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MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DOS SERVIÇOS DE
TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA E DE ONCO-HEMATOLOGIA DO COMPLEXO
HC DA UFPR
CURITIBA
2016
1
Elaborado em Dezembro de 2010. Complementado em Agosto de 2014 e novamente em Fevereiro de 2016.
Maribel Pelaez Dóro
1a Edição
Curitiba, Paraná
Complexo HC da UFPR
2016
Universidade Federal do Paraná
Unidade Multiprofissional
Unidade de TMO, Oncologia e Hematologia - UTOH
Psicª Núbia Rafaela Coletto dos Santos - Residente de Psicologia nos anos de 2014-2016.
ISBN: 978-85-89411-06-6
O Manual do Programa de Psicologia dos Serviços de Transplante de Medula Óssea e de Onco-Hematologia do Complexo
HC da UFPR – Curitiba Complexo HC/UFPR, foi produzido mediante a necessidade de uma formalização e padronização do labor
diário da Psicologia Clínica, no campo da Pesquisa, Ensino e Assistência, no contexto de Serviços de alta morbidade e mortalidade.
Com esta publicação e transmissão tem-se uma possibilidade de compartilhar um programa implantado e sustentado na teoria da
Psicologia Analítica em articulação com a prática clínica e multiprofissional, no fomento da qualificação do cuidado integral ao
Paciente, Familiar Cuidador e Doador. Este Manual apresenta um programa com observações, objetivos traçados, planejamentos,
metodologias, mensurações, implantações e replicações anuais. Cientes de que ulteriores revisões devem ocorrer para adicionar
melhorias, quer seja, nesta instituição ou em outros contextos hospitalares e programas de residências que primem pelo conhecimento
técnico-científico e que também almejem contribuir para a formação de condutas éticas, senso crítico, raciocínio clínico e atitudes
que agreguem todos aqueles que estão envoltos ou sob um treinamento da especificidade da profissão, na área da Onco-Hematologia
e do Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas.
Protegido por leis de direito autoral. Utilizá-lo desde que citada a fonte. Não o copiar integralmente. Não o utilizar para fins
comerciais. Não o modificar.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
COMPLEXO DO HOSPITAL DE CLÍNICAS
UNIDADE DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA E ONCO-HEMATOLOGIA
SERVIÇO DE PSICOLOGIA
PROGRAMA DE RESIDÊNCIA INTEGRADA MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO
HOSPITALAR
Residente de Psicologia nos anos de 2014-2016. Psic. Núbia Rafaela Coletto dos Santos
CURITIBA
2016
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 3
LISTA DE SIGLAS
Anemia de Fanconi – AF
Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia – APACN
Comitê de Ética e Pesquisa - CEP
Connor-Davidson Resilience Scale - CD-RISC -10
Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro – DECH
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH
Escala Visual Analógica - EVA
European Quality of Life Group – 5 Dimension – EQ-5D
European Organization Research and Treatment for Cancer Quality Of Life – EORTC QLQ-30
Fatigue: The Functional Assessment of Chronic Illness Therapy - FACIT
Leucemia Mieloide Crônica – LMC
Montreal Cognitive Assessment – MoCA
Montreal Cognitive Assessment – version B – MoCA-B
Não Aparentado - NAP
Pediatric Quality of Life InventoryTM (PedsQLTM 4.0) – PEDSQL
Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Atenção Hospitalar – PRIMAH
Patient-Reported Outcomes in MYelodysplastic Syndromes - PROMYs
Psicologia Analítica – PA
Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal – QASCI
Questionário sobre a Saúde do/a Paciente (PHQ-9)
Quimioterapia de Alto Risco - QTAR
Registro Geral do Complexo Hospital de Clinicas – RH-CHC
Sistema de Informações Hospitalares - SIH
Síndrome Mielodisplásica – SMD
Serviço de Transplante de Medula Óssea – STMO
Trabalho de Conclusão de Residência - TCR
Termo de Assentimento Livre e Esclarecido - TALE
Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas – TCTH
Transtorno Geral de Ansiedade (GAD-7)
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE
Unidade de Pronto Atendimento – UPA
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 5
SUMÁRIO
Referências:
ALVES, A., REKSUA, VM.; DÓRO, MP. "O Cuidado Humanizado no Serviço de Transplante de Medula Óssea". Capítulo
5, páginas: 79-88. Livro: "Compêndio de Enfermagem em Transplante de Células Tronco Hematopoéticas: Rotinas e Procedimentos
em Cuidados Essenciais e em Complicações". Organização: Euza Tieme Toyonaga Ortega, Terezinha Keiko Kojo; Denise Helia de
Lima; Mirela Pezzini Veran. Maria Inês Neves. Editora Maio, 436p.; 27cm. Curitiba, PR. 2004.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 10
DÓRO MP, ZANIS-NETO J, CARVALHO D, PELAEZ JM, FUNKE VAM, PASQUINI R. (2014). Bone Marrow
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DÓRO, MP. "Vivência Emocional no Processo do Transplante de Células Tronco Hematopoéticas". Capítulo 6, páginas:
89-114. Livro: "Compêndio de Enfermagem em Transplante de Células Tronco Hematopoéticas: Rotinas e Procedimentos em
Cuidados Essenciais e em Complicações". Organização: Euza Tieme Toyonaga Ortega, Terezinha Keiko Kojo; Denise Helia de
Lima; Mirela Pezzini Veran. Maria Inês Neves. Editora Maio, 436p.; 27cm. Curitiba, PR. 2004.
DÓRO, MP. "Qualidade de Vida e Transplante de Células Tronco Hematopoéticas". Capítulo 21, páginas: 337-350. Livro:
"Compêndio de Enfermagem em Transplante de Células Tronco Hematopoéticas: Rotinas e Procedimentos em Cuidados Essenciais e
em Complicações". Organização: Euza Tieme Toyonaga Ortega, Terezinha Keiko Kojo; Denise Helia de Lima; Mirela Pezzini
Veran. Maria Inês Neves. Editora Maio, 436p.; 27cm. Curitiba, PR. 2004.
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MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 11
O ambulatório iniciou no quarto andar do Anexo B e permaneceu até 2009, quando foi
transferido para o quarto andar do Anexo H. A Unidade de Quimioterapia de Alto Risco situa-se no
10º andar, foi fundada em 1991 contando com 18 leitos. Tem como missão: ensino, pesquisa,
extensão na assistência de pacientes submetidos a quimioterapia de alto risco, buscando a evolução
científica dos tratamentos, da qualidade de assistência, da melhoria da qualidade de vida e do
aspecto humano aos tratamentos. Tem como principais pontos positivos a equipe multidisciplinar
com atendimento qualificado. Principais atividades: monitorização de pacientes submetidos a
esquemas quimioterápicos, aplicações de quimioterapia, coleta e monitorização de exames de
rotina, transfusões de hemocomponentes, acompanhamento de alunos/residentes.
Referências:
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Occurrences that made the history of oncology in Brazil: National Cancer Institute (INCA). (2005). Revista Brasileira de
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Simbólica”. Psicologia Ciência e Profissão, Brasília, DF. V. 01, N. 24, P. 120-134, 2004.
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Recidiva ou Terminalidade. Do Livro: Transdisciplinaridade em Oncologia: Caminhos para um atendimento integrado. ISBN: 978-
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DÓRO, MP; ZANIS-NETO, J; PELAEZ, JM; SPERANDIO, RC; BONFIM, CM; FALAVINHA, E; KOJO, TK; LIMA,
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referente ao artigo, Volume 9(1) 2011. São Paulo, SP.
DÓRO, M. P.; ANTONECHEN, AC.; OKUMURA, I.M. Pain, Patients` Needs and Health–Related Quality of Life. In
Construction of Social Psychology: Advances in Psychology and Psychological Trends Series. Inscience Press. Editor: Brij Mohan.
Lisboa, Portugal. ISBN of this volume: 978-989-99389-3-9. Section 3: Social Psychology of Human and Social Development. 06,
(59-68), 203 pages, 2015. The electronic version is already available on our website www.insciencepress.org - and the direct link to
access and download the book is http://insciencepress.org/construction-of-social-psychology/ .
MUKHERJEE S. (2010). The Emperor of All Maladies. A Biography of Cancer. (O Imperador de Todos os Males). Editora
Companhia das Letras.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 12
APRESENTAÇÃO DA RESIDÊNCIA
APRESENTAÇÃO DA PSICOLOGIA:
Contribuição da Psicologia Analítica no Contexto do STMO e da Onco-Hematologia
ordenadora do Si-mesmo. Esse processo pode ser entendido como um autodesenvolvimento e uma
realização do si mesmo, no sentido de ser único. Portanto, é um trabalho que exige tempo, coragem,
humildade, respeito, seriedade, criatividade, conhecimento, sensibilidade empática, alterego
interior, amorosidade, e adequabilidade à profissão com vocação.
Existes algumas condições para o psicólogo ter eticamente o direito de exercer a clínica, que
vão para além da aquisição de um registro no Conselho Federal de Psicologia, eis algumas: ser um
eterno aprendiz da clínica, do laboratório da vida e de si mesmo. Deve estudar sempre,
experimentar a vida interiormente naquilo que lhe é essencial, vivenciar o processo analítico para
não se tornar superficial nos atendimentos e reconhecer as próprias limitações, evitar ideias e
conclusões preconcebidas, para entender sem julgar, identificar possíveis projeções, aspectos
sombrios, complexos constelados e comportamentos transferenciais; para com estes cuidados,
ampliar as oportunidades e chances do seu paciente acessar o centro interno de si mesmo e ir além.
Para o psicólogo e o paciente é fundamental que a conduta não esteja centrada nas
explicações, abstrações e curiosidades aleatórias em busca de respostas para os porquês,
interpretações enriquecidas com denominações específicas da teoria ou feedbacks técnicos,
intelectuais e reducionistas. Esta é uma abordagem que pode causar o risco da perda da própria
vivência, do mistério do fenômeno, da devida escuta e da qualidade de relação. Essa qualidade
relacional é um diferencial importante, porque demarca e referencia uma inclusão através da atitude
respeitosa e de consideração por uma apreensão do todo, da experiência viva e sentida pelo
paciente.
Durante o diálogo com o paciente, dá-se uma preferência para a escuta que fomenta o
raciocínio clínico e a constituição de questionamentos que contribuem para o entendimento
psicológico de um para quê. Este manejo viabiliza a elaboração de conflitos, reformulações,
ressignificações e inovação na recriação de si mesmo. Para tal, é preciso que a condução dos
atendimentos tenha a influência também das funções da consciência, entre elas a intuição,
pensamento, sentimento e sensação (JUNG, 1991).
Assim, tanto o paciente como o psicólogo nos atendimentos clínicos podem avançar,
discernir, compreender a valoração pelo ponto de vista do outro e ao mesmo tempo ter os pés no
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 18
chão, e se inteirar sobre os fatos internos e externos da história do paciente, das circunstancias
atuais e do contexto de tratamento quimioterápico ou do transplante de células-tronco
hematopoéticas. Na verdade, este movimento construtivo é desejável para todos,
independentemente do papel que esteja exercendo.
Nós não somos criadores das nossas ideias, mas apenas seus porta-vozes;
são elas que nos dão forma […], e cada um de nós carrega a tocha do
conhecimento que no fim do caminho outro a levará […]. (JUNG, 1963,
p.8).
O mundo das trevas é o inconsciente (JUNG, 2011). Então, de acordo com esta perspectiva
compreende-se que é da competência e da responsabilidade do psicólogo ir além da produção de
conhecimentos científicos e demarcar com competência uma contribuição na assistência clínica aos
pacientes e no intercâmbio de informações e discussões com o grupo de trabalho, afinal todos os
integrantes estão em prol do paciente e tem uma possibilidade de contribuição e cooperação de
conhecimentos e de metodologia de trabalho, com diferencial agregador. Por mais que a rotina
clínica mostre e confirme com evidências que a ciência e a tecnologia são fundamentais para um
tratamento de alta complexidade como se configura no transplante e na clínica da onco-
hematologia, esta abordagem fica incompleta se não for considerada a perspectiva, do paciENTE!
Para o paciente não é um caso a mais, trata-se dele! Que é alguém com nome, que um dia um
outro alguém lhe deu e que foi se confirmando na própria história e identidade ao longo da sua vida,
sendo assim, impregnado de significados e carregados com as vivências da própria autoria, numa
herança histórica com valores, ilusões, experiências e características peculiares no modo de ser, que
lhe fazem contar a própria história de um jeito único com tendências para exaltar o sabor da vida
ou da dor vivida e sentida na própria carne, quer seja nos anos transcorridos ou iniciado no cenário
do STMO ou da Onco-hematologia.
Para o psicólogo as histórias são vivas e algo as nutre de forma salutar ou não, com forças
construtivas e destrutivas com suas devidas tendências, com um inconsciente criativo e fértil, mas,
que pode se apresentar de modo improdutivo, se não houver o reconhecimento consciente dessas
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 19
forças que influenciam, interferem com maior ou menor impacto, pois, apesar do inconsciente
pessoal e coletivo não serem vistos, há vida pulsante. Os comportamentos sintomáticos e todas as
expressões como a linguagem, emoções, gestos, falácias, entendimentos, posturas, atitudes, pontos
de vistas, motivações, escolhas, afetos e desafetos são do interesse no âmbito do trabalho do
psicólogo.
As histórias de vida de cada um são coletadas pelo psicólogo como matéria prima para a
constituição do trabalho a ser desenvolvido, em torno do cenário fecundo do ser no mundo e o
mundo do ser. Existe um potencial ordenador e as funções dos sistemas estão interligadas, portanto,
não é possível ser determinante, localizador, conclusivo ou linear em relação ao entendimento da
pessoa com enfermidade, é muito maior!
A intervenção da psicologia pode contribuir para que as histórias sirvam de substratos para
ampliar o autoconhecimento do paciente e para que esse possa apreender um sentido maior, mas
para tal, é preciso inicialmente, que o psicólogo escute com acurácia e juntos, alinhavem as
associações, interpretem, elaborem para então colorir e descolorir os fatos com os seus
entendimentos e afetos. Mas, é preciso lembrar que não basta a presença de um ou de outro, se essa
for vazia!
Para acessar e coletar o material analítico, o método utilizado é o construtivo com uma
compreensão simbólica e prospectiva do material de conhecimento articulado pelo psicólogo,
através da abordagem psicoterapêutica, considerando que essa tem como referencial teórico a
psicologia analítica, denominação cunhada pelo próprio fundador, Carl Gustav Jung, (1875 – 1961)
cuja fundamentação teórica respalda o método, a compreensão, interpretação, tradução dos
conteúdos psicológicos e análise dos fenômenos oriundos da psique e narradas ou expressas de uma
forma ou de outra, por aquele que se encontra com o psicólogo, fala e escuta e é escutado com
consciência vigilante para o próprio dito, por vezes, mal dito, bem dito ou não dito. O importante no
processo psicoterapêutico é a qualidade da relação entre o psicólogo e o paciente, a escuta atenta, o
manejo da relação transferencial e a dialética que se constituem no setting clínico, cujo deve ser
sagrado, como um templo, mesmo que o diálogo aconteça nas circunstancias de um quarto com um
paciente adoecido e em tratamento no STMO ou na Onco-hematologia.
Para o psicólogo diante do paciente, a terra da psique é sempre configurada como nova, para
apreender o entendimento dos conteúdos psíquicos, faz-se uso do método construtivo na
amplificação da associação livre, de metáforas, analogias, sonhos, visualização ativa, entre outros
recursos linguísticos e de expressão espontânea. Subentende-se que as associações e elaborações
possibilitam o discernimento em termos de compreensão diagnóstica. Mas, para se constituir um
diagnóstico é preciso, como coletor de história, ir além dos fatos, da história da doença, do
tratamento, da psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. A coleta tem que ser profícua
em termos da subjetividade, com elementos que são inerentes da universalidade e da peculiaridade
de cada um, no fluir da história pessoal, familiar e até mesmo daquela que antecede o próprio
nascimento, influencias e presenças de verdadeiros fractais advindos de um passado longínquo de
seus ou nossos ancestrais.
Segundo Fierz, (1997) na psicoterapia o trabalho se constrói a partir de informações sobre a
origem do sofrimento, sobre os sintomas do paciente, conteúdos simbólicos do imaginário e muito
mais, porque a história da doença também é a história da vida de um ser humano individual, o olhar
precisa ter uma dimensão focal e panorâmica, ser sistêmico, dinâmico e construtivo. Nesse sentido,
não se concentra na organicidade da doença física, mas, procura o entendimento psicológico na
constituição psíquica da personalidade tocada, por isso, um dos objetivos da psicoterapia é
identificar a especificidade da doença mental envolvida com os caracteres da afetividade, dos tipos
psicológicos com suas características de personalidade, informações biográficas e tendências
comportamentais na equação pessoal identificada.
Existem doenças que a anamnese e o diagnóstico não suprem e nem possibilitam uma
explicação satisfatória, quando os dados investigados são unicamente do processo fisiológico, é
inerente que o espectro da avaliação seja ampliado e nesse sentido a compreensão psicológica pode
contribuir, uma vez que a natureza da doença pode ser outra.
O corpo não é um objeto, assim como a consciência que tenho dele também
não é um pensamento, ou seja, não posso decompô-lo e recompô-lo para
formar dele uma ideia clara. Sua unidade é sempre implícita e confusa. Ele é
sempre outra coisa que aquilo que ele é, sempre sexualidade ao mesmo
tempo que liberdade, enraizado na natureza no próprio momento em que se
transforma pela cultura, nunca fechado em si mesmo e nunca ultrapassado.
Quer se trate do corpo do outro ou de meu próprio corpo, não tendo outro
jeito de conhecer o corpo humano senão vive-lo. Portanto, se o homem está
no mundo, é no mundo que ele se conhece. (MERLEAU-PONTY, 1999, p.
269).
A abordagem do psicólogo pode ter como meta o desenvolvimento interior do paciente, para
que o mesmo, através do autoconhecimento tenha mais recursos para discernir aquilo que possa ser
o seu melhor em termos de escolhas e possibilidades de responsabilizar-se pelas próprias
consequências do seu ato. Mas, o método de trabalho também pode viabilizar na situação
transferencial, uma tarefa educativa, uma vez que, no contexto hospitalar, existem peculiaridades,
demandas clínicas, ocorrências de agravamento da doença ou de intercorrências que exigem um
posicionamento independentemente do paciente estar preparado para tal, entende-se que nem
sempre há tempo para maiores elaborações psicológicas ou ambiente suficientemente tranquilo e
seguro para que o paciente espontaneamente recomponha as emoções e a própria história.
Conforme as circunstancias em que o paciente se encontra, o psicólogo deve discernir se
requer um acompanhamento psicoeducativo ou de um processo que explore conteúdo do âmbito da
consciência e do mundo desconhecido do inconsciente. Como diz Fierz (1997, p. 35), “se a
consciência não puder ajudar, então temos de perguntar ao inconsciente”. Mas, para isso o
psicólogo precisa ter sensibilidade empática e raciocínio clínico para apreender as dificuldades e
motivações que originam o bloqueio no processo analítico, se a dificuldade decorre de um problema
da consciência, das preocupações diárias, das características de personalidade, de relacionamentos,
saúde, tratamento, exames a serem realizados ou se é proveniente de questões e constelações de
aspectos sombrios inconscientes. Por constelação compreende-se a interligação dos conteúdos
psíquicos que se aglomeram, se associam e formam uma composição que tem relação com algum
problema de base, que pode entrar em ação e com um ponto de vista energético.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 23
Esta composição de conteúdos agrupados é reconhecida como complexo que precisa ser
dissecado para que o entendimento permita a liberação da energia psíquica contida e represada,
sendo assim, segundo Fierz (1997, p.258) “o conflito precisa ser trabalhado, para se transformar em
fonte de consciência”. Quando não trabalhado é causador de tensão, angústia, sofrimento e
consequentemente, pode trazer dificuldade na qualidade dos vínculos afetivos e no enfrentamento
das adversidades externas e conflitos internos.
É preciso lembrar que no núcleo de um complexo, está posta a expressão arquetípica, através
da sua imagética e por sua vez, o complexo pode ser encontrado na raiz do problema do paciente,
isso significa que no processo analítico o psicólogo também tem como objetivo integrar o problema
através da sua compreensão simbólica e a redistribuição da libido e da assimilação dos conteúdos
como parte do todo psíquico, nesse sentido, o complexo precisa ser assimilado e não negado ou
reprimido. Não dá para fazer de conta que o problema não existe, só porque o indivíduo não quer ou
não pode ver, isto é similar as situações em que o paciente procrastina e posterga a consulta com o
oncologista ou hematologista por ter medo, mas, quando busca uma ajuda efetiva, o prognóstico
pode ter se alterado e apresentar um panorama crônico, grave, quiçá com metástases.
Comparativamente, no âmbito da psique não é diferente, não é porque está invisível, que não
existe. Apenas precisamos estar atentos aos sinais, sintomas e expressões linguística e
manifestações de toda ordem, para que a anamnese e o processo analítico possibilitem a
compreensão do indivíduo e a verificação se o problema do paciente está no campo da consciência
ou não, conforme dito anteriormente. Pois, se o paciente demonstrar labilidade emocional e afetiva,
com comportamentos regressivos, fragilidade perante as tomadas de decisões e posicionamentos
não é indicado, nestas circunstancias, incitar os conteúdos do inconsciente. Deste modo, o psicólogo
pode buscar acessos que promovam a produção de um efeito de fortalecimento da consciência e
evitar, por exemplo, nestas circunstâncias, a exploração do material onírico com o mesmo.
É importante elucidar que o trabalho do psicólogo não é se deve analisar isto ou aquilo, é
preciso ter ciência que os fenômenos podem ou não ganharem atenção, independentemente da
vontade de um ou de outro. A linha mestre do trabalho é analisar para compreender aquele que sofre
e apreender a condição psíquica e isso pode ser feito através das associações, entendimentos das
dificuldades, capacidades, assimilações e elaborações. Enfim, é um trabalho artesanal e criativo
feito em parceria, na constelação do encontro do psicólogo com o paciente, no sentido de que a
história é peculiarmente constituída, desconstituída e reconstituída, num movimento relacional,
cíclico de altos e baixos contínuos. Apesar dos bloqueios, boicotes e resistências o processo de
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 24
individuação segue o Norte de cada um, em direção ao objetivo, em relação ao outro, de forma
singular, apesar de também conter elementos que são universais.
Muitas vezes, na prática clínica é perceptível que o câncer, é o menor problema, se é que pode
ser dito desta forma. Ao compreender a condição psicodinâmica do paciente, o psicólogo tem
indícios e evidências que mostram a direção da abordagem que deve assumir perante o paciente, se
deve ser mais profunda ou quiçá ficar em torno do campo da consciência, para que o paciente possa
se recompor e reassumir, paulatinamente, a responsabilidade daquilo que está vivendo. Mas, a
doença não espera, ela é atemporal, qualquer hora é hora, mesmo que não seja a hora!
Nesta perspectiva, a doença pode apresentar um efeito catalizador de algo maior, por
exemplo, associações com lembranças da tenra idade, ou em relação ao período que antecede o
adoecimento, o surgimento da neoplasia e a confirmação diagnóstica, podem trazer para a
consciência o reconhecimento de outras dificuldades que estavam sendo negligenciadas, reprimidas,
sem a devida atenção ou cuidado, talvez por uma alienação de si mesmo. A título de ilustração, o
recorte de depoimento de um paciente, mediante uma pergunta sobre o tipo do seu câncer. Esse
responde, imediatamente: “O meu câncer é sentimental! Sei exatamente o dia e a hora que ele
começou. Foi no dia que eu briguei…”.
A associação de ideias, imagens, fantasias, sentimentos, memórias, fatos, cores, cheiros, não
importa, no garimpo dos conteúdos psíquicos é possível a compreensão da interpretação elaborada
pelo paciente e o seu entendimento dos acontecimentos do passado ou de aspectos atuais, uma vez
que, a temática vai sendo envolvida e circunscrita com elementos que viabilizam à amplificação do
problema, quer seja, pela aproximação com aquilo que de fato é o âmago da questão ou, quer seja
pela influência da percepção e da tendência motivacional, no modo de agir, sentir, pensar e viver.
Posto isto, verifica-se que o paciente mesmo doente, pode se apresentar com uma atitude de
enfrentamento salutar, ou não, até mesmo nem enfrentar, permanecer passivo e não aderente ou
rebelar-se perante a experiência de ser “castrado”, por não reconhecer a sua real condição de saúde
ou pelas limitações que o deixa à mercê do outro e até mesmo, coloca-o à beira da morte. A
intervenção psicológica pode auxiliar em situações adversas, de crises e tão paradoxais no sentido
que os infortúnios vem carregados de caracteres do revés e do fértil. Sair da zona de conforto é
difícil e exige sacrifícios, mas, na crise é preciso ampliar a consciência e acordá-la para que o
inconsciente possa contribuir para a inovação e reinventar, caso a situação experimentada, requeira
uma saída com algum crescimento transformador.
Sempre que o psicólogo compartilhar alguma associação, interpretação ou até mesmo sobre a
ausência dela por parte do paciente em relação a temática do atendimento, aquele deve ter muita
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 25
setting terapêutico do paciente (quarto) está eticamente entrando num templo. Enquanto crença de
uma força ordenadora superior a nós e a ciência de que somos um nada de um todo, de um tudo
processual (FRANZ, 1999).
É preciso estar atento a todos os pormenores que envolvem o doente e a ambientação
hospitalar. Acompanhar e estar sempre atualizado em relação ao estado de saúde, intervenções mais
invasivas e exames corriqueiros, uma vez que, dependendo do modo de perceber e da compreensão
que o paciente tem, uma simples agulha pode lhe ser assustadora e um exame invasivo pode lhe
deixar tranquilo, porque estará dormindo, mesmo que esse exame tenha um índice alto no risco de
complicações e mortalidade. Enfim, são estas entre outras diferenças que precisam ser apreendidas
pelo psicólogo para que a sua intervenção realmente tenha uma contribuição efetiva e eficaz para a
equipe, paciente, familiar e o doador.
O paciente precisa de um olhar e de uma escuta atenta e respeitosa, uma vez que, está sendo
convidado para o exercício de uma exploração no garimpo dos componentes da própria psique.
Compreendendo que explorar vem de explicitar (explicitare, ou seja, realizar, levar a cabo,
aproveitar até o fim, extrair), ainda segundo Esquirol (2008, p.42), explorar é extrair e aproveitar-se
do que foi extraído. Nessa exploração da condição psicológica, o psicólogo, tem como objeto de
estudo a psique, portanto, a exploração tem como Norte o desenvolvimento do processo de
individuação, de autoconhecimento daquele que lhe confia seus guardados, quer estejam na
compreensão consciente ou estejam invisíveis e acobertados no mais profundo da sua psique.
Espera-se que sempre possa estar com o fio condutor elencado na sua interioridade e desfrutando
das crises como se fossem grandes oportunidades de crescimento próprias para a sua jornada.
É verdade que a vida, os complexos, a doença, tratamentos, entre outros fenômenos, possuem
a potencialidade de se manifestarem de formas construtivas e destrutivas. A vida desafia, não dá
garantias, exige, força e cobra, mas, também é prodigiosa. Ela põe cada qual em curso e no encontro
do seu genuíno ouro, mas, não necessariamente no suposto curso em que estava em curso. Os
complexos se tornam evidentes no nosso dia a dia, no nosso viver e agir, mas também se
manifestam em símbolos. Segundo Kast, (1997, p.31) entende-se por complexo:
Além disso, cada caso é imprevisível e o paciente tem muitos atributos, além da doença em si,
o psicólogo segue, mas, sempre atento aos acontecimentos, aos efeitos dos conhecimentos
expressos pelo paciente e as constelações que vão se configurando, ou seja, as manifestações dos
conteúdos psíquicos que se apresentam como complexos e que como tais interferem, perturbam,
alteram a percepção e podem até exacerbar a sintomatologia da doença e interferir negativamente
no tratamento. Mas, sua interferência vai para além disso, mobilizam a libido, influenciam na vida
como um todo, para aquele que se encontrar constelado e preso na dinâmica advinda do complexo.
É de responsabilidade, também, do psicólogo apresentar autonomia de ser consciente e
realizar a obra e enquanto gENTE, deixar-se, ser realizado nas próprias carnes pelo opus. Precisa
ser gente e não apenas agente da ordem e progresso, agentes da humanização, agentes das novas
comunidades, teorias e modas hegemônicas do estado! Aliás, aonde que os valores ficaram e se
perderam, em relação a condição de ser gENTE?
Esta condição é premente para a saúde, portanto, também é um fomento significativo do
adoecimento de cada um, independentemente de ser o paciente da vez.
Citando C. G. Jung, “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma
alma humana, seja apenas outra alma humana” (1988).
Se após o fechamento do dia, no contexto hospitalar, o psicólogo tiver realizado com
amorosidade, disciplina, sensibilidade, respeito e competência o opus do seu trabalho junto com
aquele que lhe confia o seu ouro, lapidado ou não, quiçá possa dormir tranquilo, com menos
angústia e mais satisfação por contribuir para o bem-estar e desenvolvimento daqueles que
confiaram e precisaram da sua escuta atenta e respeitosa. Que nos sucessivos encontros, ambos
(paciente e psicólogo) tenham se importado um com o outro, de tal forma que se sintam tocados em
suas almas e tenham suas carnes psíquicas trabalhadas.
Finalizamos, com o nosso maior respeito e sinceros agradecimentos a todos os pacientes que
tanto nos ensinam!
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 29
Referências:
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paciente que se submete ao TCTH. XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de
Medula Óssea. Anais do XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea.
Foz de Iguaçu, PR. Pôster Multiprofissional (PM-16).
7. SANTOS NRC, DÓRO MP, NABHAN SK. (2015). Adoecer no Adolescer: Reflexões a
Cerca da Doença Hematológica e Oncológicas na Adolescência. Congresso da Sociedade Brasileira
de Psicologia Hospitalar. SBPH. Centro de Convenções Rebouças. São Paulo, SP. Setembro, 2015
http://congressosbph2015.com.br/index.php/en/programação.
8. ZAMPIROM K, SANTOS NRC, OKUMURA IM, LEVISKI LB, DÓRO MP. (2015). A
Mitologia como Recurso da Psicologia Analítica para a Compreensão da Experiência Profissional
dos Residentes de Psicologia. XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula
Óssea. Anais do XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Foz de
Iguaçu, PR. Pôster Multiprofissional (PM-19).
9. DÓRO MP, LEVISKI BL, OKUMURA IM, ZAMPIROM K, SANTOS NRC, FUNKE
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Paciente com Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro Crônica. XIX Congresso da Sociedade
Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Anais do XIX Congresso da Sociedade Brasileira de
Transplante de Medula Óssea. Foz de Iguaçu, PR. Pôster Multiprofissional (PM-18).
10. DÓRO MP, LEVISKI BL, OKUMURA IM, ZAMPIROM K, SANTOS NRC, NABHAN
SK. (2015). Estratégias de enfrentamento dos pacientes submetidos ao Transplante de Células-
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Anais do XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Foz de Iguaçu,
PR. Pôster Multiprofissional (PM-24).
11. DÓRO MP, OKUMURA IM, SANTOS NRC, LEVISKI BL, ZAMPIROM K,
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pacientes com Leucemia Mieloide Crônica (LMC). XIX Congresso da Sociedade Brasileira de
Transplante de Medula Óssea. Anais do XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de
Medula Óssea. Foz de Iguaçu, PR. Pôster Multiprofissional (PM-26).
12. SANTOS NRC, ZAMPIROM K, PEREZ JO, HEINEM GTC, FRANCIOTTI DL, DÓRO
MP, SANTOS DR, CAMPOS DJ, BONFIM CMS. (2015). Comemoração da Pega Medular: relato
de uma ação de humanização no Serviço de Transplante de Medula Óssea. XIX Congresso da
Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Anais do XIX Congresso da Sociedade
Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Foz de Iguaçu, PR. Pôster Multiprofissional (PM-38).
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 38
13. DÓRO MP, OKUMURA IM, SANTOS NRC, LEVISKI BL, ZAMPIROM K, KOJO KT.
(2015). Intervenção Psicológica estendida para o Pós Morte: um Ritual de Despedida e de acalanto
para aqueles que ficam. XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea.
Anais do XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Foz de Iguaçu,
PR. Pôster Multiprofissional (PM-52).
14. LEVISKI LB, DÓRO MP, SANTAREM I, SANTOS DR. (2015). Acolhimento como
Modalidade de Atendimento Interdisciplinar em um Ambulatório de Transplante de Medula Óssea.
XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Anais do XIX Congresso
da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Foz de Iguaçu, PR. Pôster
Multiprofissional (PM-01).
15. LEVISKI LB, DÓRO MP, ZAMPIROM K. (2015). CRISE: Uma Oportunidade para
Despertar a Alma. XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Anais
do XIX Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea. Foz de Iguaçu, PR.
Pôster Multiprofissional (PM-02).
16. DÓRO MP, OKUMURA IM, SANTOS NRC, LEVISKI BL, ZAMPIROM K, KOJO KT.
(2015). Intervenção Psicológica estendida para o Pós Morte: um Ritual de Despedida e de acalanto
para aqueles que ficam. IV Congresso de Humanização da PUC-PR. Curitiba, PR.
Poster: http://anais.congressodehumanizacao.com.br/files/2015/11/1012015.pdf. Segue link do site
dos anais: http://anais.congressodehumanizacao.com.br/.
18. PEREZ JO, SANTAREM I, COLETTO NCS, SANTOS DR, DÓRO MP. (2015). A
Importância de um Espaço de Diálogo para o Enfrentamento de uma Situação de Morte entre um
Grupo de Residentes Multiprofissional. IV Congresso de Humanização da PUC-PR. Curitiba, PR.
Poster: http://anais.congressodehumanizacao.com.br/files/2015/11/1012015.pdf. Segue link do site
dos anais: http://anais.congressodehumanizacao.com.br/
19. DÓRO MP, ANTONECHEN AC, OKUMURA IM. (2015). Pain, Patients` Needs and
Health-Related Quality of Life. In: MOHAN, B. (Org.). Construction of Social Psychology:
Advances in Psychology and Psychological Trends Series. 1ed. Lisboa: Inscience Press. p. 59-68
The electronic version is already available on our website www.insciencepress.org - and the direct
link to access and download the book is http://insciencepress.org/construction-of-social-
psychology/.
20. DÓRO MP, PELAEZ JM, DÓRO C, ANTONECHEN AC, MALVEZZI M, BONFIM
CM, FUNKE VAM. (2015). Psicologia e musicoterapia: uma parceria no processo psicoativo dos
pacientes do Serviço de Transplante de Medula Óssea. Rev. SBPH. v.18, n.1, Rio de Janeiro –
Jan./Jul. – página 105-130. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=1516-
085820150001&lng=pt&nrm=iso
2. OKUMURA IM, DÓRO MP. (2016). Chronic Myeloid Leukemia Patients: Quality of Life
and Personality". Journal of Patient Experience.
6. DÓRO CA, ZANIS-NETO J, DÓRO MP. (2016). Music Therapy Improves the Mood of
Patients Undergoing Hematopoietic Stem Cell Transplantation. Bone Marrow Transplantation.
http://www.scirp.org/journal/JCT/
3. Pacientes com LMC do STMO: associações com Qualidade de Vida, Ansiedade, Depressão,
Resiliência e Adesão. Pesquisadora Principal Maribel Pelaez Dóro com a participação das
assistentes de pesquisa, Residentes da Psicologia: Aline Cristina Antonechen e Iris
Okumura. CAAE: 38720714.6.0000.0096. Número do Parecer Consubstanciado do CEP:
928.628. Resolução CNS 466/2012.
Desenho do Estudo: Ensaio Clínico, Randomizado, Observacional e Transversal. Curitiba,
2014. EM ANDAMENTO.
1 O AMBULATÓRIO
1.1.3 Copa
A copa é para funcionários, residentes e estagiários do STMO, possui micro-ondas, forno,
pia e Geladeira, para guardar os alimentos na geladeira é necessário etiquetar os alimentos com
nome e data. O café que é feito pelos funcionários pode ser consumido, desde que seja contribuído
financeiramente com R$5,00, para a equipe da manhã e R$5,00 para a equipe da tarde.
1.2 ROTINA
Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
Reunião Clínica
07:30 - 08:30 Supervisão e
Tutoria e
Pesquisa de Assistência
08:30 - 09:30 Reunião Inter. Assistência e Pesquisa SMD
SMD Estudos e
09:30 - 10:30 Aula do Eixo trabalhos
Específico teóricos ou
Assistência Reunião Teórico Assistência
Clínica Aula Eixo de Extra
Grupo de
10:30 - 11:30 Concentração e
Estudos P.A.
Pesquisa SMD
Visita
11:30 - 12:30 Almoço Almoço Supervisionada
12:30 - 13:30 Almoço Almoço Almoço Almoço
Pesquisa LMC e
14:30 - 15:30 Assistência Aula do Eixo Assistência
Transversal e Estudos e
15:30 - 16:30
Pesquisa SMD Assistência Assistência Trabalhos
16:30 - 17:30 Teóricos
Reunião Psico- Reunião OH
17:30 - 18:30 Onco
1.2.3 Hospital-Dia
Quando o paciente atinge um estado favorável de saúde na enfermaria do STMO (15º
andar), o mesmo tem alta e passa a ser acompanhando no hospital dia, a frequência desse depende
da performance física, das condições socioeconômicas e da compreensão cognitiva para o
autocuidado, mas em sua maioria são atendidos no ambulatório diariamente para medicações, o
tempo que eles ficam nesse espaço é especifico para cada um.
Os pacientes em hospital dia ficam na Sala de Medicação ou em Quartos de Isolamento.
Para o acompanhamento em sala de medicação, costuma-se utilizar uma cadeira da própria sala,
posicioná-la de tal forma que possa ocultar o rosto do paciente e o corpo do profissional possa
configurar uma barreira de isolamento para as manifestações emocionais e narrativas expressas.
Somente quando a enfermagem liberar poderá conduzi-lo para o consultório da Psicologia, com o
carrinho das medicações, como nos casos em que a infusão do antibiótico seja lenta, com duração
longa, assim, poderá ficar até finalizar o medicamento. Com a melhora do seu estado clínico a
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 46
tendência do paciente em hospital dia é espaçar suas vindas ao ambulatório, quando o mesmo ganha
alta do hospital dia, passa a vir para consultas no ambulatório do Pós-Transplante.
No ambulatório existem dois tipos de isolamento, coletivo e individual, isso vai depender
dos motivos do isolamento, e deve ser verificado com a equipe de enfermagem antes de iniciar o
atendimento. É recomendável que o acompanhamento seja feito dentro desse local. A) no
isolamento individual, fica no quarto apenas 1 paciente e seu acompanhante, casos específicos onde
o paciente tenha necessidade de atendimento individual, solicitar que o acompanhante se ausente do
quarto. B) no isolamento coletivo, existem outros pacientes ocupando o mesmo espaço, em casos
onde exista a necessidade de acompanhamento individual deve-se pedir autorização a enfermagem
para retirá-lo do isolamento. Nos casos em que a enfermagem autoriza a saída deste do quarto de
isolamento, solicitar a orientação da equipe quanto aos cuidados, limpeza dos móveis quais ele
tocar, ou desinfecção total do ambiente utilizado.
Antes de entrar no quarto de isolamento, o profissional deve seguir o procedimento padrão
de higienização das mãos, e seguir as orientações da placa na porta, tanto para o uso de avental,
como máscara e luvas. Quando houver a necessidade do uso de materiais, como formulários entre
outros, esses devem estar plastificados para a devida higienização após o uso. Ou em caso de
desenhos e pinturas, solicitar ao paciente a autorização para fotografar e manter o material gráfico
no quarto do mesmo.
tal procedimento será tomado e o mesmo deve receber explicações dos motivos, essa comunicação
se justifica se for em decorrência de alguma necessidade de proteção para o paciente, uma vez que,
o conteúdo é sigiloso.
análise e promover a elaboração das dificuldades e o enfrentamento das mesmas, de acordo com as
singulares de cada um. As psicólogas do STMO têm como fundamentação teórica norteadora da
prática clínica a Psicologia Analítica (PA), portanto, esta intervenção se realiza através de
atendimentos analíticos que auxiliam nas adequações e nos avanços do processo de individuação,
ou seja, do autodesenvolvimento. Para este atendimento clínico é premente que o profissional
considere a possibilidade de existir uma diferença no tempo cronológico advinda do tempo Kairós
(interno) para o paciente, ou seja, este pode requerer um tempo cronológico maior ou menor para
processar e elaborar seus questionamentos, angústias e administração dos problemas, perdas
advindas da doença, do tratamento, do contexto de inserção e/ou da própria condição subjetiva
proveniente das tendências da personalidade. Posto isto, fica subentendido que este atendimento
clínico requer, em muitos momentos, um horário ampliado, uma vez que, ao entrarmos em contato
com conteúdos simbólicos, estes contêm uma representação que condensa uma somatória de
significados não plausíveis de separações internas.
Obrigatório. Disponibilizar-se para o paciente, no mínimo, 3 vezes por semana. Quando não
houver tempo ou condições adequadas para a realização do atendimento (visita,
indisposição/sonolência do paciente, atendimento de outros profissionais da equipe, exames,
alterações metabólicas, neurológicas, intubações, estado sedativo, sessões de radioterapia), é
importante que seja acompanhado e evoluído em prontuário, no SIH e nos registros internos da
psicologia a tentativa de atendimento, a indisponibilidade clínica e a recusa do paciente e/ou do
cuidador informal.
c) Atendimento/Acompanhamento ao Familiar/Cuidador
Obrigatório um primeiro atendimento ao cuidador primário quando o paciente é internado.
Após, deve ser feito caso se perceba demanda nos acompanhamentos realizados pela psicologia,
exemplificando, uma intervenção necessária para alguma orientação ou avaliação da percepção
diante de adversidades ou tomadas de decisões dos médicos que requeiram uma compreensão e
posicionamento dos familiares. Além do cuidador primário, pode ocorrer a necessidade de atender
irmãos ou filhos dependendo da condição clínica e do prognóstico do paciente. No caso de óbito, a
atenção se estende aos familiares que ali comparecerem. Porém, é eleito um cuidador central para
que o mesmo transmita as informações e atualizações para os outros familiares, o cuidador
selecionado, torna-se o porta voz, em relação as temáticas que envolvem às condições clínicas, os
diagnósticos e prognósticos de irreversibilidade. Para selecionar o cuidador porta voz, deve-se
considerar inúmeras variáveis, tais como: idade, qualidade do vínculo afetivo com o paciente,
condições psicológicas e legais para tal responsabilidade, estar apto a tomadas de decisão perante a
impossibilidade do paciente, capacidade de compreensão cognitiva e emocional, entre outros
fatores.
paciente ser avaliado e atendido, com intuito de conhecê-los e melhor auxiliá-los no processo de
TCTH. A entrevista também serve para que o serviço possa ter um parâmetro da condição de saúde
global e da qualidade de vida basal, para tal conhecimento, serão realizadas perguntas com assuntos
mais abrangentes e outros mais específicos da rotina e da vida dele. Para esse procedimento de
intercâmbio de informações é preciso de 1 a 3 consultas, ou mais se for necessário. Portanto o ideal
é obter a lista dos nomes dos pacientes do pré-TCTH e agendá-los com um mês de antecedência do
TCTH. Quando o paciente é adulto, deve ser atendido individualmente e posteriormente o paciente
com o familiar para observar e investigar a qualidade do vínculo e da relação. Caso, não consiga
realizar a avaliação no ambulatório é necessário que a Psicóloga do ambulatório se dirija e realize
no 15ª, nos primeiros dias de internação o protocolo do pré-TCTH antes do paciente se submeter ao
transplante.
O protocolo é composto por TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido), um
questionário Demográfico BASAL e Opinião pessoal, uma escala de Distress, um questionário de
qualidade de vida WHOQOL, questionário sobre a percepção da vida sexual, MoCA-B, Escala
Geral de Ansiedade-7 (GAD-7) e Questionário sobre Saúde do Paciente-9 (PHQ-9). Anteriormente
a escala HAD era utilizada para avaliar ansiedade e depressão, porém, foi percebido que a
sensibilidade de mensuração deste instrumento foi baixa para a nossa população avaliada, sendo
substituída por escalas específicas de mensuração de ansiedade e depressão.
A escala GAD-7 avalia alguns sinais e sintomas de Transtorno de Ansiedade, e o
questionário PHQ-9 investiga a presença ou não de Transtorno Depressivo. Ambos são
classificados como instrumento breve para triagem na avaliação de diagnóstico e monitoramento da
ansiedade de acordo com os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais –
DSM-V, e para classificação de níveis de gravidade.
O MoCA-B tem uma função de rastreamento, de triagem, ou seja, mostra se tem alguma
deficiência que precisa passar por uma avaliação especifica. O objetivo da inclusão do mesmo,
neste protocolo é saber se o paciente tem condições de compreender as orientações de autocuidado
fomentadas pelo médico e a equipe de enfermagem, enquanto que para a psicologia é perceber de
imediato as condições de entendimento cognitivo para integrar com outras observações clínicas a
interferência maior ou menor dos afetos na compreensão dos conteúdos sub/objetivos na dialética
constituída nos atendimentos psicológicos.
Após a conclusão do processo avaliativo é necessário realizar um fechamento (feedback),
assim como, uma devolutiva elencando os principais e mais importantes dados da entrevista para o
mesmo. Após isso, esses dados devem ser transmitidos para a psicóloga da Enfermaria do STMO,
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 52
que acompanhará o paciente durante todo o internamento. É fundamental que seja feita a evolução
em prontuário impresso e eletrônico (15º andar), contendo uma síntese da avaliação e orientação
quanto ao prognóstico psicológico, considerando a psicodinâmica dos pacientes, suas estratégias de
enfrentamento, suas expectativas frente ao transplante, os fatores de proteção e de risco, os
resultados, e se necessário apresentar sugestões e orientações a equipe de saúde que vai acompanhá-
lo.
Aplicar o mesmo protocolo de avaliação pré-transplante adulto após 1 ano de transplante,
conforme mencionado no pré-transplante. Com objetivo de comparar o momento anterior e
posterior ao transplante, aplica-se o mesmo protocolo. Os protocolos de avaliação que já foram
aplicados antes do TCTH, ficam guardados em caixa preta, separado por ano no armário da sala da
Psicologia. Colocar as respostas do paciente em outra cor de caneta (vermelho). É importante
sempre visualizar o arquivo do Excel “Sistematização dos dados de TCTH”, quais são os pacientes
que completam 1 ano de TCTH e verificar no SIH a data que o paciente terá consulta médica para
que assim nessa data seja programada para realizar a pesquisa, dentro do prazo estipulado. Caso o
paciente tenha falecido, isto deve ser registrado na folha do protocolo do pré-transplante, na ficha
do mesmo e no banco de dados dos pacientes de 1 ano pós TCTH, se for possível pelas informações
do prontuário do paciente ou até mesmo do acompanhamento/atendimento da psicóloga anotar a
causa do óbito e o desfecho em termos da avaliação da psicologia (caso estivesse sendo
acompanhado pela mesma).
c) Pesquisa com Pacientes com Leucemia Mieloide Crônica (LMC) (ANEXO IV)
Às segundas-feiras a tarde deve ser reservada especificamente para pesquisa em pacientes
com LMC. Os pacientes chegam para a consulta a partir das 11:00, pois a consulta é por ordem de
chegada, os prontuários estão na prateleira da recepção, que vai atendendo os pacientes por senha e
vai colocando os prontuários na ordem. Os pacientes ficam aguardando na sala de espera dos
adultos.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 53
É importante que antes de iniciar a pesquisa, o Psicólogo imprima a lista dos pacientes que
tem consulta nesse dia (poderá solicitar essa lista impressa para os profissionais da recepção).
Comparar e conferir os nomes dos pacientes na lista com o arquivo em Excel denominada “Lista de
Pacientes” que fica salva no notebook da coordenação da Psicologia do STMO e no Dropbox na
pasta de LMC se o paciente já participou da pesquisa e também é necessário conferir no arquivo
“Sistematização dos Dados de LMC” se o paciente participou de todos os questionários da pesquisa,
especificamente CD-RISC 10.
A pesquisa tem início as 12:30, realizada pelo psicólogo responsável pelo ambulatório, que
seleciona o ultimo prontuário da ordem e convida para a pesquisa dentro do consultório da
Psicologia, os critérios de inclusão são: pacientes diagnosticados com LMC, maiores de 18 anos,
sem indícios de confusão mental por déficit cognitivo e que tenham o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE) assinado. A pesquisa conta com os seguintes questionários: a)
Demográfico-clínico; b) Opinião pessoal do paciente: sobre sua percepção acerca do tratamento,
doença e qualidade de vida; c) EORTC QLQ-C30: qualidade de vida; d) GAD-7: Avaliação no
nível de ansiedade, e) PHQ-9: Avaliação do nível de depressão; f) CD-RISC10: escala de
resiliência. Ao final de cada pesquisa realizada devolve-se o prontuário para sua ordem inicial, não
prejudicando assim seu tempo de espera pela consulta médica. O atendimento médico inicia às
14:00 e vai até às 17:00.
duas vezes com o mesmo paciente. Importante dar prioridade para pacientes adultos (quanto mais
idade melhor), para participar da pesquisa, uma vez que, quanto mais idade o paciente tiver, maior é
a probabilidade de mortalidade por uma manifestação neoplásica ou outras intercorrências.
e) Pesquisa com Pacientes com Mielodisplasia (ANEXO VI)
Para pacientes com idade ≥18 anos; com, no máximo 3 meses de diagnóstico e sem ter
realizado tratamentos prévios para a doença, exceto o uso de antibiótico, antiviral, antimicótico,
vitaminas e transfusões. Trata-se de um estudo multicêntrico, observacional, longitudinal, de coorte
prospectiva, cujo gerenciamento da pesquisa se concentra em Roma (Itália). Objetiva-se avaliar a
qualidade de vida de pacientes com Síndrome Mielodisplásica (SMD), considerando a principal
queixa destes: a fadiga. Os participantes terão que responder aos questionários FACIT-Fatigue, EQ-
5D, EORTC QLQ-C30, Escala de Controle das Preferências em vários momentos – após a primeira
consulta de início de tratamento médico, depois do primeiro, segundo, sexto, décimo segundo mês e
a cada seis meses em diante. Será coordenado pelas Psicólogas Dr.ª Maribel Pelaez Dóro e Iris M.
Okumura e pela médica Msc. Dra. Larissa A. Medeiros.
Pré-TCTH:
Após a avaliação pré-transplante (pediátrico, adolescente e adulto) é necessário inserir na
“pasta casos clínicos” um documento em Word que descreva a história clínica e pessoal do
paciente, além de elencar os fatores de risco e proteção. É necessário que este arquivo seja
atualizado, com novos registros, durante o período de internação do paciente a partir dos
atendimentos e acompanhamentos psicológicos. Posteriormente, o paciente retornará para o
ambulatório e caso seja necessário terá continuidade por parte da psicologia.
Também o questionário de opinião pessoal, sexualidade e perfil da Condição Psicodinâmica
do Paciente estão online no Sistema Informatizado nos computadores do 15ª andar (STMO). Assim,
logo que o paciente internar o psicólogo precisa preencher no sistema.
É obrigatório preencher o perfil da Condição Psicodinâmica do Paciente. (Vide primeira
página do ANEXO I)
Importante: Caso o paciente recusar o convite para participar das pesquisas (LMC, AF e
Avaliação de Pré e Pós Transplante, SMD), é necessário evoluir no prontuário e também informar
na planilha em Excel da lista do pacientes, a data e o motivo da recusa.
Assim se houver alguma intercorrência, fica especificado e oficializado que a psicologia fez
a sua parte, mas, que o paciente fez a opção de não aceitar o atendimento. Lembrando que isto nem
sempre se configura como resistência ou não-aderência as propostas de ajuda, pode ser que o
mesmo já realize um trabalho de análise com outro profissional. Outro motivo para a recusa pode
ser pela debilidade e performance física e clínica, ou ainda, pelas características de personalidade,
onde prefere se aquietar, preservar sua energia, para posteriori compartilhar ou mesmo que faça
parte do processo criativo dele, portanto, deve ser compreendido e respeitado o seu posicionamento.
1.5.2 Fichas
O objetivo desse registro em fichas é facilitar a localização do paciente que já foi atendido,
mas, no Livro de registro do paciente não está em ordem alfabética, uma vez que a entrada deles é
aleatória. Assim, o fichário segue a ordem alfabética, o que possibilita a rapidez na obtenção da
informação do número original de identificação. Há vários modelos diferentes no preenchimento
das fichas, sendo que o utilizado atualmente será ilustrado e descrito a seguir. Coloca-se nome,
número do registro interno da psicologia, RG-CHC do paciente, data da admissão na unidade,
diagnóstico, idade e data de nascimento, tipo de transplante, nome do profissional que o atendeu,
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 56
observação - evolução clínica, história, aspectos relevantes sobre o paciente -, e data da alta/óbito.
Exemplo:
JOÃO DA SILVA 556
RG-CHC: 2222222-2
Admissão: 03/09/2014
Diagnóstico: AAS
Idade: 30 (01/01/1984)
Obs.: Procedente de Salvador-BA; ex-alcoólatra; relacionamento complicado com o irmão e a família; sem
acompanhante; religião Testemunha de Jeová.
* Nesse local tem número com hífen e um número posterior. Esse número se refere ao
registro da internação. O número não é coincidente por ter sido inserido, primeiro, para controle na
internação e, posteriormente, foi implementado para controle oficial do ambulatório. É importante
que em ambos os livros (Internação e Ambulatório) os números estejam sempre atualizados.
Conforme no exemplo a seguir:
Livro do paciente no ambulatório: Paciente Maria - número do registro interno em relação à
Psicologia é 34.
Livro do paciente na internação: Paciente Maria - número do registro interno em relação à
Psicologia é 556.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 57
1.5.4 Prontuário
Os prontuários dos pacientes em hospital dia, se localizam dentro da sala de medicação em
prateleiras acima da mesa da enfermagem. Quando o paciente ganha alta e espaça seu
acompanhamento, sua pasta é arquivada junto a recepção, em um armário atrás da mesa, separados
por ordem alfabética. No caso dos pacientes ambulatoriais, quem vem para consulta médica apenas,
o prontuário fica no arquivo, e os responsáveis pela busca deles é a recepção, para evoluir nesses
prontuários basta solicitar junto a um recepcionista. Na evolução, deve constar: data, profissão,
descrição do tipo de contato realizado e com quem – atendimento/acompanhamento ao familiar, ao
paciente ou ao doador, relato do atendimento/acompanhamento considerando aspectos importantes
sobre a pessoa e relevantes para a equipe, finalizar com a conduta – ex: acolho com o objetivo de;
investigo se; busco contato com; coloco-me à disposição; oriento para; mantenho
acompanhamento -, assinatura e carimbo do profissional responsável pelo
atendimento/acompanhamento e carimbo da preceptora com a descrição “sob supervisão da
Psicóloga Maribel Pelaez Dóro.”.
Importante evoluir os prontuários que estão no arquivo e comunicar à recepção que estará na
sala da Psicologia para que a preceptora possa com recorrência averiguar e assinar.
1.5.5 SIH
Todos os atendimentos psicológicos, acompanhamentos e as pesquisas realizadas devem ser
registradas no Sistema de Informações Hospitalares (SIH). O profissional terá acesso ao SIH no
computador que está localizado na sala da Psicologia.
Registro no sistema para atendimentos sem agendamento prévio:
a) Username conforme registro do patrimônio. Ex: HC1300
b) Entrar com o codnome (MARIBEL) e senha;
c) Acessar AM- AMBULATÓRIO
d) Digitar “A” – AGENDAR CONSULTAS NORMAIS
e) Digitar o número de registro do paciente (RG-HC), ou apertar F2 para pesquisar,
digitando duas vezes suas iniciais. Exemplo: João Pedro Mello, digitar na busca JJ PP
MM, e apertar enter.
f) Tipo de consulta “R” - RETORNO;
g) Origem do paciente: “2”
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 58
h) Ambulatório “309”
i) Após isso teclar ENTER
j) Profissional “Maribel”
k) Em seguida aparecerá horários disponíveis, escolher um horário e apertar enter.
l) Código de transição: teclar ENTER para pular
m) Agendar? assinalar com “N” ou “S”, assinalar “S”
Agendamento de Consulta
Quando a consulta é agendada com antecedência, é necessário fazer o mesmo procedimento,
agendando no SIH o dia e horário do atendimento para que a Recepção localize o prontuário no
Arquivo Central, e assim esteja presente no dia do atendimento.
Confirmação da Consulta
a) Volta na tela inicial do ambulatório, optar por “E” REGISTRAR PRESENÇA
b) Preencher as lacunas com: Ambulatório 309
Data: anterior a realização do atendimento
Medico: Maribel (enter)
c) Encontrar o registro que deseja confirmar, colocar o cursor na frente e teclar “enter”
d) Apertar F10 para confirmar
e) Preencher conforme o pedido:
Primário: CID D609
Confirmado: “N”
Código do procedimento: 396 para atendimento psicológico, 41398 para acompanhamento
396 para atendimento psicológico ao paciente e avaliação psicológica;
2 A ENFERMARIA
2.1 ESTRUTURA FÍSICA
São três alas de internação totalizando 24 leitos, sendo uma específica para pediatria.
Atualmente há o funcionamento de duas alas, por conta do número reduzido de profissionais e falta
se vários insumos. A tendência é manter em uma única ala os pacientes que estão com bactérias
multiresistentes. Há espaço específico para a chefia de enfermagem, chefia médica, equipe
multiprofissionais (2 salas), para reuniões, para plantonistas, secretaria/recepção e administração.
Importante ressaltar que a equipe multiprofissional conta com duas salas, sendo que a sala 1 é para
reuniões interprofissionais e a sala 2 para estudos, supervisões, avaliações e atendimentos clínicos
aos familiares e doadores. Devido ao alto risco de contaminação não é permitido a alimentação na
sala multiprofissional que fica dentro da ala-B.
2.2 ROTINA
2.2.1 Pacientes
Dormem até 08:00 – 08:30;
Café manhã: 08:30;
Saem do banho às 09:00 – 09:30;
Almoço: 11:30;
Merenda: 15:00;
Janta: 17:00;
Ceia: 19:00.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 62
2.2.3 Visitantes
O horário de visita para os acompanhantes é das 14h ás 17h diariamente. É obrigatório para
paciente pediátrico e idoso um acompanhante em período integral. Porém, nos casos dos adultos
caso a Psicologia avaliar a necessidade de estender o tempo de visita é discutido com a chefia e a
equipe de Enfermagem e Médica.
que esteja atualizada sobre o estado clínico dos pacientes, exames a serem realizados, intervenções
invasivas e procedimentos outros que possam gerar ansiedade, labilidade emocional entre outras
reações adversas e exacerbação da angústia do paciente. Essas reuniões também oportunizam a
intercomunicação e o conhecimento necessário para estabelecer ou não mudanças no foco do
atendimento e até mesmo a inclusão de intervenções em relação ao familiar cuidador e/ou ao doador
quando o paciente esteja em situações de alta morbidade e de mortalidade. É importante salientar
que apesar da reunião ser predominantemente de teor médico, sempre que houver relevância de um
posicionamento por parte da psicologia, este deve ser feito, porém, com muito critério e
estritamente o necessário, para não expor o paciente e manter o respeito ao sigilo.
c) Atendimento/Acompanhamento ao Familiar/Cuidador
Obrigatório um primeiro atendimento ao cuidador primário quando o paciente é internado.
Após, deve ser feito caso se perceba demanda nos acompanhamentos realizados pela psicologia,
exemplificando, uma intervenção necessária para alguma orientação ou avaliação da percepção
diante de adversidades ou tomadas de decisões dos médicos que requeiram uma compreensão e
posicionamento dos familiares. Além do cuidador primário, pode ocorrer a necessidade de atender
irmãos ou filhos dependendo da condição clínica e do prognóstico do paciente. No caso de óbito, a
atenção se estende aos familiares que ali comparecerem. Porém, é eleito um cuidador central para
que o mesmo transmita as informações e atualizações para os outros familiares, o cuidador
selecionado, torna-se o porta voz, em relação as temáticas que envolvem às condições clínicas, os
diagnósticos e prognósticos de irreversibilidade. Para selecionar o cuidador porta voz, deve-se
considerar inúmeras variáveis, tais como: idade, qualidade do vínculo afetivo com o paciente,
condições psicológicas e legais para tal responsabilidade, estar apto a tomadas de decisão perante a
impossibilidade do paciente, capacidade de compreensão cognitiva e emocional, entre outros
fatores.
aquele que vivencia a experiência sentida. Essa ação, quando possível e desejável, é realizada junto
à equipe interdisciplinar que acompanhou o paciente, de modo a possibilitar o cuidado e o auxílio
na elaboração daquele que se depara cotidianamente com a doença e morte, para que a lembrança
remanescente seja salutar. Compreende-se que o ritual de despedida pode proporcionar ao enlutado,
seja este familiar ou profissional, espaço para a organização e adequação dos recursos de
enfrentamento da angústia proveniente da perda real e simbólica, e para a constituição da
elaboração em direção ao luto, dentro de uma normalidade.
g) Atendimento ao doador
Obrigatório em caso de TCTH aparentado. A intervenção psicológica tem como objetivo
verificar o nível e a qualidade de compreensão do doador em relação ao ato de doar, assim como, as
motivações objetivas e subjetivas para a disponibilidade ou não de doar. Para tal aferição é
premente a realização da anamnese do mesmo e a inclusão do sentido simbólico do ato de doar e
consequentemente ser um doador compatível, na condição psicológica também.
personagens e imaginar possíveis caminhos para diminuir seus conflitos. Portanto, os contos
contribuem para aguçar a imaginação, manejar as angústias e favorecer o processo de simbolização.
É indicado associar a narrativa do conto com o recurso do desenho. Pois, a comunicação
simbólica expressa no desenho sobre o conto de fada escolhido pela criança, enriquece ainda mais a
intervenção e possibilita a expressão individual de cada criança com relação ao tema abordado no
conto.
2.5.1 Fichas
O objetivo desse registro em fichas é facilitar a localização do paciente que já foi atendido,
mas, no Livro de registro do paciente não está em ordem alfabética, uma vez que a entrada deles é
aleatória. Assim, o fichário segue a ordem alfabética, o que possibilita a rapidez na obtenção da
informação do número original de identificação. Há vários modelos diferentes no preenchimento
das fichas, sendo que o utilizado atualmente será ilustrado e descrito a seguir. Coloca-se nome,
número do registro interno, RG-CHC do paciente, data da admissão na unidade, diagnóstico, idade
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 70
RG-CHC: 2222222-2
Admissão: 03/09/2014
Diagnóstico: AAS
Idade: 30 (01/01/1984)
Responsável: MARIBEL
Tecla ENTER
h) F4 para alterar a situação do procedimento – A (= agendado) / R (= realizado) / C (=
cancelado);
i) F5 para excluir procedimento – Confirma: S (= sim) / N (= não) + tecla enter;
j) F12 para encerrar o sistema.
* O registro deve concordar com a data e o procedimento evoluído em prontuário.
Nas ocasiões em que isso não seja possível, em decorrência de não acesso ao sistema, ou de
tempo e até mesmo de outras prioridades, deve registrar no dia posterior e iniciar o texto com a data
do momento, escrito “em tempo” dar referência, esclarecer que o registro se refere ao dia anterior
ou ao dia em que se realizou o atendimento.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 73
3 O AMBULATÓRIO
3.2 ROTINA
Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
Estudo Estudo Estudo
07:30 - 08:30
Supervisão Tutoria
08:30 - 09:30 Reunião Clínica
Assistência Assistência Estudos e
09:30 - 10:30 Visita Super. trabalhos
teóricos e
Reunião Assistência
Grupo de Teórico Clínica Aula Eixo de Extra
10:30 - 11:30 Assistência Assistência
Estudos P.A. Concentração
* Uma vez por mês, há reunião da Comissão de Saúde. Verificar a temática de interesse da
residente e horários possíveis de acordo com a grade acima.
* Revezar com a outra R2 para auxiliar na Pesquisa de LMC (SAM 15).
* Considerando que o R2 realiza o TCR, esses horários da rotina poderão sofrer alterações,
dependendo do local da realização da pesquisa.
Caso o paciente tenha alguma intercorrência fora do horário de atendimento ambulatorial, dirige-se
à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Dependendo da situação, tem a possibilidade de ser
transferido e internado no 11º andar (Clínica Médica) ou 10º andar Quimioterapia de Alto Risco
(QTAR).
Não somente enfermeiros e médicos, mas toda a equipe pode realizar um pedido de consulta
à Psicologia, assim como a Psicóloga também pode solicitar outra especialidade quando houver
indicação para tal, seja através de preenchimento do formulário ou informalmente, por uma
comunicação presencial. Da mesma maneira, discutem-se os casos mais relevantes a serem
compartilhados com a equipe. Pode-se agendar uma reunião com os interessados ou então, ser
solicitado para discutir o caso em si.
Pré-julgamentos e Pré-Conceitos.
fundamentação teórica o que é prioridade e o que de fato é uma indicação pertinente a especialidade
da psicologia.
necessária a ajuda psicológica, abordando o paciente sempre que possível a fim de observar
algumas nuances em termos da condição emocional e do tratamento médico.
f) Atendimento ao Familiar/Cuidador
Vale lembrar novamente sobre a presença dos pais ou responsáveis pelo adolescente, os
quais poderão ser convidados para atendimento pela Psicóloga quando houver necessidade, por
exemplo, para obtenção de dados/informações sobre o comportamento, personalidade, história de
vida, qualidade do relacionamento familiar e social, entre outras questões. Podem-se utilizar
recursos e materiais complementares ao longo do atendimento. É provável que os próprios
responsáveis peçam por um feedback da Psicóloga para saber como o paciente está (modo como
percebe e enfrenta a situação adversa). Anterior a esse momento com os pais, deve-se combinar
com o adolescente que algumas informações discutidas em atendimento individual poderão ser
comunicadas aos familiares e que outros assuntos serão mantidos em sigilo. Mas, que o psicólogo e
ele, paciente, irão discutir previamente, caso, seja agendado um horário extra com seus responsáveis
legais. Só há ganhos com esse tipo de acordo a ser feito com o paciente, pois possibilita que não
haja prejuízo no vínculo psicoterapêutico com o mesmo e, ao mesmo tempo, ameniza-se a angústia
do cuidador sem ferir ou expor as particularidades do adolescente.
Outra situação que requer atendimento psicológico ao cuidador é por demanda própria deste,
seja por dificuldades pessoais, familiares, relacionadas (in)diretamente ou não ao paciente. A
Psicóloga deve estar disponível para as situações de urgência e as momentâneas, agendar os
atendimentos para trabalho psicoterápico e realizar encaminhamento quando necessário. A equipe
do ambulatório pode ser de grande ajuda na indicação de quais cuidadores primários poderão se
beneficiar dessa intervenção.
Na condução do atendimento pode ser utilizado, além do diálogo dialético, recursos e
materiais que fomentem a expressividade dos afetos e desafetos, desde que sejam trabalhados por
meio da compreensão e interpretação dos conteúdos simbólicos expressos. Se o atendimento for
realizado em conjunto com o paciente, a Psicóloga deve lembrar-se das regras da SCIH, pois há
pacientes em isolamento de contato, com bactérias multirresistentes que impedem o uso de
materiais que não possam ser desinfetados. Nos casos em que o familiar/cuidador for atendido
sozinho, isto é, distante do paciente, pode ser levado para outro recinto visando à privacidade do
conteúdo psicológico advindo do atendimento clínico.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 82
g) Acompanhamento ao Familiar/Cuidador
Os cuidadores informais que vêm junto com o paciente também podem ser acompanhados.
Conforme a demanda, inclui-se em atendimentos frequentes ou como acompanhamento psicológico.
Nessa segunda situação, a Psicóloga deve abordar para atualizar sobre a condição psicológica e
bem-estar do cuidador, mas também sobre a percepção deste em relação ao
manejo/adoecimento/tratamento do paciente, condição familiar, entre outras questões. O
acompanhamento sinaliza a disponibilidade da Psicóloga e contribui no fortalecimento do vínculo
para que o atendimento psicológico seja preconizado sempre que for preciso. Também pode ser
utilizado recursos e materiais complementares.
h) Orientação Psicoeducativa
Esse tipo de intervenção é pertinente mediante situações que exijam uma explanação mais
detalhada sobre o tratamento/adoecimento/procedimentos, sem adentrar nos aspectos da
competência médica, mas, clarificando as dúvidas e os efeitos que estas informações prévias
possam provocar no paciente ou no familiar, com a possibilidade de uso de recursos e materiais que
fomentem a expressividade dos afetos e desafetos, desde que sejam trabalhados por meio da
compreensão e interpretação dos conteúdos simbólicos expressos. A Psicóloga deve ter
flexibilidade e criatividade para adaptar a sua linguagem e modo de desenvolver o diálogo com às
pessoas que irá assistir e orientar. Pode ser feita tanto com o paciente, acompanhantes, filhos e
demais familiares a fim de aproximar o entendimento dos mesmos aos acontecimentos no ambiente
hospitalar e contexto de enfermidade.
j) Pesquisas
No momento, não há pesquisas em andamento relacionadas à rotina das Residentes. O
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para Protocolo de Anamnese aos pacientes
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 83
novos encontra-se no ANEXO II. Atualmente, não há um uso obrigatório do mesmo, apenas para os
pacientes ou familiares que por ventura seus dados poderão ser elaborados em material para aulas
ou publicações, como experiência clínica. Portanto, a anamnese caracteriza-se como atividade de
rotina, mas se houver a intenção de utilizar os dados coletados para publicação científica futura, é
essencial que haja um projeto com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Além disso, é
possível implantar outros estudos na unidade, desde que discutido e organizado a elaboração
previamente com a preceptora e obtido o aceite da Chefia da Unidade. Nesse caso, é importante
proceder de acordo com os aspectos éticos profissionais (CFP) e de pesquisa (CEP e Declaração de
Helsinque). O Trabalho de Conclusão de Residência da Psicóloga também pode ser realizado na
unidade, desde que em conformidade com as ponderações relatadas no presente tópico.
Maribel, contendo o nome completo do paciente junto ao seu registro CHC. Todas as segundas-
feiras a preceptora irá ao arquivo assinar e dar ciência nas evoluções.
Confirmação da Consulta
F12 até voltar à tela inicial do ambulatório
Optar por “E” – REGISTRAR PRESENÇA
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 85
3.5.5 Arquivo
Os materiais produzidos pelos pacientes/acompanhantes, bem como as fichas de anamnese
psicológica devem ser arquivados no fichário de acrílico. Tudo é guardado dentro de plásticos,
sendo que cada paciente tem o seu plástico etiquetado com suas iniciais, RG-CHC, e o RG-PSICO
(número do Registro interno da Psicologia) dispondo em ordem alfabética. Nesse fichário, há
divisórias com pastas em papelão que facilitam o trabalho e organização do material. Ao final do
estágio de seis meses, de cada residente, nesta unidade, estes materiais são arquivados no armário
do STMO (15º andar). Fica em outra unidade devido à estrutura física do ambulatório SAM 16 e
indisponibilidade de espaço.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 87
4 A ENFERMARIA
4.2 ROTINA
Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
Estudo Estudo Estudo
07:30 - 08:30
Reunião Clínica Supervisão Tutoria
08:30 - 09:30 Estudos e
Assistência Assistência
09:30 - 10:30 Visita Super. trabalhos
teóricos e
Reunião Assistência
Grupo de Teórico Clínica Aula Eixo de Extra
10:30 - 11:30 Assistência Assistência
Estudos P.A. Concentração
*Uma vez por mês, há reunião da Comissão de Saúde. Verificar a temática de interesse da residente
e horários possíveis de acordo com a grade acima.
*Revezar com a outra R2 para auxiliar na Pesquisa de LMC (SAM 15).
*Considerando que o R2 realiza o TCR, esses horários da rotina poderão sofrer alterações,
dependendo do local em que for realizar a pesquisa.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 89
B). Essa anamnese deve ser realizada dentro das primeiras 48h após a internação do paciente. O
prazo foi definido, pois o tempo de internamento interfere nas respostas do paciente em relação às
questões acima analisadas. Portanto, a entrevista inicial deve ser feita o mais breve possível.
Assim como no SAM 16, não é comum o tratamento de pacientes adolescentes por haver
outras instituições de referência para essa população. O CHC tem o setor de Hematologia
Pediátrica, mas fica em outro andar e no ambulatório da Clínica da Endocrinologia, é atendido pelas
residentes da Saúde da Criança & Adolescente e pelo preceptor e Psicólogo Marcus Vinícius e
Jandyra Kondera Mengarelli.
Quando um adolescente precisa se internar, é importante o estabelecimento do vínculo
terapêutico para dar seguimento ao atendimento. Para tanto, a Psicóloga deve adequar sua
abordagem e linguagem de maneira que o paciente se sinta à vontade. Acordar com o mesmo em
relação à frequência dos atendimentos semanais, conforme a demanda e intensidade do sofrimento
psíquico.
Pode ser utilizado recursos que auxiliem na condução do atendimento, tais como materiais
de papelaria, realização de atividades lúdicas, expressivas, artísticas, metafóricas, desde que sejam
trabalhados por meio da compreensão e interpretação dos conteúdos simbólicos expressos. A
Psicóloga deve lembrar-se das regras da SCIH, pois há pacientes em isolamento de contato, com
bactérias multirresistentes que impedem o uso de materiais que não possam ser desinfetados.
f) Entrevista ao Cuidador
Com o objetivo de conhecer um pouco melhor a rede de suporte do paciente, propõe-se uma
entrevista inicial semi-dirigida ao cuidador informal presente no momento da internação. Essa
anamnese (ANEXO XII) compreende o bem-estar e avaliação do cuidador, contendo questionário
demográfico, de qualidade de vida (WHOQOL-BREF 26), de resiliência (CD-RISC10) e de
sobrecarga do cuidador informal (QASCI).
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 93
g) Atendimento ao Familiar/Cuidador
O atendimento realizado ao familiar do paciente deve ser feito fora do quarto do mesmo, na
enfermaria existe uma sala de curativos que caso não esteja sendo utilizada para este fim, e com a
autorização da enfermeira chefe da unidade, pode ser um ambiente reservado e adequado para tal
acompanhamento.
Pode ser utilizado outros recursos, além do diálogo dialético, que auxiliem na condução do
atendimento, tais como materiais de papelaria, realização de atividades lúdicas, expressivas,
artísticas, metafóricas, desde que sejam trabalhados por meio da compreensão e interpretação dos
conteúdos simbólicos expressos. Se o atendimento for realizado na presença do paciente, a
Psicóloga deve lembrar-se das regras da SCIH, pois há pacientes em isolamento de contato, com
bactérias multirresistentes que impedem o uso de materiais que não possam ser desinfetados. Nos
casos em que o familiar/cuidador for atendido sozinho, isto é, distante do paciente, pode ser levado
para outro recinto visando à privacidade do conteúdo trabalhado em atendimento.
h) Acompanhamento ao Familiar/Cuidador
Após a entrevista inicial com o cuidador é avaliado se o mesmo demandará atendimento ou
acompanhamento psicológico. Também pode-se trabalhar com materiais de papelaria, lúdicos, de
leitura para complementar a intervenção psicológica realizada. Diante da não necessidade de
atendimentos ao familiar/cuidador, deve-se, ao menos, abordá-lo semanalmente para saber como
está em relação a condição emocional do mesmo e como este está percebendo o processo de doença
e tratamento do paciente. Além disso, o acompanhamento possibilita triar nuances emocionais e
narrativas com conteúdos que demonstram alguma mudança na condição psicológica e no
comportamento que sejam importantes e que requeiram uma atenção maior. Colocar-se sempre à
disposição para que o familiar/cuidador procure a psicóloga dessa unidade de internação quando
precisar.
internação curta com duração média de um dia, por isso, é provável que apenas a entrevista e um
acompanhamento sejam feitos.
Permanência
Retirada das
Retorno à para observação
Internação no dia anterior células em C. Alta hospitalar
enfermaria e realização de
Cirúrgico
curativos
j) Orientação Psicoeducativa
Esse tipo de intervenção é pertinente mediante situações que exijam uma explanação mais
detalhada sobre o tratamento/adoecimento/procedimentos, sem adentrar nos aspectos da
competência médica, mas, clarificando as dúvidas e os efeitos que estas informações prévias
possam provocar no paciente ou no familiar, por exemplo, com a possibilidade de uso de materiais
complementares. A Psicóloga deve ter flexibilidade e criatividade para adaptar a sua linguagem e
modo de dialogar com às pessoas que irá assistir. Pode ser feita tanto com o paciente,
acompanhantes, filhos e demais familiares a fim de aproximar o entendimento dos mesmos aos
acontecimentos no ambiente hospitalar e contexto de enfermidade.
l) Pesquisas
No momento, não há pesquisas em andamento relacionadas à rotina das Residentes da
psicologia. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para Protocolo de Entrevista
Admissional – 48h; Entrevista ao Cuidador; e Entrevista ao Doador deverão ser elaborados. Por
enquanto, caracterizam-se como atividades de rotina, mas com a intenção de utilizar os dados
coletados para publicação científica futura, é essencial que haja um projeto com aprovação do
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 95
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Além disso, é possível implantar outros estudos na unidade,
desde que discutido e organizado e elaborado previamente com a preceptora e ter o aceite do Chefe
dessa Unidade Clínica. Nesse caso, é importante proceder de acordo com os aspectos éticos
profissionais (CFP) e de pesquisa (CEP e Declaração de Helsinque). O Trabalho de Conclusão de
Residência da Psicóloga também pode ser realizado na unidade, desde que em conformidade com as
ponderações relatadas no presente tópico.
Em relação a esse tópico vide item 5.2 e 5.3 referente as supervisões, visitas, orientações,
aulas e tutorias
Registro no SIH
Username conforme registro do patrimônio. Ex: HC1531;
Inserir o codnome do próprio Residente ou da Maribel (MARIBEL);
Inserir a senha de acesso ao sistema do próprio Residente ou da Maribel;
Acessar IT - “INTERNAÇÃO”;
Digitar Q - “REGISTRAR PROCEDIMENTOS”;
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 96
EQ-5D: São cinco itens avaliados, sendo que cada um contém cinco alternativas por
resposta. Cada alternativa representa um nível de capacidade que varia de 1 a 5, no entanto, é
importante enfatizar que essa numeração é apenas representativa e que não tem relação com a
correção do teste. A figura abaixo, retirada do manual de correção, exemplifica essa atribuição de
níveis em cada questão. Sendo assim, nível 1 = Sem Problemas, nível 2 = Pouco Problema, nível 3
= Problema Moderado, nível 4 = Problema Severo, nível 5 = Problema Extremo. A tabulação das
respostas pode ser posta conforme esses níveis de dificuldade. Um único estado de saúde é definido
pela combinação de um nível das cinco dimensões avaliadas – Mobilidade, Autocuidado,
Atividades Habituais, Dor/Desconforto, Ansiedade/Depressão.
A Escala Visual Analógica (EVA) também deve ser marcada de acordo com a condição de
saúde percebida pelo paciente no dia da avaliação. O mesmo deve ponderar a nota que dará, sendo
100 o melhor estado de saúde vivido, e 0 o pior.
A correção pode ser feita por Perfil de Saúde, em que se divide por grupos de idade (18 a 29
anos; 30 a 39 anos; 40 a 49 anos; 50 a 59 anos; 60 a 69 anos; e acima de 70 anos), colocando o
percentual total de respostas obtidas em cada nível. A EVA pode ser categorizada por idade e o
manual sugere que se calcule as medidas estatísticas de tendência central (média) e de dispersão
(desvio padrão). Não há uma pontuação de corte definida. A análise dos resultados desse
instrumento deve ser feita em comparação com o próprio paciente (portanto, reaplicação do
instrumento por várias vezes) ou então em relação a uma ampla amostra de participantes para maior
fidedignidade do resultado.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 99
CD-RISC 10: Esta é uma versão reduzida do questionário com 25 questões. Cada
item é pontuado de 0 a 4 (Escala Likert) e o paciente escolherá a opção que melhor se identificar em
relação a situações que passou ao longo do último mês – Nem um pouco verdadeiro; Raramente
verdadeiro; Às vezes verdadeiro; Frequentemente verdadeiro; Quase sempre verdadeiro. A correção
é feita pela somatória das respostas assinaladas, sendo que quanto mais próximo de 40, mais
resiliente a pessoa é, e quanto mais distante de 40, menos resiliente é. Não há uma pontuação de
corte definida. A análise dos resultados desse instrumento deve ser feita em comparação com o
próprio paciente (portanto, reaplicação do instrumento por várias vezes) ou então em relação a uma
ampla amostra de participantes para maior fidedignidade do resultado. No entanto, o manual de
correção apresenta tabelas de estudos anteriores com a média de resiliência da população estudada,
as quais podem ser utilizadas para comparação e análise dos resultados obtidos. A cópia do manual
se encontra no SAM 15, na sala da Psicologia. Sugere-se a leitura dos seguintes artigos, indicados
pelos próprios autores do instrumento:
o CAMPBELL-SILLS L, FORDE DR, STEIN MB. (2009). Demographic and
childhood environmental predictors of resilience in a community sample. Journal of
Psychiatric Research. [Article in press].
o CONNOR KM, DAVIDSON JRT. (2003). Development of a new resilience scale:
The Connor-Davidson Resilience Scale (CD-RISC). Depression and Anxiety. v.18.
pp.76-82.
o Artigo de validação da Escala: LOPES VR, MARTINS MCF. Validação Fatorial da
Escala de Resiliência de Connor-Davidson (CD-RISC10) para Brasileiros. (2011).
Revista Psicologia: Organizações e Trabalho. v.11, n.2. pp.36-55.
MoCA-B: Trata-se de uma simples e breve avaliação cognitiva que abrange funções
executivas, evocação imediata, fluência, orientação, cálculo, abstração, evocação tardia, percepção
visual, nomeação e atenção. A pontuação deve ser atribuída a cada acerto que o paciente obtiver,
conforme as orientações do manual. A pontuação total é a soma de todas as categorias avaliadas,
sendo que se o paciente tiver menos de quatro anos de estudo, deve-se atribuir um ponto a mais no
total; e se for analfabeto, acresce-se mais um ponto. Os horários de início e término do teste deverão
ser anotados. Há artigo científico da validação do MoCA para a população portuguesa, versão
anterior ao MoCA-B, no entanto, é pertinente a leitura também.
o FREITAS S, SIMÕES MR, MARTINS C, VILAR M, SANTANA I. (2010). Estudos
de Adaptação do Montreal Cognitive Assessment (MoCA) para a População
Portuguesa. Avaliação Psicológica. v.9, n. 3. pp.345-357.
Likert) que mais se identificar – Não/nunca, Raramente, Às vezes, Quase sempre, Sempre. Para a
análise e correção da avaliação, podem-se categorizar as alternativas em Baixa, Moderada, Elevada
e Extrema. A versão reduzida é recente (2015), então ainda não há muitos estudos sobre a sua
utilização. No entanto, sugere-se a leitura dos seguintes artigos:
o MARTINS T, PEIXOTO MJ, ARAÚJO F, RODRIGUES M, PIRES F. (2015).
Desenvolvimento de uma versão reduzida do Questionário de Avaliação da
Sobrecarga do Cuidador Informal. Rev. Esc. Enferm. USP. v.49, n.2. pp.236-244.
o SOUZA LR, HANUS JS, LIBERA LBD, SILVA VM, MANGILI EM, SIMÕES
PW, CERETTA LB, TUON L. (2015). Sobrecarga no cuidado, estresse e impacto na
qualidade de vida de cuidadores domiciliares assistidos na atenção básica. Cad.
Saúde Coletiva. v.23, n.2. pp.140-149.
o MONTEIRO EA, MAZIN SC, DANTAS RAS. (2015). Questionário de Avaliação
da Sobrecarga do Cuidador Informal: validação para o Brasil. Rev. Bras. Enferm.
v.68, n.3. pp.421-428.
4.5.3 Arquivo
Os materiais produzidos pelos pacientes/acompanhantes, bem como os Protocolos de
Entrevista Psicológica ficam arquivados no armário da QTAR (10º andar) até o final do estágio da
residente presente no momento. Em seguida, estes documentos devem ser arquivados em ordem
alfabética em uma pasta/um fichário e armazenadas no armário do STMO (15º andar). Fica em
outra unidade devido à estrutura física da QTAR e indisponibilidade de espaço.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 101
5.3 TUTORIAS
As tutorias acontecem todas as sextas-feiras das 7h30 às 10h00. É um espaço em que são
discutidos temas específicos, apresentação de estudos de casos, reunião de ajustes, discussão de
resumos para congressos ou outros assuntos que precisem ser discutidos em grupo. Na tutoria se
discute temas específicos e pertinentes a fundamentação teórica em articulação com a clínica. Cada
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 104
residente pode escolher um artigo ou capítulo de livro, realizar uma resenha e encaminhar para o e-
mail psioncohemato@googlegroups.com. Uma vez por mês, uma residente é responsável para
preparar um estudo de caso (em Power Point) e apresentar na tutoria, mas, deve enviar com
antecedência para o e-mail da psioncohemato@googlegroups.com.
Assim, no dia da apresentação, os questionamentos surgem e a discussão é profícua, todos
participam da mesma com ponderações e argumentações que denotam amplificação da
compreensão teórica.
responsável e dá ciência aos relatos sobre os atendimentos da residente da psicologia da área onco-
hematológica do PRIMAH.
Entende-se que não há necessidade de agendar um horário específico para a realização dessa
visita supervisionada, na Unidade de internação do STMO, mediante o fato de que a rotina de
trabalho da preceptora está concentrada neste local, ou seja, havendo a demanda, a mesma tem
maiores possibilidades de atender à solicitação.
práticas. As atividades teóricas são distribuídas entre o Eixo Transversal do Programa, o Eixo de
Área de Concentração e o Eixo de Área Específica de cada Profissão.
Nós não somos criadores das nossas ideias, mas apenas seus porta-vozes;
são elas que nos dão forma […], e cada um de nós carrega a tocha do
conhecimento que no fim do caminho outro a levará […]. (JUNG, 1963,
p.8).
Contatos:
Maribel Pelaez Dóro: maripdoro@uol.com.br ou maripdoro@hotmail.com
Aline Cristina Antonechen: alinecrisantonechen@gmail.com
Iris Miyake Okumura: iris.okumura@yahoo.com.br
Núbia Rafaela Coletto dos Santos: nubia.coletto@gmail.com
Bárbara Luckow Leviski: barbaraluckow@gmail.com
Keila Zampirom: keilaz@unochapeco.edu.br
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 110
AGRADECIMENTOS
ÍNDICE DE ANEXOS
ANEXO IX – SUPER-MEDULA....................................................................................................220
Psicólogo Responsável:........................................................
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 113
Material:
1. TCLE
2. Questionário Demográfico BASAL e Opinião Pessoal
3. Escala de Distress
4. Questionário de Qualidade de Vida WHOQOL
5. Escala GAD-7 – Avaliação do Nível de Ansiedade
6. Escala PHQ-9 – Avaliação do Nível de Depressão
7. Questionário sobre percepção da vida sexual
8. MoCA-B
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 114
TCLE
_______________________________________________________________________
________________________________________________________________________
____________________________________________________________
CURITIBA, __________________________
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 116
Abaixo você encontrará uma lista de perguntas que nós do Serviço de Transplante de Medula Óssea gostaríamos de
saber sobre você. Se quiser participar é só ler e marcar, nos espaços indicados, aquilo que em sua opinião, está
relacionado com o jeito que é para você atualmente.
*Distress: É definido como uma experiência emocional desagradável e multifatorial, de natureza psicológica, social
e/ou espiritual, que oscila entre a percepção da própria vulnerabilidade, tristeza, fantasias e medo ante o desconhecido.
Além disso, pode apresentar reações mais intensas como depressão, ansiedade, pânico, crises existenciais e isolamento
social.
Instrução: Primeiramente circule um número de 0 a 10 que melhor descreva a quantidade de distress que você tem
experimentado na última semana incluindo o dia de hoje.
Extremo
Distress
Moderado
Distress
Sem Distress
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 119
Por favor, leia cada questão, veja o que você acha e circule no número que lhe parece a melhor resposta.
Muito ruim Ruim Nem ruim nem boa Boa Muito boa
1 (G1) Como você avaliaria sua qualidade de vida? 1 2 3 4 5
As questões a seguir são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas nas últimas duas semanas.
Nada Muito Mais ou Bastante Extremamente
pouco menos
Em que medida você acha que sua dor (física) impede
3 (F1.4) 1 2 3 4 5
você de fazer o que você precisa?
4 O quanto você precisa de algum tratamento médico para
1 2 3 4 5
(F11.3) levar sua vida diária?
5 (F4.1) O quanto você aproveita a vida? 1 2 3 4 5
6 (F24) Em que medida você acha que a sua vida tem sentido? 1 2 3 4 5
7 (F5.3) O quanto você consegue se concentrar? 1 2 3 4 5
8 (F16) Quão seguro(a) você se sente em sua vida diária? 1 2 3 4 5
Quão saudável é o seu ambiente físico (clima, barulho,
9 (F22) 1 2 3 4 5
poluição, atrativo)?
As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de fazer certas coisas nestas últimas duas
semanas.
Muito
Nada Médio Muito Completamente
pouco
10 (F2.1) Você tem energia suficiente para seu dia-a-dia? 1 2 3 4 5
11 (F7.1) Você é capaz de aceitar a sua aparência física? 1 2 3 4 5
Você tem dinheiro suficiente para satisfazer suas
12 (18.1) 1 2 3 4 5
necessidades?
13 Quão disponíveis para você estão as informações que precisa
1 2 3 4 5
(F20.1) no seu dia-a-dia?
14 Em que medida você tem oportunidades de atividade de
1 2 3 4 5
(F21.1) lazer?
As questões a seguir perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de vários aspectos de sua vida nas últimas
duas semanas.
Nem ruim nem
Muito ruim Ruim Bom Muito bom
bom
15 Quão bem você é capaz de se locomover?
1 2 3 4 5
(F9.1)
16 Quão satisfeito(a) você está com o seu
1 2 3 4 5
(F3.3) sono?
Quão satisfeito(a) você está com sua
17
capacidade de desempenhar as atividades 1 2 3 4 5
(F10.3)
do seu dia-a-dia?
18 Quão satisfeito(a) você está com sua
1 2 3 4 5
(F12.4) capacidade para o trabalho?
19 Quão satisfeito(a) você está consigo
1 2 3 4 5
(F6.3) mesmo?
Muito Nem satisfeito Muito
Insatisfeito Satisfeito
insatisfeito nem insatisfeito satisfeito
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 120
Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):
Referência: Desenvolvido pelos Drs. Spitzer RL, Kroenke K, Williams JB, Lowe B, 2006.
Validação do questionário: Lowe B, Decker O, Muller S, et al. Validation and standardization of the Generalized
Anxiety Disorder Screener (GAD-7) in the general population. Medical care. Mar 2008;46(3):266-274. PMID:
18388841
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 122
Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):
Referência: Desenvolvido pelos Drs. Robert L. Spitzer Janet B.W. Williams, Kurt Kroenke e colegas, com um subsídio
educacional da Pfizer Inc.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 123
QUESTIONÁRIO DEMOGRÁFICO-CLÍNICO
( ) APLICA ( ) NÃO SE APLICA
Nome do acompanhante:.................................................................................................................................................
Grau de Parentesco: Pai ( ) Mãe ( ) Esposo(a): ( ) Avô(a) ( ) Tio(a) ( ) Outro......................................................
........................................................................................................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................................................................................................
Curitiba, ......./......./.......
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 129
Este texto tem como objetivo apresentar explicações e instruções para a compreensão e preenchimento da
escala proposta.
A Escala de Fatores Preditivos da Condição Psicodinâmica é uma compilação de comportamentos
conscientes e inconscientes (objetivos/subjetivos) correlacionados com o contexto de inserção dos
pacientes. Conforme a psicodinâmica dessa composição biopsicossocial e espiritual a singularidade
perceptiva de cada um vai se constituindo, ou seja, na equação pessoal está posto o modo peculiar de ser e
de se relacionar consigo próprio, com o outro e com o meio.
Essa escala propicia uma abordagem transdimensional que deve ser preenchida pelo profissional de
psicologia que baseia-se nas evidências contextualizadas, na narrativa do paciente, nas observações e
interpretações clínicas. Com a fomentação do conteúdo exposto o psicólogo pode integrar as informações
subjetivas e objetivas do respondente. Lembrando que o modo que o paciente conta a própria história e
retrata o seu contexto de inserção, já é um aspecto importante que pode contribuir na análise do seu padrão
de comportamento. Cujo, encontra-se impresso no funcionamento psicodinâmico e como tal, apresenta-se
na expressão da configuração do seu ponto de vista em relação aos fenômenos inerentes do processo da
vida.
Apesar de ser possível, não se tem a pretensão de fechar um diagnóstico conclusivo através dos resultados
advindos da anamnese realizada, cuja, é necessária para o preenchimento da escala. O que se almeja é
avaliar descritivamente o padrão comportamental e suas tendências psicodinâmicas em relação as
experiências vividas, o enfrentamento das circunstancias adversas presentes e as hipóteses na direção de
certa previsibilidade de posicionamentos peculiares no porvir de cada caso estudado. Para tal, o processo
de avaliação inicia na primeira consulta e tem continuidade nas subsequentes sempre que necessário. Pode
ser prorrogada ao longo do tempo no sentido do seguimento para atingir critérios de qualidade, de predição
de danos e em conformação com a perspectiva de assistência clínica, ensino e/ou de pesquisa.
De acordo com o método de aplicação dessa escala, a mesma, deve ser preenchida por um psicólogo
clínico após consultas que possibilitem a realização da anamnese, para tal, é premente que o profissional
tenha fundamentação teórica e tempo de trabalho clínico, devido à complexidade avaliativa. Além disso,
para uma análise dos fatores preditivos da condição psicodinâmica competente, é premente que o
profissional tenha consistência do exercício da articulação prática clínica. Estando o psicólogo habilitado
em relação a estes requisitos da complexidade analítica pode relacionar, conferir, discernir e interpretar as
informações disponíveis da anamnese, da história pessoal e relacional do paciente obtidas nas consultas
prévias.
Após a elaboração desse processo analítico, poderá correlacionar com a distribuição posta no
escalonamento aferido para cada tópico analisado e pontuado na escala complementar de caracterização
comportamental dos fatores preditivos da condição psicodinâmica. O escalonamento apresenta categorias
com tendências sobre as atitudes subjetivas em relação a frequência, intensidade e peculiaridades
representativas das ações que favorecem ou que sugerem previsão de dano. Só então, o psicólogo fará o
preenchimento da escala que deve estar locada no prontuário da equipe interdisciplinar, uma vez que, os
resultados apresentados numericamente (pontuações) e descrições informativas podem contribuir para o
entendimento da condição do paciente com fidedignidade em termos de tendências das ações e reações
comportamentais possíveis em cada estudo de caso.
Para a mensuração da escala cada item é acompanhado por uma pontuação de 5 pontos, tais como descrito
abaixo:
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 130
0: Condição Não Identificada pode ocorrer a não identificação por variáveis múltiplas, falta de tempo,
indisponibilidade do paciente ou do profissional, ocultamento, incapacidade, abordagem inadequada para a
condição emocional do paciente no momento da consulta, entre outras ocorrências.
1: Alto Risco. Condição com tendência desfavorável, por apresentar um relato pessoal e/ou
comportamentos que indicam a presença de danos, prejuízos e atitudes que denotam fragilidade,
precariedade e labilidade emocional na condição do tópico que está sendo analisado. Conferir o
escalonamento descritivo da escala. Cada item, tem um valor = 1 ponto, perfazendo um total de 40 pontos.
2: Médio Risco. Condição com tendência desfavorável, por apresentar um relato pessoal ou
comportamentos que indicam a presença de danos, prejuízos e atitudes que denotam fragilidade e
precariedade na condição do tópico que está sendo analisado. Conferir o escalonamento descritivo da
escala, similar ao de alto risco, mas com algumas variações em termos do índice de gravidade sintomática e
de comprometimento nas dimensões funcionais, cognitivas, emocionais e relacionais do paciente. Cada
item, tem um valor = 2 pontos, perfazendo um total de 80 pontos.
3: Baixo Risco. Condição com tendência favorável, por apresentar um relato pessoal ou comportamentos
que indicam a presença de certo comprometimento ou dificuldades mas sem prejuízo maior nos
relacionamentos interpessoais e no modo de enfrentar as adversidades. Enfim, as dificuldades existem,
mas, tem possibilidade de reajustamento emocional, com maior ou menor custo psíquico. Conferir o
escalonamento descritivo da escala, que é similar ao da condição favorável (pontuação: 4), mas varia em
termos das consequências serem menos ajustadas e apesar do paciente enfrentar e conduzir o conflito, nem
sempre é efetivo e eficaz. Apresenta manifestação de interferências negativas mas com um acometimento
menor em termos de frequência e intensidade em relação as dimensões da condição psicodinâmica do
paciente. Cada item, tem um valor = 3 pontos, perfazendo um total de 120 pontos.
4: Condição Favorável. Essa condição é a mais favorável para o paciente, não apenas em relação ao seu
enfrentamento da doença e do tratamento, mas sim, quanto ao seu estilo de vida, a capacidade resolutiva e
integrativa que apresenta em situações inerentes a sua experiência de vida. Conferir o escalonamento
descritivo da escala. Cada item, tem um valor = 4 pontos, perfazendo um total de 160 pontos. A pontuação
alta em cada condição é proporcional a valoração mensurada.
A elaboração dessa escala tem na sua base motivacional e operacional uma investigação diagnóstica que
propicia uma descrição interpretativa da equação pessoal intermediada por meio do funcionamento
psicodinâmico do paciente que engloba as seguintes condições: a) Clínica Geral e sua Representação
Simbólica, (8 itens); b) Condição Psicossocial e do Meio de Inserção, (8 itens); c) Condição Psicológica,
distribuída em 3 temáticas, cada qual com 8 itens, portanto esta última condição contempla um trio com 8
itens em cada, (24) enquanto que o número total da escala é igual a 40 itens.
A somatória total dos valores obtidos através da pontuação conferida e a sua divisão com o número total de
itens (40) fornecerá a equação pessoal numérica. A mesma também pode ser transmitida de forma
descritiva, não necessariamente conclusiva, mesmo assim, pode viabilizar uma compreensão do modo de
ser, relacionar e do paciente se posicionar perante as circunstancias boas e ruins do contexto da díade
vida/morte. Consequentemente, essa formatação pode contribuir na amplificação do conhecimento
subjetivo e objetivo (tendências, morbidades, experiências vividas e sentidas, fatores de risco e de
proteção) do paciente, ou seja, tem-se o perfil de uma tendência mais favorável ou não.
A realização da mensuração total dos valores obtidos através da pontuação apresentada não pode ser
dividida pelo número de respostas preenchidas, se houverem respostas não especificadas (0). Como
acontece nos casos em que não são passíveis de identificação de itens propostos na escala. Esse critério é
necessário em decorrência de que as lacunas de variáveis não mensuradas, podem pelo desconhecimento da
qualidade da sua expressão comportamental desencadear distorções (viés da mensuração) na valoração dos
resultados, tornando os achados pouco fidedignos em relação a interpretação da equação pessoal e das suas
tendências perceptivas.
É fundamental que não haja precipitação na elaboração dos resultados encontrados, uma vez que, a
aplicação e contribuição dessa avaliação se faz presente na tomada de decisão em relação à condução do
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 131
Legenda para tabulação dos dados de pesquisa (Pré-TCTH, LMC e Anemia de Fanconi)
Casado/vivendo como
E. Civil casado 0 Resposta tto Completa/parcial 0
Solteiro e outros 1 Ausência 1
Sim 0 Alo AP 0
Filhos
Não 1 Alo NAP 1
Tipo TCTH
Autólogo 2
Importância Sim 0 Haplo 3
religião Não 1
Ttos Não 0
Católico 0 anteriores Sim 1
Religião
Outros 1
QV Sim/+ ou - 0
Mais de 8 anos 0 antes/depois Não 1
Escolaridade
Menos de 8 anos 1
Mudança da Não 0
Intelectual 0 fé Sim 1
Profissão
Braçal 1
Sul/Sudeste 0
Região
Ativo 0 Outros 1
Sit. Profissional
Não ativo 1
< 3 salários
Nível mínimos 0
s.econômico > 3 salários
Provedor família Sim 0 mínimos 1
Não 1
Não 0 Não 0
Aborto Dispaurenia
Sim 1 Sim 1
Escolha Não 0
sexual e
prazer são
diferentes Sim 1
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 134
Material:
1. Questionário Demográfico-Clínico
2. Questionário Pediátrico sobre Qualidade de Vida (PedsQL)
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 135
QUESTIONÁRIO DEMOGRÁFICO-CLÍNICO
1. Identificação do participante-paciente:
1.01.Data da entrevista: _____/_____/______
1.02.Nome:______________________________________________________________________
( ) 6.Pós-Graduação
2.07.Profissão:_______________________________________
2.12.Tem irmão doente e/ou com o mesmo diagnóstico: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim: Idade________
4. História do participante-paciente
4.1. Concepção
4.1.1.Idade da mãe na época que engravidou:__________________ ( ) 0.Desconhecida informação
4.2.Condições do nascimento
4.2.1.Condições do parto: ( ) 1.Normal ( ) 2.Cesariana ( ) 3.Natural
4.2.2. Com intervenções: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim: Especificar (induzido, fórceps) _________________
4.2.3. Nasceu prematuro: ( ) 0.Não ( ) 1. Sim: Quantos meses:____________________
4.2.4. Precisou de incubadora: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim: Quanto tempo ______________________
5. História Clínica
5.1.Diagnóstico Clínico:____________________________________________________________
5.2.Tempo da doença:_____________________ 5.3.Nº de internações anteriores_______________
5.4.Data da internação:_____/_____/_______ 5.5.Data do Transplante:_____/_____/________
5.6.Fonte das células tronco/tipo de transplante:
( ) 1.Alogênico Ap. ( ) 2.NAp ( ) 3.Medula Óssea
( ) 4.S. Periférico ( ) 5.Cordão U. ( ) 6.Haploidêntico
( ) 7.Re-transplante
5.7.DECH: ( ) 1.Pele ( ) 2.Intestino ( ) 3.Fígado ( ) 4.Outro
5.8.Houve comprometido grave: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
5.9.Outras informações relevantes: ___________________________________________________
6. Opinião pessoal
6.1.Quem escolheu o nome: ( ) 1.Mãe ( ) 2.Pai ( ) 3.Irmãos
( ) 4.Avós ( ) 5.Outros: __________
6.2.O motivo da escolha do nome: ____________________________________________________
6.3.Qual o significado (sentido, razão) da doença do seu filho?
________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
6.4.Seu filho tem hábito de leitura: ( ) 0.Não ( ) 1.Sim
6.5.Em sua opinião, qual é o livro que seu filho vai escolher:
( ) 1.Chapeuzinho Vermelho ( ) 2.Cinderela ( ) 3.Rapunzel
( ) 4.Os três Porquinhos ( ) 5.Pinóquio ( ) 6.Bela e a Fera
( ) 7.Branca de Neve ( ) 8.João e o Pé de Feijão ( ) 9.João e Maria
( ) 10.Patinho Feio
( ) 7.Prolixa ( ) 8.Neologismo
( ) 4.Estupor ( ) 5.Estereotipias
10.26.Formação
10.25.Atuação (acting out) Reativa
11.04.Perda
11.03.Seguir a rotina imposta pelo tratamento acadêmica
12.5.Observações: _________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
1. TCLE
2. Questionário Demográfico-Clínico e Opinião Pessoal
3. Escala GAD-7 – Avaliação do Nível de Ansiedade
4. Escala PHQ-9 – Avaliação do Nível de Depressão
5. EORTC QLQ-C30
6. CD-RISC10
7. Protocolo de Identificação de Comportamentos de NÃO-adesão no Ambulatório do STMO
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 160
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 161
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 162
Nome: __________________________________________________________________________________________
Data de Nascimento: ____/____/______ Idade: ______
Gênero: 0 Masculino ( ) 1 Feminino ( )
Estado Civil: 1 Solteiro(a) ( ) 0 Casado(a) ( ) 0 Vivendo como casado (a) ( ) 2 Viúvo(a) ( ) 2
Divorciado(a) ( ) 2 Separado(a) ( )
Filhos? 0 Sim. ( ) 1 Não ( ) Quantos? ____ Algum por adoção? ( ) Quantos? ____
Procedência: ________________________________ (0) Sul/Sudeste ( ) (1) Outros. ( )
Contato: Telefone: ( )________-________ Celular: ( )________-_______
E-mail: _____________________________________
Comorbidades:____________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
Sintomas:________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
Acredita que os sintomas estão relacionados a doença ou ao tratamento?______________________________________
________________________________________________________________________________________________
2. Estava satisfeito com a sua QV antes da confirmação da doença? (0)Sim ( ) (0) + ou - ( ) (1)Não ( )
Se não estava, justifique:____________________________________________________________________________
3. Atualmente, está satisfeita com a sua QV? Sim ( ) Mais ou menos ( ) Não ( )
Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 164
Referência: Desenvolvido pelos Drs. Spitzer RL, Kroenke K, Williams JB, Lowe B, 2006.
Validação do questionário: Lowe B, Decker O, Muller S, et al. Validation and standardization of the Generalized
Anxiety Disorder Screener (GAD-7) in the general population. Medical care. Mar 2008;46(3):266-274. PMID:
18388841
Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 165
Referência: Desenvolvido pelos Drs. Robert L. Spitzer Janet B.W. Williams, Kurt Kroenke e colegas, com um subsídio
educacional da Pfizer Inc.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 166
Nós estamos interessados em alguns dados sobre você e a sua saúde. Responda, por favor, a todas as perguntas fazendo um círculo
no número que melhor se aplica a você. Não há respostas certas ou erradas. A informação que você fornecer permanecerá
estritamente confidencial.
Não Pouco Moderadamente Muito
1 Você tem qualquer dificuldade quando faz grandes esforços, por exemplo
1 2 3 4
carregar uma bolsa de compras pesada ou uma mala?
2 Você tem qualquer dificuldade quando faz uma longa caminhada? 1 2 3 4
3 Você tem qualquer dificuldade quando faz uma curta caminhada fora de
1 2 3 4
casa?
4 Você tem que ficar numa cama ou na cadeira durante o dia? 1 2 3 4
5 Você precisa de ajuda para se alimentar, se vestir, se lavar ou usar o
1 2 3 4
banheiro?
Durante a última semana:
Não Pouco Moderadame Muito
nte
6 Tem sido difícil fazer suas atividades diárias? 1 2 3 4
7 Tem sido difícil ter atividades de divertimento ou lazer? 1 2 3 4
8 Você teve falta de ar? 1 2 3 4
9 Você tem tido dor? 1 2 3 4
10 Você precisou repousar? 1 2 3 4
11 Você tem tido problemas para dormir? 1 2 3 4
12 Você tem se sentido fraco(a)? 1 2 3 4
13 Você tem tido falta de apetite? 1 2 3 4
14 Você tem se sentido enjoado(a)? 1 2 3 4
15 Você tem vomitado? 1 2 3 4
16 Você tem tido prisão de ventre? 1 2 3 4
17 Você tem tido diarreia? 1 2 3 4
18 Você esteve cansado(a)? 1 2 3 4
19 A dor interferiu em suas atividades diárias? 1 2 3 4
20 Você tem tido dificuldade para se concentrar em coisas, como ler
1 2 3 4
jornal ou ver televisão?
21 Você se sentiu nervoso(a)? 1 2 3 4
22 Você esteve preocupado(a)? 1 2 3 4
23 Você se sentiu irritado(a) facilmente? 1 2 3 4
24 Você se sentiu deprimido(a)? 1 2 3 4
25 Você tem tido dificuldade de se lembrar das coisas? 1 2 3 4
26 A sua condição física ou o tratamento médico tem interferido em
1 2 3 4
sua vida familiar?
27 A sua condição física ou o tratamento médico tem interferido em
1 2 3 4
suas atividades sociais?
28 A sua condição física ou o tratamento médico tem lhe trazido
1 2 3 4
dificuldades financeiras?
Para as seguintes perguntas, por favor, faça um círculo em volta do número entre 1 a 7 que melhor se aplica a você.
29 Como você classificaria a sua saúde em geral, durante a última semana?
1 2 3 4 5 6 7
Péssima Ótima
30 Como você classificaria a sua qualidade de vida geral, durante a última semana?
1 2 3 4 5 6 7
Péssima Ótima
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 167
Nem um Quase
Raramente Às vezes Frequentemente
pouco sempre
verdadeiro verdadeiro verdadeiro
verdadeiro verdadeiro
1 Eu consigo me adaptar
0 1 2 3 4
quando mudanças acontecem.
2 Eu consigo lidar com
qualquer problema que 0 1 2 3 4
acontece comigo.
3 EU tento ver o lado
humorístico das coisas 0 1 2 3 4
quando estou com problemas.
4 Ter que lidar com situações
estressantes me faz sentir 0 1 2 3 4
mais forte.
5 Eu costumo me recuperar
bem de uma doença,
0 1 2 3 4
acidentes e outras
dificuldades.
6 Eu acredito que posso atingir
meus objetivos mesmo 0 1 2 3 4
quando há obstáculos.
7 Fico concentrado e penso
com clareza quando estou sob 0 1 2 3 4
pressão.
8 Eu não desanimo facilmente
0 1 2 3 4
com os fracassos.
9 Eu me considero uma pessoa
forte quando tenho que lidar
0 1 2 3 4
com desafios e dificuldades
da vida.
10 Eu consigo lidar com 0 1 2 3 4
sentimentos desagradáveis ou
dolorosos como tristeza,
medo e raiva.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 168
UNIDADE FUNCIONAL/SERVIÇO/SEÇÃO
EQUIPES DE PSICOLOGIA – AMBULATÓRIO DO STMO HC UFPR
NOME DO PROCEDIMENTO
Protocolo de Identificação de Comportamentos de NÃO-adesão no Ambulatório do STMO
1ª REVISÃO
2ª REVISÃO
3ª REVISÃO
4ª REVISÃO
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 169
OBJETIVOS DO PROCEDIMENTO
INTRODUÇÃO
Este Protocolo destina-se aos pacientes adultos que estão inclusos no agendamento dos pacientes
que realizam tratamento no ambulatório de LMC do STMO-HC-UFPR.
Na rotina do Ambulatório, os pacientes são agendados, para consultas específicas com o médico,
enfermeiro, assistente social, nutricionista, farmacêutico, terapeuta ocupacional e psicólogo do
Serviço em questão. O paciente deve comparecer para controle da medicação, do status da doença,
exames e consultas conforme a demanda. O mesmo é agendado num programa semanal, quinzenal,
mensal, trimestral ou as consultas podem ser gradativamente espaçadas. Depende da condição
clínica e do protocolo medicamentoso de inserção do paciente. O atendimento psicológico ao
paciente está em sintonia com o agendamento médico no ambulatório, por serem de outras
procedências e dependerem de liberações de transporte. O planejamento protocolar da psicologia
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 170
consiste de uma até quatro entrevista para a triagem de identificação de comportamentos de risco
em relação a adesão e ao delineamento da direção psicológica.
relação a continuidade, pois com a intervenção tem-se uma oportunidade de vida, mas ao mesmo
tempo, um risco de morte. Algumas intervenções clínicas são necessárias para que a adesão ocorra,
tais como: o cuidado em relação ao acolhimento do paciente, observar qual o nível dos recursos
emocionais, cognitivos, do conhecimento e de discernimento diante da realidade que se apresenta.
Porém, o modo como é percebida a realidade por vezes tem um peso maior, a subjetividade está
posta na perspectiva do olhar daquele que vê. Apesar de ser indicado um entendimento integrado
do doente e da sua doença, a curto prazo, é comum, a presença de uma condução unilateral e focal,
direcionada para a doença. A longo prazo, é imprescindível a influência de uma visão panorâmica,
para uma compreensão de inserção desse que adoeceu e da sua condição de satisfação perante a
QV que se configura e do entendimento emocional. Muitas vezes, a relação de vínculo com o
profissional tem maior importância e influência para a fomentação da aderência do que a referência
científica e títulos que o mesmo possa ter.
Segundo A. Oliveira et al (2013) o principal fator responsável pela obtenção de resposta molecular
completa está na adesão ao imatinibe, entre outros estudos que demonstram que a INTRODUÇÃO
limitada habilidade em aderir o tratamento ocasiona a não obtenção de resposta completa desde
que a adesão esteja abaixo de 90%. (OLIVEIRA.A et AL 2013)
Josiane Lima de Gusmão & et al. (2006) explica que dentre esses fatores no que diz respeito ao
paciente, os influenciadores podem estar no gênero, idade, etnia, estado civil, escolaridade e nível
socioeconômico, bem como às crenças de saúde, hábitos de vida e culturais, sua percepção da
seriedade do problema, desconhecimento, experiência com a doença no contexto familiar e auto-
estima. Já na doença, esses aspectos podem ser a cronicidade, ausência de sintomas e
consequências tardias. No tratamento, os pontos considerados são as questões que englobam a
qualidade de vida, o custo, efeitos indesejáveis, esquemas terapêuticos complexos, entre outros. E
com relação a instituição, suas políticas de saúde, o acesso ao serviço de saúde, tempo de espera e
atendimento, o relacionamento com a equipe de saúde, podem ser interferências importantes para
compreender a presença ou ausência da adesão. Sendo assim, considera-se um equívoco determinar
que o paciente é o único responsável por seguir seu tratamento.
Para Claudia Regina Maldaner & et al (2008) um dos fatores que esta intimamente ligada à adesão
é a aceitação do paciente da própria doença. A aceitação é a forma singular com que cada pessoa
vai lidar com situações críticas na vida e com o impacto dessa no cotidiano, nas relações. Por isso,
a aceitação vai depender de uma condição interna e externa, a interna diz respeito a personalidade,
manutenção da auto-imagem, mudanças no papel desempenhado na família, sociedade e também
no estilo de vida. As condições externas estão na participação social dos familiares e amigos na
vida dessa pessoa. A aceitação vai depender da resiliência de cada um, e vai favorecer a adaptação
desse a uma nova condição de vida. O conceito de resiliência vem sendo usado atualmente pela
psicologia, mas é considerado um tema interdisciplinar que abrange diferentes áreas do
conhecimento (OJEDA, 2008). A palavra resiliência vem do latim resilio, que significa “saltar para
trás”, “ser elástico” (TAVARES, 2001).
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
- Questionários Demográfico-Clínico.
- Computador
* EORTC QLQ-C30: European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of
Life
* GAD-7: Escala Geral de Ansiedade-7
* PHQ-9: Questionário sobre Saúde do Paciente-9
* CD-RISC: Connor Davidson – Resilience inventory Scale
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 173
PROCEDIMENTOS
10) Se por alguma razão não for possível ou necessário uma remarcação do atendimento
psicológico do paciente, o profissional deve finalizar a sessão com pontuações, comentários
sintéticos e relevantes sobre o conteúdo temático discutido e/ou expresso de uma forma ou
de outra, durante o atendimento clínico.
11) O psicólogo deve manter o discernimento e a alteridade do que dizer, para quê, para quem,
por quê, onde, quando, quanto, e como dizer para que o dito seja promotor dos recursos
internos construtivos (psicodinâmicos) e que possa trazer algum benefício ao paciente na
construção reflexiva sobre o autoconhecimento e sobre a atitude de implicação proativa em
relação ao tratamento. Contudo, com o cuidado de não incitar conteúdo emocional
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 174
12) Caso o paciente não queira o atendimento psicológico, com motivo explicito ou não, esta
ocorrência deve ser registrada no prontuário do paciente.
13) Deixar explícito para o paciente e no prontuário que o profissional considera esta posição
como um direito dele. Posto isso, será respeitada a decisão do mesmo.
15) Segue uma listagem de comportamentos que denotam a presença de fatores de risco que
devem ser investigados em relação ao comportamento de NÃO-adesão.
Registrar no sistema SIH, se for entrevista psicológica (código HC 396) e se houve a concordância
do paciente da aplicação de questionários, escalas (código HC 555) e testes psicológicos (código
HC 5552) também devem ser registrados.
Analisar os resultados obtidos nos testes e escalas, em seguida compilar e organizar os achados de
conteúdo psicológico relevante para ser revisto na discussão com a equipe.
Referência Bibliográfica
BERGANTINI, A.P.F. et al., (2005) Leucemia Mieloíde Crônica e o sistema Faz-Fasl. Revista
Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, 27(2):120-125.
BOTEGA, N. J.; BIO, M. R.; ZOMIGNANI, M. A.; JR, C. G.; PEREIRA, W. A. B. Transtornos
do humor em enfermaria de clínica médica e validação de escala de medida (HAD) de ansiedade e
depressão. Rev. Saúde Pública, v. 29, n. 5, p. 355-363, 1995.
BOTTINO, S. M. B.; FRÁGUAS, R.; GATTAZ, W. F. Depressão e câncer. Ver. Psiq. Clín., v.
36, n. 3, p. 109-115, 2009.
CARDOSO, T.; MARTINS, M. C. F. Escala dos Pilares de Resiliência – EPR. Manual. São
Paulo: Vetor, 2013.
FUNKE, V. A. M.; MEDEIRO, C. R.; LIMA, D. H.; et al. Therapy of chronic myeloid leukemia
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MAKLUF, A.S.D., DIAS, R.C., BARRA, A.A. Avaliação da qualidade de vida em mulheres com
câncer da mama- Revista Brasileira de Cancerologia -2006; 52(1): 49-58
MOLINA, M. R. A. L.; WIENER, C. D.; BRANCO, J. C.; JANSEN, K.; SOUZA, L. D. M.;
TOMASI, E.; SILVA, R. A.; PINHEIRO, R. T. Prevalência de depressão em usuários de unidades
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PAIS-RIBEIRO, J.; PINTO, C.; SANTOS, C. Validation study of the portuguese version of the
QLQ-C30-V.3. Psicologia, Saúde & Doenças, v. 9, n. 1, p. 89-102, 2008.
PINTO, C., RIBEIRO, J.L.P.: A qualidade de vida dos sobreviventes de cancro: Revista
Portuguesa de Saúde Pública, Porto-Portugal, 2005
TERRA, F.S, COSTA, A.D.D, DAMASCENO, L.L, LIMA, T.S., FILIPINI, C.B., LEITE, M.A.C.:
Avaliação da qualidade de vida de pacientes oncológicos submetidos à quimioterapia- Rev Bras
Clin Med. São Paulo, 2013 abr-jun;11(2):112-7
ABRALE:http://www.abrale.org.br/uploads/files/Leucemia%20Mieloide%20Cronica%20-
%20Manual%20Simples(1).pdf
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 178
Material:
Idade: 12 a 17 anos:
Nós, Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro e Psicóloga Residente da área Onco-Hemato do
PRIMAH, pesquisadora responsável e psicóloga residente colaboradora da Universidade Federal do
Paraná, estamos convidando seu filho (a), paciente com Anemia de Fanconi (AF) atendido no
Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Paraná (HC-UFPR) a participar de um estudo intitulado “Qualidade de Vida e Representação
Simbólica da doença em pacientes com Anemia de Fanconi do Serviço de Transplante de Medula
Óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (STMO HC-UFPR)”. O objetivo
desta pesquisa é verificar qual o Representação Simbólica da doença e o índice de Qualidade de
Vida (QV) em pacientes com AF atendidos no Ambulatório do STMO no HC-UFPR.
Caso o Sr. (a) permita que seu filho(a) seja participante da pesquisa, será necessário que ele
responda alguns questionários com perguntas sobre seu dia-a-dia, suas percepções quanto a AF,
doença de um modo geral e suas condições físicas, psicológicas, sociais e financeiras atuais. Para
tanto ele deverá comparecer ao Ambulatório do STMO no HC-UFPR para uma única entrevista,
como participante com duração média de uma hora.
Durante a entrevista, é possível que seu filho (a) se sinta emocionado ou tenha alguma
reação emocional que o deixe desconfortável. Caso isso ocorra, seu filho (a) será encaminhado ao
Serviço de Psicologia do STMO, no Ambulatório do STMO HC-UFPR, onde será assistido pela
psicóloga responsável por esse Serviço.
Os benefícios esperados com essa pesquisa é que com maior conhecimento sobre como é a
QV dos pacientes e a maneira como eles percebem a doença, seja possível a elaboração de
estratégias eficazes e efetivas para auxiliar no enfrentamento das condições de vida atuais e
consequentemente, elevar a QV.
As pesquisadoras responsáveis por este estudo poderão ser contatadas no Ambulatório do
STMO HC-UFPR ou pelo e-mail e maripdoro@hotmail.com ou ainda pelo telefone (41) 3360-1800
para esclarecer eventuais dúvidas que você possa ter e fornecer-lhe as informações que queira,
antes, durante ou depois de encerrado o estudo.
Se o Sr. (a) tiver dúvidas sobre os direitos de seu filho (a) como um participante de pesquisa,
o Sr. (a) pode contatar Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos – CEP/HC/UPFR pelo
Telefone 3360-1041. O CEP trata-se de um grupo de indivíduos com conhecimento científicos e
não científicos que realizam a revisão ética inicial e continuada do estudo de pesquisa para mantê-lo
seguro e proteger seus direitos enquanto participante da pesquisa.
A participação de seu filho (a) neste estudo é voluntária e se ele não quiser mais fazer parte
da pesquisa poderá desistir a qualquer momento e solicitar que lhe devolvam os termos de
consentimento e de assentimento livre e esclarecido assinados. A sua recusa ou de seu filho (a) não
implicarão na interrupção do atendimento e/ou tratamento, que está assegurado.
As informações relacionadas ao estudo poderão ser conhecidas por pessoas autorizadas,
como o orientador da pesquisa. No entanto, se qualquer informação for divulgada em relatório ou
publicação, isto será feito sob forma codificada, para que a identidade de seu filho (a) seja
preservada e mantida a confidencialidade.
As despesas necessárias para a realização da pesquisa não são de sua responsabilidade e pela
participação de seu filho (a) no estudo nem você e nem seu filho (a) irão receber qualquer valor em
dinheiro.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 180
Quando os resultados forem publicados, não aparecerá o nome de seu filho (a), e sim um
código.
__________________________________________________________________
Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro
Local e data
__________________________________________________________________
Psicóloga Residente da Área Onco-Hemato do PRIMAH
Local e data
Rubricas:
Sujeito da Pesquisa e /ou responsável legal_-
________
Pesquisador Responsável ou quem aplicou o
TCLE_______
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 181
estudo, a Psicóloga Dra. Maribel Pelaez Dóro, através do maripdoro@hotmail.com.br ou ainda pelo
telefone (41) 3360-1800. Se você tiver dúvidas sobre seus direitos como um participante da
pesquisa, você pode contatar o Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos – CEP/HC/UFPR
pelo Telefone: 3360-1041. O CEP é constituído por um grupo de profissionais de diversas áreas,
com conhecimentos científicos e não científicos que realizam a revisão ética inicial e continuada da
pesquisa para mantê-lo seguro e proteger seus direitos.
Eu li e discuti com o investigador responsável pelo presente estudo os detalhes descritos neste
documento. Entendo que eu sou livre para aceitar ou recusar, e que posso interromper a minha
participação a qualquer momento sem dar uma razão. Eu concordo que os dados coletados para o
estudo sejam usados para o propósito acima descrito.
Eu receberei uma via original assinada, rubricada e datada deste Documento de ASSENTIMENTO
INFORMADO.
_____________________________________________________________________
NOME DO ADOLESCENTE ASSINATURA DATA
_____________________________________________________________________
Psic. Residente da área Onco-Hemato do PRIMAH ASSINATURA DATA
Local e data
Rubricas:
Sujeito da Pesquisa e /ou responsável legal_-
________
Pesquisador Responsável ou quem aplicou o
TCLE________
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 183
Nós, Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro e Psicóloga Residente da área Onco-Hemato do
PRIMAH, pesquisadora responsável e psicóloga residente colaboradora da Universidade Federal do
Paraná, estamos convidando você, paciente com Anemia de Fanconi (AF) atendido no Serviço de
Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-
UFPR) para participar de um estudo intitulado “Qualidade de Vida e Representação Simbólica da
doença em pacientes com Anemia de Fanconi do Serviço de Transplante de Medula Óssea do
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (STMO HC-UFPR)”. O objetivo desta
pesquisa é verificar qual o Representação Simbólica da doença e o índice de Qualidade de Vida
(QV) em pacientes com AF atendidos no Ambulatório do STMO no HC-UFPR.
Caso você concorde em participar dessa pesquisa, será necessário responder alguns
questionários com perguntas sobre seu dia-a-dia, suas percepções quanto a AF, a doença de um
modo geral e suas condições físicas, psicológicas, sociais e financeiras atuais. Para tanto você
deverá comparecer ao Ambulatório do STMO no HC-UFPR para uma única entrevista, com
duração média de uma hora.
Durante a entrevista, é possível que você se sinta emocionado ou tenha alguma reação
emocional que o deixe desconfortável. Caso isso ocorra, se você quiser, será encaminhado ao
Serviço de Psicologia do STMO, no Ambulatório do STMO HC-UFPR, onde será assistido pela
psicóloga responsável por esse Serviço.
Os benefícios esperados com essa pesquisa é que com maior conhecimento sobre como é a
QV dos pacientes e a maneira como percebem a doença, seja possível a elaboração de estratégias
eficazes e efetivas para auxiliar no enfrentamento das condições de vida atuais e consequentemente,
elevar a QV.
As pesquisadoras responsáveis por este estudo poderão ser contatadas no Ambulatório do
STMO HC-UFPR ou pelo e-mail maripdoro@hotmail.com ou ainda pelo telefone (41) 3360-1800
para esclarecer eventuais dúvidas que você possa ter e fornecer-lhe as informações que queira,
antes, durante ou depois de encerrado o estudo.
Se você tiver dúvidas sobre seus direitos como participante dessa pesquisa, você pode
contatar Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos – CEP/HC/UPFR pelo Telefone 3360-
1041. O CEP trata-se de um grupo de indivíduos com conhecimento científicos e não científicos
que realizam a revisão ética inicial e continuada do estudo de pesquisa para mantê-lo seguro e
proteger seus direitos.
A sua participação neste estudo é voluntária e se você não quiser mais fazer parte da
pesquisa poderá desistir a qualquer momento e solicitar que lhe devolvam o termo de consentimento
livre e esclarecido assinado. A sua recusa não implicará na interrupção de seu atendimento e/ou
tratamento, que está assegurado.
As informações relacionadas ao estudo poderão ser conhecidas por pessoas autorizadas,
como o orientador da pesquisa. No entanto, se qualquer informação for divulgada em relatório ou
publicação, isto será feito sob forma codificada, para que a sua identidade seja preservada e seja
mantida a confidencialidade.
As despesas necessárias para a realização da pesquisa não são de sua responsabilidade e pela
sua participação no estudo você não receberá qualquer valor em dinheiro.
Quando os resultados forem publicados, não aparecerá seu nome, e sim um código.
Eu,_________________________________ li esse termo de consentimento e compreendi a
natureza e objetivo do estudo do qual concordei em participar. A explicação que recebi menciona os
riscos e benefícios. Eu entendi que sou livre para interromper minha participação a qualquer
momento sem justificar minha decisão e sem que esta decisão afete meu tratamento. Eu fui
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 184
informado que serei atendido sem custos para mim se eu apresentar alguma comoção emocional
relacionada ao estudo que necessite de intervenção psicológica.
Eu concordo voluntariamente em participar deste estudo.
_________________________________________________________________
(Nome e Assinatura do participante da pesquisa ou responsável legal)
Local e data
__________________________________________________________________
Psic. Dra. Maribel Pelaez Dóro
Local e data
__________________________________________________________________
Psic. Residente da área Onco-Hemato do PRIMAH
Local e data
Rubricas:
Sujeito da Pesquisa e /ou responsável legal_-
________
Pesquisador Responsável ou quem aplicou o
TCLE________
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 185
DADOS DEMOGRÁFICOS
Tempo de Diagnóstico:______________________________________________________
Tempo de Tratamento:______________________________________________________
Outras Doenças que teve e/ou que ainda tem:
__________________________________________________________________________________
Tem outros familiares com AF vivos? Sim ( ) Não ( ) Quantos?________
Quem?______________________
Tem algum familiar com AF falecido? Sim ( ) Não ( ) Quantos?_______
Quem?_____________________________________________________________________
Como?_____________________________________________________________________
Quais os tratamentos que você já fez?
1. Nenhum ( ) 2. Quimioterapia ( ) 3. Radioterapia ( ) 4. Cirurgia ( ) 5. TCTH ( )
6. Terapia de reposição hormonal ( ) 7. Protocolo de drogas ( ) 8. Outros ( )___________
Tipo de resposta ao tratamento? Completa ( ) Parcial ( ) Ausência de resposta ( )
Atualmente, qual(is) tratamento(s) está fazendo? 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7.(
)______________________________________________________________________
Tipo de resposta ao tratamento? Completa ( ) Parcial ( ) Ausência de resposta ( )
Complicações relacionadas à doença e/ou tratamento:
______________________________________________________________________
Realizou TCTH? Sim ( ) Não ( )
Fonte das Células Tronco: Sangue Periférico ( ) Medula Óssea ( ) Sangue de Cordão Umbilical ( )
Tipo de transplante: Aparentado ( ) Não Aparentado ( ) Haploidêntico ( )
Quantos TCTH?_____________ Doador:___________________________
Quando?_______________________
DECH: Sim ( ) Não ( )
Quando?_______________Tipo:___________________Sequelas:________________
Em tratamento ainda? Sim ( ) Não ( )
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 187
PERCEPÇÃO DA SEXUALIDADE
Para mulheres
18.1. Tem sintomas de menopausa precoce? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
18.2. Tem amenorreia (ausência de menstruação)?
Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
18.3. Tem ressecamento vaginal? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
18.4. Tem dispaurenia (dor na penetração)? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
Para homens
19.1. Tem ejaculação precoce? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
19.2. Tem ejaculação tardia? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
19.3. Tem disfunção erétil? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
19.4. Já fez espermograma? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
20. Você conversa sobre a sua vida sexual com o seu médico ou com outro profissional?
Sim ( ) Não ( )
21. E com o seu parceiro(a)? Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( )
22. Existem motivos pessoais para você pensar que a sua escolha sexual e seus envolvimentos prazerosos são
diferentes da média da população em geral?
Sim ( ) Não ( )
REPRESENTAÇÃO DE DOENÇA
MANDALA*
*A palavra “mandala” vem do sânscrito, e significa literalmente “círculo”, que surgem como
imagens interiores espontâneas (DAHLKE e RUDIGER, 1985).
1. Feche os olhos e pense sobre o seu modo de ver e entender a Anemia de Fanconi (ideia,
imagem);
2. Tente expressar o que pensou no círculo abaixo. Em seguida, a psicóloga fará algumas perguntas
breve acerca de sua mandala:
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 194
QUESTIONAMENTOS – MANDALA
Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):
Referência: Desenvolvido pelos Drs. Spitzer RL, Kroenke K, Williams JB, Lowe B, 2006.
Validação do questionário: Lowe B, Decker O, Muller S, et al. Validation and standardization of the Generalized
Anxiety Disorder Screener (GAD-7) in the general population. Medical care. Mar 2008;46(3):266-274. PMID:
18388841
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 196
Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):
Referência: Desenvolvido pelos Drs. Robert L. Spitzer Janet B.W. Williams, Kurt Kroenke e colegas, com um subsídio
educacional da Pfizer Inc.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 197
2- Comparada há um ano atrás, como você se classificaria sua idade em geral, agora?
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
3- Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia
comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste caso, quando?
Não, não
Sim, dificulta Sim, dificulta
Atividades dificulta de
muito um pouco
modo algum
a) Atividades Rigorosas, que exigem
muito esforço, tais como correr,
1 2 3
levantar objetos pesados, participar em
esportes árduos.
b) Atividades moderadas, tais como
mover uma mesa, passar aspirador de 1 2 3
pó, jogar bola, varrer a casa.
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vários lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilômetro 1 2 3
h) Andar vários quarteirões 1 2 3
i) Andar um quarteirão 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou
com alguma atividade regular, como conseqüência de sua saúde física?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu 1 2
trabalho ou a outras atividades?
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades. 1 2
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 198
5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho ou
outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional (como se sentir
deprimido ou ansioso)?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu 1 2
trabalho ou a outras atividades?
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado 1 2
como geralmente faz.
6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais
interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou em grupo?
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o
trabalho dentro de casa)?
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as
últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma resposta que mais se aproxime de maneira
como você se sente, em relação às últimas 4 semanas.
Uma
A maior Uma boa Alguma
Todo pequena
parte do parte do parte do Nunca
Tempo parte do
tempo tempo tempo
tempo
a) Quanto tempo você tem
se sentindo cheio de vigor, 1 2 3 4 5 6
de vontade, de força?
b) Quanto tempo você tem
se sentido uma pessoa muito 1 2 3 4 5 6
nervosa?
c) Quanto tempo você tem
se sentido tão deprimido que 1 2 3 4 5 6
nada pode anima-lo?
d) Quanto tempo você tem
se sentido calmo ou 1 2 3 4 5 6
tranqüilo?
e) Quanto tempo você tem 1 2 3 4 5 6
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 199
10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas emocionais
interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc)?
Todo A maior parte do Alguma parte do Uma pequena Nenhuma parte
Tempo tempo tempo parte do tempo do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
A maioria A maioria
Definitivament Definitiva-
das vezes Não sei das vezes
e verdadeiro mente falso
verdadeiro falso
a) Eu costumo obedecer
um pouco mais
1 2 3 4 5
facilmente que as outras
pessoas
b) Eu sou tão saudável
quanto qualquer pessoa 1 2 3 4 5
que eu conheço
c) Eu acho que a minha
1 2 3 4 5
saúde vai piorar
d) Minha saúde é
1 2 3 4 5
excelente
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 200
Material:
1. TCLE
2. FACIT-Fatigue
3. EQ-5D
4. EORTC QLQ-C30
5. Escala de Controle das Preferências
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 201
Nós, Maribel Pelaez Dóro, Iris Miyake Okumura e Larissa Alessandra Medeiros
pesquisadoras da Universidade Federal do Paraná, estamos convidando o Sr.(a) paciente do
ambulatório de Falência Medular do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Paraná a participar de um estudo intitulado “SIGNIFICÂNCIA DO PROGNÓSTICO E
AVALIAÇÃO LONGITUDINAL DOS RESULTADOS REPORTADOS PELO PACIENTE COM
SÍNDROMES MIELODISPLÁSICAS (PROMYS)”.
Como explicado pelo seu médico(a), você tem uma doença chamada mielodisplasia (= pré-
leucemia). (Pré-) leucemia representa um grupo de doenças malignas da medula óssea (síndromes
mielodisplásicas). Devido à presença (em grande quantidade) de células de leucemia na medula
óssea, isso leva a uma falta de células normais na medula óssea, como as células vermelhas
(anemia), plaquetas (tendência maior a sangramentos) ou células brancas (risco aumentado de
infecção). Por causa dessas mudanças no seu corpo pela doença e a possibilidade de tratamentos
tóxicos que receberá, pode ser que tenham impacto negativo em seu bem-estar subjetivo. Então, nós
estamos preocupados em descobrir mais sobre como os pacientes se sentem, tanto fisicamente como
emocionalmente, e entender a percepção singular da carga da doença; em troca, isso nos ajudará a
monitorar melhor a sua condição de saúde. Para obter essa informação, questionários breves foram
elaborados e podem ser auto-aplicáveis. Os seus questionários completos serão enviados ao centro
coordenador de pesquisa, onde serão tratados em confidência absoluta. Serão analisados junto com
os questionários de outros pacientes de outros hospitais para ajudar a planejar futuras considerações.
Esse estudo também é realizado em outros países.
O objetivo desta pesquisa é avaliar o bem-estar geral e a carga dos sintomas devido à doença
e ao tratamento. Já que há pouca evidência disponível sobre como as pessoas com a sua doença
vivem e a extensão do quanto o bem-estar subjetivo é afetado, o objetivo principal dessa pesquisa é
ter melhor compreensão nesse tópico e então, ajudar a otimizar planos de tratamento futuros para os
pacientes com a mesma condição que a sua. Com o monitoramento do estado de saúde, com o
passar do tempo, será possível melhorar nossa habilidade em promover intervenções mais efetivas e
pontuais no manejo dos sintomas que surgirem a partir da doença e seus efeitos colaterais.
A sua participação no estudo não afetará em seu tratamento. O tratamento que você receberá
é baseado, exclusivamente, nas decisões do seu médico e/ou nas suas preferências possíveis. Seu
médico providenciará para você o melhor tratamento disponível de acordo com as características
específicas. Sua participação nessa pesquisa e a maneira como responder as perguntas dos
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 202
Seus dados serão sempre mantidos em confidência. Seu nome ou qualquer outra informação
de identificação pessoal nunca será usado nas publicações resultantes desse estudo. Todos os
documentos recebidos pelo patrocinador ou terceiros (atuando em nome dos patrocinadores) serão
estritamente confidenciais e serão apenas identificados pelo número do estudo e pelas iniciais do
seu nome. Além disso, o seu progresso no estudo será verificado pelo seu prontuário apenas pelo
patrocinador dessa pesquisa. Ao assinar o termo de consentimento você autoriza que os
representantes locais e estrangeiros, o patrocinador do estudo, ou outros agentes autorizados,
verifiquem a precisão do seu prontuário. Com a sua aprovação, o seu médico será informado que
você participará do estudo.
A escolha de entrar ou não nesse estudo é sua. Você está na posição de fazer uma decisão
desde que você entenda tanto o que o médico te explicar como o que você ler sobre o estudo. Se
você aceitar participar, você ainda terá o direito de desistir a qualquer momento sem penalidades ou
perda de benefícios.
Informações posteriores que você quiser ter acesso agora ou depois poderão ser obtidas com
as pesquisadoras: Psicóloga Dr.ª Maribel Pelaez Dóro (Coordenadora do Serviço de Psicologia do
Serviço de Transplante de Medula Óssea; telefone: 3360-1007; e-mail: maripdoro@hotmail.com);
Iris Miyake Okumura (psicóloga; telefone: 3360-1007; e-mail: iris.okumura@yahoo.com.br); e Dr.ª
Larissa Alessandra Medeiros (médica da Unidade de Hemoterapia, Hematologia e Oncologia;
telefone: 3360-1010).
Elas são as responsáveis por este estudo, poderão ser contatadas no Serviço de Transplante
de Medula Óssea, tanto no ambulatório (4º andar do anexo B) como na enfermaria (15º andar do
prédio central) para esclarecer eventuais dúvidas que o Sr.(a) possa ter e fornecer-lhe as
informações que queira, antes, durante ou depois de encerrado o estudo.
Se tiver dúvidas sobre seus direitos como participante de pesquisa, é possível contatar o
Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos - CEP do Hospital de Clínicas da Universidade
Federal do Paraná (e-mail: cep@hc.ufpr.br; telefone: 3360-1041; piso térreo do bloco central do
HC-UFPR, situado na Rua General Carneiro, 181, Alto Glória, CEP: 80060-900; horário de
atendimento das 08:00 às 17:00). O CEP trata-se de um grupo de indivíduos com conhecimento
científicos e não científicos que realizam a revisão ética inicial e continuada do estudo de pesquisa
para mantê-lo seguro e proteger seus direitos.
As despesas necessárias para a realização da pesquisa não são de sua responsabilidade e pela
sua participação no estudo você não receberá qualquer valor em dinheiro. Quando os resultados
forem publicados, não aparecerá seu nome, e sim um código.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 204
_________________________________________________________________
(Nome e Assinatura do participante da pesquisa ou responsável legal)
Curitiba, ____/____/______
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido deste
participante ou representante legal para a participação neste estudo.
__________________________________________________________________
Psic. Dr.ª Maribel Pelaez Dóro – aplicadora, orientadora e responsável pela pesquisa
Coordenadora do Serviço de Psicologia do Serviço de Transplante de Medula Óssea
Preceptora de área de concentração onco-hematologia do PRIMAH
Curitiba, ____/____/______
_________________________________________________________________
Iris Miyake Okumura – aplicadora da pesquisa
Psicóloga
Curitiba, ____/____/______
__________________________________________________________________
Dr.ª Larissa Alessandra Medeiros – aplicadora da pesquisa e médica responsável pelo ambulatório
Médica da Unidade de Hemoterapia, Hematologia e Oncologia
Curitiba, ____/____/______
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 205
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 206
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 207
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 208
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 209
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 210
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 211
UNIDADE FUNCIONAL/SERVIÇO/SEÇÃO
STMO
NOME DO PROCEDIMENTO
Equipe de Psicologia
Equipe de Psicologia
1ª REVISÃO
2ª REVISÃO
3ª REVISÃO
4ª REVISÃO
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 213
INTRODUÇÃO
O tempo de recuperação da medula óssea após a infusão da criança é variante, assim depende
de aspectos singulares. É diversificado levando-se em consideração o tipo de transplante e da fonte
de célula. Nessa etapa, existe a possibilidade do não enxertamento da medula (“falha da pega”) e do
desenvolvimento posterior da doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH), implicando em risco
de vida e complicações, o que eleva o nível de ansiedade da família. A “pega medular” (engraftment)
do enxerto é o estágio após a transfusão das células da medula, quando esta já consegue produzir e
formar células sanguíneas novas e saudáveis em quantidades suficientes. A ‘pega’ da medula
acontece usualmente quando a taxa de plaquetas alcança 20.000/mm³, sem necessidade de transfusão
por dois dias seguidos somado a quando os leucócitos ficam acima de 500/mm³ por dois dias
consecutivos (National Marrow Donor Program, 2009). As medulas podem ser chamadas
coloquialmente como “preguiçosas” ou “precoces”. É um momento de espera para a família e
dependendo da compreensão para o paciente infanto-juvenil. Após a recuperação da medula se
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 214
aproxima o momento de alta hospitalar para retornos em regime de hospital dia. A alta hospitalar
ocorre geralmente depois de 4 a 6 semanas, com a pega da medula, porém a recuperação total da
medula é lenta e complexa, podendo levar de 6 a 12 meses (CAMPOS, 2003).
Com o progresso para a alta hospitalar do transplante, observa-se que a qualidade de vida dos
pacientes sofre as implicações decorrentes do procedimento. Se deparam com limitações físicas,
como a dor e uma imagem corporal modificada com os efeitos colaterais do tratamento (CONTEL,
J.O.B, 2000).
No entanto, um ritual sem atribuição de sentido por parte dos envolvidos não possui a mesma
intensidade, tão pouco tem o mesmo valor. Elementos ritualísticos podem advir do inconsciente, mas
só são ressignificados quando perpassam por aspectos conscientes. Sobre isso, Whitmont descreve
que:
Para Guarachi e Martins (1997), a comunicação da equipe, não apenas com a criança, mas
também com a sua família precisa ser satisfatória, resultando dessa forma em um bom
relacionamento, além de sentimentos de confiança e segurança, em contrapartida é de suma
importância que haja o respeito a individualidade de cada paciente, a fim de proporcionar segurança,
amor e o restabelecimento da saúde. A “festa da pega” consiste em uma atividade de humanização,
que por sua vez relaciona-se com a importância do trabalho em equipe multiprofissional para poder
acontecer. A participação, no momento da notícia da “pega da medula”, de todos os envolvidos no
processo do Transplante de Medula Óssea faz com que a criança sinta-se única, apesar da equipe
cuidar e acompanhar outros pacientes, na medida em que é uma comemoração preparada
especialmente para ela, preservando assim a sua individualidade.
OBJETIVO
Organizar uma prática de humanização hospitalar propiciando um ambiente mais acolhedor e que
reconhece o paciente enquanto ser singular e contempla a integralidade do cuidado.
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
- Papel A4,
- Canetas de Tinta
- Questionário impresso
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 216
- Balões
- Fitas de cetim
- Cartolina colorida
PROCEDIMENTOS
- Procura-se conciliar o dia do evento dentro dos dias em que o musicoterapeuta se encontra no
serviço de TMO, para que esse possa participar, levando música, e caso o paciente seja acompanhado
pelo mesmo, é escolhida uma melodia que o profissional reconhece como da preferência do paciente.
No horário previamente estipulado, equipe adentra levando consigo a boa noticia da pega medular.
Após a comemoração a psicóloga responsável coleta a opinião do paciente e do familiar sobre a
experiência da comemoração e também solicita autorização para o uso de imagens e vídeo.
Referências
FREITAS, L. V. Grupos vivenciais sob uma perspectiva junguiana. Psicol. USP. v.16, n.3. 2005.
Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 217
Nome do Paciente:.......................................................................................................
Nome do Acompanhante/Cuidador..............................................................................
1)Para você paciente, qual sua opinião sobre a “Festa da pega” vivenciada no internamento do
TMO?
2) Enquanto acompanhante/cuidador, qual sua percepção sobre a “Festa da pega” que o paciente
vivenciou durante o internamento do TMO?
Autorização
Curitiba,_____de_______________de 2016.
Assinatura ______________________________
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 219
ANEXO IX – SUPER-MEDULA
A história de Natã
Natã é jovem, brincalhão, saudável. Uma criança alegre. Costumam dizer que começou a correr
mesmo antes de ter aprendido a andar!
Desde pequeno, já deixava evidente seu dom, que foi percebido nos pequenos gestos, como
observar figuras em revistas, recortar e depois desenhá-las. Em dias frios e úmidos, sua diversão era
desenhar com os dedos nos vidros suados do carro durante os passeios. Até que, em um
determinado momento, foi diagnosticada a doença Anemia de Fanconi que transformou sua vida.
História que contaremos nas próximas páginas.
Natã é filho único. Claudete e Oldair, seus pais, queriam ter um segundo filho quando ele
completasse dez anos. Porém, aos nove anos, a família com dificuldades financeiras, mudou de
ideia, ao saber da doença do Natã.
O diagnóstico foi, em setembro de 2007, seus pais fizeram uma campanha na cidade, que tem cerca
de 30 mil habitantes, para prosseguir com o tratamento. A solidariedade prevaleceu e tiveram a
ajuda de 6 mil pessoas!
Em novembro de 2007, ele foi transferido para o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Paraná, em Curitiba, onde o Transplante de Medula Óssea, com doador não-aparentado, foi
realizado no dia 21 de maio de 2010. Era um doador voluntário, europeu, do sexo masculino. Hoje,
Natã está bem.
Na foto, Natã e seus pais: Oldair da Rosa Farias, o maior divulgador, que sempre fez propaganda do
talento e superação do menino, e Claudete Moreira Farias, para quem o sucesso do transplante é
como se ele tivesse nascido de novo. Ela não tem dois filhos, mas um que nasceu duas vezes.
Esta cartilha conta a transformação de vida do Natã. Você vai se encantar, lendo a história e vendo
os desenhos que ele mesmo fez!
Eu levava uma vida normal, fazia de tudo, até estava jogando no time de futebol da escola. Estava
muito feliz com a vida que eu tinha.
Até que um dia, eu estava em um jogo de futebol importante e, com apenas alguns minutos, me
senti muito cansado.
No caminho para casa, me senti ainda mais cansado, mas não falei nada para meus pais.
A cada dia que passava, me sentia pior, achei que era normal e, assim, passei alguns dias sem falar
nada a ninguém... O que foi muito errado.
Um dia, eu estava no banho e notei que estava com umas pintinhas vermelhas e manchas roxas pelo
corpo.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 222
Mostrei para minha mãe. Achamos muito estranho e, por isso, fomos ao médico.
O médico me examinou e disse que não sabia direito o que eu tinha. Pediu para que eu fizesse um
exame chamado hemograma. Eu nem desconfiava o que daria no resultado.
Levamos os exames para o médico e ele falou que tinham algumas alterações sérias com as
plaquetas, hemoglobina e imunidade baixa. Foi um grande susto!
O médico me encaminhou para o hospital da minha cidade onde fui internado pela primeira vez. Ele
pediu para que eu fizesse uma biópsia. Meus olhos quase saltaram quando ouvi o nome biópsia.
Logo após, soube que não seria nada demais. Fiz o exame, não senti dor e, quando percebi, já estava
de volta ao quarto.
Depois de alguns dias, fui transferido da minha cidade para o hospital da capital, com suspeita de
aplasia ou leucemia. Lá, investigaram para saber, exatamente, o que eu tinha e os médicos
chegaram à conclusão que era Anemia de Fanconi, uma doença genética, herdada, de caráter
recessivo.
Após longo tempo de tratamento, o médico me chamou e pediu que eu atendesse o telefone para
conversar com uma pessoa. Era um homem que falava, alto e tinha uma voz forte. Eu perguntei
quem era e ele me disse: “sou o Super Medula!”.
Eu perguntei:
Ele respondeu:
Eu disse:
Aí ele falou:
- Pode demorar algum tempo, mas com certeza você vai ter uma medula. E desligou o telefone.
Então o Super Medula entrou em ação. Saiu na velocidade de uma bala de seu quartel general, o
REDOME*, explorando todas as possibilidades de encontrar um doador com uma medula
compatível com a minha.
Três anos se passaram e muita coisa aconteceu. No dia do meu aniversário, quando eu estava me
preparando para cortar o bolo, surgiu um grande barulho, eu corri para ver o que era. Era um
homem que sobrevoava a minha casa.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 223
Ele me entregou um papel que dizia que tinha um doador com uma medula compatível com a
minha.
Então, falou que meu transplante seria no Hospital de Clínicas em Curitiba. Em seguida estávamos
lá.
Falamos com os médicos e fiz um monte de exames. Eles me internaram no 15° andar. Logo fiz
alguns amigos, que também estavam fazendo transplante.
Entre eles, estavam Tati e Léo, que tinham problemas diferentes do meu. A Tati, Anemia Aplásica
Severa (AAS) e o Léo, Leucemia. Eles também receberam a visita do Super Medula!
Achei um pouco diferente, pois ninguém tinha cabelo, mas logo me acostumei, porque cabelo era o
que menos importava. O importante mesmo é que estávamos fazendo tudo para ficar curados.
O primeiro procedimento foi a colocação do cateter que se tornou meu amigo do peito. Então iniciei
o tratamento com soro, antibióticos, quimioterapia e muito mais.
Os meus cabelos caíram por causa da quimio, mas eu nem me preocupei, achei legal o novo visual.
Fiquei parecido com o Ronaldinho!
Algum tempo depois, chegou o dia tão esperado: o transplante, que na verdade recebi através do
meu amigo do peito, o cateter. Depois do transplante, eu comecei com umas coisas na boca que
doíam muito, chamadas mucosite. A minha foi mais forte do que as do Léo e da Tati que quase não
doeram.
Depois de alguns dias, fui liberado para ir ao hotel onde estávamos hospedados na cidade de
Curitiba e continuei indo ao ambulatório do hospital todos os dias. Alguns pacientes ficaram menos
tempo. Mas, como eu estava com o magnésio baixo, precisei repor.
Um belo dia, eu estava no Hospital com um papel que mostrava que a pega* da minha medula tinha
sido 100%, e fiquei muito feliz.
Pega: Células sanguíneas do doador que se multiplicam indicando que o transplante deu certo.
- Você vai embora agora. Tire o cateter e vá para casa, mas tome muito cuidado, não fique no sol,
não coma coisas que não pode, obedeça a seus pais e não esqueça, venha sempre ao HC me visitar.
Tchau!
Hoje, levo uma vida normal, voltei para a escola e a jogar futebol. Até arrumei uma namorada.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 224
Quando posso, visito o Super Medula, afinal, agora somos amigos. Descobri a identidade secreta
dele, se você prestar atenção também descobrirá. O Super Medula ensinou para todos que tivessem
disciplina, esperança, paciência, coragem e, o mais importante, muita fé em Deus, pois o Super
Medula sem Deus não existe.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 225
Material:
1. TCLE
2. Questionário Demográfico-Clínico
3. Escala GAD-7 – Avaliação do Nível de Ansiedade
4. Escala PHQ-9 – Avaliação do Nível de Depressão
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 226
TCLE
____________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________
CURITIBA, __________________________
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 228
DEMOGRÁFICO-CLÍNICO
Como percebe a qualidade do vínculo: 0.Muito bom ( ) 0.Bom ( ) 1.Nem bom, nem ruim ( ) 1.Ruim ( )
..........................................................................................................................................................................
*Preenchido pela ᴪ - Tipo de apego: 0.Seguro ( ) 1.Ambivalente ( ) 1.Inseguro ( )
(Bowlby, John. Uma base segura: aplicações clínicas da teoria do apego. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989)
Diagnóstico:................................................................................................................... CID.........................
Obs.:............................................................................................................................ .....................................
--------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------
GENOGRAMA
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 229
Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):
Referência: Desenvolvido pelos Drs. Spitzer RL, Kroenke K, Williams JB, Lowe B, 2006.
Validação do questionário: Lowe B, Decker O, Muller S, et al. Validation and standardization of the Generalized
Anxiety Disorder Screener (GAD-7) in the general population. Medical care. Mar 2008;46(3):266-274. PMID:
18388841
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 230
Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X)
Referência: Desenvolvido pelos Drs. Robert L. Spitzer Janet B.W. Williams, Kurt Kroenke e colegas, com um subsídio
educacional da Pfizer Inc.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 231
Material:
1. TCLE
2. Questionário Demográfico-Clínico
3. Escala GAD-7 – Avaliação do Nível de Ansiedade
4. Escala PHQ-9 – Avaliação do Nível de Depressão
5. EQ-5D
6. CD-RISC10
7. MoCA-B
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 232
TCLE
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
____________________________________________________________
CURITIBA, __________________________
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 234
QUESTIONÁRIO DEMOGRÁFICO-CLÍNICO
( ) APLICA ( ) NÃO SE APLICA
........................................................................................................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................................................................................
Curitiba, ......./......./.......
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 236
DEMOGRÁFICO-CLÍNICO
Naturalidade:.............................................................. Procedência:...............................................................
0.Sul/Sudeste 1.Outros
Escolaridade: 1.Menos de 8 anos ( ) 0.Mais de 8 anos ( ) Observação:.....................................................
Como percebe a qualidade do vínculo: 0.Muito bom ( ) 0.Bom ( ) 1.Nem bom, nem ruim ( ) 1.Ruim ( )
Diagnóstico:................................................................................................................... CID.........................
Obs:
GENOGRAMA
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 237
Psicólogo Responsável:........................................................
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 238
Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X):
Referência: Desenvolvido pelos Drs. Spitzer RL, Kroenke K, Williams JB, Lowe B, 2006.
Validação do questionário: Lowe B, Decker O, Muller S, et al. Validation and standardization of the Generalized
Anxiety Disorder Screener (GAD-7) in the general population. Medical care. Mar 2008;46(3):266-274. PMID:
18388841
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 239
Durante as últimas 2 semanas, com que frequência você foi incomodado/a por qualquer
um dos problemas abaixo? (Marque sua resposta com um X)
Referência: Desenvolvido pelos Drs. Robert L. Spitzer Janet B.W. Williams, Kurt Kroenke e colegas, com um subsídio
educacional da Pfizer Inc.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 240
MOBILIDADE
Não tenho problemas em andar
Tenho problemas leves em andar
Tenho problemas moderados em andar
Tenho problemas graves em andar
Não consigo andar
CUIDADOS PESSOAIS
Não tenho problemas para me lavar ou me vestir
Tenho problemas leves para me lavar ou me vestir
Tenho problemas moderados para me lavar ou me vestir
Tenho problemas graves para me lavar ou me vestir
Sou incapaz de me lavar ou vestir sozinho/a
ANSIEDADE / DEPRESSÃO
Não estou ansioso/a ou deprimido/a
Estou levemente ansioso/a ou deprimido/a
Estou moderadamente ansioso/a ou deprimido/a
Estou gravemente ansioso/a ou deprimido/a
Estou extremamente ansioso/a ou deprimido/a
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 241
A melhor saúde
Nós gostaríamos de saber o quão boa ou ruim a sua saúde está HOJE.
que você possa
Esta escala é numerada de 0 a 100.
imaginar
100 significa a melhor saúde que você possa imaginar.
0 significa a pior saúde que você possa imaginar.
Marque um X na escala para indicar como a sua saúde está HOJE. 100
Agora, por favor escreva no quadrado abaixo o número que você marcou na escala.
95
90
85
A SUA SAÚDE HOJE =
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
0
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 242
Nem um Quase
Raramente Às vezes Frequentemente
pouco sempre
verdadeiro verdadeiro verdadeiro
verdadeiro verdadeiro
1 Eu consigo me adaptar
0 1 2 3 4
quando mudanças acontecem.
2 Eu consigo lidar com
qualquer problema que 0 1 2 3 4
acontece comigo.
3 EU tento ver o lado
humorístico das coisas 0 1 2 3 4
quando estou com problemas.
4 Ter que lidar com situações
estressantes me faz sentir 0 1 2 3 4
mais forte.
5 Eu costumo me recuperar
bem de uma doença,
0 1 2 3 4
acidentes e outras
dificuldades.
6 Eu acredito que posso atingir
meus objetivos mesmo 0 1 2 3 4
quando há obstáculos.
7 Fico concentrado e penso
com clareza quando estou sob 0 1 2 3 4
pressão.
8 Eu não desanimo facilmente
0 1 2 3 4
com os fracassos.
9 Eu me considero uma pessoa
forte quando tenho que lidar
0 1 2 3 4
com desafios e dificuldades
da vida.
10 Eu consigo lidar com 0 1 2 3 4
sentimentos desagradáveis ou
dolorosos como tristeza,
medo e raiva.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 243
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 244
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 245
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 246
Material:
1. Questionário Demográfico
2. WHOQOL-BREF 26
3. CD-RISC10
4. QASCI
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 247
Data:........../........../.........
.
Nome:.................................................................................................................... Código ᴪ:........................
Naturalidade:.............................................................. Procedência:...............................................................
0.Sul/Sudeste 1.Outros
Escolaridade: 1.Menos de 8 anos ( ) 0.Mais de 8 anos ( ) Observação:.....................................................
Como percebe a qualidade do vínculo: 0.Muito bom ( ) 0.Bom ( ) 1.Nem bom, nem ruim ( ) 1.Ruim ( )
..........................................................................................................................................................................
Duração dessa experiência: 0.Curta ( )-até 01 mês 1.Média ( )-até 06 meses 1.Longa ( )-01 ano ou mais
..........................................................................................................................................................................
Se tiver alguma dúvida/dificuldade, acha que consegue conversar e/ou pedir ajuda para:
Familiares: 0.Sim ( ) 1.Não ( ) Amigos: 0.Sim ( ) 1.Não ( ) Profissional de saúde: 0.Sim ( ) 1.Não ( )
.........................................................................................................................................................................
Psicólogo Responsável:........................................................
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 248
WHOQOL
Por favor, leia cada questão, veja o que você acha e circule no número e lhe parece a melhor resposta.
Nem Ruim
Muito Ruim Ruim Boa Muito Boa
Nem Boa
Como você avaliaria sua
1 (G1) 1 2 3 4 5
qualidade de vida?
Nem
Muito Satisfeito Muito
Insatisfeito Satisfeito
Insatisfeito Nem Satisfeito
Insatisfeito
Quão satisfeito (a)
2 (G4) você está com a sua 1 2 3 4 5
saúde?
WHOQOL
As questões a seguir são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas nas últimas duas semanas.
Muito Mais ou Extrema
Nada Bastante
Pouco Menos mente
Muito Comple
Nada Médio Muito
Pouco tamente
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 249
WHOQOL
As questões a seguir perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de vários aspectos de sua
vida nas últimas duas semanas.
Muito Nem Ruim Muito
Ruim Bom
Ruim Nem Bom Bom
Nem
Muito Satisfeito
Insatis Muito
Insatis Nem Satisfeito
feito Satisfeito
feito Insatisfeito
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 250
WHOQOL
A questão a seguir refere-se a com que frequência você sentiu ou experimentou certas coisas nas últimas duas
semanas.
Muito
Algumas Frequente
Nunca Frequente Sempre
Vezes Mente
Mente
Com que frequência você
tem sentimentos negativos
26
tais como mau humor,
(F8.1) 1 2 3 4 5
desespero, ansiedade,
depressão?
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 251
WHOQOL
FOLHA DE RESPOSTA
Paciente – Familiar - Controle
Data:
Nome:
RG do HC:
Número:
Protocolo:
Escore Transformado*
Equações para computação dos escores
dos domínios Escore
4-20 0-100
Bruto
(6-Q3) + (6-Q4) + Q10 + Q15 + Q16 +
Q17 + Q18
Domínio ____-___ + ___-___ + ____ + ____
1
_____ + ______ + _____
Q5 + Q6 + Q7 + Q11 + Q19 + (6-Q26)
Domínio
2 ____ + ____ + ____ + ____ + ____ + _____
Nem um Quase
Raramente Às vezes Frequentemente
pouco sempre
verdadeiro verdadeiro verdadeiro
verdadeiro verdadeiro
1 Eu consigo me adaptar
0 1 2 3 4
quando mudanças acontecem.
2 Eu consigo lidar com
qualquer problema que 0 1 2 3 4
acontece comigo.
3 EU tento ver o lado
humorístico das coisas 0 1 2 3 4
quando estou com problemas.
4 Ter que lidar com situações
estressantes me faz sentir 0 1 2 3 4
mais forte.
5 Eu costumo me recuperar
bem de uma doença,
0 1 2 3 4
acidentes e outras
dificuldades.
6 Eu acredito que posso atingir
meus objetivos mesmo 0 1 2 3 4
quando há obstáculos.
7 Fico concentrado e penso
com clareza quando estou sob 0 1 2 3 4
pressão.
8 Eu não desanimo facilmente
0 1 2 3 4
com os fracassos.
9 Eu me considero uma pessoa
forte quando tenho que lidar
0 1 2 3 4
com desafios e dificuldades
da vida.
10 Eu consigo lidar com 0 1 2 3 4
sentimentos desagradáveis ou
dolorosos como tristeza,
medo e raiva.
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 253
MANUAL DO PROGRAMA DE PSICOLOGIA DO STMO E ONCO-HEMATOLOGIA 254