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CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA – UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

ATIVIDADES AVALIATIVA AV1 - 2018

Nome: Mariza da Penha Martins da Silva R.A: 4859712 - 7ºSemestre

RESUMO – Hanseníase

1. Definição

Doença crônica granulomatosa, de notificação compulsória e investigação obrigatória,


causada pelo Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen), capaz de infectar grande número
de indivíduos (alta infectividade), adoecer pouco (baixa patogenicidade), embora com
considerável poder incapacitante (alta virulência). Tem predileção pela pele e nervos
periféricos, podendo cursar com surtos reacionais intercorrentes.
Ao longo da história esteve relacionada a manifestações de preconceito e discriminação,
em decorrência das mutilações ocasionadas pela doença na era pré-quimioterapia.
A instituição do tratamento poliquimioterápico (PQT/OMS) permitiu uma completa mudança
desse panorama, tornando-a curável, com impacto imediato na transmissibilidade, já a
partir das primeiras doses da medicação, quando os bacilos se tornam inviáveis.

2. Fatores de risco
Costuma acometer ambos os sexos, com predominância do masculino.
Embora ainda existam lacunas de conhecimento quanto a todos os prováveis fatores de
risco implicados na transmissibilidade, o domicílio continua sendo um dos mais importantes
espaços para a propagação da infecção.
Assim, o maior risco é observado entre contatos intradomiciliares, definidos como indivíduos
que residem ou tenham residido com o doente nos últimos cinco anos. Ressalte-se que o
período de incubação da doença pode variar de 7 meses a 10 anos.

3. Incidência e Prevalência
A meta de eliminação da hanseníase, com base no coeficiente de prevalência pontual, foi
substituída pelo coeficiente de detecção de casos novos (coeficiente de incidência), que
mede a força e magnitude da endemia. Este mesmo indicador, calculado para a população
de 0 a 14 anos, indica a presença de focos ativos da infecção e transmissão recente, em
geral envolvendo focos domiciliares de áreas com alta endemicidade, pelo que sua redução
tornou-se prioritária para a atual política de controle da doença no país.
Os coeficientes de detecção tendem a uma estabilização em todo o país, embora em
patamares ainda muito altos nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste.

4. Classificação e evolução

OPERACIONAL CLASSIFICAÇÃO DE CID-10


MADRI
Paucibacilares • Indeterminada (HI) A30.0
(Até 5 lesões • Tuberculóide (HT) A30.1
cutâneas)

• Dimorfa Tuberculóide A30.2


(HDT)
• Dimorfa (HD) A30.3
Multibacilares
• Dimorfa Virchowiana A30.4
(Mais de 5 lesões
(HDV)
cutâneas)
• Virchowiana (HV) A30.5
• Outras formas (*) A30.8
• Não especificada (*) A30.9
(*)Na prática, pouco utilizadas.

Evolução da hanseníase
CONTÁGIO

Período de Incubação CURA ESPONTÂNEA


7 meses a 10 anos

• FORMA
INDETERMINADA

• DIMORFA TUBERCULÓIDE • NÃO ESPECIFICADA


• TUBERCULÓIDE • DIMORFA • VIRCHOWIANA
• OUTRAS FORMAS
• DIMORFA VIRCHOWIANA

5. Diagnóstico clínico

O diagnóstico de hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, baseado na


história, nas condições de vida do indivíduo e no exame dermatoneurológico. Este último
objetiva identificar lesões ou áreas de pele com diminuição ou perda da sensibilidade,
comprometimento de nervos periféricos, com ou sem espessamento, além de alterações
sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas.
Casos com suspeita de comprometimento neural puro, sem lesão cutânea, e os que
apresentam área com alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem lesão cutânea
evidente requerem avaliação em unidades de saúde de maior complexidade para a
confirmação diagnóstica.

5.1 - Sinais e sintomas:


• Hanseníase Indeterminada (HI) – manchas hipocrômicas com alteração de
sensibilidade ou, simplesmente, áreas de hipoestesia na pele. Paucibacilar, com até 5
lesões localizadas em qualquer área do tegumento. Frequentemente, cursa apenas
com alteração da sensibilidade térmica, sem outras alterações sensitivas. Acomete
ramificações nervosas cutâneas, sem comprometimento de troncos nervosos.
• Hanseníase Tuberculóide (HT) – lesões bem delimitadas, em placas ou anulares, com
bordas papulosas e áreas eritematosas ou hipocrômicas, anestésicas. Também
paucibacilar, com até 5 lesões) distribuídas assimetricamente, com crescimento
centrífugo lento, levando à atrofia no interior da lesão.
• Hanseníase Dimorfa (HDT, HD, HDV) – instabilidade imunológica, resultando em
manifestações clínicas variadas, sejam em pele, nervos ou no comprometimento
sistêmico.
Multibacilar, com mais de 5 lesões cutâneas mesclando aspectos de HT e HV, ora com
predominância de uma, ora com predominância da outra. Manifestam-se como placas
eritematosas, manchas hipocrômicas com bordas ferruginosas, manchas eritematosas
ou acastanhadas com limite interno nítido e limites externos imprecisos, placas
eritemato-ferruginosas ou violáceas, com bordas internas nítidas e limites externos
difusos.
A presença de infiltração assimétrica da face, dos pavilhões auriculares e lesões no
pescoço e nuca, sugerem fortemente esta forma clínica.
Cursa com lesões neurais precoces, assimétricas que, com frequência, levam a
deficiências físicas.
• Hanseníase Virchowiana (HV) – Manifesta-se em indivíduos com baixa imunidade
celular contra o Mycobacterium leprae. Multibacilar, com mais de 5 lesões na pele, que
se apresenta com aspecto brilhante, xerótico, apergaminhado e com tonalidade
semelhante ao cobre. As lesões são papulares, nodulares e maculares.
Caracteriza-se por infiltração progressiva e difusa da pele (mais acentuada em face,
membros e pavilhões auriculares), mucosas das vias aéreas superiores, olhos,
testículos, nervos, podendo afetar linfonodos, fígado e baço. Cursa com rarefação de
pelos nas áreas afetadas, inclusive com perda de cílios e supercílios (madarose).
O comprometimento mucoso resulta, precocemente, em rinite posterior e, mais
tardiamente, em destruição das abas e/ou do septo nasal.

5.2 Neuropatia hansênica:


• deficiências sensitivas ou sensitivo-motoras, levando a deformidades e incapacidades,
que podem resultar em sequelas definitivas;
• o acometimento dos nervos periféricos pode se dar antes, durante ou após o tratamento;
• a gravidade está diretamente relacionada com a resposta imune celular de cada
indivíduo e à agudização durante os episódios reacionais;
• mais frequente nas formas multibacilares, piorando com a evolução da doença e
aumento da idade do paciente;
• podem acometer ramos nervosos cutâneos ou troncos nervosos, manifestando-se como
mono ou polineuropatias;
• neuropatia silenciosa pode se instalar sem sintomas álgicos e/ou intumescência;
• neuropatia recorrente caracteriza-se por episódio de neurite periférica aguda, após
período sem qualquer sinal ou sintoma, maior que três meses, subsequente à
interrupção do tratamento;
• formas agudas e subagudas envolvem neurites com menos de três meses de evolução;
• formas crônicas evoluem com mais de três meses de duração e os sinais e sintomas
inflamatórios geralmente reaparecem dentro do período de três meses seguintes ao
término do tratamento;
• neuralgia pode ocorrer durante os processos inflamatórios, associados ou não à
compressão neural, ou então decorrer de sequela da neurite (dor neuropática), sendo
importante a distinção entre ambas, uma vez que implicam tratamentos diferenciados;
• ao exame físico da neurite aguda observa-se hipersensibilidade importante, com dor
intensa, espontânea ou desencadeada pela palpação;
• o comprometimento das fibras autonômicas resulta em diminuição/perda da sudorese e
consequente ressecamento da pele;
• a perda da sensibilidade ao frio, ao calor, à dor e, mais tardiamente, também ao tato, se
deve ao acometimento das fibras cutâneas dos nervos periféricos;
• a perda de todas as formas de sensibilidade (frio, calor, dor, tato, parestesia e posição
segmentar), bem como o surgimento de paresia, paralisia e atrofia muscular, se devem
a acometimento de tronco(s) nervoso(s) periférico(s), com distúrbios sensitivos,
autonômicos e motores no(s) segmento(s) afetado(s);
• os principais troncos nervosos periféricos acometidos na hanseníase são:
- face - trigêmeo e facial, com comprometimento de face, olhos e nariz;
- braços - radial, ulnar e mediano, com comprometimento de mãos;
- pernas - fibular comum e tibial posterior, com comprometimento dos pés.
• as alterações sensitivas ou sensitivo-motoras podem também se dever ao
espessamento dos nervos, apenas por edema, sendo passíveis de reversão;
• o diagnóstico precoce e a pronta instituição da poliquimioterapia (PQT) constituem as
principais medidas para prevenção da instalação de incapacidades e deficiências.

5.2.1 - Avaliação da integridade da função neural


NARIZ

COMPROMETIMENTO

MOTOR
(movimento
ativo e/ou
contra CONSEQUÊNCIAS
NERVOS AUTONÔMICO SENSITIVO resistência) E/OU SEQUELAS

Nervo facial Nervo Nervo Ressecamento e


Ressecamento trigêmio facial úlceras da mucosa
( Diminuição Redução da nasal
secreções). da força da Perfuração do septo
Facial e sensibilidade musculatura Desabamento da
Trigêmio nasal nasal pirâmide nasal.

OLHOS

COMPROMETIMENTO

MOTOR
(movimento
ativo e/ou
contra CONSEQUÊNCIAS
NERVOS AUTONÔMICO SENSITIVO resistência) E/OU SEQUELAS
Nervo facial Nervo Nervo Lagoftalmo
Ressecamento trigêmio facial (fenda palpebral)
( produção de Diminuição Redução da Ectrópio
lágrima) da força da Triquíase
sensibilidade musculatura Opacidade
da córnea ocular. corneana central
Catarata
Acuidade visual
menor que 0,1 ou
não conta dedos a
6 m de distância
Facial e Hiperemia ocular
Trigêmio Úlceras de córnea

MEMBROS SUPERIORES

COMPROMETIMENTO

MOTOR
(movimento
ativo e/ou
contra CONSEQUÊNCIAS
NERVOS AUTONÔMICO SENSITIVO resistência) E/OU SEQUELAS

Radial e Diminuição
Dor no trajeto dos
Radial ou ausência Extensão do
nervos
Cutâneo de punho
Espessamento dos
Diminuição da sensibilidade Extensão do
nervos
sudorese e no dorso da dedos
Mão caída
oleosidade, com mão (entre Extensão do
Atrofia da região
ressecamento polegar e polegar
dorsal do antebraço
da pele. indicador).
Ulnar Dor no trajeto do
nervo,
Diminuição
especialmente no
ou ausência
cotovelo
de
Abdução e Espessamento do
sensibilidade
adução dos nervo
na parte
dedos Garra ulnar (4º e 5º
medial do
(avaliar 2º e dedos)
antebraço e
5º dedos) Atrofia do 1°
mão, assim
Adução do espaço
como, no 5º
polegar interósseo e
dedo e
Posição região
metade do 4º
intrínseca hipotenar
dedo
da mão (4º e Diminuição da força
5º dedos) de pinça (polegar).

Diminuição
ou ausência
de Dor no trajeto do
sensibilidade nervo,
na parte especialmente no
lateral do punho
antebraço, Espessamento do
palma da nervo
mão Abdução e Garra do mediano
(região oponência (polegar, 2º e 3º
tenar), do polegar dedos)
1º , 2º ,3º Posição Atrofia da região
dedos e intrínseca tenar
metade do 4º da mão (2º e
Mediano dedo 3º dedos)
MEMBROS INFERIORES

COMPROMETIMENTO

MOTOR
(movimento
ativo e/ou
contra CONSEQUÊNCIAS
NERVOS AUTONÔMICO SENSITIVO resistência) E/OU SEQUELAS

Fibular Diminuição da Nervo fibular Dor na perna,


comum e sudorese e profundo sobretudo em
ramificações oleosidade, com Diminuição Extensão do região poplítea
ressecamento ou ausência hálux e demais Espessamento do
da pele. de dedos nervo fibular
sensibilidade Dorsiflexão do comum
na parte pé Pé caído
lateral da Nervo fibular Atrofia da
perna e superficial musculatura lateral
dorso do pé. Eversão do pé e anterior da perna

Tibial Parestesia plantar


posterior Flexão plantar Espessamento do
do pé nervo
Diminuição (metatarsianos) Garra dos artelhos
ou ausência Flexão do hálux Atrofia da
de Abdução e musculatura da
sensibilidade adução do planta do pé.
em região hálux e artelhos Mal perfurante
plantar plantar
5.2.3.1 - Gradação da força muscular

Forte 5 Realiza o movimento completo contra a gravidade,


com resistência máxima

4 Realiza o movimento completo contra a gravidade,


com resistência parcial
Diminuída
3 Realiza o movimento completo contra a gravidade

2 Realiza o movimento parcial

1 Contração muscular sem movimento


Paralisada
0 Paralisia (nenhum movimento)
Fonte: Adaptado de MS,SVS,2009; MS,SVS,SAS,2009; LEHMAN et
al,1997.
5.2.4 – Pesquisa de espessamento dos nervos
Nervo Radial e Radial
Cutâneo Nervo Ulnar Nervo Mediano

Nervo Fibular Comum Nervo Tibial Posterior

5.3 - Diagnóstico dos Estados Reacionais ou Reações Hansênicas: (MS, SVS, 2009;
INSS, DIRBEN, 2007)
Tratam-se de alterações imunológicas exteriorizadas como processos inflamatórios
agudos e subagudos, que podem ocorrer antes, durante ou depois do tratamento
poliquimioterápico-PQT, tanto em casos paucibacilares, como multibacilares.
A ocorrência dessas reações não contraindica o início da PQT, não implica sua
interrupção e não indica reinício após alta.
São fatores desencadeantes: infecções intercorrentes, anemia, cárie e doença
periodontal, vacinação, terapias e alterações hormonais (gravidez, menstruação,
puerpério); medicamentos iodados, estresse físico e emocional.
As reações são de dois tipos:

5.3.1 - Reação tipo 1 (reação reversa)


Pode ocorrer antes de iniciar o tratamento ou, mais frequentemente, nos seis
primeiros meses de poliquimoterapia, tanto nos casos paucibalares como multibacilares.
Em alguns casos surgem após a conclusão do tratamento, porém raramente após 5 anos
da alta medicamentosa.
As neurites podem ser as únicas manifestações clínicas.
Tende a regredir em um período de 3 a 6 meses, podendo durar 1 ano ou mais em
indivíduos multibacilíferos . Se não tratada, pode resultar em danos permanentes para a
função neural.

5.3.2 - Reação tipo 2 (eritema nodoso hansênico)


Observada nas formas virchowiana e dimorfa, geralmente durante os três primeiros
anos após o início da poliquimioterapia, embora também possa ocorrer antes do seu início
ou até cinco anos após seu término.
A lesão típica é o eritema nodoso, caracterizado por lesões eritematosas, dolorosas,
de tamanhos variados, incluindo pápulas e nódulos, localizadas em qualquer região da pele.
Em alguns casos, o quadro reacional evolui com neurite, orquite, irite, iridociclite, artrite,
mão e pé reacionais, linfadenite, proteinúria e dano hepático, geralmente acompanhados
por febre e mal estar.

6 - Diagnóstico Laboratorial (MS,SVS,2009; UNICAMP, 2010)


6.1 - Exame baciloscópico – embora o diagnóstico de Hanseníase seja
essencialmente clínico e epidemiológico, a baciloscopia de pele (esfregaço
intradérmico), quando disponível, pode ser utilizada para a classificação dos casos
como pauci ou multibacilares. Quando negativa, não exclui o diagnóstico de
hanseníase, mas, quando positiva, permite classificar o caso como multibacilar,
independente do número de lesões presentes.
6.2 - Exame histopatológico – indicado como suporte para a elucidação
diagnóstica e também em pesquisas. Os bacilos de Hansen são vistos isoladamente
ou em aglomerados chamados globias no citoplasma dos macrófagos (células de
Virchow). A formação de globias é exclusiva da hanseníase virchowiana.
7 - Diagnóstico diferencial (MS,SVS,2009)

As principais dermatoses que se assemelham a algumas formas e reações


hansênicas, exigindo diferenciação segura, são: eczemátides, nevo acrômico, pitiríase
versicolor, vitiligo, pitiríase rósea de Gibert, eritema solar, eritrodermias e eritemas difusos
vários, psoríase, eritema polimorfo, eritema nodoso, eritemas anulares, granuloma anular,
lúpus eritematoso, farmacodermias, fotodermatites polimofas, , pelagra, sífilis, alopécia
areata (pelada), sarcoidose, tuberculose, xantomas, hemoblastoses, esclerodermias,
neurofibromatose de Von Recklinghausen.

8.1 - Reações adversas aos quimioterápicos (MS,SVS,2009; INSS,DIRBEN,2007)


CLOFAZIMINA

Cutâneos Gastrintestinais Outros

Hiperpigmentação da pele e Redução da secreção


das lesões, podendo chegar Náuseas, vômitos e lacrimal, coloração
ao cinza escuro ou preto, diarréias, dor abdominal avermelhada da
acentuadas pela a exposição sugerindo obstrução urina, suor e lágrimas
solar prolongada (lenta intestinal (inflamação do
regressão após o término do intestino delgado terminal,
tratamento), por depósito de cristais de
fotossensibilidade, redução da clofazimina)
sudorese
DAPSONA

Cutâneos Gastrintestinais Hematológicos Outros

Icterícia, Cefaléia, insônia,


anorexia, nervosismo,
Anemia hemolítica
Síndrome náuseas, confusão mental,
(mais grave nos
de Stevens- vômitos e dor desorientação,
deficientes de G-6-PD),
Jonhson, abdominal alucinações,
leucopenia,
eritrodermia dispnéia,
metahemoglobinemia,
ou taquicardia,
agranulocitose, choque
dermatite fadiga,
esfoliativa desmaios
RIFAMPICINA

Cutâneos / Gastrintestinais Hematológicos Outros


Mucosos

Mal-estar Trombocitopenia, Síndrome pseudo-


abdominal, púrpuras, gripal, mialgia,
náuseas, epistaxes, artralgia, coloração
Prurido, erupção vômitos, hemorragias vermelhoalaranjada
cutânea, rubor diarréias, uterinas e da urina (não
(face e pescoço), anorexia, gengivais, anemia confundir com
hiperpigmentação icterícia, hemolítica, choque, hematúria), escarro
conjuntival (não elevação de nefrite intersticial, (não confundir com
confundir com bilrrubinas e necrose tubular hemoptóicos), fezes,
icterícia) transaminases aguda, saliva, suor e lágrimas

TALIDOMIDA

Genéticas Gastrintestinais Hematológicos Outros

Teratogenicidade Constipação Linfocitopenia Sonolência, edema


intestinal unilateral de membros
inferiores, secura de
mucosas, neuropatia
periférica

CORTICOSTERÓIDES

Infecciosos Gastrointestinais Metabólicos Outros

Estrongiloidíase Gastrite, úlcera Hipertensão


disseminada, péptica Redução de sódio e arterial,
tuberculose potássio, hiiperglicemia, psicoses
disseminada, osteoporose e síndrome de
agravamento de Cushing por alteração no
infecções latentes, metabolismo do cálcio
acne cortisônica
8.2 - Tratamento cirúrgico (MS,SVS,2009; INSS,DIRBEN,2007)
Indicado em casos de neurite, para reduzir ou solucionar a compressão do tronco neural
periférico, por estruturas anatômicas adjacentes, depois de esgotados todos os recursos
clínicos.
• Descompressão neural cirúrgica em:
- abscesso de nervo;
- não resposta ao tratamento clínico padronizado para neurite, em quatro semanas;
- neurites subentrantes (resposta ao tratamento com corticosteróides, com
recrudescimento tão logo se retire ou reduza a dose do medicamento);
- neurite do nervo tibial, por ser silenciosa e não responder bem ao tratamento com
corticóide.
• Cirurgia de reabilitação:
- em casos com incapacidade instalada, apresentando mão em garra, pé caído,
lagoftalmo, madarose superciliar, desabamento da pirâmide nasal, queda do lóbulo
da orelha ou atrofia cutânea da face;
- os casos elegíveis deverão encaminhados para centros de referência de alta
complexidade, desde que tenham completado o tratamento poliquimioterápico e
estejam há pelo menos um ano sem apresentar estados inflamatórios reacionais.

8.3 - Tratamento de casos especiais: (MS,SVS,2009; INSS,DIRBEN,2007)


• Gestação e aleitamento materno não contraindicam a poliquimioterapia da hanseníase,
segura tanto para a mãe como para a criança.
• Na associação com tuberculose, utilizam-se os tuberculostáticos, acrescidos dos
quimioterápicos para hanseníase, da seguinte forma:
- dapsona para paucibacilares;
- dapsona + clofazimina para multibacilares;
- esquema substitutivo próprio para casos em que a rifampicina esteja contraindicada;
- casos cujo esquema para tuberculose não contenha a rifampicina, utilizar
integralmente o esquema preconizado para tratamento da hanseníase.
• Na associação com HIV / AIDS:
- preconiza-se manter o esquema poliquimioterápico indicado para a hanseníase;
- a rifampicina, na dose utilizada (600mg/mês), não interfere nos inibidores de
protease usados no tratamento da AIDS.
• Associação com outras doenças (hepáticas, renais, hematológicas e outras):
- discutir com especialistas das áreas a escolha do melhor esquema terapêutico para
tratar a hanseníase.
9 - Critérios de encerramento ou reencaminhamento dos casos: (MS,SVS,2009;
INSS,DIRBEN,2007)
• alta terapêutica após encerramento da poliquimioterapia com o número de doses e
tempo de tratamento preconizados e realização de exame dermatoneurológico de
controle;
• casos multibacilares sem melhora clínica, ao final do tratamento com todas as doses
preconizadas, deverão ser encaminhados para unidades de maior complexidade, para
verificar a necessidade de um segundo ciclo de tratamento;
• quando os períodos de tolerância máximos para tratamento forem ultrapassados ( 9
meses para paucibacilares e 18 meses para multibacilares), os casos deverão ser
encaminhados para unidades de maior complexidade para avaliar necessidade de
retratamento;
• casos de recidiva são raros e geralmente ocorrem em período superior a cinco anos
após a cura. Neste sentido, todo caso suspeito de recidiva deverá ser encaminhado à
unidade de referência para investigação e confirmação diagnóstica que, posteriormente,
poderá contrarreferenciá-lo para tratamento e acompanhamento em uma unidade
básica;
• a presença de reações e sequelas não impedem a alta.

Parte II - Considerações Médico-Periciais na Hanseníase


O potencial incapacitante da hanseníase está relacionado principalmente à presença
de neurites, incapacidades funcionais e/ou deformidades.
Neste sentido, a incapacidade laborativa, quando presente, decorre muito mais da
intensidade das manifestações dermatoneurológicas, do que do diagnóstico propriamente
dito. Em grande parte das vezes, a hanseníase pode ser tratada sem necessidade de
afastar o indivíduo de suas atividades. Em que pese o potencial estigmatizante da doença,
afastamentos desnecessários ou prolongados podem contribuir para reforçar o preconceito.
O estabelecimento ou prorrogação de prazos de afastamento, em razão de maiores
exigências físicas na atividade laborativa, está na dependência da intensidade das
manifestações clínicas, tolerância aos fármacos, estado geral do indivíduo, extensão das
sequelas e atividade exercida.
Cabe advertir que surtos reacionais podem ser frequentes durante o tratamento ou
mesmo após a cura, podendo durar meses e acarretar incapacidade temporária.
Em geral, após o total clareamento imunológico da doença, o indivíduo recupera a
capacidade laboral, salvo nos casos que evoluem para sequelas incapacitantes, inelegíveis
para reabilitação.
O Programa de Controle de Hanseníase dos municípios alimenta e tem acesso ao
banco de dados do SINAN (Sistema Nacional de Agravos de Notificação), para consulta a
qualquer tempo. Neste sistema são registrados todos os casos da doença e recidivas, com
tratamento em curso. As formas reacionais, a presença de sequelas e reações adversas
à poliquimioterapia, embora não sejam registradas no SINAN, o são nos cadastros internos
dos referidos programas municipais.
Pelo exposto, quando o requerente fizer jus a benefícios previdenciários ou
assistenciais, uma das condições para a concessão e manutenção, atendidos os demais
critérios técnicos e legais, deve ser o cadastro e tratamento regular no Programa de
Controle de Hanseníase e/ou serviços por ele referenciados, passíveis de serem
confirmados através da SIMA (Solicitação de Informações ao Médico Assistente).

Considerações gerais
A função básica da perícia médica do INSS/MPS é a avaliação da incapacidade
laborativa e intercorrências restritivas ao bem estar fisico, psíquico e social, decorrentes de
doença ou agravo, para fins de concessão de benefícios previdenciários, acidentários,
assistenciais ou indenizatórios, dentro das previsões legais, regulamentares e normativas,
pertinentes a cada modalidade de benefício.
O diagnóstico, tratamento e prevenção são competências de outras esferas de
governo, instituições e serviços, com os quais uma boa interface permite a obtenção de
informações que não só facilitam, como tornam mais justas as decisões.
No que tange a requerentes com Hanseníase, a principal interação da Perícia Médica
deve se dar em âmbito local, através da SIMA (Solicitação de Informações ao Médico
Assistente), com a rede de profissionais de referência dos Programas Municipais de
Controle da Hanseníase, nos quais os indivíduos se encontram cadastrados e sob
acompanhamento.
A incapacidade laborativa, para fins de estabelecimento ou prorrogação de prazos
de afastamento, está na dependência do estado geral, intensidade do quadro clínico,
presença de estados reacionais ou sequelas, efeitos adversos medicamentosos e
exigências físicas para a atividade exercida.
2 – Evitando o preconceito e a discriminação
Tal cuidado busca atender a um dos objetivos fundamentais da Constituição da
República Federativa do Brasil, artigo 3º, inciso IV, que é o de promover o bem de todos,
sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação. A Hanseníase é hoje uma condição tratável e curável, porém, infelizmente,
carrega ainda o peso do estigma de séculos passados, pelo que sugere-se especial
atenção, no sentido de evitar quaisquer atitudes que possam reforçar essa condição.
Ações simples como manusear documentos e comprovantes médico-hospitalares
trazidos pelo requerente, sem receios infundados por parte de todos os profissionais
envolvidos com o atendimento, representam pequenos detalhes que fazem grande
diferença. Na mesma linha de raciocínio, o exame médico-pericial feito em sua plenitude
contribui não só para quebrar o estigma, como também avaliar corretamente a presença de
incapacidade/invalidez para a decisão sobre o direito ao benefício requerido.
3 – Principais aspectos a serem considerados na avaliação da incapacidade ou
invalidez:
− as diferentes formas de apresentação e graus de comprometimento pela doença e/ou
estados reacionais podem representar um largo espectro que vai da ausência de
incapacidade à completa invalidez;
− eventualmente, efeitos colaterais medicamentosos podem ocasionar incapacidade
temporária;
− excepcionalmente, questões de ordem psicossocial associadas ao diagnóstico podem
também ocasionar incapacidade temporária.
4 – Informações médico-assistenciais relevantes:
− manifestações clínicas atuais e pregressas;
− local de tratamento clínico e esquema terapêutico instituído;
− fatores psicossociais adicionais e potencialmente agravantes para o quadro.
5 – Dados objetivos do exame físico médico pericial:
− Alterações ao exame dermatológico, neuromusculoesquelético, nasal e ocular, conforme
sinais e sintomas descritos detalhadamente na Parte I deste capítulo.
6 – Conduta médico-pericial na Hanseníase
O quadro abaixo procura sistematizar as possíveis conclusões médico-periciais
frente às principais situações clínico-laboratoriais envolvendo requerentes com
Hanseníase.
AUSÊNCIA DE
Ausência de manifestações clínicas incapacitantes e de efeitos
INCAPACIDADE
adversos pela poliquimioterapia.
E/OU
( qualquer das formas, desde que sem comprometimento de
INVALIDEZ
tronco nervoso, ainda que apresente alteração de sensibilidade
Conclusão =
térmica, dolorosa e tátil )
T1
Ausência de manifestações clínicas da doença, porém com
efeitos adversos incapacitantes pelo esquema terapêutico (
qualquer das formas ) = 30 a 60 dias, na dependência da
intensidade dos efeitos.
Doença em atividade, em qualquer das formas clínicas, com
comprometimento de tronco nervoso = 90 dias ou mais, na
dependência da atividade exercida.
DATA DA Formas reacionais, tipo 1 ou 2 = 90 dias, na dependência da
CESSAÇÃO DO intensidade e resposta ao tratamento.
BENEFÍCIO – Doença em atividade, com ocorrência de deformidade(s),
DCB independente da forma clínica = 1 ano (de modo a garantir,
Conclusão = além do tratamento específico, a implementação de todas as
T2 medidas necessárias à prevenção de incapacidades).

Indicada para casos com residual


laborativo, em que as sequelas
impeçam a manutenção na mesma
atividade, em razão das exigências
físicas do trabalho, mas possibilitem
o exercício de outras.
REABILITAÇÃO Encaminhar para
Esses indivíduos têm direito a ocupar
PROFISSIONAL reabilitação
a reserva de vagas no mercado de
(RP) profissional
trabalho, como pessoas com
deficiência (na dependência do
enquadramento ou não nas condições
previstas nos Decretos 3.298/99 e
5.296/04), ou como reabilitados pela
Previdência Social.

Afastamento por 2
Casos com grave comprometimento anos, sujeito à
funcional, passível de resposta ao homologação
REVISÃO EM
esquema terapêutico e outras superior e reavaliação
DOIS ANOS
intervenções, com possibilidade de no limite, para
(R2)
retorno à mesma atividade ou à conclusão do
atividade diversa, a longo prazo. caso ( DCB, RP ou LI
), na dependência de
sua evolução no
período.

LIMITE Aposentadoria por


Casos com grave comprometimento
INDEFINIDO invalidez, sujeita à
funcional, sem perspectiva de
(LI) homologação superior
remissão com tratamento clínico e/ou
e,
cirúrgico disponíveis e considerados
conforme previsão
inelegíveis para reabilitação
legal, à revisão em 2
profissional.
anos.

ISENÇÃO DE A data do início da doença (DID) deve ser fixada no surgimento


CARÊNCIA das manifestações que levaram à busca por atendimento médico.
Se essa

iniciativa foi tardia, mas existirem elementos comprobatórios


inequívocos das primeiras manifestações clínicas, se possível
documentais, essas podem ser consideradas para a fixação
da DID.
A data do início da incapacidade (DII) será fixada no momento
em que as manifestações dermatológicas e/ou neurológicas
passaram a impedir o exercício das funções laborativas.
Para fins de isenção de carência, a DID e DII devem recair no
2º dia do primeiro mês da filiação, para que o requerente
tenha direito ao benefício, ou seja, é necessário que o
acometimento pela doença e a incapacidade tenham se dado
após a filiação ao Regime Geral de Previdência Social.
Fundamentação: art. 26 inciso II da Lei 8.213-91; art. 30 inciso
III do Dec. 3048-99.
Casos que evoluam com grave sequela, tanto ocasionada
ACRÉSCIMO DE pela doença, como por outras complicações, desde que
25% passível de enquadramento em qualquer dos itens constantes
do Anexo I do Decreto 3.048/99. Dificilmente as sequelas
causadas exclusivamente pela hanseníase serão passíveis
de enquadramento para a percepção desse acréscimo.

A hanseníase não consta como doença profissional ou


relacionada com o trabalho, nas listas A, B e C do anexo II do
Regulamento da Previdência Social, Decreto 3.048/99, para
fins de reconhecimento das diferentes modalidades de nexo
técnico previdenciário(*). No entanto, precedendo a lista B,
consta a seguinte nota: “As doenças e respectivos agentes
etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional
listados são exemplificativos e complementares”. Além
disso, na relação de “Agentes patogênicos causadores de
doenças profissionais ou do trabalho, conforme previsto no
art.20 da lei nº 8.213, de 1991”, que encabeça o anexo II,
consta o gênero Mycobacterium (item XXV.1), sem menção
da espécie, em correspondência a
“trabalhos que contém o risco”, dentre os quais incluem-se
“hospital, laboratórios e outros ambientes envolvidos no
NEXO TÉCNICO
tratamento de doenças transmissíveis”.
PREVIDENCIÁRIO
Assim, em situações de exposição sistemática e prolongada
nos mencionados locais de trabalho, que excepcionalmente
levem ao adoecimento em razão das condições imunitárias do
profissional, existe a possibilidade de caracterização do nexo,
com base na fundamentação acima e também na previsão
legal para casos não previstos na citada relação (art.20, § 2º
da Lei
8.213/91 ”Em caso excepcional, constatando-se que a
doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste
artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é
executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência
Social deve considerá-la acidente do trabalho), desde que
também atendida outra exigência da mesma lei (Art. 20, § 1º
“Não são consideradas como doença do trabalho: .... c) a que
não produza incapacidade laborativa; ...”).
A análise para estabelecimento do nexo técnico
previdenciário está restrita aos benefícios concedidos a
segurados empregados, exceto os domésticos, a
trabalhadores avulsos e a segurados especiais, sendo que
estas duas últimas categorias não se enquadram na
fundamentação acima.
( ) * Destaque-se que a hanseníase também não faz parte
da lista de “Doenças infecciosas e parasitárias
relacionadas ao trabalho”, estabelecida pela Portaria/MS
n.º 1.339/1999, do Ministério da Saúde.

AUXÍLIO- Caso haja, excepcionalmente, estabelecimento de nexo técnico


ACIDENTE previdenciário por longa exposição no trabalho de um
profissional de saúde e a doença evolua com sequela passível
de enquadramento em um dos quadros do anexo III do Decreto
3.048/99, fica configurado o direito ao auxílio-acidente(*).
Ressalte-se que é uma situação excepcionalíssima, tendo em
vista a necessidade de conjugação de vários fatores pouco
prováveis, uma vez que, dificilmente um
profissional de saúde, exposto por longa data no trabalho,
deixaria de ter o diagnóstico, tratamento e prevenção de
sequelas instituídos precocemente.
( ) * Benefício indenizatório por sequela, também restrito a
segurados empregados, exceto os domésticos, a
trabalhadores avulsos e segurados especiais.
Proventos decorrentes de afastamento por incapacidade
temporária (auxíliodoença) e de indenização por sequela
(auxílio-acidente de qualquer natureza) no Regime Geral de
Previdência Social isentam de imposto de renda,
independentemente do diagnóstico.
A hanseníase faz parte da lista de doenças que isentam do
imposto de renda os proventos decorrentes de aposentadoria
ou reforma, devendo, no entanto, ser comprovada mediante
laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos municípios, que deve fixar
o prazo de validade do laudo pericial, no caso de moléstias
passíveis de controle.
ISENÇÃO DE Prevista mesmo nos casos em que a doença tenha sido
IMPOSTO DE contraída após a aposentadoria ou reforma do requerente.
RENDA Como ponto de corte para considerá-la sob controle, é
razoável estabelecer o prazo de até 9 meses para
paucibacilares, até 18 meses para multibacilares, podendo-
se estender, excepcionalmente, até 2 anos, nos casos com
resistência à poliquimioterapia. Períodos maiores, de até 5
anos, contados a partir do término do tratamento específico,
poderão ser considerados para casos reacionais. Indivíduos
com sequelas definitivas incapacitantes, em decorrência da
doença, são passíveis de isenção por tempo indeterminado.
De qualquer forma, considerando o perfil socioeconômico e
epidemiológico da população acometida pela hanseníase,
poucos serão demandantes desta modalidade de isenção.
Fundamentação: Lei nº 7.713-88; a IN SRF nº 15/01.
O diagnóstico de hanseníase, por si só, não confere o direito.
Este se restringe a casos com renda per capita familiar inferior
a ¼ de salário mínimo, associada à presença de deficiência
funcional moderada a completa que, frente a barreiras
diversas, que gerem impedimentos de longo prazo (2 anos ou
mais) decorrentes da síndrome e/ou suas comorbidades, com
limitação para o desempenho de atividades e restrição à
participação social.
Casos de hanseníase com deficiência funcional leve ou
Benefício de ausente não fazem jus ao benefício, mesmo na presença de
Prestação barreiras que limitem o desempenho de atividades e
Continuada (BPC) restrinjam a participação social.
A avaliação social e médico pericial é realizada através de
instrumentos específicos aprovados pela Portaria Conjunta
MDS/INSS, nº 1, de 24/05/2011, que disciplina a matéria e
estabelece os critérios para a concessão do benefício.
Fundamentação: Lei 8.742/93 (alterada pela Lei 12.435/11),
Decreto 6.214/07 (alterado pelo Decreto 6.564/08) e
Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência e
seu Protocolo Facultativo, aprovados pelo Decreto Legislativo
nº 186/2008 e promulgados pelo Decreto nº 6.949/2009.
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