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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

COMPLEXO DO HOSPITAL DE CLÍNICAS


SERVIÇO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA E ONCO-HEMATOLOGIA
SERVIÇO DE PSICOLOGIA
PROGRAMA DE RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO
HOSPITALAR

1
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DOS SERVIÇOS DE
TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA E DE ONCO-HEMATOLOGIA DO COMPLEXO
HC DA UFPR

Atividades realizadas no Serviço de Transplante de Medula Óssea


e na Unidade de Quimioterapia de Alto Risco

CURITIBA
2016

1
Elaborado em Dezembro de 2010. Complementado em Agosto de 2014 e novamente em Fevereiro de 2016.
Maribel Pelaez Dóro

"MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DOS SERVIÇOS DE TRANSPLANTE DE


MEDULA ÓSSEA E DE ONCO-HEMATOLOGIA DO COMPLEXO HC DA UFPR"

1a Edição

Curitiba, Paraná
Complexo HC da UFPR
2016
Universidade Federal do Paraná

Complexo Hospital de Clínicas

Gerência de Ensino e Pesquisa


Programa de Residência Multiprofissional/Psicologia

Unidade Multiprofissional
Unidade de TMO, Oncologia e Hematologia - UTOH

Organizadora: Maribel Pelaez Dóro

Coordenadora do Programa da Psicologia do STMO e da Onco-Hematologia


Psicóloga Preceptora e Tutora de Psicologia do Programa Residência Multiprofissional na área Onco-Hematologia do Complexo
HC/UFPR:

Psicª Drª Maribel Pelaez Dóro

Partícipes da Organização do Manual e Residentes Multiprofissionais da área Onco-Hematologia em Psicologia:

Psicª Aline Cristina Antonechen - Residente de Psicologia nos anos de 2013-2015.

Psicª Iris Miyake Okumura - Residente de Psicologia nos anos de 2014-2016.

Psicª Núbia Rafaela Coletto dos Santos - Residente de Psicologia nos anos de 2014-2016.

Psicª. Bárbara Luckow Leviski - Residente de Psicologia nos anos de 2015-2017.

Psicª Keila Zampirom - Residente de Psicologia nos anos de 2015-2017.

Manual do Programa de Psicologia dos Serviços de Transplante de Medula Óssea e de Onco-Hematologia


do Complexo HC da UFPR – Curitiba: Complexo HC/UFPR, 2016.

Primeira edição: 2016

ISBN: 978-85-89411-06-6

O Manual do Programa de Psicologia dos Serviços de Transplante de Medula Óssea e de Onco-Hematologia do Complexo
HC da UFPR – Curitiba Complexo HC/UFPR, foi produzido mediante a necessidade de uma formalização e padronização do labor
diário da Psicologia Clínica, no campo da Pesquisa, Ensino e Assistência, no contexto de Serviços de alta morbidade e mortalidade.
Com esta publicação e transmissão tem-se uma possibilidade de compartilhar um programa implantado e sustentado na teoria da
Psicologia Analítica em articulação com a prática clínica e multiprofissional, no fomento da qualificação do cuidado integral ao
Paciente, Familiar Cuidador e Doador. Este Manual apresenta um programa com observações, objetivos traçados, planejamentos,
metodologias, mensurações, implantações e replicações anuais. Cientes de que ulteriores revisões devem ocorrer para adicionar
melhorias, quer seja, nesta instituição ou em outros contextos hospitalares e programas de residências que primem pelo conhecimento
técnico-científico e que também almejem contribuir para a formação de condutas éticas, senso crítico, raciocínio clínico e atitudes
que agreguem todos aqueles que estão envoltos ou sob um treinamento da especificidade da profissão, na área da Onco-Hematologia
e do Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas.

Protegido por leis de direito autoral. Utilizá-lo desde que citada a fonte. Não o copiar integralmente. Não o utilizar para fins
comerciais. Não o modificar.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
COMPLEXO DO HOSPITAL DE CLÍNICAS
UNIDADE DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA E ONCO-HEMATOLOGIA
SERVIÇO DE PSICOLOGIA
PROGRAMA DE RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO
HOSPITALAR

MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DOS SERVIÇOS DE TRANSPLANTE


DE MEDULA ÓSSEA E DE ONCO-HEMATOLOGIA DO COMPLEXO HC DA UFPR

Atividades realizadas no Programa de Transplante de Medula Óssea (STMO)


e na Unidade de Quimioterapia de Alto Risco (QTAR)

Psicóloga Preceptora e Tutora do Programa de


Psic. Dr.ª Maribel Pelaez Dóro
Residência Multiprofissional

Psicóloga do Hospital de Clínicas da


Universidade de São Paulo Psic. Aline Cristina Antonechen
Residente de Psicologia nos anos de 2013-2015.

Residente de Psicologia nos anos de 2014-2016. Psic. Iris Miyake Okumura

Residente de Psicologia nos anos de 2014-2016. Psic. Núbia Rafaela Coletto dos Santos

Residente de Psicologia nos anos de 2015-2017. Psic. Bárbara Luckow Leviski

Residente de Psicologia nos anos de 2015-2017. Psic. Keila Zampirom

CURITIBA
2016
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 3

FINALIDADE DO PRESENTE MANUAL

Apresentar para a Comunidade Interna e Externa do CHC-UFPR um Programa com


as Atividades realizadas por Psicólogas no Serviço de Transplante de Medula Óssea
(STMO) e Unidade de Quimioterapia de Alto Risco (QTAR) do CHC-UFPR;

Disponibilizar um modelo de aprendizado prático da psicologia clínica integrada


com as atividades de tutoria, preceptoria e residência em parceria com o PRIMAH e
a equipe multiprofissional da área do STMO e da Onco-Hematologia do CHC-
UFPR, para que outros programas de residência multiprofissional de outras
instituições possam ter como ponto de apoio e referência em termos de implantação
sustentável;

Transmitir a experiência da prática clínica no contexto do transplante e da área onco-


hematologia desenvolvida pela psicologia para motivar outros programas que
almejem parâmetros operacionais associados a fundamentação teórica, como
contribuição para a assistência, ensino e pesquisa;

Apresentar um Programa da Psicologia Clínica na área Onco-Hematologia e no


Contexto do STMO em parceria com o PRIMAH. Este, tem o intuito de formar
profissionais preparados com rigor científico e tecnológico em suas áreas de atuação
clínica, de forma articulada com os demais profissionais de saúde e comprometidos
com a atenção integral à saúde do indivíduo hospitalizado;
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 4

LISTA DE SIGLAS

Anemia de Fanconi – AF
Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia – APACN
Comitê de Ética e Pesquisa - CEP
Connor-Davidson Resilience Scale - CD-RISC -10
Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro – DECH
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH
Escala Visual Analógica - EVA
European Quality of Life Group – 5 Dimension – EQ-5D
European Organization Research and Treatment for Cancer Quality Of Life – EORTC QLQ-30
Fatigue: The Functional Assessment of Chronic Illness Therapy - FACIT
Leucemia Mieloide Crônica – LMC
Montreal Cognitive Assessment – MoCA
Montreal Cognitive Assessment – version B – MoCA-B
Não Aparentado - NAP
Pediatric Quality of Life InventoryTM (PedsQLTM 4.0) – PEDSQL
Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Atenção Hospitalar – PRIMAH
Patient-Reported Outcomes in MYelodysplastic Syndromes - PROMYs
Psicologia Analítica – PA
Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal – QASCI
Questionário sobre a Saúde do/a Paciente (PHQ-9)
Quimioterapia de Alto Risco - QTAR
Registro Geral do Complexo Hospital de Clinicas – RH-CHC
Sistema de Informações Hospitalares - SIH
Síndrome Mielodisplásica – SMD
Serviço de Transplante de Medula Óssea – STMO
Trabalho de Conclusão de Residência - TCR
Termo de Assentimento Livre e Esclarecido - TALE
Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas – TCTH
Transtorno Geral de Ansiedade (GAD-7)
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE
Unidade de Pronto Atendimento – UPA
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 5

Unidade Multiprofissional - UNIMULT


World Health Organization Quality of Life - WHOQOL
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 6

SUMÁRIO

FINALIDADE DO PRESENTE MANUAL........................................................................................3


LISTA DE SIGLAS.............................................................................................................................4
APRESENTAÇÃO DO SERVIÇO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA ........................... 9
APRESENTAÇÃO DO SERVIÇO DE HEMATO-ONCOLOGIA .................................................. 11
APRESENTAÇÃO DA RESIDÊNCIA............................................................................................. 12
APRESENTAÇÃO DA PSICOLOGIA: ........................................................................................... 14
Contribuição da Psicologia Analítica no Contexto do STMO e da Onco-Hemato ............................ 14
APRESENTAÇÃO DA PSICOLOGIA: ........................................................................................... 30
Publicações dos últimos anos como contribuição da Psicologia no Contexto do STMO e da Onco-
Hematologia ....................................................................................................................................... 30
UNIDADE 1 – SERVIÇO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA: AMBULATÓRIO (SAM
15) ...................................................................................................................................................... 42
1 O AMBULATÓRIO .................................................................................................................. 43
1.1 ESTRUTURA FÍSICA ............................................................................................. 43
1.1.1 Consultório do Serviço de Psicologia ................................................................. 43
1.1.2 Banheiro para funcionários .............................................................................................. 43
1.1.3 Copa .................................................................................................................... 44
1.2 ROTINA ................................................................................................................... 44
1.2.1 Rotina Ambulatorial – Paciente Adulto ............................................................. 44
1.2.2 Rotina ambulatorial – Paciente Adolescente e Pediátrico .................................. 45
1.2.3 Hospital-Dia ....................................................................................................... 45
1.2.4 Ambulatório de Pré-TMO (Adulto, Adolescente e Pediátrico) .......................... 46
1.2.5 Ambulatório de Pós-TMO .................................................................................. 47
1.2.6 Ambulatório de Leucemia Mieloide Crônica ..................................................... 47
1.2.7 Ambulatório de Síndrome Mielodisplásica ........................................................ 47
1.2.8 Ambulatório de “Hemato Benigna” (Doenças Não-neoplásicas)....................... 48
1.3 EQUIPE INTERDISCIPLINAR .............................................................................. 48
1.4 SERVIÇO DE PSICOLOGIA .................................................................................. 48
1.4.1 Atividades Realizadas: Assistência .................................................................... 48
1.4.2 Atividades Realizadas: Ensino ........................................................................... 50
1.4.3 Atividades Realizadas: Pesquisas ....................................................................... 50
1.5 BANCO DE DADOS DA PSICOLOGIA STMO/ONCO-HEMATO .................... 54
1.5.1 Registro de Pesquisas ......................................................................................... 54
1.5.2 Fichas .................................................................................................................. 55
1.5.3 Livro de Registro do Paciente ............................................................................ 56
1.5.4 Prontuário ........................................................................................................... 57
1.5.5 SIH ...................................................................................................................... 57
UNIDADE 2 – SERVIÇO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA: INTERNAMENTO (15º
ANDAR) ............................................................................................................................................ 60
2 A ENFERMARIA ...................................................................................................................... 61
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 7

2.1 ESTRUTURA FÍSICA ............................................................................................. 61


2.2 ROTINA ................................................................................................................... 61
2.2.1 Pacientes ............................................................................................................. 61
2.2.2 Equipe Interdisciplinar ....................................................................................... 62
2.2.3 Visitantes ............................................................................................................ 62
2.3 EQUIPE INTERDISCIPLINAR .............................................................................. 62
2.3.1 Discussões de caso ............................................................................................. 62
2.3.2 Reunião médica .................................................................................................. 62
2.3.3 Reunião interdisciplinar...................................................................................... 63
2.4 SERVIÇO DE PSICOLOGIA .................................................................................. 64
2.4.1 Atividades Realizadas: Assistência .................................................................... 64
2.4.2 Atividades Realizadas: Ensino ........................................................................... 67
2.4.3 Recursos Terapêuticos ao Paciente Pediátrico ................................................... 67
2.5 BANCO DE DADOS DA PSICOLOGIA STMO/Onco-Hemato ........................... 69
2.5.1 Fichas .................................................................................................................. 69
2.5.2 Livro de Registro do Paciente ............................................................................ 70
2.5.3 Sistema de Informação Hospitalar (SIH)............................................................ 71
UNIDADE 3 – ONCO-HEMATOLOGIA: AMBULATÓRIO (SAM 16) ....................................... 73
3 O AMBULATÓRIO .................................................................................................................. 74
3.1 ESTRUTURA FÍSICA ............................................................................................. 74
3.2 ROTINA ................................................................................................................... 75
3.2.1 Pacientes em Tratamento Quimioterápico .......................................................... 75
3.2.2 Ambulatório de Oncologia ................................................................................. 75
3.2.3 Ambulatório de Hemato Maligna (Doenças Neoplásicas) ................................. 76
3.3 EQUIPE INTERDISCIPLINAR .............................................................................. 76
3.3.1 Discussão de Casos e Pedido de Consulta: Formal e Informal .......................... 76
3.3.2 Grupo de Caráter Terapêutico ............................................................................ 77
3.4 SERVIÇO DE PSICOLOGIA .................................................................................. 78
3.4.1 Atividades realizadas: Assistência...................................................................... 78
3.4.2 Atividades realizadas: Ensino............................................................................. 83
3.5 REGISTRO DE DADOS ......................................................................................... 83
3.5.1 Registro no Prontuário ........................................................................................ 83
3.5.2 Registro no SIH .................................................................................................. 84
3.5.3 Livro de Registro do Paciente ............................................................................ 86
3.5.4 Banco de Dados da Psicologia STMO/Onco-Hematologia................................ 86
3.5.5 Arquivo ............................................................................................................... 86
UNIDADE 4 – ONCO-HEMATOLOGIA * QUIMIOTERAPIA DE ALTO RISCO:
ENFERMARIA (10º ANDAR).......................................................................................................... 87
4 A ENFERMARIA ...................................................................................................................... 88
4.1 ESTRUTURA FÍSICA ............................................................................................. 88
4.2 ROTINA ................................................................................................................... 88
4.2.1 Pacientes em Tratamento Quimioterápico .......................................................... 89
4.2.2 Pacientes em Fase de Neutropenia ..................................................................... 89
4.2.3 Pacientes Internados para Pequenos Procedimentos .......................................... 90
4.3 EQUIPE INTERDISCIPLINAR .............................................................................. 90
4.3.1 Discussão de Casos e Pedido de Consulta: Formal e Informal .......................... 90
4.3.2 Reunião clínica ................................................................................................... 90
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 8

4.4 SERVIÇO DE PSICOLOGIA .................................................................................. 90


4.4.1 Atividades realizadas: Assistência...................................................................... 90
4.4.2 Atividades Realizadas: Ensino ........................................................................... 95
4.5 REGISTRO DE DADOS ......................................................................................... 95
4.5.1 Livro de Registro do Paciente ............................................................................ 97
4.5.2 Banco de Dados da Psicologia STMO/Onco-Hematologia................................ 97
4.5.3 Arquivo ............................................................................................................. 100
5 DA CONFIGURAÇÃO SIMILAR PARA AS 4 UNIDADES COM ESPECIFICIDADE DA
PSICOLOGIA NA ÁREA ONCO-HEMATOLOGIA DO PROGRAMA DE RESIDENCIA –
PRIMAH .......................................................................................................................................... 101
5.1 REPASSE DA UNIDADE CLÍNICA PARA AS RESIDENTES EGRESSAS (R1)
102
5.2 SUPERVISÃO CLÍNICA E ORIENTAÇÃO ........................................................ 103
5.3 TUTORIAS ............................................................................................................ 103
5.4 PERÍODO DE FÉRIAS.......................................................................................... 104
5.5 PARTICIPAÇÃO EM CONGRESSOS ................................................................. 104
5.6 COMPARTILHAR INFORMAÇÕES DOS CONGRESSOS ............................... 104
5.7 PSICOTERAPIA DO RESIDENTE ...................................................................... 104
5.8 PRODUÇÃO GRÁFICA DOS PACIENTES DO STMO E SAM 15 ................... 105
5.9 PRODUÇÃO GRÁFICA DOS PACIENTES DO QTAR E SAM 16 ................... 105
5.10 ARMÁRIOS DA PSICOLOGIA ONCO-HEMATOLOGIA ............................ 105
5.11 SALAS INTERDISCIPLINARES ..................................................................... 105
5.12 VISITA PSICOLÓGICA SUPERVISIONADA ................................................ 105
5.13 PLANTÕES AOS SÁBADOS ........................................................................... 106
5.14 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE RESIDÊNCIA (TCR) ............................ 106
5.15 AULAS DO EIXO TRANSVERSAL ................................................................ 106
5.16 AULAS DO EIXO CONCENTRAÇÃO ............................................................ 107
5.17 AULAS DO EIXO DE ESPECÍFICO ................................................................ 107
5.18 GRUPO DE ESTUDOS DE PSICOLOGIA ANALÍTICA................................ 107
5.19 REUNIÃO TEÓRICA-CLÍNICA – PSICOLOGIA ........................................... 107
5.20 ESTÁGIO EXTERNO........................................................................................ 108
5.21 PORTFÓLIO ...................................................................................................... 108
5.22 DOCUMENTOS GERAIS ................................................................................. 108
5.23 REUNIÃO DOS RESIDENTES ONCO-HEMATOLOGIA ............................. 108
5.24 REUNIÃO PSICO-ONCOLOGIA ..................................................................... 108
CONTATOS DOS EMAILS DA COORDENAÇÃO E DOS COLABORADORES .................... 109
AGRADECIMENTOS..................................................................................................................... 110
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 9

APRESENTAÇÃO DO SERVIÇO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA

Em 1979 o Hospital de Clínicas de Curitiba-Paraná tornou-se o pioneiro no Brasil e até


mesmo na América Latina em transplante de medula óssea, tendo como mentores e organizadores
os pesquisadores Prof. Dr. Ricardo Pasquini e Prof. Dr. Eurípedes Ferreira ao realizarem o primeiro
transplante de medula óssea em um paciente com diagnóstico de Anemia Aplásica.
Os transplantes subsequentes apresentaram resultados significativos. Na sequência dos anos, o
conhecimento científico advindo de novas pesquisas viabilizaram outros tipos de fontes de células-
tronco hematopoéticas para a infusão. Assim, os transplantes de cordão umbilical e do sangue
periférico também passaram a fazer parte da rotina. Devido à diversificação da fonte celular, a
denominação do transplante de medula óssea refere-se especificamente ao transplante que tenha
como fonte celular a medula óssea mediante disto, uma nova terminologia foi inserida para
comportar todos os tipos de fontes, ou seja, a denominação do Transplante de Células-Tronco
Hematopoéticas, surgiu em decorrência da sua abrangência.
Em 1998, o Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas de Curitiba-
Paraná completou a realização de mil transplantes. Sendo que, desses, aproximadamente 60% são
sobreviventes. Em junho de 2007, esse serviço tinha registrado em seu banco de dados 1.803
transplantes realizados (DÓRO). Atualmente conta com aproximadamente 2600 transplantes
realizados. Apesar de todas as dificuldades pertinentes ao cenário de um hospital público, o Serviço
de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
conquistou um lugar de respeito científico, não só pela conduta ética, mas também pela produção de
conhecimentos científicos e resultados de sucesso em muitas das inúmeras intervenções aplicadas,
como exemplificação: a realização de transplantes em crianças que são diagnosticadas com doenças
metabólicas, com imunodeficiências e anemia de Fanconi. Este serviço tem um lugar no campo
científico, como centro de excelência.
O STMO-HC-UFPR não se limita a estas doenças, atividades e profissionais. A equipe é
multidisciplinar e interage não só no campo da assistência, mas também no ensino e pesquisa. Com
uma história de 36 anos de atividade ininterrupta, é uma referência nacional e internacionalmente.

Referências:
ALVES, A., REKSUA, VM.; DÓRO, MP. "O Cuidado Humanizado no Serviço de Transplante de Medula Óssea". Capítulo
5, páginas: 79-88. Livro: "Compêndio de Enfermagem em Transplante de Células Tronco Hematopoéticas: Rotinas e Procedimentos
em Cuidados Essenciais e em Complicações". Organização: Euza Tieme Toyonaga Ortega, Terezinha Keiko Kojo; Denise Helia de
Lima; Mirela Pezzini Veran. Maria Inês Neves. Editora Maio, 436p.; 27cm. Curitiba, PR. 2004.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 10

DÓRO MP, ZANIS-NETO J, CARVALHO D, PELAEZ JM, FUNKE VAM, PASQUINI R. (2014). Bone Marrow
Transplant Long-Term Survivors` Satisfaction with Quality of Life: Comparison with a Control Group. Open Journal of Medical
Psychology. ISSN Print: 2165-9370. ISSN Online: 2165-9389. DOI: 10.4236. Website: http://www.scirp.org/journal/ojmp

DÓRO, MP. "Vivência Emocional no Processo do Transplante de Células Tronco Hematopoéticas". Capítulo 6, páginas:
89-114. Livro: "Compêndio de Enfermagem em Transplante de Células Tronco Hematopoéticas: Rotinas e Procedimentos em
Cuidados Essenciais e em Complicações". Organização: Euza Tieme Toyonaga Ortega, Terezinha Keiko Kojo; Denise Helia de
Lima; Mirela Pezzini Veran. Maria Inês Neves. Editora Maio, 436p.; 27cm. Curitiba, PR. 2004.

DÓRO, MP. "Qualidade de Vida e Transplante de Células Tronco Hematopoéticas". Capítulo 21, páginas: 337-350. Livro:
"Compêndio de Enfermagem em Transplante de Células Tronco Hematopoéticas: Rotinas e Procedimentos em Cuidados Essenciais e
em Complicações". Organização: Euza Tieme Toyonaga Ortega, Terezinha Keiko Kojo; Denise Helia de Lima; Mirela Pezzini
Veran. Maria Inês Neves. Editora Maio, 436p.; 27cm. Curitiba, PR. 2004.

DÓRO MP, LOHR SS, PASQUINI R. (2003). "A Functional Assessment of Adolescents who were Recipients of Bone
Marrow Transplantation: A Prospective Study". Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. Brazilian Journal of Hematology
and Hemotherapy. Volume 25 (1): 5-15. ISSN 1516-8484. Janeiro/Março.

DÓRO, MP. "Transplante de Medula Óssea: Adesão ao Tratamento". Capítulo do Livro Psico-Oncologia: O Encontro da
Ciência com a Espiritualidade. Editora Livro Pleno Ltda. Campinas, SP. 62-65p. 184p. 2003.

DÓRO MP, PASQUINI R. (2000). "Transplante de Medula Óssea: uma Confluência Biopsicossocial". “Bone Marrow
Transplant: A Biological and Psychosocial Convergence”. Revista Interação do Departamento de Psicologia. Setor de Ciências
Humanas, Letras e Artes. Universidade Federal do Paraná. ISSN 1516-1854. Curitiba, PR. V. 4, P. 39 a 60, Jan./Dez.

FARIAS, M.N.; DÓRO, MP; MAJEWSKI, J.; SOUZA, JMC et al. Livreto (Gibi): “O Super Medula: a História de Natã
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Pfiffer. UHHO. UNIMULT. JODesign. Arte Gráfica e Visual Ltda. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná.
Curitiba, PR. maio de 2013.

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MEDEIROS LA, PASQUINI R. (2010). Anemia aplásica adquirida e anemia de Fanconi - Diretrizes Brasileiras em
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MORANDO J, MAUAD MA, FORTIER SC, PIAZERA FZ, SOUZA MP, OLIVEIRA C, MACHADO C, MATOS E,
AZEVEDO WM, RIBEIRO LL, NUNES EC, BITENCOURT MA, SETÚBAL DC, FUNKE VM, OLIVEIRA MM, MEDEIROS
LA, NABHAN SK, LOTH G, SOLA CBS, KOLISKI A, PASQUINI R, ZANIS-NETO J, COLTURATO VAR, BONFIM CMS.
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Editora Novo Atheneu.

SETUBAL, DC. & DÓRO, MP. "Transplante de Célula-Tronco Hematopoética: Visão Geral". Capítulo da segunda parte
do Livro: Temas em Psico-Oncologia. (páginas 172 a 186). Editora Summus da Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia - SBPO.
São Paulo, p. 645. 2008.

SPERANDIO, RC.; BITENCOURT, MA.; FRIEDRICH, ML.; DÓRO, MP.; CARVALHO, CG.; CAMPOS, MA.
“Momentos de Vida: Milésimo Transplante de Medula Óssea.” Curitiba, PR. 86p. 1998.

ZANONI AP, DÓRO MP, ZANIS-NETO J, BONFIM C. (2010). A percepção de adolescentes submetidos ao transplante de
células-tronco hematopoéticas em relação à própria hospitalização. Rev. SBPH [online]. vol.13, n.1 [citado 2016-05-14], pp. 136-
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ISSN 1516-0858.

ZANONI, AP; SANTOS, KC; DÓRO, MP.O Trabalho da Psicologia com Pacientes Pediátricos em um Serviço de
Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas: Considerações Junguianas. Capítulo 15 (257-275p.), do Livro: Jung e Saúde: Temas
Contemporâneos. Organizadores: Amorin, S & Bilotta, FA. ISBN: 978-85-8148-466-2. Jundiaí, SP. Paco Editorial. 348p. 2014.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 11

APRESENTAÇÃO DO SERVIÇO DE ONCO-HEMATOLOGIA

O ambulatório iniciou no quarto andar do Anexo B e permaneceu até 2009, quando foi
transferido para o quarto andar do Anexo H. A Unidade de Quimioterapia de Alto Risco situa-se no
10º andar, foi fundada em 1991 contando com 18 leitos. Tem como missão: ensino, pesquisa,
extensão na assistência de pacientes submetidos a quimioterapia de alto risco, buscando a evolução
científica dos tratamentos, da qualidade de assistência, da melhoria da qualidade de vida e do
aspecto humano aos tratamentos. Tem como principais pontos positivos a equipe multidisciplinar
com atendimento qualificado. Principais atividades: monitorização de pacientes submetidos a
esquemas quimioterápicos, aplicações de quimioterapia, coleta e monitorização de exames de
rotina, transfusões de hemocomponentes, acompanhamento de alunos/residentes.

Referências:
BARRETO EMT. Acontecimentos que fizeram a história da oncologia no Brasil: Instituto Nacional de Câncer (INCA).
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Construction of Social Psychology: Advances in Psychology and Psychological Trends Series. Inscience Press. Editor: Brij Mohan.
Lisboa, Portugal. ISBN of this volume: 978-989-99389-3-9. Section 3: Social Psychology of Human and Social Development. 06,
(59-68), 203 pages, 2015. The electronic version is already available on our website www.insciencepress.org - and the direct link to
access and download the book is http://insciencepress.org/construction-of-social-psychology/ .

MUKHERJEE S. (2010). The Emperor of All Maladies. A Biography of Cancer. (O Imperador de Todos os Males). Editora
Companhia das Letras.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 12

APRESENTAÇÃO DA RESIDÊNCIA

A implantação e a condução do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em


Atenção Hospitalar – PRIMAH no CHC-UFPR, desde seu início tem como Chefe a Farmacêutica
Mestre Vânia Mari Salvi Andrzejevski.

A Residência Multiprofissional foi regulamentada pela lei 11.129 de 30 de junho de 2005,


tendo como principais objetivos:
 Formar profissionais preparados com rigor científico e tecnológico em suas áreas de
atuação clínica, de forma articulada com os demais profissionais de saúde e
comprometidos com a atenção integral à saúde do indivíduo hospitalizado;
 Promover a integração entre o ensino e assistência hospitalar;
 Promover a produção científica e disseminação do saber;
 Estabelecer articulação entre assistência à saúde no âmbito hospitalar e nas Unidades
Básicas de Saúde;
 Contribuir para a educação permanente dos trabalhadores de saúde;
 Estimular a formação de grupos de pesquisa que articulem ensino e assistência;
 Fomentar pesquisas científicas para atender as demandas do serviço e servir como fonte de
conhecimento e pesquisa na Universidade.
Trata-se de uma especialização lato sensu de dedicação exclusiva que compreende 80% de
atividades práticas – assistência direta ao paciente – e 20% de atividades teórico-práticas –
supervisões, aulas, tutorias, reuniões, estudo – cuja carga horária total deve completar 60h
semanais. Ao final dos dois anos, o residente terá realizado 5760h (Resolução CNRMS nº5 de 07 de
novembro de 2014).
Os primeiros especializandos do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em
Atenção Hospitalar do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
ingressaram em 2009. A cada ano, a Coordenadora Vânia Mari Salvi Andrzejevski e demais
membros da COREMU procuram realizar melhorias ao Programa, bem como providenciar a
abertura de novas vagas visando o fortalecimento da equipe e à formação de profissionais mais
qualificados. Consequentemente, o paciente, usuário do Sistema Único de Saúde, é o maior
beneficiado, já que tem a possibilidade de receber uma assistência integral.
A Residência do CHC-UFPR atualmente abrange seis áreas de concentração, Cardiovascular,
Onco-Hematologia, Saúde do Adulto & Idoso, Saúde da Criança & Adolescente, Saúde da Mulher e
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 13

Urgência & Emergência; e conta com as seguintes especialidades: Enfermagem, Farmácia


Bioquímica, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia
Ocupacional.
De forma a contribuir para o aprendizado, aperfeiçoamento e enriquecimento profissional e
pessoal, o Programa oportuniza que o residente atenda em um hospital de grande porte a pacientes
com condições clínicas e histórias de vida singulares; treine habilidades de oralidade por meio de
apresentações de estudo de caso, aulas, palestras; tenha a prática supervisionada pelo preceptor da
área de treinamento; tenha aulas com temáticas pertinentes e correspondentes ao cenário em que
atua; forme opinião crítica pela participação direta nas discussões do SUS (Comissões Temáticas de
Saúde); enriqueça em termos de aprendizado pelos estudo na área (aulas) e pelo trabalho
interdisciplinar que ocorre e que incita o entendimento das especificidades de cada profissão;
aprimore a habilidade de tomada de decisão e responsabilização frente ao paciente.
Além disso, as Residentes de Psicologia da Onco-Hematologia participam de grupo de
estudos para aprofundar o conhecimento da fundamentação teórica da Psicologia Analítica,
embasamento que norteia a clínica. A constante associação teórica e prática visa a consistência
quantitativa e qualitativa) de informações e também fomenta a formação do profissional
(informação + formação).
O presente manual visa à apresentação das atividades e rotina da Residência de Psicologia na
área de Onco-Hematologia. Para compreender essa dinâmica, optou-se a divisão pelas quatro
Unidades que as Residentes passam ao longo da especialização.
Se tratando da profissão do Psicólogo na área de Hematologia e Oncologia existem duas
Portarias que garantem a atuação deste na equipe multiprofissional: Portaria nº 931 de 2 maio de
2006 e Portaria nº 140 de 27 de fevereiro de 2014
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 14

APRESENTAÇÃO DA PSICOLOGIA:
Contribuição da Psicologia Analítica no Contexto do STMO e da Onco-Hematologia

O Serviço de Psicologia do Hospital de Clinicas da UFPR é reconhecido como pioneiro no


Estado do Paraná, no sentido de:
• Afirmar e sustentar a Psicologia Clínica como prática em Hospital Geral.
• Inovar em relação a inserção da Clínica nas Instituições Hospitalares.
Desde o Início até o presente momento, expandiu-se, reformulou-se, instituiu-se numa equipe
de Psicólogos Clínicos que atuam em vários braços deste Hospital.
Praticam assistência ao paciente, realizando pesquisas e transmitem seu conhecimento a outrem.
Comunicação da equipe do Marketing do HC-UFPR. Enviado por Renildo em 13 Novembro, 2013 -
14:54. http://www.hc.ufpr.br/?q=content/serv-psicologia
O Serviço de Psicologia do Complexo do HC-UFPR pertence a Unidade Multiprofissional
(UNIMULT), atualmente a chefia da UNIMULT é da Responsabilidade da Assistente Social
Solange Gezielle dos Santos Coning e a chefia do Serviço de Psicologia é da responsabilidade do
Psicólogo Prof. Luiz Renato Braga.
Em relação a Contribuição da Psicologia Analítica no Contexto do STMO e da Onco-
Hematologia, compreende-se que clínicas de alta complexidade como a oncologia, hematologia e
centros de transplantes devem primar por uma equipe interdisciplinar, todos são importantes e
indispensáveis na integração e na especificidade de suas competências. Esse MANUAL versa sobre
a contribuição do trabalho do psicólogo clínico no contexto hospitalar em relação ao paciente
oficializado pela equipe médica e legitimado pela equipe de psicólogas destas unidades de saúde.
Na definição de Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas - TCTH está posta a
previsibilidade do imprevisível, fica subentendido que ao adentrar nesse composto processual do
transplante o paciente, doador e familiar pisam em terreno inóspito e incerto, portanto, é
indispensável a investigação das condições psíquicas dos pacientes. O próprio familiar ou doador,
por vezes, se torna “paciente”, pela presença da vulnerabilidade emocional e da tensão psicológica
ao desempenhar o papel de cuidador ou de doador.
O paciente e seus familiares devem estar inclusos na dinâmica de cuidados e de intervenções
terapêuticas que contemplem não apenas a doença, mas também o indivíduo que adoeceu em sua
ampla gama de necessidades, capacidades e possibilidades. Devido a isso, os profissionais da área
de saúde interagem com seus conhecimentos específicos e complementares e podem minimizar os
efeitos negativos provenientes de morbidades secundárias ao tratamento. Quanto a apreensão da
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 15

demanda psicoafetiva de cuidados universais e exclusivos para a singularidade do paciente e do seu


entorno, verifica-se a necessidade específica do atendimento clínico psicológico ou psiquiátrico,
guardadas as devidas diferenças. As fundamentações teóricas dessas ciências podem elucidar a
essência resguardada no comportamento latente e manifesto, mesmo não sendo de modo absoluto, a
aplicação e implicação do saber psicológico pode contribuir para a elaboração ideo-afetiva das
questões subjetivas e da compreensão da influência dos traços de personalidade e da condição
psíquica do paciente, como um todo. Lembrando que, “com a introdução do conceito do
inconsciente, o conceito de alma estendeu-se para a fórmula: “psique = consciência do eu +
inconsciente” (JUNG, 1988, p.106 § 204, O.C. vol. XVI). Além disso, no campo energético da
psique se estabelece um movimento de circum-ambulação constituinte de uma síntese singular; com
peculiaridades que influenciam as atitudes em relação a si mesmo, ao outro e ao contexto de
inserção. Afinal, somos apenas uma síntese de um todo, sendo assim, a consciência é uma pequena
parcela de algo muito maior e nem sempre com acessibilidade para o inconsciente pessoal e
coletivo.
Tendo em vista, que no consciente podemos manter apenas uma pequena parcela dos
elementos e conteúdos advindos do inconsciente, é preciso lembrar que esse contém todas as
disposições pessoais e coletivas disponíveis, mas não associadas de forma conhecida pelo ego. “É
um conceito-limite psicológico que abrange todos dos conteúdos ou processos psíquicos que não
são conscientes, isto é, que não estão relacionados com o eu de modo perceptível” (JUNG, 2009 §
847).
O fato de ser inconsciente não significa que seja estático e rígido, muito pelo contrário, é
dinâmico e constituído por conteúdos que foram reprimidos pelo ego e outros genuínos que não
tiveram acesso ao consciente. O inconsciente é pulsante, criativo, portanto, com possibilidade de ser
curativo, além de ser capaz de criar conteúdo simbólico, desenvolver novos agrupamentos numa
junção do novo com o que lhe é genuíno. Mas, por fazer parte da psique, também participa da
redistribuição da libido, digo, da energia psíquica, e está sempre em busca da manutenção de um
equilíbrio e uma adaptação psicológica externa e interna, para tal, trabalha numa relação
compensatória e complementar com o consciente.

[…] o inconsciente contém, não só componentes de ordem pessoal, mas


também impessoal, coletiva, sob a forma de categorias herdadas ou
arquétipos. O inconsciente, em seus níveis mais profundos, possui
conteúdos coletivos em estado relativamente ativo, por isso o designei
inconsciente coletivo. (JUNG, 1978, p. 127).
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 16

A psicologia tem um importante papel no processo que contém elementos do real e do


simbólico, a incompletude do homem foi e ainda é, a norteadora de infindáveis buscas. Essa
condição da natureza humana contribui para o entendimento psicoemocional da ressignificação que
o paciente, doador e familiar elaboram. Jung (1988) menciona que “a existência do mundo tem duas
condições: uma é existir, a outra, ser reconhecida”, ou seja, ser e pertencer (JUNG, 1988, p.106 §
201, O.C. vol. XVI).
No atendimento clínico realizado pelo psicólogo, no quarto de um hospital, é perceptível que
muitos indivíduos, ao ficarem doentes e serem obrigados a dar um tempo para o ritmo desenfreado
da rotina da vida, acabam tendo uma oportunidade para compartilharem suas falas, queixas,
pensamentos, sentimentos e percepções sobre a vida, crenças e posicionamento espiritual, medo da
morte e de retaliações, e angústias, assim como, as conquistas realizadas ou desejadas e outras
questões que demandam uma profundidade dialógica.
Gambini (2008, p. 126) pontua com sabedoria quando diz que: “a conversa é um momento em
que a alma pode se manifestar. E se a sintonia estiver boa, a alma serve-se de nossa voz”. Afinal, a
psicoterapia, é antes de mais nada, e sempre uma conversa.
No mundo misterioso da psique o investimento requer a medida certa, nem mais nem menos,
para não tornar o paciente dependente do psicólogo ou negligencia-lo em termos do potencial ou
ainda, desconsiderar a complexidade do conflito, da dificuldade psicológica, do sofrimento e das
circunstancias da realidade. Afinal, o psicólogo não deve cometer a imprudência de psicologizar
tudo, nem tudo é criação da psique do paciente, esse vê e percebe do seu jeito peculiar, então é certo
que se estabelece uma conexão, mas, não é só isso. Existe um mundo além dele, de você e de mim,
existe o Tao, o mundo como um todo envolto no mistério da vida, que precisa ser considerado nas
vivências de cada um.
Simultaneamente, o psicólogo também deve evitar um plano de trabalho que resulte numa
sobrecarga para si, em termos de carga horária, da intensidade do trabalho mental e energético, de
rotina massificada, de exercício intelectual estéril, da inexistência de um trabalho criativo interior
ou em atividades expressivas ou ainda por um posicionamento de responsabilidade pela evolução
do processo da psicoterapia como se fosse unicamente do profissional. Seria um erro, uma vez que,
esse trabalho envolve uma relação dialética, os dois precisam se responsabilizar e cooperar para o
desenvolvimento de uma qualidade de relação, de envolvimento da consciência e do inconsciente
para que o autoconhecimento ganhe sustentabilidade, profundidade e resulte no paciente um ego-
forte com maior autonomia em relação as suas escolhas, responsabilidades e consequências.
Gradativamente pode conquistar o acesso ao opus do processo de individuação, uma influência
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 17

ordenadora do Si-mesmo. Esse processo pode ser entendido como um autodesenvolvimento e uma
realização do si mesmo, no sentido de ser único. Portanto, é um trabalho que exige tempo, coragem,
humildade, respeito, seriedade, criatividade, conhecimento, sensibilidade empática, alterego
interior, amorosidade, e adequabilidade à profissão com vocação.
Existes algumas condições para o psicólogo ter eticamente o direito de exercer a clínica, que
vão para além da aquisição de um registro no Conselho Federal de Psicologia, eis algumas: ser um
eterno aprendiz da clínica, do laboratório da vida e de si mesmo. Deve estudar sempre,
experimentar a vida interiormente naquilo que lhe é essencial, vivenciar o processo analítico para
não se tornar superficial nos atendimentos e reconhecer as próprias limitações, evitar ideias e
conclusões preconcebidas, para entender sem julgar, identificar possíveis projeções, aspectos
sombrios, complexos constelados e comportamentos transferenciais; para com estes cuidados,
ampliar as oportunidades e chances do seu paciente acessar o centro interno de si mesmo e ir além.

A teoria é um caminho, um apoio, uma ajuda para se poder andar no escuro.


Mas, em determinados momentos o psicólogo precisa deixar a teoria de lado
e observar o que está a sua frente e perceber o que está acontecendo; para
isso, deve adotar uma postura de analista, uma atitude. Então o psicólogo
tem que ter uma atitude e uma teoria. (GAMBINI, 2008, p. 64).

Para o psicólogo e o paciente é fundamental que a conduta não esteja centrada nas
explicações, abstrações e curiosidades aleatórias em busca de respostas para os porquês,
interpretações enriquecidas com denominações específicas da teoria ou feedbacks técnicos,
intelectuais e reducionistas. Esta é uma abordagem que pode causar o risco da perda da própria
vivência, do mistério do fenômeno, da devida escuta e da qualidade de relação. Essa qualidade
relacional é um diferencial importante, porque demarca e referencia uma inclusão através da atitude
respeitosa e de consideração por uma apreensão do todo, da experiência viva e sentida pelo
paciente.
Durante o diálogo com o paciente, dá-se uma preferência para a escuta que fomenta o
raciocínio clínico e a constituição de questionamentos que contribuem para o entendimento
psicológico de um para quê. Este manejo viabiliza a elaboração de conflitos, reformulações,
ressignificações e inovação na recriação de si mesmo. Para tal, é preciso que a condução dos
atendimentos tenha a influência também das funções da consciência, entre elas a intuição,
pensamento, sentimento e sensação (JUNG, 1991).
Assim, tanto o paciente como o psicólogo nos atendimentos clínicos podem avançar,
discernir, compreender a valoração pelo ponto de vista do outro e ao mesmo tempo ter os pés no
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 18

chão, e se inteirar sobre os fatos internos e externos da história do paciente, das circunstancias
atuais e do contexto de tratamento quimioterápico ou do transplante de células-tronco
hematopoéticas. Na verdade, este movimento construtivo é desejável para todos,
independentemente do papel que esteja exercendo.

A análise é um trabalho a quatro mãos e em certas configurações o


inconsciente do profissional e o do paciente entram em sintonia.
(GAMBINI, 2008, p. 48).

A prática clínica, o ensino e as pesquisas possibilitam que o psicólogo, permaneça vivo,


dando vida ao movimento cíclico do conhecimento sustentado pela construção, desconstrução e
reconstrução dos conteúdos psíquicos experimentados em vida.

Nós não somos criadores das nossas ideias, mas apenas seus porta-vozes;
são elas que nos dão forma […], e cada um de nós carrega a tocha do
conhecimento que no fim do caminho outro a levará […]. (JUNG, 1963,
p.8).

O mundo das trevas é o inconsciente (JUNG, 2011). Então, de acordo com esta perspectiva
compreende-se que é da competência e da responsabilidade do psicólogo ir além da produção de
conhecimentos científicos e demarcar com competência uma contribuição na assistência clínica aos
pacientes e no intercâmbio de informações e discussões com o grupo de trabalho, afinal todos os
integrantes estão em prol do paciente e tem uma possibilidade de contribuição e cooperação de
conhecimentos e de metodologia de trabalho, com diferencial agregador. Por mais que a rotina
clínica mostre e confirme com evidências que a ciência e a tecnologia são fundamentais para um
tratamento de alta complexidade como se configura no transplante e na clínica da onco-
hematologia, esta abordagem fica incompleta se não for considerada a perspectiva, do paciENTE!
Para o paciente não é um caso a mais, trata-se dele! Que é alguém com nome, que um dia um
outro alguém lhe deu e que foi se confirmando na própria história e identidade ao longo da sua vida,
sendo assim, impregnado de significados e carregados com as vivências da própria autoria, numa
herança histórica com valores, ilusões, experiências e características peculiares no modo de ser, que
lhe fazem contar a própria história de um jeito único com tendências para exaltar o sabor da vida
ou da dor vivida e sentida na própria carne, quer seja nos anos transcorridos ou iniciado no cenário
do STMO ou da Onco-hematologia.
Para o psicólogo as histórias são vivas e algo as nutre de forma salutar ou não, com forças
construtivas e destrutivas com suas devidas tendências, com um inconsciente criativo e fértil, mas,
que pode se apresentar de modo improdutivo, se não houver o reconhecimento consciente dessas
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 19

forças que influenciam, interferem com maior ou menor impacto, pois, apesar do inconsciente
pessoal e coletivo não serem vistos, há vida pulsante. Os comportamentos sintomáticos e todas as
expressões como a linguagem, emoções, gestos, falácias, entendimentos, posturas, atitudes, pontos
de vistas, motivações, escolhas, afetos e desafetos são do interesse no âmbito do trabalho do
psicólogo.
As histórias de vida de cada um são coletadas pelo psicólogo como matéria prima para a
constituição do trabalho a ser desenvolvido, em torno do cenário fecundo do ser no mundo e o
mundo do ser. Existe um potencial ordenador e as funções dos sistemas estão interligadas, portanto,
não é possível ser determinante, localizador, conclusivo ou linear em relação ao entendimento da
pessoa com enfermidade, é muito maior!
A intervenção da psicologia pode contribuir para que as histórias sirvam de substratos para
ampliar o autoconhecimento do paciente e para que esse possa apreender um sentido maior, mas
para tal, é preciso inicialmente, que o psicólogo escute com acurácia e juntos, alinhavem as
associações, interpretem, elaborem para então colorir e descolorir os fatos com os seus
entendimentos e afetos. Mas, é preciso lembrar que não basta a presença de um ou de outro, se essa
for vazia!
Para acessar e coletar o material analítico, o método utilizado é o construtivo com uma
compreensão simbólica e prospectiva do material de conhecimento articulado pelo psicólogo,
através da abordagem psicoterapêutica, considerando que essa tem como referencial teórico a
psicologia analítica, denominação cunhada pelo próprio fundador, Carl Gustav Jung, (1875 – 1961)
cuja fundamentação teórica respalda o método, a compreensão, interpretação, tradução dos
conteúdos psicológicos e análise dos fenômenos oriundos da psique e narradas ou expressas de uma
forma ou de outra, por aquele que se encontra com o psicólogo, fala e escuta e é escutado com
consciência vigilante para o próprio dito, por vezes, mal dito, bem dito ou não dito. O importante no
processo psicoterapêutico é a qualidade da relação entre o psicólogo e o paciente, a escuta atenta, o
manejo da relação transferencial e a dialética que se constituem no setting clínico, cujo deve ser
sagrado, como um templo, mesmo que o diálogo aconteça nas circunstancias de um quarto com um
paciente adoecido e em tratamento no STMO ou na Onco-hematologia.

Quando se descobre um continente novo, desabitado, lá não existem marcos,


nomes, ruas, e cada pioneiro que pisa nesse chão conta coisas diferentes a
respeito. Algo de semelhante deve ter sucedido quando os médicos puseram
os pés pela primeira vez na terra nova da psique. (JUNG, 1988, p.106 § 231,
O.C. vol. XVI).
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 20

Para o psicólogo diante do paciente, a terra da psique é sempre configurada como nova, para
apreender o entendimento dos conteúdos psíquicos, faz-se uso do método construtivo na
amplificação da associação livre, de metáforas, analogias, sonhos, visualização ativa, entre outros
recursos linguísticos e de expressão espontânea. Subentende-se que as associações e elaborações
possibilitam o discernimento em termos de compreensão diagnóstica. Mas, para se constituir um
diagnóstico é preciso, como coletor de história, ir além dos fatos, da história da doença, do
tratamento, da psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. A coleta tem que ser profícua
em termos da subjetividade, com elementos que são inerentes da universalidade e da peculiaridade
de cada um, no fluir da história pessoal, familiar e até mesmo daquela que antecede o próprio
nascimento, influencias e presenças de verdadeiros fractais advindos de um passado longínquo de
seus ou nossos ancestrais.
Segundo Fierz, (1997) na psicoterapia o trabalho se constrói a partir de informações sobre a
origem do sofrimento, sobre os sintomas do paciente, conteúdos simbólicos do imaginário e muito
mais, porque a história da doença também é a história da vida de um ser humano individual, o olhar
precisa ter uma dimensão focal e panorâmica, ser sistêmico, dinâmico e construtivo. Nesse sentido,
não se concentra na organicidade da doença física, mas, procura o entendimento psicológico na
constituição psíquica da personalidade tocada, por isso, um dos objetivos da psicoterapia é
identificar a especificidade da doença mental envolvida com os caracteres da afetividade, dos tipos
psicológicos com suas características de personalidade, informações biográficas e tendências
comportamentais na equação pessoal identificada.
Existem doenças que a anamnese e o diagnóstico não suprem e nem possibilitam uma
explicação satisfatória, quando os dados investigados são unicamente do processo fisiológico, é
inerente que o espectro da avaliação seja ampliado e nesse sentido a compreensão psicológica pode
contribuir, uma vez que a natureza da doença pode ser outra.

O conhecimento é indispensável a uma compreensão objetiva de tal doença


e ao estabelecimento de uma relação humana. Não se trata de um
conhecimento puramente médico, que diz respeito a uma área específica,
mas de um conhecimento amplo de todos os aspectos da alma humana. O
resultado do tratamento deve ir além da simples solução da antiga atitude
patológica. Deve levar o paciente a uma renovação, a uma atitude mais sadia
e mais apta para a vida. Muitas vezes, isto implica uma modificação radical
na maneira de encarar o mundo. O paciente deve ser capaz, não só de
reconhecer a causa e a origem de sua neurose, mas também de enxergar a
meta a ser atingida. A parte doente não pode ser eliminada, como se fosse
um corpo estranho, sem o risco de destruir ao mesmo tempo algo de
essencial que deveria continuar vivo. Nossa tarefa não é destruir, mas cercar
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 21

de cuidados e alimentar o broto que quer crescer até tornar-se finalmente


capaz de desempenhar o seu papel dentro da totalidade da alma. (JUNG,
1988, p.106 § 293, O.C. vol. XVI).

A tarefa da psicologia é ocupar-se com a elucidação dos conteúdos da consciência e das


circunstancias inconscientes que contribuem para a expressão da doença e a manutenção da sua
presença. O psicólogo tem como preocupação fundamental “a análise e a interpretação de todas as
formas de expressão pessoal do paciente – em outras palavras, compreender o paciente”; seu objeto
de estudo é a psique (FIERZ, 1977, p.26).
Durante o processo psicoterápico, para que o psicólogo possa acessar a expressão de alguns
conteúdos do inconsciente pessoal ou coletivo do paciente, considera-se a possibilidade de que toda
e qualquer informação pode vir prenha de significados simbólicos. Com esta perspectiva e escuta
clínica aprimorada, o mesmo, pode ampliar a capacidade de compreensão advinda da análise dos
conteúdos da narrativa, quer sejam originários dos sonhos ou de imagens mitológicas, crenças,
fantasias, analogias, atos falhos, atividades expressivas, semi-dirigidas ou espontâneas. Até mesmo,
da identificação transferencial, da vivência com a visualização ativa, fixações, confissões,
metáforas, reações irracionais ou atitude polarizada em discursos intelectualizados. Além da
investigação da situação dos problemas na infância, das dificuldades, complexos, neuroses,
adoecimentos, significados e imagens simbólicas arraigadas ou articuladas aos assuntos de
importância para o paciente como, por exemplo, a doença, tratamento, vida, morte, entre outros
fenômenos experimentados.
Para o psicólogo tudo que for importante subjetivamente para o paciente, ganha importância
como matéria de análise e de compreensão, mesmo que racionalmente não proceda uma valoração.
A perspectiva, a forma de ver, compreender e conceber o fato em si, tem, por vezes, maior
significado do que o fato propriamente dito. Por esta razão é um trabalho que se constitui na
sucessão de atendimentos e requer um tempo, que por vezes, ultrapassa o time da doença, do
tratamento e do tempo cronológico desejável pelo paciente e pelo próprio psicólogo que almeja
propiciar entendimentos que lhe ajude na capacidade de ajustes adaptativos a hospitalização e a
atualização da condição de saúde e da própria vida. Estes reajustes são fundamentais para que seja
possível amenizar a angústia e os efeitos das consequências na situação pessoal, para também
fomentar a reflexão e a habilidade de diálogo interno e externo, quer seja consigo mesmo, com a
família, amigos ou com os profissionais da área de saúde que lhe acompanham.
É da rotina hospitalar a ocorrência de óbitos em clínicas de alta complexidade que coexistem
com doenças de riscos, portanto, o psicólogo também precisa ter a competência de discernir em
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 22

relação ao paciente, os objetivos que serão demandados e abarcados durante o processo


psicoterápico, sem desconsiderar as condições psicológicas e do estado clínico atualizado do
mesmo. Afinal, somos um corpo e o psicólogo requer que o dono desse corpo esteja em condições
de manter um diálogo e tenha motivações para ser ouvido e pensado, no tempo que for admissível.

O corpo não é um objeto, assim como a consciência que tenho dele também
não é um pensamento, ou seja, não posso decompô-lo e recompô-lo para
formar dele uma ideia clara. Sua unidade é sempre implícita e confusa. Ele é
sempre outra coisa que aquilo que ele é, sempre sexualidade ao mesmo
tempo que liberdade, enraizado na natureza no próprio momento em que se
transforma pela cultura, nunca fechado em si mesmo e nunca ultrapassado.
Quer se trate do corpo do outro ou de meu próprio corpo, não tendo outro
jeito de conhecer o corpo humano senão vive-lo. Portanto, se o homem está
no mundo, é no mundo que ele se conhece. (MERLEAU-PONTY, 1999, p.
269).

A abordagem do psicólogo pode ter como meta o desenvolvimento interior do paciente, para
que o mesmo, através do autoconhecimento tenha mais recursos para discernir aquilo que possa ser
o seu melhor em termos de escolhas e possibilidades de responsabilizar-se pelas próprias
consequências do seu ato. Mas, o método de trabalho também pode viabilizar na situação
transferencial, uma tarefa educativa, uma vez que, no contexto hospitalar, existem peculiaridades,
demandas clínicas, ocorrências de agravamento da doença ou de intercorrências que exigem um
posicionamento independentemente do paciente estar preparado para tal, entende-se que nem
sempre há tempo para maiores elaborações psicológicas ou ambiente suficientemente tranquilo e
seguro para que o paciente espontaneamente recomponha as emoções e a própria história.
Conforme as circunstancias em que o paciente se encontra, o psicólogo deve discernir se
requer um acompanhamento psicoeducativo ou de um processo que explore conteúdo do âmbito da
consciência e do mundo desconhecido do inconsciente. Como diz Fierz (1997, p. 35), “se a
consciência não puder ajudar, então temos de perguntar ao inconsciente”. Mas, para isso o
psicólogo precisa ter sensibilidade empática e raciocínio clínico para apreender as dificuldades e
motivações que originam o bloqueio no processo analítico, se a dificuldade decorre de um problema
da consciência, das preocupações diárias, das características de personalidade, de relacionamentos,
saúde, tratamento, exames a serem realizados ou se é proveniente de questões e constelações de
aspectos sombrios inconscientes. Por constelação compreende-se a interligação dos conteúdos
psíquicos que se aglomeram, se associam e formam uma composição que tem relação com algum
problema de base, que pode entrar em ação e com um ponto de vista energético.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 23

Esta composição de conteúdos agrupados é reconhecida como complexo que precisa ser
dissecado para que o entendimento permita a liberação da energia psíquica contida e represada,
sendo assim, segundo Fierz (1997, p.258) “o conflito precisa ser trabalhado, para se transformar em
fonte de consciência”. Quando não trabalhado é causador de tensão, angústia, sofrimento e
consequentemente, pode trazer dificuldade na qualidade dos vínculos afetivos e no enfrentamento
das adversidades externas e conflitos internos.
É preciso lembrar que no núcleo de um complexo, está posta a expressão arquetípica, através
da sua imagética e por sua vez, o complexo pode ser encontrado na raiz do problema do paciente,
isso significa que no processo analítico o psicólogo também tem como objetivo integrar o problema
através da sua compreensão simbólica e a redistribuição da libido e da assimilação dos conteúdos
como parte do todo psíquico, nesse sentido, o complexo precisa ser assimilado e não negado ou
reprimido. Não dá para fazer de conta que o problema não existe, só porque o indivíduo não quer ou
não pode ver, isto é similar as situações em que o paciente procrastina e posterga a consulta com o
oncologista ou hematologista por ter medo, mas, quando busca uma ajuda efetiva, o prognóstico
pode ter se alterado e apresentar um panorama crônico, grave, quiçá com metástases.
Comparativamente, no âmbito da psique não é diferente, não é porque está invisível, que não
existe. Apenas precisamos estar atentos aos sinais, sintomas e expressões linguística e
manifestações de toda ordem, para que a anamnese e o processo analítico possibilitem a
compreensão do indivíduo e a verificação se o problema do paciente está no campo da consciência
ou não, conforme dito anteriormente. Pois, se o paciente demonstrar labilidade emocional e afetiva,
com comportamentos regressivos, fragilidade perante as tomadas de decisões e posicionamentos
não é indicado, nestas circunstancias, incitar os conteúdos do inconsciente. Deste modo, o psicólogo
pode buscar acessos que promovam a produção de um efeito de fortalecimento da consciência e
evitar, por exemplo, nestas circunstâncias, a exploração do material onírico com o mesmo.
É importante elucidar que o trabalho do psicólogo não é se deve analisar isto ou aquilo, é
preciso ter ciência que os fenômenos podem ou não ganharem atenção, independentemente da
vontade de um ou de outro. A linha mestre do trabalho é analisar para compreender aquele que sofre
e apreender a condição psíquica e isso pode ser feito através das associações, entendimentos das
dificuldades, capacidades, assimilações e elaborações. Enfim, é um trabalho artesanal e criativo
feito em parceria, na constelação do encontro do psicólogo com o paciente, no sentido de que a
história é peculiarmente constituída, desconstituída e reconstituída, num movimento relacional,
cíclico de altos e baixos contínuos. Apesar dos bloqueios, boicotes e resistências o processo de
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 24

individuação segue o Norte de cada um, em direção ao objetivo, em relação ao outro, de forma
singular, apesar de também conter elementos que são universais.
Muitas vezes, na prática clínica é perceptível que o câncer, é o menor problema, se é que pode
ser dito desta forma. Ao compreender a condição psicodinâmica do paciente, o psicólogo tem
indícios e evidências que mostram a direção da abordagem que deve assumir perante o paciente, se
deve ser mais profunda ou quiçá ficar em torno do campo da consciência, para que o paciente possa
se recompor e reassumir, paulatinamente, a responsabilidade daquilo que está vivendo. Mas, a
doença não espera, ela é atemporal, qualquer hora é hora, mesmo que não seja a hora!
Nesta perspectiva, a doença pode apresentar um efeito catalizador de algo maior, por
exemplo, associações com lembranças da tenra idade, ou em relação ao período que antecede o
adoecimento, o surgimento da neoplasia e a confirmação diagnóstica, podem trazer para a
consciência o reconhecimento de outras dificuldades que estavam sendo negligenciadas, reprimidas,
sem a devida atenção ou cuidado, talvez por uma alienação de si mesmo. A título de ilustração, o
recorte de depoimento de um paciente, mediante uma pergunta sobre o tipo do seu câncer. Esse
responde, imediatamente: “O meu câncer é sentimental! Sei exatamente o dia e a hora que ele
começou. Foi no dia que eu briguei…”.
A associação de ideias, imagens, fantasias, sentimentos, memórias, fatos, cores, cheiros, não
importa, no garimpo dos conteúdos psíquicos é possível a compreensão da interpretação elaborada
pelo paciente e o seu entendimento dos acontecimentos do passado ou de aspectos atuais, uma vez
que, a temática vai sendo envolvida e circunscrita com elementos que viabilizam à amplificação do
problema, quer seja, pela aproximação com aquilo que de fato é o âmago da questão ou, quer seja
pela influência da percepção e da tendência motivacional, no modo de agir, sentir, pensar e viver.
Posto isto, verifica-se que o paciente mesmo doente, pode se apresentar com uma atitude de
enfrentamento salutar, ou não, até mesmo nem enfrentar, permanecer passivo e não aderente ou
rebelar-se perante a experiência de ser “castrado”, por não reconhecer a sua real condição de saúde
ou pelas limitações que o deixa à mercê do outro e até mesmo, coloca-o à beira da morte. A
intervenção psicológica pode auxiliar em situações adversas, de crises e tão paradoxais no sentido
que os infortúnios vem carregados de caracteres do revés e do fértil. Sair da zona de conforto é
difícil e exige sacrifícios, mas, na crise é preciso ampliar a consciência e acordá-la para que o
inconsciente possa contribuir para a inovação e reinventar, caso a situação experimentada, requeira
uma saída com algum crescimento transformador.
Sempre que o psicólogo compartilhar alguma associação, interpretação ou até mesmo sobre a
ausência dela por parte do paciente em relação a temática do atendimento, aquele deve ter muita
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consideração em relação a estrutura da personalidade do paciente e da qualidade do relacionamento


analítico, para não interferir negativamente na possibilidade de mudança, evolução e transformação.
Pois, ao tecer comentários, estes podem ganhar outros sentidos, construtivos ou não e podem
representar ou ter uma intensidade maior ou menor, naquele que escuta. Na concepção da psicologia
analítica, a transformação tem aspectos curativos quando gerada da própria recriação e reconstrução
de um novo jeito de ser, mais harmônico com a essência daquilo que se é.
No processo analítico com o paciente, este pode ser visto em direção a cura das suas feridas
psíquicas, mesmo que venha a falecer no STMO, isto é, a doença orgânica pode ser irreversível,
mas nessa caminhada, pode haver um investimento no autoconhecimento que a alma agradece. Nem
sempre o que o ego quer se realiza, nem sempre existe o acesso as soluções de determinados
problemas objetivos, adversidades e doenças, mesmo assim, há muito por fazer no campo da psique,
para o bem do seu dono temporário.
A transferência é o pilar central das abordagens psicoterápicas profundas, portanto, faz-se o
fomento das associações para que a amplificação se processe através das fantasias da transferência
da mesma forma como com os conteúdos oníricos, mas, sempre com cautela, ressalvas, atitude
ponderada, responsável, cuidadosa, criteriosa, no sentido de reconhecer que o processo
transferencial mobiliza emoções e conteúdos mnemônicos carregados de energia. O psicólogo tem
que manter a atenção constante também em relação ao próprio inconsciente, para a sua saúde
pessoal e do paciente que se expõe e se descobre na relação analítica. Apesar dos riscos e de não se
saber todas as repercussões que este caminho a ser trilhado levará, o psicólogo reconhece que o
acesso e a comunicação com imagens e conteúdo do inconsciente são fundamentais para que a
globalidade da personalidade seja garantida (FIERZ, 1997; JACOBY, 2011).
A hospitalização, para o paciente, é uma experiência muito peculiar, no sentido que muitos
elementos estão postos nesta justaposição entre a doença, o doente e o tratamento. Ele pode ser um
paciente novo para a unidade clínica, mas, sua história vai para além do seu tempo de vida, portanto
ele vem com uma bagagem particular repleta de memórias, emoções, questionamentos, afetos,
pensamentos e experiências. Paulatinamente, o psicólogo junto com o paciente, dá a devida atenção
em relação aos seus guardados mnemônicos e as circunstancias vivas e atuais, conforme aquilo que
o paciente necessita e não necessariamente, o que ele quer, em relação a sua queixa.
Como o psicólogo pode ajudar nesse contexto? Com respeito, cuidado compreensivo em
relação a influência subjetiva do olhar, escuta e experiências sentidas nas carnes desses que ali
visivelmente se encontram e que emanam da vida do inconsciente, imagens vivas da história
arquetípica, fantasmas, mortos e vivos ad eterno. Relembrando, quando o psicólogo adentra no
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 26

setting terapêutico do paciente (quarto) está eticamente entrando num templo. Enquanto crença de
uma força ordenadora superior a nós e a ciência de que somos um nada de um todo, de um tudo
processual (FRANZ, 1999).
É preciso estar atento a todos os pormenores que envolvem o doente e a ambientação
hospitalar. Acompanhar e estar sempre atualizado em relação ao estado de saúde, intervenções mais
invasivas e exames corriqueiros, uma vez que, dependendo do modo de perceber e da compreensão
que o paciente tem, uma simples agulha pode lhe ser assustadora e um exame invasivo pode lhe
deixar tranquilo, porque estará dormindo, mesmo que esse exame tenha um índice alto no risco de
complicações e mortalidade. Enfim, são estas entre outras diferenças que precisam ser apreendidas
pelo psicólogo para que a sua intervenção realmente tenha uma contribuição efetiva e eficaz para a
equipe, paciente, familiar e o doador.
O paciente precisa de um olhar e de uma escuta atenta e respeitosa, uma vez que, está sendo
convidado para o exercício de uma exploração no garimpo dos componentes da própria psique.
Compreendendo que explorar vem de explicitar (explicitare, ou seja, realizar, levar a cabo,
aproveitar até o fim, extrair), ainda segundo Esquirol (2008, p.42), explorar é extrair e aproveitar-se
do que foi extraído. Nessa exploração da condição psicológica, o psicólogo, tem como objeto de
estudo a psique, portanto, a exploração tem como Norte o desenvolvimento do processo de
individuação, de autoconhecimento daquele que lhe confia seus guardados, quer estejam na
compreensão consciente ou estejam invisíveis e acobertados no mais profundo da sua psique.
Espera-se que sempre possa estar com o fio condutor elencado na sua interioridade e desfrutando
das crises como se fossem grandes oportunidades de crescimento próprias para a sua jornada.
É verdade que a vida, os complexos, a doença, tratamentos, entre outros fenômenos, possuem
a potencialidade de se manifestarem de formas construtivas e destrutivas. A vida desafia, não dá
garantias, exige, força e cobra, mas, também é prodigiosa. Ela põe cada qual em curso e no encontro
do seu genuíno ouro, mas, não necessariamente no suposto curso em que estava em curso. Os
complexos se tornam evidentes no nosso dia a dia, no nosso viver e agir, mas também se
manifestam em símbolos. Segundo Kast, (1997, p.31) entende-se por complexo:

As constelações específicas de lembranças de experiências e fantasias


condensadas, ordenadas em torno de um tema básico semelhante e
carregadas com uma forte emoção da mesma qualidade. Quando, na vida, se
toca nesse tema ou nos afetos correspondentes, nós reagimos de maneira
complexada, ou seja, enxergamos e interpretamos a situação no sentido do
complexo, tornamo-nos “emocionais” e defendemo-nos de modo
estereotipado, como já o fizemos anteriormente.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 27

O psicólogo deve considerar as prioridades e a necessária disponibilidade interna para atender


o paciente nos momentos em que realmente precise, ao mesmo tempo, deve ter uma programação
diária para nortear o trabalho e torna-lo possível, sem desconsiderar o principal, que é a
compreensão desse que adoeceu e de sua peculiaridade. O psicólogo tem que amplificar os
conhecimentos e associações junto ao paciente, para melhor compreendê-lo e para adequar e
qualificar a abordagem, por vezes, para compartilhar com a equipe, algumas informações
específicas, contribuindo com uma ação interdisciplinar de adaptação dentro da viabilidade e
possibilidades clínicas e de rotina. É importante lembrar que o psicólogo também se beneficia com
a troca de conhecimentos advinda de outras especialidades. Afinal, surpresas e demandas são
previsíveis no contexto de clínicas como a onco-hematologia e centros de transplantes, portanto,
trabalhar nestes locais requer do profissional a capacidade de discernir o que é prioridade em cada
instante e o tempo que será destinado para o paciente.
É de grande ajuda a avaliação da percepção das experiências vividas por estarem interligadas
com a atmosfera subjetiva e nem sempre com uma relação direta com o fato em si, havendo
relevância ao modo de perceber a realidade. Como Kast (1997) bem lembra, o feedback não é
apenas uma descrição da natureza de algo ou de uma pessoa ou do autoconhecimento, da
identidade, é antes a compilação, condensação de um processo de interação perceptiva, manifesta na
equação pessoal de cada um. Assim, as expectativas, emoções e ideias diversas de como se deve
proceder diante das condições adversas ou de desafios advindos da vida em direção a morte
interferem no modo do paciente se apresentar. Muitas vezes, encontra-se internamente enclausurado
nas próprias amarras em relação ao apego daquilo que foi, mas, não é mais. Equipara-se a imagem-
fantasia com a imagem real da pessoa, isso ocorre quando episódios mnemônicos resultam da
interação de figuras representativas de algum significado afetivo que estão interligados na
composição subjetiva do fato vivido e no tempo de cada um.
Posto isso, é legítimo que o paciente possa ser compreendido num processo que a sua
subjetividade seja considerada no seu tempo, espaço histórico em constantes desconstruções,
construções e reconstruções, mas, com continência e continente, isto é, permeado por rupturas,
resgates e superações no encontro aproximativo do processo de individuação, tendo como Norte os
entendimentos das mortes e renascimentos em vida, não necessariamente da vida.
O psicólogo demarcará seu lugar com a qualidade de presença, sensibilidade e atitude que
denote que se importa com o fazer, pensar e sentir do paciente em relação a própria existência no
existir em cada encontro, ou desencontro encontrado na vida.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 28

O grande fator de cura na psicoterapia é a personalidade do médico, que não


é um dado conhecido no início; ela representa o seu mais alto nível de
desempenho e não um projeto doutrinário. As teorias devem ser evitadas, a
não ser como meros auxiliares. Tão logo se tornam dogma, fica evidente que
uma dúvida interior está sendo sufocada. São necessárias muitas teorias,
antes que possamos obter até mesmo uma imagem rudimentar da
complexidade da psique. [...] Não é possível encaixar nem a psique nem o
mundo em uma teoria. As teorias não são artigos de fé; ou são instrumentos
de conhecimento e terapia, ou não prestam para nada. (FIERZ, 1997, p.
154).

Além disso, cada caso é imprevisível e o paciente tem muitos atributos, além da doença em si,
o psicólogo segue, mas, sempre atento aos acontecimentos, aos efeitos dos conhecimentos
expressos pelo paciente e as constelações que vão se configurando, ou seja, as manifestações dos
conteúdos psíquicos que se apresentam como complexos e que como tais interferem, perturbam,
alteram a percepção e podem até exacerbar a sintomatologia da doença e interferir negativamente
no tratamento. Mas, sua interferência vai para além disso, mobilizam a libido, influenciam na vida
como um todo, para aquele que se encontrar constelado e preso na dinâmica advinda do complexo.
É de responsabilidade, também, do psicólogo apresentar autonomia de ser consciente e
realizar a obra e enquanto gENTE, deixar-se, ser realizado nas próprias carnes pelo opus. Precisa
ser gente e não apenas agente da ordem e progresso, agentes da humanização, agentes das novas
comunidades, teorias e modas hegemônicas do estado! Aliás, aonde que os valores ficaram e se
perderam, em relação a condição de ser gENTE?
Esta condição é premente para a saúde, portanto, também é um fomento significativo do
adoecimento de cada um, independentemente de ser o paciente da vez.
Citando C. G. Jung, “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma
alma humana, seja apenas outra alma humana” (1988).
Se após o fechamento do dia, no contexto hospitalar, o psicólogo tiver realizado com
amorosidade, disciplina, sensibilidade, respeito e competência o opus do seu trabalho junto com
aquele que lhe confia o seu ouro, lapidado ou não, quiçá possa dormir tranquilo, com menos
angústia e mais satisfação por contribuir para o bem-estar e desenvolvimento daqueles que
confiaram e precisaram da sua escuta atenta e respeitosa. Que nos sucessivos encontros, ambos
(paciente e psicólogo) tenham se importado um com o outro, de tal forma que se sintam tocados em
suas almas e tenham suas carnes psíquicas trabalhadas.
Finalizamos, com o nosso maior respeito e sinceros agradecimentos a todos os pacientes que
tanto nos ensinam!
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 29

Referências:

ESQUIROL JM. (2008). O Respeito ou o Olhar Atento. Uma Ética para a Era da Ciência e
da Tecnologia. Belo Horizonte: Editora Autentica. 147p.

FIERZ HK. (1997). Psiquiatria Junguiana. São Paulo: Editora Paulus. 485p. ISBN 85-349-
0947-4.

FRANZ ML. (1999). Psicoterapia. Editora Paulus: São Paulo. 350p.

GAMBINI R. (2008). A Voz e o Tempo: Reflexões para Jovens Terapeutas. São Paulo:
Editora Ateliê. 221p.

JACOBY M. (2011). O Encontro Analítico: Transferência e Relacionamento Humano.


Petrópolis: Editora Vozes. 182p.

JUNG CG. (1963). Memórias, Sonhos, Reflexões. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira.
360p.

JUNG CG. (1978). Estudos sobre Psicologia Analítica. Petrópolis: Editora Vozes.

JUNG CG. (1985). O Espírito na Arte e na Ciência. Obras Completas, v. XV. Petrópolis:
Editora Vozes Ltda. 140p.

JUNG CG. (1988). A Prática da Psicoterapia. Obras Completas, v. XVI. Petrópolis: Editora
Vozes Ltda. 346p.

JUNG CG. (1991). Tipos Psicológicos. Obras Completas, v. VI. Petrópolis: Editora Vozes
Ltda. 558p.

JUNG CG. (2003). Cartas 1956-1961. v. III. Petrópolis: Editora Vozes Ltda. 347p.

JUNG CG. (2009). Tipos psicológicos. Petrópolis: Vozes.

JUNG CG. (2011). Seminários sobre Sonhos de Crianças. Sobre o Método da Interpretação
dos Sonhos. Interpretação Psicológica de Sonhos de Crianças. Petrópolis: Editora Vozes. 700p.

KAST V. (1997). Pais e Filhas. Mães e Filhos: Caminhos para a auto-identidade a partir dos
Complexos Materno e Paterno. São Paulo: Edições Loyola. 221p.

MERLEAU-PONTY M. (1999). Fenomenologia da Percepção. São Paulo: Editora Martins


Fontes. 2ª ed. 661p.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 30

APRESENTAÇÃO DA PSICOLOGIA:
Publicações dos últimos anos como contribuição da Psicologia no Contexto do STMO e da
Onco-Hematologia

PUBLICAÇÃO – Período de Referência 2009 até o momento.


Pôster em Suplemento da Revista.
Artigo em Revistas Científicas.
Capítulo.
Livro

PUBLICAÇÃO – Período de Referência 2009

1. DÓRO MP. (2009). “Espiritualidade e Saúde”. Revista ABRALE no tópico: Conversando


sobre alguns assuntos. São Paulo, Maio.
http://www.abrale.org.br/apoio_psicológico/conversando/saude-e-espiritualidade.php

2. DÓRO MP, KOJO TK, LIMA DH, ZANONI AP, PELAEZ JM, ZANIS-NETO J. (2009).
"Perfil Biopsicossocial do Profissional de Enfermagem do Serviço de Transplante de Medula
Óssea”. Publicado na Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. v.31 - suplemento 3 -
agosto. XIII congresso da SBTMO. ISSN 1516-8484. Na página 70. Número de identificação do
resumo do pôster: 207. 2009.

3. DÓRO MP. (2009). “O Cuidado Interdisciplinar no Caminho da Cura”. Capítulo (150-


162p.) da Seção IV: Pós-Tratamento: Cura, Recidiva ou Terminalidade. Do Livro:
Transdisciplinaridade em Oncologia: Caminhos para um atendimento integrado. ISBN: 978-85-
61457-01-3. São Paulo, SP. Gráfica e Editora HR. 336p.

PUBLICAÇÃO – Período de Referência 2010

1. ZANONI AP, DÓRO MP, ZANIS-NETO J, BONFIM CMS. (2010). "A Percepção de
Adolescentes submetidos ao Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas em relação à própria
hospitalização”. Revista SBPH, v.13 n.1, Rio de Janeiro, RJ, junho.

PUBLICAÇÃO – Período de Referência 2011

1. DÓRO MP, ZANIS-NETO J, PELAEZ JM, SPERANDIO RC, BONFIM CMS,


FALAVINHA E, KOJO TK, LIMA DH. (2011). “Grupo de Apoio para Pacientes e Familiares do
Serviço de Transplante de Medula Óssea”. Revista de Psicologia Hospitalar referente ao artigo, v.9,
n.1.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 31

PUBLICAÇÃO – Período de Referência 2012

1. DÓRO MP, PELAEZ JM, ZANIS-NETO J, FUNKE VM, BONFIM CM, RIBEIRO LL,
BITENCOURT MA, PASQUINI R, MALVEZZI M. (2012). “Qualidade de Vida de Sobreviventes
Adultos com Anemia de Fanconi de Longa Data de Pós-Transplante de Medula Óssea Alogênico”.
“Long Term Quality of Life for Adult Survivors with Fanconi Anemia Post-Transplant of
Allogeneic Bone Marrow” 24th Annual Fanconi Anemia Research Fund Scientific Symposium.
Poster # 12, page: 94. Denver, Colorado, September, 27-30.

2. DÓRO MP, PELAEZ JM, ZANIS-NETO J, FUNKE VM, BONFIM CM, RIBEIRO LL,
BITENCOURT MA, PASQUINI R, MALVEZZI M, MAJEWSKI J, FARIAS NM. (2012). “Super
Medula: um recurso psicoterápico para a elaboração do processo do adoecer”. “Super Marrow: A
Psychotherapeutic Resource to Prepare Oneself for the Illness Process”. 24th Annual Fanconi
Anemia Research Fund Scientific Symposium. Poster # 13, page: 95. Denver, Colorado, September,
27-30.

3. DÓRO MP, PELAEZ JM, ZANIS-NETO J, FUNKE VM, BONFIM CM, RIBEIRO LL,
BITENCOURT MA, PASQUINI R, MALVEZZI M. (2012). “A interferência do Fenótipo na
construção da identidade e na qualidade de vida”. “The Interference of Phenotype in the
Construction of Identity and Quality of Life”. 24th Annual Fanconi Anemia Research Fund
Scientific Symposium. Poster # 33, page: 119. Denver, Colorado, September, 27-30.

PUBLICAÇÃO – Período de Referência 2013

1. DÓRO MP, FUNKE VM, PELAEZ JM, CARVALHO D, ZANIS-NETO J, BONFIM CM,
PASQUINI R, MALVEZZI M. (2013). “Impacto da Doença do Enxerto contra o Hospedeiro na
QV, Saúde, Sexualidade e na Fadiga dos sobreviventes de longa data de Pós-TCTH”. “GvHD
Impact on Quality of Life, Health, Sexuality and Fatigue of Long Term Survivors after
Hematopoietic Stem Cell Transplant”. BMT Tandem Meetings. Poster # 201. American Society for
Blood and Marrow Transplantation – ASBMT. Salt Lake City, Utah, February 13-17.

2. FARIAS MN, DÓRO MP, MAJEWSKI J, SOUZA JMC, et al. (2013). Livreto (Gibi): “O
Super Medula: a História de Natã Moreira Farias”. Número de páginas 16. Vitória Gráfica &
Editora, Apoio do HC-UFPR, Instituto Pasquini, Associação Alirio Pfiffer. UHHO. UNIMULT.
JODesign. Arte Gráfica e Visual Ltda. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná.
Curitiba, PR.

3. SANTOS DR, ANTONECHEN AC, MORETTO L, DÓRO MP, LOUREIRO MB,


PAVEUKIEWICZ P, SPERANDIO RC, SLOBODA R. (2013). Comitê de Boas-Vindas: estratégia
multiprofissional de acolhimento. In: XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de
Medula Óssea, 2013, São Paulo. Anais do XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante
de Medula Óssea, Abstract E 25, pág. 59, 60 - 2013. Segue o link com os Anais do Congresso de
2013: http://www.sbtmo.org.br/userfiles/anais/arquivo_20140306112025.pdf

4. PAVEUKIEWICZ P, SANTOS DR, BITTENCOURT RS, LOUREIRO MB, DÓRO MP;


BONFIM CMS. (2013). Acompanhamento das Mães de Crianças Submetidas ao Transplante de
Medula óssea: uma Abordagem Multiprofissional. In: XVII Congresso da Sociedade Brasileira de
Transplante de Medula Óssea, 2013, São Paulo. Hotel Maksoud Plaza. Anais do XVII Congresso da
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 32

Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, Abstract E 10, pág.47, 48 - 2013. Segue o
link com os Anais do Congresso de 2013:
http://www.sbtmo.org.br/userfiles/anais/arquivo_20140306112025.pdf

5. SANTOS DR, PAVEUKIEWICZ P, SPERANDIO RC, DÓRO MP, RIBEIRO LL,


BONFIM CMS, MURADAS BS, BRUNI R. (2013). A Brinquedoteca Hospitalar no Ambulatório
de Transplante de Medula Óssea: Relato de Experiência. In: XVII Congresso da Sociedade
Brasileira de Transplante de Medula Óssea, 2013, São Paulo. Hotel Maksoud Plaza. Anais do XVII
Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, Abstract E 23, pág. 58 -
2013. Segue o link com os Anais do Congresso de 2013:
http://www.sbtmo.org.br/userfiles/anais/arquivo_20140306112025.pdf

6. PAVEUKIEWICZ P, SANTOS DR, BONFIM CMS, DÓRO MP. (2013). Intervenção


Lúdica Interprofissional no Preparo da Criança para o Corte de Cabelo. In: XVII Congresso da
Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, 2013, São Paulo. Hotel Maksoud Plaza.
Anais do XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, Abstract E46,
pág. 75, 76 - 2013. Segue o link com os Anais do Congresso de 2013:
http://www.sbtmo.org.br/userfiles/anais/arquivo_20140306112025.pdf

7. ANTONECHEN AC, SILVERIO CI, SANTOS DR, CAMPOS DJ, MORETTO L, DÓRO
MP, BELTRAME MP, LOUREIRO MB, KAMINSKI R, BITTENCOURT RS, ANDRZEJEVSKI
VMS. (2013). Residência Multiprofissional em Atenção Hospitalar: experiência no Serviço de
Transplante de Medula Óssea. In: XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de
Medula Óssea, 2013, São Paulo. Anais do XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante
de Medula Óssea, Abstract E 26, pág. 60 - 2013.

8. DÓRO MP, ANTONECHEN AC, BONFIM CMS, PELAEZ JM, RIBEIRO LL,
MALVEZZI M, PAVEUKIEWICZ P, PASQUINI R, FUNKE VAM. (2013). A interferência do
fenótipo na construção da identidade e na Qualidade de Vida. In: XVII Congresso da Sociedade
Brasileira de Transplante de Medula Óssea, 2013, São Paulo. Anais do XVII Congresso da
Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, Abstract E 32, pág. 65 - 2013.

9. ANTONECHEN AC, MORETTO L, DÓRO MP, MALVEZZI M, FUNKE VAM. (2013).


Nível de depressão e ansiedade em pacientes do Serviço de Transplante de Medula Óssea. In: XVII
Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, 2013, São Paulo. Anais do
XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, Abstract E 35, pág. 67 -
2013.

10. DÓRO MP, ANTONECHEN AC, MURADAS B, BONFIM CMS, FREIRE EP, ZANIS-
NETO J, PELAEZ JM, RIBEIRO LL, MALVEZZI M, PASQUINI R, FUNKE VAM. (2013).
Super Medula: um recurso psicoterápico para a elaboração do processo do adoecer. In: XVII
Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, 2013, São Paulo. Anais do
XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, Abstract E 38, pág. 70 -
2013.

11. DÓRO MP, ANTONECHEN AC, BONFIM CMS, CARVALHO D, MALUF EC,
ZANIS-NETO J, PELAEZ JM, RIBEIRO LL, MALVEZZI M, PASQUINI R, FUNKE VAM.
(2013). Qualidade de Vida de sobreviventes adultos com Anemia de Fanconi de longa data pós-
Transplante de Medula Óssea. In: XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 33

Medula Óssea, 2013, São Paulo. Anais do XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante
de Medula Óssea, Abstract E 39, pág. 70 - 2013.

12. ANTONECHEN AC, MORETTO L, DÓRO MP, MALVEZZI M, FUNKE VAM. (2013).
Nível de distress de pacientes no Pré-transplante do Serviço de Medula Óssea. In: XVII Congresso
da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, 2013, São Paulo. Anais do XVII
Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, Abstract E 40, pág. 71 -
2013.

13. DÓRO, MP, ANTONECHEN AC, MURADAS B, DÓRO CA, BONFIM CMS, FREIRE
EP, PELAEZ JM, SCHLEDER KS, MORETTO L, RIBEIRO LL, MALVEZZI M, PASQUINI, R,
FUNKE VAM. (2013). Psicologia e Musicoterapia: uma parceria no processo psicoafetivo dos
pacientes do STMO. In: XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea,
2013, São Paulo. Anais do XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula
Óssea, Abstract E 43, pág. 74 - 2013.
13.1 Psicologia e Musicoterapia: uma parceria no processo. Resumo em versão online
(2013). http://www.sbtmo.org.br/userfiles/anais/arquivo_20140306112025.pdf

14. DÓRO MP, ANTONECHEN AC, LIMA DH, MORETTO L, MALVEZZI M, KOJO TK,
FUNKE VAM. Síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem que trabalham no STMO. In:
XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, 2013, São Paulo. Anais
do XVII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, Abstract E 50, pág.
79 - 2013. Este trabalho foi vencedor do Prêmio Fani Job – Melhor Trabalho Multidisciplinar
durante o Congresso.

15. LOUREIRO MB, ANTONECHEN AC, BITTENCOURT RS, SANTOS DR, DÓRO MP.
(2013). Terapia Ocupacional & Psicologia: Grupo de Cuidadores Familiares em Unidade de
Transplante de Medula Óssea. In: XIII Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional e Políticas
Públicas. Realizado pela Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais – ABRATO.
Florianópolis, SC. – Eixo 11, Abstract 460. – outubro de 2013. Anais nesse
endereço: http://anaiscbto2013.blogspot.com.br/p/eixo-11.html

16. BITTENCOURT RS, PAVEUKIEWICZ P, LOUREIRO MB, SANTOS DR, DÓRO MP.
(2013). Grupo de Mães em um Ambulatório de Transplante de Medula Óssea: Relato de
Experiência. In: XIII Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional e Políticas Públicas. Realizado
pela Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais – ABRATO. Florianópolis, SC. – Eixo 11,
Abstract 459. – outubro de 2013. Anais nesse endereço:
http://anaiscbto2013.blogspot.com.br/p/eixo-11.html

17. DÓRO MP, PELAEZ JM, ZANIS-NETO J, FUNKE VAM, BONFIM CMS RIBEIRO
LL, MALVEZZI M, PASQUINI R. (2013). Super Marrow: A Psychotherapeutic Resource to
Prepare Oneself for the Illness Process. In: International Journal of Quality of Life Aspects of
Treatment, Care and Rehabilitation. Abstracts presented at the 20th Annual Conference of the
International Society for Quality of life Research. ISOQOL. Inter Continental Miami Hotel. Miami,
Florida, USA. Volume 22. Supplement 1. Page 70, número: 1051. October 2013.

18. DÓRO MP, PELAEZ JM, ZANIS-NETO J, FUNKE VAM, BONFIM CMS, RIBEIRO
LL, MALVEZZI M, ARNOLD BJ, PASQUINI R, CESARIO E, CARVALHO D. (2013). Quality
of Life in long-term adult survivors of allogeneic bone marrow transplantation and comparison with
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 34

a control group. In: International Journal of Quality of Life Aspects of Treatment, Care and
Rehabilitation. Abstracts presented at the 20th Annual Conference of the International Society for
Quality of life Research. ISOQOL. Inter Continental Miami Hotel. Miami, Florida, USA. Volume
22. Supplement 1. Page 137, n 3091. October 2013.

PUBLICAÇÃO – Período de Referência 2014

1. DÓRO MP, ZANIS-NETO J, CARVALHO D, PELAEZ JM, FUNKE VAM, PASQUINI


R. (2014). Bone Marrow Transplant Long-Term Survivors` Satisfaction with Quality of Life:
Comparison with a Control Group. Open Journal of Medical Psychology. ISSN Print: 2165-9370.
ISSN Online: 2165-9389. DOI: 10.4236. 2014. Website: http://www.scirp.org/journal/ojmp

2. ZANONI AP, SANTOS KC, DÓRO MP. (2014). O Trabalho da Psicologia com Pacientes
Pediátricos em um Serviço de Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas: Considerações
Junguianas. Capítulo 15 (257-275p.), do Livro: Jung e Saúde: Temas Contemporâneos.
Organizadores: Amorin, S & Bilotta, FA. ISBN: 978-85-8148-466-2. Jundiaí, SP. Paco Editorial.
348p.

3. DÓRO MP, ANTONECHEN AC, SANTOS NRC, OKUMURA IM, BONFIM CMS,
RIBEIRO LL, MALVEZZI M. (2014). Sexualidade em pacientes com Anemia de Fanconi (AF). In:
XVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, 2014, Belo Horizonte.
Hotel Mercure Lourdes. Anais do XVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de
Medula Óssea, Abstract: P062, Pág. 41. - 2014. CSBTMO
2014: http://www.sbtmo.org.br/userfiles/anais/arquivo_20140306112025.pdf

4. DÓRO MP, SANTOS NRC, ANTONECHEN AC, OKUMURA IM, NABHAN SK,
MALVEZZI M. (2014). Impacto da Doença na Qualidade de Vida dos pacientes com Esclerose
Múltipla (EM) submetidos ao Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas (TCTH). In: XVIII
Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, 2014, Belo Horizonte. Hotel
Mercure Lourdes. Anais do XVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula
Óssea. Abstract: P105, Pág. 55. - 2014. CSBTMO
2014: http://www.sbtmo.org.br/userfiles/anais/arquivo_20140306112025.pdf

5. SANTOS DR, PEREZ JO, ANTONECHEN AC, DÓRO MP. (2014). Ações
Interprofissionais de humanização em um Ambulatório de Quimioterapia. In: I Congresso de
Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares e Cuidados Paliativos, 2014, Ribeirão Preto.
Medicina. Ribeirão Preto, v. 47. Abstract 97, pág. 99. P. 1-120 - 2014.

6. OKUMURA IM, DÓRO MP, ANTONECHEN AC, MALVEZZI M. (2014). A


Religiosidade como Recurso de Enfrentamento diante do Adoecimento. VIII Congresso Franco
Brasileiro de Oncologia. Realizado pela Sociedade Franco Brasileira de Oncologia. Hotel Sofitel
Copacabana. Rio de Janeiro, RJ. 09 à 11 de outubro de 2014. Resumo nas páginas 13 e 14, em
versão online:http://media.wix.com/ugd/86dc43_4d95c33ab9954c20965fe0ffcbd40b20.pdf

7. OKUMURA IM, DÓRO MP, MORETTO L, MALVEZZI M. (2014). Luto Antecipatório


no Tratamento de uma Neoplasia: um Estudo de Caso. VIII Congresso Franco Brasileiro de
Oncologia. Realizado pela Sociedade Franco Brasileira de Oncologia. Hotel Sofitel Copacabana.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 35

Rio de Janeiro, RJ. 09 a 11 de outubro de 2014. Resumo nas páginas 13 e 14, em versão online:
http://media.wix.com/ugd/86dc43_4d95c33ab9954c20965fe0ffcbd40b20.pdf

8. OKUMURA IM, DÓRO MP, MALVEZZI M. (2014). Processo de Individuação em


Contexto Hospitalar. VIII Congresso Franco Brasileiro de Oncologia. Realizado pela Sociedade
Franco Brasileira de Oncologia. Hotel Sofitel Copacabana. Rio de Janeiro, RJ. 09 a 11 de outubro
de 2014. Resumo nas páginas 13 e 14, em versão online:
http://media.wix.com/ugd/86dc43_4d95c33ab9954c20965fe0ffcbd40b20.pdf
9. DÓRO MP, SANTOS DR, DIAS GM, OKUMURA IM, SANTOS NRC, MALVEZZI M.
(2014). Relato de Experiência Multiprofissional em um Serviço de Transplante de Medula Óssea.
In: XVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, 2014, Belo
Horizonte. Hotel Mercure Lourdes. Anais do XVIII Congresso da Sociedade Brasileira de
Transplante de Medula Óssea, Abstract P019, Abstract: P019, pág. 26. - 2014. CSBTMO
2014: http://www.sbtmo.org.br/userfiles/anais/arquivo_20140306112025.pdf

10. GLUSTAK ME, ANTONECHEN AC, SANTOS NRC, FUNKE VAM, DÓRO MP.
(2014). Resiliência e Transtornos de Humor em Pacientes com Leucemia Mielóide Crônica. In: VI
Jornada Baiana de Psico-Oncologia e IX Fórum Baiano de Psicologia Hospitalar. Realizado pelo
Serviço de Psicologia e Departamento de Ensino e Pesquisa do Hospital Aristides Maltez. Bahia
Othon Palace Hotel. Salvador, BA. 08 à 11 de outubro de 2014. Pôster Eletrônico TL 14.
http://www.interlinkeventos.com.br/psico/wp-content/uploads/2014/10/Psico-Posters-Resumos-
finais-20-09.pdf

11. ANTONECHEN AC, DÓRO MP. (2014). Representações Simbólicas de Dor de Pacientes
com Câncer e Dor Crônica em Tratamento Ambulatorial. In: VI Jornada Baiana de Psico-
Oncologia e IX Fórum Baiano de Psicologia Hospitalar. Realizado pelo Serviço de Psicologia e
Departamento de Ensino e Pesquisa do Hospital Aristides Maltez. Bahia Othon Palace Hotel. A
Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia – SBPO atribuiu Menção Honrosa à Antonhechen, AC.
& Dóro, MP. Salvador, BA. 08 à 11 de outubro de 2014. Pôster Eletrônico TL 29.
http://www.interlinkeventos.com.br/psico/wp-content/uploads/2014/10/Psico-Posters-Resumos-
finais-20-09.pdf

12. ANTONECHEN AC, DÓRO MP. (2014). Qualidade de Vida, Ansiedade e Depressão em
Pacientes Oncológicos com Dor Crônica em Tratamento Ambulatorial. In: VI Jornada Baiana de
Psico-Oncologia e IX Fórum Baiano de Psicologia Hospitalar. Realizado pelo Serviço de
Psicologia e Departamento de Ensino e Pesquisa do Hospital Aristides Maltez. Bahia Othon Palace
Hotel. Salvador, BA. 08 à 11 de outubro de 2014. Pôster Eletrônico TL 30.
http://www.interlinkeventos.com.br/psico/wp-content/uploads/2014/10/Psico-Posters-Resumos-
finais-20-09.pdf

13. ANTONECHEN AC, DÓRO MP, MORETTO L, OKUMURA IM, SANTOS NRC,
MALVEZZI M. (2014). Avaliação de Qualidade de Vida em Pacientes pré-transplante de Células-
Tronco Hematopoéticas. In: VI Jornada Baiana de Psico-Oncologia e IX Fórum Baiano de
Psicologia Hospitalar. Realizado pelo Serviço de Psicologia e Departamento de Ensino e Pesquisa
do Hospital Aristides Maltez. Bahia Othon Palace Hotel. Salvador, BA. 08 à 11 de outubro de 2014.
Pôster Eletrônico PE 10. http://www.interlinkeventos.com.br/psico/wp-
content/uploads/2014/10/Psico-Posters-Resumos-finais-20-09.pdf
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 36

14. ANTONECHEN AC, DÓRO MP, MORETTO L, OKUMURA IM, SANTOS NRC,
MALVEZZI M. (2014). Percepção de Sexualidade e Vida Sexual em Pacientes Pré-Transplante de
Células-Tronco Hematopoéticas. In: VI Jornada Baiana de Psico-Oncologia e IX Fórum Baiano de
Psicologia Hospitalar. Realizado pelo Serviço de Psicologia e Departamento de Ensino e Pesquisa
do Hospital Aristides Maltez. Bahia Othon Palace Hotel. Salvador, BA. 08 à 11 de outubro de 2014.
Pôster Eletrônico PE12. http://www.interlinkeventos.com.br/psico/wp-
content/uploads/2014/10/Psico-Posters-Resumos-finais-20-09.pdf

15. ANTONECHEN AC, OLIVEIRA JP, SANTOS DR, OKUMURA IM, SANTOS NRC,
DÓRO MP. (2014). Prática Ambulatorial: Aquário das Reflexões. In: VI Jornada Baiana de Psico-
Oncologia e IX Fórum Baiano de Psicologia Hospitalar. Realizado pelo Serviço de Psicologia e
Departamento de Ensino e Pesquisa do Hospital Aristides Maltez. Bahia Othon Palace Hotel.
Salvador, BA. 08 à 11 de outubro de 2014. Pôster Eletrônico P11.
http://www.interlinkeventos.com.br/psico/wp-content/uploads/2014/10/Psico-Posters-Resumos-
finais-20-09.pdf

16. SANTOS DR, SANTARÉM I, MENDES J, PEREZ JO, MORETTO L, DÓRO MP,
TRAMUJAS M. (2014). Comemoração do Outubro Rosa em um Ambulatório de Oncologia e
Hematologia. IV Jornada da Unidade da Mulher e do Recém-Nascido e I Jornada Científica da
Residência Multiprofissional de Saúde da Mulher. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Paraná – HC-UFPR.Curitiba, PR. 21 de novembro de 2014.

PUBLICAÇÃO – Período de Referência 2015

1. DÓRO MP, PELAEZ JM, FUNKE VAM, OKUMURA IM, PASQUINI R. (2015).
Evaluate the Impact of GVHD on Quality of Life, Health, Sexuality and Fatigue of Long Term
Survivors after Hematopoietic Stem Cell Transplant (HSCT). In: 22nd Annual Conference of the
International Society for Quality of Life Research. ISOQOL. Fairmont Hotel Vancouver.
Vancouver. Quality of Life Research Supplement, Abstract: 1099, page 94, session 1001. Canadá,
2015. http://www.isoqol.org/2015conference/hotel-and-travel-information

2. SANTOS DFK, SANTOS DR, OKUMURA IM, DÓRO MP, SANTOS LE. (2015). A
utilização do Grupo de Educação em Saúde em um Ambulatório de Quimioterapia – Resgatando
Papéis Ocupacionais. ATOERJ - XIV CBTO - Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional. Rio
de Janeiro, RJ, 12 a 15 de outubro de 2015. Arquivo: Resumo_Grupo Terapêutico.docx. O link do
congresso: ATOERJ

3. OKUMURA IM, DÓRO MP. (2015). Intervenção psicológica sobre grupo terapêutico de
um serviço ambulatorial onco-hematológico. SBOC - 19º Congresso de Oncologia Clínica:
Oncologia Sem Fronteiras. Foz do Iguaçu - PR. 29 de outubro a 01 de novembro de 2015.
Organizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. – SBOC – Abstract código 180167.
Arquivo: Resumo_Intervenção psicológica sobre grupo terapêutico de um serviço ambulatorial
onco-hematológico.docx.

4. OKUMURA IM, DÓRO MP. (2015). Assistência psicológica ao familiar cuidador do


paciente no processo de adoecimento oncológico. SBOC - 19º Congresso de Oncologia Clínica:
Oncologia Sem Fronteiras. Foz do Iguaçu – PR, 29 de outubro a 01 de novembro de 2015.
Organizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. – SBOC – Abstract código 40196.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 37

Arquivo: Resumo Assistência psicológica ao familiar cuidador do paciente no processo de


adoecimento oncológico.docx.

5. OKUMURA IM, DÓRO MP. Impacto do diagnóstico e tratamento do câncer no


funcionamento psíquico do paciente. SBOC - 19º Congresso de Oncologia Clínica: Oncologia Sem
Fronteiras. Foz do Iguaçu - PR. 29 de outubro a 01 de novembro de 2015. Organizado pela
Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. – SBOC – Abstract código 180167. Arquivo: Resumo
Impacto do diagnóstico e tratamento do câncer no funcionamento psíquico do paciente.docx.

6. LOPES FR, PEREZ JO, ZAMPIROM K, SANTOS NRC, SANTOS DR, DÓRO MP,
NABHAN SK. (2015). Tecnologia Assistiva: um recurso no resgate da autonomia e bem-estar do
paciente que se submete ao TCTH. XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de
Medula Óssea. Anais do XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea.
Foz de Iguaçu, PR. Pôster Multiprofissional (PM-16).

7. SANTOS NRC, DÓRO MP, NABHAN SK. (2015). Adoecer no Adolescer: Reflexões a
Cerca da Doença Hematológica e Oncológicas na Adolescência. Congresso da Sociedade Brasileira
de Psicologia Hospitalar. SBPH. Centro de Convenções Rebouças. São Paulo, SP. Setembro, 2015
http://congressosbph2015.com.br/index.php/en/programação.

8. ZAMPIROM K, SANTOS NRC, OKUMURA IM, LEVISKI LB, DÓRO MP. (2015). A
Mitologia como Recurso da Psicologia Analítica para a Compreensão da Experiência Profissional
dos Residentes de Psicologia. XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula
Óssea. Anais do XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Foz de
Iguaçu, PR. Pôster Multiprofissional (PM-19).

9. DÓRO MP, LEVISKI BL, OKUMURA IM, ZAMPIROM K, SANTOS NRC, FUNKE
VAM. (2015). A Psicossomática como Embasamento para nortear o Atendimento Psicológico ao
Paciente com Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro Crônica. XIX Congresso da Sociedade
Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Anais do XIX Congresso da Sociedade Brasileira de
Transplante de Medula Óssea. Foz de Iguaçu, PR. Pôster Multiprofissional (PM-18).

10. DÓRO MP, LEVISKI BL, OKUMURA IM, ZAMPIROM K, SANTOS NRC, NABHAN
SK. (2015). Estratégias de enfrentamento dos pacientes submetidos ao Transplante de Células-
Tronco Hematopoéticas. XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea.
Anais do XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Foz de Iguaçu,
PR. Pôster Multiprofissional (PM-24).

11. DÓRO MP, OKUMURA IM, SANTOS NRC, LEVISKI BL, ZAMPIROM K,
ANTONECHEN AC, FUNKE VAM, NABHAN SK. (2015). Avaliação da qualidade de vida em
pacientes com Leucemia Mieloide Crônica (LMC). XIX Congresso da Sociedade Brasileira de
Transplante de Medula Óssea. Anais do XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de
Medula Óssea. Foz de Iguaçu, PR. Pôster Multiprofissional (PM-26).

12. SANTOS NRC, ZAMPIROM K, PEREZ JO, HEINEM GTC, FRANCIOTTI DL, DÓRO
MP, SANTOS DR, CAMPOS DJ, BONFIM CMS. (2015). Comemoração da Pega Medular: relato
de uma ação de humanização no Serviço de Transplante de Medula Óssea. XIX Congresso da
Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Anais do XIX Congresso da Sociedade
Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Foz de Iguaçu, PR. Pôster Multiprofissional (PM-38).
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 38

13. DÓRO MP, OKUMURA IM, SANTOS NRC, LEVISKI BL, ZAMPIROM K, KOJO KT.
(2015). Intervenção Psicológica estendida para o Pós Morte: um Ritual de Despedida e de acalanto
para aqueles que ficam. XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea.
Anais do XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Foz de Iguaçu,
PR. Pôster Multiprofissional (PM-52).

14. LEVISKI LB, DÓRO MP, SANTAREM I, SANTOS DR. (2015). Acolhimento como
Modalidade de Atendimento Interdisciplinar em um Ambulatório de Transplante de Medula Óssea.
XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Anais do XIX Congresso
da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Foz de Iguaçu, PR. Pôster
Multiprofissional (PM-01).
15. LEVISKI LB, DÓRO MP, ZAMPIROM K. (2015). CRISE: Uma Oportunidade para
Despertar a Alma. XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Anais
do XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Foz de Iguaçu, PR.
Pôster Multiprofissional (PM-02).

16. DÓRO MP, OKUMURA IM, SANTOS NRC, LEVISKI BL, ZAMPIROM K, KOJO KT.
(2015). Intervenção Psicológica estendida para o Pós Morte: um Ritual de Despedida e de acalanto
para aqueles que ficam. IV Congresso de Humanização da PUC-PR. Curitiba, PR.
Poster: http://anais.congressodehumanizacao.com.br/files/2015/11/1012015.pdf. Segue link do site
dos anais: http://anais.congressodehumanizacao.com.br/.

17. ZAMPIROM K, DÓRO MP. (2015). Contos de Fada: um Recurso Psicoterápico na


Abordagem Pediátrica. IV Congresso de Humanização da PUC-PR. Curitiba, PR.
Poster: http://anais.congressodehumanizacao.com.br/files/2015/11/1012015.pdf. Segue link do site
dos anais: http://anais.congressodehumanizacao.com.br/

18. PEREZ JO, SANTAREM I, COLETTO NCS, SANTOS DR, DÓRO MP. (2015). A
Importância de um Espaço de Diálogo para o Enfrentamento de uma Situação de Morte entre um
Grupo de Residentes Multiprofissional. IV Congresso de Humanização da PUC-PR. Curitiba, PR.
Poster: http://anais.congressodehumanizacao.com.br/files/2015/11/1012015.pdf. Segue link do site
dos anais: http://anais.congressodehumanizacao.com.br/

19. DÓRO MP, ANTONECHEN AC, OKUMURA IM. (2015). Pain, Patients` Needs and
Health-Related Quality of Life. In: MOHAN, B. (Org.). Construction of Social Psychology:
Advances in Psychology and Psychological Trends Series. 1ed. Lisboa: Inscience Press. p. 59-68
The electronic version is already available on our website www.insciencepress.org - and the direct
link to access and download the book is http://insciencepress.org/construction-of-social-
psychology/.

20. DÓRO MP, PELAEZ JM, DÓRO C, ANTONECHEN AC, MALVEZZI M, BONFIM
CM, FUNKE VAM. (2015). Psicologia e musicoterapia: uma parceria no processo psicoativo dos
pacientes do Serviço de Transplante de Medula Óssea. Rev. SBPH. v.18, n.1, Rio de Janeiro –
Jan./Jul. – página 105-130. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=1516-
085820150001&lng=pt&nrm=iso

PUBLICAÇÃO – Período de Referência 2016


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 39

1. ANTONECHEN AC, DÓRO MP. (2016). Qualidade de Vida, Ansiedade e Depressão em


pacientes com Dor Crônica atendidos em um Ambulatório de Hemato-Oncologia e Quimioterapia.
Revista Saúde (Santa Maria) http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/revistasaude
Está no prelo, sairá no próximo periódico.

PUBLICAÇÃO – ARTIGOS ENCAMINHADOS PARA À COMISSÃO EDITORIAL


PARA APRECIAÇÃO E PUBLICAÇÃO – AGUARDANDO O RESULTADO ....

1. EFFICACE F, BRECCIA M, COTTONE F, OKUMURA I, DÓRO MP, RICCARDI F,


ROSTI G, BACCARINI M. (2016). The Relationship between Psychological Wellbeing and Social
Support in Patients with Chronic Myeloid Leukemia Receiving Lifelong Targeted Therapies.
Supportive Care in Cancer.

2. OKUMURA IM, DÓRO MP. (2016). Chronic Myeloid Leukemia Patients: Quality of Life
and Personality". Journal of Patient Experience.

3. OKUMURA IM, DÓRO MP. (2015). Transitoriedade na vida do paciente. SBPH.

4. SANTOS NRC, DÓRO MP. (2016). Resiliência e Qualidade de Vida: norteadores da


condição psicológica dos adolescentes hospitalizados. Revista Saúde (Santa Maria). Em URL do
manuscrito: http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/revistasaude 2016

5. PEREZ JO, DÓRO MP. (2016). A Percepção de Residentes Multiprofissionais da área da


Saúde sobre o Processo de Morte. URL do Manuscrito:
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/author/submission/23099

6. DÓRO CA, ZANIS-NETO J, DÓRO MP. (2016). Music Therapy Improves the Mood of
Patients Undergoing Hematopoietic Stem Cell Transplantation. Bone Marrow Transplantation.
http://www.scirp.org/journal/JCT/

7. MORETTO L, DÓRO MP. (2016). Indicadores de motivação apresentados pelo doador no


processo de doação de medula óssea. Revista Saúde (Santa Maria).
http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/revistasaude.

PESQUISAS – Plataforma BRASIL

1. Psicologia e Musicoterapia: uma parceria no processo psicoafetivo dos pacientes do Serviço


de Transplante de Medula Óssea-STMO”. Patrocinador Associação Alirio Pfiffer & Instituto
Pasquini para compra dos instrumentos musicais, contabilizando um total de R$: 12.000,00
(doze mil reais). Pesquisadora Principal Maribel Pelaez Doró com a participação voluntária
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 40

do Musicoterapeuta e Músico Carlos Antonio Dóro. CAAE: 19707813.0.0000.0096.


Número do Parecer Consubstanciado do CEP: 679.608. Resolução CNS 466/2012.
Desenho do Estudo: Estudo Experimental Longitudinal dos efeitos da ação terapêutica da
palavra e da musicalidade nos comportamentos psicológicos dos pacientes do STMO.
Curitiba, 2013. FINALIZADA.

2. Análise da Inter-relação da Qualidade de Vida, Resiliência e a Síndrome de Burnout em


Residentes Multiprofissionais do HC-UFPR. Pesquisadora Principal Maribel Pelaez Doró
com a participação das assistentes de pesquisa, Vânia Mari Salvi Andrzejevski, Denise
Campos Amaral e Tânia Dallalana. CAAE: 27456214.3.0000.0096. Número do Parecer
Consubstanciado do CEP: 651.113. Resolução CNS 466/2012.
Desenho do Estudo: Exploratório, Comparativo, Quantitativo e Longitudinal. Curitiba,
2014. FINALIZADA.

3. Pacientes com LMC do STMO: associações com Qualidade de Vida, Ansiedade, Depressão,
Resiliência e Adesão. Pesquisadora Principal Maribel Pelaez Dóro com a participação das
assistentes de pesquisa, Residentes da Psicologia: Aline Cristina Antonechen e Iris
Okumura. CAAE: 38720714.6.0000.0096. Número do Parecer Consubstanciado do CEP:
928.628. Resolução CNS 466/2012.
Desenho do Estudo: Ensaio Clínico, Randomizado, Observacional e Transversal. Curitiba,
2014. EM ANDAMENTO.

4. Qualidade de Vida, Ansiedade e Depressão em pacientes com Dor Crônica atendidos em um


Ambulatório de Hemato-Oncologia e Quimioterapia do Hospital de Clínicas da
Universidade Federal do Paraná – HC-UFPR. Pesquisadora Principal Maribel Pelaez Doró
com a participação da Pesquisadora Assistente: Residente da Psicologia Aline Cristina
Antonechen. CAAE: 27443914.2.0000.0096 Número do Parecer Consubstanciado do CEP:
612.186. Resolução CNS 466/2012.
Desenho do Estudo: Pesquisa Clínica, Randomizada, Transversal, Prospectiva e
Quantitativo. Curitiba, 2014. FINALIZADA.

5. Indicadores de motivação interna e externa apresentados pelo doador no processo


de doação de Medula Óssea. Pesquisadora Principal Maribel Pelaez Doró com a
participação da Pesquisadora Assistente: Residente da Psicologia Larissa Moretto. CAAE:
27432614.4.0000.0096. Número do Parecer Consubstanciado do CEP: 679.608. Resolução
CNS 466/2012
Desenho do Estudo: Pesquisa Clínica e de Abordagem Quali/quantitativa. Curitiba, 2014.
FINALIZADA.

6. A Percepção de Residentes de Diferentes Profissões sobre o Processo de Morte.


Pesquisadora Principal Dayane Regina dos Santos e Juliana de Oliveira Perez (Terapeuta
Ocupacional) Pesquisadora Assistente como Co-orientadora Maribel Pelaez Dóro. CAAE:
38580414.1.0000.0096. Número do Parecer Consubstanciado do CEP: 931.188. Resolução
CNS 466/2012.
Desenho do Estudo: Estudo Descritivo Exploratório de Abordagem Quantitativa. Curitiba,
2014. FINALIZADA.

7. Intervenção psicológica em pacientes com Leucemia Mieloide Crônica: avaliação da


qualidade de vida e dos tipos psicológicos. Pesquisadora Principal Maribel Pelaez Dóro com
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 41

a participação da Pesquisadora Assistente: Residente da Psicologia Iris Okumura. CAAE:


38586114.2.0000.0096 Número do Parecer Consubstanciado do CEP: 906.524. Resolução
CNS 466/2012.
Desenho do Estudo: Pesquisa Clínica, Intervencional, Longitudinal com Análise Prospectiva
da amostra. Curitiba, 2014. FINALIZADA.

8. Resiliência e Qualidade de vida em Adolescentes submetidos ao Transplante de Células-


Tronco Hematopoéticas na Enfermaria do STMO. Pesquisadora Principal Maribel Pelaez
Dóro com a participação da Pesquisadora Assistente: Residente da Psicologia Núbia Rafaela
Coletto dos Santos. CAAE: 43193115.4.0000.0096. Número do Parecer Consubstanciado do
CEP: 1.034.595. Resolução CNS 466/2012.
Desenho do Estudo: Pesquisa Clínica, Quantitativa e Qualitativa, Transversal, Prospectiva e
Prevalente. Curitiba, 2015. FINALIZADA.

9. Qualidade de Vida e Representação Simbólica da doença em pacientes com Anemia de


Fanconi do STMO-HC-UFPR. Pesquisadora Principal Maribel Pelaez Dóro com a
participação Aline Cristina Antonechen e Manuela Pimentel Leite. CAAE:
40372114.8.0000.0096. Número do Parecer Consubstanciado do CEP: 1.091.112. Resolução
CNS 466/2012.
Desenho do Estudo: Pesquisa Clínica, Primária, Transversal, Prospectiva aleatorizado.
Curitiba, 2015.EM ANDAMENTO

10. As experiências de doadores aparentados de medula óssea numa perspectiva


fenomenológica-existencial. Pesquisadora Principal Prof. Dra. Joanneliese de Lucas Freitas
(orientadora); Dra. Maribel Pelaez Doro (co-orientadora) e Manuela Pimentel Leite
(orientanda). Encontra-se em Processo de Avaliação do Comitê. CAAE:
44607715.0.0000.0102. Resolução CNS 466/2012
Desenho do Estudo: Pesquisa Empírica. Curitiba, 2015. EM ANDAMENTO

11. O Impacto da Musicoterapia no Controle do Humor em Pacientes Internados para


Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas. Participação como Co-orientadora da
Dissertação de Mestrado do Músico e Musicoterapeuta Carlos Antonio Dóro. Orientador:
Dr. José Zanis Neto; Co-Orientadoras: Profª Dra. Rosemyrian Cunha e Pisc. Dra. Maribel
Pelaez Dóro.
Desenho do Estudo: Randomizado, Controlado e Experimental. Curitiba, 2014.
FINALIZADA.

12. Contos de Fada: um Recurso Psicoterápico na Abordagem Pediátrica. Pesquisadora


Principal Maribel Pelaez Dóro com a participação da R2 Keila Zampirom. CAAE:
50987915.0.0000.0096. Número do Parecer Consubstanciado do CEP: Resolução CNS
466/2012. Número do Parecer: 1.432.459.
Desenho do Estudo: Pesquisa clínica, intervencional e longitudinal. Curitiba, 2016.
EM ANDAMENTO.

13. A Intervenção Psicológica ao Paciente em Plano Terapêutico Não-Curativo e sua Interface


com a Mitologia. Pesquisadora Principal Maribel Pelaez Dóro com a participação da R2
Bárbara Luckow Leviski. CAAE: 50687015.2.0000.0096. Número do Parecer
Consubstanciado do CEP: 1.457.264. Resolução CNS 466/2012.
Desenho do Estudo: Pesquisa clínica, randomizada, intervencional e longitudinal.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 42

Curitiba, 2016. EM ANDAMENTO.

14. Significância do prognóstico e avaliação longitudinal dos Resultados Reportados pelo


Paciente com Síndromes Mielodisplásicas (PROMYS), Pesquisadora Principal Maribel
Pelaez Dóro com a participação da Psic. Iris Miyake Okumura Primeira Assistente –
Pesquisadora e da Dr.ª Larissa Alessandra Medeiros Médica da UHHO. Desenho do estudo:
Coorte internacional observacional prospectivo. O protocolo deste estudo foi escrito e será
conduzido em respeito à Declaração de Helsinki, de Boas Práticas Clínicas e regulações
nacionais aplicáveis. Grupo Italiano de Doenças Hematológicas em Adultos (GIMEMA)
Centro de Pesquisa. Registro Internacional PROMYS. Com o número do CAAE:
55215916.0.0000.0096. Resolução CNS 466/2012. Número do Parecer Consubstanciado do
CEP
Curitiba, 2016. EM ANDAMENTO.

UNIDADE 1 – SERVIÇO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA:


AMBULATÓRIO (SAM 15)
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 43

1 O AMBULATÓRIO

1.1 ESTRUTURA FÍSICA


O ambulatório conta com recepção, sala de espera adulto, arquivo de prontuários,
consultório de psicologia, serviço social, odontologia, medicina, sala de medicação adulto e
pediátrico, sala de procedimento, brinquedoteca, copa, quartos de isolamento e banheiros.

1.1.1 Consultório do Serviço de Psicologia


O consultório de Psicologia é composto por 1 mesa, 1 computador, 3 cadeiras, distribuídas
como julgar melhor para atender, 2 janelas que devem ser fechadas durante o atendimento para o
isolamento sonoro, mantendo assim o conteúdo do atendimento em sigilo. 1 notebook, que contém
as pastas onde são registrados os dados dos protocolos e pesquisas realizadas no ambulatório. 1
armário que contém: formulários para protocolos, agenda da psicologia, livro de registros, caixa de
arquivo das fichas, material de escritório, material para usar em técnicas expressivas (lápis de cor,
canetinhas, papel sulfite), caixa de lenços, livros de histórias infantis e conto de fadas, material
como recurso e apoio psico-educativo sobre doenças neoplásicas e não neoplásicas, gibi do Super
Medula, livreto do “Lucas volta a lutar”, caixa com pastas onde contém material dos pacientes
identificado pelo nome, formulários preenchidos de pesquisas, quadro branco e canetas. A sala
possui uma chave que fica aos cuidados da Residente e da coordenadora do serviço, deve ser
mantida trancada na ausência de um profissional da psicologia no ambulatório, pois a sala contém
materiais e dados confidências dos pacientes atendidos.

1.1.2 Banheiro para funcionários


Se localiza na frente da sala de medicação pediátrica, possui chave que fica com a
enfermagem, quando utilizar, fechar e entregar a chave na mesa da enfermagem.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 44

1.1.3 Copa
A copa é para funcionários, residentes e estagiários do STMO, possui micro-ondas, forno,
pia e Geladeira, para guardar os alimentos na geladeira é necessário etiquetar os alimentos com
nome e data. O café que é feito pelos funcionários pode ser consumido, desde que seja contribuído
financeiramente com R$5,00, para a equipe da manhã e R$5,00 para a equipe da tarde.

1.2 ROTINA
Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
Reunião Clínica
07:30 - 08:30 Supervisão e
Tutoria e
Pesquisa de Assistência
08:30 - 09:30 Reunião Inter. Assistência e Pesquisa SMD
SMD Estudos e
09:30 - 10:30 Aula do Eixo trabalhos
Específico teóricos ou
Assistência Reunião Teórico Assistência
Clínica Aula Eixo de Extra
Grupo de
10:30 - 11:30 Concentração e
Estudos P.A.
Pesquisa SMD
Visita
11:30 - 12:30 Almoço Almoço Supervisionada
12:30 - 13:30 Almoço Almoço Almoço Almoço
Pesquisa LMC e
14:30 - 15:30 Assistência Aula do Eixo Assistência
Transversal e Estudos e
15:30 - 16:30
Pesquisa SMD Assistência Assistência Trabalhos
16:30 - 17:30 Teóricos
Reunião Psico- Reunião OH
17:30 - 18:30 Onco

1.2.1 Rotina Ambulatorial – Paciente Adulto


Dia da semana Ambulatório Código do ambulatório
Segunda-feira Pré-TCTH, TCTH NAP; 328; 332;329;390
Pós-TCTH, LMC
Terça-feira TCTH Falência Medular; 331;328;332, 666, 665.
TCTH NAP, Pré-TCTH,
Anemia de Fanconi, SMD
Quarta-feira DECH, Pré-TCTH, TCTH 688; 328;332;329
NAP; Pós-TCTH, SMD
Quinta-feira Pré-TCTH, TCTH NAP; 328;332;329
Pós-TCTH, Anemia de
Fanconi, SMD.
Sexta-feira TCTH autólogo 330
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 45

1.2.2 Rotina ambulatorial – Paciente Adolescente e Pediátrico

Dia da semana Ambulatório


Segunda-feira TCTH novos (à tarde),
Pré, pós TCTH
Terça-feira TCTH novos (à tarde)
Anemia de Fanconi (AF)
Pré, pós TCTH, SMD,
Hemato-Benigna
Quarta-feira TCTH novos (à tarde)
Pré, pós TCTH, AF.
Quinta-feira TCTH novos (à tarde)
Pré, pós TCTH
Pré, pós TCTH, AF.
Sexta-feira TCTH novos (à tarde),
SMD (manhã), Hemato-
Benigna
* Apesar de existirem dias específicos de ambulatórios, há casos atendidos que não estão inclusos
na agenda ambulatorial do dia.

1.2.3 Hospital-Dia
Quando o paciente atinge um estado favorável de saúde na enfermaria do STMO (15º
andar), o mesmo tem alta e passa a ser acompanhando no hospital dia, a frequência desse depende
da performance física, das condições socioeconômicas e da compreensão cognitiva para o
autocuidado, mas em sua maioria são atendidos no ambulatório diariamente para medicações, o
tempo que eles ficam nesse espaço é especifico para cada um.
Os pacientes em hospital dia ficam na Sala de Medicação ou em Quartos de Isolamento.
Para o acompanhamento em sala de medicação, costuma-se utilizar uma cadeira da própria sala,
posicioná-la de tal forma que possa ocultar o rosto do paciente e o corpo do profissional possa
configurar uma barreira de isolamento para as manifestações emocionais e narrativas expressas.
Somente quando a enfermagem liberar poderá conduzi-lo para o consultório da Psicologia, com o
carrinho das medicações, como nos casos em que a infusão do antibiótico seja lenta, com duração
longa, assim, poderá ficar até finalizar o medicamento. Com a melhora do seu estado clínico a
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 46

tendência do paciente em hospital dia é espaçar suas vindas ao ambulatório, quando o mesmo ganha
alta do hospital dia, passa a vir para consultas no ambulatório do Pós-Transplante.
No ambulatório existem dois tipos de isolamento, coletivo e individual, isso vai depender
dos motivos do isolamento, e deve ser verificado com a equipe de enfermagem antes de iniciar o
atendimento. É recomendável que o acompanhamento seja feito dentro desse local. A) no
isolamento individual, fica no quarto apenas 1 paciente e seu acompanhante, casos específicos onde
o paciente tenha necessidade de atendimento individual, solicitar que o acompanhante se ausente do
quarto. B) no isolamento coletivo, existem outros pacientes ocupando o mesmo espaço, em casos
onde exista a necessidade de acompanhamento individual deve-se pedir autorização a enfermagem
para retirá-lo do isolamento. Nos casos em que a enfermagem autoriza a saída deste do quarto de
isolamento, solicitar a orientação da equipe quanto aos cuidados, limpeza dos móveis quais ele
tocar, ou desinfecção total do ambiente utilizado.
Antes de entrar no quarto de isolamento, o profissional deve seguir o procedimento padrão
de higienização das mãos, e seguir as orientações da placa na porta, tanto para o uso de avental,
como máscara e luvas. Quando houver a necessidade do uso de materiais, como formulários entre
outros, esses devem estar plastificados para a devida higienização após o uso. Ou em caso de
desenhos e pinturas, solicitar ao paciente a autorização para fotografar e manter o material gráfico
no quarto do mesmo.

1.2.4 Ambulatório de Pré-TMO (Adulto, Adolescente e Pediátrico)


Ocorre na terça e quarta-feira. Pacientes se encontram no ambulatório para consulta médica.
Para ter conhecimento dos pacientes que tem consulta nesse dia, é necessário verificar junto a
recepção, o controle e a lista dos pacientes que irão transplantar fica aos cuidados da Enfermeira
chefe do ambulatório Adriana, caso eles não tenham essa informação, o Serviço Social e o
Assistente Administrativo do NAP podem informar sobre estes dados. Para tal procedimento é
requerido de 1 a 3 consultas, ou mais se for necessário. Portanto o ideal é obter a lista dos nomes
dos pacientes do pré e agendá-los com um mês de antecedência do TMO. Quando o paciente é
adulto, deve ser atendido individualmente e posteriormente o paciente com o familiar para observar
e investigar a qualidade da relação e do vínculo afetivo. No caso de doador Aparentado (familiar do
paciente) será atendido separadamente em atendimento especifico.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 47

1.2.5 Ambulatório de Pós-TMO


Segunda-feira pela manhã ocorre o ambulatório de pacientes que já passaram pelo
transplante, tanto os pacientes recentes, quanto os mais antigos. Mesmo o ambulatório de Pré-
Transplante não acontecendo nesse dia, muitas vezes os pacientes estão no ambulatório para exames
ou consultas com assistente social, é necessário se informar sobre os pacientes presentes no
ambulatório. Esse dia é propício para realizar pesquisa Pós-TCTH descrita no item 1.4.3.

1.2.6 Ambulatório de Leucemia Mieloide Crônica


Ocorre na segunda-feira à tarde. O atendimento ambulatorial a pacientes com LMC advém
de solicitações internas da equipe ou pela percepção e demanda do psicólogo e do paciente. Em
caso de pedido de consulta é importante que seja dado à devolutiva para o profissional que solicitou
de modo formal com registro no prontuário, SIH e nos registros internos da psicologia e informal,
conversando diretamente com o mesmo, principalmente se houverem informações que apesar de
serem sigilosas, a sua comunicação se justifica em nome da proteção do paciente.
Nesses casos o psicólogo responsável pelo ambulatório deve abordar o paciente verificar a
possibilidade do mesmo ser atendido na quinta-feira à tarde, dia este reservado para o atendimento
psicológico ambulatorial. Para os pacientes que são de outro estado ou cidade, avaliar na segunda-
feira e encaminhar para o serviço de psicologia da Unidade de Saúde da cidade onde o mesmo
reside. No entanto, a prioridade na segunda-feira é para a realização da Pesquisa sobre Qualidade de
Vida e aderência dos pacientes com LMC, conforme descrito no item 1.4.3.

1.2.7 Ambulatório de Síndrome Mielodisplásica


O Ambulatório de Síndrome Mielodisplásica corre na terça-feira à tarde, (13h00 às 17h00) e
na sexta-feira pela manhã. O atendimento ambulatorial a pacientes com SMD é para a realização da
Pesquisa sobre Qualidade de Vida dos pacientes com SMD, conforme descrito no item 1.4.3.
Nos casos que o psicólogo perceber uma demanda de atendimento clínico, além da pesquisa
é importante que o paciente participante da pesquisa seja encaminhado para a psicóloga responsável
pelo ambulatório. Essa, deve abordar o paciente e verificar a possibilidade do mesmo ser atendido
outro dia à tarde, um horário extra para o atendimento psicológico ambulatorial. Em seguida ao
atendimento clínico, a mesma deve realizar o registro no prontuário, SIH e nos registros internos da
psicologia. Para os pacientes que são de outro estado ou cidade, encaminhar para o serviço de
psicologia da Unidade de Saúde da cidade onde o mesmo reside. Se houver necessidade de
comunicar para o médico do paciente alguma informação relevante, o paciente deve ser avisado que
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 48

tal procedimento será tomado e o mesmo deve receber explicações dos motivos, essa comunicação
se justifica se for em decorrência de alguma necessidade de proteção para o paciente, uma vez que,
o conteúdo é sigiloso.

1.2.8 Ambulatório de “Hemato Benigna” (Doenças Não-neoplásicas)


Funciona nas sextas-feiras pela manhã, sob a coordenação da Dra. Larissa Alessandra
Medeiros. Realiza-se o diagnóstico e acompanhamento clínico dos pacientes com doença
hematológica não-neoplásica. Não é parte da rotina da Psicologia atender a todos os pacientes que
vêm para consulta, no entanto, a residente deve estar à disposição quando solicitada, seja pela
equipe ou por procura direta do paciente/cuidador. Quando os pacientes hematológicos têm
intercorrências fora do horário de funcionamento do ambulatório, devem ir à UPA. Conforme a
disponibilidade de leitos, poderá ser transferido para o internamento do prédio central do CHC,
geralmente no 11º (Clínica Médica) ou 10º andar (QTAR).
Nas terças-feiras à tarde, a Dra. Larissa Alessandra Medeiros realiza a triagem dos pacientes
novos no serviço e encaminha-os para os ambulatórios conforme a clínica. Importante pontuar que
os pacientes hematológicos (neoplasia e não-neoplasia) podem ser potenciais candidatos a se
submeterem ao Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas. Deve-se manter a comunicação
com as residentes e demais membros da equipe do STMO.

1.3 EQUIPE INTERDISCIPLINAR


A equipe é composta por residentes da medicina, psicologia, terapia ocupacional, nutrição,
farmácia, odontologia, bioquímica, serviço social e enfermagem. Todos os residentes respondem
aos profissionais da área que trabalham no serviço. Há também profissionais da fisioterapia,
pedagogia e auxiliar administrativo.

1.4 SERVIÇO DE PSICOLOGIA


1.4.1 Atividades Realizadas: Assistência
a) Atendimento ao Paciente (Adulto, Adolescente e Pediátrico)
Define-se por atendimento, a intervenção clínica do psicólogo para com o paciente, por
intermédio de cada consulta que se processa um diálogo dialético, através do fomento de discussões
e reflexões que propiciam o desenvolvimento do autoconhecimento em comunicação aprofundada
com os conteúdos simbólicos, aspectos da experiência vivida e fenômenos subjetivos atrelados aos
objetivos. Desse modo, o atendimento da psicologia pode contribuir para o aprofundamento da
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 49

análise e promover a elaboração das dificuldades e o enfrentamento das mesmas, de acordo com as
singulares de cada um. As psicólogas do STMO têm como fundamentação teórica norteadora da
prática clínica a Psicologia Analítica (PA), portanto, esta intervenção se realiza através de
atendimentos analíticos que auxiliam nas adequações e nos avanços do processo de individuação,
ou seja, do autodesenvolvimento. Para este atendimento clínico é premente que o profissional
considere a possibilidade de existir uma diferença no tempo cronológico advinda do tempo Kairós
(interno) para o paciente, ou seja, este pode requerer um tempo cronológico maior ou menor para
processar e elaborar seus questionamentos, angústias e administração dos problemas, perdas
advindas da doença, do tratamento, do contexto de inserção e/ou da própria condição subjetiva
proveniente das tendências da personalidade. Posto isto, fica subentendido que este atendimento
clínico requer, em muitos momentos, um horário ampliado, uma vez que, ao entrarmos em contato
com conteúdos simbólicos, estes contêm uma representação que condensa uma somatória de
significados não plausíveis de separações internas.
Obrigatório. Disponibilizar-se para o paciente, no mínimo, 3 vezes por semana. Quando não
houver tempo ou condições adequadas para a realização do atendimento (visita,
indisposição/sonolência do paciente, atendimento de outros profissionais da equipe, exames,
alterações metabólicas, neurológicas, intubações, estado sedativo, sessões de radioterapia), é
importante que seja acompanhado e evoluído em prontuário, no SIH e nos registros internos da
psicologia a tentativa de atendimento, a indisponibilidade clínica e a recusa do paciente e/ou do
cuidador informal.

b) Acompanhamento ao Paciente (Adulto, Adolescente e Pediátrico)


É um acompanhamento breve em que o psicólogo se disponibiliza caso o paciente apresente
uma demanda espontânea, se positivo dará continuidade tornando-se um atendimento analítico.
Para esta categoria de acompanhamento, o psicólogo procura na interpretação do caso, manter a
especificidade da clínica da Psicologia Analítica em termos de compreensão do funcionamento
psicodinâmico do paciente, mas, a abordagem não é profunda, ganha características da psicoterapia
focal de suporte e breve. Exemplificando, nessa conduta é permissível intervenções mais diretas,
sugestões, esclarecimentos e de breve duração, com enfoque maior na consciência e na atualização
das circunstancias do momento, descrições no preparo logístico, cognitivo e emocional para a
internação, orientações que possam contribuir para a compreensão dos acontecimentos mais
pontuais ou imediatos.
Deve ser realizado diariamente.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 50

c) Atendimento/Acompanhamento ao Familiar/Cuidador
Obrigatório um primeiro atendimento ao cuidador primário quando o paciente é internado.
Após, deve ser feito caso se perceba demanda nos acompanhamentos realizados pela psicologia,
exemplificando, uma intervenção necessária para alguma orientação ou avaliação da percepção
diante de adversidades ou tomadas de decisões dos médicos que requeiram uma compreensão e
posicionamento dos familiares. Além do cuidador primário, pode ocorrer a necessidade de atender
irmãos ou filhos dependendo da condição clínica e do prognóstico do paciente. No caso de óbito, a
atenção se estende aos familiares que ali comparecerem. Porém, é eleito um cuidador central para
que o mesmo transmita as informações e atualizações para os outros familiares, o cuidador
selecionado, torna-se o porta voz, em relação as temáticas que envolvem às condições clínicas, os
diagnósticos e prognósticos de irreversibilidade. Para selecionar o cuidador porta voz, deve-se
considerar inúmeras variáveis, tais como: idade, qualidade do vínculo afetivo com o paciente,
condições psicológicas e legais para tal responsabilidade, estar apto a tomadas de decisão perante a
impossibilidade do paciente, capacidade de compreensão cognitiva e emocional, entre outros
fatores.

d) Atendimento ao doador (ANEXO I)


Obrigatório em caso de TCTH aparentado. A intervenção psicológica tem como objetivo
verificar o nível e a qualidade de compreensão do doador em relação ao ato de doar, assim como, as
motivações objetivas e subjetivas para a disponibilidade ou não de doar. Para tal aferição é
premente a realização da anamnese do mesmo e a compreensão do sentido simbólico do ato de doar
e consequentemente de ser um doador compatível, na condição psicológica também.

1.4.2 Atividades Realizadas: Ensino


Em relação a esse tópico vide item 5.2 e 5.3, refere-se as supervisões, visitas, aulas,
orientações e tutorias.

1.4.3 Atividades Realizadas: Pesquisas


a) Protocolo Pré-TCTH e Pós-TCTH (Adulto) (ANEXO II)
É obrigatório realizar a entrevista de avaliação Pré-TCTH em todos os pacientes maiores de
18 anos. Quando o paciente está presente, deve-se abordar tanto ele quanto o familiar e apresentar
o serviço de psicologia, esclarecer e orientar que faz parte da rotina da psicologia do STMO, o
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 51

paciente ser avaliado e atendido, com intuito de conhecê-los e melhor auxiliá-los no processo de
TCTH. A entrevista também serve para que o serviço possa ter um parâmetro da condição de saúde
global e da qualidade de vida basal, para tal conhecimento, serão realizadas perguntas com assuntos
mais abrangentes e outros mais específicos da rotina e da vida dele. Para esse procedimento de
intercâmbio de informações é preciso de 1 a 3 consultas, ou mais se for necessário. Portanto o ideal
é obter a lista dos nomes dos pacientes do pré-TCTH e agendá-los com um mês de antecedência do
TCTH. Quando o paciente é adulto, deve ser atendido individualmente e posteriormente o paciente
com o familiar para observar e investigar a qualidade do vínculo e da relação. Caso, não consiga
realizar a avaliação no ambulatório é necessário que a Psicóloga do ambulatório se dirija e realize
no 15ª, nos primeiros dias de internação o protocolo do pré-TCTH antes do paciente se submeter ao
transplante.
O protocolo é composto por TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido), um
questionário Demográfico BASAL e Opinião pessoal, uma escala de Distress, um questionário de
qualidade de vida WHOQOL, questionário sobre a percepção da vida sexual, MoCA-B, Escala
Geral de Ansiedade-7 (GAD-7) e Questionário sobre Saúde do Paciente-9 (PHQ-9). Anteriormente
a escala HAD era utilizada para avaliar ansiedade e depressão, porém, foi percebido que a
sensibilidade de mensuração deste instrumento foi baixa para a nossa população avaliada, sendo
substituída por escalas específicas de mensuração de ansiedade e depressão.
A escala GAD-7 avalia alguns sinais e sintomas de Transtorno de Ansiedade, e o
questionário PHQ-9 investiga a presença ou não de Transtorno Depressivo. Ambos são
classificados como instrumento breve para triagem na avaliação de diagnóstico e monitoramento da
ansiedade de acordo com os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais –
DSM-V, e para classificação de níveis de gravidade.
O MoCA-B tem uma função de rastreamento, de triagem, ou seja, mostra se tem alguma
deficiência que precisa passar por uma avaliação especifica. O objetivo da inclusão do mesmo,
neste protocolo é saber se o paciente tem condições de compreender as orientações de autocuidado
fomentadas pelo médico e a equipe de enfermagem, enquanto que para a psicologia é perceber de
imediato as condições de entendimento cognitivo para integrar com outras observações clínicas a
interferência maior ou menor dos afetos na compreensão dos conteúdos sub/objetivos na dialética
constituída nos atendimentos psicológicos.
Após a conclusão do processo avaliativo é necessário realizar um fechamento (feedback),
assim como, uma devolutiva elencando os principais e mais importantes dados da entrevista para o
mesmo. Após isso, esses dados devem ser transmitidos para a psicóloga da Enfermaria do STMO,
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 52

que acompanhará o paciente durante todo o internamento. É fundamental que seja feita a evolução
em prontuário impresso e eletrônico (15º andar), contendo uma síntese da avaliação e orientação
quanto ao prognóstico psicológico, considerando a psicodinâmica dos pacientes, suas estratégias de
enfrentamento, suas expectativas frente ao transplante, os fatores de proteção e de risco, os
resultados, e se necessário apresentar sugestões e orientações a equipe de saúde que vai acompanhá-
lo.
Aplicar o mesmo protocolo de avaliação pré-transplante adulto após 1 ano de transplante,
conforme mencionado no pré-transplante. Com objetivo de comparar o momento anterior e
posterior ao transplante, aplica-se o mesmo protocolo. Os protocolos de avaliação que já foram
aplicados antes do TCTH, ficam guardados em caixa preta, separado por ano no armário da sala da
Psicologia. Colocar as respostas do paciente em outra cor de caneta (vermelho). É importante
sempre visualizar o arquivo do Excel “Sistematização dos dados de TCTH”, quais são os pacientes
que completam 1 ano de TCTH e verificar no SIH a data que o paciente terá consulta médica para
que assim nessa data seja programada para realizar a pesquisa, dentro do prazo estipulado. Caso o
paciente tenha falecido, isto deve ser registrado na folha do protocolo do pré-transplante, na ficha
do mesmo e no banco de dados dos pacientes de 1 ano pós TCTH, se for possível pelas informações
do prontuário do paciente ou até mesmo do acompanhamento/atendimento da psicóloga anotar a
causa do óbito e o desfecho em termos da avaliação da psicologia (caso estivesse sendo
acompanhado pela mesma).

b) Protocolo Pré-TCTH (Pediátrico e Adolescente) (ANEXO III)


Realizar uma entrevista com os cuidadores primários utilizando o Questionário Clínico-
Demográfico. Com o paciente pediátrico pode-se utilizar de recursos expressivos, o Gibi do Super
Medula, o livreto infantil “Lucas volta a lutar”, também contamos com técnicas expressivas, como
desenho, pintura, cartinhas “Era uma vez”. Após o questionário, aplicar o PedsQL ao familiar e
paciente, de acordo com a idade deste último.

c) Pesquisa com Pacientes com Leucemia Mieloide Crônica (LMC) (ANEXO IV)
Às segundas-feiras a tarde deve ser reservada especificamente para pesquisa em pacientes
com LMC. Os pacientes chegam para a consulta a partir das 11:00, pois a consulta é por ordem de
chegada, os prontuários estão na prateleira da recepção, que vai atendendo os pacientes por senha e
vai colocando os prontuários na ordem. Os pacientes ficam aguardando na sala de espera dos
adultos.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 53

É importante que antes de iniciar a pesquisa, o Psicólogo imprima a lista dos pacientes que
tem consulta nesse dia (poderá solicitar essa lista impressa para os profissionais da recepção).
Comparar e conferir os nomes dos pacientes na lista com o arquivo em Excel denominada “Lista de
Pacientes” que fica salva no notebook da coordenação da Psicologia do STMO e no Dropbox na
pasta de LMC se o paciente já participou da pesquisa e também é necessário conferir no arquivo
“Sistematização dos Dados de LMC” se o paciente participou de todos os questionários da pesquisa,
especificamente CD-RISC 10.
A pesquisa tem início as 12:30, realizada pelo psicólogo responsável pelo ambulatório, que
seleciona o ultimo prontuário da ordem e convida para a pesquisa dentro do consultório da
Psicologia, os critérios de inclusão são: pacientes diagnosticados com LMC, maiores de 18 anos,
sem indícios de confusão mental por déficit cognitivo e que tenham o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE) assinado. A pesquisa conta com os seguintes questionários: a)
Demográfico-clínico; b) Opinião pessoal do paciente: sobre sua percepção acerca do tratamento,
doença e qualidade de vida; c) EORTC QLQ-C30: qualidade de vida; d) GAD-7: Avaliação no
nível de ansiedade, e) PHQ-9: Avaliação do nível de depressão; f) CD-RISC10: escala de
resiliência. Ao final de cada pesquisa realizada devolve-se o prontuário para sua ordem inicial, não
prejudicando assim seu tempo de espera pela consulta médica. O atendimento médico inicia às
14:00 e vai até às 17:00.

d) Pesquisa com Pacientes com Anemia de Fanconi (ANEXO V)


Para pacientes de 12 a 17 anos serão realizados os seguintes protocolos: Questionário
Clínico e Demográfico; Questionário de Opinião Pessoal; Forma para confecção de Mandala
(terminologia mandala designa círculo mágico); Questionário de Qualidade de Vida PedsQL. Já
para pacientes com 18 anos ou mais, serão realizados os seguintes protocolos: Questionário Clínico
e Demográfico; Questionário de Opinião Pessoal; Forma para confecção de Mandala; GAD-7;
PHQ-9; Questionário de Qualidade de Vida SF-36.
As consultas médicas de pacientes com AF ocorrem na ala pediátrica do STMO,
predominantemente em três dias da semana: terça-feira, quarta-feira e quinta-feira, mas existem
outros dias da semana pela manhã que podem ter pacientes agendados para Anemia de Fanconi. É
necessário todo o dia conferir no SIH ou pedir para os profissionais de recepção, a lista de pacientes
com Anemia de Fanconi que tem consulta agendada.
Também é importante conferir na pasta (Dropbox) de Sistematização de Dados de Anemia
de Fanconi (AF), quais que já foram participantes de pesquisa, para não correr o risco de aplicar
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 54

duas vezes com o mesmo paciente. Importante dar prioridade para pacientes adultos (quanto mais
idade melhor), para participar da pesquisa, uma vez que, quanto mais idade o paciente tiver, maior é
a probabilidade de mortalidade por uma manifestação neoplásica ou outras intercorrências.
e) Pesquisa com Pacientes com Mielodisplasia (ANEXO VI)
Para pacientes com idade ≥18 anos; com, no máximo 3 meses de diagnóstico e sem ter
realizado tratamentos prévios para a doença, exceto o uso de antibiótico, antiviral, antimicótico,
vitaminas e transfusões. Trata-se de um estudo multicêntrico, observacional, longitudinal, de coorte
prospectiva, cujo gerenciamento da pesquisa se concentra em Roma (Itália). Objetiva-se avaliar a
qualidade de vida de pacientes com Síndrome Mielodisplásica (SMD), considerando a principal
queixa destes: a fadiga. Os participantes terão que responder aos questionários FACIT-Fatigue, EQ-
5D, EORTC QLQ-C30, Escala de Controle das Preferências em vários momentos – após a primeira
consulta de início de tratamento médico, depois do primeiro, segundo, sexto, décimo segundo mês e
a cada seis meses em diante. Será coordenado pelas Psicólogas Dr.ª Maribel Pelaez Dóro e Iris M.
Okumura e pela médica Msc. Dra. Larissa A. Medeiros.

1.5 BANCO DE DADOS DA PSICOLOGIA STMO/ONCO-HEMATO


1.5.1 Registro de Pesquisas
Os dados das pesquisas (Pré-TCTH, Pós-TCTH, LMC, AF e SMD) devem ser tabulados, as
tabelas de Excel estão em pastas no notebook que fica no ambulatório e salvas em pasta no
Dropbox, as tabelas já estão formatadas para produzirem os resultados dos questionários, e também
servirão de dados para trabalhos de pesquisa. Para a correção do WHOQOL existe uma tabela que
serve para interpretar os dados do teste que se localiza na gaveta da esquerda do armário da sala do
serviço. A literatura sobre WHOQOL menciona que para considerar satisfatória a Qualidade de
Vida do paciente é necessário ser maior que 60%. Com o GAD-7 e PHQ-9, ao final da folha existe
um espaço para preencher com os escores fornecidos. Na escala de distress o ponto de corte é 4. Já
no questionário PedsQL é 70, a correção do questionário tem formula automática no banco de dados
do excel. Além da correção no banco de dados é importante que seja registrado nos questionários
impressos.
Para a análise do resultado final do MoCA-B: somar todos os resultados listados à margem
direita. Adicionar 1 ponto para o indivíduo que possui escolaridade inferior ao 4º ano do ensino
fundamental e mais 1 ponto se for analfabeto, obtendo-se assim, o máximo de 30 pontos. O
resultado total final de 26 ou acima é considerado normal.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 55

Pré-TCTH:
Após a avaliação pré-transplante (pediátrico, adolescente e adulto) é necessário inserir na
“pasta casos clínicos” um documento em Word que descreva a história clínica e pessoal do
paciente, além de elencar os fatores de risco e proteção. É necessário que este arquivo seja
atualizado, com novos registros, durante o período de internação do paciente a partir dos
atendimentos e acompanhamentos psicológicos. Posteriormente, o paciente retornará para o
ambulatório e caso seja necessário terá continuidade por parte da psicologia.
Também o questionário de opinião pessoal, sexualidade e perfil da Condição Psicodinâmica
do Paciente estão online no Sistema Informatizado nos computadores do 15ª andar (STMO). Assim,
logo que o paciente internar o psicólogo precisa preencher no sistema.
É obrigatório preencher o perfil da Condição Psicodinâmica do Paciente. (Vide primeira
página do ANEXO I)

Importante: Caso o paciente recusar o convite para participar das pesquisas (LMC, AF e
Avaliação de Pré e Pós Transplante, SMD), é necessário evoluir no prontuário e também informar
na planilha em Excel da lista do pacientes, a data e o motivo da recusa.
Assim se houver alguma intercorrência, fica especificado e oficializado que a psicologia fez
a sua parte, mas, que o paciente fez a opção de não aceitar o atendimento. Lembrando que isto nem
sempre se configura como resistência ou não-aderência as propostas de ajuda, pode ser que o
mesmo já realize um trabalho de análise com outro profissional. Outro motivo para a recusa pode
ser pela debilidade e performance física e clínica, ou ainda, pelas características de personalidade,
onde prefere se aquietar, preservar sua energia, para posteriori compartilhar ou mesmo que faça
parte do processo criativo dele, portanto, deve ser compreendido e respeitado o seu posicionamento.

1.5.2 Fichas
O objetivo desse registro em fichas é facilitar a localização do paciente que já foi atendido,
mas, no Livro de registro do paciente não está em ordem alfabética, uma vez que a entrada deles é
aleatória. Assim, o fichário segue a ordem alfabética, o que possibilita a rapidez na obtenção da
informação do número original de identificação. Há vários modelos diferentes no preenchimento
das fichas, sendo que o utilizado atualmente será ilustrado e descrito a seguir. Coloca-se nome,
número do registro interno da psicologia, RG-CHC do paciente, data da admissão na unidade,
diagnóstico, idade e data de nascimento, tipo de transplante, nome do profissional que o atendeu,
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 56

observação - evolução clínica, história, aspectos relevantes sobre o paciente -, e data da alta/óbito.
Exemplo:
JOÃO DA SILVA 556

RG-CHC: 2222222-2

Admissão: 03/09/2014

Diagnóstico: AAS

Idade: 30 (01/01/1984)

Tipo de transplante: TMO aparentado 10/10 (doador: irmão, 35 anos)

Atendido por: Maribel

Obs.: Procedente de Salvador-BA; ex-alcoólatra; relacionamento complicado com o irmão e a família; sem
acompanhante; religião Testemunha de Jeová.

Alta em: 05/10/2014

1.5.3 Livro de Registro do Paciente


*Número do registro interno do paciente em relação à Psicologia; RG-CHC do paciente;
nome completo; idade; gênero; diagnóstico; assinalar se é pré-transplante / peri (internado para o
transplante) / pós-transplante; período de atendimento (mês); evolução clínica (intercorrências com
o paciente e familiares, alta, óbito, encaminhamentos realizados para outros profissionais);
identificação do profissional que o(a) atendeu.
Sempre que houver necessidade terapêutica da inclusão de outro profissional, deve ser
registrado o encaminhamento e o motivo desse. Além det al.ocar no prontuário, pode fazer contato
com o mesmo, nas reuniões de rotina do serviço ou procurá-lo na própria enfermaria, para discutir
diretamente aquilo que for pertinente ao caso clínico.

* Nesse local tem número com hífen e um número posterior. Esse número se refere ao
registro da internação. O número não é coincidente por ter sido inserido, primeiro, para controle na
internação e, posteriormente, foi implementado para controle oficial do ambulatório. É importante
que em ambos os livros (Internação e Ambulatório) os números estejam sempre atualizados.
Conforme no exemplo a seguir:
Livro do paciente no ambulatório: Paciente Maria - número do registro interno em relação à
Psicologia é 34.
Livro do paciente na internação: Paciente Maria - número do registro interno em relação à
Psicologia é 556.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 57

Sendo assim, seu número passa a ser a composição, 34-556.

1.5.4 Prontuário
Os prontuários dos pacientes em hospital dia, se localizam dentro da sala de medicação em
prateleiras acima da mesa da enfermagem. Quando o paciente ganha alta e espaça seu
acompanhamento, sua pasta é arquivada junto a recepção, em um armário atrás da mesa, separados
por ordem alfabética. No caso dos pacientes ambulatoriais, quem vem para consulta médica apenas,
o prontuário fica no arquivo, e os responsáveis pela busca deles é a recepção, para evoluir nesses
prontuários basta solicitar junto a um recepcionista. Na evolução, deve constar: data, profissão,
descrição do tipo de contato realizado e com quem – atendimento/acompanhamento ao familiar, ao
paciente ou ao doador, relato do atendimento/acompanhamento considerando aspectos importantes
sobre a pessoa e relevantes para a equipe, finalizar com a conduta – ex: acolho com o objetivo de;
investigo se; busco contato com; coloco-me à disposição; oriento para; mantenho
acompanhamento -, assinatura e carimbo do profissional responsável pelo
atendimento/acompanhamento e carimbo da preceptora com a descrição “sob supervisão da
Psicóloga Maribel Pelaez Dóro.”.
Importante evoluir os prontuários que estão no arquivo e comunicar à recepção que estará na
sala da Psicologia para que a preceptora possa com recorrência averiguar e assinar.

1.5.5 SIH
Todos os atendimentos psicológicos, acompanhamentos e as pesquisas realizadas devem ser
registradas no Sistema de Informações Hospitalares (SIH). O profissional terá acesso ao SIH no
computador que está localizado na sala da Psicologia.
Registro no sistema para atendimentos sem agendamento prévio:
a) Username conforme registro do patrimônio. Ex: HC1300
b) Entrar com o codnome (MARIBEL) e senha;
c) Acessar AM- AMBULATÓRIO
d) Digitar “A” – AGENDAR CONSULTAS NORMAIS
e) Digitar o número de registro do paciente (RG-HC), ou apertar F2 para pesquisar,
digitando duas vezes suas iniciais. Exemplo: João Pedro Mello, digitar na busca JJ PP
MM, e apertar enter.
f) Tipo de consulta “R” - RETORNO;
g) Origem do paciente: “2”
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 58

h) Ambulatório “309”
i) Após isso teclar ENTER
j) Profissional “Maribel”
k) Em seguida aparecerá horários disponíveis, escolher um horário e apertar enter.
l) Código de transição: teclar ENTER para pular
m) Agendar? assinalar com “N” ou “S”, assinalar “S”

 Agendamento de Consulta
Quando a consulta é agendada com antecedência, é necessário fazer o mesmo procedimento,
agendando no SIH o dia e horário do atendimento para que a Recepção localize o prontuário no
Arquivo Central, e assim esteja presente no dia do atendimento.

 Confirmação da Consulta
a) Volta na tela inicial do ambulatório, optar por “E” REGISTRAR PRESENÇA
b) Preencher as lacunas com: Ambulatório 309
Data: anterior a realização do atendimento
Medico: Maribel (enter)
c) Encontrar o registro que deseja confirmar, colocar o cursor na frente e teclar “enter”
d) Apertar F10 para confirmar
e) Preencher conforme o pedido:
Primário: CID D609
Confirmado: “N”
Código do procedimento: 396 para atendimento psicológico, 41398 para acompanhamento
396 para atendimento psicológico ao paciente e avaliação psicológica;

 41398 para acompanhamento psicológico ao paciente;


 41399 para atendimento ou acompanhamento psicológico ao familiar cuidador;
 30093 para acompanhamento de paciente em reabilitação em comunicação
alternativa (uso de recursos alternativos de comunicação – paciente com mucosite
que quer se expressar, por exemplo);
 135 para atendimento individual em psicoterapia;
 24075 para grupo de apoio terapêutico em enfermaria para familiares;
 5550 para aplicação de testes psicológicos para psicodiagnóstico;
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 59

 5551 para aplicação de escalas e questionários para psicodiagnóstico;


 1220 para atendimento ao doador;
 1221 para atendimento a pacientes participantes de pesquisa.
f) Horário: o mesmo que foi agendado e consta no registro
g) Encaminhamento: “R” RETORNO
h) Teclar ENTER
No caso das consultas agendadas antecedentes ao atendimento, se o paciente faltar deve-se
registrar a falta na opção “confirmar”.
É possível realizar de mais de um código por atendimento, por exemplo, em avaliação pré-
transplante pode ser utilizado os seguintes códigos: 396, 1221, 5550, 5551.
* O registro deve concordar com a data e o procedimento evoluído em prontuário.
Nas ocasiões em que isso não seja possível, em decorrência de não acesso ao sistema, ou de
tempo e até mesmo de outras prioridades, deve registrar no dia posterior e iniciar o texto com a data
do momento, escrito “em tempo” dar referência, esclarecer que o registro se refere ao dia anterior
ou ao dia em que se realizou o atendimento.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 60

UNIDADE 2 – SERVIÇO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA:


INTERNAMENTO (15º ANDAR)
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 61

2 A ENFERMARIA
2.1 ESTRUTURA FÍSICA
São três alas de internação totalizando 24 leitos, sendo uma específica para pediatria.
Atualmente há o funcionamento de duas alas, por conta do número reduzido de profissionais e falta
se vários insumos. A tendência é manter em uma única ala os pacientes que estão com bactérias
multiresistentes. Há espaço específico para a chefia de enfermagem, chefia médica, equipe
multiprofissionais (2 salas), para reuniões, para plantonistas, secretaria/recepção e administração.
Importante ressaltar que a equipe multiprofissional conta com duas salas, sendo que a sala 1 é para
reuniões interprofissionais e a sala 2 para estudos, supervisões, avaliações e atendimentos clínicos
aos familiares e doadores. Devido ao alto risco de contaminação não é permitido a alimentação na
sala multiprofissional que fica dentro da ala-B.

2.2 ROTINA

Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado


Reunião
Reunião Clínica
07:30 - 08:30 Clínica
Reunião Inter. Supervisão Tutoria
08:30 - 09:30 Assistência e Estudos e
Assistência
09:30 - 10:30 Aula do Eixo trabalhos
Específico teóricos e
Assistência Reunião
Assistência
Teórico
Grupo de Aula Eixo de Extra
10:30 - 11:30 Clínica
Estudos P.A. Concentração

11:30 - 12:30 Almoço Almoço Almoço


12:30 - 13:30 Almoço Almoço Almoço
14:30 - 15:30 Assistência Assistência
Aula do Eixo Estudos e
15:30 - 16:30 Transversal Assistência Assistência Trabalhos
16:30 - 17:30 Teóricos
Reunião OH
17:30 - 18:30 Reunião Psico-Onco

2.2.1 Pacientes
 Dormem até 08:00 – 08:30;
 Café manhã: 08:30;
 Saem do banho às 09:00 – 09:30;
 Almoço: 11:30;
 Merenda: 15:00;
 Janta: 17:00;
 Ceia: 19:00.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 62

2.2.2 Equipe Interdisciplinar


 Enfermagem: Troca de plantão às 07:00 – 13:00 – 19:00. No período da manhã faz
curativo, coleta de amostra de sangue, limpeza do cateter e infusão de medicações
por 30 – 45 minutos.
 Fisioterapia: atendimento de segunda a sexta das 08:30 ao 12:00.
 Musicoterapia: atendimento na terça-feira e sexta-feira das 10:00 ao 12:30.
 Medicina: segunda a domingo das 10:00 às 11:00; 15:00 às 16:00; 19:00 às 20:00.
 Terapia Ocupacional: atendimento de segunda a sexta (e sábados, eventualmente)
manhã e tarde.
 Psicologia: atendimento de segunda a sexta (e sábados, eventualmente) manhã e
tarde.

2.2.3 Visitantes
O horário de visita para os acompanhantes é das 14h ás 17h diariamente. É obrigatório para
paciente pediátrico e idoso um acompanhante em período integral. Porém, nos casos dos adultos
caso a Psicologia avaliar a necessidade de estender o tempo de visita é discutido com a chefia e a
equipe de Enfermagem e Médica.

2.3 EQUIPE INTERDISCIPLINAR


A equipe é composta por profissionais da UTOH e residentes da medicina, psicologia,
terapia ocupacional, nutrição, farmácia, odontologia, bioquímica, serviço social e enfermagem.
Todos os residentes respondem a profissionais da área que trabalham no serviço. Há também
profissionais da fisioterapia, pedagogia, musicoterapia e auxiliar administrativo.

2.3.1 Discussões de caso


Realizadas em supervisões, tutoria e reuniões formais e/ou informal, semanalmente e sempre
que houver necessidade de troca de informações entre profissionais da equipe sobre o paciente,
doador e/ou familiar.

2.3.2 Reunião médica


Acontece todas as segundas e quintas das 07:30 às 08:30 na sala de reuniões do STMO. O
comparecimento faz parte da rotina, sendo, portanto, importante a participação da psicologia para
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 63

que esteja atualizada sobre o estado clínico dos pacientes, exames a serem realizados, intervenções
invasivas e procedimentos outros que possam gerar ansiedade, labilidade emocional entre outras
reações adversas e exacerbação da angústia do paciente. Essas reuniões também oportunizam a
intercomunicação e o conhecimento necessário para estabelecer ou não mudanças no foco do
atendimento e até mesmo a inclusão de intervenções em relação ao familiar cuidador e/ou ao doador
quando o paciente esteja em situações de alta morbidade e de mortalidade. É importante salientar
que apesar da reunião ser predominantemente de teor médico, sempre que houver relevância de um
posicionamento por parte da psicologia, este deve ser feito, porém, com muito critério e
estritamente o necessário, para não expor o paciente e manter o respeito ao sigilo.

2.3.3 Reunião interdisciplinar


Acontece todas as segundas das 08:30 às 09:30 na sala da equipe multiprofissional. Conta
com a presença da Psicologia, Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Odontologia,
Nutrição, Pedagogia (Programa de Escolarização Hospitalar), Serviço Social do CHC e da APACN.
Objetiva a resolução de demandas, melhorias do serviço, interação entre profissionais, discussão de
casos, para que toda a equipe possa dar sua contribuição no que concerne à especificidade de cada
profissão.
Este também é um espaço, que a psicóloga do ambulatório tem como rotina, participar da
reunião e apresentar o perfil psicológico do paciente que está no Ambulatório, mas que está
agendado para ser o próximo a ser internado para a realização do transplante. Esta síntese inclui
alguns aspectos da anamnese, do protocolo do pré-transplante e do contexto de inserção familiar,
social e cultural. O desfecho contém alguns possíveis fatores de risco e de proteção, em relação à
tendência comportamental do paciente e/ou dos seus familiares. Sempre, todos são relembrados do
posicionamento Ético de todos os profissionais perante a discussão realizada neste contexto. Após a
apresentação e discussão sobre o paciente vigente, os integrantes também tecem comentários sobre
o mesmo, quando já o conheceram no ambulatório. Ao término, os participantes da reunião
dialogam sobre uma abordagem coerente do grupo, mas, sem desconsiderar as competências e os
objetivos da abordagem que estão diretamente relacionadas às especialidades de cada um.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 64

2.4 SERVIÇO DE PSICOLOGIA


2.4.1 Atividades Realizadas: Assistência
a) Atendimento ao Paciente (Adulto, Adolescente e Pediátrico)
Define-se por atendimento, a intervenção clínica do psicólogo para com o paciente, por
intermédio de cada consulta que se processa um diálogo dialético, através do fomento de discussões
e reflexões que propiciam o desenvolvimento do autoconhecimento em comunicação aprofundada
com os conteúdos simbólicos, aspectos da experiência vivida e fenômenos subjetivos atrelados aos
objetivos. Desse modo, o atendimento da psicologia pode contribuir para o aprofundamento da
análise e promover a elaboração das dificuldades e o enfrentamento das mesmas, de acordo com as
singulares de cada um. As psicólogas do STMO têm como fundamentação teórica norteadora da
prática clínica a Psicologia Analítica (PA), portanto, esta intervenção se realiza através de
atendimentos analíticos que auxiliam nas adequações e nos avanços do processo de individuação,
ou seja, do autodesenvolvimento. Para este atendimento clínico é premente que o profissional
considere a possibilidade de existir uma diferença no tempo cronológico advinda do tempo Kairós
(interno) para o paciente, ou seja, este pode requerer um tempo cronológico maior ou menor para
processar e elaborar seus questionamentos, angústias e administração dos problemas, perdas
advindas da doença, do tratamento, do contexto de inserção e/ou da própria condição subjetiva
proveniente das tendências da personalidade. Posto isto, fica subentendido que este atendimento
clínico requer, em muitos momentos, um horário ampliado, uma vez que, ao entrarmos em contato
com conteúdos simbólicos, estes contêm uma representação que condensa uma somatória de
significados não plausíveis de separações internas.
Obrigatório. Disponibilizar-se para o paciente, no mínimo, 3 vezes por semana. Quando não
houver tempo ou condições adequadas para a realização do atendimento (visita,
indisposição/sonolência do paciente, atendimento de outros profissionais da equipe, exames,
alterações metabólicas, neurológicas, intubações, estado sedativo, sessões de radioterapia), é
importante que seja acompanhado e evoluído em prontuário, no SIH e nos registros internos da
psicologia a tentativa de atendimento, a indisponibilidade clínica e a recusa do paciente e/ou do
cuidador informal.

b) Acompanhamento ao Paciente (Adulto, Adolescente e Pediátrico)


É um acompanhamento breve em que o psicólogo se disponibiliza caso o paciente apresente
uma demanda espontânea, se positivo dará continuidade tornando-se um atendimento analítico.
Para esta categoria de acompanhamento, o psicólogo procura na interpretação do caso, manter a
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 65

especificidade da clínica da Psicologia Analítica em termos de compreensão do funcionamento


psicodinâmico do paciente, mas, a abordagem não é profunda, ganha características da psicoterapia
focal de suporte e breve. Exemplificando, nessa conduta é permissível intervenções mais diretas,
sugestões, esclarecimentos e de breve duração, com enfoque maior na consciência e na atualização
das circunstancias do momento, descrições no preparo logístico, cognitivo e emocional para a
internação, orientações que possam contribuir para a compreensão dos acontecimentos mais
pontuais ou imediatos.
Deve ser realizado diariamente.

c) Atendimento/Acompanhamento ao Familiar/Cuidador
Obrigatório um primeiro atendimento ao cuidador primário quando o paciente é internado.
Após, deve ser feito caso se perceba demanda nos acompanhamentos realizados pela psicologia,
exemplificando, uma intervenção necessária para alguma orientação ou avaliação da percepção
diante de adversidades ou tomadas de decisões dos médicos que requeiram uma compreensão e
posicionamento dos familiares. Além do cuidador primário, pode ocorrer a necessidade de atender
irmãos ou filhos dependendo da condição clínica e do prognóstico do paciente. No caso de óbito, a
atenção se estende aos familiares que ali comparecerem. Porém, é eleito um cuidador central para
que o mesmo transmita as informações e atualizações para os outros familiares, o cuidador
selecionado, torna-se o porta voz, em relação as temáticas que envolvem às condições clínicas, os
diagnósticos e prognósticos de irreversibilidade. Para selecionar o cuidador porta voz, deve-se
considerar inúmeras variáveis, tais como: idade, qualidade do vínculo afetivo com o paciente,
condições psicológicas e legais para tal responsabilidade, estar apto a tomadas de decisão perante a
impossibilidade do paciente, capacidade de compreensão cognitiva e emocional, entre outros
fatores.

d) Acompanhamento Interdisciplinar no Ritual de Despedida


A intervenção do psicólogo no hospital ocorre em múltiplas facetas, dentre elas a
terminalidade estendida no pós-morte à equipe e familiares tanto ao acolhimento como através do
ritual de despedida e a conscientização pelo respeito e dignidade ao corpo; considerando que a
identidade, história e afetividade pelo morto permanecem. A decisão e a caracterização pelo ritual
de despedida, pertence à família, é apenas intermediada pelo psicólogo, ocorre de acordo com a
cultura, crenças e valores deles, através da linguagem verbal/corporal, leituras religiosas e oração,
contato físico, presença de pessoas especiais, entre outros, de forma a preservar a singularidade para
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 66

aquele que vivencia a experiência sentida. Essa ação, quando possível e desejável, é realizada junto
à equipe interdisciplinar que acompanhou o paciente, de modo a possibilitar o cuidado e o auxílio
na elaboração daquele que se depara cotidianamente com a doença e morte, para que a lembrança
remanescente seja salutar. Compreende-se que o ritual de despedida pode proporcionar ao enlutado,
seja este familiar ou profissional, espaço para a organização e adequação dos recursos de
enfrentamento da angústia proveniente da perda real e simbólica, e para a constituição da
elaboração em direção ao luto, dentro de uma normalidade.

e) Acompanhamento Interdisciplinar na Festa da Pega (ANEXO VII)


No Serviço de Transplante de Medula Óssea (STMO) há esperança de prolongamento da
sobrevida e melhoria da qualidade de vida, ao mesmo tempo em que surge a incerteza de um futuro.
Na internação, a pega medular é esperada ansiosamente pelos pacientes, familiares e equipe por ser
um marco importante nesta fase do tratamento. Diante disso, a residente médica Dra Débora Lins
implantou no Serviço de Transplante de Medula Óssea, a festa da pega, em que a equipe
interdisciplinar, composta pela Psicologia, Enfermagem, Medicina, Musicoterapia, Nutrição,
Odontologia e Terapia Ocupacional, realiza a “Festa da Pega” que é um ritual, pois promove a
simbolização de uma passagem entre o término de uma fase para o início de outra jornada: fim da
hospitalização na enfermaria e o início do tratamento em hospital-dia. No momento do aviso da
“pega da medula” está presente a equipe multiprofissional que acompanha o paciente durante o
processo de internação. A participação integrada da equipe ao dar a notícia da pega é relevante
porque também é o momento desses profissionais comemorarem, uma vez que acompanharam todo
o processo e com expectativas em relação a pega.

f) Acompanhamento Interdisciplinar da Psicologia com a Musicoterapia ao paciente


Mediante as reflexões diárias das aplicações e implicações da psicologia sobre as
especialidades, suas competências, limites e contribuições clínicas, nasceu o desejo de amainar a
própria inquietação, advinda de barreiras encontradas nas tentativas de abordar o paciente em
circunstâncias que o acesso através da palavra se encontrava bloqueado por dificuldades externas
e/ou internas. Nesse impasse de contribuição efetiva e ampliada da psicologia é que se estabeleceu a
intervenção interdisciplinar da psicologia com a musicoterapia. É uma proposta de intercâmbio
dialético com diálogos e ações integradas que amplificam e qualificam o atendimento clínico por
meio da inclusão da psicodinâmica da palavra associado ao recurso da musicalidade.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 67

g) Atendimento ao doador
Obrigatório em caso de TCTH aparentado. A intervenção psicológica tem como objetivo
verificar o nível e a qualidade de compreensão do doador em relação ao ato de doar, assim como, as
motivações objetivas e subjetivas para a disponibilidade ou não de doar. Para tal aferição é
premente a realização da anamnese do mesmo e a inclusão do sentido simbólico do ato de doar e
consequentemente ser um doador compatível, na condição psicológica também.

2.4.2 Atividades Realizadas: Ensino


Em relação a esse tópico vide item 5.2 e 5.3, refere-se as supervisões, visitas, orientações e
tutorias.

2.4.3 Recursos Terapêuticos ao Paciente Pediátrico


a) Narrativas dos Contos de Fada associado ao desenho semi-dirigido
É uma proposta de intervenção psicológica implementada na rotina do STMO pela
Psicóloga Residente Keila Zampirom a partir do projeto de conclusão de residência intitulado:
Contos de Fada: um Recurso Psicoterápico na Abordagem Pediátrica.
O psicólogo visa o acesso aos conteúdos simbólicos e subjetivos da criança, mas, que
diferentemente dos adultos, não possuem recursos interiores estruturados para falar de modo claro
sobre os aspectos psicológicos, para digerir e processar sozinha seus sentimentos perturbadores. É
possível buscar outras ferramentas e fontes que contribuam para a compreensão, entre os possíveis
recursos estão atividades gráficas, colagem, máscaras, modelagem, musicoterapia, jogos,
brinquedos, histórias infantis, entre outros.
O psicólogo ao trabalhar com as narrativas dos contos de fada e com o desenho, como
dispositivos de intervenção na clínica psicológica para as crianças, faz uso de recursos que tem
valor psicoterapêutico e que também são recursos lúdicos que geralmente são conhecidos e fazem
parte da vivência da criança, pois é através da ação lúdica que a criança cria e facilita o seu
desenvolvimento. Dessa forma, o uso dos contos na intervenção clínica psicológica é um recurso
que pode enriquecer o trabalho do psicólogo, pois permite que o mesmo participe do mundo da
criança e estabeleça uma linguagem em comum, e ambos ampliam a compreensão.
No entendimento da Psicologia Analítica os contos de fada apresentam dilemas humanos
universais e tem origem nas camadas profundas do inconsciente e é comum à psique de todos os
seres humanos, além disso, são recursos simbólicos que permitem o ouvinte a identificar-se com os
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 68

personagens e imaginar possíveis caminhos para diminuir seus conflitos. Portanto, os contos
contribuem para aguçar a imaginação, manejar as angústias e favorecer o processo de simbolização.
É indicado associar a narrativa do conto com o recurso do desenho. Pois, a comunicação
simbólica expressa no desenho sobre o conto de fada escolhido pela criança, enriquece ainda mais a
intervenção e possibilita a expressão individual de cada criança com relação ao tema abordado no
conto.

b) Lucas Volta a Lutar (ANEXO VIII)


Este livreto é próprio para crianças de tenra idade (aproximadamente até 5 anos). Porém
pode ser para maiores se houver alguma dificuldade cognitiva que exija uma abordagem com um
esclarecimento maior em relação a doença e ao procedimento do transplante de células-tronco
hematopoéticas.
É um recurso terapêutico para esclarecer e/ou ampliar o entendimento do que é a doença, o
tratamento, assim, como ajuda-la no preparo das adversidades esperadas, exemplificando, alopecia,
dor, tempo de hospitalização, limites e imposições necessárias, como, dieta nutricional,
determinados brinquedos e brincadeiras, entre outros entendimentos que ao narrar a história a
criança ou a sua cuidadora podem expressar seus afetos e o profissional deve interagir de acordo
com a temática percebida e/ou com a demanda observada para o bem-estar desses que estão sob sua
responsabilidade de atendimento.

c) Super-Medula (ANEXO IX)


É um livreto elaborado a partir dos relatos de um jovem de 14 anos de idade que recebeu o
diagnóstico de Anemia de Fanconi. Ao refletir sobre sua vivência com o adoecimento e o
tratamento adentra em aspectos míticos, comungados com a singularidade psicoemocional do seu
jeito de viver essa experiência sentida. Com o recurso da comunicação psicoterapêutica algumas
emoções são mobilizadas no paciente que faz uso de imagens metafóricas para dar expressão aos
conteúdos psíquicos que, inicialmente, eram indizíveis. Diante da impotência consciente da ameaça
em relação à sobrevivência pessoal, esse adolescente, no âmago da sua angústia busca uma proteção
imagética que se constitui com a aparição de um herói que vem salvá-lo da sua condição de vítima
dos infortúnios provenientes do perigo maior, o sofrimento de se ver mortal. Na produção
imaginária O SUPER-MEDULA é o protagonista representante da personificação de um herói que
se apresenta diante de adversidades potencializadas pela morte eminente e sua participação mágica
vem de encontro com o desejo de um jovem paciente que está à espera de ser salvo. OBJETIVO:
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 69

Oportunizar a expressão dos sentimentos, pensamentos e emoções através da representação


simbólica (desenhos e/ou texto). METODOLOGIA: o Super Medula é um livreto organizado numa
linguagem simples com desenhos ilustrativos, utilizado pela psicóloga como recurso terapêutico e
complementar nas consultas com pacientes púberes ou adolescentes. Ele é composto de duas partes,
na primeira há a história ilustrada do Super Medula na sua integra apresentada dentro de molduras
que definem os espaços do texto e do desenho temático. Na segunda, há páginas vazias com
molduras similares a primeira parte, esses espaços vazios são para o paciente do momento, que
esteja em atendimento psicoterápico, para que através da memória emocional possa expressar
simbolicamente suas experiências/vivencias a partir da identificação, analogia com os personagens
e situações retratadas no livreto.
Este é um gibi que ao ser narrada a história, junto ao paciente, pode se estabelecer uma
interação com esse que se encontra doente e que se submeterá ao TCTH. A narrativa pode ser
interrompida para tecer perguntas similares e que pela identificação, o paciente possa mencionar
como está sendo para ele, perceber as diferenças e os caracteres em comum, nesse sentido, diminui
a sensação de ser o único, de estar sozinho neste acontecimento inesperado. Além disso, a história
mostra circunstancias do processo desse tratamento, podendo fomentar o diálogo sobre dúvidas,
incertezas e expectativas do que pode sanar, esperar ou se preparar para realizar algo que não quer
muitas vezes, mas que não tem autonomia legal e nem condições de saúde para a recusa. É um
recurso que se apresenta com um material motivacional e complementar na jornada do
autoconhecimento. Essa ferramenta bem utilizada propicia o desenvolvimento de diálogos
congruentes ao entendimento afetivo e cognitivo expresso pelo paciente, no setting terapêutico.

2.5 BANCO DE DADOS DA PSICOLOGIA STMO/ONCO-HEMATO


Todo paciente que interna ou em reinternações deve ser registrado nas fichas e no caderno
presentes no armário nº4 da sala da equipe multidisciplinar. Devem conter os seguintes dados:

2.5.1 Fichas
O objetivo desse registro em fichas é facilitar a localização do paciente que já foi atendido,
mas, no Livro de registro do paciente não está em ordem alfabética, uma vez que a entrada deles é
aleatória. Assim, o fichário segue a ordem alfabética, o que possibilita a rapidez na obtenção da
informação do número original de identificação. Há vários modelos diferentes no preenchimento
das fichas, sendo que o utilizado atualmente será ilustrado e descrito a seguir. Coloca-se nome,
número do registro interno, RG-CHC do paciente, data da admissão na unidade, diagnóstico, idade
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 70

e data de nascimento, tipo de transplante, nome do profissional que o atendeu, observação -


evolução clínica, história, aspectos relevantes sobre o paciente -, e data da alta/óbito. Exemplo:
JOÃO DA SILVA 556

RG-CHC: 2222222-2

Admissão: 03/09/2014

Diagnóstico: AAS

Idade: 30 (01/01/1984)

Tipo de transplante: TMO aparentado 10/10 (doador: irmão, 35 anos)

Atendido por: Maribel

Obs.: Procedente de Salvador-BA; ex-alcoólatra; relacionamento complicado com o irmão e a


família; sem acompanhante; religião Testemunha de Jeová.

Alta em: 05/10/2014

2.5.2 Livro de Registro do Paciente


Todo paciente que passa pela entrevista inicial e por atendimento/acompanhamento com a
Psicóloga, deverá ser registrado no caderno de capa preta localizado no armário da sala
Multiprofissional do 15º andar. O registro no caderno deve conter o código da Psicologia, RG-
CHC, nome do paciente, idade, gênero, diagnóstico, mês relativo à intervenção, breve evolução
clínica e nome da Psicóloga responsável.
Sempre que houver necessidade terapêutica da inclusão de outro profissional, deve ser
registrado o encaminhamento e o motivo do mesmo. Além det al.ocar no prontuário, pode fazer
contato com o mesmo, nas reuniões de rotina do serviço ou até mesmo busca-lo na própria
enfermaria, para discutir diretamente aquilo que for pertinente ao caso clínico.
* Nesse local tem número e o hífen com um outro número posterior, esse número refere-se
ao registro do ambulatório (SAM 15). O número não é coincidente pela razão de ter sido inserido
este controle no ambulatório, posteriormente. É importante que em ambos livros (Internação e
Ambulatório) estejam sempre com os números atualizados. Conforme no exemplo a seguir:
Livro do paciente na internação: Paciente Maria - número do registro interno em relação à
Psicologia é 556.
Livro da paciente no ambulatório: Paciente Maria - número do registro interno em relação à
Psicologia é 34
Sendo assim, seu número passa a ser a composição, 556-34.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 71

2.5.3 Sistema de Informação Hospitalar (SIH)


Os prontuários estão em formato eletrônico. Iniciar a evolução com a descrição do tipo de
contato realizado e com quem – atendimento/acompanhamento ao familiar, ao paciente e/ou ao
doador, relato do atendimento/acompanhamento considerando aspectos importantes sobre a pessoa
e relevantes para a equipe e período de internamento, ex: acolhe com o objetivo de; investigo se;
busco contato com; coloco-me à disposição; oriento para; mantenho acompanhamento -, assinatura
e carimbo do profissional responsável pelo atendimento/acompanhamento e carimbo da preceptora
com a descrição “sob supervisão da Psicóloga Maribel Pelaez Dóro.”. Realizar a impressão,
carimbar e assinar, colocar o carimbo da preceptora e guardar em uma pasta no armário da
Psicologia na sala Multiprofissional para a profissional responsável conferir a narrativa, resultados
dos testes de protocolos aplicados em cada categoria, para em seguida dar anuência através da
assinatura.

Devem ser realizadas após a evolução no prontuário.


a) Username conforme registro do patrimônio. Ex: HC1300
b) Entrar com o codnome (MARIBEL) e senha;
c) Acessar IT - “INTERNAÇÃO”;
d) Digitar Q - “REGISTRAR PROCEDIMENTOS”;
e) Digitar o número de registro do paciente (RG-CHC), ou apertar F2 para pesquisa,
podendo assim, digitar o nome do paciente;
f) Tecla enter até que apareça a tela com as evoluções clínicas;
g) F3 para incluir procedimento. Tecla TAB após o preenchimento dos dois primeiros
tópicos;
 Cod. Procedimento:
 396 para atendimento psicológico ao paciente;
 41398 para acompanhamento psicológico ao paciente;
 41399 para atendimento ou acompanhamento psicológico ao familiar cuidador.
 1220 para atendimento ao doador
 135 atendimento individual em psicoterapia
 5135 terapia individual – duração de 60 min realizada por atendimento
 No. Ocorrências: quantidade de atendimento/acompanhamento
 Situação: R (= realizada)
 Lotação executora: 7560 – Serviço de Psicologia
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 72

 Responsável: MARIBEL
 Tecla ENTER
h) F4 para alterar a situação do procedimento – A (= agendado) / R (= realizado) / C (=
cancelado);
i) F5 para excluir procedimento – Confirma: S (= sim) / N (= não) + tecla enter;
j) F12 para encerrar o sistema.
* O registro deve concordar com a data e o procedimento evoluído em prontuário.
Nas ocasiões em que isso não seja possível, em decorrência de não acesso ao sistema, ou de
tempo e até mesmo de outras prioridades, deve registrar no dia posterior e iniciar o texto com a data
do momento, escrito “em tempo” dar referência, esclarecer que o registro se refere ao dia anterior
ou ao dia em que se realizou o atendimento.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 73

UNIDADE 3 – ONCO-HEMATOLOGIA: AMBULATÓRIO (SAM 16)


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 74

3 O AMBULATÓRIO

3.1 ESTRUTURA FÍSICA


Localizado no 4º andar do Anexo H, o ambulatório da Onco-Hematologia dispõe de uma
ampla sala de espera, recepção, quatro consultórios médicos, sala de medicação, sala de reuniões,
dois quartos para procedimentos, quarto com três leitos para pacientes do gênero masculino, quarto
com três leitos para pacientes do gênero feminino, sala do Serviço Social, expurgo para limpeza de
materiais, rouparia, sala do pessoal Administrativo, sala da equipe de Cuidados Paliativos e
Cuidados com a Dor, copa, sala de prontuários e outros materiais, sala de armazenamento de
produtos de limpeza, quatro banheiros (dois para funcionários e dois para
pacientes/acompanhantes).
A psicóloga residente possui um espaço para guardar seus pertences e demais materiais e
documentos de trabalho no armário situado na sala de prontuários (atrás da recepção), nesse armário
está localizada a caixa de acrílico com pastas, separadas por ordem alfabética, onde estão a
anamnese do paciente, Questionário Demográfico-Clínico, Escala GAD-7 e escala PHQ-9 (ANEXO
X). Na utilização da anamnese, deve-se sistematizar os dados em planilha do Excel, guardar o
documento em pasta junto aos dados obtidos em atendimento psicológico por meio de relato e
demais informações de conteúdo psicológico relevante que possam influenciar no tratamento do
paciente, rever o caso e discuti-lo com a equipe. Os resultados precisam estar registrados, tanto no
banco de dados (online) da psicologia desse programa, como também no material impresso nas
pastas de uso interno da psicologia, uma vez que, dessa forma a psicóloga pode ter acesso imediato
a essas informações. Com certeza, o que for pertinente de comunicação para os profissionais da
área de saúde deve constar no registro no prontuário do paciente.
Tendo em vista a dinâmica e estrutura hospitalar, a Psicologia não possui uma sala privativa
para atendimento. Portanto, é necessário que o profissional tenha flexibilidade para realizar a
assistência no local que for possível. Sendo assim, é importante que haja boa comunicação com o
restante da equipe multiprofissional para que os atendimentos possam ser feitos com o mínimo de
interrupções e possíveis fatores de interferências.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 75

3.2 ROTINA
Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
Estudo Estudo Estudo
07:30 - 08:30
Supervisão Tutoria
08:30 - 09:30 Reunião Clínica
Assistência Assistência Estudos e
09:30 - 10:30 Visita Super. trabalhos
teóricos e
Reunião Assistência
Grupo de Teórico Clínica Aula Eixo de Extra
10:30 - 11:30 Assistência Assistência
Estudos P.A. Concentração

11:30 - 12:30 Almoço


12:30 - 13:30 Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço
14:30 - 15:30 Assistência
Pesquisa LMC
Estudos e
15:30 - 16:30 Aula Eixo
Assistência Assistência Trabalhos
Transversal
16:30 - 17:30 Teóricos
Reunião Psico- Reunião OH
17:30 - 18:30 Onco

* Uma vez por mês, há reunião da Comissão de Saúde. Verificar a temática de interesse da
residente e horários possíveis de acordo com a grade acima.
* Revezar com a outra R2 para auxiliar na Pesquisa de LMC (SAM 15).
* Considerando que o R2 realiza o TCR, esses horários da rotina poderão sofrer alterações,
dependendo do local da realização da pesquisa.

3.2.1 Pacientes em Tratamento Quimioterápico


Os pacientes que realizam quimioterapia endovenosa necessitam vir regularmente ao
ambulatório, tendo em vista a especificidade do tratamento de cada um. É possível verificar nas
anotações de Enfermagem a data de retorno de cada paciente. Estes se acomodam na sala de
medicação (com cerca de 12 poltronas disponíveis) ou nos leitos. O local de permanência dependerá
do tempo de infusão do quimioterápico, performance e preferência do paciente (disposição física
para ficar sentado ou necessidade de se deitar) e dinâmica da equipe de Enfermagem. É parte da
rotina da residente o acompanhamento/atendimento diário dos pacientes que vêm para a
quimioterapia.

3.2.2 Ambulatório de Oncologia


Os ambulatórios são organizados conforme as consultas médicas. Os pacientes oncológicos
são atendidos nas segundas, quartas, quintas e sextas no período da manhã, sendo a Dra. Karina
Costa Maia Viana, a responsável pela equipe médica dessa especialidade. Após a consulta, tanto os
médicos como o paciente/acompanhante podem pedir por atendimento psicológico. As principais
demandas observadas são: informação diagnóstica, recaída de doença, mudança de tratamento,
inserção em cuidados paliativos, agravo da doença, transtornos de humor do paciente e do cuidador.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 76

Caso o paciente tenha alguma intercorrência fora do horário de atendimento ambulatorial, dirige-se
à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Dependendo da situação, tem a possibilidade de ser
transferido e internado no 11º andar (Clínica Médica) ou 10º andar Quimioterapia de Alto Risco
(QTAR).

3.2.3 Ambulatório de Hemato Maligna (Doenças Neoplásicas)


Este ambulatório ocorre nas terças-feiras pela manhã e tem como responsáveis o Dr. Samir
Kanaan Nabhan e a Dra. Caroline Bonamin dos Santos Sola. Tal como relatado nos itens 3.2.1 e
3.2.2, a Psicóloga não atende a esses pacientes por rotina, já que a cada semana vêm cerca de 30
pessoas. Contudo, a residente da psicologia fica disponível para atender caso haja demanda da
equipe ou busca pelo próprio paciente/acompanhante.
As leucemias em geral, apesar de neoplasias, são atendidas nas quartas-feiras à tarde pelo
Dr. Rodrigo Miguel Bendlin ou na quinta-feira de tarde pelas residentes da Hematologia. Essa
separação se dá pela provável internação do paciente na QTAR para tratamento quimioterápico de
alta dose que pode levar à condição de neutropenia. A necessidade de internamento se dá pela baixa
na imunidade e maior suscetibilidade a infecções, ocasionando a neutropenia febril.

3.3 EQUIPE INTERDISCIPLINAR


Composta por:
 12 Profissionais da Enfermagem, sendo duas responsáveis por curativos e cuidados
paliativos;
 02 Assistentes Sociais;
 03 Técnicos administrativos e 02 estagiários;
 01 Chefia administrativa;
 Funcionárias da limpeza;
 Médicos Oncologistas e Hematologistas;
 Residentes Médicos e da Equipe Multiprofissional

3.3.1 Discussão de Casos e Pedido de Consulta: Formal e Informal


Uma vez que a equipe de Enfermagem e Médica atende a todos os pacientes do ambulatório,
é importante que a Psicóloga converse com os profissionais para saber se há algum caso urgente ou
com demanda pontual que compete à Psicologia. Deve-se dar prioridade à demanda levantada e
depois, havendo tempo hábil, realizar a passagem de rotina pelos quartos e sala de medicação.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 77

Não somente enfermeiros e médicos, mas toda a equipe pode realizar um pedido de consulta
à Psicologia, assim como a Psicóloga também pode solicitar outra especialidade quando houver
indicação para tal, seja através de preenchimento do formulário ou informalmente, por uma
comunicação presencial. Da mesma maneira, discutem-se os casos mais relevantes a serem
compartilhados com a equipe. Pode-se agendar uma reunião com os interessados ou então, ser
solicitado para discutir o caso em si.

3.3.2 Grupo de Caráter Terapêutico


Grupo de caráter terapêutico, informacional, educativo pode ser feito com os pacientes e/ou
acompanhantes no ambulatório, tanto na sala de espera como na sala de medicações. Pode-se
combinar com residentes de outras áreas e membros da equipe para a realização de atividades em
conjunto. O melhor dia e horário da semana devem ser combinados entre os participantes. Ressalta-
se que os demais integrantes do serviço, principalmente Enfermagem e chefia administrativa devem
ser informados sobre os grupos, para que não seja um fator de dificuldade na rotina. Os próprios
profissionais devem planejar a atividade, tendo em mente os objetivos do que for proposto, podendo
levantar com os participantes sobre o que gostariam de falar/saber. Porém, sempre com a cautela e
consciência de que esta abordagem não pode configurar uma intervenção de grupo psicoterapêutico
em decorrência da inadequação da conduta nesse contexto, conforme preconizado pelo Conselho
Federal de Psicologia (CFP). É possível que o que for discutido no grupo suscite lembranças
pessoais e/ou emoções que demandem atendimento psicológico individual posterior. Cabe à
Psicóloga atentar para às reações dos participantes e, se for o caso, abordá-lo separadamente para
acolhimento e proposta de acompanhamento psicoterápico. Lembrando que é possível, em algumas
circunstâncias, utilizar recursos que auxiliem na condução do grupo terapêutico, tais como materiais
de papelaria, realização de atividades lúdicas, expressivas, artísticas, metafóricas; adequando-se ao
espaço físico, tempo disponibilizado, a necessidade, condição e recursos cognitivos e performance
física dos participantes, além do número de pessoas envolvidas, já que a Psicologia não possui uma
sala específica para esta atividade. Abaixo constam alguns dos temas já trabalhados durante o
primeiro semestre de 2015:
 Autoconhecimento e Autopercepção;
 Planejamento Futuro e Interesses Pessoais;
 Imagem Corporal;
 Vínculos Familiares;
 Papel Ocupacional Materno e Simbologia da Maternidade;
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 78

 Pré-julgamentos e Pré-Conceitos.

3.4 SERVIÇO DE PSICOLOGIA


3.4.1 Atividades realizadas: Assistência
a) Entrevista aos Pacientes Novo
A ideia é que por ser um paciente novo no serviço, o mesmo conheça os profissionais que
atuam no ambulatório e que estão à disposição deste. Além disso, por serem, em geral recém-
diagnosticados ou com recaída de doença, configura-se como um momento de crise por terem que
passar por muitas mudanças na vida. Portanto, todos os pacientes novos, tanto adultos como
adolescentes, devem passar por uma anamnese psicológica. Há um protocolo (ANEXO X) para
auxílio do profissional por meio da realização de uma entrevista semi-dirigida. Nele, são
perguntados dados demográfico-clínicos, história pessoal e familiar para construção do genograma,
e também se aplica a Escala GAD-7 e PHQ-9 para identificação de traços de transtorno de humor
(ansiedade e depressão). Sabe-se quem são os pacientes novos pelas anotações na bancada de
Enfermagem (o nome do paciente que fará quimioterapia é escrito e grifado em uma agenda).

b) Atendimento ao Paciente Adulto


Atendem-se as demandas provenientes da percepção da equipe ou da procura do próprio
paciente. Não há a necessidade de agendamento para ser atendido, no entanto, caso requeira um
horário específico e/ou atendimento continuado, deve-se acordar previamente com a Psicóloga. A
residente avaliará a demanda e atenderá conforme a disponibilidade de ambos, pelo período que for
necessário (lembrando que a residente da psicologia troca de setor a cada seis meses e que o SUS
defende a contrarreferência, devendo ser encaminhado para a atenção primária quando possível).
Portanto, o paciente é informado antes de iniciar um processo de análise que a psicóloga vigente irá
atende-lo por um tempo previamente determinado. Mas, se houver a necessidade, demanda e aceite
por parte do paciente, o mesmo será encaminhado.
Pacientes que passam por atendimento psicológico são aqueles que apresentam sofrimento
psíquico intenso, com dificuldade de organização interna, e que podem se beneficiar de um olhar
clínico e da escuta criteriosa de um profissional da psicologia clínica.
Lembrando que, em alguns casos, de estagnação psíquica, racionalização exacerbada,
bloqueios mediante repressões, dificuldade de introspecção e de elaborações simbólicas é possível
utilizar recursos que auxiliem na condução do atendimento psicológico, tais como materiais de
papelaria para a realização de atividades expressivas, artísticas, metafóricas; adequando-se ao
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 79

espaço físico, a necessidade, condição e recursos psicológicos do paciente e condições do setting


terapêutico, já que a Psicologia não possui uma sala para atendimento próprio e o paciente
geralmente estará entre outros pacientes. Em decorrência dessa dificuldade, a psicóloga sempre
busca um local o mais privativo possível.
É importante enfatizar que o uso de materiais e atividades pode ser um dos caminhos
indicado como recurso para suscitar e fomentar a apresentação simbólica para que estas possam
oportunizar e auxiliar na expressão de sentimentos, emoções e pensamentos reprimidos ou
manifestações de imagens arquetípicas ou de condensações advindas em forma de complexos e
muito mais. Posto isto, compreende-se que tal uso tem que se justificar e estar fundamentado na
teoria. Não deve ser usado com um propósito de atalho, interpretação superficial e linear ou de
interesse do profissional que o utiliza. Se estes forem os motivos, então, isto se configurará como
uma falta de competência e de embasamento teórico mediante os ensinamentos da psicologia
analítica e um esvaziamento do método construtivo, ou seja, falta de conhecimento e
fundamentação teórica para tal abordagem e implementação do conhecimento científico. Não se
trata de recreação! É fomentar o inconsciente e pô-lo a trabalho no desvelamento do que for
considerado recomendável, possível e necessário para o autodesenvolvimento.

c) Acompanhamento ao Paciente Adulto


A psicóloga tem como rotina passar nos quartos e sala de medicação, estas abordagens
diretas com o paciente se configuram como acompanhamentos psicológicos em que se podem triar
as demandas para potencial atendimento posterior. De acordo com o perfil psicodinâmico de cada
paciente e a qualidade da transferência estabelecida, é possível utilizar recursos expressivos que
oportunizem a manifestação de conteúdos simbólicos; adequando-se ao espaço físico, a
necessidade, condição e recursos psicológicos do paciente e condições do setting terapêutico, já que
a Psicologia não possui uma sala para atendimento próprio e o paciente geralmente estará entre
outros pacientes.
Em decorrência dessa dificuldade, a psicóloga sempre busca um local mais privativo
possível para realizar a intervenção, com o intuito de fomentar o autodesenvolvimento do paciente e
auxiliar no entendimento pessoal através da compreensão e interpretação dos conteúdos simbólicos
expressos. Devido ao fato de que o acompanhamento é mais breve e pontual que um atendimento, a
Psicóloga consegue assistir a mais pacientes, mas com prejuízo em relação a profundidade da
intervenção da clínica psicológica. Não é possível o acompanhamento de todos, é importante que a
Psicologia tenha alguma disponibilidade para a triagem e autonomia para discernir com
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 80

fundamentação teórica o que é prioridade e o que de fato é uma indicação pertinente a especialidade
da psicologia.

d) Atendimento ao Paciente Adolescente


O perfil dos pacientes que frequentam o ambulatório é de adultos e idosos. Raramente há
adolescentes em tratamento e não há crianças, pois existem outros centros de referência para essa
população. Diferencia-se a abordagem ao adolescente, já que este indivíduo se encontra em um
momento de vida diferente, prestes a experienciar a sensação de liberdade e autonomia no auge da
juventude. Tal fase é interrompida com o adoecimento e necessidade de priorizar o tratamento.
Além disso, os pais geralmente estão presentes e demandam a atenção dos profissionais de
saúde tanto quanto o adolescente. Nesse contexto, o Psicólogo deve ajustar sua linguagem e manejo
do paciente (assim como em relação às demais faixas etárias) para facilitar o desenvolvimento do
vínculo psicoterapêutico e da possibilidade de trabalho dentro de um atendimento psicológico.
Lembrando que também é possível utilizar recursos complementares para atividades expressivas, de
leitura, analogias e metáforas, conforme a condição de entendimento do paciente e devem ser
trabalhados por meio da compreensão e interpretação dos conteúdos simbólicos expressos. É uma
técnica que pode auxiliar, mas, a clínica que é soberana! A Psicologia não possui uma sala para
atendimento próprio e o paciente geralmente estará entre outros pacientes, em decorrência dessa
dificuldade, a psicóloga sempre busca um local o mais privativo possível.
Tal como os pacientes adultos, o adolescente pode ser atendido no momento em que se
encontra no ambulatório, mesmo que para realizar outros procedimentos/consultas, pois pode ser
oportunizado um agendamento com a Psicóloga. Se a demanda e a intensidade do sofrimento
psíquico forem altas, o paciente será encaixado na modalidade “Atendimento Psicológico”, o que
requererá adesão do mesmo à psicoterapia. Mediante três faltas consecutivas e sem justificativas por
parte do paciente, este, será considerado não aderente ao atendimento, o psicólogo passa a ter o
direito de interromper o acompanhamento.

e) Acompanhamento ao Paciente Adolescente


Caso o adolescente não apresente demanda ou queixas, ou não tenha disponibilidade interna
no momento da abordagem do psicólogo (exemplificando, não se sentir à vontade, não querer
compartilhar suas questões com a Psicóloga), é possível definir com o mesmo, apenas a realização
de um acompanhamento psicológico, isto é, colocar-se à disposição para quando o mesmo julgar
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 81

necessária a ajuda psicológica, abordando o paciente sempre que possível a fim de observar
algumas nuances em termos da condição emocional e do tratamento médico.

f) Atendimento ao Familiar/Cuidador
Vale lembrar novamente sobre a presença dos pais ou responsáveis pelo adolescente, os
quais poderão ser convidados para atendimento pela Psicóloga quando houver necessidade, por
exemplo, para obtenção de dados/informações sobre o comportamento, personalidade, história de
vida, qualidade do relacionamento familiar e social, entre outras questões. Podem-se utilizar
recursos e materiais complementares ao longo do atendimento. É provável que os próprios
responsáveis peçam por um feedback da Psicóloga para saber como o paciente está (modo como
percebe e enfrenta a situação adversa). Anterior a esse momento com os pais, deve-se combinar
com o adolescente que algumas informações discutidas em atendimento individual poderão ser
comunicadas aos familiares e que outros assuntos serão mantidos em sigilo. Mas, que o psicólogo e
ele, paciente, irão discutir previamente, caso, seja agendado um horário extra com seus responsáveis
legais. Só há ganhos com esse tipo de acordo a ser feito com o paciente, pois possibilita que não
haja prejuízo no vínculo psicoterapêutico com o mesmo e, ao mesmo tempo, ameniza-se a angústia
do cuidador sem ferir ou expor as particularidades do adolescente.
Outra situação que requer atendimento psicológico ao cuidador é por demanda própria deste,
seja por dificuldades pessoais, familiares, relacionadas (in)diretamente ou não ao paciente. A
Psicóloga deve estar disponível para as situações de urgência e as momentâneas, agendar os
atendimentos para trabalho psicoterápico e realizar encaminhamento quando necessário. A equipe
do ambulatório pode ser de grande ajuda na indicação de quais cuidadores primários poderão se
beneficiar dessa intervenção.
Na condução do atendimento pode ser utilizado, além do diálogo dialético, recursos e
materiais que fomentem a expressividade dos afetos e desafetos, desde que sejam trabalhados por
meio da compreensão e interpretação dos conteúdos simbólicos expressos. Se o atendimento for
realizado em conjunto com o paciente, a Psicóloga deve lembrar-se das regras da SCIH, pois há
pacientes em isolamento de contato, com bactérias multirresistentes que impedem o uso de
materiais que não possam ser desinfetados. Nos casos em que o familiar/cuidador for atendido
sozinho, isto é, distante do paciente, pode ser levado para outro recinto visando à privacidade do
conteúdo psicológico advindo do atendimento clínico.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 82

g) Acompanhamento ao Familiar/Cuidador
Os cuidadores informais que vêm junto com o paciente também podem ser acompanhados.
Conforme a demanda, inclui-se em atendimentos frequentes ou como acompanhamento psicológico.
Nessa segunda situação, a Psicóloga deve abordar para atualizar sobre a condição psicológica e
bem-estar do cuidador, mas também sobre a percepção deste em relação ao
manejo/adoecimento/tratamento do paciente, condição familiar, entre outras questões. O
acompanhamento sinaliza a disponibilidade da Psicóloga e contribui no fortalecimento do vínculo
para que o atendimento psicológico seja preconizado sempre que for preciso. Também pode ser
utilizado recursos e materiais complementares.

h) Orientação Psicoeducativa
Esse tipo de intervenção é pertinente mediante situações que exijam uma explanação mais
detalhada sobre o tratamento/adoecimento/procedimentos, sem adentrar nos aspectos da
competência médica, mas, clarificando as dúvidas e os efeitos que estas informações prévias
possam provocar no paciente ou no familiar, com a possibilidade de uso de recursos e materiais que
fomentem a expressividade dos afetos e desafetos, desde que sejam trabalhados por meio da
compreensão e interpretação dos conteúdos simbólicos expressos. A Psicóloga deve ter
flexibilidade e criatividade para adaptar a sua linguagem e modo de desenvolver o diálogo com às
pessoas que irá assistir e orientar. Pode ser feita tanto com o paciente, acompanhantes, filhos e
demais familiares a fim de aproximar o entendimento dos mesmos aos acontecimentos no ambiente
hospitalar e contexto de enfermidade.

i) Visita Psicológica Supervisionada


As visitas são realizadas na segunda-feira das 10h30 às 11h30. Trata-se de um momento
entre a residente e a preceptora para que seja feito o repasse da rotina, andamento da semana,
resolução de possíveis problemas, breves discussões teórico/clínica dos casos e a atualização do
posicionamento da residente em relação a equipe e ao contexto ambulatorial. Além disso, é nessa
visita que a preceptora faz a verificação das evoluções clínicas em prontuário, já que é a
responsável e dá ciência aos atendimentos da residente da psicologia.

j) Pesquisas
No momento, não há pesquisas em andamento relacionadas à rotina das Residentes. O
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para Protocolo de Anamnese aos pacientes
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 83

novos encontra-se no ANEXO II. Atualmente, não há um uso obrigatório do mesmo, apenas para os
pacientes ou familiares que por ventura seus dados poderão ser elaborados em material para aulas
ou publicações, como experiência clínica. Portanto, a anamnese caracteriza-se como atividade de
rotina, mas se houver a intenção de utilizar os dados coletados para publicação científica futura, é
essencial que haja um projeto com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Além disso, é
possível implantar outros estudos na unidade, desde que discutido e organizado a elaboração
previamente com a preceptora e obtido o aceite da Chefia da Unidade. Nesse caso, é importante
proceder de acordo com os aspectos éticos profissionais (CFP) e de pesquisa (CEP e Declaração de
Helsinque). O Trabalho de Conclusão de Residência da Psicóloga também pode ser realizado na
unidade, desde que em conformidade com as ponderações relatadas no presente tópico.

3.4.2 Atividades realizadas: Ensino


Em relação a esse tópico vide item 5.2 e 5.3, referente as supervisões, visitas, orientações,
aulas e tutorias.

3.5 REGISTRO DE DADOS


Toda e qualquer intervenção feita pela Psicóloga deve ser registrada no sistema SIH,
evoluída em prontuário e nos registros internos da psicologia. A Psicologia atende os que vêm para
consulta médica, os que têm medicação para fazer no dia e os de acompanhamento psicológico
ambulatorial.

3.5.1 Registro no Prontuário


Todos os atendimentos e acompanhamentos realizados devem ser registrados no prontuário
do paciente. Na evolução, deve constar: data, profissão, descrição do tipo de contato realizado e
com quem – atendimento/acompanhamento ao familiar, ao paciente ou ao doador, relato do
atendimento/acompanhamento considerando aspectos importantes sobre a pessoa e relevantes para a
equipe, finalizar com a conduta – ex: acolho com o objetivo de; investigo se; busco contato com;
coloco-me à disposição; oriento para; mantenho acompanhamento -, assinatura e carimbo do
profissional responsável pelo atendimento/acompanhamento e carimbo da preceptora com a
descrição “sob supervisão da Psicóloga Maribel Pelaez Dóro.”. Para que a preceptora possa
supervisionar as evoluções, toda quinta-feira a residente deve deixar no arquivo (3º andar do prédio
central) uma lista onde constam todos os prontuários que devem ser liberados com o CODNOME
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 84

Maribel, contendo o nome completo do paciente junto ao seu registro CHC. Todas as segundas-
feiras a preceptora irá ao arquivo assinar e dar ciência nas evoluções.

3.5.2 Registro no SIH


Há limite de registro de atendimentos por dia no sistema. A residente deve lembrar que a
evolução deste deve estar em concordância com a evolução clínica do prontuário (data, intervenção
realizada). As evoluções feitas na pasta de anotações da enfermagem não devem ser colocadas no
sistema, mas tudo o que for escrito no prontuário do paciente, deve constar no SIH. Na passagem de
estágio por uma unidade ambulatorial, é importante que a Psicóloga saiba o CID-10 dos
diagnósticos dos pacientes atendidos. Ao confirmar o CID no sistema, auxilia o controle do pessoal
de outras instâncias administrativas que poderão contabilizar o total de indivíduos com determinada
doença, por exemplo. Segue abaixo os passos para registro no SIH:
 Username conforme registro do patrimônio. Ex: HC1500
 Inserir o codnome do próprio Residente ou da Maribel (MARIBEL);
 Inserir a senha de acesso ao sistema do próprio Residente ou da Maribel;
 Acessar AM- AMBULATÓRIO;
 Digitar “A” – AGENDAR CONSULTAS NORMAIS;
 Digitar o número de registro do paciente (RG-CHC), ou apertar F2 para pesquisar,
digitando duas vezes suas iniciais. Exemplo: João Pedro Mello, digitar na busca JJ PP
MM + tecla ENTER;
 Tipo de consulta “N” quando o paciente é NOVO (primeira consulta) ou “R” quando o
paciente é retorno;
 Origem do paciente: “2”
 Ambulatório “912” + tecla ENTER
 Profissional “Maribel”
 Escolher um horário + tecla ENTER
 Código de transição: tecla ENTER para pular
 Agendar? Inserir “S” + ENTER

 Confirmação da Consulta
 F12 até voltar à tela inicial do ambulatório
 Optar por “E” – REGISTRAR PRESENÇA
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 85

 Preencher as lacunas com: Ambulatório 912


Data: anterior à realização do atendimento
Médico: Maribel + tecla ENTER
 Encontrar o registro (paciente) que deseja confirmar + tecla ENTER
 Apertar F10 para confirmar
 Preencher conforme o pedido:
Primário: CID C509 (exemplo: câncer de mama)
 Confirmado: “S” para quando se sabe o CID-10; “N”
para quando não se tem certeza do CID-10
 Inserir código da intervenção realizada (constam abaixo, no próximo subitem);
 Responsável: MARIBEL (o Residente não pode ser responsável pelos atendimentos
na unidade, sendo obrigatória a inserção do codnome do preceptor de área) + tecla
ENTER;
 F12 para encerrar o sistema.

 Códigos de registro no SIH:


o Consulta de psicólogo (atendimento ao paciente): 396
o Acompanhamento psicológico (ao paciente): 41398
o Aconselhamento psicológico ao familiar (atendimento e acompanhamento): 41399
o Acompanhamento do paciente em reabilitação em comunicação alternativa: 30093
o Atendimento individual em psicoterapia: 135
o Aplicação de testes psicológicos para psicodiagnóstico (avaliação e/ou anamnese):
5550
o Aplicação de escalas e questionários para psicodiagnóstico (avaliação e/ou
anamnese): 5551
o Aplicação de teste para psicodiagnóstico (avaliação e/ou anamnese): 37171

* O registro deve concordar com a data e o procedimento evoluído em prontuário.


Nas ocasiões em que isso não seja possível, em decorrência de não acesso ao sistema, ou de
tempo e até mesmo de outras prioridades, deve registrar no dia posterior e iniciar o texto com a data
do momento, escrito “em tempo” dar referência, esclarecer que o registro se refere ao dia anterior
ou ao dia em que se realizou o atendimento.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 86

Além do agendamento no sistema, há um caderno na recepção do ambulatório que organiza


todos os pacientes agendados, que auxilia no controle tanto da Psicóloga como dos técnicos
administrativos (recepcionistas responsáveis pelo repasse de informações e marcação de consultas).

3.5.3 Livro de Registro do Paciente


Todo paciente que passa pela entrevista inicial e por atendimento/acompanhamento com a
Psicóloga, deverá ser registrado no caderno de capa azul localizado dentro da pasta de arquivo de
acrílico, dentro do armário que a residente guarda seus pertences (sala atrás da recepção). O registro
no caderno deve conter o código da Psicologia, RG-CHC, nome do paciente, idade, gênero,
diagnóstico, CID-10, mês relativo à intervenção, breve evolução clínica e nome da Psicóloga
responsável.

3.5.4 Banco de Dados da Psicologia STMO/Onco-Hematologia


Sistematizar as informações coletadas das anamneses em planilha do Excel. Apesar do
banco de dados da Psicologia possuir dados de outras pesquisas e entrevistas, os registros no SAM
16 passaram a ser realizados a partir do primeiro semestre de 2015. Deve-se sempre mantê-la
atualizada e salva em local seguro (cópia no computador, pen drive, nuvem, por exemplo) para
evitar a perda de dados. Para tabulação dos dados, alguns questionários necessitam de correção. No
caso deste ambulatório, utiliza-se a Escala GAD-7 e Escala PHQ-9 que avalia traços de ansiedade e
depressão respectivamente.

3.5.5 Arquivo
Os materiais produzidos pelos pacientes/acompanhantes, bem como as fichas de anamnese
psicológica devem ser arquivados no fichário de acrílico. Tudo é guardado dentro de plásticos,
sendo que cada paciente tem o seu plástico etiquetado com suas iniciais, RG-CHC, e o RG-PSICO
(número do Registro interno da Psicologia) dispondo em ordem alfabética. Nesse fichário, há
divisórias com pastas em papelão que facilitam o trabalho e organização do material. Ao final do
estágio de seis meses, de cada residente, nesta unidade, estes materiais são arquivados no armário
do STMO (15º andar). Fica em outra unidade devido à estrutura física do ambulatório SAM 16 e
indisponibilidade de espaço.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 87

UNIDADE 4 – ONCO-HEMATOLOGIA * QUIMIOTERAPIA DE ALTO RISCO:


ENFERMARIA (10º ANDAR)
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 88

4 A ENFERMARIA

4.1 ESTRUTURA FÍSICA


Na QTAR existem 11 leitos, sendo oito destinados para pacientes em tratamento
hematológico; dois para oncológico; um leito para procedimentos como implante de cateter, biópsia
e demais exames investigatórios; copa; banheiro para os familiares; sala da enfermagem; sala de
prontuários de prescrição médica; e rouparia. O banheiro dos funcionários fica no 10º andar
próximo às salas de aula. A chave do banheiro fica na sala da enfermagem e deve ser devolvida lá
sempre após o uso, e a residente também possui uma cópia. A Psicologia possui um armário no
corredor do 10º andar, com cadeado, em que é possível guardar os pertences da residente. Demais
materiais de trabalho são armazenados no STMO (15º andar).

4.2 ROTINA
Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
Estudo Estudo Estudo
07:30 - 08:30
Reunião Clínica Supervisão Tutoria
08:30 - 09:30 Estudos e
Assistência Assistência
09:30 - 10:30 Visita Super. trabalhos
teóricos e
Reunião Assistência
Grupo de Teórico Clínica Aula Eixo de Extra
10:30 - 11:30 Assistência Assistência
Estudos P.A. Concentração

11:30 - 12:30 Almoço


12:30 - 13:30 Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço
14:30 - 15:30 Assistência
Pesquisa LMC
Estudos e
15:30 - 16:30 Aula Eixo
Assistência Assistência Trabalhos
Transversal
16:30 - 17:30 Teóricos
Reunião Psico- Reunião OH
17:30 - 18:30 Onco

*Uma vez por mês, há reunião da Comissão de Saúde. Verificar a temática de interesse da residente
e horários possíveis de acordo com a grade acima.
*Revezar com a outra R2 para auxiliar na Pesquisa de LMC (SAM 15).
*Considerando que o R2 realiza o TCR, esses horários da rotina poderão sofrer alterações,
dependendo do local em que for realizar a pesquisa.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 89

4.2.1 Pacientes em Tratamento Quimioterápico


O paciente que obtém o diagnóstico de uma doença hematológica, geralmente as internações
para tratamento de leucemias, contemplam a quimioterapia que contém três etapas: 1ª Indução e
Remissão esperada da doença, que dura em média quatro semanas; 2ª Consolidação e
Intensificação, com tempo médio de três a quatro meses; e 3ª Manutenção e Remissão, que pode se
estender por dois anos de tratamento, conforme a complexidade da sua doença. São o desempenho
clínico e decisão médica que dirão se o paciente poderá receber alta hospitalar, mas, com
reinternações programadas.
Os pacientes admitidos para realizar tratamento oncológico na unidade são casos especiais,
tendo em vista que na sua maioria são realizados em ambulatório. É necessário identificar caso a
caso, pois em algumas situações o paciente oncológico é admitido para cuidados de fim de vida,
enquanto outros vêm para estabilizar sua condição de saúde, e assim retornar ao acompanhamento
ambulatorial.
O paciente tem direito a um acompanhante em tempo integral, bem como receber visitas no
turno da manhã, tarde e noite; segue o modelo de visita aberta em implantação no CHC e em outras
clínicas. Também é possível receber visita infantil, desde que acordado previamente com a
Enfermagem. Se menor de 12 anos, a Enfermeira do setor deve fornecer uma autorização que
deverá ser entregue à portaria. É importante que a Psicóloga possa intermediar nesta visita, em
decorrência de que a angústia pode ser mobilizada tanto no paciente que recebe como na criança
que chega num espaço que lhe é ameaçador pelo desconhecimento e pelo simbolismo que pode
estar associado ao hospital, ao câncer e a morte.

4.2.2 Pacientes em Fase de Neutropenia


Após cada ciclo quimioterápico, se tiver boa performance clínica, o paciente pode receber
alta hospitalar por cerca de uma semana (conforme o caso), e depois retornar à enfermaria para a
fase de neutropenia. O tratamento visa à erradicação da doença e acaba eliminando tanto as células
saudáveis quanto as doentes, fazendo com que o paciente apresente redução na defesa imunológica.
O paciente reinterna pela falta de defesas e por ser considerado a prevenção e o cuidado com a
redução de risco de infecções fúngicas/virais/bacterianas; o mesmo, permanece até a sua
recuperação. Esse período geralmente leva em torno de, no mínimo, uma semana.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 90

4.2.3 Pacientes Internados para Pequenos Procedimentos


Alguns pacientes passam por breves internações na QTAR, sendo que para implantação de
cateter, por exemplo, pode receber alta hospitalar no mesmo dia em que chega à enfermaria.
Pequenos procedimentos são aqueles que o paciente não vem para tratamento quimioterápico,
podendo ser biópsia, endoscopia, colonoscopia, isto é, exames que requerem a observação do
paciente por algumas horas até que possa retornar para casa.

4.3 EQUIPE INTERDISCIPLINAR


4.3.1 Discussão de Casos e Pedido de Consulta: Formal e Informal
Pode ser feito um pedido de consulta pelo preenchimento do formulário, no entanto,
geralmente acontece informalmente na própria unidade de internação, onde são discutidos os casos
com uma equipe constituída pela Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Nutrição,
Serviço Social e Medicina. Objetiva a resolução de demandas, melhorias do serviço, interação entre
profissionais, discussão de casos para que toda a equipe possa dar sua contribuição no que concerne
à especificidade de cada profissão.
O psicólogo também deve estar atento em relação às solicitações de outros profissionais para
a discussão e/ou intervenção da Psicologia. Mediante a demanda e após a realização do
atendimento, o psicólogo deve dar um feedback ao profissional solicitante e registrar no sistema e
no prontuário.

4.3.2 Reunião clínica


Acontece todas as segundas no 15º andar das 8h30 às 09h30 na sala de reuniões do STMO.
Os profissionais da equipe multidisciplinar participam da reunião, onde é feita a atualização do
estado clínico dos pacientes, e há espaço para discussão dos casos por parte de toda equipe.

4.4 SERVIÇO DE PSICOLOGIA


4.4.1 Atividades realizadas: Assistência

Entrevista Admissional à Unidade – 48h


Realiza-se uma entrevista semi-dirigida com o auxílio de um protocolo (ANEXO XI) com
perguntas sobre o perfil demográfico-clínico; investiga-se a história de vida pessoal e familiar para
construção do genograma; aplica-se a Escala GAD-7, Escala PHQ-9, um breve questionário e
escala de Qualidade de Vida (EQ-5D), de resiliência (CD-RISC 10); e avalia-se a cognição (MoCA-
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 91

B). Essa anamnese deve ser realizada dentro das primeiras 48h após a internação do paciente. O
prazo foi definido, pois o tempo de internamento interfere nas respostas do paciente em relação às
questões acima analisadas. Portanto, a entrevista inicial deve ser feita o mais breve possível.

b) Atendimento ao Paciente Adulto


O atendimento psicológico é realizado no leito do paciente, onde o acompanhante poderá ou
não acompanhar, dependendo da especificidade de cada caso. A duração e a frequência dos
atendimentos variam de acordo com a conduta e direção do profissional da psicologia, que o
acompanha e da necessidade psicológica do paciente.
No caso de haver pacientes em cuidados paliativos e em final de vida, é obrigatório o
atendimento ao paciente, bem como da sua família. O contato interdisciplinar é imprescindível para
efetivar um trabalho adequado e para que as informações estejam integradas e sejam facilitadoras
para o entendimento de toda a equipe.
É possível utilizar recursos que auxiliem na condução do atendimento, tais como materiais
de papelaria, realização de atividades lúdicas, expressivas, artísticas, metafóricas, desde que sejam
trabalhados por meio da compreensão e interpretação dos conteúdos simbólicos expressos. A
Psicóloga deve lembrar-se das regras da SCIH, pois há pacientes em isolamento de contato, com
bactérias multirresistentes que impedem o uso de materiais que não possam ser desinfetados.

c) Acompanhamento ao Paciente Adulto


Caso o paciente não tenha demandas pontuais para atendimento continuado; ou que o
próprio tempo de internação e as intervenções realizadas impeçam um atendimento nos moldes da
análise; ou se o paciente não se sentir à vontade para compartilhar suas questões pessoais com a
Psicóloga, esta deve oferecer o acompanhamento. Disponibiliza-se o serviço para o paciente e
informa que a psicóloga residente passará semanalmente para se atualizar em relação ao bem-estar
do mesmo e que ele/ela poderá pedir pelo atendimento analítico quando achar que precisa.
Pode ser utilizado recursos que auxiliem na condução do acompanhamento, conforme já
mencionado, desde que sejam trabalhados por meio da compreensão e interpretação dos conteúdos
simbólicos expressos. A Psicóloga deve lembrar-se das regras da SCIH, pois há pacientes em
isolamento de contato, com bactérias multirresistentes que impedem o uso de materiais que não
possam ser desinfetados.

d) Atendimento ao Paciente Adolescente


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 92

Assim como no SAM 16, não é comum o tratamento de pacientes adolescentes por haver
outras instituições de referência para essa população. O CHC tem o setor de Hematologia
Pediátrica, mas fica em outro andar e no ambulatório da Clínica da Endocrinologia, é atendido pelas
residentes da Saúde da Criança & Adolescente e pelo preceptor e Psicólogo Marcus Vinícius e
Jandyra Kondera Mengarelli.
Quando um adolescente precisa se internar, é importante o estabelecimento do vínculo
terapêutico para dar seguimento ao atendimento. Para tanto, a Psicóloga deve adequar sua
abordagem e linguagem de maneira que o paciente se sinta à vontade. Acordar com o mesmo em
relação à frequência dos atendimentos semanais, conforme a demanda e intensidade do sofrimento
psíquico.
Pode ser utilizado recursos que auxiliem na condução do atendimento, tais como materiais
de papelaria, realização de atividades lúdicas, expressivas, artísticas, metafóricas, desde que sejam
trabalhados por meio da compreensão e interpretação dos conteúdos simbólicos expressos. A
Psicóloga deve lembrar-se das regras da SCIH, pois há pacientes em isolamento de contato, com
bactérias multirresistentes que impedem o uso de materiais que não possam ser desinfetados.

e) Acompanhamento ao Paciente Adolescente


Caso o adolescente não tenha demanda para atendimento frequente, oferece-se o
acompanhamento psicológico, o qual tem o objetivo de observar e atualizar o profissional em
relação ao bem-estar/condição do paciente e mostrar-se disponível para quando ele/ela achar que
precisa.
Pode ser utilizado recursos que auxiliem na condução do atendimento, tais como materiais
de papelaria, realização de atividades lúdicas, expressivas, artísticas, metafóricas, desde que sejam
trabalhados por meio da compreensão e interpretação dos conteúdos simbólicos expressos. A
Psicóloga deve lembrar-se das regras da SCIH, pois há pacientes em isolamento de contato, com
bactérias multirresistentes que impedem o uso de materiais que não possam ser desinfetados.

f) Entrevista ao Cuidador
Com o objetivo de conhecer um pouco melhor a rede de suporte do paciente, propõe-se uma
entrevista inicial semi-dirigida ao cuidador informal presente no momento da internação. Essa
anamnese (ANEXO XII) compreende o bem-estar e avaliação do cuidador, contendo questionário
demográfico, de qualidade de vida (WHOQOL-BREF 26), de resiliência (CD-RISC10) e de
sobrecarga do cuidador informal (QASCI).
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 93

g) Atendimento ao Familiar/Cuidador
O atendimento realizado ao familiar do paciente deve ser feito fora do quarto do mesmo, na
enfermaria existe uma sala de curativos que caso não esteja sendo utilizada para este fim, e com a
autorização da enfermeira chefe da unidade, pode ser um ambiente reservado e adequado para tal
acompanhamento.
Pode ser utilizado outros recursos, além do diálogo dialético, que auxiliem na condução do
atendimento, tais como materiais de papelaria, realização de atividades lúdicas, expressivas,
artísticas, metafóricas, desde que sejam trabalhados por meio da compreensão e interpretação dos
conteúdos simbólicos expressos. Se o atendimento for realizado na presença do paciente, a
Psicóloga deve lembrar-se das regras da SCIH, pois há pacientes em isolamento de contato, com
bactérias multirresistentes que impedem o uso de materiais que não possam ser desinfetados. Nos
casos em que o familiar/cuidador for atendido sozinho, isto é, distante do paciente, pode ser levado
para outro recinto visando à privacidade do conteúdo trabalhado em atendimento.

h) Acompanhamento ao Familiar/Cuidador
Após a entrevista inicial com o cuidador é avaliado se o mesmo demandará atendimento ou
acompanhamento psicológico. Também pode-se trabalhar com materiais de papelaria, lúdicos, de
leitura para complementar a intervenção psicológica realizada. Diante da não necessidade de
atendimentos ao familiar/cuidador, deve-se, ao menos, abordá-lo semanalmente para saber como
está em relação a condição emocional do mesmo e como este está percebendo o processo de doença
e tratamento do paciente. Além disso, o acompanhamento possibilita triar nuances emocionais e
narrativas com conteúdos que demonstram alguma mudança na condição psicológica e no
comportamento que sejam importantes e que requeiram uma atenção maior. Colocar-se sempre à
disposição para que o familiar/cuidador procure a psicóloga dessa unidade de internação quando
precisar.

i) Questionário para Doador de Células Tronco Hematopoéticas


Quando não há vaga no STMO, os doadores internam na QTAR para procedimento de
retirada das células da medula óssea pela necessidade de entrada no Centro Cirúrgico. Faz-se uma
entrevista semi-dirigida com o preenchimento de um protocolo (ANEXO I) e após o conhecimento
geral sobre os dados demográficos, breve história de vida e motivação para a aceitação da doação, a
Psicóloga deve set al.ocar à disposição para atendimento/acompanhamento do doador. É uma
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 94

internação curta com duração média de um dia, por isso, é provável que apenas a entrevista e um
acompanhamento sejam feitos.

Permanência
Retirada das
Retorno à para observação
Internação no dia anterior células em C. Alta hospitalar
enfermaria e realização de
Cirúrgico
curativos

j) Orientação Psicoeducativa
Esse tipo de intervenção é pertinente mediante situações que exijam uma explanação mais
detalhada sobre o tratamento/adoecimento/procedimentos, sem adentrar nos aspectos da
competência médica, mas, clarificando as dúvidas e os efeitos que estas informações prévias
possam provocar no paciente ou no familiar, por exemplo, com a possibilidade de uso de materiais
complementares. A Psicóloga deve ter flexibilidade e criatividade para adaptar a sua linguagem e
modo de dialogar com às pessoas que irá assistir. Pode ser feita tanto com o paciente,
acompanhantes, filhos e demais familiares a fim de aproximar o entendimento dos mesmos aos
acontecimentos no ambiente hospitalar e contexto de enfermidade.

k) Visita Psicológica Supervisionada


As visitas são realizadas na segunda-feira das 09h30 às 10h30. Trata-se de um momento
entre a residente e a preceptora para que seja feito o repasse da rotina, andamento da semana,
resolução de possíveis problemas, breves apresentações dos pacientes presentes na unidade. Além
disso, é nessa visita que a preceptora faz a verificação das evoluções clínicas em prontuário, já que
é a responsável e dá ciência aos atendimentos da residente.

l) Pesquisas
No momento, não há pesquisas em andamento relacionadas à rotina das Residentes da
psicologia. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para Protocolo de Entrevista
Admissional – 48h; Entrevista ao Cuidador; e Entrevista ao Doador deverão ser elaborados. Por
enquanto, caracterizam-se como atividades de rotina, mas com a intenção de utilizar os dados
coletados para publicação científica futura, é essencial que haja um projeto com aprovação do
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 95

Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Além disso, é possível implantar outros estudos na unidade,
desde que discutido e organizado e elaborado previamente com a preceptora e ter o aceite do Chefe
dessa Unidade Clínica. Nesse caso, é importante proceder de acordo com os aspectos éticos
profissionais (CFP) e de pesquisa (CEP e Declaração de Helsinque). O Trabalho de Conclusão de
Residência da Psicóloga também pode ser realizado na unidade, desde que em conformidade com as
ponderações relatadas no presente tópico.

4.4.2 Atividades Realizadas: Ensino

Em relação a esse tópico vide item 5.2 e 5.3 referente as supervisões, visitas, orientações,
aulas e tutorias

4.5 REGISTRO DE DADOS


Os prontuários da Enfermaria se localizam na Sala dos Médicos, e podem ser utilizados
pelos profissionais da unidade, a cada alta hospitalar, por mais breve que seja o prontuário é
fechado e arquivado, havendo a necessidade de abrir um novo documento na nova admissão do
mesmo. É importante que a evolução seja feita no mesmo dia da intervenção, a qual também deve
estar de acordo com o registro no SIH (data e código de procedimento iguais ao escrito em
prontuário). Na evolução, deve constar: data, profissão, descrição do tipo de contato realizado e
com quem – atendimento/acompanhamento ao familiar, ao paciente ou ao doador, relato do
atendimento/acompanhamento considerando aspectos importantes sobre a pessoa e relevantes para a
equipe, finalizar com a conduta – ex: acolho com o objetivo de; investigo se; busco contato com;
coloco-me à disposição; oriento para; mantenho acompanhamento -, assinatura e carimbo do
profissional responsável pelo atendimento/acompanhamento e carimbo da preceptora com a
descrição “sob supervisão da Psicóloga Maribel Pelaez Dóro.”.

Registro no SIH
 Username conforme registro do patrimônio. Ex: HC1531;
 Inserir o codnome do próprio Residente ou da Maribel (MARIBEL);
 Inserir a senha de acesso ao sistema do próprio Residente ou da Maribel;
 Acessar IT - “INTERNAÇÃO”;
 Digitar Q - “REGISTRAR PROCEDIMENTOS”;
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 96

 Digitar o número de registro do paciente (RG-HC), ou apertar F2 para pesquisa fonética,


podendo assim, digitar o nome do paciente;
 Tecla ENTER até que apareça a tela com as evoluções clínicas;
 F3 para incluir procedimento;
 Tecla TAB após o preenchimento dos dois primeiros tópicos;
 Nº de ocorrências: quantidade de atendimento/acompanhamento;
 Situação: R (= realizada);
 Lotação executora: 7560 – Serviço de Psicologia;
 Responsável: MARIBEL (o Residente não pode ser responsável pelos atendimentos na
unidade, sendo obrigatória a inserção do codnome do preceptor de área) + tecla ENTER;
 Se necessário, F4 para alterar a situação do procedimento – A (= agendado) / R (= realizado)
/ C (= cancelado);
 Se necessário, F5 para excluir procedimento – Confirma: S (= sim) / N (= não) + tecla
ENTER;
 F12 para encerrar o sistema.

 Códigos de registro no SIH:


o Consulta de psicólogo (atendimento ao paciente): 396
o Acompanhamento psicológico (ao paciente): 41398
o Aconselhamento psicológico ao familiar (atendimento e acompanhamento): 41399
o Acompanhamento do paciente em reabilitação em comunicação alternativa: 30093
o Atendimento individual em psicoterapia: 135
o Aplicação de testes psicológicos para psicodiagnóstico (avaliação e/ou anamnese): 5550
o Aplicação de escalas e questionários para psicodiagnóstico (avaliação e/ou anamnese): 5551

* O registro deve concordar com a data e o procedimento evoluído em prontuário.


Nas ocasiões em que isso não seja possível, em decorrência de não acesso ao sistema, ou de
tempo e até mesmo de outras prioridades, deve registrar no dia posterior e iniciar o texto com a data
do momento, escrito “em tempo” dar referência, esclarecer que o registro se refere ao dia anterior
ou ao dia em que se realizou o atendimento.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 97

4.5.1 Livro de Registro do Paciente


Todo paciente que passa pela entrevista inicial e por atendimento/acompanhamento com a
Psicóloga, deverá ser registrado no caderno de capa preta localizado no armário que a residente
guarda seus pertences (corredor do 10º andar). O registro no caderno deve conter o código da
Psicologia, RG-CHC, nome do paciente, idade, gênero, diagnóstico, mês relativo à intervenção,
breve evolução clínica e nome da Psicóloga responsável.
Sempre que houver necessidade terapêutica da inclusão de outro profissional, deve ser
registrado o encaminhamento e o motivo do mesmo. Além det al.ocar no prontuário, pode fazer
contato com o mesmo, nas reuniões de rotina do serviço ou até mesmo busca-lo na própria
enfermaria, para discutir diretamente aquilo que for pertinente ao caso clínico.

4.5.2 Banco de Dados da Psicologia STMO/Onco-Hematologia


Sistematizar as informações coletadas das anamneses em planilha do Excel. Apesar do
banco de dados da Psicologia possuir dados de outras pesquisas e entrevistas, os registros no QTAR
passaram a ser realizados a partir do primeiro semestre de 2016. Deve-se sempre mantê-lo
atualizado e salvo em local seguro (cópia no computador, pen drive, nuvem, por exemplo) para
evitar a perda de dados.
Para tabulação dos dados, alguns questionários necessitam de correção, para a sua
mensuração e avaliação.
 Escala Geral de Ansiedade-7 (GAD-7): Deve-se digitar a resposta dada em cada questão
pelo paciente. O resultado da avaliação pode ser calculado manualmente ou com auxílio de fórmula
do Excel (já configurada na planilha). São considerados indicadores positivos de sinais e sintomas
de Transtorno de Ansiedade valores maiores ou iguais a 10. Quando à gravidade, o escore é
classificado da seguinte forma: 0 a 4 (indicadores de Transtorno de Ansiedade Mínimo), 5 a 9
(indicadores de Transtorno de Ansiedade baixo), 10 a 14 (indicadores de Transtorno de Ansiedade
Moderado), e de 15 a 21 (indicadores de Transtorno de Ansiedade Severo). O resultado também
deve ser escrito na folha da Escala.
 Questionário sobre a Saúde do Paciente – PHQ-9: Artigo publicado sobre a validação da
escala: Deve-se digitar a resposta dada em cada questão pelo paciente. O resultado da avaliação
pode ser calculado manualmente ou com auxílio de fórmula do Excel (já configurada na planilha).
São considerados indicadores positivos de sinais e sintomas de Depressão Maior valores superiores
ou iguais a 10. Quanto à gravidade, o escore é de 0 a 5 (ausência de indicadores de Depressão
Maior), 6 a 9 (indicadores de Depressão Maior Leve), de 10 a 14 (indicadores de Depressão Maior
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 98

Moderada), de 15 a 19 (indicadores de Depressão Maior moderada severa) e maiores de 20


(indicadores de Depressão Maior Severa).
A validação do GAD-7 e PHQ-9 são comprovadas através do documento abaixo, que também
demonstra serem instrumentos de domínio público:
o BERGEROT CD. (2013). Avaliação de Distress para identificação e fatores de risco
e proteção na experiência oncológica: Contribuições para estruturação de rotinas e
programas em psico-oncologia. 199f. Tese (Doutorado em Processos de
Desenvolvimento Humano e de Saúde) - Instituto de Psicologia da Universidade de
Brasília, Brasília.

o BERGEROT CD, LAROS JÁ, ARAÚJO TCCF. (2014). Avaliação de ansiedade e


depressão em pacientes oncológicos: comparação psicométrica. Psico-USF,
Bragança Paulista, v.19, n.2. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/pusf/v19n2/a02v19n2.pdf. Acesso em: 29 de março de
2016.

 EQ-5D: São cinco itens avaliados, sendo que cada um contém cinco alternativas por
resposta. Cada alternativa representa um nível de capacidade que varia de 1 a 5, no entanto, é
importante enfatizar que essa numeração é apenas representativa e que não tem relação com a
correção do teste. A figura abaixo, retirada do manual de correção, exemplifica essa atribuição de
níveis em cada questão. Sendo assim, nível 1 = Sem Problemas, nível 2 = Pouco Problema, nível 3
= Problema Moderado, nível 4 = Problema Severo, nível 5 = Problema Extremo. A tabulação das
respostas pode ser posta conforme esses níveis de dificuldade. Um único estado de saúde é definido
pela combinação de um nível das cinco dimensões avaliadas – Mobilidade, Autocuidado,
Atividades Habituais, Dor/Desconforto, Ansiedade/Depressão.
A Escala Visual Analógica (EVA) também deve ser marcada de acordo com a condição de
saúde percebida pelo paciente no dia da avaliação. O mesmo deve ponderar a nota que dará, sendo
100 o melhor estado de saúde vivido, e 0 o pior.
A correção pode ser feita por Perfil de Saúde, em que se divide por grupos de idade (18 a 29
anos; 30 a 39 anos; 40 a 49 anos; 50 a 59 anos; 60 a 69 anos; e acima de 70 anos), colocando o
percentual total de respostas obtidas em cada nível. A EVA pode ser categorizada por idade e o
manual sugere que se calcule as medidas estatísticas de tendência central (média) e de dispersão
(desvio padrão). Não há uma pontuação de corte definida. A análise dos resultados desse
instrumento deve ser feita em comparação com o próprio paciente (portanto, reaplicação do
instrumento por várias vezes) ou então em relação a uma ampla amostra de participantes para maior
fidedignidade do resultado.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 99

 CD-RISC 10: Esta é uma versão reduzida do questionário com 25 questões. Cada
item é pontuado de 0 a 4 (Escala Likert) e o paciente escolherá a opção que melhor se identificar em
relação a situações que passou ao longo do último mês – Nem um pouco verdadeiro; Raramente
verdadeiro; Às vezes verdadeiro; Frequentemente verdadeiro; Quase sempre verdadeiro. A correção
é feita pela somatória das respostas assinaladas, sendo que quanto mais próximo de 40, mais
resiliente a pessoa é, e quanto mais distante de 40, menos resiliente é. Não há uma pontuação de
corte definida. A análise dos resultados desse instrumento deve ser feita em comparação com o
próprio paciente (portanto, reaplicação do instrumento por várias vezes) ou então em relação a uma
ampla amostra de participantes para maior fidedignidade do resultado. No entanto, o manual de
correção apresenta tabelas de estudos anteriores com a média de resiliência da população estudada,
as quais podem ser utilizadas para comparação e análise dos resultados obtidos. A cópia do manual
se encontra no SAM 15, na sala da Psicologia. Sugere-se a leitura dos seguintes artigos, indicados
pelos próprios autores do instrumento:
o CAMPBELL-SILLS L, FORDE DR, STEIN MB. (2009). Demographic and
childhood environmental predictors of resilience in a community sample. Journal of
Psychiatric Research. [Article in press].
o CONNOR KM, DAVIDSON JRT. (2003). Development of a new resilience scale:
The Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC). Depression and Anxiety. v.18.
pp.76-82.
o Artigo de validação da Escala: LOPES VR, MARTINS MCF. Validação Fatorial da
Escala de Resiliência de Connor-Davidson (CD-RISC10) para Brasileiros. (2011).
Revista Psicologia: Organizações e Trabalho. v.11, n.2. pp.36-55.

 MoCA-B: Trata-se de uma simples e breve avaliação cognitiva que abrange funções
executivas, evocação imediata, fluência, orientação, cálculo, abstração, evocação tardia, percepção
visual, nomeação e atenção. A pontuação deve ser atribuída a cada acerto que o paciente obtiver,
conforme as orientações do manual. A pontuação total é a soma de todas as categorias avaliadas,
sendo que se o paciente tiver menos de quatro anos de estudo, deve-se atribuir um ponto a mais no
total; e se for analfabeto, acresce-se mais um ponto. Os horários de início e término do teste deverão
ser anotados. Há artigo científico da validação do MoCA para a população portuguesa, versão
anterior ao MoCA-B, no entanto, é pertinente a leitura também.
o FREITAS S, SIMÕES MR, MARTINS C, VILAR M, SANTANA I. (2010). Estudos
de Adaptação do Montreal Cognitive Assessment (MoCA) para a População
Portuguesa. Avaliação Psicológica. v.9, n. 3. pp.345-357.

 QASCI: Esse questionário mensura a sobrecarga física, emocional e social do


cuidador informal. Na entrevista realizada na QTAR, utiliza-se a versão reduzida que é composta
por 14 questões. O cuidador informal deverá assinalar a resposta (alternativas dispostas em Escala
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 100

Likert) que mais se identificar – Não/nunca, Raramente, Às vezes, Quase sempre, Sempre. Para a
análise e correção da avaliação, podem-se categorizar as alternativas em Baixa, Moderada, Elevada
e Extrema. A versão reduzida é recente (2015), então ainda não há muitos estudos sobre a sua
utilização. No entanto, sugere-se a leitura dos seguintes artigos:
o MARTINS T, PEIXOTO MJ, ARAÚJO F, RODRIGUES M, PIRES F. (2015).
Desenvolvimento de uma versão reduzida do Questionário de Avaliação da
Sobrecarga do Cuidador Informal. Rev. Esc. Enferm. USP. v.49, n.2. pp.236-244.
o SOUZA LR, HANUS JS, LIBERA LBD, SILVA VM, MANGILI EM, SIMÕES
PW, CERETTA LB, TUON L. (2015). Sobrecarga no cuidado, estresse e impacto na
qualidade de vida de cuidadores domiciliares assistidos na atenção básica. Cad.
Saúde Coletiva. v.23, n.2. pp.140-149.
o MONTEIRO EA, MAZIN SC, DANTAS RAS. (2015). Questionário de Avaliação
da Sobrecarga do Cuidador Informal: validação para o Brasil. Rev. Bras. Enferm.
v.68, n.3. pp.421-428.

 WHOQOL-BREF-26: O questionário é composto por 26 questões que abrangem


quatro domínios da qualidade de vida: físico, psicológico, social e meio ambiente. Há cinco
alternativas para cada item, sendo que o paciente deve escolher a que mais se identificar. Para a
correção dos domínios, calcula-se a resposta de acordo com as seguintes fórmulas: Físico  (6-Q3)
+ (6-Q4) + Q10 + Q15 + Q16 + Q17 + Q18; Psicológico  Q5 + Q6 + Q7 + Q11 + Q19 + (6-
Q26); Social  Q20 + Q21 + Q22; Meio-ambiente  Q8 + Q9 + Q12 + Q13 + Q14 + Q23 +
Q24 + Q25. Uma vez que a maior incidência de doenças crônicas como o câncer é em idosos, o
ponto de corte para saber se o participante tem satisfação ou não com a qualidade de vida nesses
domínios é de 60, com base em achados na literatura.
o SILVA PAB, SOARES SM, SANTOS JFG, SILVA LB. (2014). Ponto de corte para
o WHOQOL-bref como preditor de qualidade de vida de idosos. Rev Saúde Pública.
v.48, n.3. pp.390-397.
o Artigo de validação do questionário: FLECK MPA, LOUZADA S, XAVIER M,
CHACHAMOVICH E, VIEIRA G, SANTOS L, PINZON V. (2000). Aplicação da
versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida
“WHOQOL-bref”. Rev. Saúde Pública. v.34, n.2. pp.178-183.

4.5.3 Arquivo
Os materiais produzidos pelos pacientes/acompanhantes, bem como os Protocolos de
Entrevista Psicológica ficam arquivados no armário da QTAR (10º andar) até o final do estágio da
residente presente no momento. Em seguida, estes documentos devem ser arquivados em ordem
alfabética em uma pasta/um fichário e armazenadas no armário do STMO (15º andar). Fica em
outra unidade devido à estrutura física da QTAR e indisponibilidade de espaço.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 101

5 DA CONFIGURAÇÃO SIMILAR PARA AS 4 UNIDADES COM


ESPECIFICIDADE DA PSICOLOGIA NA ÁREA ONCO-HEMATOLOGIA DO
PROGRAMA DE RESIDENCIA – PRIMAH
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 102

5.1 REPASSE DA UNIDADE CLÍNICA PARA AS RESIDENTES EGRESSAS (R1)


No mês de março tem a adaptação das residentes novas que ficam 15 dias na unidade do
STMO ambulatório (SAM 15) e a outra residente (R1) na enfermaria (15º andar) e depois invertem.
Elas acompanham as R2 que seguem na primeira semana desenvolvendo a rotina e na segunda
semana a residente egressa realiza as atividades sendo acompanhada pela R2, ao término é discutido
as dúvidas, pontuado as melhorias necessárias em prol de manter um atendimento padrão. A
intenção é preparar e observar seu desempenho e possíveis dificuldades, para auxiliar nesse
processo de ensino-aprendizagem, além disso a preceptora tem a função de intermediar, pontuar,
ajustar as informações e condutas da competência do psicólogo, através do acompanhamento de
discussões, supervisões, reuniões e transmissão de conhecimentos. No final do mês de março, na
reunião da tutoria todos tecem suas observações, análises (as residentes egressas, as R2 e a
preceptora), em relação a unidade que cada uma demonstra melhor performance para se adaptar e
desenvolver as atividades pertinentes a psicologia, nesse momento, a palavra final é da preceptora.
Apenas no dia primeiro de abril ou no primeiro dia útil de abril, é que as residentes (R1) são
informadas em relação a unidade que cada uma ficará (enfermaria (15º andar) ou ambulatório
(SAM 15).
O mesmo acontece em relação a transição de passagem em setembro, onde anteriormente a
assumir outra unidade de trabalho no STMO, (R1) e na ONCO-HEMATO, (R2) as psicólogas
residentes (R1 e R2) repassaram os casos e a rotina. Porém, esta etapa acontece em um período de
15 dias no máximo, para cada dupla de residentes, com uma semana em cada equipe e unidade.
Em cada passagem das residentes para uma nova unidade (cada seis meses), realiza-se uma
reunião de fechamento juntamente com a preceptora, para que a residente possa relatar a
experiência, sendo possível comentar as facilidades, dificuldades e sugestões. A preceptora também
apresenta um feedback para as residentes, além disso, todas devem enviar por e-mail um relatório
com as impressões pessoais e considerações em relação a sua experiência, na semana que antecede
a reunião de ajustes e considerações finais de cada etapa.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 103

A apresentação formal das residentes R1 para a equipe médica e multiprofissional é


realizada na reunião clínica STMO (segunda-feira pela manhã ás 7h30min). E a apresentação das
residentes R2 acontece na reunião da Oncologia (segunda-feira pela manhã ás 8h30min) e no
Ambulatório da Onco, SAM 16, é apresentada a chefia médica, de enfermagem e para outros
integrantes da equipe do local, pela preceptora, no dia primeiro de abril, ou no primeiro dia útil de
abril, as R2 iniciam na QTAR e no AMB 16.
Em relação ao processo de definição do local, (QTAR ou SAM 16) das residentes (R2) os
critérios são outros, tais como: local que desenvolverão o TCR, interesse pessoal das residentes e o
período em que sairão para realizarem o estágio externo, articulações e envolvimentos com outras
atividades com maior ou menor compatibilidade, com a unidade que assumirá, entre outros
motivadores. Ao término do primeiro ano da residência, isto já é discutido e definido com as R2, no
horário da tutoria.
É premente que também se tenha um cuidado em relação aos pacientes e familiares da
unidade de trabalho em que o psicólogo residente se encontra. Faz-se o preparo para a separação e o
fechamento com os pacientes. Caso seja da sua concordância, o mesmo é encaminhado para a
residente egressa. A comunicação da mudança, agradecimento pela experiência et al.aboração, além
de um feedback também pode ser realizado junto com os outros profissionais do CHC.

5.2 SUPERVISÃO CLÍNICA E ORIENTAÇÃO


É dever que o residente desenvolva um parecer clínico semanalmente. Sendo necessário ter
no mínimo as seguintes informações: dados demográficos do caso escolhido (nome, idade, data de
nascimento, procedência, número do RG-CHC e diagnóstico); escolher um título para o estudo
caso; história clínica (data do diagnóstico, tratamentos realizados e intercorrências, número de
hospitalizações), relatos sobre os atendimentos realizados e articulação com fundamentação na
teoria da Psicologia Analítica. Concluído o parecer clínico, é obrigatório encaminhar no e-mail
(psioncohemato@googlegroups.com), antecipadamente a data da supervisão para a preceptora
Maribel Pelaez Dóro realizar a leitura e analisar.

5.3 TUTORIAS
As tutorias acontecem todas as sextas-feiras das 7h30 às 10h00. É um espaço em que são
discutidos temas específicos, apresentação de estudos de casos, reunião de ajustes, discussão de
resumos para congressos ou outros assuntos que precisem ser discutidos em grupo. Na tutoria se
discute temas específicos e pertinentes a fundamentação teórica em articulação com a clínica. Cada
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 104

residente pode escolher um artigo ou capítulo de livro, realizar uma resenha e encaminhar para o e-
mail psioncohemato@googlegroups.com. Uma vez por mês, uma residente é responsável para
preparar um estudo de caso (em Power Point) e apresentar na tutoria, mas, deve enviar com
antecedência para o e-mail da psioncohemato@googlegroups.com.
Assim, no dia da apresentação, os questionamentos surgem e a discussão é profícua, todos
participam da mesma com ponderações e argumentações que denotam amplificação da
compreensão teórica.

5.4 PERÍODO DE FÉRIAS


Somente nos meses de julho, dezembro e janeiro. Não é permitido que o período de férias
coincida com a dupla (R1 e R1 ou R2 e R2). Pois quando a residente sai de férias, a residente que
fica cobre as emergências do setor. O mesmo em relação aos plantões de sábado, todos os sábados
tem que ter ao menos um psicólogo residente, se houver alguma dúvida ou necessidade de
comunicação, o preceptor pode suprir através das comunicações de rede, numa postura de
sobreaviso.
5.5 PARTICIPAÇÃO EM CONGRESSOS
Para o residente R1 é permitido apenas a participação em 1 congresso por ano, sendo
necessário no mínimo inscrever um trabalho para apresentação pôster ou tema livre. O R2 tem
direito a participação em dois congressos, sendo necessário no mínimo inscrever um trabalho para
apresentação pôster ou tema livre, com temáticas pertinentes a rotina em articulação e
fundamentação teórica, elaborado sob supervisão e orientação da preceptora.

5.6 COMPARTILHAR INFORMAÇÕES DOS CONGRESSOS


O residente que participar do Congresso no seu retorno deverá compartilhar na Tutoria da
Psicologia (nas sextas-feiras) os pontos principais da atualização do conhecimento, informações que
possam ser implantadas e contribuir para a melhoria do serviço. Também é possível, dependendo da
experiência, que esse compartilhamento seja feito na reunião interdisciplinar (nas segundas-feiras),
para que o grupo possa receber os novos conhecimentos. Da mesma forma, após realização do
estágio externo, o residente deverá compartilhar suas experiências.

5.7 PSICOTERAPIA DO RESIDENTE


É de extrema importância e faz parte da conduta ética de todos os envolvidos no campo da
psicologia, portanto é permitida, uma hora de ausência do CHC, para o residente agendar com um
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 105

psicólogo e realizar o seu processo de análise com profissional externo em decorrência da


especificidade da psicologia clínica. É necessário que o residente traga uma declaração do
profissional que lhe atende, contendo o número do CRP, dia e horário do atendimento da (nome da
residente)

5.8 PRODUÇÃO GRÁFICA DOS PACIENTES DO STMO E SAM 15


Todos os pareceres, documentos e desenhos dos pacientes são guardados em uma caixa
arquivo que está em ordem alfabética no armário do Ambulatório (SAM 15).

5.9 PRODUÇÃO GRÁFICA DOS PACIENTES DO QTAR E SAM 16


Todas os pareceres, documentos e desenhos dos pacientes que passaram pela QTAR são
guardados em uma caixa que está em ordem alfabética no armário na sala multidisciplinar 2
(enfermaria STMO). Os arquivos produzidos no SAM 16 permanecem no armário no local.

5.10 ARMÁRIOS DA PSICOLOGIA ONCO-HEMATOLOGIA


Os armários da Psicologia estão localizados na sala grande multidisciplinar (quatro
armários) e na sala multidisciplinar 2 (quatro armários) e no 17º andar (dois armários). Importante
manter sempre organizado, para que todos se beneficiem e para que os dados coletados mantenham
o padrão de qualidade.

5.11 SALAS INTERDISCIPLINARES


No STMO, a sala multidisciplinar 2 (pequena) deve ser usada para supervisão, avaliações,
elaboração de material específico da psicologia, estudos e atendimento de familiares e doadores,
evitando assim, o compartilhamento de informações e reflexões que são pertinentes ao profissional
e ao familiar acompanhante. Também é um espaço para realizar o acolhimento ao luto.

5.12 VISITA PSICOLÓGICA SUPERVISIONADA


As visitas na QTAR são realizadas na segunda-feira das 09h30 às 10h30; no AMB da
ONCO, SAM 16 acontece na segunda-feira das 10h30 às 11h30; no AMB do STMO, SAM 15
ocorre na quinta-feira das 11h30 às 12h30. Trata-se de um momento entre a residente e a preceptora
para que seja feito o repasse da rotina, andamento da semana, resolução de possíveis problemas,
breves apresentações e discussões sobre os pacientes presentes em cada unidade. Além disso, é
nessa visita que a preceptora faz a verificação das evoluções clínicas em prontuário, já que é a
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 106

responsável e dá ciência aos relatos sobre os atendimentos da residente da psicologia da área onco-
hematológica do PRIMAH.
Entende-se que não há necessidade de agendar um horário específico para a realização dessa
visita supervisionada, na Unidade de internação do STMO, mediante o fato de que a rotina de
trabalho da preceptora está concentrada neste local, ou seja, havendo a demanda, a mesma tem
maiores possibilidades de atender à solicitação.

5.13 PLANTÕES AOS SÁBADOS


São destinados para estudos, portfólio, preparação de artigos, avaliação, intepretação e
registro de resultados de pesquisa no Excel, preparação de pareceres, de registro da supervisão,
resenha de filme e textos teóricos, folha de produtividade (ANEXO XIII), elaboração de artigos,
avaliação e mensuração dos instrumentos aplicados, estudo de caso, leituras de artigos, produção
dos TCR. Todos os sábados tem que ter ao menos um psicólogo residente, se esse tiver alguma
dúvida ou necessidade de comunicação, o residente pode se comunicar com o preceptor e suprir as
dúvidas, através de mensagens enviadas pelo WhatsApp ou e-mail
psioncohemato@googlegroups.com que é pertinente ao grupo da preceptora com as residentes da
psicologia da área onco-hematologia.

5.14 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE RESIDÊNCIA (TCR)


A partir do segundo semestre, do primeiro ano, iniciam-se junto com a preceptora as
discussões e preparações para a definição e elaboração do projeto de pesquisa do TCR. Lembrando
que a linha de pesquisa da preceptora é sobre Qualidade de Vida (QV). As demandas, dificuldades,
habilidades e pertinência social e científica são consideradas e a palavra final compete a preceptora
e deve ter uma contribuição social e científica.

5.15 AULAS DO EIXO TRANSVERSAL


As disciplinas comuns do Eixo Transversal são realizadas nas terças-feiras no período das
14:00 às 18:00 horas. Os conteúdos abordados incluem: Políticas de Saúde; Epidemiologia,
Metodologia da Pesquisa, Bioética; Bioestatística. Também esse eixo envolve a apresentação de
estudos de caso, participação das reuniões nas comissões de saúde e estágio (uma semana) na
atenção básica (R2). A coordenadora pelo eixo é a professora Rita Aparecida Bernardi.
Seguindo as orientações estabelecidas pelo MEC e regulamentadas pela CNRMS, o
Programa abrange 20% da sua carga horária em atividades teórico-práticas e 80% em atividades
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 107

práticas. As atividades teóricas são distribuídas entre o Eixo Transversal do Programa, o Eixo de
Área de Concentração e o Eixo de Área Específica de cada Profissão.

5.16 AULAS DO EIXO CONCENTRAÇÃO


As aulas são realizadas nas sextas-feiras das 10:00 ás 11:30 horas. São aulas teóricas da área
de Oncologia e Hematologia, em que o grupo de residentes R1 e R2 tem opção de escolher os
conteúdos abordados. Também atividades teórico-práticas envolvendo visitas aos laboratórios e
discussões de casos clínicos. Nesse eixo os residentes apresentam os portfólios no final de cada
semestre.

5.17 AULAS DO EIXO DE ESPECÍFICO


As aulas ocorrem nas terças-feiras das 09:00 ás 10:30 horas. São aulas ministradas pelos
psicólogos do hospital em que são discutidas as diversas abordagem da Psicologia.

5.18 GRUPO DE ESTUDOS DE PSICOLOGIA ANALÍTICA


O grupo de estudos acontece nas quartas-feiras das 10:15 ás 12:15. Nesse grupo participam
residentes, profissionais psicólogos e estagiários da área da Psicologia Analítica. São discutidos
textos e discussões de filmes. É importante que seja realizado a leitura antecipadamente (caso for
texto) e no caso de filmes, assistir e produzir uma resenha com o resumo do filme, impressões
pessoais e articulação com conteúdos teóricos, a qual deve ser enviada antecipadamente para o e-
mail do grupo grupoanalitica@googlegroups.com.

5.19 REUNIÃO TEÓRICA-CLÍNICA – PSICOLOGIA


As reuniões acontecem nas quintas-feiras das 10:00 ás 11:30 horas. É uma atividade em que
os Psicólogos do Complexo Hospitalar de Clínicas (CHC), assim como outros Psicólogos
convidados, apresentam e discutem com a plateia (residentes, estagiários e psicólogos) um tema da
Psicologia. Também no final de cada ano os residentes R2 e estagiários apresentam seus trabalhos
(resumo do TCR, relato de experiência). Além disso, durante o ano, também podem apresentar um
caso clínico ou uma revisão teórica, como exercício de uma comunicação teórica em articulação
com a prática. Nessas apresentações extras, as R1 podem participar, caso isto seja de comum
acordo.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 108

5.20 ESTÁGIO EXTERNO


No segundo semestre os residentes R2 têm o direito de realizar estágio externo em outra
unidade do CHC ou em outra instituição que esteja disponível a receber o residente. O período do
estágio compreende quinze dias ou um mês.
5.21 PORTFÓLIO
No final de todo semestre os residentes R1 e R2 apresentam seus portfólios individuais no
período das aulas do eixo de concentração. O portfólio é um momento propicio para analisar,
refletir sobre a própria atitude mediante o treinamento e o processo de construção da residência até
o momento da apresentação.

5.22 DOCUMENTOS GERAIS


Como forma de documentar as atividades exercidas, o residente deverá preencher
mensalmente o documento de registro (ANEXO XIII), que será entregue à COREMU juntamente
com a Folha de Frequência (ANEXO XIV).
Semestralmente a preceptora realiza uma avaliação de desempenho do residente (ANEXO
XV), a qual é entregue à COREMU em seguida à realização.

5.23 REUNIÃO DOS RESIDENTES ONCO-HEMATOLOGIA


Todas as quintas-feiras, às 16:30h todos os residentes do Programa Multiprofissional de
Oncologia e Hematologia se reúnem com o objetivo de discutir e organizar possíveis demandas
comuns a todos, como estruturação de estudo de caso para apresentação no Eixo Transversal, ritual
de fechamento sobre os óbitos ocorridos como forma de acolhimento, organização de eventos
científicos e aulas realizadas pelos próprios residentes.

5.24 REUNIÃO PSICO-ONCOLOGIA


Todas as segundas-feiras, às 16:30h as psicólogas do Programa de Residência
Multiprofissional em Oncologia e Hematologia se reúnem no 15º andar com o objetivo de realizar o
planejado de atividades semanais, discussões de casos, desenvolvimento de trabalhos científicos
para congressos e esclarecimento de dúvidas.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 109

CONTATOS DOS EMAILS DA COORDENAÇÃO E DOS COLABORADORES

Nós não somos criadores das nossas ideias, mas apenas seus porta-vozes;
são elas que nos dão forma […], e cada um de nós carrega a tocha do
conhecimento que no fim do caminho outro a levará […]. (JUNG, 1963,
p.8).

Contatos:
Maribel Pelaez Dóro: maripdoro@uol.com.br ou maripdoro@hotmail.com
Aline Cristina Antonechen: alinecrisantonechen@gmail.com
Iris Miyake Okumura: iris.okumura@yahoo.com.br
Núbia Rafaela Coletto dos Santos: nubia.coletto@gmail.com
Bárbara Luckow Leviski: barbaraluckow@gmail.com
Keila Zampirom: keilaz@unochapeco.edu.br
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 110

AGRADECIMENTOS

NOSSOS AGRADECIMENTOS A TODOS OS PACIENTES QUE TANTO NOS


ENSINAM E NOS SENSIBILIZAM COM SUAS HISTÓRIAS VIVIDAS!

TAMBÉM SOMOS GRATAS E SENTIMOS ORGULHO POR FAZERMOS PARTE DA


HISTÓRIA DO COMPLEXO DO HC-UFPR, QUE SEMPRE ACOLHE OS PROJETOS DE
ASSISTÊNCIA, ENSINO E PESQUISA, DESDE QUE FOMENTEM O APRIMORAMENTO DA
PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO, A APLICAÇÃO DO MESMO NA QUALIFICAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA E NA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E INSERÇÃO DOS INDIVÍDUOS QUE ORA OU
OUTRORA ADOECERAM. POSTO ISTO, REINTERAMOS NOSSOS AGRADECIMENTOS A ESTA
INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA NACIONAL E A TODAS UNIDADES ENVOLVIDAS COM A
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL.

NOSSO MUITO OBRIGADA AOS SERVIÇOS DO TMO E DA ONCO-HEMATOLOGIA QUE


NOS ACOLHEM E A TODOS QUE TÃO PRONTAMENTE ACEITARAM DEDICAR O TEMPO E O
CONHECIMENTO TEÓRICO/CLÍNICO NESTE GRANDE PROJETO DA RESIDÊNCIA!
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 111

ÍNDICE DE ANEXOS

ANEXO I – ATENDIMENTO AO DOADOR DE CÉLULAS-TRONCO


HEMATOPOÉTICAS......................................................................................................................112

ANEXO II - PROTOCOLO PRÉ-TCTH E PÓS-TCTH (ADULTO).............................................113

ANEXO III - PROTOCOLO PRÉ-TCTH (PEDIÁTRICO E ADOLESCENTE)...........................134

ANEXO IV - PESQUISA COM PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA


(LMC)...............................................................................................................................................159

ANEXO V – PROTOCOLO DE PESQUISA COM PACIENTES COM ANEMIA DE


FANCONI........................................................................................................................................178

ANEXO VI - PESQUISA COM PACIENTES COM MIELODISPLASIA....................................200

ANEXO VII – POP ACOMPANHAMENTO INTERDISCIPLINAR NA FESTA DA PEGA.....211

ANEXO VIII - LUCAS VOLTA A LUTAR...................................................................................219

ANEXO IX – SUPER-MEDULA....................................................................................................220

ANEXO X – ANAMNESE AMBULATÓRIO...............................................................................225

ANEXO XI - ENTREVISTA ADMISSIONAL (QTAR)................................................................231

ANEXO XII – ENTREVISTA AO CUIDADOR (QTAR).............................................................246

ANEXO XIII – REGISTRO DE ATIVIDADES: PSICOLOGIA...................................................254

ANEXO XIV – FOLHA DE FREQUÊNCIA..................................................................................256

ANEXO XV – FICHA INDIVIDUAL PARA AVALIAÇÃO DOS RESIDENTES


MULTIPROFISSIONAIS DO HC/UFPR........................................................................................257
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 112

ANEXO I – ATENDIMENTO AO DOADOR DE CÉLULAS-TRONCO


HEMATOPOÉTICAS

Local: Ambulatório SAM 15

PROTOCOLO DE ENTREVISTA AO DOADOR DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS

Serviço de Transplante de Medula Óssea (STMO) / Serviço de Psicologia


Elaborado por: Psic. Dr.ª Maribel Pelaez Dóro e Psic. Iris Miyake Okumura

Nome:........................................................................................... Código ᴪ:...................... RG-HC:.................................


Idade:.............. D. N.:........./........../............. Gênero: 0.M ( ) 1.F ( ) Religião: 0.Católica ( ) 1.Outras ( )
Naturalidade:........................................................................ Procedência:.................................................. .....................
Escolaridade: 1.Menos de 8 anos ( ) 0.Mais de 8 anos ( ) Observação:.................................................................
Profissão:....................................................................................................................... Situação: 0.Ativo ( ) 1.Inativo ( )
Etnia: 0.Branca ( ) 1.Parda ( ) 1.Mulata ( ) 1.Negra ( ) 1.Amarela ( )
Estado civil: 1.Solteiro( ) 0.Casado( ) 1.Separado/Divorciado( ) 1.Viúvo( ) 0.Amasiado( )
Filhos: 0.Sim ( ) 1.Não ( ) Quantos?................. Filhos adotivos: 2.Sim ( ) 2.Não ( ) Quantos?...............
Tipo de doação: 2.Não-Aparentado ( ) 2.Aparentado ( ) Parentesco:....................................................................
Já foi doador antes? 2.Sim ( ) 2.Não ( ) Quando?...................................................................................................
Histórico na família de adoecimento hematológico? 1.Sim ( ) 0.Não ( ) Quem?...........................................................
Registro no REDOME? 2.até 06 meses ( ) 2.até 01 ano ( ) 2.até 05 anos ( ) 2.05 anos ou mais ( )
O que motivou o cadastro no REDOME?.......................................................................................... ....................................
................................................................................................................................................................................................
Para você, o que significa ser doador?...................................................................................................................................
................................................................................................................................................................................................
O que motivou a presente doação (por que aceitou)?............................................................................................................
............................................................................................................................................................................. ...................
Qual o significado dessa doação (momento atual)?..............................................................................................................
................................................................................................................................................................................................
Quais as suas expectativas em relação a esse procedimento?...............................................................................................
................................................................................................................................................................................................
Como soube sobre o processo de doação? 2.Profissional de saúde ( ) 2.Amigos/Família ( ) 2.Internet ( )
2.Outros ( ) Especificar:....................................................................................................................................................
Sente-se bem informado? 0.Sim ( ) 1.Não ( )
Se não, o que gostaria de saber?.............................................................................................................................................
................................................................................................................................................................................................
Mais algum comentário?.........................................................................................................................................................
............................................................................................................................................................................ ....................
................................................................................................................................................................................................

Psicólogo Responsável:........................................................
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 113

ANEXO II - PROTOCOLO PRÉ-TCTH E PÓS-TCTH (ADULTO)

Local: Ambulatório SAM 15

Material:

1. TCLE
2. Questionário Demográfico BASAL e Opinião Pessoal
3. Escala de Distress
4. Questionário de Qualidade de Vida WHOQOL
5. Escala GAD-7 – Avaliação do Nível de Ansiedade
6. Escala PHQ-9 – Avaliação do Nível de Depressão
7. Questionário sobre percepção da vida sexual
8. MoCA-B
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 114

CONVITE PARA PARTICIPAR DO ATENDIMENTO DA PSICOLOGIA NA UNIDADE


AMBULATORIAL OU DE INTERNAÇÃO DO STMO-HC-UFPR

TCLE

Nós, Psicólogas do Serviço de Transplante de Medula Óssea e Residentes da Psicologia da Área


Onco-Hematologia do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Atenção Hospitalar
(PRIMAH) do HC-UFPR acreditamos que o adoecimento, a confirmação de determinados
diagnósticos, tratamentos ambulatoriais, internações com suas intervenções clínicas invasivas e
complexas presentes no tratamento médico podem desencadear uma multiplicidade de sentimentos,
pensamentos, emoções e reações, não apenas em relação ao adoecimento e ao tratamento, mas
também em direção a própria existência e história de vida. Em muitas circunstâncias adversas, a
condição psicológica facilita ou dificulta a compreensão das vivencias pessoais, da qualidade de
vida, da mudança de humor, dos relacionamentos afetivos, da própria relação consigo mesmo e com
as adversidades. Estas, por sua vez, podem ativar conteúdos mnemônicos de acontecimentos
experimentados em tempos passados, mas que, com o tratamento são revividos e talvez associados e
repensados enquanto entendimento da sua forma singular de ser no mundo. Posto isso, entendemos
que o profissional da psicologia, com formação clínica pode contribuir, através dos atendimentos,
para que o paciente amplie a compreensão de si mesmo, do outro e do contexto como um todo, ou
seja, o psicólogo pode propiciar o desenvolvimento do autoconhecimento e com os registros dos
relatos de cada paciente também pode ampliar os conhecimentos sobre como os pacientes de um
modo geral e específico percebem e convivem com os efeitos provenientes da nova condição de
saúde e da vida em si. No STMO da Unidade de Transplante e Onco-Hemato (UTOH) entre as
definições de saúde, tem-se como referência a Organização Mundial de Saúde que concebe a saúde
global como: um bem-estar físico, psicológico, social e espiritual, não é uma mera ausência de
doença. Portanto, o adoecimento também é uma oportunidade de crescimento, enfrentamento e de
desenvolvimento pessoal. O fato do(a) Senhor(a) estar no hospital viabiliza o acesso aos
atendimentos psicológicos com seus diálogos e temáticas singulares, de acordo com aquilo que
realmente tem importância, na perspectiva de paciente, quer sejam perdas e/ou conquistas, cuja
temática pode reposicioná-lo perante a condição de saúde atual e renovar o sentido da própria
existência. Para que esse atendimento psicológico se realize, é preciso que aceite e assine este
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Se assim for, o psicólogo pode oferecer um
tempo e espaço no consultorio desse ambulatório ou no quarto da internação, para que o(a)
senhor(a) compartilhe da consulta psicológica. A frequência, duração, continuidade, interrupção
e/ou alta podem ser definidas pelo psicólogo responsável junto com o paciente. Conforme a
necessidade, desejo, aderência a essa proposta, assim como, também depende da performance
global e estado clínico de cada paciente; em composição interpretativa e reflexiva do psicólogo
responsável do serviço em questão. Além disso, considera-se uma anamnese avaliativa da condição
psicodinâmica do paciente e da maior ou menor disponibilidade de tempo para o agendamento. O
tempo de uma consulta psicológica, em geral tem a duração de 50 minutos. Gostaríamos de deixar
claro que se não quiser participar dessa consulta, isso não influenciará no seguimento do seu
tratamento médico. Lembre-se sua participação é voluntária, mas, requer que esteja de acordo e que
se assim for, apresente adesão, isto é, aderência ao seguimento dos atendimentos clínicos com o
psicólogo. Se estiver hospitalizado, será atendido enquanto internado ou de acordo com a demanda
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 115

inerente da competência da psicologia. Caso esteja no ambulatório, se precisar faltar a consulta,


deve comunicar e justificar a sua ausência. Após três faltas consecutivas sem justificativas,
automaticamente considera-se o desligamento do agendamento da consulta da psicologia.
Concordando com a sua participação nos atendimentos psicoterapêuticos ambulatoriais, poderá ser
atendido de 01 (uma) a 24 (vinte e quatro) sessões. Após este planejamento, poderá ser reavaliada a
continuidade do atendimento ou se deve ser encaminhado para outros profissionais da área ou
outras instituições de atenção primária na cidade de origem. Asseguramos que todas as informações
cedidas pelo(a) senhor(a) serão utilizadas apenas com o intuito de assistência e do processo de
ensino. Caso o(a) senhor(a) concorde, poderemos passar as informações que forem pertinentes para
o seu médico e isto poderá auxilia-lo na compreensão de seu caso. Se tiver alguma pergunta a fazer
antes de decidir, sinta-se à vontade para fazê-la.

Eu, ___________________________________________________, afirmo que li o texto acima e


compreendi a natureza e o objetivo da consulta psicológica para o qual fui convidado a participar.
Sei que sou livre para interromper minha participação a qualquer momento, sem justificar minha
decisão e sem que esta afete meu tratamento médico. Concordo voluntariamente a participar do
atendimento psicológico.

_______________________________________________________________________

Nome do Entrevistado Assinatura

________________________________________________________________________

Nome do Profissional Residente da Psicologia Assinatura

____________________________________________________________

Coordenadora e Preceptora da Psicologia no STMO: Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro


Tel: (41)3360-7882 /3360-1032. Cel: (41)9961-0044
E-mail: maripdoro@uol.com.br

CURITIBA, __________________________
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 116

BASAL ( ) APLICA ( ) NÃO SE APLICA

Número da entrevista: __________________ Data da entrevista: _____/_____/________ Duração:_______________


Nº Prontuário: _________________________________ Nº Prontuário da Psico-STMO:______________
Nome: ___________________________________________ Se menor, nome da mãe: _________________
Data de Nascimento: _____/_____/_______ Idade: __________ anos
Gênero: 0. Masculino ( ) 1. Feminino ( )
Estado civil: 1. Solteiro(a) ( ) 0. Casado(a) ( ) 0. Vivendo como casado(a) ( ) 2. Viúvo(a) ( )
2. Divorciado(a) ( ) 2. Separado(a) ( )
Filhos? 0 Sim ( ) 1 Não ( ) Quantos? ________ Algum por adoção? ( ) Quantos? ________
Procedência: _________________________________ 0. Sul/Sudeste ( ) 1. Outros ( )
Contato: Telefone: ( )_____________-____________ Celular: ( )____________-____________
E-mail: _________________________________________
Escolaridade: ( ) Analfabeto ( ) Ensino Fundamental
( ) Ensino Médio Incompleto ( ) Ensino Médio Completo
( ) Ensino Superior incompleto ( ) Ensino Superior Completo
( ) Pós-graduação
( ) 0. Tempo de estudo: mais de oito anos
( ) 1. Tempo de estudo: menos de oito anos
Estudante: ___________________________________ Profissão: ________________________________
0. Empregado ( ) 1. Desempregado ( )
1. Aposentado ( ) 1. Licença devido doença ( )
Emprego integral ( ) Autônomo ( ) Emprego meio expediente ( )
Em que área você trabalhava e/ou estudava antes da doença?___________________________________
Em que área você trabalha e/ou estuda atualmente?___________________________________________
Provedor da família? 0. Sim ( ) 1. Não ( )
Renda familiar: 1 Salário Mínimo ( ) 2 Salários ( ) 3 até 5 Salários ( ) Mais que 5 ( )
Etnia: Branco ( ) Negro ( ) Mulato ( ) Amarelo ( )
Religião: Católico ( ) Luterano ( ) Judeu ( ) Evangélico ( ) Espírita ( ) Outra. Qual?_______________

DADOS CLÍNICOS DO PACIENTE – PRÉ ( ) APLICA ( ) NÃO SE APLICA

Diagnóstico da Hemato/Onco:____________________________________________________ CID:______________


Tempo de Doença: 0.Meses até um ano ( ) 1.Mais de 1 ano até 3 ( ) 2.Mais de 3 anos ( )
Tempo de Tratamento: 0. Meses até um ano ( ) 1.Mais de 1 ano até 3 ( ) 2.Mais de 3 anos ( )
Outras Doenças que teve e/ou que ainda tem:_________________________________________________________
Quais os tratamentos que você já fez?
1. Nenhum ( ) 2. Quimioterapia ( ) 3. Radioterapia ( ) 4. Cirurgia ( )
5. Terapia de reposição hormonal ( ) 6. Protocolo de novas drogas ( ) 7. Outros ( )
Tipo de resposta ao tratamento? 0. Completa ( ) 0. Parcial ( ) 1. Ausência de resposta ( )
Atualmente, qual(is) que está fazendo? 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7.( )___________________
Tipo de resposta ao tratamento? 0. Completa ( ) 0. Parcial ( ) 1. Ausência de resposta ( )
Complicações relacionadas à doença e/ou tratamento:__________________________________________________
Fonte das células tronco/tipo de transplante: Alogênico Ap. ( ) NAp ( ) Medula Óssea ( )
S. Periférico ( ) Cordão U. ( ) Haploidêntico ( ) Singênico ( ) Não mieloablativo ( )
Quantos?________ Doador:___________________________ Quando?_______________________
DECH:_________ Quando?_______________ Tipo:___________________
Sequelas:________________
Em tratamento ainda? 0. Sim ( ) 1. Não ( )
Índice Basal/atual do Karnofsky ou Lansky:___________/____________ (não precisa responder)
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 117

OPINIÃO PESSOAL DO PACIENTE ( ) APLICA ( ) NÃO SE APLICA

1. Para você, o que significa Qualidade de Vida (QV)?__________________________________________________


2. Estava satisfeito com a sua QV antes da confirmação da doença? 0. Sim ( ) 0. + ou – ( ) 1. Não ( )
3. Se não estava, justifique: _______________________________________________________________________
4. Atualmente, está satisfeito com a sua QV? Sim ( ) Mais ou menos ( ) Não ( )
5. O que é/foi mais difícil em relação à doença e ao tratamento? __________________________________________
6. Nos momentos difíceis, o que lhe ajudou (deu força) para enfrentar as dificuldades?_________________________
7. Qual o significado (sentido, razão) dessa doença na sua vida?__________________________________________
8. O que significa o transplante para você?___________________________________________________________
9. Após o adoecimento e o tratamento o que significativamente mudou na sua vida?___________________________
10. A religião (espiritualidade) é importante para você? 0. Sim ( ) 1. Não ( )
11. A sua fé e a relação com a religião (espiritualidade) após a doença e ao tratamento:
0. Não mudou ( ) 0. Melhorou ( ) 1. Piorou ( )

INTERFERÊNCIA DA DOENÇA E DO TRATAMENTO NA VIDA PESSOAL DO(A) PACIENTE – PRÉ


( ) APLICA ( ) NÃO SE APLICA

A doença e a sua manifestação prejudicam a sua vida em geral? 0. Sim ( ) 1. Não ( )

Abaixo você encontrará uma lista de perguntas que nós do Serviço de Transplante de Medula Óssea gostaríamos de
saber sobre você. Se quiser participar é só ler e marcar, nos espaços indicados, aquilo que em sua opinião, está
relacionado com o jeito que é para você atualmente.

Atualmente, a sua DOENÇA interfere na Atualmente, o seu TRATAMENTO interfere na


SATISFAÇÃO (S) e no FUNCIONAL (F) das SATISFAÇÃO (S) e no FUNCIONAL (F) das atividades e
atividades e compromissos com: compromissos com:
F S F S
1 Estudo 1 Estudo
2 Profissão/Trabalho 2 Profissão/Trabalho
3 Vida social 3 Vida social
4 Relacionamento 4 Relacionamento pessoal/familiar
pessoal/familiar
5 Relacionamento e vida sexual 5 Relacionamento e vida sexual
6 Lazer 6 Lazer
7 Qualidade de vida 7 Qualidade de vida
8 Fadiga (cansaço) 8 Fadiga (cansaço)
9 A sua aparência física 9 A sua aparência física
1 Aprendizagem (atenção, 10 Aprendizagem (atenção, memória)
0 memória)
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 118

TERMÔMETRO DE DISTRESS ( ) APLICA ( ) NÃO SE APLICA

*Distress: É definido como uma experiência emocional desagradável e multifatorial, de natureza psicológica, social
e/ou espiritual, que oscila entre a percepção da própria vulnerabilidade, tristeza, fantasias e medo ante o desconhecido.
Além disso, pode apresentar reações mais intensas como depressão, ansiedade, pânico, crises existenciais e isolamento
social.

Instrução: Primeiramente circule um número de 0 a 10 que melhor descreva a quantidade de distress que você tem
experimentado na última semana incluindo o dia de hoje.

Extremo
Distress

Moderado
Distress

Sem Distress
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 119

WORLD HEALTH ORGANIZATION QUALITY OF LIFE – WHOQOL


( ) APLICA ( ) NÃO SE APLICA

Por favor, leia cada questão, veja o que você acha e circule no número que lhe parece a melhor resposta.
Muito ruim Ruim Nem ruim nem boa Boa Muito boa
1 (G1) Como você avaliaria sua qualidade de vida? 1 2 3 4 5

Nem satisfeito nem


Muito satisfeito Insatisfeito Satisfeito Muito satisfeito
insatisfeito
Quão satisfeito(a) você
2 (G4) 1 2 3 4 5
está com a sua saúde?

As questões a seguir são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas nas últimas duas semanas.
Nada Muito Mais ou Bastante Extremamente
pouco menos
Em que medida você acha que sua dor (física) impede
3 (F1.4) 1 2 3 4 5
você de fazer o que você precisa?
4 O quanto você precisa de algum tratamento médico para
1 2 3 4 5
(F11.3) levar sua vida diária?
5 (F4.1) O quanto você aproveita a vida? 1 2 3 4 5
6 (F24) Em que medida você acha que a sua vida tem sentido? 1 2 3 4 5
7 (F5.3) O quanto você consegue se concentrar? 1 2 3 4 5
8 (F16) Quão seguro(a) você se sente em sua vida diária? 1 2 3 4 5
Quão saudável é o seu ambiente físico (clima, barulho,
9 (F22) 1 2 3 4 5
poluição, atrativo)?

As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de fazer certas coisas nestas últimas duas
semanas.
Muito
Nada Médio Muito Completamente
pouco
10 (F2.1) Você tem energia suficiente para seu dia-a-dia? 1 2 3 4 5
11 (F7.1) Você é capaz de aceitar a sua aparência física? 1 2 3 4 5
Você tem dinheiro suficiente para satisfazer suas
12 (18.1) 1 2 3 4 5
necessidades?
13 Quão disponíveis para você estão as informações que precisa
1 2 3 4 5
(F20.1) no seu dia-a-dia?
14 Em que medida você tem oportunidades de atividade de
1 2 3 4 5
(F21.1) lazer?

As questões a seguir perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de vários aspectos de sua vida nas últimas
duas semanas.
Nem ruim nem
Muito ruim Ruim Bom Muito bom
bom
15 Quão bem você é capaz de se locomover?
1 2 3 4 5
(F9.1)
16 Quão satisfeito(a) você está com o seu
1 2 3 4 5
(F3.3) sono?
Quão satisfeito(a) você está com sua
17
capacidade de desempenhar as atividades 1 2 3 4 5
(F10.3)
do seu dia-a-dia?
18 Quão satisfeito(a) você está com sua
1 2 3 4 5
(F12.4) capacidade para o trabalho?
19 Quão satisfeito(a) você está consigo
1 2 3 4 5
(F6.3) mesmo?
Muito Nem satisfeito Muito
Insatisfeito Satisfeito
insatisfeito nem insatisfeito satisfeito
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 120

Quão satisfeito você está com suas


20
relações pessoais (amigos, parentes, 1 2 3 4 5
(F13.3)
conhecidos, colegas)?
21 Quão satisfeito(a) você está com sua vida
1 2 3 4 5
(F15.3) sexual?
22 Quão satisfeito(a) você está com o apoio
1 2 3 4 5
(F14.4) que você recebe de seus amigos?
23 Quão satisfeito(a) você está com as
1 2 3 4 5
(F17.3) condições do local onde mora?
24 Quão satisfeito(a) você está com o seu
1 2 3 4 5
(F19.3) acesso aos serviços de saúde?
25 Quão satisfeito(a) você está com o seu
1 2 3 4 5
(F23.3) meio de transporte?
A questão a seguir refere-se a com que frequência você sentiu ou experimentou certas coisas nas últimas duas semanas.
Algumas Muito
Nunca Frequentemente Sempre
vezes frequentemente
Com que frequência você tem sentimentos
26
negativos tais como mau humor, desespero, 1 2 3 4 5
(F8.1)
ansiedade, depressão?
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 121

TRANSTORNO GERAL DE ANSIEDADE (GAD-7)

Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):

Nenhuma Vários Mais da Quase


vez dias metade todos
dos dias os dias

1. Sentir-se nervoso/a, ansioso/a ou 0 1 2 3


muito tenso/a

2. Não ser capaz de impedir ou de 0 1 2 3


controlar as preocupações

3. Preocupar-se muito com diversas 0 1 2 3


coisas

4. Dificuldade para relaxar 0 1 2 3

5. Ficar tão agitado/a que se torna 0 1 2 3


difícil permanecer sentado/a

6. Ficar facilmente aborrecido/a ou 0 1 2 3


irritado/a

7. Sentir medo como se algo horrível 0 1 2 3


fosse acontecer

Referência: Desenvolvido pelos Drs. Spitzer RL, Kroenke K, Williams JB, Lowe B, 2006.
Validação do questionário: Lowe B, Decker O, Muller S, et al. Validation and standardization of the Generalized
Anxiety Disorder Screener (GAD-7) in the general population. Medical care. Mar 2008;46(3):266-274. PMID:
18388841
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 122

QUESTIONÁRIO SOBRE A SAÚDE DO/A PACIENTE (PHQ-9)

Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):

Nenhuma Vários Mais da Quase


vez dias metade todos
dos dias os dias

1. Pouco interesse ou pouco prazer 0 1 2 3


em fazer as coisas

2. Sentir-se “para baixo”, 0 1 2 3


deprimido/a ou sem perspectiva

3. Dificuldade para pegar no sono ou 0 1 2 3


permanecer dormindo, ou dormir
mais do que de constume

4. Sentir-se cansado/a ou com 0 1 2 3


pouca energia

5. Falta de apetite ou comendo 0 1 2 3


demais

6. Sentir-se mal consigo mesmo/a 0 1 2 3


ou achar que você é um fracasso ou
que decepcionou sua família ou
você mesmo

7. Dificuldade para se concentrar 0 1 2 3


nas coisas, como ler o jornal ou
assistir televisão

8. Lentidão para se movimentar ou 0 1 2 3


falar, a ponto das outras pessoas
perceberem? Ou o oposto – estar
tão agitado/a que você fica andando
de um lado para o outro muito mais
do que de costume

9. Pensar em se ferir de alguma 0 1 2 3


maneira ou que seria melhor estar
morto/a

Referência: Desenvolvido pelos Drs. Robert L. Spitzer Janet B.W. Williams, Kurt Kroenke e colegas, com um subsídio
educacional da Pfizer Inc.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 123

PERCEPÇÃO DOS PACIENTES EM RELAÇÃO À VIDA SEXUAL


( ) APLICA ( ) NÃO SE APLICA
1. Quando você escuta a palavra sexualidade qual é a primeira ideia que lhe vem em mente (associa)?
______________________________________________________________________________________
2. Você acha que a educação sexual que você recebeu foi: 0. Boa ( ) 0. Mais ou menos ( ) 1. Ruim ( )
3. A educação sexual que você teve favorece na imagem e na opinião que você tem sobre sexo e na expressão da sua
sexualidade? 0. Sim ( ) 0. Mais ou menos ( ) 1. Não ( )
4. A sua aparência física interfere favoravelmente na demonstração do seu desejo sexual?
0. Sim ( ) 0. Mais ou menos ( ) 1. Não ( )
5. E a aparência física do seu parceiro interfere? 0. Sim ( ) 0. Mais ou menos ( ) 1. Não ( )
6. Qual a importância que a vida sexual tem na sua vida pessoal?
1. É pouco importante ( ) 0. É importante 0. Muito importante ( )
7. Na sua opinião p que é uma vida sexual satisfatória?_________________________________________________
8. Você considera que sua vida sexual é satisfatória? 0. Sim ( ) 0. Mais ou menos ( ) 1. Não ( )
9. Antes da doença e do tratamento você era virgem? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
10. Atualmente, é virgem? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
11. No caso de ter vivido experiências sexuais antes da doença e do tratamento. Estava satisfeito?
0. Sim ( ) 1. Não ( )Justifique:______________________________________________________
12. Houve alguma mudança na sua vida sexual após a doença e o tratamento?
0. Não houve mudança ( ) 0. Melhorou ( ) 1. Piorou ( ) Justifique:________________________
13. Você tem parceiro fixo(a)? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
14. Você tem vida sexual ativa? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
15. Se você não tem vida sexual ativa, gostaria de ter? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) Justifique:____________________
16. Faz uso de algum anticoncepção? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
17. Usa algum tipo de preservativo? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
18. Já abortou? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
19. Costuma ter orgasmo? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
20. Pratica masturbação? 0. Sim ( ) 1. Não ( )
21. Você apresenta sintomas de menopausa precoce? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
22. Faz uso de terapia de reposição hormonal? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
23. Tem efeitos colaterais? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
24. Tem amenorreia? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
25. Tem ressecamento vaginal? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
26. Tem dispaurenia (dor na penetração)? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
27. Perda de libido (desejo sexual)? 0. Sim ( ) 1. Não ( )
28. Tem ejaculação precoce? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
29. Ejaculação tardia? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
30. Disfunção erétil? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
31. Tem perda de fertilidade? 0. Sim ( ) 1. Não ( )
32. Já fez espermograma? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
33. Azoospermia (ausência de espermatozoides vivos no sêmen)? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
34. Houve separação do parceiro após a doença ou o tratamento? 0. Sim ( ) 1. Não ( ) 1. Não se aplica ( )
35. Você conversa sobre a sua vida sexual com o seu médico ou com outro profissional? 0. Sim ( ) 1. Não ( )
36. E com o seu parceiro(a)? 0. Sim ( ) 1. Não ( )
37. Existem motivos pessoais para você pensar que a sua escolha sexual e seus envolvimentos prazerosos são diferentes
da média da população em geral? 0. Sim ( ) 1. Não ( )
38. Qual a sua opinião sobre a temática desse questionário?_____________________________________________
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 124
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 125
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 126
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 127

FATORES DE RISCO E PROTEÇAO - STMO


1. CONDIÇÃO CLÍNICA GERAL E SUA REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA 0 1 2 3 4
1.1Transtorno Mental-Humor - Apresentação antecedentes familiares e/ou pessoal
1.2 Uso/Abuso de Drogas-Lícitas e/ou Ilícitas - Apresentação antecedentes familiares e/ou pessoal
1.3 Doença, Tratamento Convencional, TCTH, outros - Compreensão e Enfrentamento
1.4 Efeitos Secundários dos Sintomas, Doença e Tratamento (s) – Impacto
1.5 Perdas/Mortes-Lutos - Elaboração no passado/presente/porvir
1.6 Simbolismo da Doença - Sentido Subjetivo
1.7 Adequação da Expectativa - Dificuldades/Facilidades que imagina encontrar no processo do tratamento
1.8 Adesão ao Tratamento (s) - Compreensão/Aceitação/Consciência da necessidade
2. CONDIÇÃO PSICOSSOCIAL E DO MEIO DE INSERÇÃO (Meio Ambiente)
2.1 História Familiar/Pessoal
2.2 Relacionamentos Afetivos Atualizados - Privação Satisfação
2.3 Suporte Logístico/Afetivo-Familiar - Redes de Ajuda Social
2.4 Escolaridade e Função Cognitiva - Desregulação
2.5 Grau de Expressividade do Stress - Alerta, Resistência, Semiexaustão, Exaustão - LIPP
2.6 Crença Subjetiva de Religiosidade/Espiritualidade (Fé)
2.7 Qualidade de Vida – Satisfação
2.8 Estilo de Vida Salutar – Equilíbrio
3. CONDIÇÃO PSICOLÓGICA
3.1 Fatores da Condição da Resiliência (Mellilo &Ojeda, 2005)
3.1.1 Atitude Pró-Ativa no autocuidado, na Busca e Aceitação de ajuda
3.1.2 Coping - Foco no Problema/Emoção
3.1.3 Sentido de Vida com Presença de Motivadores Existenciais
3.1.4 Limiar de Frustração
3.1.5 Capacidade de Comunicação
3.1.6 Independência - Maturidade Emocional
3.1.7 Senso de Humor
3.1.8 Sustentabilidade da Energia Intrapsíquica
3.2 Fatores da Condição da Transição Psicossocial (Parkes, CM, 1998; 2006)
3.2.1 Atualização do Modelo Operativo Interno de Orientação, Planejamento de visão de Mundo
3.2.2 Padrão de Exigência
3.2.3 Relativização na Escala de Valor Pessoal
3.2.4 Capacidade de Resignificar a própria Existência
3.2.5 Postura de Vida - Construtiva/Destrutiva
3.2.6 Foco da Expectativa - Realista/Otimista/Pessimista
3.2.7 Superação e Transformação Pessoal após Experiências Adversas
3.2.8 Disposição da Confiança – Empatia - Distanciamento
3.3 Fatores da Condição de Personalidade - Identidade
3.3.1 Mecanismos de Defesa Predominantes ou Estilos de Enfrentamento Atual (DSM-V, 2014)
3.3.2 Transtorno / Traço da Personalidade - Padrão Persistente do Comportamento
3.3.3 Responsabilidade pelos Desejos, Atitudes e Consequências Contextuais
3.3.4 Padrão da Compreensão Cognitiva - concreto/funcional/conceitual
3.3.5 Qualidade de Consciência
3.3.6 Qualidade da Percepção Subjetiva e Objetiva - Direcionamento confuso
3.3.7 Qualidade do Ajustamento Emocional - Condição Hermenêutica
3.3.8 Qualidade da Capacidade de Vínculo e Equilíbrio Afetivo Próprio
EQUAÇÃO DA CONDIÇÃO PSICODINAMICA DO PACIENTE
1. Condição Clínica Geral
2. Condição Psicossocial e do Meio de Inserção (Meio Ambiente)
3. Condição Psicológica
3.1 Resiliência ( ) 3.2 Transição Psicossocial e do Meio ( ) 3.3 Personalidade ( )
Condição 0: Não Identificada Condição com tendência Desfavorável 1: Alto Risco Condição 2: Médio Risco
Condição com tendência Favorável 3: Baixo Risco Condição 4: Favorável
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 128

QUESTIONÁRIO DEMOGRÁFICO-CLÍNICO
( ) APLICA ( ) NÃO SE APLICA

Nome do Paciente:............................................................................................................ ...................................................................


RG-HC: ............................................................................................ RG-PSICOTMO: ......................................................................
Idade: ...................................................... DN ............................................................... Gênero: Masc ( ) Fem ( )
Escolaridade: E. Fundamental ( ) E. Médio ( ) Superior ( ) Pós-Graduação ( )
Renda (Salário Mínimo): 1 ( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) + de 5 ( )............................. ...
Profissão: Intelectual ( ) Braçal ( ) Ativo: Sim ( ) Não ( ) Especificar: ......................................................
Etnia: Caucasiano ( ) Amarelo ( ) Afro-descendente ( )
Religião: Católico ( ) Luterano ( ) Evangélico ( ) Espiritismo ( ) Outras ( )
Estado Civil: Casado/Amasiado ( ) Solteiro/Viúvo/Separado ( ) Outros ( ) ....................................
Filhos: Não ( ) Sim ( ) Quantos: ..........................................................................................
Diagnóstico: ................................................................................................................ ......................................................................
Performance Atual do Paciente-Karnofsky ................................................................................................................... ....................
Quando soube da doença: Menos de 1 ano ( ) 1ano ( ) 2anos ( ) 3anos ( ) 4anos ( ) ≥ 5anos ( )
Como soube: Percebeu que algo não estava bem ( ) ao acaso ( ) no diagnóstico ( ) outro ( )
Tipos de Tratamentos realizados: Quimioterapia ( ) Radioterapia ( ) Protocolos M. Biológicos ( )
Imatinib ( ) 2ª. Geração: Daxatinib ( ) Nilotinib ( ) Bozotinib ( ) Cirurgias ( ) TCTH ( )
Transplantes: Alog Ap ( ) Alog NAp ( ) Autologo ( ) Haploidêntico ( ) SPerif ( )
Singênico ( ) Cordão ( ) Transplante Ambulatorial ( )
Quando:............Quantos:.....Doador:..................................... DECH: Aguda ( ) Crônica ( ) Grau: I ( ) II ( ) III ( ) IV ( )

Nome do acompanhante:.................................................................................................................................................
Grau de Parentesco: Pai ( ) Mãe ( ) Esposo(a): ( ) Avô(a) ( ) Tio(a) ( ) Outro......................................................

Sumário da Condição Psicodinâmica do respondente: Condição Numérica Desfavorável/Favorável ( )


........................................................................................................................................................................................................................................

........................................................................................................................................................................................................................................

........................................................................................................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................................................................................................

........................................................................................................................................................................................................................................

Fatores de Risco: (Pode só mencionar os números correspondentes)


.............................................................................................................................................................................................................................

Fatores de Proteção: (números correspondentes da escala)


...........................................................................................................................................................................................................................

Considerações Evolutivas: Alta ( ) Atendimento Psicológico ( ) Encaminhamento ( ) Óbito ( )


Proposta de Agendamento(s) ( )

NOME: ..................................................................................... NOME: Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro


Residente do PRIMAH ( ) R1 ( ) R2 Supervisora da Psicologia do STMO

Curitiba, ......./......./.......
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 129

Fatores Preditivos da Condição Psicodinâmica MARIBEL,


P.D

Escala de Fatores Preditivos da Condição Psicodinâmica


Explicações e Instruções

Este texto tem como objetivo apresentar explicações e instruções para a compreensão e preenchimento da
escala proposta.
A Escala de Fatores Preditivos da Condição Psicodinâmica é uma compilação de comportamentos
conscientes e inconscientes (objetivos/subjetivos) correlacionados com o contexto de inserção dos
pacientes. Conforme a psicodinâmica dessa composição biopsicossocial e espiritual a singularidade
perceptiva de cada um vai se constituindo, ou seja, na equação pessoal está posto o modo peculiar de ser e
de se relacionar consigo próprio, com o outro e com o meio.
Essa escala propicia uma abordagem transdimensional que deve ser preenchida pelo profissional de
psicologia que baseia-se nas evidências contextualizadas, na narrativa do paciente, nas observações e
interpretações clínicas. Com a fomentação do conteúdo exposto o psicólogo pode integrar as informações
subjetivas e objetivas do respondente. Lembrando que o modo que o paciente conta a própria história e
retrata o seu contexto de inserção, já é um aspecto importante que pode contribuir na análise do seu padrão
de comportamento. Cujo, encontra-se impresso no funcionamento psicodinâmico e como tal, apresenta-se
na expressão da configuração do seu ponto de vista em relação aos fenômenos inerentes do processo da
vida.
Apesar de ser possível, não se tem a pretensão de fechar um diagnóstico conclusivo através dos resultados
advindos da anamnese realizada, cuja, é necessária para o preenchimento da escala. O que se almeja é
avaliar descritivamente o padrão comportamental e suas tendências psicodinâmicas em relação as
experiências vividas, o enfrentamento das circunstancias adversas presentes e as hipóteses na direção de
certa previsibilidade de posicionamentos peculiares no porvir de cada caso estudado. Para tal, o processo
de avaliação inicia na primeira consulta e tem continuidade nas subsequentes sempre que necessário. Pode
ser prorrogada ao longo do tempo no sentido do seguimento para atingir critérios de qualidade, de predição
de danos e em conformação com a perspectiva de assistência clínica, ensino e/ou de pesquisa.
De acordo com o método de aplicação dessa escala, a mesma, deve ser preenchida por um psicólogo
clínico após consultas que possibilitem a realização da anamnese, para tal, é premente que o profissional
tenha fundamentação teórica e tempo de trabalho clínico, devido à complexidade avaliativa. Além disso,
para uma análise dos fatores preditivos da condição psicodinâmica competente, é premente que o
profissional tenha consistência do exercício da articulação prática clínica. Estando o psicólogo habilitado
em relação a estes requisitos da complexidade analítica pode relacionar, conferir, discernir e interpretar as
informações disponíveis da anamnese, da história pessoal e relacional do paciente obtidas nas consultas
prévias.
Após a elaboração desse processo analítico, poderá correlacionar com a distribuição posta no
escalonamento aferido para cada tópico analisado e pontuado na escala complementar de caracterização
comportamental dos fatores preditivos da condição psicodinâmica. O escalonamento apresenta categorias
com tendências sobre as atitudes subjetivas em relação a frequência, intensidade e peculiaridades
representativas das ações que favorecem ou que sugerem previsão de dano. Só então, o psicólogo fará o
preenchimento da escala que deve estar locada no prontuário da equipe interdisciplinar, uma vez que, os
resultados apresentados numericamente (pontuações) e descrições informativas podem contribuir para o
entendimento da condição do paciente com fidedignidade em termos de tendências das ações e reações
comportamentais possíveis em cada estudo de caso.
Para a mensuração da escala cada item é acompanhado por uma pontuação de 5 pontos, tais como descrito
abaixo:
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 130

0: Condição Não Identificada pode ocorrer a não identificação por variáveis múltiplas, falta de tempo,
indisponibilidade do paciente ou do profissional, ocultamento, incapacidade, abordagem inadequada para a
condição emocional do paciente no momento da consulta, entre outras ocorrências.
1: Alto Risco. Condição com tendência desfavorável, por apresentar um relato pessoal e/ou
comportamentos que indicam a presença de danos, prejuízos e atitudes que denotam fragilidade,
precariedade e labilidade emocional na condição do tópico que está sendo analisado. Conferir o
escalonamento descritivo da escala. Cada item, tem um valor = 1 ponto, perfazendo um total de 40 pontos.
2: Médio Risco. Condição com tendência desfavorável, por apresentar um relato pessoal ou
comportamentos que indicam a presença de danos, prejuízos e atitudes que denotam fragilidade e
precariedade na condição do tópico que está sendo analisado. Conferir o escalonamento descritivo da
escala, similar ao de alto risco, mas com algumas variações em termos do índice de gravidade sintomática e
de comprometimento nas dimensões funcionais, cognitivas, emocionais e relacionais do paciente. Cada
item, tem um valor = 2 pontos, perfazendo um total de 80 pontos.
3: Baixo Risco. Condição com tendência favorável, por apresentar um relato pessoal ou comportamentos
que indicam a presença de certo comprometimento ou dificuldades mas sem prejuízo maior nos
relacionamentos interpessoais e no modo de enfrentar as adversidades. Enfim, as dificuldades existem,
mas, tem possibilidade de reajustamento emocional, com maior ou menor custo psíquico. Conferir o
escalonamento descritivo da escala, que é similar ao da condição favorável (pontuação: 4), mas varia em
termos das consequências serem menos ajustadas e apesar do paciente enfrentar e conduzir o conflito, nem
sempre é efetivo e eficaz. Apresenta manifestação de interferências negativas mas com um acometimento
menor em termos de frequência e intensidade em relação as dimensões da condição psicodinâmica do
paciente. Cada item, tem um valor = 3 pontos, perfazendo um total de 120 pontos.
4: Condição Favorável. Essa condição é a mais favorável para o paciente, não apenas em relação ao seu
enfrentamento da doença e do tratamento, mas sim, quanto ao seu estilo de vida, a capacidade resolutiva e
integrativa que apresenta em situações inerentes a sua experiência de vida. Conferir o escalonamento
descritivo da escala. Cada item, tem um valor = 4 pontos, perfazendo um total de 160 pontos. A pontuação
alta em cada condição é proporcional a valoração mensurada.
A elaboração dessa escala tem na sua base motivacional e operacional uma investigação diagnóstica que
propicia uma descrição interpretativa da equação pessoal intermediada por meio do funcionamento
psicodinâmico do paciente que engloba as seguintes condições: a) Clínica Geral e sua Representação
Simbólica, (8 itens); b) Condição Psicossocial e do Meio de Inserção, (8 itens); c) Condição Psicológica,
distribuída em 3 temáticas, cada qual com 8 itens, portanto esta última condição contempla um trio com 8
itens em cada, (24) enquanto que o número total da escala é igual a 40 itens.
A somatória total dos valores obtidos através da pontuação conferida e a sua divisão com o número total de
itens (40) fornecerá a equação pessoal numérica. A mesma também pode ser transmitida de forma
descritiva, não necessariamente conclusiva, mesmo assim, pode viabilizar uma compreensão do modo de
ser, relacionar e do paciente se posicionar perante as circunstancias boas e ruins do contexto da díade
vida/morte. Consequentemente, essa formatação pode contribuir na amplificação do conhecimento
subjetivo e objetivo (tendências, morbidades, experiências vividas e sentidas, fatores de risco e de
proteção) do paciente, ou seja, tem-se o perfil de uma tendência mais favorável ou não.
A realização da mensuração total dos valores obtidos através da pontuação apresentada não pode ser
dividida pelo número de respostas preenchidas, se houverem respostas não especificadas (0). Como
acontece nos casos em que não são passíveis de identificação de itens propostos na escala. Esse critério é
necessário em decorrência de que as lacunas de variáveis não mensuradas, podem pelo desconhecimento da
qualidade da sua expressão comportamental desencadear distorções (viés da mensuração) na valoração dos
resultados, tornando os achados pouco fidedignos em relação a interpretação da equação pessoal e das suas
tendências perceptivas.
É fundamental que não haja precipitação na elaboração dos resultados encontrados, uma vez que, a
aplicação e contribuição dessa avaliação se faz presente na tomada de decisão em relação à condução do
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 131

caso, no planejamento do atendimento psicológico, sugestões, recomendações discutidas e ponderadas


junto com a equipe interdisciplinar. Além de viabilizar uma metodologia preventiva em relação a possíveis
dificuldades ou impasses provenientes da própria condição psicodinâmica desfavorável que associadas as
condições adversas da doença e do tratamento podem resultar numa manifestação de conduta impeditiva no
resgate de uma condição salutar seja na retomada da vida pessoal ou na despedida em vida.
Desse modo, essa avaliação favorece uma abordagem interativa e integrativa com objetivos que qualificam
o atendimento clínico, contemplam as necessidades de bem-estar do paciente e fomentam a produção de
conhecimentos para a qualificação da ciência e a aplicabilidade da produção de um novo saber, ou seja, as
metas e premissas são compatíveis e similares em termos dos objetivos de instituições como hospitais e
universidades públicas que tem na sua base, ideológica e percurso histórico, objetivos que primam pela
assistência, ensino e pesquisa.
Considerando que cada tópico apresenta 8 fenômenos comportamentais, também é possível analisar e
mensurar os subtotais dos tópicos. Deve ser avaliado item por item, para aferir quais os comportamentos ou
as temáticas que são fatores de proteção ou risco, conforme o nível de frequência e/ou intensidade e/ou
interferência na condição e satisfação de vida do paciente e no escalonamento complementar da escala.
Todos os dados objetivos e subjetivos devem relacionar-se e através do estudo de cada caso o psicólogo
pode traçar uma diretriz de abordagem e uma tomada de decisão que integre as demandas necessárias
conforme as tendências comportamentais e o espaço de trabalho no contexto em que tal avaliação esteja
presente.
Concluindo, todo o processo tem seu início na primeira consulta, após o preenchimento dos dados
demográficos e clínicos do paciente, o psicólogo poderá iniciar a anamnese e ao término da mesma realizar
a elaboração da análise da condição psicodinâmica com suas tendências e a presença de fatores de risco e
proteção. Este processo pode levar mais de uma consulta, conforme a necessidade, a maior ou menor
resistência do paciente, sua performance física e a disponibilidade de tempo logístico, entre outros eventos
previsíveis ou não, mas, que devem ser considerados para que o resultado da análise esteja o mais próximo
possível da verdade perceptiva do paciente e da sua expressão psicodinâmica, no período da avaliação.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 132

Legenda para tabulação dos dados de pesquisa (Pré-TCTH, LMC e Anemia de Fanconi)

Masculino 0 Tempo de 0 a 2 anos 0


Gênero
Feminino 1 doença Mais de 2 anos 1

Casado/vivendo como
E. Civil casado 0 Resposta tto Completa/parcial 0
Solteiro e outros 1 Ausência 1

Sim 0 Alo AP 0
Filhos
Não 1 Alo NAP 1
Tipo TCTH
Autólogo 2
Importância Sim 0 Haplo 3
religião Não 1
Ttos Não 0
Católico 0 anteriores Sim 1
Religião
Outros 1
QV Sim/+ ou - 0
Mais de 8 anos 0 antes/depois Não 1
Escolaridade
Menos de 8 anos 1
Mudança da Não 0
Intelectual 0 fé Sim 1
Profissão
Braçal 1
Sul/Sudeste 0
Região
Ativo 0 Outros 1
Sit. Profissional
Não ativo 1
< 3 salários
Nível mínimos 0
s.econômico > 3 salários
Provedor família Sim 0 mínimos 1
Não 1

Sim 0 Reposição Não 0


Parceiro fixo
Não 1 hormonal Sim 1

Vida sexual Sim 0 Efeitos Não 0


ativa Não 1 colaterais Sim 1

Se não, gostaria Sim 0 Não 0


Amenorreia
de ter Não 1 Sim 1

Uso Sim 0 Ressecamento Não 0


anticoncepcional Não 1 vaginal Sim 1

Uso Sim 0 Uso de Não 0


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 133

preservativo Não 1 lubrificante Sim 1

Não 0 Não 0
Aborto Dispaurenia
Sim 1 Sim 1

Sim 0 Perda da Não 0


Tem orgasmo
Não 1 libido Sim 1

Não 0 Ejaculação Não 0


Masturbação
Sim 1 precoce Sim 1

Menopausa Não 0 Ejaculação Não 0


precoce Sim 1 tardia Sim 1

Boa/+ ou - 0 Disfunção Não 0


Educ. sexual
Ruim 1 erétil Sim 1

Aparência Não 0 Não 0


Perda
interfere desejo
fertilidade
sexual pessoal Sim /+ ou - 1 Sim 1

Aparência Não 0 Não 0


Fez
interfere desejo
espermograma
sexual outro Sim /+ ou - 1 Sim 1

Importância Importância 0 Não 0


Azoospermia
vida sexual Sem importância 1 Sim 1

Vida sexual Sim/+ ou - 0 Separação do Não 0


satisfatória Não 1 parceiro Sim 1

Sim 0 Conversa Sim 0


Experiência sobre vida
sexual antes sexual c/
Não 1 profissionais Não 1

Não 0 Conversa vida Sim 0


Mudança na
sexual c/
vida sexual
Sim 1 parceiro Não 1

Escolha Não 0
sexual e
prazer são
diferentes Sim 1
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 134

ANEXO III - PROTOCOLO PRÉ-TCTH (PEDIÁTRICO E ADOLESCENTE)

Local: Ambulatório SAM 15

Material:

1. Questionário Demográfico-Clínico
2. Questionário Pediátrico sobre Qualidade de Vida (PedsQL)
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 135

QUESTIONÁRIO DEMOGRÁFICO-CLÍNICO

1. Identificação do participante-paciente:
1.01.Data da entrevista: _____/_____/______

1.02.Nome:______________________________________________________________________

1.03.Idade:__________________ 1.04.Data de Nascimento:_____/_____/______

1.05.Nº RG-HC ________________ 1.06.N° Prontuário da Psico-STMO:_____________________

1.07.Gênero: ( ) 0.Feminino ( )1.Masculino

1.08.Frequentou a escola: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim 1.09.Série frequenta: _________________


1.10.Repetiu de ano alguma vez: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim.
1.11.Quantos e motivos: ____________________________________________________________
1.12.Procedência: _____________________________ 1.13.Região: ( ) 1.Sul/Sudeste ( ) 2.Outros

1.14.Ambiente: ( ) 1.Rural ( ) 2.Urbano

1.15. Com quem reside: ( ) 1.Pais ( ) 2.Irmãos ( ) 3.Avós ( ) 4.Outros

1.16.Irmãos: ( ) 1.Filho único ( ) 2.Caçula ( ) 3.Mais velho ( ) 4.Único do sexo

1.17.Quantos Irmãos? __________ 1.18.Meio-irmão? ( ) 0.Não ( ) 1.Sim

1.19.Têm pais diferentes? ( ) 0.Não ( ) 1.Sim

1.20.Nome do pai: ________________________________________________________________

1.21.Nome da mãe: ________________________________________________________________

2. Identificação do participante-cuidador primário


2.01.Nome:______________________________________________________________________

2.02.Idade:_______________ 2.03.Gênero: ( ) 0.Feminino ( ) 1.Masculino

2.04.Estado Civil: ( ) 1.Solteiro ( ) 2.Casado ( ) 3. Amasiado ( ) 4.Divorciado ( ) 5.Viúvo

2.05.Escolaridade:( ) 0.Analfabeto ( ) 1.Ensino Fundamental


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 136

( ) 2.Ensino Médio Incompleto ( ) 3.Ensino Médio Completo

( ) 4.Ensino Superior Incompleto ( ) 5.Ensino Superior Completo

( ) 6.Pós-Graduação

2.06.Subgrupo Escolaridade: ( ) 1.Tempo de estudo: mais de oito anos

( ) 2.Tempo de estudo: menos de oito anos

2.07.Profissão:_______________________________________

2.08.Situação profissional atual: ( ) 0.Desempregado ( ) 1.Empregado

( ) 2.Aposentado ( ) 3.Licença devido doença

2.09.Renda familiar: ( ) 0.Até 1 salário mínimo ( ) 1.Entre +1 a 3 salários mínimo

( ) 2.Mais de 5 salários mínimo

2.10.Etnia: ( ) 1.Branco ( ) 2.Afro-descendente ( ) 3.Mulato ( ) 4.Amarelo

2.11.Religião: ( ) 0.Ateu ( ) 1.Católico ( ) 2.Luterano ( ) 3.Judeu

( ) 4.Evangélico ( ) 5.Espírita ( ) 6.Outra:_____________________

2.12.Tem irmão doente e/ou com o mesmo diagnóstico: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim: Idade________

3. História da família (namoro/casamento)


________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

4. História do participante-paciente
4.1. Concepção
4.1.1.Idade da mãe na época que engravidou:__________________ ( ) 0.Desconhecida informação

4.1.2. Idade da pai na época que engravidou:___________________( ) 0.Desconhecida informação

4.1.3.Quando tempo depois do casamento/namoro:______________( ) 0.Desconhecida informação

4.1.4.Gravidez: ( ) 1.Acidental ( ) 2.Desejada/Planejada


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 137

4.2.Condições do nascimento
4.2.1.Condições do parto: ( ) 1.Normal ( ) 2.Cesariana ( ) 3.Natural
4.2.2. Com intervenções: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim: Especificar (induzido, fórceps) _________________
4.2.3. Nasceu prematuro: ( ) 0.Não ( ) 1. Sim: Quantos meses:____________________
4.2.4. Precisou de incubadora: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim: Quanto tempo ______________________
5. História Clínica
5.1.Diagnóstico Clínico:____________________________________________________________
5.2.Tempo da doença:_____________________ 5.3.Nº de internações anteriores_______________
5.4.Data da internação:_____/_____/_______ 5.5.Data do Transplante:_____/_____/________
5.6.Fonte das células tronco/tipo de transplante:
( ) 1.Alogênico Ap. ( ) 2.NAp ( ) 3.Medula Óssea
( ) 4.S. Periférico ( ) 5.Cordão U. ( ) 6.Haploidêntico
( ) 7.Re-transplante
5.7.DECH: ( ) 1.Pele ( ) 2.Intestino ( ) 3.Fígado ( ) 4.Outro
5.8.Houve comprometido grave: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
5.9.Outras informações relevantes: ___________________________________________________

6. Opinião pessoal
6.1.Quem escolheu o nome: ( ) 1.Mãe ( ) 2.Pai ( ) 3.Irmãos
( ) 4.Avós ( ) 5.Outros: __________
6.2.O motivo da escolha do nome: ____________________________________________________
6.3.Qual o significado (sentido, razão) da doença do seu filho?
________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
6.4.Seu filho tem hábito de leitura: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
6.5.Em sua opinião, qual é o livro que seu filho vai escolher:
( ) 1.Chapeuzinho Vermelho ( ) 2.Cinderela ( ) 3.Rapunzel
( ) 4.Os três Porquinhos ( ) 5.Pinóquio ( ) 6.Bela e a Fera
( ) 7.Branca de Neve ( ) 8.João e o Pé de Feijão ( ) 9.João e Maria
( ) 10.Patinho Feio

Respostas preenchidas a partir das observações e análises da pesquisadora


7. Aspectos Emocionais e Cognitivos em relação à idade cronológica da
criança/adolescente
7.1.Alteração no nível de consciência: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
7.2.Choro frequente: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 138

7.3.Queixa-se de tristeza/solidão: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim


7.4.Transtorno emocional evidente: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
7.5.Pensamento organizado: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
7.6.Linguagem coerente/organizada: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
7.7.Atenção preservada: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
7.8.Orientação auto/alopsíquica preservada: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
7.9.Memória preservada: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
7.10.Expressão de afeto condizente: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
7.11.Adequação do sono: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
7.12.Adequação alimentar: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
7.13.Dificuldade de separação da mãe: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
7.14.Regressão de comportamento: ( ) 0.Não ( )1.Sim: qual(is)____________________________
7.15.Auto agressão: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim: especificar:_________________________
7.16.Hetero agressão: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim: especificar:_________________________

8. Avaliação detalhada de aspectos cognitivos


8.1.Integridade sensorial: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim

8.2.Integridade sensorial observada, especificar: ( ) 0.Ausência ( ) 1.Visual ( ) 2.Auditivo ( )


3.Outro

8.3.Percepção: ( ) 1.Normal ( ) 2.Déficit

8.4.Atenção: ( ) 1.Normal ( ) 2.Déficit ( ) 3.Dispersa ( ) 4.Instável

8.5.Memória: ( ) 1.Normal ( ) 2.Amnésia Psicogênica ( ) 3.Déficit Especificar: _______

8.6.Pensamento: ( ) 1.Normal ( ) 2.Lento ( ) 3.Rápido ( ) 4.Confuso/desorganizado

( ) 5.Incoerente ( ) 6.Paranóide ( ) 7.Fóbico ( ) 8.Depreciativo/culpa

8.7.Juízo da realidade: ( ) 1.Normal ( ) 2.Delirante( ) 3.Obsessivo

8.8.Consciência: ( ) 1.Normal ( ) 2.Obnubilação ( ) 3.Torpor ( ) 4.Estado Crepuscular


( ) 5.Delirium

8.9.Orientação: ( ) 1.Normal ( ) 2.Confusão autopsiquica ( ) 3.Confusão alopsiquica

8.10.Linguagem: ( ) 1.Normal ( ) 2.Defict de compressão ( ) 3.Deficit de produção


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 139

( ) 4.Lenta ( ) 5.Rápida ( ) 6.Mutismo

( ) 7.Prolixa ( ) 8.Neologismo

8.10.Transtorno de desenvolvimento:( ) 0.Não ( ) 1.Sim: especificar:_______________________

8.11.Outras informações relevantes: __________________________________________________

9. Avaliação detalhada de aspectos afetivo-emocionais


9.1.Volição: ( ) 1.Normal ( ) 2.Abulia ( ) 3.Atos impulsivos ( ) 4.Atos compulsivos

9.2.Afeto: ( ) 1. Embotado ( ) 2.Alegria ( ) 3.Apatia ( ) 4. Normal

( ) 5.Tristeza ( ) 6.Irritabilidade ( ) 7.Afeto Pueril

9.3.Estado de humor predominante:

( ) 1.Normal ( ) 2.Distimia ( ) 3.Mania ( ) 4.Luto

( ) 5.Ansiedade ( ) 6.Culpa ( ) 7.Raiva ( ) 8.Desanimo

( ) 9.Fobia ( ) 10.Medo ( ) 11.Labilidade Emocional ( ) 12.Desesperança ( ) 13. Outro

9.4.Psicomotricidade: ( ) 1.Normal ( ) 2.Lentificação ( ) 3.Agitação

( ) 4.Estupor ( ) 5.Estereotipias

10. Mecanismos de Defesa e Estratégias de Enfrentamento durante o internamento


Respostas: 0.Não 1.Sim

Mecanismos/Defesas Resp Mecan./Defesas Resp

10.01.Controle da medicação administrada pela


equipe 10.02.Intelectualizaçao

10.03.Dificuldade acentuada de separação da


mãe 10.04.Desvalorização

10.05.Atribuição de sentido positivo ao


transplante 10.06.Racionalização

10.07.Ressentimento ou Hostilidade oculta 10.08.Identificação

10.09.Queixa com rejeição de ajuda 10.10.Desamparo

10.11.Uso exacerbado da fantasia 10.12.Sublimação


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 140

10.13.Regressão (infantilização) 10.14.Idealização

10.15.Uso incoerente do humor 10.16.Delegação

10.17.Religiosidade acentuada 10.18.Oposição

10.19.Uso intensivo do brincar 10.20.Negação

10.21.Busca por informação de forma


inadequada 10.22.Anulação

10.23.Isolamento de Afeto 10.24.Esquiva

10.26.Formação
10.25.Atuação (acting out) Reativa

10.28.Esquiva através de atividade de distração: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim especificar:

11. Reclamações/queixas mais frequentes

Respostas: 0.Não 1.Sim

Reclamações/Queixas Resp. Reclamações/Queixas Resp.

11.01.Perda de oportunidades sociais e 11.02.Quebra de


profissionais vínculos

11.04.Perda
11.03.Seguir a rotina imposta pelo tratamento acadêmica

11.05.Afastamento dos amigos e familiares 11.06.Comida ruim

11.07.Sentimento de aprisionamento 11.08.Saudades

11.09.Imagem corporal modificada 11.10.Alopecia

11.11.Procedimentos da rotina 11.12.Medo

11.13.Descontrole corporal (diarreia,


vômitos...) 11.14.Dor

11.15.Relacionamento com a equipe 11.16.Mucosite

11.17.Outras: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim especificar:

12. Avaliação de aspectos inter-relacionais


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 141

12.1.Relacionamentos com amigos e familiares:

( ) 1.Estáveis ( ) 2.Instáveis ( ) 3.Duradouros/satisfatórios

( ) 4.Restritos/insatisfatórios ( ) 5.Retraimento afetivo ( ) 6.Não foi possível avaliar

12.2.Habilidades na negociação das regras e rotinas: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim

12.3.Resposta afetiva mutua no relacionamento (entre o paciente e o cuidador): ( ) 0.Não ( ) 1.Sim

12.4.Com relação aos cuidados prestados pela equipe:

( ) 0.Negação/recusa ( ) 1.Resistência ( ) 2.Passividade

( ) 3.Colaboração satisfatória ( ) 4.Autocuidados

12.5.Observações: _________________________________________________________________

________________________________________________________________________________

13. Atitudes dos participantes/cuidadores


3.1.Cooperação: ( ) 1.Ótima ( ) 2.Suficiente ( ) 3.Abaixo do Esperado

3.2.Aceitação das normas: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim ( ) 2.Parcialmente

3.3.Comunicação fácil: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim ( ) 2.Parcialmente

3.4.Afetividade: ( ) 0.Inexistente ( ) 1.Adequada ( ) 2.Patológica

3.5.Superproteção: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim

3.6.Hostilidade encoberta: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim

3.7.Colocação de limites: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim

14. Apoio familiar/social


14.1.Rede de apoio sócio-familiar: ( ) 0.Não adequada ( ) 1.Adequada

14.2.Familiares: ( ) 1.Disponíveis e dispostos a dar atenção ás necessidades do paciente

( ) 2.Certa dificuldade de separação


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 142

( ) 3.Apoio ausente ou desengajado

( ) 4.Apoio focalizado nas necessidades pessoais, prejudicando o apoio


oferecido ao paciente

14.3.Relacionamento em geral: ( ) 1.Ruim ( ) 2.Regular ( ) 3.Bom

14.4.Nos últimos meses/anos o participante e/ou família vivenciaram situação estressante:

( ) 0.Não ( ) 1.Sim: especificar _______________________________

15. Avaliação de aspectos referentes ao processo de hospitalização


15.1.Primeira internação: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim

15.2.Adaptação a internação: ( ) 0.Inexistente ( ) 1.Lenta ( ) 2.Regular ( ) 3.Rápida

15.3.Postura frente a hospitalização: ( ) 1.Desânimo ( ) 2.Ansiedade

( ) 3.Desesperança ( ) 4.Esperança ( ) 5.Tranquilidade ( ) 6.Indiferença

( ) 7.“Entrega à Deus” ( ) 8.Medo ( ) 9.Outro: ____________________

15.4.Tem conhecimento sobre seu estado clínico/diagnóstico: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim

15.5.Motivação para o tratamento/perspectivas futuras: ( ) 0.Não adequada ( ) 1.Adequada

15.6.Expectativa em relação ao processo do TCTH: ( ) 1.Pessimista ( ) 2.Realista ( )


3.Otimista

15.7.Paciente fez uso de analgésicos: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim

15.8.Paciente fez uso de psicofármacos: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 143

Autorização dos autores para o uso do PedsQL


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ANEXO IV - PESQUISA COM PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA


(LMC)

Local: Ambulatório SAM 15

1. TCLE
2. Questionário Demográfico-Clínico e Opinião Pessoal
3. Escala GAD-7 – Avaliação do Nível de Ansiedade
4. Escala PHQ-9 – Avaliação do Nível de Depressão
5. EORTC QLQ-C30
6. CD-RISC10
7. Protocolo de Identificação de Comportamentos de NÃO-adesão no Ambulatório do STMO
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 160
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 161
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 162

QUESTIONÁRIO DEMOGRÁFICO DO PACIENTE - LMC

Número da entrevista: _______ Data da entrevista: ____/____/______ Duração: _______________________________


N° Prontuário: ________________________N° Prontuário da Psico-STMO:__________________________________

Nome: __________________________________________________________________________________________
Data de Nascimento: ____/____/______ Idade: ______
Gênero: 0 Masculino ( ) 1 Feminino ( )
Estado Civil: 1 Solteiro(a) ( ) 0 Casado(a) ( ) 0 Vivendo como casado (a) ( ) 2 Viúvo(a) ( ) 2
Divorciado(a) ( ) 2 Separado(a) ( )
Filhos? 0 Sim. ( ) 1 Não ( ) Quantos? ____ Algum por adoção? ( ) Quantos? ____
Procedência: ________________________________ (0) Sul/Sudeste ( ) (1) Outros. ( )
Contato: Telefone: ( )________-________ Celular: ( )________-_______
E-mail: _____________________________________

Escolaridade: ( ) Analfabeto ( ) Ensino Fundamental


( ) Ensino Médio Incompleto ( ) Ensino Médio Completo
( ) Ensino Superior Incompleto ( ) Ensino Superior Completo
( ) Pós-Graduação.
( ) (0) Tempo de estudo: mais de oito anos
( ) (1) Tempo de estudo: menos de oito anos

Estudante: _______________________________ Profissão:________ _______________________________________


0 Empregado ( ) 1 Desempregado ( )
1 Aposentado ( ) 1 Licença devido doença ( )
Emprego integral ( ) Autônomo ( ) Emprego meio expediente ( )
Em que área você trabalhava e/ou estudava antes da doença? ___________________________________
Em que você trabalha e/ou estuda atualmente?________________ _______________________________

Provedor da Família? 0 Sim ( ) 1 Não ( )


Na sua opinião, tem uma renda econômica que considera suficiente para as suas necessidades de vida?
0 Sim ( ) 1 Não ( )

Etnia: Branco ( ) Negro ( ) Mulato ( ) Amarelo ( )


Religião: Católico ( ) Luterano ( ) Judeu ( ) Evangélico ( ) Espírita ( ) Outra. Qual?______

DADOS CLÍNICOS DO PACIENTE

Diagnóstico da Hemato/Onco:____ _______________________________________CID:________________________


Tempo de Doença:_________________________________________________________________________________
Tempo de Tratamento:______________________________________________________________________________
Tempo de Tratamento no HC:________________________________________________________________________

Outras Doenças que teve e/ou que ainda tem:____________________________________________________________

Quais os tratamentos que você já fez?


Tipos de Tratamentos realizados: Quimioterapia ( ) Radioterapia ( )
Protocolos M. Biológicos ( ) 1ª. Geração: ( ) Imatinib ( ) 2ª. Geração: Dasatinib ( ) Nilotinib ( )
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
Tipo de Resposta ao Tratamento? (0)Completa ( ) (0)Parcial ( ) (1)Ausência de Resposta ( )

Atualmente, qual (is) que está fazendo?


________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
Tipo de Resposta ao Tratamento? (0)Completa ( ) (0)Parcial ( ) (1)Ausência de Resposta ( )
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 163

Comorbidades:____________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
Sintomas:________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
Acredita que os sintomas estão relacionados a doença ou ao tratamento?______________________________________
________________________________________________________________________________________________

OPINIÃO PESSOAL DO PACIENTE

1. Para você, o que Significa Qualidade de Vida (QV)?____________________________________________________


________________________________________________________________________________________________

2. Estava satisfeito com a sua QV antes da confirmação da doença? (0)Sim ( ) (0) + ou - ( ) (1)Não ( )
Se não estava, justifique:____________________________________________________________________________

3. Atualmente, está satisfeita com a sua QV? Sim ( ) Mais ou menos ( ) Não ( )

4. O que é ou foi mais Difícil em relação à Doença e ao Tratamento?_________________________________________


________________________________________________________________________________________________

5. Qual o significado (sentido, razão) dessa doença na sua vida?_____________________________________________


________________________________________________________________________________________________

6. Após o adoecimento e o tratamento o que significativamente mudou na sua vida?_____________________________


________________________________________________________________________________________________

INTERFERÊNCIA DA DOENÇA E DO TRATAMENTO NA VIDA PESSOAL DO (A) PACIENTE

1. A doença e sua manifestação prejudicam a sua vida em geral? (1)Sim ( ) (0)Não ( )

2. Por quais motivos você mantém o tratamento?_________________________________________________________


________________________________________________________________________________________________

3. Por quais motivos você pararia o tratamento medicamentoso?_____________________________________________


________________________________________________________________________________________________

4. O que você acha que aconteceria se você parasse?______________________________________________________


________________________________________________________________________________________________

5. O que você entende por aderência/ou adesão?_________________________________________________________


________________________________________________________________________________________________

Lembrar que na legenda dos binários


(0) = quando é positivo e favorável
(1) = quando é negativo e desfavorável

Muito obrigada pelo seu Tempo e Participação.

TRANSTORNO GERAL DE ANSIEDADE (GAD-7)

Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 164

Nenhuma Vários Mais da Quase


vez dias metade todos
dos dias os dias

1. Sentir-se nervoso/a, ansioso/a ou 0 1 2 3


muito tenso/a

2. Não ser capaz de impedir ou de 0 1 2 3


controlar as preocupações

3. Preocupar-se muito com diversas 0 1 2 3


coisas

4. Dificuldade para relaxar 0 1 2 3

5. Ficar tão agitado/a que se torna 0 1 2 3


difícil permanecer sentado/a

6. Ficar facilmente aborrecido/a ou 0 1 2 3


irritado/a

7. Sentir medo como se algo horrível 0 1 2 3


fosse acontecer

Referência: Desenvolvido pelos Drs. Spitzer RL, Kroenke K, Williams JB, Lowe B, 2006.
Validação do questionário: Lowe B, Decker O, Muller S, et al. Validation and standardization of the Generalized
Anxiety Disorder Screener (GAD-7) in the general population. Medical care. Mar 2008;46(3):266-274. PMID:
18388841

QUESTIONÁRIO SOBRE A SAÚDE DO/A PACIENTE (PHQ-9)

Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 165

Nenhuma Vários Mais da Quase


vez dias metade todos
dos dias os dias

1. Pouco interesse ou pouco prazer 0 1 2 3


em fazer as coisas

2. Sentir-se “para baixo”, 0 1 2 3


deprimido/a ou sem perspectiva

3. Dificuldade para pegar no sono ou 0 1 2 3


permanecer dormindo, ou dormir
mais do que de constume

4. Sentir-se cansado/a ou com 0 1 2 3


pouca energia

5. Falta de apetite ou comendo 0 1 2 3


demais

6. Sentir-se mal consigo mesmo/a 0 1 2 3


ou achar que você é um fracasso ou
que decepcionou sua família ou
você mesmo

7. Dificuldade para se concentrar 0 1 2 3


nas coisas, como ler o jornal ou
assistir televisão

8. Lentidão para se movimentar ou 0 1 2 3


falar, a ponto das outras pessoas
perceberem? Ou o oposto – estar
tão agitado/a que você fica andando
de um lado para o outro muito mais
do que de costume

9. Pensar em se ferir de alguma 0 1 2 3


maneira ou que seria melhor estar
morto/a

Referência: Desenvolvido pelos Drs. Robert L. Spitzer Janet B.W. Williams, Kurt Kroenke e colegas, com um subsídio
educacional da Pfizer Inc.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 166

EUROPEAN ORGANIZATION RESEARCH AND TREATMENT FOR CANCER QUALITY OF LIFEEORTC


QLQC-30 ( ) APLICA ( ) NÃO SE APLICA

Nós estamos interessados em alguns dados sobre você e a sua saúde. Responda, por favor, a todas as perguntas fazendo um círculo
no número que melhor se aplica a você. Não há respostas certas ou erradas. A informação que você fornecer permanecerá
estritamente confidencial.
Não Pouco Moderadamente Muito
1 Você tem qualquer dificuldade quando faz grandes esforços, por exemplo
1 2 3 4
carregar uma bolsa de compras pesada ou uma mala?
2 Você tem qualquer dificuldade quando faz uma longa caminhada? 1 2 3 4
3 Você tem qualquer dificuldade quando faz uma curta caminhada fora de
1 2 3 4
casa?
4 Você tem que ficar numa cama ou na cadeira durante o dia? 1 2 3 4
5 Você precisa de ajuda para se alimentar, se vestir, se lavar ou usar o
1 2 3 4
banheiro?
Durante a última semana:
Não Pouco Moderadame Muito
nte
6 Tem sido difícil fazer suas atividades diárias? 1 2 3 4
7 Tem sido difícil ter atividades de divertimento ou lazer? 1 2 3 4
8 Você teve falta de ar? 1 2 3 4
9 Você tem tido dor? 1 2 3 4
10 Você precisou repousar? 1 2 3 4
11 Você tem tido problemas para dormir? 1 2 3 4
12 Você tem se sentido fraco(a)? 1 2 3 4
13 Você tem tido falta de apetite? 1 2 3 4
14 Você tem se sentido enjoado(a)? 1 2 3 4
15 Você tem vomitado? 1 2 3 4
16 Você tem tido prisão de ventre? 1 2 3 4
17 Você tem tido diarreia? 1 2 3 4
18 Você esteve cansado(a)? 1 2 3 4
19 A dor interferiu em suas atividades diárias? 1 2 3 4
20 Você tem tido dificuldade para se concentrar em coisas, como ler
1 2 3 4
jornal ou ver televisão?
21 Você se sentiu nervoso(a)? 1 2 3 4
22 Você esteve preocupado(a)? 1 2 3 4
23 Você se sentiu irritado(a) facilmente? 1 2 3 4
24 Você se sentiu deprimido(a)? 1 2 3 4
25 Você tem tido dificuldade de se lembrar das coisas? 1 2 3 4
26 A sua condição física ou o tratamento médico tem interferido em
1 2 3 4
sua vida familiar?
27 A sua condição física ou o tratamento médico tem interferido em
1 2 3 4
suas atividades sociais?
28 A sua condição física ou o tratamento médico tem lhe trazido
1 2 3 4
dificuldades financeiras?

Para as seguintes perguntas, por favor, faça um círculo em volta do número entre 1 a 7 que melhor se aplica a você.
29 Como você classificaria a sua saúde em geral, durante a última semana?
1 2 3 4 5 6 7
Péssima Ótima

30 Como você classificaria a sua qualidade de vida geral, durante a última semana?
1 2 3 4 5 6 7
Péssima Ótima
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 167

CONNOR-DAVIDSON RESILIENCE SCALE – CD-RISC-10


( ) APLICA ( ) NÃO SE APLICA

Nem um Quase
Raramente Às vezes Frequentemente
pouco sempre
verdadeiro verdadeiro verdadeiro
verdadeiro verdadeiro
1 Eu consigo me adaptar
0 1 2 3 4
quando mudanças acontecem.
2 Eu consigo lidar com
qualquer problema que 0 1 2 3 4
acontece comigo.
3 EU tento ver o lado
humorístico das coisas 0 1 2 3 4
quando estou com problemas.
4 Ter que lidar com situações
estressantes me faz sentir 0 1 2 3 4
mais forte.
5 Eu costumo me recuperar
bem de uma doença,
0 1 2 3 4
acidentes e outras
dificuldades.
6 Eu acredito que posso atingir
meus objetivos mesmo 0 1 2 3 4
quando há obstáculos.
7 Fico concentrado e penso
com clareza quando estou sob 0 1 2 3 4
pressão.
8 Eu não desanimo facilmente
0 1 2 3 4
com os fracassos.
9 Eu me considero uma pessoa
forte quando tenho que lidar
0 1 2 3 4
com desafios e dificuldades
da vida.
10 Eu consigo lidar com 0 1 2 3 4
sentimentos desagradáveis ou
dolorosos como tristeza,
medo e raiva.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 168

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Folha 01/18
POP -EQUIPE DE PSICOLOGIA – Nº 01

UNIDADE FUNCIONAL/SERVIÇO/SEÇÃO
EQUIPES DE PSICOLOGIA – AMBULATÓRIO DO STMO HC UFPR

NOME DO PROCEDIMENTO
Protocolo de Identificação de Comportamentos de NÃO-adesão no Ambulatório do STMO

ELABORADO POR DATA


Maribel Pelaez Dóro 20/07/2015

APROVADO POR DATA


Equipe de Psicologia

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO DO PROCEDIMENTO


Equipe de Psicologia

REVISÕES DATA RESPONSÁVEL

1ª REVISÃO

2ª REVISÃO

3ª REVISÃO

4ª REVISÃO
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 169

OBJETIVOS DO PROCEDIMENTO

 Verificar o índice de NÃO-adesão nos pacientes em tratamento de Leucemia Mielóide


Crônica – LMC, no ambulatório específico do STMO-HC-UFPR.
 Observar a presença de indicadores de risco de comportamento de NÃO-adesão durante o
atendimento Psicológico ao Paciente em tratamento no Ambulatório de LMC (SAM 15) do
Serviço de Transplante de Medula Óssea.

 Desenvolver uma investigação psicológica através da anamnese constituída com o relato do


paciente adulto.

 Averiguar se há relação da NÃO-adesão com os índices nas escalas da Qualidade de Vida


(QV), Ansiedade, Depressão, Resiliência e Satisfação em relação ao Custo-Benefício do
Tratamento nos pacientes ambulatoriais com LMC.
 Verificar se a atitude de enfrentamento e dos indicadores de adesão do paciente se
substancia em elementos representativos de maturidade emocional, ou seja, se a adesão
ocorre por uma conscientização da necessidade pela própria condição de saúde (implicação
do próprio desejo).

 Discutir com a equipe multiprofissional do STMO (médico, enfermeiro, farmacêutico,


nutricionista, assistente social, terapeuta ocupacional) com o intuito de comunicar a
presença de NÃO-adesão ou para sanar dúvidas em relação as informações específicas de
cada especialidade que possa corroborar com a maior segurança dos resultados e
certificação de uma condição ou outra.

INTRODUÇÃO

Este Protocolo destina-se aos pacientes adultos que estão inclusos no agendamento dos pacientes
que realizam tratamento no ambulatório de LMC do STMO-HC-UFPR.

Na rotina do Ambulatório, os pacientes são agendados, para consultas específicas com o médico,
enfermeiro, assistente social, nutricionista, farmacêutico, terapeuta ocupacional e psicólogo do
Serviço em questão. O paciente deve comparecer para controle da medicação, do status da doença,
exames e consultas conforme a demanda. O mesmo é agendado num programa semanal, quinzenal,
mensal, trimestral ou as consultas podem ser gradativamente espaçadas. Depende da condição
clínica e do protocolo medicamentoso de inserção do paciente. O atendimento psicológico ao
paciente está em sintonia com o agendamento médico no ambulatório, por serem de outras
procedências e dependerem de liberações de transporte. O planejamento protocolar da psicologia
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 170

consiste de uma até quatro entrevista para a triagem de identificação de comportamentos de risco
em relação a adesão e ao delineamento da direção psicológica.

O Serviço de Transplante de Medula Óssea engloba modalidades terapêuticas de alta morbidade e


mortalidade. Consequentemente, mesmos nas intervenções de sucesso, ocorrem interferências no
desempenho físico, psicológico e nas amplas interações do indivíduo. Portanto, o paciente precisa
manter-se firme em relação ao tratamento por um longo período, até resgatar uma nova condição
de saúde. Essa configuração é mesclada com a possibilidade de que durante o adoecimento, ele
pode conhecer outros pacientes que apresentam uma evolução positiva ou não. Nesse caso, sua
confiança estremece e a posição fragiliza perante a manutenção do tratamento a longo prazo, como
nas doenças crônicas. Essas ocorrências e as características de personalidade estão no interjogo da
maior ou menor aderência do paciente em relação ao tratamento proposto. A gravidade do
diagnóstico e seu prognóstico podem induzir reações ambivalentes em INTRODUÇÃO

relação a continuidade, pois com a intervenção tem-se uma oportunidade de vida, mas ao mesmo
tempo, um risco de morte. Algumas intervenções clínicas são necessárias para que a adesão ocorra,
tais como: o cuidado em relação ao acolhimento do paciente, observar qual o nível dos recursos
emocionais, cognitivos, do conhecimento e de discernimento diante da realidade que se apresenta.
Porém, o modo como é percebida a realidade por vezes tem um peso maior, a subjetividade está
posta na perspectiva do olhar daquele que vê. Apesar de ser indicado um entendimento integrado
do doente e da sua doença, a curto prazo, é comum, a presença de uma condução unilateral e focal,
direcionada para a doença. A longo prazo, é imprescindível a influência de uma visão panorâmica,
para uma compreensão de inserção desse que adoeceu e da sua condição de satisfação perante a
QV que se configura e do entendimento emocional. Muitas vezes, a relação de vínculo com o
profissional tem maior importância e influência para a fomentação da aderência do que a referência
científica e títulos que o mesmo possa ter.

O adoecer pode provocar no ser humano sentimentos de vulnerabilidade frente o desequilíbrio da


sua condição de saúde, onde poderá se perguntar quanto a sua finitude e imprevisibilidade do
movimento da vida. Quando essa situação de doença é sanada e se restabelece o equilíbrio a
tendência é que apareça um sentimento de força para lidar com as adversidades da vida, porém,
quando esse adoecimento se trata de algo crônico, o equilíbrio estará na capacidade de conviver
com uma doença sem cura. Diante disso, a pessoa contará com um tratamento, que deve favorecer
adaptação a essa nova forma de viver, permitindo um conhecimento deste para com seu processo
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 171

de saúde e doença, prevenindo complicações e a mortalidade precoce. No entanto um novo desafio


é lançado tanto para os profissionais quanto para o paciente, que se trata da adesão ao tratamento.

Segundo A. Oliveira et al (2013) o principal fator responsável pela obtenção de resposta molecular
completa está na adesão ao imatinibe, entre outros estudos que demonstram que a INTRODUÇÃO

limitada habilidade em aderir o tratamento ocasiona a não obtenção de resposta completa desde
que a adesão esteja abaixo de 90%. (OLIVEIRA.A et AL 2013)

Comumente encontra-se na literatura a associação da adesão ao tratamento com a aderência à


medicação, quando na verdade o termo vai além do ato se seguir uma prescrição medicamentosa.
Para a OMS (2003), a adesão é um fenômeno multidimensional determinado pela interação dos
fatores descritos que englobam: a) Fatores socioeconômicos; b) Sistema e equipe de saúde; c)
Fatores relacionados ao tratamento; d) Fatores relacionados a doença; e) Fatores relacionados ao
paciente. Esses fatores são denominados “dimensões”, que quando relacionadas ao paciente são
apenas um determinante, sendo necessário levar em consideração o todo.

Josiane Lima de Gusmão & et al. (2006) explica que dentre esses fatores no que diz respeito ao
paciente, os influenciadores podem estar no gênero, idade, etnia, estado civil, escolaridade e nível
socioeconômico, bem como às crenças de saúde, hábitos de vida e culturais, sua percepção da
seriedade do problema, desconhecimento, experiência com a doença no contexto familiar e auto-
estima. Já na doença, esses aspectos podem ser a cronicidade, ausência de sintomas e
consequências tardias. No tratamento, os pontos considerados são as questões que englobam a
qualidade de vida, o custo, efeitos indesejáveis, esquemas terapêuticos complexos, entre outros. E
com relação a instituição, suas políticas de saúde, o acesso ao serviço de saúde, tempo de espera e
atendimento, o relacionamento com a equipe de saúde, podem ser interferências importantes para
compreender a presença ou ausência da adesão. Sendo assim, considera-se um equívoco determinar
que o paciente é o único responsável por seguir seu tratamento.

No LMC é comum na remissão completa quando o paciente se apresenta sem sintomatologia


aparente, a presença de comportamentos não aderentes como se estivesse curado e na verdade
apenas está com a doença controlada ou sem expressão. Quando esse entendimento acontece há um
prejuízo na conduta e na importância da manutenção do tratamento e da gravidade da doença,
sendo assim, se sua percepção acerca desses aspectos se altera, isso pode interferir na qualidade da
adesão. (MALDANER.C.R, et al -2008)
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 172

Para Claudia Regina Maldaner & et al (2008) um dos fatores que esta intimamente ligada à adesão
é a aceitação do paciente da própria doença. A aceitação é a forma singular com que cada pessoa
vai lidar com situações críticas na vida e com o impacto dessa no cotidiano, nas relações. Por isso,
a aceitação vai depender de uma condição interna e externa, a interna diz respeito a personalidade,
manutenção da auto-imagem, mudanças no papel desempenhado na família, sociedade e também
no estilo de vida. As condições externas estão na participação social dos familiares e amigos na
vida dessa pessoa. A aceitação vai depender da resiliência de cada um, e vai favorecer a adaptação
desse a uma nova condição de vida. O conceito de resiliência vem sendo usado atualmente pela
psicologia, mas é considerado um tema interdisciplinar que abrange diferentes áreas do
conhecimento (OJEDA, 2008). A palavra resiliência vem do latim resilio, que significa “saltar para
trás”, “ser elástico” (TAVARES, 2001).

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

- Papel A4, Canetas de Tinta.

- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE*

- Questionários Demográfico-Clínico.

- Escala de Qualidade de Vida - EORTC QLQ-C30*

- Escala de Resiliência - CD-RISC – 10*

- Escala de Ansiedade – GAD-7*

- Escala de Depressão – PHQ-9*

- Cadastro do paciente no Prontuário do Serviço da Psicologia no STMO

- Cadastro do paciente (SIH) e Prontuário

- Computador

* TCLE: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

* EORTC QLQ-C30: European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of
Life
* GAD-7: Escala Geral de Ansiedade-7
* PHQ-9: Questionário sobre Saúde do Paciente-9
* CD-RISC: Connor Davidson – Resilience inventory Scale
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 173

PROCEDIMENTOS

1) Este protocolo requer de uma a quatro consultas com o psicólogo em exercício no


ambulatório do STMO.

2) Os pacientes estão em acompanhamento ambulatorial diagnosticados com LMC,


comparecem para consulta de rotina nas segundas-feiras.

3) A psicóloga do ambulatório atende as demandas ocorridas pelo próprio paciente ou por


solicitação da equipe.

4) Primeira Consulta realiza-se a anamnese do paciente e a investigação da queixa/ demanda


que motivou a solicitação.

5) Esclarecer que nessa entrevista psicológica ou em outra, o profissional também almeja


realizar a aplicação de alguns questionários e escalas que dão informações complementares
em relação a avaliação da condição psicológica no momento do paciente. Portanto, este
conhecimento sobre ele amplia a compreensão do profissional e melhora o atendimento
ofertado ao paciente durante o processo do tratamento.

6) Apresentar e explicar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

7) As subsequentes consultas desenvolvem-se, com o consentimento do paciente, na


ampliação da coleta de dados, através do relato do paciente e da aplicação das escalas
propostas.

8) Observar o comportamento (verbal e/ou não verbal) do paciente investigando sinais de


fadiga, expressões emocionais, dor e outras manifestações que indiquem a necessidade de
interrupção da consulta, quer seja com ou sem a aplicação de escalas e/ou testes.

9) O Psicólogo deve ao término da consulta no ambulatório, agendar e discutir com o paciente


a remarcação de um próximo atendimento psicológico quando indicado, necessário,
possível, compatível com a demanda do paciente e do objetivo de realizar uma triagem
sobre comportamentos de NÃO-adesão.

10) Se por alguma razão não for possível ou necessário uma remarcação do atendimento
psicológico do paciente, o profissional deve finalizar a sessão com pontuações, comentários
sintéticos e relevantes sobre o conteúdo temático discutido e/ou expresso de uma forma ou
de outra, durante o atendimento clínico.

11) O psicólogo deve manter o discernimento e a alteridade do que dizer, para quê, para quem,
por quê, onde, quando, quanto, e como dizer para que o dito seja promotor dos recursos
internos construtivos (psicodinâmicos) e que possa trazer algum benefício ao paciente na
construção reflexiva sobre o autoconhecimento e sobre a atitude de implicação proativa em
relação ao tratamento. Contudo, com o cuidado de não incitar conteúdo emocional
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 174

demasiado e angústia que seja da ordem do insuportável para o mesmo, no momento em


questão.

12) Caso o paciente não queira o atendimento psicológico, com motivo explicito ou não, esta
ocorrência deve ser registrada no prontuário do paciente.

13) Deixar explícito para o paciente e no prontuário que o profissional considera esta posição
como um direito dele. Posto isso, será respeitada a decisão do mesmo.

14) Registrar no prontuário as observações da interpretação psicológica em termos do padrão


de comportamento do paciente e da presença maior ou menor de fatores de risco em relação
a tendência da NÃO-adesão.

15) Segue uma listagem de comportamentos que denotam a presença de fatores de risco que
devem ser investigados em relação ao comportamento de NÃO-adesão.

 Constatar o entendimento subjetivo e objetivo do paciente em relação ao significado


e a representação da doença e do tratamento na sua vida.

 Observar a quantificação da frequência dos pacientes às consultas (três faltas não


justificadas, representa NÃO-adesão.

 Obter informações via prontuário do paciente ou em discussões com profissionais


(médico, farmacêutico) para esclarecer sobre o status atual da resposta clínica à
terapêutica instituída.

 Verificar com o Serviço Social a presença de fatores socioeconômicos que sejam


impeditivos do comparecimento as consultas e/ou da manutenção da prescrição
medicamentosa e/ou alimentar.

 Ouvir as ponderações do paciente em relação a sua percepção do Sistema e Equipe


de Saúde.

 Analisar, pelo relato peculiar do paciente, se os fatores de interferência secundários


a doença e ao tratamento são experimentados numa configuração perceptiva e
interpretativa de maior ou menor intensidade negativa.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 175

Registro Formal do Atendimento Psicológico do Paciente no Ambulatório de LMC do STMO

Registrar no sistema SIH, se for entrevista psicológica (código HC 396) e se houve a concordância
do paciente da aplicação de questionários, escalas (código HC 555) e testes psicológicos (código
HC 5552) também devem ser registrados.

Analisar os resultados obtidos nos testes e escalas, em seguida compilar e organizar os achados de
conteúdo psicológico relevante para ser revisto na discussão com a equipe.

Quando o Profissional for anotar as evoluções em Prontuário, deve considerar a conduta


preconizada pelo Código de Ética Profissional do Psicólogo em relação aos registros em
prontuários, ou seja, conforme os Artigos 9º, 10º e Parágrafo único.

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MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 178

ANEXO V – PROTOCOLO DE PESQUISA COM PACIENTES COM ANEMIA DE


FANCONI

Local: Ambulatório SAM 15

Material:

Idade: 12 a 17 anos:

1. TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para os responsáveis legais.


2. TALE Termo de Assentimento Livre e Esclarecido para ≤ 18 anos.
3. Questionário Demográfico-Clínico e Opinião Pessoal
4. Questionário de Qualidade de Vida PedsQL
5. Forma para Confecção de Mandala

Idade: A partir de 18 anos, incluir:

1. TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para ≥ 18 anos.


2. Questionário Demográfico-Clínico e Opinião Pessoal
3. Forma para Confecção de Mandala
4. Escala GAD-7 – Avaliação do Nível de Ansiedade
5. Escala PHQ-9 – Avaliação do Nível de Depressão
6. Questionário de Qualidade de Vida SF-36
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 179

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - RESPONSÁVEIS

Nós, Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro e Psicóloga Residente da área Onco-Hemato do
PRIMAH, pesquisadora responsável e psicóloga residente colaboradora da Universidade Federal do
Paraná, estamos convidando seu filho (a), paciente com Anemia de Fanconi (AF) atendido no
Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Paraná (HC-UFPR) a participar de um estudo intitulado “Qualidade de Vida e Representação
Simbólica da doença em pacientes com Anemia de Fanconi do Serviço de Transplante de Medula
Óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (STMO HC-UFPR)”. O objetivo
desta pesquisa é verificar qual o Representação Simbólica da doença e o índice de Qualidade de
Vida (QV) em pacientes com AF atendidos no Ambulatório do STMO no HC-UFPR.
Caso o Sr. (a) permita que seu filho(a) seja participante da pesquisa, será necessário que ele
responda alguns questionários com perguntas sobre seu dia-a-dia, suas percepções quanto a AF,
doença de um modo geral e suas condições físicas, psicológicas, sociais e financeiras atuais. Para
tanto ele deverá comparecer ao Ambulatório do STMO no HC-UFPR para uma única entrevista,
como participante com duração média de uma hora.
Durante a entrevista, é possível que seu filho (a) se sinta emocionado ou tenha alguma
reação emocional que o deixe desconfortável. Caso isso ocorra, seu filho (a) será encaminhado ao
Serviço de Psicologia do STMO, no Ambulatório do STMO HC-UFPR, onde será assistido pela
psicóloga responsável por esse Serviço.
Os benefícios esperados com essa pesquisa é que com maior conhecimento sobre como é a
QV dos pacientes e a maneira como eles percebem a doença, seja possível a elaboração de
estratégias eficazes e efetivas para auxiliar no enfrentamento das condições de vida atuais e
consequentemente, elevar a QV.
As pesquisadoras responsáveis por este estudo poderão ser contatadas no Ambulatório do
STMO HC-UFPR ou pelo e-mail e maripdoro@hotmail.com ou ainda pelo telefone (41) 3360-1800
para esclarecer eventuais dúvidas que você possa ter e fornecer-lhe as informações que queira,
antes, durante ou depois de encerrado o estudo.
Se o Sr. (a) tiver dúvidas sobre os direitos de seu filho (a) como um participante de pesquisa,
o Sr. (a) pode contatar Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos – CEP/HC/UPFR pelo
Telefone 3360-1041. O CEP trata-se de um grupo de indivíduos com conhecimento científicos e
não científicos que realizam a revisão ética inicial e continuada do estudo de pesquisa para mantê-lo
seguro e proteger seus direitos enquanto participante da pesquisa.
A participação de seu filho (a) neste estudo é voluntária e se ele não quiser mais fazer parte
da pesquisa poderá desistir a qualquer momento e solicitar que lhe devolvam os termos de
consentimento e de assentimento livre e esclarecido assinados. A sua recusa ou de seu filho (a) não
implicarão na interrupção do atendimento e/ou tratamento, que está assegurado.
As informações relacionadas ao estudo poderão ser conhecidas por pessoas autorizadas,
como o orientador da pesquisa. No entanto, se qualquer informação for divulgada em relatório ou
publicação, isto será feito sob forma codificada, para que a identidade de seu filho (a) seja
preservada e mantida a confidencialidade.
As despesas necessárias para a realização da pesquisa não são de sua responsabilidade e pela
participação de seu filho (a) no estudo nem você e nem seu filho (a) irão receber qualquer valor em
dinheiro.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 180

Quando os resultados forem publicados, não aparecerá o nome de seu filho (a), e sim um
código.

Eu,_________________________________ li esse termo de consentimento e compreendi a


natureza e objetivo do estudo do qual concordei que meu filho (a) participe. A explicação que
recebi menciona os riscos e benefícios. Eu entendi que meu filho (a) é livre para interromper sua
participação a qualquer momento sem justificar a decisão e sem que esta decisão afete o tratamento
ofertado. Eu fui informado que meu filho (a) será atendido sem custos para mim se ele apresentar
alguma comoção emocional, causada pela pesquisa, que necessite de intervenção psicológica.
Eu concordo que meu filho (a) voluntariamente participe deste estudo.
_________________________________________________________________
(Nome e Assinatura do participante da pesquisa ou responsável legal)
Local e data

(Somente para o responsável do projeto)


Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido deste
participante ou representante legal para a participação neste estudo.

__________________________________________________________________
Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro
Local e data

__________________________________________________________________
Psicóloga Residente da Área Onco-Hemato do PRIMAH

Local e data
Rubricas:
Sujeito da Pesquisa e /ou responsável legal_-
________
Pesquisador Responsável ou quem aplicou o
TCLE_______
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 181

TERMO DE ASSENTIMENTO INFORMADO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do Projeto: Qualidade de Vida e Representação Simbólica de doença em pacientes com


Anemia de Fanconi do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da
Universidade Federal do Paraná (STMO HC-UFPR)
Investigador: Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro
Local da Pesquisa: Ambulatório do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de
Clínicas da Universidade Federal do Paraná (STMO HC-UFPR)
Endereço: Rua General Carneiro, n. 181, anexo B, 4º andar.

O que significa assentimento?


O assentimento significa que você concorda em fazer parte de um grupo de adolescentes, da
sua faixa de idade, para participar de uma pesquisa. Serão respeitados seus direitos enquanto
participante e você receberá todas as informações por mais simples que possam parecer.

 Pode ser que este documento denominado TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E


ESCLARECIDO contenha palavras que você não entenda. Por favor, peça ao responsável pela
pesquisa ou à equipe do estudo para explicar qualquer palavra ou informação que você não entenda
claramente.
Você está sendo convidado(a) a participar de uma pesquisa, com o objetivo de verificar qual
a percepção de doença e o índice de Qualidade de Vida (QV) em pacientes com Anemia de Fanconi
(AF). Essa pesquisa está sendo realizada para que se possa compreender a maneira como pacientes
como você percebem a AF, a doença de um modo geral e quais são suas condições físicas,
psicológicas, sociais e financeiras atuais.
Caso concorde em participar desse estudo, será necessária uma entrevista com duração
média de uma hora, que ocorrerá no Ambulatório do STMO HC-UFPR. Nessa entrevista, a
pesquisadora fará algumas perguntas acerca da sua opinião sobre doença, AF, tratamentos e suas
condições atuais de vida. Serão aplicados Questionário Clínico e Demográfico, Questionário de
Opinião Pessoal, Forma para confecção de Mandala e Questionário de Qualidade de Vida PedsQL.
Com esse estudo, esperamos conhecer mais sobre como é a QV dos participantes e a forma como
percebem a doença, para que seja possível realizar estratégias que auxiliem para aumentar a QV.
Durante a entrevista, é possível que você se sinta emocionado ou tenha alguma reação
emocional que não goste. Caso isso ocorra, se quiser, pode ser encaminhado ao Serviço de
Psicologia do STMO, no Ambulatório do STMO HC-UFPR, onde será assistido pela psicóloga
responsável por esse Serviço.
A sua participação é voluntária. Não haverá pagamento pela sua participação e nada será
cobrado de você (não terá despesas), todos os questionários serão fornecidos pela pesquisadora.
Caso você opte por não participar não terá nenhum prejuízo no seu atendimento e/ou tratamento.
As respostas fornecidas por você serão mantidas em sigilo, ou seja, somente as
pesquisadoras terão contato direto com esse material. No caso de publicação posterior em artigos,
os seus dados serão agrupados com os demais e qualquer informação que possa identifica-lo será
decodificada.
Contato para dúvidas
Se você ou os responsáveis por você tiver(em) dúvidas com relação ao estudo, direitos do
participante, ou no caso de riscos relacionados ao estudo, você deve contatar a Investigadora do
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 182

estudo, a Psicóloga Dra. Maribel Pelaez Dóro, através do maripdoro@hotmail.com.br ou ainda pelo
telefone (41) 3360-1800. Se você tiver dúvidas sobre seus direitos como um participante da
pesquisa, você pode contatar o Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos – CEP/HC/UFPR
pelo Telefone: 3360-1041. O CEP é constituído por um grupo de profissionais de diversas áreas,
com conhecimentos científicos e não científicos que realizam a revisão ética inicial e continuada da
pesquisa para mantê-lo seguro e proteger seus direitos.

DECLARAÇÃO DE ASSENTIMENTO DO PARTICIPANTE:

Eu li e discuti com o investigador responsável pelo presente estudo os detalhes descritos neste
documento. Entendo que eu sou livre para aceitar ou recusar, e que posso interromper a minha
participação a qualquer momento sem dar uma razão. Eu concordo que os dados coletados para o
estudo sejam usados para o propósito acima descrito.

Eu entendi a informação apresentada neste TERMO DE ASSENTIMENTO. Eu tive a oportunidade


para fazer perguntas e todas as minhas perguntas foram respondidas.

Eu receberei uma via original assinada, rubricada e datada deste Documento de ASSENTIMENTO
INFORMADO.

_____________________________________________________________________
NOME DO ADOLESCENTE ASSINATURA DATA

Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro ASSINATURA DATA

_____________________________________________________________________
Psic. Residente da área Onco-Hemato do PRIMAH ASSINATURA DATA

Local e data
Rubricas:
Sujeito da Pesquisa e /ou responsável legal_-
________
Pesquisador Responsável ou quem aplicou o
TCLE________
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 183

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Nós, Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro e Psicóloga Residente da área Onco-Hemato do
PRIMAH, pesquisadora responsável e psicóloga residente colaboradora da Universidade Federal do
Paraná, estamos convidando você, paciente com Anemia de Fanconi (AF) atendido no Serviço de
Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-
UFPR) para participar de um estudo intitulado “Qualidade de Vida e Representação Simbólica da
doença em pacientes com Anemia de Fanconi do Serviço de Transplante de Medula Óssea do
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (STMO HC-UFPR)”. O objetivo desta
pesquisa é verificar qual o Representação Simbólica da doença e o índice de Qualidade de Vida
(QV) em pacientes com AF atendidos no Ambulatório do STMO no HC-UFPR.
Caso você concorde em participar dessa pesquisa, será necessário responder alguns
questionários com perguntas sobre seu dia-a-dia, suas percepções quanto a AF, a doença de um
modo geral e suas condições físicas, psicológicas, sociais e financeiras atuais. Para tanto você
deverá comparecer ao Ambulatório do STMO no HC-UFPR para uma única entrevista, com
duração média de uma hora.
Durante a entrevista, é possível que você se sinta emocionado ou tenha alguma reação
emocional que o deixe desconfortável. Caso isso ocorra, se você quiser, será encaminhado ao
Serviço de Psicologia do STMO, no Ambulatório do STMO HC-UFPR, onde será assistido pela
psicóloga responsável por esse Serviço.
Os benefícios esperados com essa pesquisa é que com maior conhecimento sobre como é a
QV dos pacientes e a maneira como percebem a doença, seja possível a elaboração de estratégias
eficazes e efetivas para auxiliar no enfrentamento das condições de vida atuais e consequentemente,
elevar a QV.
As pesquisadoras responsáveis por este estudo poderão ser contatadas no Ambulatório do
STMO HC-UFPR ou pelo e-mail maripdoro@hotmail.com ou ainda pelo telefone (41) 3360-1800
para esclarecer eventuais dúvidas que você possa ter e fornecer-lhe as informações que queira,
antes, durante ou depois de encerrado o estudo.
Se você tiver dúvidas sobre seus direitos como participante dessa pesquisa, você pode
contatar Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos – CEP/HC/UPFR pelo Telefone 3360-
1041. O CEP trata-se de um grupo de indivíduos com conhecimento científicos e não científicos
que realizam a revisão ética inicial e continuada do estudo de pesquisa para mantê-lo seguro e
proteger seus direitos.
A sua participação neste estudo é voluntária e se você não quiser mais fazer parte da
pesquisa poderá desistir a qualquer momento e solicitar que lhe devolvam o termo de consentimento
livre e esclarecido assinado. A sua recusa não implicará na interrupção de seu atendimento e/ou
tratamento, que está assegurado.
As informações relacionadas ao estudo poderão ser conhecidas por pessoas autorizadas,
como o orientador da pesquisa. No entanto, se qualquer informação for divulgada em relatório ou
publicação, isto será feito sob forma codificada, para que a sua identidade seja preservada e seja
mantida a confidencialidade.
As despesas necessárias para a realização da pesquisa não são de sua responsabilidade e pela
sua participação no estudo você não receberá qualquer valor em dinheiro.
Quando os resultados forem publicados, não aparecerá seu nome, e sim um código.
Eu,_________________________________ li esse termo de consentimento e compreendi a
natureza e objetivo do estudo do qual concordei em participar. A explicação que recebi menciona os
riscos e benefícios. Eu entendi que sou livre para interromper minha participação a qualquer
momento sem justificar minha decisão e sem que esta decisão afete meu tratamento. Eu fui
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 184

informado que serei atendido sem custos para mim se eu apresentar alguma comoção emocional
relacionada ao estudo que necessite de intervenção psicológica.
Eu concordo voluntariamente em participar deste estudo.

_________________________________________________________________
(Nome e Assinatura do participante da pesquisa ou responsável legal)
Local e data

(Somente para o responsável do projeto)


Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido deste
participante ou representante legal para a participação neste estudo.

__________________________________________________________________
Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro
Local e data

__________________________________________________________________
Psic. Residente da área Onco-Hemato do PRIMAH
Local e data

Rubricas:
Sujeito da Pesquisa e /ou responsável legal_-
________
Pesquisador Responsável ou quem aplicou o
TCLE________
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 185

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SERVIÇO DE PSICOLOGIA - STMO

Psicóloga Coordenadora: Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro e


Psic. Residente da área Onco-Hemato do PRIMAH

DADOS DEMOGRÁFICOS

Número da entrevista:_______ Data da entrevista: _____/_____/________


Duração:_______________Nº Prontuário: _________________________________
Nome: ___________________________ Se menor, nome da mãe: _________________
Data de Nascimento: _____/_____/_______ Idade: __________ anos
Gênero: Masculino ( ) Feminino ( )
Estado civil: Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Vivendo como casado(a) ( ) Namora/Noivo (a) ( )
Viúvo(a) ( ) Divorciado(a) ( ) Separado(a) ( )
Filhos? Sim ( ) Não ( ) Quantos? ______ Algum por adoção? ( ) Quantos? _______
Procedência: _________________________________
Região: Centro-Oeste ( ) Norte ( ) Nordeste ( ) Sudeste ( ) Sul( )
Contato: Telefone: ( )___________________ Celular: ( )______________________
E-mail: _________________________________________
Escolaridade: ( ) Analfabeto ( ) Ensino Fundamental
( ) Ensino Médio Incompleto ( ) Ensino Médio Completo
( ) Ensino Superior incompleto ( ) Ensino Superior Completo
( ) Pós-graduação
Estudante: ___________________________ Profissão: _________________________
Status profissional: Empregado ( ) Desempregado ( ) Aposentado ( ) Licença devido doença ( )
Período de trabalho: Emprego integral ( ) Autônomo ( ) Emprego meio expediente ( )
Provedor da família? Sim ( ) Não ( )
Renda familiar: 1 Salário Mínimo (R$724,00) ( ) 2 Salários (R$ 1448,00) ( )
3 até 5 Salários (R$2172,00 a R$3620,00) ( )
Mais que 5 (acima de R$3620,00) ( )
Categoria racial: Branco ( ) Negro ( ) Mulato ( ) Pardo ( ) Amarelo ( )
Indígena ( ) Cabloco ( ) Cafuzo ( )
Etnia (se houver alguma específica):_________________________________________
Religião: Católico ( ) Luterano ( ) Judeu ( ) Evangélico ( ) Espírita ( ) Testemunha de
Jeová ( ) Outra. Qual?_________________
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 186

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SERVIÇO DE PSICOLOGIA - STMO

Psicóloga Coordenadora: Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro e


Psic. Residente da área Onco-Hemato do PRIMAH

DADOS CLÍNICOS DO PACIENTE

Tempo de Diagnóstico:______________________________________________________
Tempo de Tratamento:______________________________________________________
Outras Doenças que teve e/ou que ainda tem:
__________________________________________________________________________________
Tem outros familiares com AF vivos? Sim ( ) Não ( ) Quantos?________
Quem?______________________
Tem algum familiar com AF falecido? Sim ( ) Não ( ) Quantos?_______
Quem?_____________________________________________________________________
Como?_____________________________________________________________________
Quais os tratamentos que você já fez?
1. Nenhum ( ) 2. Quimioterapia ( ) 3. Radioterapia ( ) 4. Cirurgia ( ) 5. TCTH ( )
6. Terapia de reposição hormonal ( ) 7. Protocolo de drogas ( ) 8. Outros ( )___________
Tipo de resposta ao tratamento? Completa ( ) Parcial ( ) Ausência de resposta ( )
Atualmente, qual(is) tratamento(s) está fazendo? 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7.(
)______________________________________________________________________
Tipo de resposta ao tratamento? Completa ( ) Parcial ( ) Ausência de resposta ( )
Complicações relacionadas à doença e/ou tratamento:
______________________________________________________________________
Realizou TCTH? Sim ( ) Não ( )
Fonte das Células Tronco: Sangue Periférico ( ) Medula Óssea ( ) Sangue de Cordão Umbilical ( )
Tipo de transplante: Aparentado ( ) Não Aparentado ( ) Haploidêntico ( )
Quantos TCTH?_____________ Doador:___________________________
Quando?_______________________
DECH: Sim ( ) Não ( )
Quando?_______________Tipo:___________________Sequelas:________________
Em tratamento ainda? Sim ( ) Não ( )
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 187

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Psicóloga Coordenadora: Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro e


Psic. Residente da área Onco-Hemato do PRIMAH

OPINIÃO PESSOAL DO PACIENTE

1. Para você, o que significa Qualidade de Vida (QV)?


_______________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
2. Estava satisfeito com a sua QV antes do diagnóstico?
Sim ( ) Mais ou menos( ) Não ( )
3. Justifique:__________________________________________________________________
4. Atualmente, está satisfeito com a sua QV? Sim ( ) Mais ou menos ( ) Não ( )
5. Justifique:__________________________________________________________________
6. O que significa o Transplante para você?
_______________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
7. Você se sente diferente dos demais? Sim ( ) Não( )
Se sim, como?
_______________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
8. Você acha que as pessoas te acham diferente? Sim ( ) Não ( ) Se sim,
como?__________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________

9. O que você faz para se divertir (entretenimentos)?


___________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
10. Qual sua opinião sobre:
10.1. Esportes: ( ) pratica ( ) não pratica
_______________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10.2. Manifestações artísticas (música, pintura, dança): realiza ( ) não realiza ( )
_______________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10.3. Ir à praia/piscina: gosta ( ) não gosta ( )
_______________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10.4. Redes sociais: utiliza ( ) não utiliza ( )
_______________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 188

10.5. Festas e eventos sociais: participa ( ) não participa ( )


_______________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10.6. Bebidas alcoólicas: usa ( ) não usa ( )
_______________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10.7. Cigarro: usa ( ) não usa ( )
_______________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10.8. Outras drogas: usa ( ) não usa ( )
_______________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________
10.9 Higiene oral: realiza ( ) não realiza ( )
_______________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________

PERCEPÇÃO DA SEXUALIDADE

1. Ao escutar a palavra Sexualidade, qual a é a primeira ideia que vem a mente?


_______________________________________________________________________________________
_____________________________________________________
2. A sua aparência física interfere na demonstração de seu desejo sexual?
Sim ( ) Mais ou menos ( ) Não ( )
Se sim: Favoravelmente ( ) Desfavoravelmente ( )
3. Qual a importância que a vida sexual tem na sua vida pessoal?
É pouco importante ( ) É importante ( ) Muito importante ( )
4. Na sua opinião, o que é uma vida sexual satisfatória?
______________________________________________________________________
5. Você considera que sua vida sexual é satisfatória?
Sim ( ) Mais ou menos ( ) Não ()
6. Tem namorado? Sim ( ) Não ( )
7. É virgem? Sim ( ) Não ( ) Há algum motivo?_________________________
8. Tomou vacina contra HPV (Papilomavírus Humano)? Sim ( ) Não ( )
9. Tem perda de fertilidade? Sim ( ) Não ( ) Não sabe ( )

Somente se não for virgem:


10. Tem parceiro fixo? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
11. Tem vida sexual ativa? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
12. Se não tem vida sexual ativa, gostaria de ter? Sim ( ) Não ( )
Justificativa:____________________________________________________________
13. Faz uso de algum tipo de anticoncepção? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
14. Usa algum tipo de preservativo? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
15. Costuma ter orgasmo? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
16. Tem alguma dificuldade na vida sexual? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
Quais:_________________________________________________________________
17. Tem perda de libido (desejo sexual)? Sim ( ) Não ( )
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 189

Para mulheres
18.1. Tem sintomas de menopausa precoce? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
18.2. Tem amenorreia (ausência de menstruação)?
Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
18.3. Tem ressecamento vaginal? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
18.4. Tem dispaurenia (dor na penetração)? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
Para homens
19.1. Tem ejaculação precoce? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
19.2. Tem ejaculação tardia? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
19.3. Tem disfunção erétil? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
19.4. Já fez espermograma? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
20. Você conversa sobre a sua vida sexual com o seu médico ou com outro profissional?
Sim ( ) Não ( )
21. E com o seu parceiro(a)? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
22. Existem motivos pessoais para você pensar que a sua escolha sexual e seus envolvimentos prazerosos são
diferentes da média da população em geral?
Sim ( ) Não ( )

REPRESENTAÇÃO DE DOENÇA

1. O que significa Anemia de Fanconi para você?

2. O que é doença para você?

3. Você se percebe doente? Sim ( ) Não ( )


Motivo:_________________________________________________

4. Como é uma pessoa doente?__________________________________


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 190
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 191
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 192
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 193

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Psicóloga Coordenadora: Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro e


Psic. Residente da área Onco-Hemato do PRIMAH

MANDALA*

*A palavra “mandala” vem do sânscrito, e significa literalmente “círculo”, que surgem como
imagens interiores espontâneas (DAHLKE e RUDIGER, 1985).

1. Feche os olhos e pense sobre o seu modo de ver e entender a Anemia de Fanconi (ideia,
imagem);

2. Tente expressar o que pensou no círculo abaixo. Em seguida, a psicóloga fará algumas perguntas
breve acerca de sua mandala:
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 194

QUESTIONAMENTOS – MANDALA

Por favor, me fale sobre o que pensou ao desenhar?

O que cada cor representa?

Por que pensou em tais formas?


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 195

TRANSTORNO GERAL DE ANSIEDADE (GAD-7)

Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):

Nenhuma Vários Mais da Quase


vez dias metade todos
dos dias os dias

1. Sentir-se nervoso/a, ansioso/a ou 0 1 2 3


muito tenso/a

2. Não ser capaz de impedir ou de 0 1 2 3


controlar as preocupações

3. Preocupar-se muito com diversas 0 1 2 3


coisas

4. Dificuldade para relaxar 0 1 2 3

5. Ficar tão agitado/a que se torna 0 1 2 3


difícil permanecer sentado/a

6. Ficar facilmente aborrecido/a ou 0 1 2 3


irritado/a

7. Sentir medo como se algo horrível 0 1 2 3


fosse acontecer

Referência: Desenvolvido pelos Drs. Spitzer RL, Kroenke K, Williams JB, Lowe B, 2006.
Validação do questionário: Lowe B, Decker O, Muller S, et al. Validation and standardization of the Generalized
Anxiety Disorder Screener (GAD-7) in the general population. Medical care. Mar 2008;46(3):266-274. PMID:
18388841
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 196

QUESTIONÁRIO SOBRE A SAÚDE DO/A PACIENTE (PHQ-9)

Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):

Nenhuma Vários Mais da Quase


vez dias metade todos
dos dias os dias

1. Pouco interesse ou pouco prazer 0 1 2 3


em fazer as coisas

2. Sentir-se “para baixo”, 0 1 2 3


deprimido/a ou sem perspectiva

3. Dificuldade para pegar no sono ou 0 1 2 3


permanecer dormindo, ou dormir
mais do que de constume

4. Sentir-se cansado/a ou com 0 1 2 3


pouca energia

5. Falta de apetite ou comendo 0 1 2 3


demais

6. Sentir-se mal consigo mesmo/a 0 1 2 3


ou achar que você é um fracasso ou
que decepcionou sua família ou
você mesmo

7. Dificuldade para se concentrar 0 1 2 3


nas coisas, como ler o jornal ou
assistir televisão

8. Lentidão para se movimentar ou 0 1 2 3


falar, a ponto das outras pessoas
perceberem? Ou o oposto – estar
tão agitado/a que você fica andando
de um lado para o outro muito mais
do que de costume

9. Pensar em se ferir de alguma 0 1 2 3


maneira ou que seria melhor estar
morto/a

Referência: Desenvolvido pelos Drs. Robert L. Spitzer Janet B.W. Williams, Kurt Kroenke e colegas, com um subsídio
educacional da Pfizer Inc.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 197

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Psicóloga Coordenadora: Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro e


Psic. Residente da área Onco-Hemato do PRIMAH

VERSÃO BRASILEIRA DO QUESTIONÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA -SF-36

1- Em geral você diria que sua saúde é:

Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim


1 2 3 4 5

2- Comparada há um ano atrás, como você se classificaria sua idade em geral, agora?
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5

3- Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia
comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste caso, quando?
Não, não
Sim, dificulta Sim, dificulta
Atividades dificulta de
muito um pouco
modo algum
a) Atividades Rigorosas, que exigem
muito esforço, tais como correr,
1 2 3
levantar objetos pesados, participar em
esportes árduos.
b) Atividades moderadas, tais como
mover uma mesa, passar aspirador de 1 2 3
pó, jogar bola, varrer a casa.
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vários lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilômetro 1 2 3
h) Andar vários quarteirões 1 2 3
i) Andar um quarteirão 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3

4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou
com alguma atividade regular, como conseqüência de sua saúde física?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu 1 2
trabalho ou a outras atividades?
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades. 1 2
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 198

d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p. ex. 1 2


necessitou de um esforço extra).

5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou
outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional (como se sentir
deprimido ou ansioso)?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu 1 2
trabalho ou a outras atividades?
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado 1 2
como geralmente faz.

6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais
interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou em grupo?
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5

7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?


Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6

8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o
trabalho dentro de casa)?
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5

9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as
últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma resposta que mais se aproxime de maneira
como você se sente, em relação às últimas 4 semanas.
Uma
A maior Uma boa Alguma
Todo pequena
parte do parte do parte do Nunca
Tempo parte do
tempo tempo tempo
tempo
a) Quanto tempo você tem
se sentindo cheio de vigor, 1 2 3 4 5 6
de vontade, de força?
b) Quanto tempo você tem
se sentido uma pessoa muito 1 2 3 4 5 6
nervosa?
c) Quanto tempo você tem
se sentido tão deprimido que 1 2 3 4 5 6
nada pode anima-lo?
d) Quanto tempo você tem
se sentido calmo ou 1 2 3 4 5 6
tranqüilo?
e) Quanto tempo você tem 1 2 3 4 5 6
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 199

se sentido com muita


energia?
f) Quanto tempo você tem
se sentido desanimado ou 1 2 3 4 5 6
abatido?
g) Quanto tempo você tem
1 2 3 4 5 6
se sentido esgotado?
h) Quanto tempo você tem
1 2 3 4 5 6
se sentido uma pessoa feliz?
i) Quanto tempo você tem se
1 2 3 4 5 6
sentido cansado?

10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas emocionais
interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc)?
Todo A maior parte do Alguma parte do Uma pequena Nenhuma parte
Tempo tempo tempo parte do tempo do tempo
1 2 3 4 5

11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
A maioria A maioria
Definitivament Definitiva-
das vezes Não sei das vezes
e verdadeiro mente falso
verdadeiro falso
a) Eu costumo obedecer
um pouco mais
1 2 3 4 5
facilmente que as outras
pessoas
b) Eu sou tão saudável
quanto qualquer pessoa 1 2 3 4 5
que eu conheço
c) Eu acho que a minha
1 2 3 4 5
saúde vai piorar
d) Minha saúde é
1 2 3 4 5
excelente
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 200

ANEXO VI - PESQUISA COM PACIENTES COM MIELODISPLASIA

Local: Ambulatório SAM 15

Material:

1. TCLE
2. FACIT-Fatigue
3. EQ-5D
4. EORTC QLQ-C30
5. Escala de Controle das Preferências
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 201

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Nós, Maribel Pelaez Dóro, Iris Miyake Okumura e Larissa Alessandra Medeiros
pesquisadoras da Universidade Federal do Paraná, estamos convidando o Sr.(a) paciente do
ambulatório de Falência Medular do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Paraná a participar de um estudo intitulado “SIGNIFICÂNCIA DO PROGNÓSTICO E
AVALIAÇÃO LONGITUDINAL DOS RESULTADOS REPORTADOS PELO PACIENTE COM
SÍNDROMES MIELODISPLÁSICAS (PROMYS)”.
Como explicado pelo seu médico(a), você tem uma doença chamada mielodisplasia (= pré-
leucemia). (Pré-) leucemia representa um grupo de doenças malignas da medula óssea (síndromes
mielodisplásicas). Devido à presença (em grande quantidade) de células de leucemia na medula
óssea, isso leva a uma falta de células normais na medula óssea, como as células vermelhas
(anemia), plaquetas (tendência maior a sangramentos) ou células brancas (risco aumentado de
infecção). Por causa dessas mudanças no seu corpo pela doença e a possibilidade de tratamentos
tóxicos que receberá, pode ser que tenham impacto negativo em seu bem-estar subjetivo. Então, nós
estamos preocupados em descobrir mais sobre como os pacientes se sentem, tanto fisicamente como
emocionalmente, e entender a percepção singular da carga da doença; em troca, isso nos ajudará a
monitorar melhor a sua condição de saúde. Para obter essa informação, questionários breves foram
elaborados e podem ser auto-aplicáveis. Os seus questionários completos serão enviados ao centro
coordenador de pesquisa, onde serão tratados em confidência absoluta. Serão analisados junto com
os questionários de outros pacientes de outros hospitais para ajudar a planejar futuras considerações.
Esse estudo também é realizado em outros países.
O objetivo desta pesquisa é avaliar o bem-estar geral e a carga dos sintomas devido à doença
e ao tratamento. Já que há pouca evidência disponível sobre como as pessoas com a sua doença
vivem e a extensão do quanto o bem-estar subjetivo é afetado, o objetivo principal dessa pesquisa é
ter melhor compreensão nesse tópico e então, ajudar a otimizar planos de tratamento futuros para os
pacientes com a mesma condição que a sua. Com o monitoramento do estado de saúde, com o
passar do tempo, será possível melhorar nossa habilidade em promover intervenções mais efetivas e
pontuais no manejo dos sintomas que surgirem a partir da doença e seus efeitos colaterais.
A sua participação no estudo não afetará em seu tratamento. O tratamento que você receberá
é baseado, exclusivamente, nas decisões do seu médico e/ou nas suas preferências possíveis. Seu
médico providenciará para você o melhor tratamento disponível de acordo com as características
específicas. Sua participação nessa pesquisa e a maneira como responder as perguntas dos
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 202

questionários não terão influência no tratamento específico que receberá e o acompanhamento


subsequente. Então, você está convidado a participar dessa pesquisa independente do seu
tratamento; nós apenas estamos preocupados em monitorar seu bem-estar subjetivo.
Nesse estudo de âmbito internacional muitos pacientes serão convidados a completar alguns
questionários. Estes são padronizados, geralmente usados em pesquisas no cuidado com a saúde,
eles avaliam um número de áreas de estado de saúde subjetivo, o bem-estar incluindo o emocional,
social e físico, assim como um número de sintomas importantes que você pode ou não ter
experienciado devido à sua doença ou ao tratamento dela, por exemplo, fadiga. Esse último, em
particular, é um sintoma bem importante e reconhecido em pacientes com síndromes
mielodisplásicas. Nós pediremos para que você complete esses questionários em alguns momentos
específicos ao longo de um período observacional de 5 anos.
 Primeira vez: antes do início do tratamento;
 Segunda vez: aproximadamente um mês após o início do tratamento;
 Terceira vez: aproximadamente dois meses após o início do tratamento;
 Quarta vez: aproximadamente seis meses após o início do tratamento,
 e a cada seis meses a partir do início do tratamento.
Os questionários sobre o estado da sua saúde se referem a como você tem se sentido na
última semana (EORTC QLQ-C30 e FACIT-Fatigue) ou no mesmo dia em que o questionário
for completado (EQ-5D) e foram elaborados para avaliar o seu bem-estar no dia-a-dia. Nós te
pediremos para completar pessoalmente esses questionários breves e simples. Isso não deve levar
mais do que 15 minutos, mas, por favor, leve o tempo que achar necessário para respondê-los. Os
questionários podem ser dados no Hospital, ou poderão ser enviados para o endereço de sua casa
pelo seu médico ou outro membro do hospital, junto com um envelope.
Por favor, é muito importante que você responda a todas as questões, mesmo que
algumas delas sejam parecidas, se não nós não poderemos avaliar as informações que você
der. Nós também gostaríamos de enfatizar que não há respostas certas ou erradas para as
perguntas dos questionários, nós estamos interessados em sua opinião.
Para tanto, o Sr.(a) deverá comparecer ao ambulatório de Falência Medular do CHC-UFPR,
no mesmo dia de sua consulta médica. Este estudo não apresenta riscos diretos ou intencionais.
Nós esperamos que esse estudo melhore os padrões de cuidado de saúde, por permitir o seu
médico e a comunidade científica obter informações sobre o estado de saúde subjetivo e a carga dos
sintomas de pacientes com a sua doença. É por isso que nós estamos muito interessados em ter a
opinião pessoal no seu estado de saúde subjetivo.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 203

Seus dados serão sempre mantidos em confidência. Seu nome ou qualquer outra informação
de identificação pessoal nunca será usado nas publicações resultantes desse estudo. Todos os
documentos recebidos pelo patrocinador ou terceiros (atuando em nome dos patrocinadores) serão
estritamente confidenciais e serão apenas identificados pelo número do estudo e pelas iniciais do
seu nome. Além disso, o seu progresso no estudo será verificado pelo seu prontuário apenas pelo
patrocinador dessa pesquisa. Ao assinar o termo de consentimento você autoriza que os
representantes locais e estrangeiros, o patrocinador do estudo, ou outros agentes autorizados,
verifiquem a precisão do seu prontuário. Com a sua aprovação, o seu médico será informado que
você participará do estudo.
A escolha de entrar ou não nesse estudo é sua. Você está na posição de fazer uma decisão
desde que você entenda tanto o que o médico te explicar como o que você ler sobre o estudo. Se
você aceitar participar, você ainda terá o direito de desistir a qualquer momento sem penalidades ou
perda de benefícios.
Informações posteriores que você quiser ter acesso agora ou depois poderão ser obtidas com
as pesquisadoras: Psicóloga Dr.ª Maribel Pelaez Dóro (Coordenadora do Serviço de Psicologia do
Serviço de Transplante de Medula Óssea; telefone: 3360-1007; e-mail: maripdoro@hotmail.com);
Iris Miyake Okumura (psicóloga; telefone: 3360-1007; e-mail: iris.okumura@yahoo.com.br); e Dr.ª
Larissa Alessandra Medeiros (médica da Unidade de Hemoterapia, Hematologia e Oncologia;
telefone: 3360-1010).
Elas são as responsáveis por este estudo, poderão ser contatadas no Serviço de Transplante
de Medula Óssea, tanto no ambulatório (4º andar do anexo B) como na enfermaria (15º andar do
prédio central) para esclarecer eventuais dúvidas que o Sr.(a) possa ter e fornecer-lhe as
informações que queira, antes, durante ou depois de encerrado o estudo.
Se tiver dúvidas sobre seus direitos como participante de pesquisa, é possível contatar o
Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos - CEP do Hospital de Clínicas da Universidade
Federal do Paraná (e-mail: cep@hc.ufpr.br; telefone: 3360-1041; piso térreo do bloco central do
HC-UFPR, situado na Rua General Carneiro, 181, Alto Glória, CEP: 80060-900; horário de
atendimento das 08:00 às 17:00). O CEP trata-se de um grupo de indivíduos com conhecimento
científicos e não científicos que realizam a revisão ética inicial e continuada do estudo de pesquisa
para mantê-lo seguro e proteger seus direitos.
As despesas necessárias para a realização da pesquisa não são de sua responsabilidade e pela
sua participação no estudo você não receberá qualquer valor em dinheiro. Quando os resultados
forem publicados, não aparecerá seu nome, e sim um código.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 204

Eu,_________________________________ li esse termo de consentimento e compreendi a


natureza e objetivo do estudo do qual concordei em participar. A explicação que recebi menciona os
riscos e benefícios. Eu entendi que sou livre para interromper minha participação a qualquer
momento sem justificar minha decisão e sem que esta decisão afete meu tratamento no ambulatório
de Falência Medular. Eu entendi o que não posso fazer durante a pesquisa e fui informado que serei
atendido pela Psicóloga Residente do STMO sem custos para mim se eu tiver alguma dificuldade
ou prejuízo, mesmo que este estudo não apresente riscos, conforme relatado no 7º parágrafo deste
termo.
Eu concordo voluntariamente em participar deste estudo.

_________________________________________________________________
(Nome e Assinatura do participante da pesquisa ou responsável legal)
Curitiba, ____/____/______
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido deste
participante ou representante legal para a participação neste estudo.

__________________________________________________________________
Psic. Dr.ª Maribel Pelaez Dóro – aplicadora, orientadora e responsável pela pesquisa
Coordenadora do Serviço de Psicologia do Serviço de Transplante de Medula Óssea
Preceptora de área de concentração onco-hematologia do PRIMAH
Curitiba, ____/____/______
_________________________________________________________________
Iris Miyake Okumura – aplicadora da pesquisa
Psicóloga
Curitiba, ____/____/______

__________________________________________________________________
Dr.ª Larissa Alessandra Medeiros – aplicadora da pesquisa e médica responsável pelo ambulatório
Médica da Unidade de Hemoterapia, Hematologia e Oncologia
Curitiba, ____/____/______
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 205
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 206
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 207
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 208
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 209
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 210
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ANEXO VII – POP ACOMPANHAMENTO INTERDISCIPLINAR NA FESTA DA PEGA

Local: Enfermaria 15º andar

Equipe Participante: Psicologia, Enfermagem, Medicina, Musicoterapia, Nutrição, Odontologia e


Terapia Ocupacional.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 212

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


Folha 01/11
POP -EQUIPE DE PSICOLOGIA – Nº 011

UNIDADE FUNCIONAL/SERVIÇO/SEÇÃO

STMO

NOME DO PROCEDIMENTO

Comemoração da “Pega da Medula” dos pacientes submetidos ao TCTH.

ELABORADO POR DATA: 07/11/2015

Equipe técnica – profissionais psicólogos

APROVADO POR DATA

Equipe de Psicologia

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO DO PROCEDIMENTO

Equipe de Psicologia

REVISÕES DATA RESPONSÁVEL

1ª REVISÃO

2ª REVISÃO

3ª REVISÃO

4ª REVISÃO
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 213

INTRODUÇÃO

Doenças hematológicas repercutem em todas as dimensões da vida da criança/adolescente e de


sua família e estes são intensificados nos períodos de hospitalização. O ambiente hospitalar, na
maioria das vezes, é compreendido como um local de sofrimento físico e emocional, onde o corpo
será manipulado de forma invasiva e dolorosa, e por vezes a criança/adolescente não será informada
sobre a necessidade do procedimento. Durante o internamento são obrigados a cumprirem regras e
horários da instituição, tendo que desconsiderar seus hábitos e costumes anteriores (Motta apud Dias,
2013).
A hospitalização por muitas vezes pode ser vivenciada como uma experiência aterrorizante,
desencadeadora de sentimentos, emoções e mudanças no estado do humor, assim podem sentir medo,
ansiedade, solidão, irritabilidade, tristeza, desespero, estresse, apatia, perda da autonomia, saudades
da família e de sua casa, choro, dentre tantos outros (Dias et al, 2013).
Devido aos longos períodos de hospitalização e pelas características do tratamento
hematológico poderão vivenciar a perda da identidade, a baixa da autoestima devido às mudanças
que o tratamento gera nos pacientes, além de experienciarem situações de sofrimento, de culpa, de
perda e até de proximidade da morte.
Com a indicação para o transplante de células tronco-hematopoiéticas (TCTH), levanta-se a
hipótese de que sentimentos de ambivalência, como a insegurança e o medo conjuntamente com a
esperança e a aposta na cura atinjam a família e o paciente em idade infantil ou juvenil (CAMPOS,
E.M.P; BACH, C.; ALVARES, M., 2003).

O tempo de recuperação da medula óssea após a infusão da criança é variante, assim depende
de aspectos singulares. É diversificado levando-se em consideração o tipo de transplante e da fonte
de célula. Nessa etapa, existe a possibilidade do não enxertamento da medula (“falha da pega”) e do
desenvolvimento posterior da doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH), implicando em risco
de vida e complicações, o que eleva o nível de ansiedade da família. A “pega medular” (engraftment)
do enxerto é o estágio após a transfusão das células da medula, quando esta já consegue produzir e
formar células sanguíneas novas e saudáveis em quantidades suficientes. A ‘pega’ da medula
acontece usualmente quando a taxa de plaquetas alcança 20.000/mm³, sem necessidade de transfusão
por dois dias seguidos somado a quando os leucócitos ficam acima de 500/mm³ por dois dias
consecutivos (National Marrow Donor Program, 2009). As medulas podem ser chamadas
coloquialmente como “preguiçosas” ou “precoces”. É um momento de espera para a família e
dependendo da compreensão para o paciente infanto-juvenil. Após a recuperação da medula se
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 214

aproxima o momento de alta hospitalar para retornos em regime de hospital dia. A alta hospitalar
ocorre geralmente depois de 4 a 6 semanas, com a pega da medula, porém a recuperação total da
medula é lenta e complexa, podendo levar de 6 a 12 meses (CAMPOS, 2003).

Com o progresso para a alta hospitalar do transplante, observa-se que a qualidade de vida dos
pacientes sofre as implicações decorrentes do procedimento. Se deparam com limitações físicas,
como a dor e uma imagem corporal modificada com os efeitos colaterais do tratamento (CONTEL,
J.O.B, 2000).

As expectativas construídas desde as primeiras etapas do tratamento tendem a se intensificar


com a chegada do internamento para o transplante. Trata-se de um processo que precisa ser
vivenciado pelo paciente e seus familiares. É importante que esse momento não se limite a um
sequenciamento de etapas embasado em critérios médico-clínicos, mas que a experiência seja
sentida, com envolvimento da subjetividade e ressignificação simbólica. Os rituais ajudam a
simbolizar essa passagem, tendo em vista que ajudam a “promover contenção e aceitação, controle
da intensidade emocional e redirecionamento de impulsos” (WHITMONT, 1991 apud FREITAS,
2005).

No entanto, um ritual sem atribuição de sentido por parte dos envolvidos não possui a mesma
intensidade, tão pouco tem o mesmo valor. Elementos ritualísticos podem advir do inconsciente, mas
só são ressignificados quando perpassam por aspectos conscientes. Sobre isso, Whitmont descreve
que:

O elemento de significado distingue o homem do animal. De alguma maneira,


a consciência do significado deve estar entretecida na trama da forma mais
sutil e completa; o ritual precisa ser vivido como significativo. Quando esse
senso de significado está ausente, o ritual não fala à consciência e, então, não
consegue efetuar a transformação (1991, p. 260).

A “Festa da Pega” se assemelha a um ritual, pois promove a simbolização de uma passagem


entre o término de uma fase para o início de outra jornada: fim da hospitalização na enfermaria e o
início do tratamento em hospital-dia. No momento do aviso da “pega da medula” está presente a
equipe multiprofissional que acompanha a criança durante o processo de internação, sendo composta
por: médico, enfermeiro, terapeuta ocupacional, psicólogo, nutricionista e, quando possível o
musicoterapeuta. A participação da equipe multiprofissional ao dar a notícia da pega da medula é
relevante porque também é o momento da equipe comemorar, uma vez que acompanhou todo o
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 215

processo e há expectativa da pega também por parte dos profissionais.

Para Guarachi e Martins (1997), a comunicação da equipe, não apenas com a criança, mas
também com a sua família precisa ser satisfatória, resultando dessa forma em um bom
relacionamento, além de sentimentos de confiança e segurança, em contrapartida é de suma
importância que haja o respeito a individualidade de cada paciente, a fim de proporcionar segurança,
amor e o restabelecimento da saúde. A “festa da pega” consiste em uma atividade de humanização,
que por sua vez relaciona-se com a importância do trabalho em equipe multiprofissional para poder
acontecer. A participação, no momento da notícia da “pega da medula”, de todos os envolvidos no
processo do Transplante de Medula Óssea faz com que a criança sinta-se única, apesar da equipe
cuidar e acompanhar outros pacientes, na medida em que é uma comemoração preparada
especialmente para ela, preservando assim a sua individualidade.

OBJETIVO

Comemorar a “Pega da Medula” dos pacientes pediátricos submetidos ao Transplante de Células-


Tronco Hematopoéticas (TCTH).

Realizar o ritual de comemoração para simbolizar um momento esperado e desejado no tratamento;

Observar o efeito desse ritual festivo no paciente pediátrico e no familiar;

Auxiliar o paciente e os cuidadores primários na percepção de uma conquista importante, motivando


e mobilizando a energia psíquica para as novas etapas a serem vencidas;

Organizar uma prática de humanização hospitalar propiciando um ambiente mais acolhedor e que
reconhece o paciente enquanto ser singular e contempla a integralidade do cuidado.

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

- Papel A4,

- Canetas de Tinta

- Questionário impresso
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 216

- Balões

- Fitas de cetim

- Cartolina colorida

PROCEDIMENTOS

- A organização e a participação da festa envolvem a equipe interdisciplinar, composta pela


Enfermagem, Medicina, Musicoterapia, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Terapia Ocupacional. A
equipe médica é responsável por interpretar em exames os primeiros sinais de recuperação
hematológica, essa informação é repassada a equipe multidisciplinar que passa a organizar o evento,
escolhendo um dia em que a maioria dos profissionais possam participar.

- O serviço de nutrição é responsável pelo bolo/cupcake, que é produzido levando em consideração o


quadro nutricional dos pacientes e possíveis restrições alimentares do mesmo.

- A Psicologia e a Terapia Ocupacional confeccionam os cartazes personalizados, bexigas, faixas


com frases incentivo, exemplo: “Oba! A medula pegou!” ;

- Procura-se conciliar o dia do evento dentro dos dias em que o musicoterapeuta se encontra no
serviço de TMO, para que esse possa participar, levando música, e caso o paciente seja acompanhado
pelo mesmo, é escolhida uma melodia que o profissional reconhece como da preferência do paciente.
No horário previamente estipulado, equipe adentra levando consigo a boa noticia da pega medular.
Após a comemoração a psicóloga responsável coleta a opinião do paciente e do familiar sobre a
experiência da comemoração e também solicita autorização para o uso de imagens e vídeo.

Referências

DIAS, J. J. et al. A experiência de crianças com câncer no processo de hospitalização e no brincar.


Revista Mineira de Enfermagem: Minas Gerais, v. 17, n. 3, 2013.

CONTEL, J.O.B.; SPONHOLZ, J.A.; TORRANO_MASETTI, L.M.; ALMEID, A.C.; OLIVEIRA,


É.A.; JESUS, J.S.; SANTOS, M.A; LOUREIRO, S.R.; VOLTERELLI, J.C. Aspectos psicológicos e
psiquiátricos do transplante de medula óssea. Medicina (Ribeiräo Preto); 33(3):294-311, jul-set.
2000.

FREITAS, L. V. Grupos vivenciais sob uma perspectiva junguiana. Psicol. USP. v.16, n.3. 2005.
Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 217

51772005000300004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 07/11/2015.

GURACHI, A.P.D.F; MARTINS, L.M. Relacionamento multiprofissional x criança x


acompanhamente: desafio para equipe. Revista Escola Enfermeira USP. v.31, n.3, 1997.

Souza, M. L. X. F. et al. Experiências da criança com câncer durante o tratamento.


Seminário Nacional de Pesquisa em Enfermagem, Rio Grande do Norte, 2013.

NATIONAL MARROW DONOR PROGRAM (Programa Nacional de Doação de Medula Óssea).


Glossário de Termos. 10496; set. 2009.

WHITMONT, E. O retorno da Deusa. São Paulo: Summus, 1991.

CAMPOS, E.M.P; BACH, C.; ALVARES, M. Estados emocionais do paciente candidato a


transplante de medula óssea. Psicol. teor. prat., São Paulo , v. 5, n. 2, dez. 2003.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 218

QUESTIONÁRIO FESTA DA PEGA

Nome do Paciente:.......................................................................................................
Nome do Acompanhante/Cuidador..............................................................................

1)Para você paciente, qual sua opinião sobre a “Festa da pega” vivenciada no internamento do
TMO?

2) Enquanto acompanhante/cuidador, qual sua percepção sobre a “Festa da pega” que o paciente
vivenciou durante o internamento do TMO?

Autorização

Eu, __________________________________, portador do RG____________________


responsável pelo paciente_________________________, autorizo a gravar ou fotografar e veicular
nossas imagens e depoimentos em qualquer meio de comunicação para fins didáticos, de pesquisa e
divulgação de conhecimento científico sem qualquer ônus e restrições.
Fica ainda autorizada, de livre e espontânea vontade, para os mesmos fins, a cessão de direitos da
veiculação, não recebendo para tanto qualquer tipo de remuneração.

Curitiba,_____de_______________de 2016.

Assinatura ______________________________
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 219

ANEXO VIII - LUCAS VOLTA A LUTAR

Local: Ambulatório SAM 15 e Enfermaria 15º andar.


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 220

ANEXO IX – SUPER-MEDULA

Local: Ambulatório SAM 15 e Enfermaria 15º andar.


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 221

A história de Natã

Natã é jovem, brincalhão, saudável. Uma criança alegre. Costumam dizer que começou a correr
mesmo antes de ter aprendido a andar!

Desde pequeno, já deixava evidente seu dom, que foi percebido nos pequenos gestos, como
observar figuras em revistas, recortar e depois desenhá-las. Em dias frios e úmidos, sua diversão era
desenhar com os dedos nos vidros suados do carro durante os passeios. Até que, em um
determinado momento, foi diagnosticada a doença Anemia de Fanconi que transformou sua vida.
História que contaremos nas próximas páginas.

Natã é filho único. Claudete e Oldair, seus pais, queriam ter um segundo filho quando ele
completasse dez anos. Porém, aos nove anos, a família com dificuldades financeiras, mudou de
ideia, ao saber da doença do Natã.

O diagnóstico foi, em setembro de 2007, seus pais fizeram uma campanha na cidade, que tem cerca
de 30 mil habitantes, para prosseguir com o tratamento. A solidariedade prevaleceu e tiveram a
ajuda de 6 mil pessoas!

Em novembro de 2007, ele foi transferido para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Paraná, em Curitiba, onde o Transplante de Medula Óssea, com doador não-aparentado, foi
realizado no dia 21 de maio de 2010. Era um doador voluntário, europeu, do sexo masculino. Hoje,
Natã está bem.

Na foto, Natã e seus pais: Oldair da Rosa Farias, o maior divulgador, que sempre fez propaganda do
talento e superação do menino, e Claudete Moreira Farias, para quem o sucesso do transplante é
como se ele tivesse nascido de novo. Ela não tem dois filhos, mas um que nasceu duas vezes.

Esta cartilha conta a transformação de vida do Natã. Você vai se encantar, lendo a história e vendo
os desenhos que ele mesmo fez!

Olá, meu nome é Natã. Vou contar a minha história.

Eu levava uma vida normal, fazia de tudo, até estava jogando no time de futebol da escola. Estava
muito feliz com a vida que eu tinha.

Até que um dia, eu estava em um jogo de futebol importante e, com apenas alguns minutos, me
senti muito cansado.

Achei aquilo muito estranho, mas continuei e ganhamos a partida.

No caminho para casa, me senti ainda mais cansado, mas não falei nada para meus pais.

A cada dia que passava, me sentia pior, achei que era normal e, assim, passei alguns dias sem falar
nada a ninguém... O que foi muito errado.

Um dia, eu estava no banho e notei que estava com umas pintinhas vermelhas e manchas roxas pelo
corpo.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 222

Mostrei para minha mãe. Achamos muito estranho e, por isso, fomos ao médico.

O médico me examinou e disse que não sabia direito o que eu tinha. Pediu para que eu fizesse um
exame chamado hemograma. Eu nem desconfiava o que daria no resultado.

Levamos os exames para o médico e ele falou que tinham algumas alterações sérias com as
plaquetas, hemoglobina e imunidade baixa. Foi um grande susto!

Confesso que chorei, pois não sabia o que isso significava.

O médico me encaminhou para o hospital da minha cidade onde fui internado pela primeira vez. Ele
pediu para que eu fizesse uma biópsia. Meus olhos quase saltaram quando ouvi o nome biópsia.
Logo após, soube que não seria nada demais. Fiz o exame, não senti dor e, quando percebi, já estava
de volta ao quarto.

Depois de alguns dias, fui transferido da minha cidade para o hospital da capital, com suspeita de
aplasia ou leucemia. Lá, investigaram para saber, exatamente, o que eu tinha e os médicos
chegaram à conclusão que era Anemia de Fanconi, uma doença genética, herdada, de caráter
recessivo.

Após longo tempo de tratamento, o médico me chamou e pediu que eu atendesse o telefone para
conversar com uma pessoa. Era um homem que falava, alto e tinha uma voz forte. Eu perguntei
quem era e ele me disse: “sou o Super Medula!”.

Eu perguntei:

- O que você deseja? É sério, você existe?

Ele respondeu:

- É claro. Mas o que você quer? Fale!

Eu disse:

- Eu quero uma medula óssea.

Aí ele falou:

- Pode demorar algum tempo, mas com certeza você vai ter uma medula. E desligou o telefone.

Então o Super Medula entrou em ação. Saiu na velocidade de uma bala de seu quartel general, o
REDOME*, explorando todas as possibilidades de encontrar um doador com uma medula
compatível com a minha.

REDOME: Registro de Doadores de Medula

Três anos se passaram e muita coisa aconteceu. No dia do meu aniversário, quando eu estava me
preparando para cortar o bolo, surgiu um grande barulho, eu corri para ver o que era. Era um
homem que sobrevoava a minha casa.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 223

Ele aterrissou e me falou:

- Eu sou o Super Medula e vim trazer um presente de aniversário para você!

Ele me entregou um papel que dizia que tinha um doador com uma medula compatível com a
minha.

Então, falou que meu transplante seria no Hospital de Clínicas em Curitiba. Em seguida estávamos
lá.

Falamos com os médicos e fiz um monte de exames. Eles me internaram no 15° andar. Logo fiz
alguns amigos, que também estavam fazendo transplante.

Entre eles, estavam Tati e Léo, que tinham problemas diferentes do meu. A Tati, Anemia Aplásica
Severa (AAS) e o Léo, Leucemia. Eles também receberam a visita do Super Medula!

Achei um pouco diferente, pois ninguém tinha cabelo, mas logo me acostumei, porque cabelo era o
que menos importava. O importante mesmo é que estávamos fazendo tudo para ficar curados.

O primeiro procedimento foi a colocação do cateter que se tornou meu amigo do peito. Então iniciei
o tratamento com soro, antibióticos, quimioterapia e muito mais.

Os meus cabelos caíram por causa da quimio, mas eu nem me preocupei, achei legal o novo visual.
Fiquei parecido com o Ronaldinho!

Algum tempo depois, chegou o dia tão esperado: o transplante, que na verdade recebi através do
meu amigo do peito, o cateter. Depois do transplante, eu comecei com umas coisas na boca que
doíam muito, chamadas mucosite. A minha foi mais forte do que as do Léo e da Tati que quase não
doeram.

Depois de alguns dias, fui liberado para ir ao hotel onde estávamos hospedados na cidade de
Curitiba e continuei indo ao ambulatório do hospital todos os dias. Alguns pacientes ficaram menos
tempo. Mas, como eu estava com o magnésio baixo, precisei repor.

Um belo dia, eu estava no Hospital com um papel que mostrava que a pega* da minha medula tinha
sido 100%, e fiquei muito feliz.

Pega: Células sanguíneas do doador que se multiplicam indicando que o transplante deu certo.

Passou algum tempo, eu estava repondo o magnésio, quando vi um movimento estranho no


hospital. Fiquei curioso, até descobrir que era o Super Medula. Ele veio até mim e disse:

- Você vai embora agora. Tire o cateter e vá para casa, mas tome muito cuidado, não fique no sol,
não coma coisas que não pode, obedeça a seus pais e não esqueça, venha sempre ao HC me visitar.
Tchau!

Assim voltei para a casa e tomei todos os cuidados necessários.

Hoje, levo uma vida normal, voltei para a escola e a jogar futebol. Até arrumei uma namorada.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 224

Quando posso, visito o Super Medula, afinal, agora somos amigos. Descobri a identidade secreta
dele, se você prestar atenção também descobrirá. O Super Medula ensinou para todos que tivessem
disciplina, esperança, paciência, coragem e, o mais importante, muita fé em Deus, pois o Super
Medula sem Deus não existe.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 225

ANEXO X – ANAMNESE AMBULATÓRIO

Local: Ambulatório SAM 16

Material:

1. TCLE
2. Questionário Demográfico-Clínico
3. Escala GAD-7 – Avaliação do Nível de Ansiedade
4. Escala PHQ-9 – Avaliação do Nível de Depressão
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 226

CONVITE PARA PARTICIPAR DO ATENDIMENTO DA PSICOLOGIA NA UNIDADE


AMBULATORIAL OU DE INTERNAÇÃO DO STMO-HC-UFPR

TCLE

Nós, Psicólogas do Serviço de Transplante de Medula Óssea e Residentes da Psicologia da Área


Onco-Hematologia do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Atenção Hospitalar
(PRIMAH) do HC-UFPR acreditamos que o adoecimento, a confirmação de determinados
diagnósticos, tratamentos ambulatoriais, internações com suas intervenções clínicas invasivas e
complexas presentes no tratamento médico podem desencadear uma multiplicidade de sentimentos,
pensamentos, emoções e reações, não apenas em relação ao adoecimento e ao tratamento, mas
também em direção a própria existência e história de vida. Em muitas circunstâncias adversas, a
condição psicológica facilita ou dificulta a compreensão das vivencias pessoais, da qualidade de
vida, da mudança de humor, dos relacionamentos afetivos, da própria relação consigo mesmo e com
as adversidades. Estas, por sua vez, podem ativar conteúdos mnemônicos de acontecimentos
experimentados em tempos passados, mas que, com o tratamento são revividos e talvez associados e
repensados enquanto entendimento da sua forma singular de ser no mundo. Posto isso, entendemos
que o profissional da psicologia, com formação clínica pode contribuir, através dos atendimentos,
para que o paciente amplie a compreensão de si mesmo, do outro e do contexto como um todo, ou
seja, o psicólogo pode propiciar o desenvolvimento do autoconhecimento e com os registros dos
relatos de cada paciente também pode ampliar os conhecimentos sobre como os pacientes de um
modo geral e específico percebem e convivem com os efeitos provenientes da nova condição de
saúde e da vida em si. No STMO da Unidade de Transplante e Onco-Hemato (UTOH) entre as
definições de saúde, tem-se como referência a Organização Mundial de Saúde que concebe a saúde
global como: um bem-estar físico, psicológico, social e espiritual, não é uma mera ausência de
doença. Portanto, o adoecimento também é uma oportunidade de crescimento, enfrentamento e de
desenvolvimento pessoal. O fato do(a) Senhor(a) estar no hospital viabiliza o acesso a atendimentos
psicológicos com seus diálogos e temáticas singulares, de acordo com aquilo que realmente tem
importância, na perspectiva de paciente, quer sejam perdas e/ou conquistas, cuja temática pode
reposicioná-lo perante a condição de saúde atual e renovar o sentido da própria existência. Para que
esse atendimento psicológico se realize, é preciso que aceite e assine este Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE). Se assim for, o psicólogo pode oferecer um tempo e espaço no
consultorio desse ambulatório ou no quarto da internação, para que o(a) senhor(a) compartilhe da
consulta psicológica. A frequência, duração, continuidade, interrupção e/ou alta podem ser
definidas pelo psicólogo responsável junto com o paciente. Conforme a necessidade, desejo,
aderência a essa proposta, assim como, também depende da performance global e estado clínico de
cada paciente; em composição interpretativa e reflexiva do psicólogo responsável do serviço em
questão. Além disso, considera-se uma anamnese avaliativa da condição psicodinâmica do paciente
e da maior ou menor disponibilidade de tempo para o agendamento. O tempo de uma consulta
psicológica, em geral tem a duração de 50 minutos. Gostaríamos de deixar claro que se não quiser
participar dessa consulta, isso não influenciará no seguimento do seu tratamento médico. Lembre-se
sua participação é voluntária, mas, requer que esteja de acordo e que se assim for, apresente adesão,
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 227

isto é, aderência ao seguimento dos atendimentos clínicos com o psicólogo. Se estiver


hospitalizado, será atendido enquanto internado ou de acordo com a demanda inerente da
competência da psicologia. Caso esteja no ambulatório, se precisar faltar a consulta, deve
comunicar e justificar a sua ausência. Após três faltas consecutivas sem justificativas,
automaticamente considera-se o desligamento do agendamento da consulta da psicologia.
Concordando com a sua participação nos atendimentos psicoterapêuticos ambulatoriais, poderá ser
atendido de 01 (uma) a 24 (vinte e quatro) sessões. Após este planejamento, poderá ser reavaliada a
continuidade do atendimento ou se deve ser encaminhado para outros profissionais da área ou
outras instituições de atenção primária na cidade de origem. Asseguramos que todas as informações
cedidas pelo(a) senhor(a) serão utilizadas apenas com o intuito de assistência e do processo de
ensino. Caso o(a) senhor(a) concorde, poderemos passar as informações que forem pertinentes para
o seu médico e isto poderá auxilia-lo na compreensão de seu caso. Se tiver alguma pergunta a fazer
antes de decidir, sinta-se à vontade para fazê-la.

Eu, ___________________________________________________, afirmo que li o texto acima e


compreendi a natureza e o objetivo da consulta psicológica para o qual fui convidado a participar.
Sei que sou livre para interromper minha participação a qualquer momento, sem justificar minha
decisão e sem que esta afete meu tratamento médico. Concordo voluntariamente a participar do
atendimento psicológico.

____________________________________________________________________

Nome do Entrevistado Assinatura

___________________________________________________________________

Nome do Profissional Residente da Psicologia Assinatura

___________________________________________________________

Coordenadora e Preceptora da Psicologia no STMO: Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro


Tel: (41)3360-7882 /3360-1032. Cel: (41)9961-0044
E-mail: maripdoro@uol.com.br

CURITIBA, __________________________
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 228

DEMOGRÁFICO-CLÍNICO

Nome:........................................................................ Código ᴪ:.................... RG-HC:..................................

Idade:............ D. N.:........./........../............. Gênero: 0.M ( ) 1.F ( ) Religião:0.Católica ( ) 1.Outras ( )

Naturalidade:.............................................................. Procedência:.................................... ...........................


0.Sul/Sudeste 1.Outros
Escolaridade: 1.Menos de 8 anos ( ) 0.Mais de 8 anos ( ) Observação:.....................................................

Profissão:................................................................................................ Situação: 0.Ativo ( ) 1.Inativo ( )


0.Intelectual 1.Braçal 0.Empregado 1.Desempregado/Aposentado/Licença
Etnia: 0.Branca ( ) 1.Parda ( ) 1.Mulata ( ) 1.Negra ( ) 1.Amarela ( )

Estado civil: 1.Solteiro( ) 0.Casado( ) 1.Separado/Divorciado( ) 1.Viúvo( ) 0.Amasiado( )

Filhos: 0.Sim ( ) 1.Não ( ) Quantos?........... Filhos adotivos: 2.Sim ( ) 2.Não ( ) Quantos?...........

Cuidador: 0.Sim ( ) 1.Não ( ) Quem?.................................................................................... ....................

Como percebe a qualidade do vínculo: 0.Muito bom ( ) 0.Bom ( ) 1.Nem bom, nem ruim ( ) 1.Ruim ( )

Justifique a resposta assinalada acima:............................................................................................................

..........................................................................................................................................................................
*Preenchido pela ᴪ - Tipo de apego: 0.Seguro ( ) 1.Ambivalente ( ) 1.Inseguro ( )
(Bowlby, John. Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989)

Diagnóstico:................................................................................................................... CID.........................

Tempo de doença: 2.Imediato ( ) – até 01 mês 2.Recente ( ) – até 06 meses


2.Curto prazo ( ) – até 01 ano 2.Médio prazo ( ) – 01 a 03 anos 2.Longo prazo ( ) – Mais de 03 anos

Tempo de tratamento: 2.Imediato ( ) – até 01 mês 2. Recente ( ) – até 06 meses


2.Curto prazo ( ) – até 01 ano 2.Médio prazo ( ) – 01 a 03 anos 2.Longo prazo ( ) – Mais de 03 anos

Outras doenças que teve ou ainda têm:...........................................................................................................

Qual o significado dessa doença na sua vida?.................................................................................................

Obs.:............................................................................................................................ .....................................

--------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------
GENOGRAMA
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 229

TRANSTORNO GERAL DE ANSIEDADE (GAD-7)

Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):

Nenhuma Vários Mais da Quase


vez dias metade todos
dos dias os dias

1. Sentir-se nervoso/a, ansioso/a ou 0 1 2 3


muito tenso/a

2. Não ser capaz de impedir ou de 0 1 2 3


controlar as preocupações

3. Preocupar-se muito com diversas 0 1 2 3


coisas

4. Dificuldade para relaxar 0 1 2 3

5. Ficar tão agitado/a que se torna 0 1 2 3


difícil permanecer sentado/a

6. Ficar facilmente aborrecido/a ou 0 1 2 3


irritado/a

7. Sentir medo como se algo horrível 0 1 2 3


fosse acontecer

Referência: Desenvolvido pelos Drs. Spitzer RL, Kroenke K, Williams JB, Lowe B, 2006.
Validação do questionário: Lowe B, Decker O, Muller S, et al. Validation and standardization of the Generalized
Anxiety Disorder Screener (GAD-7) in the general population. Medical care. Mar 2008;46(3):266-274. PMID:
18388841
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 230

QUESTIONÁRIO SOBRE A SAÚDE DO/A PACIENTE (PHQ-9)

Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X)

Nenhuma Vários Mais da Quase


vez dias metade todos
dos dias os dias

1. Pouco interesse ou pouco prazer 0 1 2 3


em fazer as coisas

2. Sentir-se “para baixo”, 0 1 2 3


deprimido/a ou sem perspectiva

3. Dificuldade para pegar no sono ou 0 1 2 3


permanecer dormindo, ou dormir
mais do que de constume

4. Sentir-se cansado/a ou com 0 1 2 3


pouca energia

5. Falta de apetite ou comendo 0 1 2 3


demais

6. Sentir-se mal consigo mesmo/a 0 1 2 3


ou achar que você é um fracasso ou
que decepcionou sua família ou
você mesmo

7. Dificuldade para se concentrar 0 1 2 3


nas coisas, como ler o jornal ou
assistir televisão

8. Lentidão para se movimentar ou 0 1 2 3


falar, a ponto das outras pessoas
perceberem? Ou o oposto – estar
tão agitado/a que você fica andando
de um lado para o outro muito mais
do que de costume

9. Pensar em se ferir de alguma 0 1 2 3


maneira ou que seria melhor estar
morto/a

Referência: Desenvolvido pelos Drs. Robert L. Spitzer Janet B.W. Williams, Kurt Kroenke e colegas, com um subsídio
educacional da Pfizer Inc.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 231

ANEXO XI - ENTREVISTA ADMISSIONAL (QTAR)

Local: Enfermaria 10º andar

Material:

1. TCLE
2. Questionário Demográfico-Clínico
3. Escala GAD-7 – Avaliação do Nível de Ansiedade
4. Escala PHQ-9 – Avaliação do Nível de Depressão
5. EQ-5D
6. CD-RISC10
7. MoCA-B
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 232

CONVITE PARA PARTICIPAR DO ATENDIMENTO DA PSICOLOGIA NA UNIDADE


AMBULATORIAL OU DE INTERNAÇÃO DO STMO-HC-UFPR

TCLE

Nós, Psicólogas do Serviço de Transplante de Medula Óssea e Residentes da Psicologia da Área


Onco-Hematologia do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Atenção Hospitalar
(PRIMAH) do HC-UFPR acreditamos que o adoecimento, a confirmação de determinados
diagnósticos, tratamentos ambulatoriais, internações com suas intervenções clínicas invasivas e
complexas presentes no tratamento médico podem desencadear uma multiplicidade de sentimentos,
pensamentos, emoções e reações, não apenas em relação ao adoecimento e ao tratamento, mas
também em direção a própria existência e história de vida. Em muitas circunstâncias adversas, a
condição psicológica facilita ou dificulta a compreensão das vivencias pessoais, da qualidade de
vida, da mudança de humor, dos relacionamentos afetivos, da própria relação consigo mesmo e com
as adversidades. Estas, por sua vez, podem ativar conteúdos mnemônicos de acontecimentos
experimentados em tempos passados, mas que, com o tratamento são revividos e talvez associados e
repensados enquanto entendimento da sua forma singular de ser no mundo. Posto isso, entendemos
que o profissional da psicologia, com formação clínica pode contribuir, através dos atendimentos,
para que o paciente amplie a compreensão de si mesmo, do outro e do contexto como um todo, ou
seja, o psicólogo pode propiciar o desenvolvimento do autoconhecimento e com os registros dos
relatos de cada paciente também pode ampliar os conhecimentos sobre como os pacientes de um
modo geral e específico percebem e convivem com os efeitos provenientes da nova condição de
saúde e da vida em si. No STMO da Unidade de Transplante e Onco-Hemato (UTOH) entre as
definições de saúde, tem-se como referência a Organização Mundial de Saúde que concebe a saúde
global como: um bem-estar físico, psicológico, social e espiritual, não é uma mera ausência de
doença. Portanto, o adoecimento também é uma oportunidade de crescimento, enfrentamento e de
desenvolvimento pessoal. O fato do(a) Senhor(a) estar no hospital viabiliza o acesso a atendimentos
psicológicos com seus diálogos e temáticas singulares, de acordo com aquilo que realmente tem
importância, na perspectiva de paciente, quer sejam perdas e/ou conquistas, cuja temática pode
reposicioná-lo perante a condição de saúde atual e renovar o sentido da própria existência. Para que
esse atendimento psicológico se realize, é preciso que aceite e assine este Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE). Se assim for, o psicólogo pode oferecer um tempo e espaço no
consultorio desse ambulatório ou no quarto da internação, para que o(a) senhor(a) compartilhe da
consulta psicológica. A frequência, duração, continuidade, interrupção e/ou alta podem ser
definidas pelo psicólogo responsável junto com o paciente. Conforme a necessidade, desejo,
aderência a essa proposta, assim como, também depende da performance global e estado clínico de
cada paciente; em composição interpretativa e reflexiva do psicólogo responsável do serviço em
questão. Além disso, considera-se uma anamnese avaliativa da condição psicodinâmica do paciente
e da maior ou menor disponibilidade de tempo para o agendamento. O tempo de uma consulta
psicológica, em geral tem a duração de 50 minutos. Gostaríamos de deixar claro que se não quiser
participar dessa consulta, isso não influenciará no seguimento do seu tratamento médico. Lembre-se
sua participação é voluntária, mas, requer que esteja de acordo e que se assim for, apresente adesão,
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 233

isto é, aderência ao seguimento dos atendimentos clínicos com o psicólogo. Se estiver


hospitalizado, será atendido enquanto internado ou de acordo com a demanda inerente da
competência da psicologia. Caso esteja no ambulatório, se precisar faltar a consulta, deve
comunicar e justificar a sua ausência. Após três faltas consecutivas sem justificativas,
automaticamente considera-se o desligamento do agendamento da consulta da psicologia.
Concordando com a sua participação nos atendimentos psicoterapêuticos ambulatoriais, poderá ser
atendido de 01 (uma) a 24 (vinte e quatro) sessões. Após este planejamento, poderá ser reavaliada a
continuidade do atendimento ou se deve ser encaminhado para outros profissionais da área ou
outras instituições de atenção primária na cidade de origem. Asseguramos que todas as informações
cedidas pelo(a) senhor(a) serão utilizadas apenas com o intuito de assistência e do processo de
ensino. Caso o(a) senhor(a) concorde, poderemos passar as informações que forem pertinentes para
o seu médico e isto poderá auxilia-lo na compreensão de seu caso. Se tiver alguma pergunta a fazer
antes de decidir, sinta-se à vontade para fazê-la.

Eu, ___________________________________________________, afirmo que li o texto acima e


compreendi a natureza e o objetivo da consulta psicológica para o qual fui convidado a participar.
Sei que sou livre para interromper minha participação a qualquer momento, sem justificar minha
decisão e sem que esta afete meu tratamento médico. Concordo voluntariamente a participar do
atendimento psicológico.

______________________________________________________________________

Nome do Entrevistado Assinatura

______________________________________________________________________

Nome do Profissional Residente da Psicologia Assinatura

____________________________________________________________

Coordenadora e Preceptora da Psicologia no STMO: Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro


Tel: (41)3360-7882 /3360-1032. Cel: (41)9961-0044
E-mail: maripdoro@uol.com.br

CURITIBA, __________________________
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 234

FATORES DE RISCO E PROTEÇAO – STMO


1. CONDIÇÃO CLÍNICA GERAL E SUA REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA 0 1 2 3 4
1.1Transtorno Mental-Humor - Apresentação antecedentes familiares e/ou pessoal
1.2 Uso/Abuso de Drogas-Lícitas e/ou Ilícitas - Apresentação antecedentes familiares e/ou pessoal
1.3 Doença, Tratamento Convencional, TCTH, outros - Compreensão e Enfrentamento
1.4 Efeitos Secundários dos Sintomas, Doença e Tratamento (s) - Impacto
1.5 Perdas/Mortes-Lutos - Elaboração no passado/presente/porvir
1.6 Simbolismo da Doença - Sentido Subjetivo
1.7 Adequação da Expectativa - Dificuldades/Facilidades que imagina encontrar no processo do tratamento
1.8 Adesão ao Tratamento (s) - Compreensão/Aceitação/Consciência da necessidade
2. CONDIÇÃO PSICOSSOCIAL E DO MEIO DE INSERÇÃO (Meio Ambiente)
2.1 História Familiar/Pessoal
2.2 Relacionamentos Afetivos Atualizados - Privação Satisfação
2.3 Suporte Logístico/Afetivo-Familiar - Redes de Ajuda Social
2.4 Escolaridade e Função Cognitiva - Desregulação
2.5 Grau de Expressividade do Stress - Alerta, Resistência, Semiexaustão, Exaustão - LIPP
2.6 Crença Subjetiva de Religiosidade/Espiritualidade (Fé)
2.7 Qualidade de Vida - Satisfação
2.8 Estilo de Vida Salutar - Equilíbrio
3. CONDIÇÃO PSICOLÓGICA
3.1 Fatores da Condição da Resiliência (Mellilo &Ojeda, 2005)
3.1.1 Atitude Pró-Ativa no autocuidado, na Busca e Aceitação de ajuda
3.1.2 Coping - Foco no Problema/Emoção
3.1.3 Sentido de Vida com Presença de Motivadores Existenciais
3.1.4 Limiar de Frustração
3.1.5 Capacidade de Comunicação
3.1.6 Independência - Maturidade Emocional
3.1.7 Senso de Humor
3.1.8 Sustentabilidade da Energia Intrapsíquica
3.2 Fatores da Condição da Transição Psicossocial (Parkes, CM, 1998; 2006)
3.2.1 Atualização do Modelo Operativo Interno de Orientação, Planejamento de visão de Mundo
3.2.2 Padrão de Exigência
3.2.3 Relativização na Escala de Valor Pessoal
3.2.4 Capacidade de Resignificar a própria Existência
3.2.5 Postura de Vida - Construtiva/Destrutiva
3.2.6 Foco da Expectativa - Realista/Otimista/Pessimista
3.2.7 Superação e Transformação Pessoal após Experiências Adversas
3.2.8 Disposição da Confiança – Empatia - Distanciamento
3.3 Fatores da Condição de Personalidade - Identidade
3.3.1 Mecanismos de Defesa Predominantes ou Estilos de Enfrentamento Atual (DSM-V, 2014)
3.3.2 Transtorno / Traço da Personalidade - Padrão Persistente do Comportamento
3.3.3 Responsabilidade pelos Desejos, Atitudes e Consequências Contextuais
3.3.4 Padrão da Compreensão Cognitiva - concreto/funcional/conceitual
3.3.5 Qualidade de Consciência
3.3.6 Qualidade da Percepção Subjetiva e Objetiva - Direcionamento confuso
3.3.7 Qualidade do Ajustamento Emocional - Condição Hermenêutica
3.3.8 Qualidade da Capacidade de Vínculo e Equilíbrio Afetivo Próprio
EQUAÇÃO DA CONDIÇÃO PSICODINAMICA DO PACIENTE
1. Condição Clínica Geral
2. Condição Psicossocial e do Meio de Inserção (Meio Ambiente)
3. Condição Psicológica
3.1 Resiliência ( ) 3.2 Transição Psicossocial e do Meio ( ) 3.3 Personalidade ( )
Condição 0: Não Identificada Condição com tendência Desfavorável 1: Alto Risco Condição 2: Médio Risco
Condição com tendência Favorável 3: Baixo Risco Condição 4: Favorável
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 235

QUESTIONÁRIO DEMOGRÁFICO-CLÍNICO
( ) APLICA ( ) NÃO SE APLICA

Nome do Paciente:.................................................................................................................................................... ...........................


RGHC: ............................................................................................ RGPSICOTMO: ...................................................... ................
Idade: ...................................................... DN ............................................................... Gênero: Masc ( ) Fem ( )
Escolaridade: E. Fundamental ( ) E. Médio ( ) Superior ( ) Pós-Graduação ( )
Renda (Salário Mínimo): 1 ( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( ) + de 5 ( )................................
Profissão: Intelectual ( ) Braçal ( ) Ativo: Sim ( ) Não ( ) Especificar: ......................................................
Etnia: Caucasiano ( ) Amarelo ( ) Afro-descendente ( )
Religião: Católico ( ) Luterano ( ) Evangélico ( ) Espiritismo ( ) Outras ( )
Estado Civil: Casado/Amasiado ( ) Solteiro/Viúvo/Separado ( ) Outros ( ) ....................................
Filhos: Não ( ) Sim ( ) Quantos: ....................................................... ...................................
Diagnóstico: ......................................................................................................................................................................................
Performance Atual do Paciente-Karnofsky .............................................................................................................. .........................
Quando soube da doença: Menos de 1 ano ( ) 1ano ( ) 2anos ( ) 3anos ( ) 4anos ( ) ≥ 5anos ( )
Como soube: Percebeu que algo não estava bem ( ) ao acaso ( ) no diagnóstico ( ) outro ( )
Tipos de Tratamentos realizados: Quimioterapia ( ) Radioterapia ( ) Protocolos M. Biológicos ( )
Imatinib ( ) 2ª. Geração: Daxatinib ( ) Nilotinib ( ) Bozotinib ( ) Cirurgias ( ) TCTH ( )
Transplantes: Alog Ap ( ) Alog NAp ( ) Autologo ( ) Haploidêntico ( ) SPerif ( )
Singênico ( ) Cordão ( ) Transplante Ambulatorial ( )
Quando:............Quantos:.....Doador:..................................... DECH: Aguda ( ) Crônica ( ) Grau: I ( ) II ( ) III ( ) IV ( )

Nome do acompanhante:........................................................................................................ .........................................


Grau de Parentesco: Pai ( ) Mãe ( ) Esposo(a): ( ) Avô(a) ( ) Tio(a) ( ) Outro......................................................

Sumário da Condição Psicodinâmica do respondente: Condição Numérica Desfavorável/Favorável ( )


........................................................................................................................................................................................................................................

........................................................................................................................................................................................................................................

........................................................................................................................................................................................................................................

.............................................................................................................................................................................................................................

.............................................................................................................................................................................................................................

Fatores de Risco: (Pode só mencionar os números correspondentes)


.............................................................................................................................................................................................................................

Fatores de Proteção: (números correspondentes da escala)


...........................................................................................................................................................................................................................

Considerações Evolutivas: Alta ( ) Atendimento Psicológico ( ) Encaminhamento ( ) Óbito ( )


Proposta de Agendamento(s) ( )

NOME: ..................................................................................... NOME: Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro


Residente do PRIMAH ( ) R1 ( ) R2 Supervisora da Psicologia do STMO

Curitiba, ......./......./.......
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 236

DEMOGRÁFICO-CLÍNICO

Nome:........................................................................ Código ᴪ:.................... RG-HC:..................................

Idade:............ D. N.:........./........../............. Gênero: 0.M ( ) 1.F ( ) Religião:0.Católica ( ) 1.Outras ( )

Naturalidade:.............................................................. Procedência:...............................................................
0.Sul/Sudeste 1.Outros
Escolaridade: 1.Menos de 8 anos ( ) 0.Mais de 8 anos ( ) Observação:.....................................................

Profissão:................................................................................................ Situação: 0.Ativo ( ) 1.Inativo ( )


0.Intelectual 1.Braçal 0.Empregado 1.Desempregado/Aposentado/Licença
Etnia: 0.Branca ( ) 1.Parda ( ) 1.Mulata ( ) 1.Negra ( ) 1.Amarela ( )

Estado civil: 1.Solteiro( ) 0.Casado( ) 1.Separado/Divorciado( ) 1.Viúvo( ) 0.Amasiado( )

Filhos: 0.Sim ( ) 1.Não ( ) Quantos?........... Filhos adotivos: 2.Sim ( ) 2.Não ( ) Quantos?...........

Cuidador: 0.Sim ( ) 1.Não ( ) Quem?........................................................................................................

Como percebe a qualidade do vínculo: 0.Muito bom ( ) 0.Bom ( ) 1.Nem bom, nem ruim ( ) 1.Ruim ( )

Justifique a resposta assinalada acima:

*Preenchido pela ᴪ - Tipo de apego: 0.Seguro ( ) 1.Ambivalente ( ) 1.Inseguro ( )


(Bowlby, John. Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989)

Diagnóstico:................................................................................................................... CID.........................

Tempo de doença: 2.Imediato ( ) – até 01 mês 2.Recente ( ) – até 06 meses


2.Curto prazo ( ) – até 01 ano 2.Médio prazo ( ) – 01 a 03 anos 2.Longo prazo ( ) – Mais de 03 anos

Tempo de tratamento: 2.Imediato ( ) – até 01 mês 2. Recente ( ) – até 06 meses


2.Curto prazo ( ) – até 01 ano 2.Médio prazo ( ) – 01 a 03 anos 2.Longo prazo ( ) – Mais de 03 anos

Outras doenças que teve ou ainda têm:..............................................................................

Qual o significado dessa doença na sua vida?......................................................................

Obs:

GENOGRAMA
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 237

Psicólogo Responsável:........................................................
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 238

TRANSTORNO GERAL DE ANSIEDADE (GAD-7)

Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):

Nenhuma Vários Mais da Quase


vez dias metade todos
dos dias os dias

1. Sentir-se nervoso/a, ansioso/a ou 0 1 2 3


muito tenso/a

2. Não ser capaz de impedir ou de 0 1 2 3


controlar as preocupações

3. Preocupar-se muito com diversas 0 1 2 3


coisas

4. Dificuldade para relaxar 0 1 2 3

5. Ficar tão agitado/a que se torna 0 1 2 3


difícil permanecer sentado/a

6. Ficar facilmente aborrecido/a ou 0 1 2 3


irritado/a

7. Sentir medo como se algo horrível 0 1 2 3


fosse acontecer

Referência: Desenvolvido pelos Drs. Spitzer RL, Kroenke K, Williams JB, Lowe B, 2006.
Validação do questionário: Lowe B, Decker O, Muller S, et al. Validation and standardization of the Generalized
Anxiety Disorder Screener (GAD-7) in the general population. Medical care. Mar 2008;46(3):266-274. PMID:
18388841
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 239

QUESTIONÁRIO SOBRE A SAÚDE DO/A PACIENTE (PHQ-9)

Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X)

Nenhuma Vários Mais da Quase


vez dias metade todos
dos dias os dias

1. Pouco interesse ou pouco prazer 0 1 2 3


em fazer as coisas

2. Sentir-se “para baixo”, 0 1 2 3


deprimido/a ou sem perspectiva

3. Dificuldade para pegar no sono ou 0 1 2 3


permanecer dormindo, ou dormir
mais do que de constume

4. Sentir-se cansado/a ou com 0 1 2 3


pouca energia

5. Falta de apetite ou comendo 0 1 2 3


demais

6. Sentir-se mal consigo mesmo/a 0 1 2 3


ou achar que você é um fracasso ou
que decepcionou sua família ou
você mesmo

7. Dificuldade para se concentrar 0 1 2 3


nas coisas, como ler o jornal ou
assistir televisão

8. Lentidão para se movimentar ou 0 1 2 3


falar, a ponto das outras pessoas
perceberem? Ou o oposto – estar
tão agitado/a que você fica andando
de um lado para o outro muito mais
do que de costume

9. Pensar em se ferir de alguma 0 1 2 3


maneira ou que seria melhor estar
morto/a

Referência: Desenvolvido pelos Drs. Robert L. Spitzer Janet B.W. Williams, Kurt Kroenke e colegas, com um subsídio
educacional da Pfizer Inc.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 240

EQ-5D – AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA


Abaixo de cada título, por favor marque O quadrado que melhor descreve sua saúde HOJE.

MOBILIDADE
Não tenho problemas em andar 
Tenho problemas leves em andar 
Tenho problemas moderados em andar 
Tenho problemas graves em andar 
Não consigo andar 

CUIDADOS PESSOAIS
Não tenho problemas para me lavar ou me vestir 
Tenho problemas leves para me lavar ou me vestir 
Tenho problemas moderados para me lavar ou me vestir 
Tenho problemas graves para me lavar ou me vestir 
Sou incapaz de me lavar ou vestir sozinho/a 

ATIVIDADES HABITUAIS (ex. trabalho, estudos, atividades domésticas,


atividades em família ou de lazer)
Não tenho problemas em realizar as minhas atividades habituais 
Tenho problemas leves em realizar as minhas atividades habituais 
Tenho problemas moderados em realizar as minhas atividades habituais 
Tenho problemas graves em realizar as minhas atividades habituais 
Sou incapaz de realizar as minhas atividades habituais 

DOR / MAL ESTAR


Não tenho dores ou mal-estar 
Tenho dores ou mal-estar leves 
Tenho dores ou mal-estar moderados 
Tenho dores ou mal-estar graves 
Tenho dores ou mal-estar extremos 

ANSIEDADE / DEPRESSÃO
Não estou ansioso/a ou deprimido/a 
Estou levemente ansioso/a ou deprimido/a 
Estou moderadamente ansioso/a ou deprimido/a 
Estou gravemente ansioso/a ou deprimido/a 
Estou extremamente ansioso/a ou deprimido/a 
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 241

A melhor saúde
Nós gostaríamos de saber o quão boa ou ruim a sua saúde está HOJE.
que você possa
Esta escala é numerada de 0 a 100.
imaginar
100 significa a melhor saúde que você possa imaginar.
0 significa a pior saúde que você possa imaginar.
Marque um X na escala para indicar como a sua saúde está HOJE. 100
Agora, por favor escreva no quadrado abaixo o número que você marcou na escala.
95

90

85
A SUA SAÚDE HOJE =
80

75

70

65

60

55

50

45

40

35

30

25

20

15

10

0
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 242

CONNOR-DAVIDSON RESILIENCE SCALE – CD-RISC-10


( ) APLICA ( ) NÃO SE APLICA

Nem um Quase
Raramente Às vezes Frequentemente
pouco sempre
verdadeiro verdadeiro verdadeiro
verdadeiro verdadeiro
1 Eu consigo me adaptar
0 1 2 3 4
quando mudanças acontecem.
2 Eu consigo lidar com
qualquer problema que 0 1 2 3 4
acontece comigo.
3 EU tento ver o lado
humorístico das coisas 0 1 2 3 4
quando estou com problemas.
4 Ter que lidar com situações
estressantes me faz sentir 0 1 2 3 4
mais forte.
5 Eu costumo me recuperar
bem de uma doença,
0 1 2 3 4
acidentes e outras
dificuldades.
6 Eu acredito que posso atingir
meus objetivos mesmo 0 1 2 3 4
quando há obstáculos.
7 Fico concentrado e penso
com clareza quando estou sob 0 1 2 3 4
pressão.
8 Eu não desanimo facilmente
0 1 2 3 4
com os fracassos.
9 Eu me considero uma pessoa
forte quando tenho que lidar
0 1 2 3 4
com desafios e dificuldades
da vida.
10 Eu consigo lidar com 0 1 2 3 4
sentimentos desagradáveis ou
dolorosos como tristeza,
medo e raiva.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 243
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 244
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 245
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 246

ANEXO XII – ENTREVISTA AO CUIDADOR (QTAR)

Local: Enfermaria 10º andar

Material:

1. Questionário Demográfico
2. WHOQOL-BREF 26
3. CD-RISC10
4. QASCI
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 247

Entrevista ao Cuidador Informal

Data:........../........../.........
.
Nome:.................................................................................................................... Código ᴪ:........................

Nome do paciente:.................................................................................... RG-HC:.....................................

Idade:............ D. N.:........./........../............. Gênero: 0.M ( ) 1.F ( ) Religião: 0.Católica ( ) 1.Outras ( )

Naturalidade:.............................................................. Procedência:...............................................................
0.Sul/Sudeste 1.Outros
Escolaridade: 1.Menos de 8 anos ( ) 0.Mais de 8 anos ( ) Observação:.....................................................

Profissão:................................................................................................ Situação: 0.Ativo ( ) 1.Inativo ( )


0.Intelectual 1.Braçal 0.Empregado 1.Desempregado/Aposentado/Licença
Etnia: 0.Branca ( ) 1.Parda ( ) 1.Mulata ( ) 1.Negra ( ) 1.Amarela ( )

Estado civil: 1.Solteiro( ) 0.Casado( ) 1.Separado/Divorciado( ) 1.Viúvo( ) 0.Amasiado( )

Filhos: 0.Sim ( ) 1.Não ( ) Quantos?............. Filhos adotivos: 2.Sim ( ) 2.Não ( ) Quantos?...........

Parentesco: 0.Primeiro grau ( ) 1.Segundo grau ( ) 1.Outros ( ) Especificar:............................................


0.Pai/Mãe/Irmão(ã) 1.Avô(ó)/Neto(a)/Tio(a)/Primo(a)/Sobrinho(a)/Vizinho(a)/Amigo(a)
Mais alguém ajudará no cuidado à/ao paciente? 0.Sim ( ) 1.Não ( ) Quem?...............................................

Como percebe a qualidade do vínculo: 0.Muito bom ( ) 0.Bom ( ) 1.Nem bom, nem ruim ( ) 1.Ruim ( )

Justifique a resposta assinalada acima:............................................................................................................

..........................................................................................................................................................................

*Preenchido pela ᴪ - Tipo de apego: 0.Seguro ( ) 1.Ambivalente ( ) 1.Inseguro ( )


(Bowlby, John. Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989)

Já teve a experiência de cuidar/acompanhar alguém no hospital? 0.Sim ( ) 1.Não ( ) Nº vezes?...............

Duração dessa experiência: 0.Curta ( )-até 01 mês 1.Média ( )-até 06 meses 1.Longa ( )-01 ano ou mais

Breve descrição: ..............................................................................................................................................

..........................................................................................................................................................................

Se tiver alguma dúvida/dificuldade, acha que consegue conversar e/ou pedir ajuda para:

Familiares: 0.Sim ( ) 1.Não ( ) Amigos: 0.Sim ( ) 1.Não ( ) Profissional de saúde: 0.Sim ( ) 1.Não ( )

O que te motiva a cuidar/acompanhar o paciente neste momento? ................................................................

.........................................................................................................................................................................

Mais algum comentário: ............................................................................................................

Psicólogo Responsável:........................................................
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 248

Questionário de Qualidade de Vida

WHOQOL

N° Prontuário: ____________________ N° Prontuário da Psico:_________ Data: ___/___/_____


Nome: _______________________________________________________________________________

Por favor, leia cada questão, veja o que você acha e circule no número e lhe parece a melhor resposta.
Nem Ruim
Muito Ruim Ruim Boa Muito Boa
Nem Boa
Como você avaliaria sua
1 (G1) 1 2 3 4 5
qualidade de vida?

Nem
Muito Satisfeito Muito
Insatisfeito Satisfeito
Insatisfeito Nem Satisfeito
Insatisfeito
Quão satisfeito (a)
2 (G4) você está com a sua 1 2 3 4 5
saúde?
WHOQOL
As questões a seguir são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas nas últimas duas semanas.
Muito Mais ou Extrema
Nada Bastante
Pouco Menos mente

Em que medida você acha que


3
sua dor (física) impede você de 1 2 3 4 5
(F1.4)
fazer o que você precisa?

O quanto você precisa de


4
algum tratamento médico para 1 2 3 4 5
(F11.3)
levar sua vida diária?

5 O quanto você aproveita a


1 2 3 4 5
(F4.1) vida?

6 Em que medida você acha que


1 2 3 4 5
(F24.) a sua vida tem sentido?

7 O quanto você consegue se


1 2 3 4 5
(F5.3) concentrar?

8 Quão seguro (a) você se sente


1 2 3 4 5
(F16.) em sua vida diária?

Quão saudável é o seu


9
ambiente físico (clima, 1 2 3 4 5
(F22.)
barulho, poluição, atrativo)?
As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de fazer certas coisas
nestas últimas duas semanas.

Muito Comple
Nada Médio Muito
Pouco tamente
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 249

10 Você tem energia suficiente


1 2 3 4 5
(F2.1) para seu dia-a-dia?

11 Você é capaz de aceitar sua


1 2 3 4 5
(F7.1) aparência física?

Você tem dinheiro suficiente


12
para satisfazer suas 1 2 3 4 5
(F18.1)
necessidades?
Quão disponíveis para você
13
estão as informações que 1 2 3 4 5
(F20.1)
precisa no seu dia-a-dia?
Em que medida você tem
14
oportunidades de atividade de 1 2 3 4 5
(F21.1)
lazer?

WHOQOL

As questões a seguir perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de vários aspectos de sua
vida nas últimas duas semanas.
Muito Nem Ruim Muito
Ruim Bom
Ruim Nem Bom Bom

15 Quão bem você é capaz


1 2 3 4 5
(F9.1) de se locomover?
Nem
Muito
Insatisf Satisfeito Muito
Insatisfe Satisfeito
eito Nem Satisfeito
ito
Insatisfeito
16 Quão satisfeito (a) você está
1 2 3 4 5
(F3.3) com o seu sono?
Nem
Muito Satisfeito
Insatis Muito
Insatis Nem Satisfeito
feito Satisfeito
feito Insatisfeito

Quão satisfeito (a) você está


17 com sua capacidade de
1 2 3 4 5
(F10.3) desempenhar as atividades do
seu dia-a-dia?
Quão satisfeito (a) você está
18
com sua capacidade para o 1 2 3 4 5
(F12.4)
trabalho?
19 Quão satisfeito (a) você está
1 2 3 4 5
(F6.3) consigo mesmo?

Nem
Muito Satisfeito
Insatis Muito
Insatis Nem Satisfeito
feito Satisfeito
feito Insatisfeito
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 250

Quão satisfeito (a) você está


20 com suas relações pessoais
1 2 3 4 5
(F13.3) (amigos, parentes,
conhecidos, colegas)?

21 Quão satisfeito (a) você está


1 2 3 4 5
(F15.3) com sua vida sexual?

Quão satisfeito (a) você está


22
com o apoio que você recebe 1 2 3 4 5
(F14.4)
de seus amigos?

WHOQOL

Quão satisfeito (a) você


23
está com as condições do 1 2 3 4 5
(F17.3)
local onde mora?

Quão satisfeito (a) você


24
está com o seu acesso 1 2 3 4 5
(F19.3)
aos serviços de saúde?

Quão satisfeito (a) você


25
está com o seu meio de 1 2 3 4 5
(F23.3)
transporte?

A questão a seguir refere-se a com que frequência você sentiu ou experimentou certas coisas nas últimas duas
semanas.
Muito
Algumas Frequente
Nunca Frequente Sempre
Vezes Mente
Mente
Com que frequência você
tem sentimentos negativos
26
tais como mau humor,
(F8.1) 1 2 3 4 5
desespero, ansiedade,
depressão?
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 251

WHOQOL
FOLHA DE RESPOSTA
Paciente – Familiar - Controle
Data:
Nome:
RG do HC:
Número:
Protocolo:

Escore Transformado*
Equações para computação dos escores
dos domínios Escore
4-20 0-100
Bruto
(6-Q3) + (6-Q4) + Q10 + Q15 + Q16 +
Q17 + Q18
Domínio ____-___ + ___-___ + ____ + ____
1
_____ + ______ + _____
Q5 + Q6 + Q7 + Q11 + Q19 + (6-Q26)
Domínio
2 ____ + ____ + ____ + ____ + ____ + _____

Domínio Q20 + Q21 + Q22


3 ____ + ____ + ____

Q8 + Q9 + Q12 + Q13 + Q14 + Q23 +


Q24 + Q25
Domínio ____ + ____ + ____ + ____ + ____ + ____ +
4
____ + ____
* Ver Tabela 4 da página 10 do manual, para converter escores brutos em escores transformados.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 252

CONNOR-DAVIDSON RESILIENCE SCALE – CD-RISC-10


( ) APLICA ( ) NÃO SE APLICA

Nem um Quase
Raramente Às vezes Frequentemente
pouco sempre
verdadeiro verdadeiro verdadeiro
verdadeiro verdadeiro
1 Eu consigo me adaptar
0 1 2 3 4
quando mudanças acontecem.
2 Eu consigo lidar com
qualquer problema que 0 1 2 3 4
acontece comigo.
3 EU tento ver o lado
humorístico das coisas 0 1 2 3 4
quando estou com problemas.
4 Ter que lidar com situações
estressantes me faz sentir 0 1 2 3 4
mais forte.
5 Eu costumo me recuperar
bem de uma doença,
0 1 2 3 4
acidentes e outras
dificuldades.
6 Eu acredito que posso atingir
meus objetivos mesmo 0 1 2 3 4
quando há obstáculos.
7 Fico concentrado e penso
com clareza quando estou sob 0 1 2 3 4
pressão.
8 Eu não desanimo facilmente
0 1 2 3 4
com os fracassos.
9 Eu me considero uma pessoa
forte quando tenho que lidar
0 1 2 3 4
com desafios e dificuldades
da vida.
10 Eu consigo lidar com 0 1 2 3 4
sentimentos desagradáveis ou
dolorosos como tristeza,
medo e raiva.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 253
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 254

ANEXO XIII – REGISTRO DE ATIVIDADES: PSICOLOGIA


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 255
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 256

ANEXO XIV – FOLHA DE FREQUÊNCIA


MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 257

ANEXO XV – FICHA INDIVIDUAL PARA AVALIAÇÃO DOS RESIDENTES


MULTIPROFISSIONAIS DO HC/UFPR

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