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A sala mágica da Dona Cartapácia

A sala mágica da Dona Cartapácia

Personagens:

01 Peter Pan - Nathan

02 Sininho - Julinha

01 Capitão Gancho - Matheus

03 Menino Maluquinho - Caio

04 Chapeuzinho Vermelho -

05 Chapeuzinho Amarelo - Mariana

06 Lobo Mal - Diogo

07 Mônica -

08 Milena - Sophia Ramos

07 Emília -

08 Pedrinho - Davi

09 Narizinho -

10 Cuca - Ana Luiza

11 Alice - Lara

12Sakura - Ana Beatriz

13 Naruto - Pablo

14 Luiza - Juliana

15 Ana - Laura

16 Dona Cartapácia - Elenice

17 Epitome - Felipe

18 Dorothy - Duda

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(Cenário: algo que lembre uma loja de livros antiga, com objetos antigos espalhados e um balcão ao fundo).

CENA 1
(Dona Cartapácia está a cantarolar enquanto arruma alguns objetos da loja, Luiza entra com sua filha).

Luiza - Bom dia Dona Cartapácia.

Dona Cartapácia - Luisinha, a quanto tempo, entre vá entrando, a quanto tempo não te vejo.

Luiza - Verdade Dona Cartapácia, é essa correria da vida, não ando tendo tempo nem de visitar a
senhora.

Dona Cartapácia - E essa deve ser a Ana. Olha só como você cresceu, a última vez que te vi a
senhorita era desce tamaninho.

Luiza - Verdade Dona Cartapácia, parece que foi ontem, infelizmente depois que me mudei para ficar
mais perto do trabalho ficou difícil voltar aqui na loja da senhora.

Dona Cartapácia - Eu te entendo, realmente tudo está cada vez mais corrido, não tem problema, mas
a que devo a honra da sua visita?

Luiza - Eu vim resolver algumas coisas pro lado de cá e pensei em trazer a Ana para conhecer a
senhora enquanto isso.

Dona Cartapácia - Ah, que bom. Temos muito que conversar Ana.

Luiza - Eu posso deixar a Ana com a senhora enquanto vou ao centro pegar uns documentos? Na
volta podemos conversar e tomar aquele chá que só a senhora sabe fazer.

Dona Cartapácia - Ah então ainda lembra-se do chá né? Sua mãe também adorava, pode ir sim a Ana
está em boas mãos.

Luiza - Filha, mamãe vai ali rapidinho e já volta ta bom? (Ana acena com a cabeça)

Luiza - Até daqui a pouco então, até daqui a pouco Dona Cartapácia.

Dona Cartapácia - Até já Luisinha

***

CENA 2

(Ana vai ate uma cadeira e senta-se nela, Dona Cartapácia começa a falar sobre os objetos da loja e
enquanto isso Ana abre sua mochila, pega seu tablet e começa a mexer).
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Dona Cartapácia - Essa era uma loja muito movimentada antigamente, sua avó adorava trazer sua
mãe aqui quando ela tinha a sua idade. Isso aqui é uma maquina de escrever, e isso é um vídeo
cassete, era onde ficavam registrados os filmes. (Dona Cartapácia percebe que Ana não está
prestando atenção) - É, acho que as crianças de hoje em dia não ligam mais pra essas coisas, bom se
precisar de alguma coisa estou aqui. (vai para trás do balcão).

Ana - Moça, você tem um carregador para me emprestar? Meu tablet descarregou.

Dona Cartapácia - Ah, sinto muito minha filha, mas não tenho, nunca me adaptei a essas tecnologias.
(risos)

Ana – Hum (Ana começa a olhar os objetos pela loja) - O que é isso?

Dona Cartapácia - Isso é uma maquina de escrever, alguns dos livros que sua mãe mais gostava foram
escritos por uma maquina igual a essa.

Ana - Minha mãe lia livros?

Dona Cartapácia - Ah sim, ela era uma devoradora de livros, sua avó sempre a trazia aqui e ela
passava oras lendo, acho que ainda tenho guardado os livros favoritos dela.

Ana - Posso ver?

Dona Cartapácia - Mas é claro, eu vou chamar o meu ajudante, o Epítome, ele conhece todos os livros
e sabe onde cada um deles está guardado. - Epítome, venha cá!!! (entra Epítome)

Epítome - Pois não Dona Cartapácia.

Dona Cartapácia - Epítome, você lembra onde está aquela coleção de livros que eu sempre falo.

Epítome - Ah, aqueles livros?

Dona Cartapácia - Sim, aqueles.

Epítome - acho que sei sim, faz tantos anos que ninguém os procura.

Dona Cartapácia - Essa é a Ana, filha de uma velha amiga, ela gostaria de vê-los.

Epítome - Oi Ana, pois bem. (cochichando) Não poderia ter escolhido lugar melhor para lê-los. - Já
volto Dona Cartapácia. (epítome sai de cena)

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Ana (observando os livros distribuídos pela loja) - por que você tem tantos livros? Não é mais fácil ler
pelo celular?

Dona Cartapácia - Ah os livros, eu os conheço a tanto tempo, não a nada melhor do que sentir o
toque de suas paginas nos seus dedos, você não precisa de carregador para lê-los a única coisa que
você precisa é de imaginação.

Ana - Imaginação?

Dona Cartapácia - Sim, imaginação.

Epítome - Dona Cartapácia, Dona Cartapácia, eu achei os livros (Epítome entra com uma caixa cheia
de livros) - Aqui está Ana, eles estão guardados a muito tempo, mas ainda servem. (sopra a caixa e
voa algo que possa simbolizar poeira, ele entrega a caixa para a Ana).

Ana - Obrigada Epítome (Ana vai até a frente do palco segurando a caixa e senta na cadeira que
estava, Epítome a segue).

Epítome - Esses são livros muito especiais Ana, e você está em um lugar muito especial, faça o teste,
leia um deles e você descobrirá a magia que existe nesse lugar.

Dona Cartapácia - Epítome pode me ajudar com uma coisa lá na cozinha?

Epítome - Sim Dona Cartapácia.

Dona Cartapácia - Ana fique a vontade, qualquer coisa estou aqui na cozinha.

***

CENA 3

Ana - Mas o que é que pode ter de tão legal nesses livros velhos? (Ana abre a caixa e tira um dos
livros de dentro dela)

Ana (lendo o livro) - O menino maluquinho... Ele era um menino impossível, Ele era muito sabido, ele
sabia de tudo única coisa que ele não sabia era como ficar quieto. (as luzes começam a mudar, e
entrar fumaça no palco) - Seu canto seu riso seu som nunca estavam onde ele estava.

Menino Maluquinho (de dentro da coxia) - Se quebrava um vaso aqui, logo estava lá. Às vezes
cantava lá e logo estava aqui.

Ana - Quem está ai?

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Menino Maluquinho (saindo do meio da fumaça) - Sou eu, o menino maluquinho.

Ana - Menino maluquinho, igual ao do livro?

Menino maluquinho - Em carne e osso.

Ana - De onde você veio?

Menino Maluquinho - Do livro que estão na sua mão, de onde mais seria?

Ana - Mas isso é impossível.

Menino Maluquinho - impossível o que isso significa?

Ana - Significa que não pode acontecer.

Menino Maluquinho - hahaha deixe essas coisas de impossível para os adultos, venha comigo, vou te
mostrar que isso de impossível não existe. (começa a musica do menino maluquinho, Ana e o menino
maluquinho dançam e no final ele põe uma panela na cabeça dela).

Ana - Uau que incrível, eu não sabia que podia me divertir tanto com um livro.

Menino Maluquinho - E por isso que eu adoro ler, experimente e você vai descobrir um mundo onde
a imaginação te leva em qualquer lugar, e o impossível não existe. Agora eu tenho que ir.

Ana - Mas já?

Menino Maluquinho - preciso terminar um desenho que estou fazendo. Mas se você quiser
aventuras, leia os livros. (Menino maluquinho sai)

Ana - hey espera. (Falando para si mesma) eles gostam muito dessa tal imaginação.

***

CENA 4

Ana (olha para caixa desconfiada e pega outro livro) - A turma da Monica, Mônica e Milena em
adoção. Essa eu conheço. (lendo) - a minha mãe tem um coração de ouro, ela resgata animais de rua
e coloca para a adoção. (Mônica e Milena entram)

Mônica - Eu nunca abandonaria o Sansão.

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Ana - Uau, olha só vocês, vocês Estão aqui.

Mônica - É claro que estamos ora.

Ana - que incrível conhecer vocês, eu sou a Ana.

Mônica- eu sou a Mônica

Milena - eu sou a Milena

Mônica - e esse é o Sansão.

Ana - Milena, não estou lembrando de você.

Milena - Eu sou nova em Limoeiro, meus pais se mudaram a pouco tempo.

Mônica - A mãe da Milena é veterinária.

Milena - sim, ela resgata animais de rua

Mônica - A Milena me ajudou a resgatar o Sansão do Cebolinha, aquele garoto irritante. Aquele peste
estava maltratando o meu Sansão. Quando eu acha-lo ele vai se ver comigo.

Milena - calma Mônica, nós vamos acha-lo. Você o Cebolinha por aí?

Ana - hum, (pensativa) quem é o Cebolinha mesmo?

Mônica - você não conhece o Cebolinha? Em que mundo você vive?

Milena - hahaha calma Mônica, vamos falar para ela sobre alguns dos nossos amigos.

Mônica - vamos. (Toca música de fundo enquanto elas explicam)

Milena - Bom primeiro tem a Magali. Ela é uma menina meiga e delicada, mas que tem um apetite
incontrolável, ela devora qualquer tipo de comida que estiver na sua frente.

Mônica - Ela é minha melhor amiga, e tem como bicho de estimação um gato branquinho chamado
Mingau.

Milena - tem também o cascão, ele é um garotinho muito esperto que tem medo de água e nunca
tomou banho.

Mônica - ele é amigo do Cebolinha, com quem vive aprontando.

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Milena - Além disso, adora inventar seus próprios brinquedos, usando todo tipo de sucata e muita
imaginação.

Mônica - O Cebolinha é um garoto chato e irritante, que está sempre arquitetando planos para me
derrotar.

Milena - mas os planos dele sempre dão errado, e acabam resultando em muitas coelhadas. (Mônica
e Milena riem)

Milena - Ana venha nos visitar lá em Limoeiro.

Ana - vou sim, quero conhecer todos vocês.

Mônica - Agora chega de conversa e vamos achar o danado do Cebolinha. Tchau Ana.

Milena- vamos! Tchau Ana.

Ana - tchau pessoal.

***

CENA 5

Ana - Que outros personagens será que tem nessa caixa? (Pega outro livro) - Alice no país das
maravilhas. (Lendo o livro) - Que tipo de gente vive por aqui? Naquela direção, disse o gato, mora o
chapeleiro, naquela outra uma lebre de março. (Entra Alice)

Alice - Você é uma lebre bem diferente, parece até uma menina.

Ana - Eu sou uma menina

Alice - Que conhecidencia, eu também sou, meu nome é Alice, estou procurando a Lebre de março. O
gato me disse que ela mora aqui.

Ana - Como é essa lebre?

Alice- Não sei, eu nunca vi.

Ana - E o seu gato fala?

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Alice - claro que não, o nome da minha gata é Diná, mas ela não fala, seria engraçado se falasse. O
gato que me disse sobre a lebre de março foi aquele gato sorridente.

Ana - Ele sorri e fala?

Alice - qual o problema?

Ana - Nenhum

Alice - é o gato da Duquesa, posso te apresentar ele um dia, se quiser.

Ana - Seria ótimo, nunca conheci um gato que sorri e fala. Mas eu acho que aqui não tem nenhuma
lebre, sinto muito.

Alice - Tudo bem. Não é culpa sua, eu não devia ter vindo em junho já que a lebre é de março. (Fala
para si mesma) Onde será que mora a Lebre de Junho?

Ana - Disse alguma coisa?

Alice - Não, desculpe é que eu falou o que penso, ou será que eu penso o que falo?

Ana- não é a mesma coisa?

Alice - claro que não, assim você afirmaria que vejo o que como é a mesma coisa que como o que
vejo. (Pensativa) - ou que gosto daquilo que tenho é a mesma coisa que tenho aquilo que gosto.

Ana - Não sei se entendi.

Alice - talvez nem eu tenha entendido. Venha me visitar qualquer dia, é só entrar na toca do Coelho
que usa colete e relógio de bolso. Agora preciso ir, vou visitar o chapeleiro.

Ana - Um coelho de colete é relógio de bolso? Tchau Alice, vou visitar você e seu amigo coelho em
breve. Acho que esse é o livro mais estranho que já li, onde já se viu um coelho de colete?
***

CENA 6

Ana - O próximo livro, me deixa ver (pega outro livro) ah, esse aqui. O sítio do Pica-Pau amarelo.
(Lendo) Eu sei o que quer dizer abstrato, disse Emília. É tudo quanto a gente não vê nem cheira, nem
ouve, mas sente que há. Logo o mundo da Fábula existe, com seus maravilhosos personagens.

(Começa a tocar música do sítio do Pica-Pau amarelo, de repente música para com som de CD
arranhando e começa música da cuca).

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Ana - Ai vem eles. (Entram Emília, Narizinho e Pedrinho correndo).

Ana - Oie, eu sou a Ana.

Emília - Se esconde rápido.

(Emília, Narizinho e Pedrinho se escondem atrás de um objeto cênico).

Ana - O que vocês estão fazendo?

Narizinho - Sai daí menina, você não tem medo do perigo?

Ana - Que perigo?

Cuca (de dentro da coxia) - Onde estão aquelas crianças fedorentas?

Narizinho - Ela está vindo se esconde rápido.

Pedrinho - Vem pra cá menina, a cuca vai te pegar! (Ana corre para junto dos outros, cuca entra).

Cuca - Pra onde aquelas crianças horrorosas foram? Crianças cadê vocês? (farejando) estou sentindo
o cheiro de vocês (começa a procurar as crianças pelo cenário).

Narizinho - E agora o que vamos fazer?

Emília - Temos que dar um jeito nessa cuca. (para Ana) ah, o meu nome é Emília.

Narizinho - Eu sou a Narizinho

Pedrinho - Eu sou o Pedrinho.

Ana - Eu sou a Ana.

Narizinho - Que bom que estava lendo nosso livro Ana.

Emília - Verdade, uma pena a cuca ter vindo também para nos atrapalhar.

Narizinho - o que faremos agora?

Emília - vamos pega-la

Pedrinho - Mas como vamos pega-la?

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Emília - Ana você vai chamar a atenção dela e quando ela ficar distraída nós pulamos em cima dela.

Ana - Será que isso vai dar certo?

Narizinho - vamos saber já já.

Emília - Ela está se aproximando, agora na vai.

(Ana sai do esconderijo)

Ana - Hey cuca sua feiosa

Cuca - Outra criança fedorenta, quando eu te pegar vou te usar para fazer sabão.

(cuca corre atrás de Ana que dribla a cuca pelo o cenário)

Pedrinho - Vamos
(crianças correm e pulam na cuca, que cai e desmaia).

Emília - Conseguimos
(Todos comemoram)

Narizinho - Bom trabalho Ana, bate aqui.

Pedrinho - você é muito corajosa, devia conhecer nosso sítio, lá tem muitas aventuras.

Emília - É verdade, você iria adorar conhecer o Visconde e a Tia Anastácia. (Cuca começa a acordar)

Narizinho - A cuca está acordando, vamos, rápido.

Emília - Tchau Ana, temos que ir.

Pedrinho e Narizinho - Tchau Ana. (Cuca acorda e Ana se esconde novamente)

Cuca - Essas crianças malucas, é melhor eu dar um fora daqui. (Sai de cena)

Ana - Uau, essa foi por pouco, é melhor eu escolher um livro mais calmo dessa vez.

***

CENA 7

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Ana - Huuum deixa eu ver. Ah esse aqui. O mágico de Oz. (Lendo) Dorothy vivia no meio das grandes
pradarias do Kansas, com seu tio Henry e a sua esposa Em.

Dorothy - Ah finalmente eu cheguei. Tudo bem Menina?

Ana - Tudo sim, eu me chamo Ana.

Dorothy - Muito prazer Ana, eu me chamo…

Ana - Dorothy, eu sei. Eu estava lendo seu livro.

Dorothy - Ah sim, a viagem foi longa, Onde Está o Mágico de Oz?

Ana - Mágico de Oz?

Dorothy - Sim, Ele mora aqui na cidade das Esmeraldas.

Ana - Mas essa não é a cidade das Esmeraldas, aqui é a Loja Mágica da Dona Cartapácia, Onde todas
as histórias ganham vida.

Dorothy - Então aqui não é a Cidade das Esmeraldas?

Ana - Não, sinto muito, o que tem nessa cidade?

Dorothy - É nela que vive o Mágico de Oz, o único que pode me levar de volta para casa.

Ana - Você se perdeu?

Dorothy - Sim, a minha casa foi levada por um ciclone, e eu acabei indo parar em uma terra que não
conheço, agora eu, preciso achar o mágico de Oz para que ele possa fazer com que eu volte para o
Kansas, que é onde eu moro com os meus tios. Mas a viagem é muito longa.

Ana - E você está viajando para tão longe sozinha?

Dorothy - Não, eu estou indo com o meu cachorro totó, o espantalho o Homem de Lata e o Leão. Eles
também precisam achar o Mágico de Oz.

Ana - que companhias mais estranhas. E porque eles querem ir até esse mágico?

Dorothy - O espantalho quer um cérebro, o Homem de Lata um coração e o Leão quer ter coragem.

Ana - Uau, eu tenho certeza que vocês vão conseguir.

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Dorothy - Obrigada, agora já vou indo. Se um dia quiser ir até Oz, siga pela estrada de tijolos
amarelos, se cuida.

Ana - Você também. (Dorothy sai) - Que menina mais legal, tomara que ela consiga voltar para casa.

***

CENA 8

Ana - Vamos ver que outras incríveis histórias temos aqui. Chapeuzinho Amarelo? Essa eu nunca ouvi
falar. (Lendo) Era a Chapeuzinho Amarelo, amarelada de medo tinha medo de tudo.

Chapeuzinho amarelo - Hahaha eu medo?

Ana - Oi chapeuzinho Amarelo.

Chapeuzinho Amarelo - Que história é essa que eu tenho medo de tudo?

Ana - É o que está escrito aqui

Chapeuzinho - Sim, é verdade que no começo eu tinha medo de tudo, mais depois de conhecer o
lobo, que era de quem eu tinha mais medo, passei a não ter medo mais.

Ana - Sério?

Chapeuzinho Amarelo - Verdade

Ana - E do que você tinha medo?

Chapeuzinho Amarelo - De tudo, tinha medo do trovão, minhoca pra mim era cobra, eu nunca
apanhava sol porque tinha medo da sombra, não falava nada pra não engasgar.

Ana - Eu nunca tinha ouvido falar de você, achei que só existisse a chapeuzinho vermelho.

Chapeuzinho amarelo - Eu posso não ser tão famosa quanto ela, mas garanto que também sou legal.
Eu e a chapeuzinho vermelho somos grandes amigas, você iria gostar de conhecê-la.

Ana - Eu acho que vi o livro dela por aqui, ah, aqui está. (Pega o livro da chapeuzinho dentro da caixa
e lê) - Era uma vez numa aldeia pequenina, uma menina linda como uma flor. Ela era conhecida por
toda parte como a menina do Chapeuzinho vermelho. (Chapeuzinho entra saltitante com sua cesta)

Chapeuzinho vermelho - Chapeuzinho amarelo, você por aqui?

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Chapeuzinho amarelo - Oie, estávamos falando de você, está é a minha nova amiga, a Ana.

Chapeuzinho vermelho - Olá

Ana - Olá. Por que você está tão alegre?

Chapeuzinho vermelho - Por que eu estou indo visitar a minha vozinha. Vocês querem ir comigo?

Ana - eu não posso, a minha mãe já deve estar chegando e eu ainda tenho outras histórias para
conhecer.

Chapeuzinho amarelo - Eu aceito, a sua vozinha parece ser muito legal.

Chapeuzinho vermelho - Ela é sim, ela está doente, então minha mãe pediu para eu levar esses
biscoitos para ela.

Lobo mal (entrando devagar) - alguém disse biscoitos?

Chapeuzinho vermelho - Eu, eu disse que estou levando esses biscoitos para a minha vovó.

Lobo mal - Ah sim, que interessante. Eles parecem ser muito gostosos.

Chapeuzinho vermelho - São sim. O S.r. quer um?

Lobo mal - Ah, mas eu adoraria.

Chapeuzinho amarelo - Chapeuzinho vermelho, posso falar com você? (Chama chapeuzinho vermelho
no canto) acho q esse lobo aí não é muito confiável não.

Chapeuzinho vermelho - Você acha?

Chapeuzinho amarelo - Acho sim, o que você acha Ana?

Ana - Eu também não confio nele!

Lobo mal - Posso saber o que as crianças estão conversando?

Chapeuzinho amarelo - Nada não seu lobo.

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Lobo mal - Sabe de uma coisa, eu também gostaria de visitar a sua vozinha, onde é que ela mora
mesmo?

Chapeuzinho amarelo - Vamos dar o endereço errado para ele.

Chapeuzinho vermelho - Boa ideia. (Para o Lobo) então seu lobo, a minha vozinha mora depois do
vale das macieiras, do outro lado do riacho.

Lobo mal - Ah que maravilha, então eu vou indo na frente. E espero vocês lá. Não demorem em, a
vovozinha deve estar faminta.

Chapeuzinho vermelho - Pode deixar Seu Lobo. (Lobo sai rindo)

Chapeuzinho amarelo - Para onde foi que você o mandou ir?

Chapeuzinho vermelho - Eu dei o endereço da casa do lenhador (Todas riem)

Chapeuzinho amarelo - Muito esperta.

Chapeuzinho vermelho - Obrigada, agora vamos a minha vozinha deve estar faminta, e não quero ver
esse lobo danado de novo.

Chapeuzinho amarelo - Vamos, tchau Ana, até a próxima.

Chapeuzinho vermelho - Tchau Ana.

Ana - tchau meninas, até a próxima. (As Chapeuzinhos saem)

***

CENA 9

Ana: realmente esse lugar é mágico, todos os livros ganham vida, espera eu acho que também tenho
um na minha mochila. (Ana abre sua mochila e tira um mangá)

Ana - O meu mangá do Naruto, será que eles também vão criar vida? Vamos ver. (Lendo) você sabe
quem são os hokage?

(Começa trilha sonora do Naruto, Naruto e Sakura entram correndo).

Ana - Naruto, Sakura.

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Naruto - Quem é você?

Sakura - Naruto, olha como fala.

Ana - Meu nome é Ana, eu estava lendo o mangá de vocês.

Naruto: Ah então você quer se uma ninja?

Ana - Com certeza

Sakura - Será que ela está pronta Naruto?

Naruto - Para ser uma boa Ninja é preciso ter coragem.

Sakura - É preciso ter Disciplina

Naruto - É preciso ser forte

Sakura - você acha que tem essas qualidades?

Ana - Tenho

Naruto - Então está no caminho certo, continue assim e logo será uma ninja tão boa quanto eu.

Sakura - hahaha não seja convencido Naruto. Ana será que você pode nos ajudar? Estamos
procurando o Sasuke, você o viu?

Ana - Infelizmente não.

Naruto - Ele sumiu e precisamos encontrá-lo.

Ana - Já sei, eu vou terminar de ler o Mangá de vocês e ver se eu o acho.

Naruto - Boa ideia.

Sakura - Naruto enquanto isso podemos procurá-lo na Aldeia da folha, o que você acha.

Naruto - Também é uma boa ideia, vamos. (Naruto sai correndo)

Sakura - Tchau Ana

Ana - Tchau. (Sakura sai correndo)

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Ana - Realmente esse lugar da vida a qualquer livro.

***

CENA 10

Ana (Ana vai até a caixa de livros). - O último livro, vamos ver que história esse livro vai me contar
(lendo) - Peter Pan, Peter se levantou de um salto perfeitamente acordado e com um grito de alerta
despertou seus companheiros.

Peter Pan - Pirataaaaaaaaas!!! (Ana se assusta, Peter Pan e sininho entram) Hey Você menina, pegue
essa espada. (dá um espada para a Ana) - já lutou contra um pirata antes?

Ana - Não, nunca.

Peter Pan - Então se prepare e proteja a sininho.

Capitão Gancho - Muahahaha (Capitão Gancho ri de dentro da coxia).

Peter Pan - Lá vem ele, o terrível Capital Gancho. (Capitão Gancho entra)

Capitão Gancho - Finalmente me achou Peter Pan. E vejo que conseguiu ajuda. Hahaha mas isso não
vai adiantar, ainda hoje você é essa garotinha estarão presos junto com os meninos perdidos.

Peter Pan - É o que veremos (Peter Pan, Ana e Capitão Gancho começam a lutar, depois de algum
tempo Peter Pan e Ana derrotam o Capitão Gancho e o amarram).

Capitão Gancho - Aaaarg, como vocês podem ser tão fortes.

Peter Pan - Conseguimos

Sininho - Uau, essa foi por pouco.

Peter Pan - Bom trabalho

Ana - Obrigada, por incrível que pareça essa é a primeira vez que luto com um pirata.

Peter Pan - Para a sua primeira vez, você foi ótima. O meu nome é Peter Pan, e essa é a sininho.

Sininho - Oie, quem é você?

Ana - meu nome é Ana.

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Sininho - E de que reino você vem?

Ana - Eu moro em um Reino chamado São Gonçalo.

Sininho - Nunca ouvi falar, tem muitos piratas lá?

Ana - Eu nunca vi nenhum

Peter Pan - Nós somos da terra do nunca, um lugar onde somos livres para mergulhar em qualquer
aventura e podemos ser crianças para sempre.

Ana - E quem é esse Barba Negra?

Sininho - Ele é um pirata muito mal

Peter Pan - É verdade, ele aprisionou os nossos amigos, os meninos perdidos e a minha amiga Wendy.

Sininho - Mas agora graças a sua ajuda Ana, nos vamos conseguir resgata-los, existe algo que a gente
possa fazer para agradecer?

Peter Pan - Você nós ajudou a derrotar o Capitão Gancho, peça o que quiser e te daremos.

Ana - Eu quero ter imaginação, quero que sempre que eu ler um livro possa mergulhar nas histórias e
fazer parte delas. Quero poder visitar todos os meus amigos que conheci hoje sempre que eu quiser.

Peter Pan - Seu desejo é uma ordem.

Sininho - Em nome da magia das fadas, eu concedo o seu desejo. (Sininho pega seu pozinho mágico,
por na sua mão e sopra na Ana).

Peter Pan - vamos sininho, vamos levar o capitão gancho e resgatar nossos amigos, Ana nos vemos
nas páginas.

Sininho - Tchau Ana.

Ana - tchau, obrigada por tudo. (Peter Pan, Sininho e Capitão Gancho saem de cena).

***

CENA 11

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Luiza - filha, mamãe chegou. (Fala de dentro da coxia, e após isso entra).

Ana - Mamãe (corre para abraça-la)

Luiza - mamãe esqueceu-se de deixar o seu carregador, desculpe filha.

Ana - não tem problema, você não vai acreditar, eu li os seus livros de quando você era criança, eu
conheci todo mundo. O menino maluquinho, a Emília, eu lutei com um pirata e tudo, você sabia que
existe uma chapeuzinho amarelo?

Luiza - Calma, calma filha. (Dona Cartapácia e Epitome entram)

Dona Cartapácia - Oh, já chegou Luiza? Eu e o Epitome preparamos um lanche bem gostoso.

Luiza - Oba estou morrendo de fome.

Dona Cartapácia - Então vamos, vamos comer lá dentro.

Luiza - vamos filha.

Ana - vamos! (Ana e Luiza caminham para o fundo do Palco onde está a Dona Cartapácia e o Epitome,
antes de chegar lá a Ana para).

Ana - Espera aí mãe. (Ana volta até a frente do palco, onde está a caixa de livro, pega o seu tablet que
está em cima da cadeira, olha, depois põe ele novamente na cadeira e pega a caixa de livros) - Esqueci
meus livros. (Ana sai de Cena com a caixa de livros, Epitome a segue).

Luiza: Obrigado Dona Cartapácia. (Sussurra)

(Dona Cartapácia pisca, ambas riem e saem de cena).

CENA FINAL

Luzes começam a mudar, entra Capitão Gancho e começa a cantar música relacionada ao tema, que
pode ser criada ou usada uma já existente, todos os personagens do espetáculo entram em cena e
dançam, pode haver partes em que as crianças cantam em coral. Quando a musica acaba a Sininho
pega seu pozinho mágico, e vai até a frente do palco.

Sininho – Em nome da Magia das Fadas eu lhes dou o poder da imaginação! (sopra o pozinho na
plateia).

Fecham-se as cortinas.
Fim.

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