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Aula 027
Aula 027
SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 1
2. Aspectos teóricos acerca da busca domiciliar 2
3. Representação por Busca domiciliar 9
4. Modelo Representação por Busca domiciliar 15
5. Questão de prova 20
6. Questões propostas 28
7. Respostas das questões propostas na aula 01 29
1. Apresentação 13601418207
Espero que esteja gostando do nosso curso de Peças Práticas para Delegado
de Polícia. Estou pesquisando muito, através de vários livros e doutrina
especializada em atividade de polícia judiciária, a fim de poupar o seu
trabalho, fazendo com que esse seja o seu material principal e que você
não precise recorrer a outras obras.
Pode haver busca sem apreensão e também pode haver apreensão sem
que haja busca.
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Portanto, tenha em mente uma coisa, o quadro abaixo resume bem essa
história de busca e apreensão serem institutos jurídicos distintos.
BUSCA Apreensão
Meio utilizado Finalidade
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O citado inciso do art. 5°, da CF/88 é aquele famoso inciso que carrega em
si a proteção ao direito fundamental da inviolabilidade domiciliar.
No entanto, já foi dito que esse direito, assim como qualquer outro não
pode ser absoluto, sendo relativizado em algumas hipóteses, quais sejam
as seguintes:
a) conceito de dia
b) conceito de “casa”:
1. Automóvel:
2. Hotel/Motel
Em suma, aquilo que estiver aberto ao público não goza da proteção. Como
os quartos desabitados e a parte comum está aberta ao público, não faz
sentido mencionar a proteção domiciliar nesses casos.
3. Escritórios/Consultórios
Aqui cabe a ressalva mais uma vez de que as partes comuns dos locais, por
estarem abertas ao público não gozam da proteção, pois estão abertas ao
público, não sendo, portanto, locais em que se necessita de tutela à
intimidade e vida profissional.
Isso é mais que coerente, uma vez que não podemos frustrar a atividade
policial por conta da inércia das instituições (OAB). O dever de informar
sendo cumprido, não há impedimento nenhum ao prosseguimento da
busca.
4. Repartições Públicas
Violação de domicílio
(...)
b) à inviolabilidade do domicílio;
3.1 Legitimação
Você vai resumir com suas próprias palavras os fatos ocorridos, sempre
destacando aqueles que vão servir de base para a sua fundamentação
jurídica.
Lembre de que para lhe dar um norte de como narrar os fatos sem ser
repetitivo em relação ao que já foi mencionado no enunciado, vale a pena
utilizar a regrinha da resposta às perguntas abaixo:
O que?
Quem?
Quando? ACONTECEU
Onde?
Por que?
A fundamentação jurídica, como sempre, é a parte que vai lhe dar mais
pontos, nela você vai mostrar todo seu conhecimento jurídico sobre a
medida cautelar pela qual representa.
a) prender criminosos;
c) apreender instrumentos de
falsificação ou de contrafação e objetos
falsificados ou contrafeitos;
Veja que se trata de um rol extenso, e que ainda possui algumas alíneas
muito “coringas”, que podem ser utilizadas pelo delegado na sua
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Estou falando dos incisos “e” e “h”, pois o seu teor é bem amplo, do ponto
de vista da adequação ao caso concreto.
Como se trata de uma medida simples é por isso que ela, provavelmente,
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não virá sozinha em uma prova de alto nível. Se você se prepara para
grandes concursos da área policial, tenha certeza que essa medida será
cumulada com uma prisão.
Assim, tenha em mente que se for possível cumular a busca domiciliar, faça
esse pedido. Isso é muito “felling” de delegado, que você deverá mostrar
desde já.
Entenda então que a medida que estamos estudando requer uma série de
requisitos que estarão espalhados pelo enunciado. Esses pontos devem ser
mencionados na fundamentação, pois são importantes para a elucidação
do crime ou para a prova da autoria ou fortalecimento dos indícios.
Veja que realmente estamos falando de um crime em que pela sua própria
natureza tem sua consumação a cada instante de tempo, enquanto
permanecer a ação ter em depósito.
Portanto, o fundamento é bem livre, bastando que você mostre ao juiz que
a medida pela qual você representa é necessária ao andamento das
investigações. Não se esqueça da individualização do local e do objeto a
ser buscado.
3.4. Pedido
Vamos agora falar um pouco sobre o pedido que deverá estar na sua peça,
você já esta chegando ao final da sua representação.
O ideal é encontrar essa arma de fogo, e isso poderá ser feito por meio de
busca domiciliar na casa do investigado pelo crime. A coisa a ser buscada
é a arma de fogo, que você terá como identificar por meio das marcas que
cada arma deixa nos projéteis disparados por ela. Ou seja, você vai saber
que foi um revólver, calibre 38, de cano curto, que efetuou aquele disparo,
portanto sabe que terá de buscar essa arma no domicílio do investigado.
Vamos agora estruturar o nosso modelo, que você deve memorizar. Poucas
coisas vão mudar em relação aos outros (prisões), na verdade estaremos
diante de um modelo até mais enxuto.
4.1 Endereçamento
Lembrando mais uma vez que você só deve colocar a cidade se for
mencionado isso no enunciado, na dúvida, deixe aquele velho espaço em
branco, para não perder pontos e nem ser prejudicado totalmente com uma
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4.2 Preâmbulo
4.3 Fatos
Mais uma vez não temos muito a acrescentar ao que já foi dito acima, você
vai ser medido pelo poder de síntese que pode apresentar. Não
negligencie esse ponto, pois o examinador pode já não gostar muito da sua
peça, caso os fatos não sejam corretamente narrados.
No caso da peça que estamos estudando, vale a pena você mencionar que
a inviolabilidade domiciliar não pode servir de salvaguarda para acobertar
o cometimento de delitos e que em prol do princípio do “in dubio, pro
societate”, a medida se faz necessária à elucidação do crime e à cessação
da atividade delituosa, lembre-se do caso do tráfico de drogas, da Lei n°
11.343/06.
4.5 Do Pedido.
Local, data.
Delegado de Polícia
Matrícula.”
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1. Dos fatos
2.3 Do cabimento
3. Do pedido
Local, data.
Delegado de Polícia
Matrícula
Vejam que não é muito longa e não requer muitos detalhes a produção da
representação por expedição de mandado de busca.
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investigação.
Podemos citar como crimes cometidos por eles: roubo praticado em face
da vítima A, uma vez que foram subtraídos objetos eletrônicos e certa
quantia em dinheiro. Sendo que esse roubo é do tipo majorado por conta
da utilização de arma de fogo, nos termos do art. 157, §2°, II, do CP;
extorsão mediante sequestro (art. 159, do CP) e ainda resta configurado
o crime de formação de organização criminosa, uma vez que ficou
configurada a organização criminosa, pelo preenchimento de seus
requisitos formadores.
A peça adequada para o decorrer das investigações não poderia ser uma
prisão preventiva, a meu ver, o ideal seria, nesse momento, utilizar a
temporária, que é a peça por excelência da polícia judiciária.
(...)
Assim, sem entrar nessa seara, podemos afirmar que houve o roubo e a
extorsão, mesmo que não tenha havido a solicitação do resgate, pois basta
a privação da liberdade com a intenção de exigir preço pelo resgate para
que o crime esteja consumado. Trata-se de delito formal. Assim,
encontram-se consumados os dois crimes e cabe a prisão temporária, a
mais adequada nesse momento de investigação.
Por fim, caberá, com o intuito de resgatar a vítima com vida, a busca
domiciliar no endereço fornecido pelo comparsa que foi preso.
(...)
Quanto à competência para julgar esse tipo de delito, houve crime contra
o patrimônio (roubo e extorsão), portanto, vamos dirigir a nossa
representação ao Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de São Paulo-
SP.
Quanto ao local, ficou claro que o crime ocorreu em São Paulo-SP, podendo
ficar claro que a consumação deu-se nessa cidade, e o juiz competente
para decidir acerca da representação é o juiz de direito de uma das varas
criminais da comarca de São Paulo, partindo do pressuposto que não hajam
varas especializadas.
Caso haja vara especializada nesse tipo de delito, sugiro que você enderece
a ela, mas para isso você deverá estudar o código de organização judiciária
do estado para o qual você presta concurso.
Na maioria das provas isso não é previsto, de modo que você não será
penalizado em sua peça se não mencionar a vara especializada para a qual
deve ser dirigida a sua representação.
1. Dos fatos
Da narrativa dos fatos acima, podemos confirmar que houve crime de roubo
consumado, circunstanciado pelo concurso de agentes e pelo uso da arma
de fogo, uma vez que a vítima teve seu patrimônio subtraído em meio a
ação delituosa que ocorrera no interior de sua loja.
Conforme item 2.1, duas das condutas delituosas cometidas foram o crime
de extorsão mediante sequestro e roubo majorado pelo uso da arma de
fogo, sendo previstos nas alínea “c” e “e”, do referido inciso do art. 1°.
Vale dizer ainda sobre o cabimento da busca domiciliar, uma vez que a
vítima do sequestro encontra-se com sua liberdade cerceada por meio da
ação criminosa.
deferidas as medidas.
Quanto aos indícios de autoria, podemos afirmar que eles também estão
satisfeitos no caso concreto, pois o depoimento do comparsa informa os
nomes dos demais componentes da organização criminosa, confirmando
que há fortes indícios de autoria atribuída aos componentes, inclusive
constando que os investigados já atuam na atividade criminosa, cometendo
outros crimes, mediante organização criminosa.
Por outro lado, a investigação ainda necessita de uma busca domiciliar, por
meio da qual se visa resgatar a vítima incólume. Não há como vislumbrar
a proteção domiciliar constitucional diante de tamanha violação ao direito
de liberdade da vítima.
3. Do pedido
Local, data.
Delegado de Polícia
Matrícula
Agora vou propor a você dois exercícios de peças para você treinar e
qualquer coisa pode me procurar no fórum de dúvidas.
Questão 2:
Bom, agora que vimos as nossas duas questões propostas da aula de hoje,
vamos verificar as minhas propostas de peças para os dois casos propostos
na aula 01.
Vamos verificar então os pontos onde pode-se observar por que a peça
adequada era a temporária.
Primeiramente, aviso a você que uma das frases mais comuns em questões
em que se deve representar pela temporária é a seguinte: continuidade
de diligências investigativas.
representar pela busca domiciliar, eu entendo que caberia ainda uma busca
domiciliar na casa da genitora dos prováveis autores do crime de homicídio.
Essa diligência visa além da possível prisão deles, uma vez que há
possibilidade de eles estarem escondidos na casa da mãe, bem como pode
ter sido escondida lá a arma do crime, o revólver calibre 38.
Vamos à peça:
1. Dos fatos
Foi ainda feito o laudo de local de crime, oportunidade em que foi realizada
perícia papiloscópica em uma lata de cerveja encontrada no local,
resultando positivo para Ricardo Madeira.
2.2 Do cabimento
Quanto à prova da existência do crime. Nada mais claro que isso está nos
autos, uma vez que foram juntados tanto os depoimentos de três
testemunhas, afirmando que presenciaram a morte da vítima, bem como
pela juntada do laudo de exame cadavérico, onde se afirma a vítima ter
sido alvejada por dois disparos de arma de fogo, um no tórax e outro na
cabeça.
crime pode estar escondida na casa da genitora dos indiciados, pois até o
veículo utilizado no dia do crime está registrado no nome da mãe deles, o
que nos leva a crer que pode ser possível encontrar o revolver calibre 38
na casa localizada na rua Querubim, casa 32, no bairro Boa Prudência, em
Salvador – BA.
Nos termos do art. 240, §1°, do CPP, será deferida a busca domiciliar
quando for necessário encontrar armas e outros objetos ligados à prática
delituosa. O que se encaixa perfeitamente no caso em tela, necessitando
apenas de mandado judicial para a efetivação da diligência, uma vez que
se trata de um tema que requer a intervenção do juiz para seu deferimento.
3. Do pedido
Local, data.
Delegado de Polícia
Matrícula
Questão 2:
lhe mostrara algumas das belezas da região, essa pessoa seria o Sr.
Antônio da Silva.
No entanto ficou comprovado que ele não era guia turístico e sim
um morador da cidade que já havia sido acusado de vários delitos
de estupro, conforme registros de ocorrência do próprio banco de
dados da Polícia Civil.
Ouvido ele informou que não possuía residência fixa e que durante
o dia, a fim de recolher dinheiro fazia “bicos” como guia. Dormindo
em locais incertos. Não apresentou qualquer documento de
identidade e negou a autoria do crime.
Na mesma toada, temos vários indícios de que o autor do crime seria o Sr.
Antônio da Silva, o qual já foi acusado por vários crimes de estupro na
região, tendo sido reconhecido por testemunhas como a pessoa que
Além disso, temos o fato de que o investigado não possui residência fixa,
nem trabalho fixo, o que vai ao encontro do que está previsto como
requisito cautelar da prisão temporária.
A Polícia Civil do estado de São Paulo, por meio do seu Delegado de Polícia,
ao final assinado, no uso de suas atribuições, que lhe são conferidas, dentre
outros dispositivos, pelo art. 2°, ‘caput’, da Lei 7.960/89, bem como no art.
2°, §1°, da Lei 12.830/2013, bem assim pela (citar a lei que regulamenta
as atribuições da polícia civil do estado para o qual está prestando
concurso), vem, mui respeitosamente, a presença de Vossa Excelência,
representar pela decretação da prisão temporária de Antônio da Silva, pelos
fundamentos de fato e de direito que a seguir passa a expor.
1. Dos fatos
O Sr. Antônio da Silva foi ouvido nesta delegacia e afirmou não ter cometido
o crime, no entanto, disse que não possui residência fixa, tampouco
trabalho fixo, e que dorme em locais onde encontra guarida. Juntada a
folha de antecedentes criminais, ficou constatado que o investigado já foi
acusado por diversos crimes de estupro na mesma região.
2.2 Do cabimento
A prova da existência do crime está mais do que comprovada, uma vez que
existe o cadáver e o laudo de exame cadavérico, por meio do qual se
comprova que o crime foi o de homicídio qualificado pela asfixia como meio
de execução.
3. Do pedido
Local, data.
Delegado de Polícia
Matrícula
Por hoje é só, espero que tenham gostado da aula 02, onde você continua
comprovando que valeu a pena investir nesse curso, cujo material completo
Abraços.
Bons Estudos.
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