes aliados dos empresários e têm papel de
destaque na implementação de todas as fases do sistema, especialmente para as micro e pequenas
empresas, já que muitas delas dependem desses profissionais para cumprir as obrigações com o
Fisco.
“O Sped é um projeto feito para os contribuintes e, como nós, contabilistas e contadores, atendemos
90% dos contribuintes, temos papel muito importante em todo este processo”, afirma o presidente do
Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias,
Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon-SP), Sérgio Approbato Machado Júnior.
O auditor Claudio Filippi, presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo
(CRC-SP) e sócio da PricewaterhouseCoopers, ressalta que o profissional da contabilidade tem a
expertise e conhecimentos necessários à implantação e monitoramento das informações que serão
disponibilizadas. “O conhecimento profissional é necessário para atender às novas exigências do
Fisco”, destaca.
No entanto, é bom não esquecer que, mesmo contando com o apoio do contador, a obrigação de
atender às determinações impostas pelo Fisco é do contribuinte, lembra Filippi. “Caso ocorra algum
atraso ou divergência de informação, são as próprias empresas que podem ser penalizadas”,
completa.

Qualificação
Os profissionais da contabilidade, cientes do papel nas várias etapas desse processo, estão
buscando conhecimento, capacitação no uso dos sistemas e na melhoria dos equipamentos para se
adequarem às mudanças. “O profissional da contabilidade deve investir em capacitação e
conhecimento, necessidade que sempre existiu em sua trajetória profissional”, destaca o presidente
do CRC-SP.
“A implantação do Sped representa muitos ganhos, em termos de redução de burocracia e agilidade
nos procedimentos, mas sua efetivação vai impactar a atividade dos contabilistas, especialmente os
que atuam nas pequenas empresas. Portanto, é necessário que os profissionais estejam qualificados
para esse novo cenário da contabilidade no Brasil”, afirma Jair Gomes de Araújo, presidente do
Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont-SP).
O fato é que, mesmo sem ter todas as suas fases implementadas, o Sped já traz grande
preocupação, principalmente aos pequenos empreendedores, e trabalho extra para os contabilistas.
Algumas empresas que não têm o sistema de nota fiscal implantado, por exemplo, já recorrem a
esses profissionais para fazer o lançamento dos seus documentos fiscais. E com a entrada em vigor
do eSocial, o trabalho dos contabilistas tende a aumentar ainda mais.
“Com a implementação do eSocial, serão 2.450 campos de registro para cada item de funcionário que
precisam ser preenchidos”, explica o presidente do Sescon-SP. “Num primeiro momento do Sped, o
trabalho desses profissionais será maior”, esclarece o representante do CRC-SP.
Todos estes procedimentos representam custo adicional para esses prestadores de serviços, que
nem sempre pode ser repassado para os clientes. O representante do Sescon-SP esclarece que não
há como contabilizar os custos extras que as empresas de contabilidade terão para se adaptarem às
novas regras. “Mas há um custo de investimento em profissionais para se atualizarem e também nos
sistemas”, garante.

Impacto
As mudanças no sistema de prestação de contas ao Fisco têm se refletido de forma negativa,
especialmente nos pequenos escritórios de contabilidade, segundo Approbato. Ele conta que já há
casos de profissionais de contabilidade que estão deixando o mercado de trabalho por não
conseguirem se adaptar às novas regras. Isso ocorre, entre outros motivos, porque há necessidade
de altos investimentos em reciclagem profissional e em tecnologia, o que nem sempre as pequenas
empresas podem suportar. “Tem pequenas empresas de contabilidade que estão fechando os seus
escritórios e negociando suas carteiras de clientes”, afirma o presidente do Sescon-SP. Além disso,
ele conta que os bons profissionais que ainda estão no mercado são cada vez mais requisitados.
Para ele, o conceito do Sped é interessante, mas a forma como foi implementado está causando
impacto negativo no dia a dia das empresas e, consequentemente, no trabalho dos profissionais da
contabilidade. “O governo não divulgou como isso vai mudar a vida das empresas e faltou também
sensibilidade para oferecer uma linha de crédito para melhorar ou trocar o sistema de gestão e de
controle interno das empresas”, considera Approbato.
“Cada empresa terá a sua realidade, de acordo com seu atual nível de sistema e equipamentos
disponíveis e, dependendo desse nível, o investimento não será pequeno”, considera o presidente do
CRC-SP.
Approbato afirma ainda que faltou consulta, por parte do governo, às pequenas empresas – as que
enfrentam maior dificuldade para se adequar às mudanças. E lembra que apenas as grandes
companhias participaram dos projetos-pilotos para implementação do sistema.
Na avaliação do presidente do Sescon-SP, a questão da infraestrutura é outro empecilho para a
implementação efetiva do sistema. “Em algumas cidades ainda não há acesso à banda larga e os
arquivos são transmitidos por meio de internet discada. Há casos de profissionais que ficam durante a
madrugada tentando enviar os arquivos, porque na hora de mandar, com tudo pronto, a internet
trava”, diz Approbato.

Artigo de Gilmara Santos (DCI - Diário Comércio Indústria e Serviços – SP - 25/02/2014)


Extraído do site http://www.dci.com.br/

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