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O Romantismo

Thomas Jones, O Bardo


(1774).
Thomas Jones, O Bardo (1774).
 «Romântico» (do inglês «romantic») designa, desde
o século XVII, um género caracterizado pelo mistério
e pela fantasia.

 Primeira metade do século XVIII — afirmação da cultura


racionalista do Iluminismo.

O adjetivo «romântico» adquire o significado de:

 quimérico

 inacreditável

 absurdo
 Segunda metade do século XVIII — valorização
da emoção, da imaginação e do sentimento.

O vocábulo «romântico» passa a ser utilizado


com um significado positivo.
 No século XIX — a oposição romântico/clássico constitui-se do seguinte modo:

Romântico Clássico

 Associado  Associado
ao cristianismo. à arte grega.

 Caótico e indefinido.  Simples e claro.

 Contraditório.  Sem contradições.

 Ligado à aspiração  Harmonioso, sereno


insatisfeita. e completo.

 Valorização  Valorização da razão


do sentimento. e da verosimilhança.
 No século XIX — a oposição romântico/clássico constitui-se do seguinte modo:

Romântico Clássico

 Associado  Associado
ao cristianismo. à arte grega.

 Caótico e indefinido.  Simples e claro.

 Contraditório.  Sem contradições.

 Ligado à aspiração  Harmonioso, sereno


insatisfeita. e completo.

 Valorização  Valorização da razão


do sentimento. e da verosimilhança.
Eugène Delacroix, A Barca de Dante (1822).
PENSAR
«O clássico é a saúde, o romântico é o doentio.»
Goethe (escritor alemão, autor de Werther)

Eugène Delacroix, A Barca de Dante (1822).


O Romantismo — literatura e arte

 Exprime revolta e contestação, negando a matriz racional e utilitarista da


modernidade burguesa.

 Defende a liberdade como valor absoluto e associa-se aos ideais revolucionários.

 Procura o conhecimento da Natureza enquanto lugar autêntico e puro — a


a realidade única e verdadeira.

 Exprime a imaginação e o sonho, manifestações do poder criador do eu.

 Faz a apologia do popular e do tradicional, valorizando as expressões da alma


do povo, captadas em incursões historicistas.

 Escolhe a evasão em cenários exóticos ou medievais.


Caspar David Friedrich,
Caminhante sobre o Mar
de Neblina (1818).
Sujeito da recusa e da refutação,
o eu romântico procura uma
plenitude original.

Ambiciona, com desespero


e melancolia, o absoluto.

A sua
A sua existência
existência termina
termina na
na morte
morte
(física ou espiritu Caspar David Friedrich,
(física ou espiritual), na abnegação total O viajante sobre o mar de
al), na abnegação total ou num cinismo
ou num cinismo corrosivo. névoa, 1818
corrosivo.
Esquema-síntese elaborado a partir de:

BUESCU, Helena Carvalhão (coord.) – «Romantismo», Dicionário do Romantismo


Literário Português. Lisboa, Caminho, 1997, pp. 487-492.

REIS, Carlos (2008) – «Pré-Romantismo e Romantismo», O Conhecimento


da Literatura. Introdução aos Estudos Literários. Coimbra: Livraria Almedina,
pp. 422-427.

Notas
• Iluminismo — movimento intelectual
e filosófico que, durante os séculos XVII
e XVIII, pretendeu valorizar o papel da
razão na obtenção do conhecimento
que conduziria os homens à felicidade.

• Verosimilhança — diz-se que algo


é «verosímil» (tem verosimilhança)
se não contradiz aquilo que podemos
aceitar como verdadeiro ou plausível.

• Werther — considerada uma obra-


-prima do Romantismo e publicada
em 1774, narra o amor tempestuoso
e trágico do jovem Werther.

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