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SÃO PAULO
2018
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO DO TERRITÓRIO 3
2. HISTÓRICO 4
3. PATRIMÔNIO MATERIAL 9
3.1. EDIFÍCIOS HISTÓRICOS E CULTURAIS 9
3.1.1. THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO E PRAÇA RAMOS DE AZEVEDO 10
3.1.2. EDIFÍCIO ALEXANDRE MACKENZIE 12
3.1.3. LARGO DA MEMÓRIA 13
3.1.4. BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE E PRAÇA D. JOSÉ GASPAR 14
3.1.5. EDIFÍCIO ESTHER 15
3.1.6. EDIFÍCIO ITÁLIA 16
3.1.7. SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO 17
3.1.8. IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS E
LARGO DO PAISSANDU 18
3.1.9. PRAÇA DAS ARTES 19
3.2. IMÓVEIS TOMBADOS 20
3.3. ÁREAS PROTEGIDAS 21
4. PATRIMÔNIO IMATERIAL 21
4.1. FEIRA DE ARTES DA PRAÇA DA REPÚBLICA 22
4.2. FEIRA DE ARTESANATO DOM JOSÉ GASPAR 23
4.3. FEIRA AFRICANA DE RUA 23
4.4. AO BAR GUANABARA 24
4.5. PARIBAR 25
4.6. CARNAVAL DE RUA 26
5. O SÍTIO 27
5.1. TOPOGRAFIA 27
5.2. ÁREAS VERDES 34
7. OS ATRATIVOS 42
8. COMENTÁRIOS FINAIS 44
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 45
1. APRESENTAÇÃO DO TERRITÓRIO
Mapeamento 2004
Fonte: Geosampa
Outra obra importante que dividiu o Centro Novo do Centro Velho foi a canalização
do rio, dando origem ao Vale do Anhangabaú. Inicialmente, de acordo com o
OLLERTZ (apud SIMÕES JÚNIOR, 2008), o vale era tido como quintal dos
casarões que o circundavam, característica comum da ocupação do território na
época, o que configurava esse local como uma imensa horta urbana.
Porém, após a construção do Viaduto do Chá e devido aos já comentados
impactos ocorridos devido ao aceleramento do crescimento populacional e
econômico, a área passou a ser a mais valorizada do setor central da cidade, o que
fez com que surgissem planos para promover a modernização e o embelezamento
da região. Nesse momento, de acordo com a equipe do SPBR, houve a tomada de
posição do poder público em relação às questões urbanas, que o tornou também o
marco inicial das mudanças frenéticas que transformaram o local. Iniciou-se um
grande debate, fortalecido pela fundação da Escola Politécnica, que culminou na
proposta feita em 1907 por Augusto Carlos da Silva Telles, que implicava na
desapropriação de todos os imóveis da Rua Líbero Badaró até a Rua Formosa, a
fim de proporcionar largas perspectivas para o então Theatro Municipal. Essas
desapropriações geraram conflito de interesses devido a recente valorização da
área, resultando na divisão entre os que queriam a implantação de um parque —
Silva Freire e Guilhem —, e aqueles propunham o vale do Anhangabaú como uma
grande avenida — Samuel das Neves. Findou-se a discussão após a decisão que
implementaria o Parque Anhangabaú. Essa escolha resultou na contratação do
urbanista francês Joseph Antoine Bouvard, responsável pela formulação de um
Plano de Melhoramentos para o município de São Paulo. Ao final das obras do
parque, em meados de 1910, a área do Anhangabaú, Viaduto do Chá e Theatro
Municipal passou a ser o cartão de visitas da cidade, servindo de fachada para o
que veio a ser o “novo centro”. Porém, após 1930, houve uma descaracterização do
projeto para a execução do Plano de Avenidas do então prefeito Prestes Maia.
O próprio Theatro Municipal também é responsável por criar um novo eixo
cultural no município, influenciando na ocupação do território, uma vez que a divisão
da chácara do Barão de Itapetininga foi visando um loteamento residencial, e após a
construção do Theatro, houve ampliação da demanda por comércio e serviços,
dando origem a diversos hotéis luxuosos que se instalaram na região, sendo
exemplos deles o antigo Hotel Esplanada. (SILVA, BUENO & CAMPOS, 2016)
Outro marco dessa época é a Praça da República, que era usada no século
18 para treinamento militar e teve seu projeto atual visando a consolidação de um
novo marco paisagístico que fizesse jus à arquitetura da Escola Normal Caetano de
Campos, que foi implantada em 1894 e hoje acomoda a atual Secretaria do Estado
de São Paulo. Esse projeto, assim como o complexo do Theatro Municipal, teve seu
planejamento desenvolvido pelo escritório de Ramos de Azevedo, o principal da
época. A partir de 1940, os filatelistas adotaram a praça para fazerem suas trocas, o
que deu origem a feira que acontece aos finais de semana atualmente. (SILVA,
BUENO & CAMPOS, 2016)
No século XX, principalmente na virada dos anos 1940 para 1950, o Centro
Novo entra em ascensão e passa a evoluir como um centro empresarial e comercial.
Para tal, começam a pensar em novas propostas urbanas para a cidade de São
Paulo por conta de sua expansão desorganizada. Dentre eles, podemos destacar o
Plano Bouvard em 1912, que tinha como premissa maior o embelezamento da
cidade, e o Plano de Avenidas na década de 40, que foi importante para consolidar
os bairros República, Consolação e Bela Vista para o que é hoje. O plano focava na
modernização e na introdução de infraestrutura para o automóvel, e por isso houve
a ampliação de diversas avenidas, como a Av. Ipiranga e Av. São Luís. Nesse plano
também houve o incentivo à construção de edifícios de uso misto, galerias
comerciais e arranha-céus ao longo das vias arteriais, surgindo nessa época
edifícios icônicos como o Esther, o Copan e o Edifício Itália.
Ainda nessa década, por conta da legislação vigente, a região central
estabelecia integração entre os edifícios, a rua e o entorno, o que é notável
principalmente na Av. Ipiranga e seus arredores. Por conta disso, surge a
Cinelândia, área de lazer e cultura nos térreos comerciais, marquises e galerias
convidativas, marcados pelos edifícios Hotel Excelsior e Cine Ipiranga, de 1941.
3. PATRIMÔNIO MATERIAL
Conhecido por ser o Shopping Light, o edifício em questão foi projetado para
sediar a empresa The São Paulo Tramway Light and Power. Foi feito pelo escritório
de Severo, Villares & Cia. Ltda. sendo sua obra finalizada em 1929. Em 1941, passa
por uma ampliação, tendo um total de 11 pavimentos, com porão e andar
intermediário, em um terreno de quase 30 mil metros quadrados.
3.1.3. LARGO DA MEMÓRIA
Antes de ser nomeado como tal, o Largo da Memória era um barranco usado
como ponto de encontro entre tropeiros de vários estados que chegavam em São
Paulo. Em 1814, Daniel Pedro Muller projetou um obelisco em homenagem ao
governador da época. 60 anos depois construíram o Chafariz do Piques junto à obra
de canalização e abastecimento do Jardim e Convento da Luz. Em comemoração
ao Centenário da Independência do Brasil, Victor Dubugras foi contratado por
Washington Luís em 1919 para reformar o Largo, caracterizando-o com um estilo
neocolonial.
3.1.4. BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE E PRAÇA D. JOSÉ
GASPAR
Com projeto de Jacques Pillon, sua obra executada entre 1938 e 1942, a
Biblioteca surgiu no contexto modernista e na época da criação do Departamento de
Cultura de São Paulo, comandado pelo então homenageado Mário de Andrade.
Além disso, o edifício é símbolo da expansão urbana do centro, constituindo o
Centro Novo.
Característica das obras públicas dos anos 40, a Biblioteca possui
composição estética de elementos geométricos, linhas retas e curvas e caixilhos de
vidro e ferro.
A praça D. José Gaspar na qual se situa foi feita a fim de trazer um “respiro”
de quase 3 mil metros quadrados entre a Biblioteca e os edifícios do entorno. Em
2011, a Biblioteca Mário de Andrade passa por uma revitalização e a Praça recebe
novo projeto paisagístico, funcionando como uma extensão de área externa de
leitura, com plantas ornamentais de baixo custo de conservação.
Projetado por Adhemar Marinho e Álvaro Vital Brasil e construído por Mário
Novedlin em 1938, foi o primeiro edifício de grande porte em São Paulo,
propriedade de Paulo Nogueira, usineiro de açúcar. Sua estrutura é de concreto
armado e alvenaria de tijolos, e possui lajes contínuas a fim de dar flexibilidade à
planta. Em seu programa, o edifício previa acesso e lojas ao térreo, estacionamento
e restaurante no subsolo, comercial e serviços do 1º ao 3º pavimentos e uso
residencial nos demais pavimentos. Possui cinco elevadores e três colunas de
escada para atender à demanda de circulação.
3.1.6. EDIFÍCIO ITÁLIA
A Igreja N. Sra. do Rosário dos Homens Pretos foi construída a partir de 1904
com doações de terras que hoje é o atual Largo do Paissandu. Sua obra teve uma
série de complicações envolvendo a drenagem do terreno e da insatisfação dos
moradores, que alegavam que uma igreja na praça acabaria com a beleza do local.
A transferência das imagens da Igreja de São Bento de Pedra foi marcada
por uma grande procissão na época, com comemoração de banda musical. Alguns
símbolos e imagens da antiga igreja ainda estão mantidos, como os altares de
Nossa Senhora das Dores, a capela do Bom Jesus da Pedra Fria, um painel de
Nossa Senhora do Rosário e um cruzeiro de ferro, usado como ponto de referência
para os antigos moradores do Largo.
3.1.9. PRAÇA DAS ARTES
Conpresp e CONDEPHAAT
4. PATRIMÔNIO IMATERIAL
Feira da República
Fonte: Viajando com Expedia1
1
Disponível em: https://viajando.expedia.com.br/as-melhores-feiras-culturais-de-sao-paulo/
4.2. FEIRA DE ARTESANATO DOM JOSÉ GASPAR
A praça Dom José Gaspar recebe aos finais de semana feira de artes, mas
também é alvo de eventos periódicos como shows e feiras anuais, como a Mercado
Buenos Artes que leva moda, música e gastronomia ao centro de São Paulo.
Montagem da feira.
Fonte: autores
2
Disponível em: https://www.momondo.com.br/inspiracao/feiras-em-sp/
3
Disponível em: https://valorculturalsp.wordpress.com/2016/11/07/bar-guanabara/
metrô teve de deixar o prédio, desapropriado pela Companhia do Metropolitano de
São Paulo para a construção do estação São Bento. Então o bar foi transferido
para a Av. São João. onde antes funcionava o Bar Pinguim, da Cia. Antarctica
Paulista, que vinha funcionando naquele local desde 1935.
Com 98 anos de existência, conta com um acervo histórico que contempla
também arquivos dos 50 anos do Antigo Pinguim e dos 103 anos da Antiga Leiteria
Pereira, casas adquiridas pelo proprietário do bar. O Guanabara foi frequentado por
muitos comerciantes durante o dia e à noite, pelas pessoas que saíam do teatro ou
dos cinemas.
O jornalista Ricardo Kotscho escreveu em seu blog “Continua tudo igual – os
pratos do dia, o cardápio a la carte, os salgados no balcão e os sanduíches que
fizeram história, como o “Psicodélico”...”
O bar funciona todos os dias na Avenida São João, 128 - Em frente a Praça
Ramos de Azevedo - a partir das 7h00 até o último cliente.
4.5. PARIBAR
Fachada do Paribar
Fonte: PaperMen
5. O SÍTIO
5.1. TOPOGRAFIA
Mapa topográfico
Fonte: Geosampa
Mapa de percurso realizado durante a visita de campo.
Fonte: Aplicativo Strava
4
Disponível em: http://www.saopauloantiga.com.br/viaduto-santa-ifigenia-pede-socorro/
O Viaduto do Chá, por sua vez, está na mesma direção do Viaduto Santa
Ifigênia, porém do lado oposto passando sobre o corredor norte-sul. Este liga o
Teatro Municipal de São Paulo à Praça do Patriarca, sendo também acessível
apenas nesse nível e, diferentemente do outro, este viaduto é compartilhado por
pedestres, automóveis e ciclistas.
5
Disponível em: http://cidadedesaopaulo.com/v2/atrativos/viaduto-do-cha/
Imagem da Rua da Consolação.
Fonte: Google Street View
6
Disponível em:
http://www.blogdafal.com.br/2017/04/06/jardim-vertical-comeca-a-ser-instalado-na-avenida-23-de-mai
o/
Mapa do Verde em São Paulo, 2011.
Fonte: Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA)7
7
Disponível em: http://folhaspdados.blogfolha.uol.com.br/2012/08/17/areas-verdes-de-sao-paulo/
Ainda neste contexto, de acordo com a pesquisadora da Universidade
Estadual Paulista (Unesp), Magda Lombardo, esta desigualdade de índice de
cobertura vegetal é o responsável pela grande variação de temperatura de região
pra região, que pode chegar a 14 ºC .
6.1. VIAS
Na área estudada, por se tratar de uma área central da cidade de São Paulo,
há um sistema viário que passou por diversas modificações em sua história, e isso
implica na existência de um sistema relativamente adaptado às necessidades da
região.
Há ligações viárias em todo o entorno. As avenidas da região considerada
são de grande porte e ligam à outras áreas da cidade. As vias estão sujeitas à
restrição de veículos fretados e caminhões.
6.2. ÔNIBUS
6.3. METRÔ
7. OS ATRATIVOS
8. COMENTÁRIOS FINAIS
ACERVO ESTADÃO. Prédios de São Paulo: Edifício Itália, 2014. Disponível em:
<http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,predios-de-sao-paulo-edificio-italia,10363,0.ht
m> Acesso em: 02 abr. 2018.
ACERVO ESTADÃO. Viaduto do chá, 120 anos de um símbolo. 2012. Disponível em:
<http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,viaduto-do-cha-120-anos-de-um-simbolo,7271
,0.htm> Acesso em: 05 abr. 2018.
ACERVO ESTADÃO. Viaduto do chá: Primeiro Viaduto de São Paulo. 2012. Disponível em:
<http://acervo.estadao.com.br/noticias/lugares,viaduto-do-cha,8536,0.htm> Acesso em: 04
abr. 2018.
CONDEPHAAT. Bens Protegidos > Base de Dados CONDEPHAAT > São Paulo. Disponível
em: <http://condephaat.sp.gov.br/> Acesso em: 01 abr. 2018.
DEPARTAMENTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO. Região do Centro Novo e Bela Vista: A
Expansão da Cidade. Patrimônio - Blog do DPH. 2017. Disponível em:
<http://patrimoniohistorico.prefeitura.sp.gov.br/regiao-do-centro-novo-e-bela-vista-a-expansa
o-da-cidade/> Acesso em: 04 abr. 2018.
IPHAN. Notícia: Carnaval brasileiro é caracterizado por bens culturais protegidos pelo
Iphan. Disponível em:
<http://portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/3469/carnaval-brasileiro-e-caracterizado-por-ben
s-culturais-protegidos-pelo-iphan> Acesso em: 05 abr. 2018.
LOPES, Edésio Elias. Transporte e meio ambiente: o efeito barreira. 2013. Disponível em:
<https://portogente.com.br/colunistas/edesio-elias-lopes/79654-transporte-e-meio-ambiente-
o-efeito-barreira>. Acesso em: 04 abr. 2018.
SILVA, Hugo Louro; BUENO, Francisco Caparroz; CAMPOS, Fernanda Grimberg Vaz. Guia
Arquitetônico de São Paulo - Segundo Percurso: Centro Novo. Vitruvius. 2016. Disponível
em: <http://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/17.195/6246> Acesso em: 05 abr.
2018.