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BENS PÚBLICOS

Etimologia

São públicos os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público


interno (União, Estado, Distrito Federal, Municípios, autarquias, fundações
públicas e associações públicas) art. 98 CC.

Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que
pertencerem.

Domínio Público: acervo patrimonial. Conjunto de bens móveis e imóveis


destinados ao uso direto do Poder Público ou à utilização direta ou indireta da
coletividade, regulamentados pela Administração e submetidos a regime de
direito público. (CRETELLA JÚNIOR)

Domínio Eminente: é de natureza política é o poder de fogo que leva a


administração pública a interferir em todos os bens e pessoas que estão no seu
território. É decorrente da sua soberania.

Domínio público propriamente dito

Natureza jurídica da propriedade dos bens públicos

Teoria da propriedade administrativa é propriedade exercida sob o reflexo do


regime publicístico.

Classificação dos bens públicos

Quanto à titularidade:

Bens federais (União): o art. 20 da CF arrola os bens da União, porém


esqueceu de 2 ___ quais foram acrescentados pelo Dec. Lei 9760/46. São
eles: terreno reservado e bens da marinha.

Art. 20. São bens da União:

I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;

II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e


construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental,
definidas em lei;

III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou


que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a
território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias
fluviais;

IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a
sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade
ambiental federal, e as referidas no art. 26, II;

V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;

VI - o mar territorial;

VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;

VIII - os potenciais de energia hidráulica;

IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;

X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;

XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

§ 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos


Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no
resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de
geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território,
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação
financeira por essa exploração.

§ 2º - A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das


fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental
para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

Bens estaduais no art. 26 da CF

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito,


ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio,


excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;

III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;

IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Bens municipais art. 30 III CF: não foram contemplados com a partilha
constitucional de bens públicos. Todavia, é claro que há vários destes bens que
lhe pertencem. Como regra, as ruas, praças, jardins públicos, os logradouros
públicos pertencem ao Município. Integram-se entre seus bens, da mesma
forma, os edifícios públicos e os vários imóveis que compõem seu patrimônio.
E, por fim, os dinheiros públicos municipais, os títulos de crédito e a dívida ativa
também são bens municipais.

Art. 30. Compete aos Municípios:

III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas
rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos
prazos fixados em lei;

Quanto à destinação (art. 99 CC)

Art. 99. São bens públicos:

Bens de uso comum do povo: (Carvalho Filho) São aqueles destinamos à


utilização geral pelos indivíduos, podendo ser federais, estaduais e municipais.
São bens comuns os mares, as praias, os rios, as estradas, as ruas, as praças
e os logradouros públicos (art.99, I)

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

Bens de uso especial: Visão à execução dos serviços administrativos e dos


serviços públicos em geral. Ex: museu, sala da UFU, cemitério.

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou


estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive
os de suas autarquias;

Bens dominicais: Conhecidos como bens disponíveis, eles não estão


amarrados (vinculados) a uma finalidade pública específica. Terras sem
destinação pública específica, prédios públicos desativados, os bens móveis
inservíveis e a dívida ativa.

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito


público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os


bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura
de direito privado.

Quanto à disponibilidade

Bens indisponíveis: aquelas que pela sua natureza não é possível dispor, o
poder público tem o dever de conservá-los, melhorá-los e mantê-los ajustados
aos seus fins, sempre em benefício da coletividade. São eles os bens de uso
comum. Ex.: ar atmosférico, os mares, os rios, as estradas, as praças e
logradouros públicos.
Bens patrimoniais indisponíveis: enquanto vinculados a uma finalidade pública
não indisponível. Leva em consideração dois aspectos quais sejam: o primeiro
é o relativo à natureza patrimonial do bem público, e o segundo é a sua
característica de indisponibilidade. São eles os bens de uso especial, sejam
móveis ou imóveis, porque, como visto, são eles sempre os instrumentos de
ação da Administração Pública. Enquanto o forem, serão bens patrimoniais
indisponíveis.

Bens patrimoniais disponíveis: são os dominicais, porque não se destinam ao


público em geral, nem são utilizados para o desempenho normal das atividades
administrativas.

Afetação e desafetação

Diz respeito aos fins para os quais está sendo utilizado o bem público. São
fatos dinâmicos que indicam a alteração das finalidades do bem público.

Afetação é a vinculação de um bem o uma finalidade pública de uso especial.


Essa afetação é feita por meio de lei, por ato administrativo. Se um bem está
sendo utilizado para determinado fim público, seja diretamente do Estado, seja
pelo uso dos indivíduos em geral, diz-se que está afetado. Ex. Uma praça,
ambulatório público.

Desafetação é retirar a vinculação ao destino categorial, à finalidade antes


existente. Quando não está sendo usado para qualquer fim público. Ex. uma
área pertencente ao Município na qual não haja qualquer serviço
administrativo.

Competência legislativa e reguladora

É privativa da União, prevista no art. 22 I CF

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo,


aeronáutico, espacial e do trabalho;

Embora no Art. 22 XXVII cabe a união legislar em normas gerais de licitação e


contratação.

XVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as


administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as
empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;

Art. 17 Lei 8666/93


Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência
de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá
às seguintes normas:

I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da


administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as
entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de
concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:

a) dação em pagamento;

b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da


administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas
alíneas f, h e i;

c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do
art. 24 desta Lei;

d) investidura;

e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera


de governo;

f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso,


locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou
efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização
fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração
pública;

g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383,


de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da
Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição;

h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso,


locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com
área de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de
programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou
entidades da administração pública;

i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras


públicas rurais da União na Amazônia Legal onde incidam ocupações até o limite de
15 (quinze) módulos fiscais ou 1.500ha (mil e quinhentos hectares), para fins de
regularização fundiária, atendidos os requisitos legais;

II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta


nos seguintes casos:

a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após


avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à
escolha de outra forma de alienação;
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração
Pública;

c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação


específica;

d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;

e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da


Administração Pública, em virtude de suas finalidades;

f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da


Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.

§ 1o Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I deste artigo, cessadas
as razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica
doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário.

§ 2o A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito


real de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar-se:

I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a


localização do imóvel;

II - a pessoa natural que, nos termos da lei, regulamento ou ato normativo do


órgão competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupação
mansa e pacífica e exploração direta sobre área rural situada na Amazônia Legal,
superior a 1 (um) módulo fiscal e limitada a 15 (quinze) módulos fiscais, desde que não
exceda 1.500ha (mil e quinhentos hectares);

§ 2º-A. As hipóteses do inciso II do § 2o ficam dispensadas de autorização


legislativa, porém submetem-se aos seguintes condicionamentos:

I - aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção por particular seja


comprovadamente anterior a 1o de dezembro de 2004;

II - submissão aos demais requisitos e impedimentos do regime legal e


administrativo da destinação e da regularização fundiária de terras públicas;

III - vedação de concessões para hipóteses de exploração não-contempladas na lei


agrária, nas leis de destinação de terras públicas, ou nas normas legais ou
administrativas de zoneamento ecológico-econômico;

IV - previsão de rescisão automática da concessão, dispensada notificação, em


caso de declaração de utilidade, ou necessidade pública ou interesse social.

§ 2o-B. A hipótese do inciso II do § 2o deste artigo:

I - só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a vedação,


impedimento ou inconveniente a sua exploração mediante atividades agropecuárias;
II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, desde que não exceda mil e
quinhentos hectares, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse
limite;

III - pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista
na alínea g do inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste
parágrafo.

§ 3o Entende-se por investidura, para os fins desta lei:

I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou


resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por
preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinqüenta
por cento) do valor constante da alínea "a" do inciso II do art. 23 desta lei;

II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder


Público, de imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a
usinas hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas
unidades e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão.

§ 4o A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão,


obrigatoriamente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob
pena de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interesse público
devidamente justificado;

§ 5o Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o


imóvel em garantia de financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações
serão garantidas por hipoteca em segundo grau em favor do doador.

§ 6o Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia


não superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea "b" desta Lei, a
Administração poderá permitir o leilão.

Estados e Municípios: compete aos Estados e Municípios legislar sobre a


gestão de seus bens.

Regime jurídico

Inalienabilidade: Art. 100 CC – A regra é a inalienabilidade na forma em que a


lei dispuser a respeito, atribuindo-se a inalienabilidade somente nos casos do
art. 100, e assim mesmo enquanto perdurar a situação específica que envolve
os bens.

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são
inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as


exigências da lei.
Art. 225. § 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos
Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

Impenhorabilidade: Os bens públicos são impenhoráveis pelo lastro


constitucional, dispõe o art. 100 da Constituição Federal que os créditos de
terceiros contra a Fazenda Pública, em virtude de sentença judicial, são pagos
através do sistema de precatórios, em que o judiciário recomenda ao executivo
que introduza o crédito, em ordem cronológica, na relação de credores para
ulterior pagamento. Art. 730 CPC.

Art. 730. Na execução por quantia certa contra a Fazenda Pública, citar-se-á a
devedora para opor embargos em 10 (dez) dias; se esta não os opuser, no prazo legal,
observar-se-ão as seguintes regras:

I - o juiz requisitará o pagamento por intermédio do presidente do tribunal


competente;

II - far-se-á o pagamento na ordem de apresentação do precatório e à conta do


respectivo crédito.

Imprescritibilidade: Significa que os bens públicos são insuscetíveis de


aquisição por usucapião, e isso independentemente da categoria a que
pertençam. Art. 182, §3º e 191, § único CF.

Art. 182 - § 3º - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa
indenização em dinheiro.

Art. 191 - Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

Aquisição de bens pelo poder público

Originária (ninguém repassa os bens)

Não há transmissão da propriedade por qualquer manifestação de vontade. A


aquisição é direta. O adquirente independe da figura do transmitente. Nesse
tipo de aquisição, não há ensejo para discussão sobre vícios de vontade ou
vícios de legalidade quanto à transmissão do bem.

Acessão:
• Formação de ilhas (União ou Estados)
• Aluvião (sedimentação ao longo tempo)
• Avulsão (deslocamento abrupto, repentino)
• Álveo abandonado

• Usucapião (originária discutível)

Derivada
Há uma cadeia de transmissibilidade do bem, ou seja, alguém transmite um
bem ao adquirente mediante certas condições por eles estabelecidas. Esse tipo
de aquisição rende ensejo à discussão sobre vícios de vontade e sobre o
próprio negócio jurídico de transferência do bem.

Contrato

Compra – se for imóvel deve haver autorização legislativa, art. 24 XL L.


8.666/93 movi* justifica o interesse público, previ*

Doação (modal) – doação condicionada, deve haver autorização


legislativa para verificar o interesse público.

Permuta

Dação em pagamento deve haver interesse público

• Desapropriação (é originária doutrinariamente)


• Aquisição “causa mortis” (o Estado adquire por
testamento)
• Arremetação (num processo de execução fiscal,
contudo é necessário uma lei autorizando um limite
para arrematação, ficando impossível esse calor
ultrapassar, cabendo aos outros passarem tal valor)
• Adjudicação (na licitação, promessa compra e venda)
• Resgate da enfiteuse ( CC/1916, regida no código
antigo mantém na legislação pelo Decreto Lei 9.../46.
Após 10 anos da enfiteuse o poder público pagaria 12
laudênios e adquiria)
• Aquisição por força de lei ou da Constituição ( Código
Penal, os objetos do crime Lei 6.766/99 – loteamentos,
percentual de 30% do loteamento, para praças por
exemplo. É automática com o registro do loteamento.
Pela CF art 243, perde gleba quando houver cultivo de
plantas psicotrópicas.

Alienação de bens
Ato de disposição.

Competência legislativa e reguladora, é privativa da união. Art. 22, XXVII CF.


As leis orgânicas dos municípios dizem sobre alienação. Havendo exigência de
autorização para alienação de bens móveis, faz edição, podendo ampliar as
leis.

Instrumentos comuns de alienação

Bem Dominical ( comum de todos ou individual é inalienável)


Patrimônio
Disponível

Venda > interesse público devidamente justificado


Autorização legislativa
Avaliação prévia
+/- licitações

Doação > Art.17, I, L. 8.666/93 / Adin 927


(ente público – ente público) (ente público – ente
privado)
Justificação interesse público (excetua pura simples)
Autorização legislativa
Avaliação prévia

Permuta > Poder executivo – bem por obrigação de fazer


 (T.Contas – bem para bem)
Poder legislativo – no exemplo: carro inservível, permuta
para comprar um novo.
 (T.Contas – glossa, pois é pagamento, dação em
pagamento)

Dação em pagamento > venda

Instrumentos específicos

• Concessão de domínio: é o domínio útil, transferência


desse domínio, ou seja, não é completa, para vender
requer prévia autorização. Ex: Ilhas de Caras.
Antigamente havia exceções, sendo minoria.
• Investidura: alienação sem licitação em áreas próximas
de usina para loteamento para exemplo.
• Incorporação: integralização da sociedade de economia
mista ou empresa pública. Há as autarquias também. A
1ª é autorizado a criar por lei a autarquia é criada por lei
onde há esta autorização.
• Retrocessão: reaquisição do desapropriado, por igual
valor.
• Legitimação de posse: excetua a usucapião de bens
públicos. Assim nas terras devolutas há formas de
legitimar a posse. Na CF/88 foi repassar as terras
devolutas para os Estados. Assim, os Estados e os
Municípios limitaram sua área exceto MG e BA. Desta
forma, estas “terras devolutas” em outras cidades, os
próprios Municípios legitimam. Enquanto em MG é
Estadual, ficando a RuralMinas (autarquia) responsável
para essa legitimação.
Gestão de bens públicos (uso)

Uso de bens públicos por particulares

o Critérios da conformidade
 Uso normal (andar, trafegar, sentar)
 Uso anormal (autorização para festa)
o Critério da exclusividade
 Uso comum (p/ todos)
o Ordinário – sem distinção
o Extraordinário – restrições pago de
pedágio
 Uso privativo
o Privatividade uso
o Instrumentalidade formal
o Precariedade do uso
o Sujeição a controle jurídico público

Instrumento para uso privativo

Autorização de uso – ato administrativo; unilateral; discricionário; precário;


predominância do interesse privado.
Permissão de uso – ato administrativo (ao invés de contratual); unilateral;
discricionário; precário; predominância interesse público.

Em SP, dizia que o uso por mais de 90 dias é permissão e menos de 90 dias é
autorização.
A autorização é mera faculdade de uso, enquanto a premissão gera dever e se
não utilizar por revogar e assar para outro usar.
O táxi utiliza bem público e o carro privado, sendo considerado legislativamente
que é serviço público é permissão, um exemplo Udia, que há lei regulamento.
Em cidades pequenas pela pouca necessidade é autorização em que o
Município é poder polícia. O moto-taxi é serviço privado para que o Estado não
precise indenizar possíveis acidentes, cabendo apenas autorização.

Lei 10.257/01

Autorização de uso para fins comerciais – também chamado de autorização


urbanística.

Medida provisória 2.220/01

Quem em 04/09/2001 tinha 5 anos de ocupação tem direito a pleitear a


autorização.

Concessão de uso: tem natureza contratual, gera segurança ao indivíduo, é


muito utilizado do administrado, devendo ser precedido de licitação, via de
regra, exceção concessão de terreno para fazer sepultura em que não é
necessário licitação nem prazo determinado.

Concessão de direito real de uso: prevista quando há necessidade de grandes


investimentos (ex terminal central)

Cessão de uso: instituto utilização para cessão de uso de ente público para o
ente público (visão clássica). Pode haver cessão de bens de ente público para
entes para-estatais ou até mesmo particularidades *

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

- Fato
- Imputabilidade

Responsabilidade civil: é o dever de reparar danos causados a terceiros em


decorrência de comportamento comissivo ou omissivo, materiais ou jurídica
lícitos ou ilícitos imputáveis aos agentes públicos.
Desde que causas prejuízo a terceiros.

Evolução histórica

1. Teoria da irresponsabilidade – o Estado não errava, por isso era


irresponsável, perdurou até 1946/47 em dois países.

2. Teoria civilista – a medida em que se implementou o Estado foram criadas


as teorias civilistas

2.1. Teoria dos atos de império e gestão – Atos praticados pelo Estado que
derivam do poder de polícia – atos de império. Quando o poder público
praticado ato de império ele não errava, respondia apenas por atos de
gestão.
2.2. Responsabilidade subjetiva. Teoria da culpa. – Se houvesse a culpa do
agente o Estado responderia

3. Teoria publicista
3.1. Teoria da culpa anônima
Teoria da falta do serviço
Teoria da culpa administrativa

3.2. Teoria da Responsabilidade Subjetiva


3.2.1. Risco administrativo – a partir do momento que assume a
personalidade de Estado, também assume todos os riscos
decorrentes da atividade Estatal desde que haja nexo.
fato dano

nexo de causalidade
3.2.2. Teoria do risco integral – desde que se tenha atuação do Estado
ele é responsável independente do nexo de causalidade.

Lei 10.744/03 – terrorismo

Atividade nuclear

Teoria do risco administrativo CF 1946


Art. 37 §6º CF

Pessoas jurídicas de direito público interno

• União
• Distrito Federal
• Município
• Autarquias
• Fundações Públicas
• Associação Públicas

Administração Indireta

• Autarquias
• Fundações Públicas
• Associação Públicas
• Empresa Pública
• Sociedade de economia mista – que exploram atividade
econômica não se sujeitará à teoria do risco administrativo.

Porém se forem prestadores de serviços públicos ela terá


responsabilidade objetiva, se sujeitando à teoria de risco.

• Entes paraestatais
o Entes sociais autônomos, sistema “S”
Alguns autores afirmam que deveriam responder
objetivamente uma vez que recebem investimentos
paraestatais.
Porém a outros que dizem que eles não respondem pois
somem responderiam se prestassem serviços públicos, como
não prestam não há responsabilidade objetiva (prof. Acha que
não há responsabilidade objetiva).
o Entes de apoio: há responsabilidade objetiva.
o Organizações sociais: organização sem fim lucrativo
(vincula-se ao poder público por contrato de gestão)

• Organização social
Vincula-se ao poder público através de um termo de parceria.
Tanto ao OS quanto ao OSEIP tem responsabilidade subjetiva.

• Entes privados prestadores de serviços públicos


Responsabilidade objetiva

• Excludentes de responsabilidade
o Culpa exclusiva da vítima: não há nexo de causalidade
suficiente para caracterizar a responsabilidade objetiva do
Estado.
o Culpa concorrente: apenas parcial, partilhando pela culpa
proporcional.
o Força maior: Carvalho Filho não faz distinção entre caso
fortuito e força maior. Zanella entende que a excludente de
responsabilidade é somente a força maior. (Prof. Adotou
essa). Caso fortuito é dano causado em decorrência da
falha humana e nesses casos o Estado é responsável.

Danos por Omissão

Concordando com isso A. Bandeira de Melo o STF acatou a tese de culpa


anônima.

Omissão genérica

Omissão específica

Responsabilidade pelos prestadores de serviços

Art. 37, §6º da CF é claro em afirmar que o Estado responde pelos danos
causados por seus servidores.

Quando o Estado cria pessoas jurídicas de Direito Privado para prestar serviço
público pode fazer isso por meio de delegação, a responsabilidade do Estado
será subsidiaria.
Ex: Sociedade de Economia Publica – delega mantém a titularidade passa *** a
exercício.
Empresa privadas.
Art. 25 Lei 8.997/93

Responsabilidade do Estado por Atos de Multidões

Se for avisado a tempo de providenciar segurança e não a fizer, será


responsável pelos danos que vierem a ocorrer.

Responsabilidade por Danos Causados por Obras Públicas

Responsabilidade pelo simples fato da obra fera o dever de indenizar. Porém


se o Estado faz licitação para a realização da obra e ocorrer algum dano o
Estado não responde, sendo **** licitante responsáveis pelos danos causados
a terceiros.

Responsabilidade do Estado por Atos Jurisdicionados

Judiciário – atos administrativos

Judiciário na execução da função jurisdicional

• O judiciário é soberano
• O juiz é independente
• Juiz não é servidor público
• A força da coisa julgada

Responsabilidade do Estado por Atos Legislativos

A doutrina diferencia atos.

Leis inconstitucionais: o Estado responde por leis inconstitucionais que cause


danos.

Leis constitucionais

Leis formais (apenas no plano formal mas materialmente não é lei, é mero ato
administrativo)

Se causar dano, gera para o Estado o dever de indenizar.

Reparação do Dano

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