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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA

E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE PROJETO


ÁREA 1

Trabalho destinado a matéria de Projeto


Urbano e Regional - Desenho Urbano
(APUR5), avaliada pelas professoras Maria
Cecilia Lucchese e Beatriz Bezerra Tone
como parte das atividades do 5º Semestre do
curso de Arquitetura e Urbanismo. Entregue
por Dayane Franco, Erika Harumi, Erika
Tempobono, Franciny Marques, Ludmilla
Zuquetto e Mateus Quibao.

São Paulo, 06 de abril de 2018.

SÃO PAULO
2018
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO DO TERRITÓRIO 3
2. HISTÓRICO 4
3. PATRIMÔNIO MATERIAL 9
3.1. ​EDIFÍCIOS HISTÓRICOS E CULTURAIS 9
3.1.1. ​THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO E PRAÇA RAMOS DE AZEVEDO 10
3.1.2. ​EDIFÍCIO ALEXANDRE MACKENZIE 12
3.1.3. ​LARGO DA MEMÓRIA 13
3.1.4. ​BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE E PRAÇA D. JOSÉ GASPAR 14
3.1.5. ​EDIFÍCIO ESTHER 15
3.1.6. ​EDIFÍCIO ITÁLIA 16
3.1.7. ​SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO 17
3.1.8. ​IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS E
LARGO DO PAISSANDU 18
3.1.9. ​PRAÇA DAS ARTES 19
3.2. ​IMÓVEIS TOMBADOS 20
3.3. ​ÁREAS PROTEGIDAS 21

4. ​PATRIMÔNIO IMATERIAL 21
4.1. ​FEIRA DE ARTES DA PRAÇA DA REPÚBLICA 22
4.2. ​FEIRA DE ARTESANATO DOM JOSÉ GASPAR 23
4.3. ​FEIRA AFRICANA DE RUA 23
4.4. ​AO BAR GUANABARA 24
4.5. ​PARIBAR 25
4.6. ​CARNAVAL DE RUA 26

5. ​O SÍTIO 27
5.1. ​TOPOGRAFIA 27
5.2. ​ÁREAS VERDES 34

6. ​SISTEMA VIÁRIO E MOBILIDADE 39


6.1. ​VIAS 39
6.2. ​ÔNIBUS 39
6.3. ​METRÔ 40
6.4. ​CICLOVIAS E PEDESTRES 41

7. ​OS ATRATIVOS 42

8. ​COMENTÁRIOS FINAIS 44

9. ​REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 45
1. APRESENTAÇÃO DO TERRITÓRIO

O território em questão está delimitado pelo cruzamento da Av. Ipiranga com


a Av. São João, passando pela Av. São Luis, R. Quirino, R. Xavier de Toledo e
Praça Ramos de Azevedo. Também conhecida como Centro Novo, a região está
localizada no bairro da República e faz divisa com o Centro Velho.

Mapa do perímetro da Área 1.


Fonte: Google Maps
2. HISTÓRICO

Mapeamento 2004
Fonte: Geosampa

Conhecida como Centro Novo, essa área pertence ao núcleo histórico da


cidade de São Paulo, localizada a Oeste do Rio Anhangabaú, que era um dos
limítrofes naturais da primeira ocupação do território. De acordo com o IBGE, até o
ano 1822, a região era ocupada pela chácara pertencente ao Barão de Itapetininga,
cuja um dos principais insumos produzidos deu nome ao acesso que permitiu a
urbanização da região: o Viaduto do Chá. Segundo o Acervo Estadão, o projeto do
litógrafo francês Jules Martin foi o primeiro viaduto da cidade, que construído em
1877, ligava o antigo Morro do Chá, atual Rua Barão de Itapetininga, à Rua Direita,
no centro velho.
Inicialmente era feita a cobrança de três vinténs para que se pudesse fazer a
travessia do viaduto, o que fez com que também ficasse conhecido pelo nome
“Viaduto dos Três Vinténs”. Essa passagem facilitava a ligação do Centro Velho
com os bairros higienistas que estavam sendo loteados a Oeste do município.
Dessa forma, quem costumava atravessar o viaduto era a alta sociedade paulistana
da época, que emergiu após o desenvolvimento econômico através da atividade
cafeeira e da chegada de imigrantes vindos principalmente do continente europeu, e
que estava em busca dos lazeres que estavam instalando-se na região, como
cinema, comércios e, a partir de 1911, o Theatro Municipal. Esse caráter elitista da
burguesia paulista permitiu a valorização das terras e dos investimentos imobiliários
da região, principalmente após o período da república velha, refletindo ideais
positivistas e modelos culturais da ​belle époque.

Viaduto do Chá na década de 30.


Fonte: Acervo Estadão
Mapeamento 1930 - Sara.
Fonte: Geosampa

Outra obra importante que dividiu o Centro Novo do Centro Velho foi a canalização
do rio, dando origem ao Vale do Anhangabaú. Inicialmente, de acordo com o
OLLERTZ (apud SIMÕES JÚNIOR, 2008), o vale era tido como quintal dos
casarões que o circundavam, característica comum da ocupação do território na
época, o que configurava esse local como uma imensa horta urbana.
Porém, após a construção do Viaduto do Chá e devido aos já comentados
impactos ocorridos devido ao aceleramento do crescimento populacional e
econômico, a área passou a ser a mais valorizada do setor central da cidade, o que
fez com que surgissem planos para promover a modernização e o embelezamento
da região. Nesse momento, de acordo com a equipe do SPBR, houve a tomada de
posição do poder público em relação às questões urbanas, que o tornou também o
marco inicial das mudanças frenéticas que transformaram o local. Iniciou-se um
grande debate, fortalecido pela fundação da Escola Politécnica, que culminou na
proposta feita em 1907 por Augusto Carlos da Silva Telles, que implicava na
desapropriação de todos os imóveis da Rua Líbero Badaró até a Rua Formosa, a
fim de proporcionar largas perspectivas para o então Theatro Municipal. Essas
desapropriações geraram conflito de interesses devido a recente valorização da
área, resultando na divisão entre os que queriam a implantação de um parque —
Silva Freire e Guilhem —, e aqueles propunham o vale do Anhangabaú como uma
grande avenida — Samuel das Neves. Findou-se a discussão após a decisão que
implementaria o Parque Anhangabaú. Essa escolha resultou na contratação do
urbanista francês Joseph Antoine Bouvard, responsável pela formulação de um
Plano de Melhoramentos para o município de São Paulo. Ao final das obras do
parque, em meados de 1910, a área do Anhangabaú, Viaduto do Chá e Theatro
Municipal passou a ser o cartão de visitas da cidade, servindo de fachada para o
que veio a ser o “novo centro”. Porém, após 1930, houve uma descaracterização do
projeto para a execução do Plano de Avenidas do então prefeito Prestes Maia.
O próprio Theatro Municipal também é responsável por criar um novo eixo
cultural no município, influenciando na ocupação do território, uma vez que a divisão
da chácara do Barão de Itapetininga foi visando um loteamento residencial, e após a
construção do Theatro, houve ampliação da demanda por comércio e serviços,
dando origem a diversos hotéis luxuosos que se instalaram na região, sendo
exemplos deles o antigo Hotel Esplanada. (SILVA, BUENO & CAMPOS, 2016)
Outro marco dessa época é a Praça da República, que era usada no século
18 para treinamento militar e teve seu projeto atual visando a consolidação de um
novo marco paisagístico que fizesse jus à arquitetura da Escola Normal Caetano de
Campos, que foi implantada em 1894 e hoje acomoda a atual Secretaria do Estado
de São Paulo. Esse projeto, assim como o complexo do Theatro Municipal, teve seu
planejamento desenvolvido pelo escritório de Ramos de Azevedo, o principal da
época. A partir de 1940, os filatelistas adotaram a praça para fazerem suas trocas, o
que deu origem a feira que acontece aos finais de semana atualmente. (SILVA,
BUENO & CAMPOS, 2016)
No século XX, principalmente na virada dos anos 1940 para 1950, o Centro
Novo entra em ascensão e passa a evoluir como um centro empresarial e comercial.
Para tal, começam a pensar em novas propostas urbanas para a cidade de São
Paulo por conta de sua expansão desorganizada. Dentre eles, podemos destacar o
Plano Bouvard em 1912, que tinha como premissa maior o embelezamento da
cidade, e o Plano de Avenidas na década de 40, que foi importante para consolidar
os bairros República, Consolação e Bela Vista para o que é hoje. O plano focava na
modernização e na introdução de infraestrutura para o automóvel, e por isso houve
a ampliação de diversas avenidas, como a Av. Ipiranga e Av. São Luís. Nesse plano
também houve o incentivo à construção de edifícios de uso misto, galerias
comerciais e arranha-céus ao longo das vias arteriais, surgindo nessa época
edifícios icônicos como o Esther, o Copan e o Edifício Itália.
Ainda nessa década, por conta da legislação vigente, a região central
estabelecia integração entre os edifícios, a rua e o entorno, o que é notável
principalmente na Av. Ipiranga e seus arredores. Por conta disso, surge a
Cinelândia, área de lazer e cultura nos térreos comerciais, marquises e galerias
convidativas, marcados pelos edifícios Hotel Excelsior e Cine Ipiranga, de 1941.

Mapeamento 1954 - Vasp Cruzeiro.


Fonte: Geosampa

A partir dos anos 50, novas centralidades empresariais começam a surgir


junto ao Centro Novo. Bancos importantes passam a se instalar na Avenida Paulista
e, nos anos 70 e 80, entram os bairros Jardins e Itaim Bibi. A partir daí, a cidade dá
espaço para, além dos já citados, a Av. Faria Lima, Vila Olímpia e Pinheiros, hoje o
“bairro das multinacionais”, se tornem também potencialidades em concentração de
empresas e escritórios de serviços e comércio.
Hoje, o Centro Novo possui valor simbólico, histórico e cultural por conta de
sua paisagem urbana e seus edifícios, a maioria deles tombados como patrimônio
importantes da cidade de São Paulo.

3. PATRIMÔNIO MATERIAL

3.1. EDIFÍCIOS HISTÓRICOS E CULTURAIS

Mapa pontuando edifícios considerados patrimônio histórico pela Conpresp.


Fonte: Conpresp e Geosampa

De acordo com o Decreto Lei Nº 25/1937, é considerado patrimônio histórico


e cultural material “o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja
conservação seja de interêsse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis
da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico,
bibliográfico ou artístico.” Dentre esses bens também estão incluídos além de
edificações os monumentos naturais, como sítios e paisagens que conservam o
passado ou natureza do local. Para tal título, é necessário que esses bens estejam
registrados no Livro do Tombo por pelo menos um dos órgãos responsáveis
(IPHAN, CONDEPHAAT e/ou CONPRESP).
3.1.1. THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO E PRAÇA RAMOS
DE AZEVEDO

Fachada do Theatro Municipal.


Fonte: IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas

Praça Ramos de Azevedo.


Fonte: Apontador
Localização:​ Praça Ramos de Azevedo, s/n
O Teatro Municipal foi projetado por Domiziano e Cláudio Rossi, construído
em terreno cedido à prefeitura. Inaugurado em 1911, época do ciclo do café, sediou
eventos artísticos importantes como a Semana de Arte Moderna em 1922, e até
hoje é reconhecido por abrigar espetáculos de companhias de teatro e corpos
artísticos de dança e música clássica. Dentre os principais podemos citar a
Orquestra Sinfônica de São Paulo, o Coral Paulistano, Escola de Municipal de
Música de São Paulo e a Escola de Dança de São Paulo. Hoje a Fundação Theatro
Municipal também possui outros espaços como a Central Técnica do Theatro
Municipal e a Praça das Artes, onde hoje se situa tais grupos artísticos.
Sua fachada neoclássica, de traços renascentistas e barrocos, teve forte
influência na Ópera de Paris. Possui estrutura de concreto armado, vigamento em
ferro para a cúpula e cobertura e alvenaria em tijolos, técnicas consideradas
avançadas na época. Seu interior é adornado em ouro, bronze, lustres de cristais,
vitrais, mosaicos e detalhes em relevo. Durante a sua trajetória já passou por três
reformas significativas, implementando equipamentos e estruturas internas mais
modernas.
A praça em que está localizado, chamada Ramos de Azevedo, inaugurou-se
na mesma data e era conhecida como Esplanada do Teatro. Seu projeto era parte
de um conjunto de obras urbanísticas para o Vale do Anhangabaú, feita pelo
engenheiro Vitor da Silva Freire. A praça foi usada como centro de manifestações
nas décadas de 1960 e 1970.
3.1.2. EDIFÍCIO ALEXANDRE MACKENZIE

Edifício Alexandre Mackenzie, também conhecido por Shopping Light.


Fonte: Catraca Livre

Localização:​ R. Xavier de Toledo, nº 23

Conhecido por ser o Shopping Light, o edifício em questão foi projetado para
sediar a empresa ​The São Paulo Tramway Light and Power. ​Foi feito pelo escritório
de Severo, Villares & Cia. Ltda. sendo sua obra finalizada em 1929. Em 1941, passa
por uma ampliação, tendo um total de 11 pavimentos, com porão e andar
intermediário, em um terreno de quase 30 mil metros quadrados.
3.1.3. LARGO DA MEMÓRIA

Obelisco do Largo da Memória.


Fonte: Turista Paulistano

Localização: ​R. Xavier de Toledo e R. Quirino de Andrade

Antes de ser nomeado como tal, o Largo da Memória era um barranco usado
como ponto de encontro entre tropeiros de vários estados que chegavam em São
Paulo. Em 1814, Daniel Pedro Muller projetou um obelisco em homenagem ao
governador da época. 60 anos depois construíram o Chafariz do Piques junto à obra
de canalização e abastecimento do Jardim e Convento da Luz. Em comemoração
ao Centenário da Independência do Brasil, Victor Dubugras foi contratado por
Washington Luís em 1919 para reformar o Largo, caracterizando-o com um estilo
neocolonial.
3.1.4. BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE E PRAÇA D. JOSÉ
GASPAR

Edifício da biblioteca Mário de Andrade.


Fonte: Folha - Uol

Localização: ​Rua da Consolação nº 94, com Praça Dom José Gaspar

Com projeto de Jacques Pillon, sua obra executada entre 1938 e 1942, a
Biblioteca surgiu no contexto modernista e na época da criação do Departamento de
Cultura de São Paulo, comandado pelo então homenageado Mário de Andrade.
Além disso, o edifício é símbolo da expansão urbana do centro, constituindo o
Centro Novo.
Característica das obras públicas dos anos 40, a Biblioteca possui
composição estética de elementos geométricos, linhas retas e curvas e caixilhos de
vidro e ferro.

A praça D. José Gaspar na qual se situa foi feita a fim de trazer um “respiro”
de quase 3 mil metros quadrados entre a Biblioteca e os edifícios do entorno. Em
2011, a Biblioteca Mário de Andrade passa por uma revitalização e a Praça recebe
novo projeto paisagístico, funcionando como uma extensão de área externa de
leitura, com plantas ornamentais de baixo custo de conservação.

3.1.5. EDIFÍCIO ESTHER

Fachada do Edifício Esther.


Fonte: El País

Localização: ​Praça da República, nº 64 a 80

Projetado por Adhemar Marinho e Álvaro Vital Brasil e construído por Mário
Novedlin em 1938, foi o primeiro edifício de grande porte em São Paulo,
propriedade de Paulo Nogueira, usineiro de açúcar. Sua estrutura é de concreto
armado e alvenaria de tijolos, e possui lajes contínuas a fim de dar flexibilidade à
planta. Em seu programa, o edifício previa acesso e lojas ao térreo, estacionamento
e restaurante no subsolo, comercial e serviços do 1º ao 3º pavimentos e uso
residencial nos demais pavimentos. Possui cinco elevadores e três colunas de
escada para atender à demanda de circulação.
3.1.6. EDIFÍCIO ITÁLIA

Edifício Itália é um dos prédios mais altos da região central.


Fonte: Folha - Uol

Localização:​ Av. Ipiranga, nº 344

Em um terreno de 2.382m² e 52 mil m² de área construída, o edifício datado


de 1960 foi projeto do arquiteto Franz Heep. Seu nome oficial é Circolo Italiano, em
homenagem ao clube que antes ocupava o seu terreno, funcionando atualmente em
dois prédios anexos à ele. Possui 46 pavimentos de uso comercial e de serviços.
Hoje, o restaurante na cobertura, o Terraço Itália, tornou-se uma dos principais
pontos de atração turística de São Paulo.
3.1.7. SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Edifício da Secretaria da Educação, na Praça da República


Fonte: Central de Concursos

Localização: ​Praça da República, nº 53

A Secretaria foi fundada no começo da década de 1930, onde ainda era


conduzida pela Diretoria de Instrução Pública da Secretaria de Interior. Nessa
época, pensa-se em uma estruturação específica para professores por conta do
crescimento das cidades e na mudança econômica brasileira, por isso a
necessidade de se criar uma Secretaria voltada à Educação e Saúde Pública. A
partir daí, foram responsáveis por diversas reformas educacionais de São Paulo.
3.1.8. IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS HOMENS
PRETOS E LARGO DO PAISSANDU

Igreja no Largo do Paissandu.


Fonte: Wikimedia Commons

Localização: ​Largo do Rosário, s/n

A Igreja N. Sra. do Rosário dos Homens Pretos foi construída a partir de 1904
com doações de terras que hoje é o atual Largo do Paissandu. Sua obra teve uma
série de complicações envolvendo a drenagem do terreno e da insatisfação dos
moradores, que alegavam que uma igreja na praça acabaria com a beleza do local.
A transferência das imagens da Igreja de São Bento de Pedra foi marcada
por uma grande procissão na época, com comemoração de banda musical. Alguns
símbolos e imagens da antiga igreja ainda estão mantidos, como os altares de
Nossa Senhora das Dores, a capela do Bom Jesus da Pedra Fria, um painel de
Nossa Senhora do Rosário e um cruzeiro de ferro, usado como ponto de referência
para os antigos moradores do Largo.
3.1.9. PRAÇA DAS ARTES

Praça das Artes é projeto do escritório Brasil Arquitetura.


Fonte: ArchDaily

Localização: ​Av. São João, nº 281

Em um área de 29 mil m² que liga a R. Conselheiro Crispiniano à Avenida


São João e o Vale do Anhangabaú, a Praça das Artes foi criada em 2013 a fim de
ser uma extensão das atividades do Theatro Municipal, sendo um complexo cultural
dedicado à música, dança, teatro e exposições artísticas. Além disso, é sede da
Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo e abriga grupos da
Fundação Theatro Municipal de São Paulo.
Seu projeto surgiu de uma parceria entre o escritório Brasil Arquitetura e o
arquiteto Marcos Cartum da Secretaria de Cultura. Como objetivo de projeto, é um
espaço que contornasse o antigo prédio do Conservatório Dramático e Musical de
São Paulo e que se misturasse como edifício e praça.
3.2. IMÓVEIS TOMBADOS

O tombamento tem o objetivo de preservar, através da aplicação da lei, bens


de valor histórico, cultural, arquitetônico e ambiental para a população, impedindo
que venham a ser destruídos ou descaracterizados. A região da República possui
uma quantidade de imóveis tombados notável, é uma região com muito peso
histórico e que fez ( e ainda faz) parte do cotidiano e história da população.
Na área estudada e seu entorno imediato temos apenas 2 imóveis tombados
pelo IPHAN, são eles: O teatro Municipal e a biblioteca Mário de Andrade. Os
demais são tombamentos pelos órgão Conpresp e CONDEPHAAT. Entre eles
estão: o Edifício Glória, Edifício Regência, Edifício Arthur Nogueira, Edifício Esther e
Cine Art-Palácio/ Plaza Hotel.

Mapa com indicação de imóveis tombados


Fonte: Dados do Geosampa e iphan.gov

Conpresp e CONDEPHAAT

Conpresp, CONDEPHAAT E IPHAN


3.3. ÁREAS PROTEGIDAS

Mapa de áreas protegidas pelo CONDEPHAAT e CONPRESP, em vermelho, e seus envoltórios em


amarelo.
Fonte: Infopatrimônio e Geosampa

Por conta das histórias e manifestações de cultura no Centro da cidade de


São Paulo, as áreas destacadas pelo mapa e suas envoltórias é reconhecido pelo
CONDEPHAAT e pelo CONPRESP como patrimônio histórico, cultural e ambiental.
Entre essas áreas, podemos destacar a Praça D. José Gaspar, o Largo da Memória,
o Viaduto do Chá e o Vale do Anhangabaú, onde só nele foram tombadas 258
edificações.

4. PATRIMÔNIO IMATERIAL

“O Patrimônio Cultural Imaterial ou Intangível compreende as expressões de


vida e tradições que comunidades, grupos e indivíduos em todas as partes do
mundo recebem de seus ancestrais e passam seus conhecimentos a seus
descendentes.” (UNESCO). Essas memórias podem estar registradas em espaços
físicos através de monumentos, sítios históricos e paisagens naturais. Além disso,
podem fazer parte do patrimônio tradições, folclores, línguas e gestos, festas e
manifestações artísticas, que podem ser documentados através de gravações,
registros e arquivos.

4.1. FEIRA DE ARTES DA PRAÇA DA REPÚBLICA

Feira tradicional realizada aos domingos das 9h00 às 17h00 na Praça da


República, que conta com expositores vendendo pinturas, roupas, bijuterias,
esculturas, pedras preciosas e até artistas fazendo obras ao vivo. Na parte
gastronômica, há comidas que variam de churrasco à yakisoba.

Feira da Praça da República.


Fonte: autores

Feira da República
Fonte: Viajando com Expedia1

1
Disponível em: https://viajando.expedia.com.br/as-melhores-feiras-culturais-de-sao-paulo/
4.2. FEIRA DE ARTESANATO DOM JOSÉ GASPAR

A praça Dom José Gaspar recebe aos finais de semana feira de artes, mas
também é alvo de eventos periódicos como shows e feiras anuais, como a Mercado
Buenos Artes que leva moda, música e gastronomia ao centro de São Paulo.

Montagem da feira.
Fonte: autores

Ciclovia na praça Dom José Gaspar.


Fonte: autores

4.3. FEIRA AFRICANA DE RUA

migrantes de diversos países da África trabalham nesta feira todos os dias da


semana em horário comercial vendendo tecidos, roupas e acessórios com
padronagem africana. A maioria também utiliza trajes típicos e ensinam a como usar
os tecidos.
A feira de rua acontece perto da saída do metrô República e no entorno há
também pequenos ateliês dentro das galerias.

Rua Barão de Itapetininga. Detalhe dos tecidos Africanos.


Fonte: autores Fonte: Momondo2

4.4. AO BAR GUANABARA

Fachada do Guanabara/ Chico Saragiotto.


Fonte: Valor Cultural de São Paulo3

O "Ao Guanabara" foi fundado em 1910 pela família Angelo Martinez e


funcionou na antiga sede da Rua Boa Vista, 326. Com a chegada das obras do

2
Disponível em: https://www.momondo.com.br/inspiracao/feiras-em-sp/
3
Disponível em: https://valorculturalsp.wordpress.com/2016/11/07/bar-guanabara/
metrô teve de deixar o prédio, desapropriado pela Companhia do Metropolitano de
São Paulo para a construção do estação São Bento. Então o bar foi transferido
para a Av. São João. onde antes funcionava o Bar Pinguim, da Cia. Antarctica
Paulista, que vinha funcionando naquele local desde 1935.
Com 98 anos de existência, conta com um acervo histórico que contempla
também arquivos dos 50 anos do Antigo Pinguim e dos 103 anos da Antiga Leiteria
Pereira, casas adquiridas pelo proprietário do bar. O Guanabara foi frequentado por
muitos comerciantes durante o dia e à noite, pelas pessoas que saíam do teatro ou
dos cinemas.
O jornalista Ricardo Kotscho escreveu em seu blog “Continua tudo igual – os
pratos do dia, o cardápio a la carte, os salgados no balcão e os sanduíches que
fizeram história, como o “Psicodélico”...”
O bar funciona todos os dias na Avenida São João, 128 - Em frente a Praça
Ramos de Azevedo - a partir das 7h00 até o último cliente.

4.5. PARIBAR

Fachada do Paribar
Fonte: PaperMen

O Pastifício, Ristorante e Bar, localizado na Praça Dom José Gaspar,


inaugurou em 1949 e ficou marcado na história de São Paulo por ser ponto de
encontro de figuras intelectuais, políticos e outras celebridades nas décadas de 50,
60 e 70. Dentre essas pessoas, podemos destacar Caetano Veloso, Chico Buarque,
Marcos Rey e Sergio Milliet. Che Guevara, Mick Jagger e Keith Richards também
passaram pelo bar em sua estadia no Brasil.
De 2005 até os dias de hoje, o novo proprietário Luiz Campiglia fez questão
de manter a tradição e preservar a memória do Paribar, mantendo detalhes da
época como fachada, mobiliários e revestimentos, além de fazer uma exposição de
fotos do bar nas paredes, contando toda a sua história.

4.6. CARNAVAL DE RUA

Bloco de carnaval na Praça da República.


Fonte: Rovena Rosa/Agência Brasil

O carnaval brasileiro, inserido em nossa tradição festiva no século XVII, é um


dos bens culturais mais característicos do país e é um bem cultural protegido pelo
IPHAN. Além disso, é uma das festas mais populares do Brasil, mobilizando
comunidades de todos os estados e complementando a cultura local, podendo ter
diferentes vertentes de desfile, música e representação.
Em São Paulo, o desfile de carnaval de rua é recente, tendo sua maior
efervescência nos últimos anos, englobando os mais variados estilos, tendências e
pessoas. A zona central da cidade é um dos locais mais frequentados na época do
carnaval, principalmente os que passam pela Praça da República, Largo do
Arouche, Av. 23 de Maio e R. Augusta.

5. O SÍTIO

5.1. TOPOGRAFIA

Mapa topográfico
Fonte: Geosampa
Mapa de percurso realizado durante a visita de campo.
Fonte: Aplicativo Strava

Gráfico de altimetria do percurso realizado.


Fonte: Aplicativo Strava

O mapa do percurso e o gráfico altimétrico acima deixam evidente que a


topografia da área em questão é pouco regular. Como apresentado, tem-se ao
longo do trajeto uma variação considerável entre pontos de alta e de baixa,
notando-se uma diferença de aproximadamente 40m entre o ponto mais alto, no
início da Av. São Luís (792m) e o ponto mais baixo, o Largo da Memória (755m).
Neste sentido, pode-se afirmar que as próprias características topográficas
se apresentam como barreira geográfica da área, uma vez que, por conta da
variação de nível, faz-se necessário o uso de grandes rampas e/ou escadarias, as
quais sinalizam uma quebra na paisagem, como é o caso do Largo da Memória e da
Praça Ramos de Azevedo, a qual dá acesso ao vale do Anhangabaú.
Além disso, é importante salientar que apesar da topografia irregular, a área
em questão não possui pontos críticos de inundação, segundo o Sistema de
Consulta do Mapa Digital da Cidade de São Paulo (Geosampa).

Fotografias do Largo da Memória.


Fonte: autores
Fotografia da escadaria da Praça Ramos de Azevedo.
Fonte: autores

Ainda no sentido das barreiras geográficas, é necessário ressaltar que uma


grande barreira nas imediações da área em questão foi, em partes, vencida no início
do século XX. O córrego do Anhangabaú, que dividia a região da república e a da
Sé foi canalizado em 1906, permitindo a conexão entre as áreas, a partir de uma
grande praça linear. Todavia, o Vale do Anhangabaú, como é conhecido
atualmente, ainda se configura como barreira geográfica, atualmente não mais
hídrica, mas topográfica.
Neste contexto, temos também as barreiras urbanas, as quais por sua vez,
não estão desvinculadas das geográficas, em muitos casos aquelas são
consequências destas.
Vale pontuar que as barreiras urbanas são caracterizadas principalmente a
partir do ponto de vista do pedestre e alguns exemplos destas são: grandes
avenidas, pontes, viadutos, cursos de água, linhas de trem/metrô, escadas sem
acessibilidade, etc.
“As principais consequências causadas por estas barreiras são a redução da
interação social e do uso do espaço público, uma vez que o elevado nível de tráfego
inibe ou impede a interação social e o uso das formas de locomoção não
motorizadas.” (LOPES, 2013.)

Frente a isso, nas imediações da área em questão tem-se alguns exemplos


de barreiras urbanas, são elas: o Viaduto Santa Ifigênia; o Viaduto do Chá; a Rua da
Consolação; a Av. 23 de Maio; a Av. Prestes Maia e a Av. Ipiranga.
O Viaduto Santa Ifigênia, faz a conexão da região do Largo São Bento com a
região da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em direção à Av. Ipiranga. Ele
está localizado sobre a Av. Prestes Maia - via de fluxo intenso e rápido de veículos -
porém seu acesso, que é exclusivo para pedestres, só se dá pelo nível superior.

Fotografia do Viaduto Santa Ifigênia.


Fonte: São Paulo Antiga4

4
Disponível em: http://www.saopauloantiga.com.br/viaduto-santa-ifigenia-pede-socorro/
O Viaduto do Chá, por sua vez, está na mesma direção do Viaduto Santa
Ifigênia, porém do lado oposto passando sobre o corredor norte-sul. Este liga o
Teatro Municipal de São Paulo à Praça do Patriarca, sendo também acessível
apenas nesse nível e, diferentemente do outro, este viaduto é compartilhado por
pedestres, automóveis e ciclistas.

Fotografia do Viaduto do Chá.


Fonte: Cidade de São Paulo5

Já a Rua da Consolação e as avenidas 23 de Maio, Prestes Maia e Ipiranga


são consideradas como barreiras urbanas, uma vez que seu acesso por pedestres é
bastante dificultado ou impossibilitado.
Na primeira e na última, a circulação do pedestre é delimitada por conta do
intenso fluxo de automóveis, pelas faixas exclusivas de ônibus e por serem vias
largas com várias faixas de rolamento.
Na segunda e na terceira, o pedestre pouco utiliza os passeios pois são vias
muito extensas e de fluxo rápido de automóveis. Nestes dois casos a travessia
deste de uma extremidade a outra é possibilitada apenas por passarelas.

5
Disponível em: http://cidadedesaopaulo.com/v2/atrativos/viaduto-do-cha/
Imagem da Rua da Consolação.
Fonte: Google Street View

Imagem da passarela sobre a Av. Prestes Maia.


Fonte: Google Street View
Imagem da Av. 23 de Maio.
Fonte: Blog da FAL6

5.2. ÁREAS VERDES

Uma outra característica de grande relevância do sítio são as áreas verdes. De


maneira geral, pode-se notar a presença desses espaços principalmente em
canteiros centrais nas vias, mas mais significativamente em pontos concentrados
como: a Praça da República; o Parque Augusta; o Largo do Arouche; a Praça Dom
José Gaspar; o Largo São Francisco; a Praça Ramos de Azevedo; e o Largo do
Paissandu.

6
Disponível em:
http://www.blogdafal.com.br/2017/04/06/jardim-vertical-comeca-a-ser-instalado-na-avenida-23-de-mai
o/
Mapa do Verde em São Paulo, 2011.
Fonte: Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA)7

O mapa acima, elaborado pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente


(SVMA), apresenta o índice de cobertura vegetal em cada subprefeitura da região
metropolitana de São Paulo por m² por habitante.
A área objeto de estudo desta caracterização está inserida na Subprefeitura
da Sé, a qual possui 2.382.670,67 de metros quadrados de área, 385.348
habitantes, o que resulta em um índice de pouco mais de 6m²/hab. de cobertura
vegetal. Tal índice é alarmante, visto que a Organização Mundial da Saúde (OMS)
estabelece como índice mínimo 12m²/hab.
Segundo Vladimir Bartalini, docente da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), “Desde o começo do século
20, planos defendiam a criação de parques, mas nada era feito, e os lotes
acabavam retalhados por avenidas e prédios".
Em alguns pontos mais críticos do centro, como é o caso da região dos
Parques Dom Pedro e Anhangabaú, é possível encontrar um dos piores índices do
mundo, de 0,60m²/hab.

7
Disponível em: http://folhaspdados.blogfolha.uol.com.br/2012/08/17/areas-verdes-de-sao-paulo/
Ainda neste contexto, de acordo com a pesquisadora da Universidade
Estadual Paulista (Unesp), Magda Lombardo, esta desigualdade de índice de
cobertura vegetal é o responsável pela grande variação de temperatura de região
pra região, que pode chegar a 14 ºC .

Fotografia do canteiro na Av. São Luís.


Fonte: autores
Fotografia Praça São José Gaspar.
Fonte: autores

Fotografia Praça São José Gaspar.


Fonte: autores
Fotografia Praça Ramos de Azevedo.
Fonte: autores

Fotografia Largo do Paissandú.


Fonte: autores
Fotografia Praça da República.
Fonte: autores

6. SISTEMA VIÁRIO E MOBILIDADE

6.1. VIAS

Na área estudada, por se tratar de uma área central da cidade de São Paulo,
há um sistema viário que passou por diversas modificações em sua história, e isso
implica na existência de um sistema relativamente adaptado às necessidades da
região.
Há ligações viárias em todo o entorno. As avenidas da região considerada
são de grande porte e ligam à outras áreas da cidade. As vias estão sujeitas à
restrição de veículos fretados e caminhões.

6.2. ÔNIBUS

Na imagem a seguir, onde estão representadas as faixas de ônibus, nota-se


que se utilizam de grande parte das vias do entorno. Na Av. Ipiranga e na Av. São
Luís há faixas exclusivas para ônibus.
Vias de ônibus da região.
Fonte: Geosampa

6.3. METRÔ

A principal estação que atende a região é a República, uma das mais


movimentadas do metrô de São Paulo, de acordo com os dados do Portal de
Transparência do Metrô.

Estatísticas de utilização do metrô.


Fonte: Portal de transparência do metrô
É também uma das mais centrais, integrando as linhas 4-Amarela e
3-Vermelha, muito próxima à Sé (central no transporte metroviário).

Estações e Linhas de metrô.


Fonte: Metrô de São Paulo

6.4. CICLOVIAS E PEDESTRES

Na imagem a seguir, estão representadas as ciclovias disponíveis.

Ciclovias do Centro Novo.


Fonte: Geosampa
Área central da região de estudo.
Fonte: Google Maps

Toda a área considerada apresenta facilidades a mobilidade a pé: calçadas


largas e sinalização adequada, da mesma forma que sua vizinhança imediata. Na
parte central, as vias são utilizadas quase exclusivamente para mobilidade a pé.
Ainda, de acordo com o Quadro Analítico Caderno de Propostas dos Planos
Regionais das Subprefeituras (2016), os deslocamentos peatonais no distrito da
República superam em número aos de transporte coletivo e individuais.

7. OS ATRATIVOS

Analisando o percurso trabalhado, pudemos identificar alguns visuais que


achamos interessantes e/ou que apresentem potencial para serem trabalhados (em
verde). As praças, por exemplo, são lugares de estar que devem ser incorporadas
em projeto que apresentam visuais interessantíssimos. Também demos destaque a
perspectivas que levam a edifícios históricos: Edifício Itália, Esther, Biblioteca Mário
de Andrade, Teatro Municipal e Igreja do Paissandu. E por fim, edifícios ao qual se
tem uma vista da cidade, como o Edifício Itália, Sesc 24 de Maio, Galeria Metrópole
e a Galeria do Rock.
Em relação aos edifícios que são pontos de atração, identificamos em geral
alguns edifícios institucionais e comerciais com grande fluxo de pessoas diário.
Estes estão indicados em preto (e devidamente nomeados pela numeração abaixo
da imagem):

Mapa de edifícios atrativos.


Fonte:
1. Galeria Metrópole;
2. Praça Dom José Gaspar;
3. Teatro Municipal
4. Condomínio, Edifício e Galeria Califórnia;
5. Galeria R. Monteiro;
6. Sesc 24 de Maio;
7. Galeria do Rock;
8. Galeria do Reggae;
9. Praça das Artes;
10. Igreja do Paissandu
11. Galeria Olido;
12. Hotel e Cinema Marabá;
13. Secretaria da Educação;
14. Edifício Itália.

8. COMENTÁRIOS FINAIS

Analisando o estudo feito para a área do Centro Novo, podemos perceber


que este possui importante histórico e bens tantos materiais quanto imateriais para
a cidade de São Paulo, sendo até hoje referência turística por conta de seus
edifícios icônicos. Porém, ao pensar em pólos empresariais e de serviços, fica claro
que o Centro perdeu sua valorização nesse quesito, alterando a preferência
imobiliária para as outras regiões mais ao sul da cidade. Ainda assim, a área
estudada é tradicionalmente comercial, com muita movimentação de pessoas.
Pensando nisso, pode-se concluir que muitos dos espaços projetados para
área verde, contemplação, descanso e/ou lazer, por mais que sejam bem
sucedidos, muitos acabam sendo utilizados como fluxo de passagem nos dias úteis,
seja por conta dos edifícios de uso misto como as galerias e outros pontos de
comércio e serviço. Essa função, porém, pode ser diferente aos fins de semana,
com as feiras de artesanato e gastronômicas e outros eventos isolados que
acontecem nessas áreas, como o carnaval.
A mobilidade urbana na região central é satisfatória, atendendo automóveis e
transportes coletivos com êxito. Entretanto, pode-se dizer que o trânsito vindo pela
Rua Coronel Xavier de Toledo, contínuo pela Av. São João é um dos principais
acessos da região Oeste para o centro, sendo essa uma via com fluxo intenso para
uma dimensão que talvez não comporte de maneira adequada. Além disso, existe
um conflito gerado por não permitir total integração da Praça Ramos de Azevedo
com o Theatro Municipal, uma vez que ambos pertencem ao mesmo projeto e
complementam um ao outro.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACERVO ESTADÃO. Praça Ramos de Azevedo: Homenagem ao arquiteto do Teatro


Municipal, 2012. Disponível em:
<http://acervo.estadao.com.br/noticias/lugares,praca-ramos-de-azevedo,8283,0.htm>
Acesso em: 01 abr. 2018.

ACERVO ESTADÃO. Prédios de São Paulo: Edifício Itália, 2014. Disponível em:
<http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,predios-de-sao-paulo-edificio-italia,10363,0.ht
m> Acesso em: 02 abr. 2018.

ACERVO ESTADÃO. Viaduto do chá, 120 anos de um símbolo​. ​2012. Disponível em:
<http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,viaduto-do-cha-120-anos-de-um-simbolo,7271
,0.htm> Acesso em: 05 abr. 2018.

ACERVO ESTADÃO. Viaduto do chá: ​Primeiro Viaduto de São Paulo. ​2012. Disponível em:
<http://acervo.estadao.com.br/noticias/lugares,viaduto-do-cha,8536,0.htm> Acesso em: 04
abr. 2018.

ARQUIVO ARQ. Edifício Itália (Circolo Italiano). Disponível em:


<http://www.arquivo.arq.br/edificio-italia> Acesso em: 02 abr. 2018.

BAFFI, Mirthes I. F; PIRES, Walter; SANTANA, Danielle C. Dias. Programa Patrimônio e


Referências Culturais nas Subprefeituras. PMSP - Prefeitura Municipal de São Paulo. SMC -
Secretaria Municipal de Cultura. Divisão de Preservação do Departamento do Patrimônio
Histórico (DPH). 2014. Disponível em:
<http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/Republica_web_1392059172.pdf> Acesso
em: 04 abr. 2018.

CELLA, Luisa. Mapa do verde em São Paulo. 2015. Disponível em:


<http://saopaulosao.com.br/nossos-caminhos/463-mapa-do-verde-em-são-paulo.html#>.
Acesso em: 05 abr. 2018.

CONDEPHAAT. Bens Protegidos > Base de Dados CONDEPHAAT > São Paulo. Disponível
em: <http://condephaat.sp.gov.br/> Acesso em: 01 abr. 2018.
DEPARTAMENTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO. Região do Centro Novo e Bela Vista: ​A
Expansão da Cidade​. Patrimônio - Blog do DPH. 2017. Disponível em:
<http://patrimoniohistorico.prefeitura.sp.gov.br/regiao-do-centro-novo-e-bela-vista-a-expansa
o-da-cidade/> Acesso em: 04 abr. 2018.

FIGUEIREDO, Maria João Cavalcanti Ribeiro; BARTALINI, Vladimir. Córregos ocultos:


redescobrindo a cidade. 2009. 97 f. TCC (Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo,
Urbanismo, USP, São Paulo, 2009. Disponível em:
<http://www.metropolefluvial.fau.usp.br/downloads/projetos/GMF_ensino-tfg_figueiredo.pdf>
. Acesso em: 01 abr. 2018.

FUNDAÇÃO Theatro Municipal. História. Disponível em:


<http://theatromunicipal.org.br/espaco/praca-das-artes/#historia> Acesso em: 02 abr. 2018.

IBGE. Viaduto do Chá. Biblioteca Acervo. Disponivel em:


<https://biblioteca.ibge.gov.br/biblioteca-catalogo?id=439462&view=detalhes> Acesso em:
05 abr. 2018.

INFOPATRIMÔNIO preservação do patrimônio cultural brasileiro (beta). Edificações.


Disponível em:
<http://www.infopatrimonio.org/#!/map=38329&loc=-23.573398123883074,-406.6405946016
311,17> Acesso em: 01. abr. 2018.

IPHAN. Notícia: Carnaval brasileiro é caracterizado por bens culturais protegidos pelo
Iphan. Disponível em:
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LOPES, Edésio Elias. Transporte e meio ambiente: o efeito barreira. 2013. Disponível em:
<https://portogente.com.br/colunistas/edesio-elias-lopes/79654-transporte-e-meio-ambiente-
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PARIBAR. História. Disponível em: <http://www.paribar.com.br/historia/> Acesso em: 04 abr.


2018.
PREFEITURA DE SÃO PAULO. Notícias > Praça Dom José Gaspar recebe novo projeto
paisagístico, 2011. Disponível em:
<http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/regionais/se/noticias/?p=18530> Acesso
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PREFEITURA DE SÃO PAULO. Caderno de Propostas dos Planos Regionais das


Subprefeituras - Quadro Analítico. 2016. Disponível em:
<http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/QA-SE.pdf> Acesso
em: 05 abr. 2018.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. DECRETO-LEI Nº 25, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1937.


Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0025.htm> Acesso em:
03 abr. 2018.

UNESCO. Patrimônio Cultural Imaterial. Disponível em:


<http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/intangible-heritage/> Acesso
em: 03 abr. 2018.

SPBR. Anhangabaú, o Chá e a Metrópole. Disponível em:


<http://www.spbr.arq.br/anhangabau-o-cha-e-a-metropole-2/> Acesso em: 05 abr. 2018.

OLLERTZ, Aline. Anhangabaú. Vitruvius. 2008. Disponível em:


<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/07.079/3068> Acesso em: 05 abr.
2018.

SILVA, Hugo Louro; BUENO, Francisco Caparroz; CAMPOS, Fernanda Grimberg Vaz. Guia
Arquitetônico de São Paulo - Segundo Percurso: ​Centro Novo. ​Vitruvius. 2016. Disponível
em: <http://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/17.195/6246> Acesso em: 05 abr.
2018.

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