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Universidade de Uberaba – UNIUBE

Engenharia Química

Disciplina: Operações Unitárias II

EVAPORAÇÃO

Data da realização do experimento: 13/09/2011

Turma: 22 Professor Responsável: José Roberto Delalibera.


Finzer
Aluno: Danilo Moraes Braga

Aluno: Gilmar da Veiga Pereira

Aluno: Marina Sayuri Kashiwabara

Aluno: Tarcísio De Castro Melo

Uberaba – MG
2011
INTRODUÇÃO

O processo de fabricação de sacarose, açúcar de cana-de-açúcar, inicia-


se com a limpeza dos colmos seguindo-se a moagem. O caldo obtido é
clarificado e concentrado por evaporação, depois ocorre o cozimento,
cristalização secagem e embalagem. A evaporação é utilizada para aumentar a
concentração de sacarose. O caldo é concentrado de 14-17 ºBrix até 55-70º
Brix e obtém-se um produto denominado xarope. Grau brix consiste no
conteúdo de sólidos no caldo ou no xarope.

Figura 1: Fluxograma simplificado de uma usina de fabricação de açúcar.

Normalmente, o valor do produto é concentrado líquido a evaporar,


enquanto o vapor é condensado e descartado. No entanto, em alguns casos
concretos, pode ocorrer o contrário. Água potável, muitas vezes evapora para
obter um produto sólido livre de caldeiras geradoras de energia para
necessidades especiais ou processos para consumo humano.
Esta técnica é muitas vezes conhecida pelo nome de destilação de água,
mas é na realidade da evaporação. Processos foram desenvolvidos para
evaporação em grandes escalas utilizada para a recuperação de água potável
da água do mar. Neste caso, a água condensada é o produto desejado.
Apenas recuperados uma fração da água contida nos alimentos, enquanto o
restante é retornado ao mar.
O objetivo da evaporação é concentrar uma solução que consiste de um
soluto não-volátil e um solvente volátil. Na maioria das evaporações, o solvente
é a água. A evaporação é feita por uma porção de vaporização, e um solvente
para produzir uma solução concentrada.
A evaporação difere de resíduo seco. Esta se trata de um líquido, em vez
de um sólido, difere da destilação à vapor que tem geralmente um único
componente, e mesmo quando é uma mistura de vapor, a evaporação não se
destina a frações de vapor separado. Diferente da cristalização o seu interesse
reside concentrando-se uma solução e não em forma, e obter cristais.
Em certas situações, por exemplo, na evaporação de salmoura para
produzir o sal, a separação entre a evaporação e a cristalização está longe de
ser clara. Às vezes, a evaporação produz uma suspensão de cristais em um
licor mãe saturada.
Na construção de evaporadores o fator mais importante é a transferência
de calor, pois a superfície de aquecimento representa a maior parte do seu
custo. Igualmente, o tipo de evaporador selecionado deve ter o mais alto
coeficiente de transferência de calor sobre condições operacionais desejadas
em termos de J/s×K (corrente térmica britânica unidades por hora por grau
Fahrenheit) por dólar de custo instalado.
Quando é exigido potencia para induzir uma circulação além da
superfície de aquecimento, o coeficiente de troca térmica deve ser mais alto
para compensar o custo de energia para circulação.
A transferência de calor do vapor condensante para solução é expressa
por: q = U A DT.
OBJETIVOS

1- Realizar uma evaporação na pressão atmosférica.

2- Quantificar o Brix de soluções com o sacarímetro.e ou refratômetro

3- Efetuar um balanço de massa.

4- Avaliar o comportamento do meio de evaporação durante o processo.


MATERIAIS E REAGENTES

Balão de três bocas

Termômetro

Rolha

Aquecedor de manta

Suporte Universal

Balança analítica de 1000g.

Sacarose (açúcar).

Água destilada.

Condensador.

Béquers.
MÉTODOS

1) Encontrou-se a massa do balão de três bocas vazio.

2) Colocou-se no balão de três bocas, 301,722g de uma solução (água e

sacarose) com 12° Brix.

3) Quantificou-se o Brix do caldo com um sacarímetro.

4)Pesou-se a massa de açúcar dentro do balão de três bocas.

5) Adicionou-se a mistura em um becker.

6) Realizou-se a evaporação até que cerca de 10% do conteúdo do caldo seja

evaporado.

Figura 2: Instalação experimental de evaporação.

7) Mediu-se o Brix dos sólidos após a evaporação.

8) Comparou-se o valor obtido por balanço de massa com o quantificado com o

sacarímetro ou medida do refratômetro.

9) Calculou-se pelo balanço de massa a quantidade de água que foi

evaporada.
DADOS E CÁLCULOS EXPERIMENTAIS

M sac = 300g solução x 0,12 brix

M sac = 36 g

Massa do balão de três bocas vazio = 204,758g

Pesou-se 36 g de sacarose dentro do balão de três bocas.

Massa do balão + água + sacarose = 506,480 g

505,480g – 204,758g = 301,722g, massa da solução.

301,722g – 36g = 265,722g, massa de água.

Brix = 36g / 301,722g = 11,93 B

Tinha-se :

M0 Brix0 = M1 Briz1

301,722gsolução x (11,93/100)gsac/gsolução = 36 g sacarose.

Balão após aquecimento a 102°C:

481,45g – 204,758g = 276,692 g de solução.

Brix após aquecimento = 36g / 276,92 x 100 = 13,1 Brix.

Balanço de Massa para quantificar a quantidade de água evaporada:

265,722 x 11,93 = Y x 13,1

Y = 241,989 g

Água evaporada = 265,722g – 241,989g

Água evaporada = 23,733g.


CONCLUSÃO

A evaporação é uma das operações unitárias mais utilizadas na indústria


química e de alimentos. O meio de aquecimento normalmente utilizado é
o vapor d’água, que, ao passar pelo trocador, passa ao estado líquido cedendo
o seu calor de condensação para a solução que então entra em ebulição.
Existem infinidades de tipos de evaporadores sendo que a escolha do
tipo adequado para a realização de uma determinada tarefa depende das
condições e das características da solução a concentrar como também das
características que se deseja para o produto final.
A temperatura do caldo durante a evaporação foi mantida por volta dos
102°C. O Brix encontrado foi de 13,1, esse valor deveria ter sido 12° Brix, essa
pequena diferença se deve a pequenos erros nas medições, e possivelmente
durante a evaporação. Através do balanço de massa foi possível determinar a
quantidade de água evaporada, que foi de 23,733g.
REFERÊNCIAS

MCCABE, W. L.; SMITH, J. C.; HARRIOTT, P. Unit Operations of chemical

engineering. 7. ed. [S.l.]: Mcgraw-Hill, 2005.

BLACKADDER, D. A.; NEDDERMAN, R. M. Manual de Operações Unitárias.

São Paulo:Ed. Hemus. 2004. 276 P.

HUGOT, E. Handbook of cane sugar engineering. 3rd ed. Amsterdan:

Elsevier, 1986.1166 p.

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