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01/01/2020 No Dia do Muçulmano, mulheres explicam como é seguir o Islã no Brasil - 12/05/2015 - Mundo - Folha de S.

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No Dia do Muçulmano, mulheres leia também


explicam como é seguir o Islã no Brasil Justiça alemã permite que
professoras muçulmanas usem véu
nas escolas

Muçulmanos franceses relatam


sofrer preconceito

Garotas muçulmanas têm seus véus


puxados em Paris

colunistas
Américo Martins
'Todo mundo sabe que o Brasil
é um país muito corrupto'

Marcos Troyjo
Trump pode transformar-se
num presidente 'normal'?

ISADORA BRANT
ENVIADA ESPECIAL A FOZ DO IGUAÇU (PR)

12/05/2015 11h59 - Atualizado às 12h53

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"A mulher muçulmana carrega no corpo a religião", diz Claudia Asma, 44,
sobre a responsabilidade feminina diante do islamismo. Brasileira, ela não
nasceu em nenhum país muçulmano e não tem familiares praticantes da
religião.

Claudia, que estudou por seis anos o Alcorão antes de converter, vive em Foz
do Iguaçu, cidade que tem a maior comunidade islâmica do Brasil, em
proporção à sua população total. Um mundo de muros
Em uma série de reportagens, a Folha vai a
A cidade paranaense comemora, no dia 12 de maio, o Dia do Muçulmano. quatro continentes mostrar o que está por trás
das barreiras que bloqueiam aqueles que
Dentro de uma das mesquitas de Foz do Iguaçu, Claudia e cinco amigas se consideram indesejáveis
revezam para explicar à Folha o que é ser uma mulher muçulmana e o que
significa optar por esse caminho em um país como o Brasil.
páginas especiais
"Se uma mulher islâmica faz algo de errado, não é uma mulher, e sim uma
muçulmana que está fazendo algo de errado", define ela. Coreia do Norte
Vir de família evangélica, segundo ela, facilitou conviver em um ambiente em
que o dia a dia é conduzido a partir de questões espirituais.

A mesma visão é compartilhada com a amiga Raquel Diniz, 41, que se Governo Trump
converteu ao casar com um libanês que morava na casa vizinha de seus pais.

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/05/1627905-no-dia-do-muculmano-mulheres-explicam-como-e-seguir-o-isla-no-brasil.shtml 1/4
01/01/2020 No Dia do Muçulmano, mulheres explicam como é seguir o Islã no Brasil - 12/05/2015 - Mundo - Folha de S.Paulo
"A muçulmana não é uma mulher oprimida. (...) Usar o véu não tem nada a Licença para matar
ver com o pai ou com o marido, e sim com Deus", afirma Raquel ao falar sobre
a "hijab" (lenço curto, que cobre a cabeça e o colo). Elas também podem usar
o usar o xador, véu mais longo e na altura do quadril.

"Não é obrigatório, há muitas mulheres que conhecem a religião mas blogs VEJA A LISTA COMPLETA

preferem não usar o véu." Claudia conta que sua filha, por exemplo, optou por Orientalíssimo
não adotar a vestimenta aos nove anos, idade a partir da qual passa ser Brasileiros concorrem a
permitido, e não usa até hoje. prêmio de US$ 1 mi

Para a antropóloga Editoria de arte/Folhapress


Sylvia Colombo
Francirosy Ferreira, que Zeta-Jones encarna madrinha
estuda o assunto há 19 dos narcos latinos
anos, existe uma
especificidade em ser Mundialíssimo
mulher que vem antes Por que iranianas estão
da sua cultura ou desvestindo o véu islâmico?
religião, e que difere de
contexto em contexto.
envie sua notícia
Segundo ela, nem Fotos Vídeos Relatos
sempre as
reivindicações das EM MUNDO
mulheres no Ocidente
+ LIDAS + COMENTADAS ÚLTIMAS
colaboram para as
pautas feministas no No 1º ano de Bolsonaro, China vai de

Oriente. Apesar de o 1 ameaça comunista a aliada estratégica

islamismo não obrigar


uma filha a casar com Turistas se refugiam em praias para

quem o pai escolher, 2 escapar de incêndios na Austrália

culturalmente isso
acontece em países Pouco eficazes, leis de fake news se

muçulmanos. Tal pauta 3 espalham pelo mundo

não aparece em
bandeiras ocidentais, Polícia de Hong Kong dispara gás

exemplifica Francirosy. 4 lacrimogêneo contra manifestantes

"Nós temos um grande Protestos maciços foram a síntese da


problema que é o 5 América Latina em 2019

etnocentrismo, o que
fazemos é sempre
melhor do que os outros. Vivemos um momento de intolerância em vários siga a folha
sentidos. (...) Falta uma construção de alteridade, de entender que o outro é
diferente."
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PRECONCEITO Digite seu email... enviar

"Tudo o que é diferente é observado. Quando acontece algum ato terrorista


[como o 11 de Setembro], nesses casos sim, somos hostilizadas. É
desagradável, já aconteceu comigo, mas eu não me incomodei", conta Claudia.

"Terrorismo e religião são coisas diferentes", repete. A reclamação de Claudia


e suas amigas é a mesma: o islamismo é generalizado em práticas que, nem
sempre, estão ligadas a ele.
serviços
"A pena de morte não é uma lei islâmica, porém países muçulmanos a
MICROBLOG
praticam. Os Estados Unidos, por exemplo, têm pena de morte, mas ninguém
fala nada", compara Hanadi Diniz, 19, filha de Raquel. Siga Folha Mundo no Twitter
REDE SOCIAL
Hanadi destaca, no entanto, o fato de em Foz do Iguaçu as pessoas já estarem Acompanhe nosso Facebook
acostumadas com os muçulmanos. Para ela, esse é um dos motivos de não
AGREGADOR
sofrerem nenhum preconceito explícito.
Leia noticiário em formato RSS
Sobre o noticiário recente acerca do Estado Islâmico (EI), milícia radical que
prega agir com base no islã, Hanadi também diz que a população local não + livraria
associa tais práticas aos muçulmanos locais.
Coleção "Cinema Policial" reúne quatro
"Quando ficamos sabendo de algum noticiário sobre o EI, também ficamos filmes de grandes diretores
chocados, assim como vocês" explica. "São grupos isolados que agem de Sociólogo discute transformações do
acordo com suas necessidades, ficamos indignados." século 21 em "A Era do Imprevisto"
Livro de escritora russa compila contos
de fada assustadores; leia trecho
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chico familia 13/05/2015 07h29 2 0 Denunciar COMPARTILHAR

Ainda haverá o tempo em que a humanidade se libertará de toda forma de obscurantismo e


crença no sobrenatural, os quais sistematicamente se apropriaram dos valores morais inerentes
à espécie humana e adicionaram uma dose de irracionalidade absurda, promoveram uma
doutrinação escravizante, desta forma impedindo o pleno desenvolvimento das sociedades. Só
haverá futuro se a racionalidade preponderar, caso contrário estaremos fadados ao auto
extermínio.
O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem

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kazem 12/05/2015 17h06 0 0 Denunciar COMPARTILHAR

Existe muita confusão sobre o ISLÃ porque as pessoas confundem culturas e hábitos locais,
com a religião.
O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2015/05/1627905-no-dia-do-muculmano-mulheres-explicam-como-e-seguir-o-isla-no-brasil.shtml 3/4
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