Você está na página 1de 62

Unidade Curricular: Hidrogeologia

Módulo 2 : Princípios básicos do escoamento subterrâneo; Inventário de pontos; Balanco hidrológico

Eduardo Anselmo Ferreira da Silva | Departamento de Geociências | Universidade de Aveiro


SUMÁRIO

Princípios básicos do escoamento subterrâneo. Energias de posição, de pressão e cinética; carga ou nível
piezométrico; Gradiente hidráulico; Noção de aquífero; Aquitardo; Aquicludo; Aquífugo.
Lei de Darcy. Parâmetros hidráulicos (condutividade hidráulica – permeabilidade); Porosidades; cedência
específica; Velocidade de fluxo e velocidade real; Superfície piezométrica e superfície freática ou de saturação;
Aquíferos sob pressão e aquíferos freáticos.
Inventário de pontos de água e sua importância.
Balanço hidrogeológico. Terminologias.
Importância no estudo da propagação de contaminantes em meio subterrâneo. Furos de captação.
Pesquisa e estudo de águas subterrâneas.
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO
QUESTÕES IMPORTANTES A RESPONDER:

COMO SE PROCESSA O FLUXO SUBTERRÂNEO?

QUAIS AS FORÇAS QUE PROVOCAM ESTE MOVIMENTO E QUE FORÇAS SE LHE OPÕEM?

COMO SE PODE QUANTIFICAR

Parâmetros importantes
o Direção
o Velocidade
o Viscosidade
o Temperatura
o Densidade
o Mineralização
o Porosidade
o Permeabilidade
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Permeabilidade e porosidade

Porosidade Permeabilidade
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Permeabilidade e porosidade

a) Elevada porosidade - areias e seixos não consolidados


(POROSIDADE GRANULAR OU PRIMÁRIA - o espaço
poroso foi criado durante a formação da rocha)
b) Porosidade reduzida por cimentação ou por argilas e siltes
c) Porosidade devida a fracturas em rochas cristalinas
(POROSIDADE SECUNDÀRIA - o espaço poroso foi
criado após a formação da rocha)
d) Porosidade aumentada por dissolução em rochas calcárias
fraturadas
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Permeabilidade e porosidade
Armazenamento e permeabilidade para diferentes tipos de rocha
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO
Escoamento subterrâneo – Permeabilidade
– Porosidade e porosidade
e Permeabilidade
1 - A porosidade dos materiais mistos é menor do que a de qualquer um dos seus constituintes, quando isolados;

2 - A permeabilidade dos materiais mistos é menor do que a de qualquer um dos seus constituintes quando isolados;

3 - A permeabilidade de um material é tanto maior quanto maior for o seu diâmetro;

4 - Para materiais uniformes, a permeabilidade é função do calibre dos elementos constituintes;

5 - Permeabilidade  propriedade dinâmica;

6 - Porosidade  propriedade estática.


ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Porosidade e tipo de rochas

Porosidade predominante

Tipo de rochas Porosidade primária Porosidade primária ou Porosidade secundária


secundária
Ígneas intrusivas (plutónicas) Rocha alterada Granito, diorito, gabro
Ígneas extrusvas (vulcânicas) Cinzas, materiais Tufo vulcânico, escoria, pedra Riolito, basalto andesito
ejetados pela atividade pomes
vulcânica
Metamórficas Quartzitos, gneisses, xisto,
filitos, micaxistos, mármores
Carbonatadas Calcário oolítico, grés, calcário Calcário, dolomito
Outras rochas sedimentares Argilito, grés, conglomerado,
ardósia, brecha
Formações não consolidadas Argila, silte, areia, areão
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Porosidade e cedência específica
Fatores que afetam a porosidade
a) Heterometria  finos ocupam os poros deixados pelos grosseiros 
Tipo de rocha Porosidade total Cedência específica
porosidade (total e eficaz) diminui
(%) (%)
b)Forma e disposição dos grãos
Rochas Sedimentares
c) Compactação, cimentação e recristalização  diminuição da Cascalho grosseiro 24 – 36 23
porosidade.
Areia grosseira 31 – 46 27
d)Quanto maior for a dimensão das partículas  maior é a porosidade
Areia fina 26 – 53 23

Material Porosidade eficaz (%) Argila 34 – 60 3

Máx Min Média Arenito 5 – 30 21 – 27

Argila arenosa 12 3 7 Calcário 0 – 50 5 – 45

Areia fina 28 10 21 Outro tipo de rochas

Areia média 32 15 26 Xisto 0 – 10 0–3

Areia grosseira 35 20 27 Granito não alterado 0–5 0,1

Areia com cascalho 35 20 25 Granito alterado 34 – 57 40 – 45

Cascalho fino 35 21 25 Rochas basálticas 3 – 35 8

Cascalho médio 26 13 23 Valores típicos de porosidade e cedência específica


Cascalho grosseiro 26 12 22
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Permeabilidade
Definição: facilidade que um material oferece a ser atravessado por um fluido (água)

Hidrogeologia  permeabilidade = condutividade hidráulica, K  constante de proporcionalidade linear


entre o caudal e o gradiente hidráulico (unidades: metros/dia, m/seg, cm/seg).

Caudal/unidade de secção = k . gradiente hidráulico (h/  )

Tipo de material (k) (m/dia)


𝐂𝐚𝐮𝐝𝐚𝐥 𝐦𝟑 𝐝𝐢𝐚 ∆𝐡 𝐦 Argila 10-3
𝟐
=𝐊 ×
𝐒𝐞𝐜ÇÃ𝐨 𝐦 ∆𝐥 𝐦 Silte 10-2 – 0,5
Areia siltosa 0,1 - 2
Areia fina 1-5
Areia (mistura) 5 - 10
Areia grossa 10 - 103
Calcário 10-1 – 10-5
Basalto vesicular 104 – 10-3
Xisto 10-4 – 10-8
Calcário fraturado 103 – 10-1
R. Ígnea não alterada 10-5 – 10-9
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Permeabilidade

(a) Diâmetro dos grãos k = C.d2 com d - diâmetro dos grãos, C -


constante variável do material. Elemento unitário
A quantidade e distribuição de argilas e finos nos materiais do aquífero
condiciona k, é maior na horizontal que na vertical.

(b) Superficie específica dos grãos


É elevada nos finos e propicia uma elevada absorção de água, apesar
de não a transmitir. k é inversamente proporcional ao quadrado da
superfície específica.
Estrato impermeável Linhas que
representam
(c) Porosidade. o
Uma rocha muito porosa não tem que ter um elevado valor de k. É Aquífero fluxo
preciso referir-se à porosidade eficaz, aos espaços interligados entre Confinado laminar
si e capazes de transmitir água gravítica.
Estrato impermeável
(d) Temperatura e peso específico
Um aumento de temperatura traduz-se num incremento de k.
As águas subterrâneas possuem temperatura muito constante, o
efeito da temperatura sobre k será grande no caso das águas
termais, os processos de recarga artificial e de injecção. A
temperatura afecta a solubilidade dos gases existentes na água, Prisma unitário do aquífero
liberta-os e baixa k.
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Permeabilidade
PERMEABILIDADE INTRÍNSECA (KI): Propriedade que só depende do meio. É função do tamanho dos poros através dos quais o fluido se move.

𝑸 𝑨 ×𝝁 𝑸 ×𝑳 × 𝝁
𝑲𝒊 = × 𝑳𝟐 =
∆𝑷 𝑳 𝑨 ×𝒉

onde:
Q – caudal
L - comprimento da amostra
A - área horizontal da amostra
m - viscosidade
Unidades:
1 centipoise – 0,01 dynes/cm2
1 atmosfera – 1,0132 . 106 dyn/cm2
1 darcy – 9,87 . 10-9 cm2.

𝑲𝒊 = 𝑪 × 𝑫𝟓𝟎 𝟐

C = constante que descreve os efeitos das formas dos poros


D50 = diâmetro médio das partículas

dimensões: de k : m2
Unidade comum = milidarcy = 9.87 x 10-6 cm2
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Tipo de aquíferos

Área de recarga do aquífero


confinado Precipitação

Área de recarga Evaporação e transpiração


do aquífero livre

Evaporação

Camada
impermeável

Nível
freático
Zona não
saturada
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Tipo de aquíferos

AQUITARDO: contém água, mas a transmissão é


muito lenta (argilas siltosas e arenosas)
AQUICLUDO: contém água, mas não a transmite
(características de retenção muito fortes, não
possibilitando a sua extracção) – formações com
elevado teor em argila
AQUÍFUGO: não contém água, nem a pode
transmitir (granitos, xistos, não alterados e não
fracturados)

AQUÍFERO: formação capaz de armazenar


água e que possui permeabilidade suficiente
para permitir que esta se movimente.
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Armazenamento de água
Transpiração pela Aquíferos livres ou freáticos: são reservatórios
vegetação
formados por rochas permeáveis, parcialmente
saturados de água, cuja base é formada por uma
Zona não saturada
camada impermeável (por exemplo, argila) ou
Nível freático
Nível freático semipermeável. O topo é limitado por uma superfície
livre de água (superfície freática) que se encontra à
pressão atmosférica. O nível da água é determinado
Aquífero livre pelo regime de chuvas. É o tipo de aquífero mais
comum e mais explorado e, portanto, o mais suscetível
à contaminação.
Aquífero confinado

Aquíferos confinados e/ou artesianos: nestes


reservatórios, o teto e a base são formados camadas
impermeáveis. Além disso, esta formação está
completamente saturada. A água subterrânea está a
Aquífer com elevada condutividade hidráulica uma pressão superior que a pressão atmosférica. Por
este motivo, quando se perfura para a extração de água
Aquífero confinado com baixa condutividade hidráulica (um furo artesiano), ela sobe para um o nível muito
superior, podendo até jorrar. Nesse tipo de aquífero, a
Formação rochosa de muito baixa contaminação, quando ocorre, é muito mais lenta e
condutividade hidráulica portanto, muito mais difícil de se ser recuperada
Direção do fluxo subterrâneo
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Armazenamento de água
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Armazenamento de água
AQUÍFERO LIVRE AQUÍFERO CONFINADO

Dentro de uma captação o Quando a superfície Dentro de uma captação o Quando a superfície
nível de água indica a freática corta a nível de água sobe até piezométrica corta a
alcançar a superfície O nível ao
posição da superfície topografia formam-se topografia ocorre uma alcançar a
freática pequenas lagoas ou piezométrica surgência superfície
charcos piezométrica
origina um furo
surgente

Espessura Espessura
saturada do saturada do
aquífero aquífero

o Limitado no topo por uma camada permeável e na base por o Limitado no topo e na base por camadas permeáveis
uma camada impermeável o A pressão da água induzida pela cobertura impermeável é
o A pressão da água é igual à pressão atmosférica superior à pressão atmosférica
o A recarga é rápida e faz-se ao longo de toda a extensão o A recarga é lenta, feita lateralmente numa zona limitada e
do terreno, pela precipitação exposta à superfície
o Sofre variações acentuadas com as estações do ano o Varia pouco com as estações do ano
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Armazenamento de água
ARTESIANISMO

Área de Recarga

Poço Artesiano

Poço Artesiano surgente


Poço Freático

Camadas Impermeáveis
Nível Piezométrico
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Tipo de rocha
Aquíferos Porosos ou Granulares:
comumente formados por rochas
sedimentares consolidadas (os detritos
apresentam-se ligados por um cimento,
como é o caso das brechas) ou não
consolidadas (os detritos não estão
ligados entre si, como no caso das dunas)
e solos arenosos. Representam os tipos
de aquíferos mais importante, pelo
grande volume de água que armazenam.
Ocorrem nas bacias sedimentares e em
todas as várzeas onde se acumularam
sedimentos arenosos.

Aquíferos Fraturados ou Fissurados: estão associados à rochas ígneas e metamórficas. A capacidade destas
rochas em acumular água está relacionada com a quantidade de fraturas, suas aberturas e intercomunicação. Poços
perfurados nestas rochas fornecem poucos metros cúbicos de água por hora. A possibilidade de ter um poço
produtivo dependerá, tão somente, de o mesmo intercetar fraturas capazes de conduzir água.

Aquíferos Cársticos: são formados em rochas carbonatadas, como o calcário. Constituem um tipo peculiar de
aquífero fraturado, onde as fraturas, devido à dissolução do carbonato pela água, podem atingir aberturas muito
grandes, criando, verdadeiros rios subterrâneos.
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Tipo de rocha
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Tipo de rocha
As características hidrogeológicas de uma formação geológica é definida por dois factores:
1- capacidade de armazenar água e cedê-la (porosidade eficaz e coeficiente de armazenamento e armazenamento específico - propriedades
estáticas)
2- qualidade de transmitir água, permitir que a água circule através dela (permeabilidade e transmissividade e caudal específico -
propriedades dinâmicas)

Tipo de formação Porosidade Total Permeabilidade


(Velocidade)
Aquífero Elevada ou moderada Elevada
Aquitardo Elevada ou moderada Baixa
Aquicludo Elevada Nula
Aquífugo Nula ou muito baixa Nula

Parâmetros fundamentais para caracterizar os aquíferos (armazenamento de água e produtividade):


o Porosidade
o Permeabilidade
o Coeficiente de armazenamento
o Armazenamento específico
o Transmissividade
o Caudal específico
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Fluxo horizontal dum fluído

p = pressão ao longo da linha de corrente


r = densidade do fluido
h = altura na direção da gravidade desde uma cota de referência
v = velocidade do fluido na seção considerada
Daniel Bernoulli (1700- 1782)

𝟏 𝟏
EQUAÇÃO DE BERNOULLI 𝑷𝟏 + 𝝆 × 𝒗𝟏 𝟐 + 𝝆 × 𝒈 × 𝒉𝟏 = 𝑷𝟐 + 𝝆 × 𝒗𝟐 𝟐 + 𝝆 × 𝒈 × 𝒉𝟐
𝟐 𝟐

Descreve o comportamento de um fluído movendo-se ao longo de uma linha de corrente e traduz para os fluido o princípio de conservação de
energia (pressupostos: fluído incompressível, caudal constante e viscosidade (atrito interno nulo)
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Lei de Darcy

1 LEI DE DARCY
Perda de carga ou
gradiente hidráulico

p1/g
2

Potencial de
v

pressão
p2/g

Energia de posição
Em 1856, Henry Darcy mostrou
experimentalmente que o caudal que
atravessava o cilindro era linearmente
proporcional à secção e ao gradiente
hidráulico:
∆𝐡
𝐐 =𝐀 ×𝐊 × e 𝐕 = 𝐊 ×𝐢
𝐋

𝒑𝟏 𝒗𝟏 𝟐 𝒑𝟐 𝒗𝟐 𝟐 𝒑𝟏 𝒑𝟐
Energia total do sistema = + + 𝒛𝟏 = + + 𝒛𝟐 + ∆𝑯 ∆𝑯 = + 𝒛𝟏 - + 𝒛𝟐
𝜸 𝟐 ×𝒈 𝜸 𝟐 ×𝒈 𝜸 𝜸
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Lei de Darcy
A equação de Darcy pode ser
Darcy (1856) determinou experimentalmente que a descarga (Q) que
reescrita para K:
atravessa um meio poroso é directamente proporcional à diferença de
carga hidráulica (h2 – h1) e à área da secção (A) atravessada pelo fluxo, Lei de Darcy
e é inversamente proporcional à distância percorrida (L) :
K = Q/A (dh/dL)

Q = KAi
Dimensões:
Q = L3 /T; A = L2; i = L/L
Portanto: K: L/T (velocidade)

No meio técnico as unidades usadas para K


são: cm/s ou m/dia

Dimensões: K = m/dia

T = Kb b=m
∆h T = m2/dia
Q =A ×K × eV =K ×i
L
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Lei de Darcy
O caudal que atravessa o cilindro de areia é linearmente proporcional à secção e ao gradiente hidráulico:

entrada
entra
Q
𝐤 × 𝐀 × 𝐡𝟑 − 𝐡𝟒
𝐐 =
1 𝐋
2

3 onde:

L Areia
Arena
Q = Fluxo ou caudal de saída (L3/T)
k = Permeabilidade ou condutividade hidráulica
(L/T)
h3
4 A = Área transversal do caudal (L2)
L = Distância entre piezómetros (L)
(h3-h4) = Perda de carga (L)
saída
sale

Q h4

Plano de referência
Plano de referencia
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Lei de Darcy (limitações)
a) A condutividade hidráulica k Representa a facilidade que a água tem em se mover num meio permeável sob a influência de um gradiente
hidráulico. É função das características do fluido (água) e do meio poroso.
𝛄
𝐤=𝐊 ×
𝛍
onde:
K [L2] = permeabilidade intrínseca (só depende do meio poroso e é função do diámetro dos grãos)
m [M]/[T].[L] = viscosidade dinâmica do fluido (depende da temperatura do fluido)
γ = peso específico do fluido (r x g) (depende da densidade do fluido). Valor importante em águas termais (de 5 a 35 ºC, k duplica) e é negligenciável
em águas com salinidade diferente.

b) A relação entre o caudal e o gradiente hidráulico não é linear, sucede quando as velocidades de fluxo são muito elevadas, ou quando k é muito
baixo. Se a água circula a altas velocidades, o caudal é directamente proporcional à secção e ao gradiente, mas não linearmente mas sim,
𝐝𝐡 𝐧
exponencialmente: 𝐪 = −𝐤 ×
𝐝𝐥

c) A lei de Darcy não se verifica em regime turbulento. Nas águas subterrâneas, as velocidades são lentas na maioria das ocasiões.

d) Só é válida em meio saturado.

e) Heterogeneidade e anisotropia. O coeficiente de permeabilidade foi definido para um meio homogéneo e isotrópico, longe da realidade natural. A
homogeneidade depende da escala considerada. Num aquífero pode-se considerar como homogéneo. A anisotropia ocorre especialmente em
materiais interestratificados com distintas permeabilidades. É preciso distinguir a permeabilidade vertical da horizontal.
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Lei de Darcy (limitações)
O caudal que circula por um tubo = secção x velocidade do fluido.
Se aplicarmos a lei de Darcy  velocidade de Darcy (vD), velocidade de fluxo ou caudal (fluxo) específico:

𝑸
𝑸 =𝒌 ×𝑨 ×𝒊  𝒒 =  𝒗𝑫𝒂𝒓𝒄𝒚 = 𝒌 × 𝒊
𝑨

A velocidade de Darcy é uma velocidade de fluxo aparente, já que a água não circula por toda a secção do cilindro
de areia, a que não está ocupada pelos grãos de areia. Esta parte da secção total por onde circula a água é a
porosidade eficaz.
Se uma areia possui uma porosidade de 10% (0,10), a água só circula pelos 10% da secção total. Para que o mesmo
caudal circule por uma secção 10 vezes menor, a velocidade do fluxo será 10 vezes maior:

𝒗𝑫𝒂𝒓𝒄𝒚 𝒌 ×𝒊
𝒗𝒓𝒆𝒂𝒍 = =
𝒎𝒆 𝒎𝒆
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Permeabilidade e Transmissividade
Permeabilidade = descarga que atravessa uma secção de área unitária, sob um gradiente hidráulico unitário.
Transmissividade = descarga que atravessa uma secção de largura unitária e de altura igual a espessura do aquífero, sob um gradiente
hidráulico unitário.

A transmissividade (T) é um parâmetro muito importante na definição da


capacidade de produção de um aquífero, pois indicará a maior ou menor
dificuldade do deslocamento da água em um meio saturado.
𝐓 = 𝐊 ×𝐛
onde b – espessura saturada do aquífero

𝟐
𝐓 𝐋 𝐓 =𝐊 𝐋 𝐓 ×𝐛 𝐋

Permeabilidade
Transmissividade
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Permeabilidade e Transmissividade

A P1
i = (h1- h2)/L
i = (40-20)/500 = 0,04
B
P1

h1 h1
h2 P2
h2 P2

L L
L = 500m L = 500m

Areia/arenito Siltito

K = 9 m/dia K = 0,09m/dia
b= 100 m b= 100 m
T= K.b T= K.b
T= 900 m2/dia T= 9 m2/dia

K = 9 m/dia K = 0,09 m/dia


b= 50 m b= 50 m
T= K.b T= K.b
T= 450 m2/dia T= 4,5 m2/dia
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Permeabilidade e Transmissividade
A i = (h1- h2)/L
i = (40-20)/500 = 0,04
B
P1 P1

h1 h1
h2 P2 h2 P2

L L
L = 500m L = 500m

Areia/arenito Siltito

K = 9 m/dia K = 0,09m/dia
q= K.i q= K.i
q = 9.0,04 = 0,36 m/dia q = 0,09.0,04 = 0,0036 m/dia

tempo de P1 para P2 tempo de P1 para P2


~ 4 anos ~ 400 anos
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Coeficiente de Armazenamento (S)
VOLUME DE ÁGUA LIBERTADO POR UMA COLUNA VERTICAL DO AQUÍFERO, DE SECÇÃO UNITÁRIA, QUANDO A
ALTURA PIEZOMÉTRICA MÉDIA DA COLUNA DIMINUI DE UMA UNIDADE. ADIMENSIONAL : (VOLUME/VOLUME)
Aquífero livre: S≈me - 0,01-0,03; Aquífero confinado: 10-4 a 10-5; Aquífero semiconfinado: 10-3 a 10-4.

Aquífero livre Aquífero confinado

Superfície
Nível freático piezométrica
inicial inicial

Superfície após a
remoção do
Nível freático volume de água
após a remoção
do volume de
água

Volume de água removido = V (m3)


Volume de água removido = V (m3)
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Armazenamento específico

VOLUME DE ÁGUA QUE PODE SER LIBERTADO PELA UNIDADE DE VOLUME DO AQUÍFERO (1M3),
CORRESPONDENTE AO REBAIXAMENTO UNITÁRIO DA ALTURA PIEZOMÉTRICA.
𝐒
𝐒𝐬 =
𝐄𝐬𝐩𝐞𝐬𝐬𝐮𝐫𝐚

𝐦𝐭 𝐩𝐨𝐫𝐨𝐬𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞
𝐒𝐬 𝐋−𝟏 =
∆𝐬 (𝐫𝐞𝐛𝐚𝐢𝐱𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐚 𝐚𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐩𝐢𝐞𝐳𝐨𝐦É𝐭𝐫𝐢𝐜𝐚)

𝐒𝐬 𝐋−𝟏 = 𝐠 × 𝛒 × 𝛂 + 𝐦 × 𝛃
ONDE:
G - GRAVIDADE, R - DENSIDADE DA ÁGUA, M – POROSIDADE; A - COMPRESSIBILIDADE DA MATRIZ SÓLIDA DO
AQUÍFERO; B - COMPRESSIBILIDADE DA ÁGUA.
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Capacidade específica
Q = 20 m3/h

arenitos

h = 5m
h
s = h1-h = 5m

h1 = 10m

Q/s= Q/(h1-h)  Q/s = 20/5 = 4m3/h/m


ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Parãmetros hidráulicos

Parâmetro Símbolo Unidade Significado


Vazão ou caudal Q m3/h Volume de água retirado do poço por unidade de
tempo
Capacidade específica Q/s m3/h/m Volume de água retirado do poço por unidade de
tempo por unidade de rebaixamento
Condutividade hidráulica K m/d ~ medida da velocidade com a água se desloca no
aquífero (Vazão que atravessa uma área unitária
submetida a um gradiente hidráulico unitário)
Transmissividade T = K.b m2/d Melhor medida de potencial de produção do
aquífero pois leva em conta K e a espessura do
aquífero (b)
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Carga hidráulica

W = altura que confere


O movimento de fluidos é controlado pela variação da energia de um ponto para outro do
domínio do fluxo. A energia total em um ponto é dada pela soma das componentes de
energia potencial, cinética e de pressão (equação abaixo) as outras componentes de energia,

energia de pressão
W como térmica e elétrica, são desprezadas nos estudos de problemas de fluxo de fluido:

𝑬𝒏𝒆𝒓𝒈𝒊𝒂𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝑬𝒕
h = 𝑬𝒏𝒆𝒓𝒈𝒊𝒂𝒑𝒐𝒕𝒆𝒏𝒄𝒊𝒂𝒍 𝑬𝒑𝒐𝒕 + 𝑬𝒏𝒆𝒓𝒈𝒊𝒂𝒄𝒊𝒏é𝒕𝒊𝒄𝒂 𝑬𝒄𝒊𝒏 + 𝑬𝒏𝒆𝒓𝒈𝒊𝒂𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 𝑬𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐

𝐄𝐩𝐨𝐭 = 𝐦 × 𝐠 × 𝐳

𝐦 × 𝐯𝟐
Z = altura que z 𝐄𝐜𝐢𝐧 =
confere energia
𝟐
potencial
𝐩 ×𝐦
𝐄𝐧𝐞𝐫𝐠𝐢𝐚𝐩𝐫𝐞𝐬𝐬ã𝐨 =
𝛒
onde:
m= massa do fluido (m); g= aceleração da gravidade = 9,81 m/s2; z= altura em relação a um
referencial arbitrário (m ou cm); v= velocidade do fluido (m/s ou cm/s); p= pressão no fluido
(N/m2ou kgf/cm2); ρ= massa específica do fluido (g/cm3).
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Carga hidráulica
É mais conveniente expressar a energia em termos de carga (‘head”), que é definida como
energia por unidade de peso:

𝑬
𝒉 =
W 𝒎 ×𝒈

A equação pode ser reescrita em termos de carga (equação de Bernoulli):

h 𝒉 = 𝒉𝒆 + 𝒉𝒗 + 𝒉𝒑

𝐦 ×𝐠 ×𝐳
𝐡𝐞 = = 𝒛 (cota geométrica)
𝐦 ×𝐠

𝐦 × 𝐯𝟐 𝒗𝟐
z 𝐡𝐯 = = (altura cinética)
𝟐 ×𝒎 ×𝒈 𝟐 ×𝒈

𝐩 ×𝐦 𝒑 𝒑
𝐡𝐩 = = = (altura piezométrica)
𝛒 ×𝒎 ×𝒈 𝝆 ×𝒈 𝜸

h = carga total (m); he= carga de elevação (m); hv= carga de velocidade (m); hp= carga de
pressão (m) (= patm= 0); γ= peso específico (kN/m3 ou gf/cm3)
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Carga hidráulica

o A soma das cargas de pressão e elevação é chamada carga piezométrica (cota piezométrica):

𝒉𝒑𝒊𝒆𝒛𝒐𝒎é𝒕𝒓𝒊𝒄𝒂 = 𝒉𝒑 + 𝒉𝒆

o Nos casos de fluxo em meios porosos, a carga de velocidade é muito pequena, podendo ser desprezada. Por exemplo,
uma velocidade de 1 cm/s é extremamente alta para o fluxo em solos (pode ocorrer em solos de granulometria grosseira
𝟎.𝟎𝟏𝟐
com gradiente hidráulico muito alto), mas a carga de velocidade correspondente é muito baixa 𝒉𝒗 = 𝟐 ×𝟗,𝟖𝟏
=𝟓 ×
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Linhas de energia
𝒑 𝒗𝟐
𝒉 = +𝒛 + 𝒑𝟏 𝒗𝟏 𝟐 𝒑𝟏 𝒗𝟏 𝟐
𝜸 𝟐×𝒈 + 𝒛𝟏 + = + 𝒛𝟏 +
𝜸 𝟐×𝒈 𝜸 𝟐×𝒈

Linha de energia

Altura cinética
Altura
piezométrica
1
Cota piezométrica

Linha piezométrica
Cota geométrica

Trajectória

2
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Aplicação do Teorema de Bernoulli
No caso de fluídos reais em movimento permanente, a carga total diminui ao longo da trajetória (no sentido do movimento), em consequência do
trabalho realizado pelas forças resistentes.

Altura cinética Linha de energia real

1
Cota piezométrica

Linha piezométrica
Cota geométrica

2
Trajetória
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Tubos piezométricos (tubos de Pitot)
Considere-se um tubo fino com o topo em contacto O tubo de Pitot é um dispositivo utilizado para a medição da
com a atmosfera e com o eixo normal à trajetória num velocidade.
ponto P, situado sobre o eixo e na base do tubo. Patm Patm

Patm

cinética
Altura
S

Altura piezométrica
relativa
ZS

P Q
ZP

Propriedades do ponto S -Um tubo para a medição da carga total, ligado a um orifício
Propriedades do ponto P
Ps= 0 (pressão relativa) no extremo do perfil do ramo inferior
Pp: pressão no ponto P
Zs: cota geométrica do -Outro tubo para medição da cota piezométrica e que se liga
Zp: cota geométrica do ponto P
ponto s Vs ~ 0 a tomadas de pressão na superfície lateral do ramo inferior.
Vp ~ 0
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Fluxo da água
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Tipos de escoamento
Se um líquido se escoa em contacto com a atmosfera, designa-se escoamento com superfície
livre. Ex. Canal

Se um líquido escoa num tubo fechado, preenchendo completamente a sua secção, designa-se
escoamento em pressão. Ex. Condutas

Se o líquido se escoa através de um meio poroso, em rigor o escoamento não é em pressão


nem com superfície livre, e chama-se, então escoamento em meio poroso. Ex. Filtrações

Em relação ao tempo:

Se as características do escoamento em cada ponto são


independentes do tempo, tem-se um regime permanente.

Se as características do escoamento variam ao longo do tempo,


tem-se um regime variável.
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Tipos de escoamento
Em relação ao tipo de movimento:

Laminar: onde cada partícula descreve uma trajetória bem definida.

Turbulento: onde cada partícula sofre alterações na sua velocidade e está


animada de movimento de agitação
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Tipos de escoamento
Faz-se passar água limpa num tubo de vidro transparente (diâmetro D), no início do
qual se introduz um pequeno filamento, fortemente colorido, com direção
coincidente com o eixo do tubo.
Se a velocidade da água (V) no tubo é relativamente pequena, o filamento colorido
mantém-se retilíneo e coincidente com o eixo do tubo; ao aumentar a velocidade da
água no tubo, o filamento colorido mistura-se com toda a massa de água, à qual
confere uma ligeira coloração uniforme. A passagem entre o regime laminar e o
regime turbulento não está bem definida, mas encontra-se num valor entre 2000 a Osborne Reynolds (1842-1912)
2300.

Número de Reynolds = Re = 𝑽 × 𝑫 𝝁

Re < 2000 - Regime laminar

Re >>> 2300 - turbulento


ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Medições de níveis
Medidor de nível de água - sonda

Comprimentos entre 60 e 100 metros


ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Medições de níveis
EM RESUMO

• A altura de água num poço 

• Nível da superfície piezométrica  (piezo = pressão)

• Superfície está à pressão atmosférica 

• Potencial hidráulico = energia

• Mapa das equipotenciais  mapa piezométrico

• Linhas de igual potencial  isopiezas

• Linhas perpendiculares  linhas de fluxo de água


ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Medições de níveis
PROCEDIMENTO PARA A CONSTRUÇÃO DE REDE DE FLUXO EM UM MEIO
HETEROGÊNEO E ISOTRÓPICO
1) Desenhar em escala;
2) Definir condições de contorno;
3) Identificar equipotenciais conhecidas;
4) Desenhar linhas de fluxo;
5) Refazer 3) e 4) até obter rede aceitável.
Linhas de
Algumas notas relevantes: fluxo

o linhas de fluxo e linhas equipotenciais devem se intercetarem


com ângulo reto;
o linhas equipotenciais devem encontrar limite impermeável com Linhas equipotenciais
ângulo reto;
o linhas equipotenciais devem ser paralelas ao limite de carga Direção do movimento da água Altitude da água
hidráulica constante; subterrânea subterrânea

o as linhas tangentes devem satisfazer os limites da geologia;


o caso as redes de fluxo estejam dispostos de tal forma que Linhas de isovalores do nível de
água subterrânea (equipotenciais)
quadrados são criados em uma porção de uma formação,
deverão existir quadrados em toda esta formação e também
em formações com mesma condutividade hidráulica.
Retângulos deverão ser criados em formações de
condutividades hidráulicas diferentes.
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Medições de níveis
Furo piezométrico A  maior potencial que o furo piezométrico B

Fluxo de água: maior potencial  menor potencial


ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Medições de níveis

(a) Superfícies equipotenciais (representação a 3 dimensões); (b) Rede de fluxo  Representação esquemática
do fluxo de água mediante linhas de fluxo e linhas equipotenciais
Fluxo  Tridimensional
Rede de fluxo  Bidimensional
Representação  Plano horizontal ou em corte vertical.
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Medições de níveis

O mapa de isopiezas (a) pode


representar a forma da superfície
freática do aquífero livre (b) ou a
forma da superfície piezométrica
de uma aquífero confinado ou
cativo
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Medições de níveis

Aquífero Livre AquíferoConfinado


Espessura do
aquífero

Espessura do
livre

confinado
aquífero
Superfícies equipotenciais
Superfícies equipotenciais

NO AQUÍFERO LIVRE  AS LINHAS ISOPIEZAS SÃO AS INTERSECÇÕES DAS SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS COM A
SUPERFÍCIE FREÁTICA.

NO AQUÍFERO CONFINADO  AS SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS ESTÃO DENTRO DO AQUÍFERO ENQUANTO


QUE A SUPERFÍCIE PIEZOMÉTRICA COM AS SUAS CURVAS ISOPIEZAS ENCONTRA-SE A VÁRIOS METROS ACIMA.
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Redes de fluxo
A forma e distribuição das curvas isopiezas em um mapa
piezométrico permitem considerações a respeito da
permeabilidade ou transmissibilidade, gradiente hidráulico,
vazão unitária e seção de fluxo de determinadas regiões. A
seguir são mostradas algumas relações entre as formas
dessas curvas e seus significados hidrogeológicos. Devem
ser consideradas para explotação, as regiões em que a
permeabilidade horizontal ou a vazão unitária são
relativamente mais elevadas.
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Redes de fluxo em lagos
Assume-se que:

o A maior parte da água do lago


era originariamente água
superficial
o O lago possui entrada e saída
(rios)
o A maior parte da água do lago
provêm de lençóis freáticos
Lago de descarga Lago de recarga
o A infiltração depende da
comunicação entre o lago e o
lençol freático, que depende por
sua vez dos “parâmetros de
Darcy”
o A espessura e permeabilidade
dos sedimentos do lago e
gradiente hidráulico através dos
sedimentos do lago. Lago de fluxo

o O lago encontra-se no contexto


de um sistema de fluxo regional. Lago/Lençol Freático
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Redes de fluxo em aquíferos
Padrões de Escoamento de Águas Subterrâneas em Lençóis Aquíferos Homogêneos

• As linhas equipotenciais que correspondem ao lençol d'água refletem a carga de elevação.


• As linhas equipotenciais sob o lençol d'água são curvilíneas e refletem tanto a pressão quanto a elevação.
Nota: as condições artesianas podem ser geologicamente ou topograficamente controladas.
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Redes de fluxo em aquíferos
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Redes de fluxo
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Redes de fluxo em aquíferos
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Redes de fluxo em aquíferos
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Redes de fluxo em aquíferos
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Redes de fluxo em aquíferos
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Redes de fluxo em barragens
ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO – Redes de fluxo em aquíferos

Você também pode gostar