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CURRÍCULO REFERÊNCIA
DE
LÍNGUA PORTUGUESA
Ensino Fundamental

6º ao 9º Ano
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APRESENTAÇÃO

A atual realidade social, no que tange a industrialização e urbanização de uso


da escrita e dos meios de comunicação eletrônicos tem exigido dos estudantes cada
vez mais a necessidade de inserção neste crescente mundo do conhecimento. O eixo
dessa discussão centra-se principalmente no domínio da leitura e da escrita com foco
no desenvolvimento das diferentes linguagens.
Devido a isso, objetiva-se estimular os estudantes a utilizarem a linguagem nas
mais variadas situações de uso e manifestações, visto que o domínio da língua
materna nessa perspectiva é fundamental para que se possa adquirir o conhecimento
também nas demais áreas.
O Currículo Referência de Língua Portuguesa da Rede Pública Municipal de
Ensino – Açailândia - MA, destinado aos Anos Finais do Ensino Fundamental, ou seja,
do 6º ao 9º ano, foi elaborado com o objetivo de ser um instrumento pedagógico
facilitador nesse processo, em que se tem ainda a intenção de abandonar práticas
pautadas na mera transmissão de conhecimentos gramaticais, que se afastam da
realidade vivenciada por nossos alunos.
Almeja-se, que as proposições no ensino da Língua, aqui apresentadas
possam fortalecer o fazer didático na sala de aula, tornando prazeroso o ato de
aprender e que os estudantes sejam vistos como sujeitos capazes de mudar a sua
realidade, minimizando as desigualdades sociais e assim favorecendo a construção
de uma sociedade mais justa.
Assim sendo, deve-se enfatizar as contribuições significativas dessa proposta
para o aprendizado dos discentes, como também para o aperfeiçoamento das práticas
de ensino. Para tal ação, é que se apresenta esse suporte pedagógico voltado para o
aprimoramento do processo de ensino e aprendizagem por meio de aulas
significativas associadas às práticas sociais dos educandos.

“A linguagem é inseparável do homem, segue-o em todos os seus atos”.


( Louis Hjelmslev)

Maria de Fátima Ribeiro Barbosa


Técnica em Assuntos Educacionais - Língua Portuguesa
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1 A TRAJETÓRIA, CARACTERIZAÇÃO, PRESSUPOSTOS TEÓRICOS E


METODOLÓGICOS PARA O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA

1.1 A Língua Portuguesa no Ensino Fundamental - Anos Finais

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais:

O domínio da linguagem, como atividade discursiva e cognitiva, e o domínio


da língua, como sistema simbólico utilizado por uma comunidade linguística,
são condições de possibilidade de plena participação social. Pela linguagem
os homens e as mulheres se comunicam, têm acesso à informação,
expressam e defendem pontos de vista, partilham ou constroem visões de
mundo, produzem cultura. (BRASIL, 1998, p.19).

O homem é um ser de linguagens, as quais são partes fundamentais da


cultura humana. Assim, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), 2ª
versão/2016, prevista na Constituição, para o Ensino Fundamental, cabe à área de
Linguagens uma importante tarefa da Educação Básica, que é transversal a todos os
componentes: garantir o domínio da escrita, envolvendo a alfabetização, entendida
como compreensão do sistema de escrita alfabético-ortográfico, e o domínio
progressivo das convenções da escrita, para ler e produzir textos em diferentes
situações de comunicação. A tarefa do letramento, que diz respeito à condição de
participar das mais diversas práticas sociais permeadas pela escrita, abrange a
construção de saberes múltiplos que permitam aos estudantes atuarem nas modernas
sociedades tecnológicas, cada vez mais complexas também em relação às suas
formas de comunicação. Essa atuação requer a autonomia de leitura nos diversos
campos e suportes, como também preparo para produzir textos em diferentes
modalidades, adequados aos propósitos e às situações de comunicação em que os
sujeitos se engajam.
Nesse contexto, dentro da área de linguagens temos o ensino de Língua
Portuguesa, que se propõe a preparar o aluno para lidar com a linguagem em suas
diversas situações de uso e manifestações, inclusive a estética, pois o domínio da
língua materna revela-se ser fundamental para o acesso às demais áreas do
conhecimento. O desenvolvimento do saber linguístico implica: leitura compreensiva
e crítica de textos diversos; produção escrita em linguagem padrão; análise e
manipulação da organização estrutural da língua e percepção das diferentes
linguagens (literária, visual, etc.), como formas de compreensão do mundo.
A partir desses pressupostos, onde se reconhece a importância da linguagem
faz-se necessário ressaltar que historicamente o ensino de Língua Portuguesa até
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meados do século XVIII, tanto no Brasil como em Portugal, limitava-se à alfabetização.


Os poucos que prolongavam a sua escolarização passavam diretamente à
aprendizagem de: gramática latina, retórica e poética. A Reforma feita pelo Marquês
de Pombal, em 1759, torna obrigatório o ensino da Língua Portuguesa. Essa instrução
passa a seguir a tradição do ensino do latim, ou seja, começa a ser vista como o
ensino da gramática do português, porém até o final do século XIX, encontramos ainda
o ensinamento de retórica e da poética.
Gramática, Retórica e Poética eram, pois, as disciplinas nas quais se fazia o
ensino da Língua Portuguesa até o fim do Império. A disciplina de Gramática, ainda
no século XIX, passa a ser chamada “Português”, sendo criado o seu cargo
correspondente: “Professor de Português”.
Mudar de nome, no entanto, não significou modificar o objetivo: essa disciplina
manteve, até a metade do século XX, a tradição da gramática, da retórica e da poética.
Fatores externos levaram à democratização do ensino, tais como: os filhos dos
trabalhadores chegam à sala de aula nas décadas de 50 e 60, mas do ponto de vista
interno, poucas mudanças ocorreram, pois, a língua continuou a ser concebida como
um sistema centrado na gramática vista como um instrumento para atingir fins
retóricos e poéticos.
A pedagogia tecnicista, introduzida no Brasil no início da década de 70, tinha
como proposta o ensino de Língua Portuguesa pautado na visão pragmática e
utilitária, “diminuindo o papel dos conteúdos do conhecimento e pulverizando o caráter
político-filosófico das organizações escolares” (Silva, 2005, p. 23). Ainda nessa
década, estudos de Linguística começam a visitar o ensino de língua materna, em
especial: Sociolinguística, Análise do Discurso, Semântica, Pragmática e Linguística
Textual. Tais teorias serviram para questionar a validade do ensino de gramática, tal
qual se apresentava nas escolas brasileiras e assim começaram a pressionar as
instituições escolares rumo a mudanças significativas, que nem sempre foram
devidamente compreendidas ou aplicadas na sala de aula.
Começa a surgir à preocupação com um ensino organizado a partir de duas
vias inseparáveis: como objeto e como meio para o conhecimento, ou seja, na mesma
medida em que deveria se apresentar como matéria a ser analisada, minuciosamente,
proporcionaria ao sujeito a construção e compreensão de conhecimentos do mundo.
E, por isso mesmo, já não poderia ser pensada de modo fragmentado, como mera
decodificação de conteúdos e reprodução de ideias, desconsiderando as experiências
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de vida de seus interlocutores, não levando em conta seus conhecimentos prévios e


a legitimidade de seu saber, descontextualizando o ensino no exercício mecânico e
repetitivo, desvirtuando a gramática ao valorizar regras específicas em detrimento de
muitas outras existentes.
A partir da década de 1980, o repensar sobre o ensino de Língua Portuguesa
apontou para uma atenção especial ao trabalho realizado nas salas de aula. Nas
discussões curriculares sobre o mesmo, os Parâmetros Curriculares Nacionais, no
final da década de 1990, demonstram uma reflexão acerca dos usos das linguagens
oral e escrita. No entanto, tendem a diluir a abordagem dessa concepção com a
introdução de conceitos poucos reconhecidos pelos professores como: habilidades e
competências, que desvelam a vinculação do currículo ao mercado de trabalho.
Apresentam, assim, a leitura de forma utilitarista e uma abordagem meramente
conceitual da Literatura no Ensino Fundamental.
Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre
o ensino da Língua e Literatura, requerem novos posicionamentos em relação às
práticas de ensino, em que não se separa o estudo da linguagem e literatura, do
estudo referente ao homem em sociedade, pois o mesmo é um ser sociável, que pode
participar ativamente da sua cultura, no mundo em que vive.
Desse modo, sob o ponto de vista das novas perspectivas relacionadas ao
ensino da língua materna, a elaboração do Currículo Referência de Língua
Portuguesa, da Rede Municipal de Ensino – Açailândia – MA, prioriza atividades
metodológicas que considerem as linguagens não somente como formas de
comunicação e expressão, mas como “ferramentas” que auxiliam na significação e na
formação de conhecimentos e valores, visto que são elas as responsáveis pela
concreta manifestação ideológica dos indivíduos e dos grupos sociais. Considerando
tais concepções, pensa-se no desenvolvimento de aulas que instauram os indivíduos
como sujeitos sociais, que não são prontos, mas que se reconstroem discursivamente.
Por essa razão, a escola deve ampliar o domínio linguístico do aluno, pois o mesmo
deve estudar a língua como uma atividade social, sendo espaço de interação entre
pessoas, em um determinado contexto de comunicação, que implica a compreensão
da enunciação como eixo central de todo o sistema linguístico e ainda a importância
do letramento, em função das relações que cada pessoa mantém em seu meio, para
que assim ela seja capaz de participar ativamente da sociedade na qual está inserida.
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1.1.1 Propósitos Gerais do Ensino de Língua Portuguesa

Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC):

Nos anos finais do Ensino Fundamental, os/as estudantes se encontram


diante de mudanças significativas decorrentes da passagem da infância para
a juventude, de desafios escolares de maior complexidade (pensamento
algébrico, categorizações mais sofisticadas) e da participação em novos
campos de atuação. Isso requer uma leitura de mundo mais abrangente e o
contato com gêneros textuais acadêmicos, que circulam em esferas da vida
social nas quais o jovem começa a transitar. (BRASIL, 2015, p.33)

A contribuição da área de linguagens, especialmente da disciplina de Língua


Portuguesa, para os anos finais do Ensino Fundamental requer novas mediações e o
aprofundamento em novos letramentos, visto ser essencial considerar as culturas
juvenis, bem como o contato com as expressões literárias, artísticas e corporais mais
complexas, ampliando o repertório de obras e autores conhecidos e de vivências
significativas com outras línguas e culturas.
As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica apontam a
Língua Portuguesa como componente transdisciplinar, ao afirmar que “o
conhecimento próprio da disciplina [...] está para além dela” (BRASIL, 2013, p. 28).
Através da linguagem – capacidade humana realizada sob a forma de signos verbais,
gestuais, imagéticos, dentre outros – os sujeitos se constituem, constroem
identidades, produzem conhecimento e agem de forma crítica no mundo.
Dessa forma, o presente documento, em consonância com a Base Nacional
Comum Curricular, apresenta os seguintes objetivos gerais para o ensino de Língua
Portuguesa:
 Planejar e realizar intervenções orais em situações públicas e analisar
práticas utilizando diferentes gêneros orais (conversa, discussão, debate,
entrevista, debate regrado, exposição oral), assim como desenvolver escuta
atenta e crítica em situações variadas;
 Planejar, produzir, reescrever, revisar, editar e avaliar textos variados,
considerando o contexto de produção e circulação (finalidades, gêneros,
destinatários, espaços de circulação, suportes) e os aspectos discursivos,
composicionais e linguísticos;
 Desenvolver estratégias e habilidades de leitura - antecipar sentidos e
ativar conhecimentos prévios relativos aos textos, elaborar inferências,
localizar informações, estabelecer relações de intertextualidade e
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interdiscursividade, apreender sentidos gerais do texto, identificar assuntos /


temas tratados nos textos, estabelecer relações lógicas entre partes do texto
que permitam ler, com compreensão, textos de gêneros variados, sobretudo
gêneros literários;
 Valorizar diferentes identidades sociais, lendo a apreciando a literatura
das culturas tradicional, popular, afro-brasileira, africana, indígena e de outros
povos e culturas;
 Refletir sobre a variação linguística, reconhecendo relações de poder na
sociedade, combatendo as formas de dominação e preconceito que se fazem
na e pela linguagem, sobre as relações entre fala e escrita em diferentes
gêneros, assim como reconhecer e utilizar estratégias de marcação do nível
de formalidade dos textos em suas produções;
 Utilizar e analisar diferentes estratégias de coesão e articulação entre
partes do texto tais como os recursos de retomadas (pronominalização,
substituição lexical, uso de palavras de ligação) bem como as palavras e
expressões que marcam a progressão do tempo na narrativa, as que
estabelecem as relações de causalidade, oposição, consequência, explicação
entre acontecimentos e ideias;
 Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações
entre escrita, fala, sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações,
imagens em movimento, grafismos), dentre outras linguagens.

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes


supõem um processo longitudinal de ensino, que se inicia na alfabetização e
consolida-se no decurso da vida acadêmica, não se esgotando no período escolar,
mas estendendo-se por toda a sua vida.
Diante de tal perspectiva, toda a reflexão sobre a Língua, somente tem
sentido se considerar como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem,
presente em atividades que possibilitem, aos alunos e professores, experiências reais
de uso do idioma materno. Os conceitos de texto e de leitura não se restringem à
linguagem escrita, abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da
linguagem verbal com as outras linguagens, percebendo suas práticas sociais e
especialidades.
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No processo de ensino e aprendizagem da língua, assumem-se o texto verbal


e também as outras linguagens, tendo em vista o multiletramento, como unidade
básica, que se manifesta em enunciações concretas, cujas formas se estabelecem de
modo dinâmico com experiências reais de uso do referido idioma.
Quanto maior o contato com a linguagem, na diversidade textual, mais
possibilidades se têm de entender o texto como material verbal carregado de intenções
e visões de mundo.
Segundo Andrade (1995 p. 63), “o trabalho com o texto surge como
possibilidade de mudança, na qual o professor assume uma postura inter locutiva com
seu aluno, construindo um projeto mais arrojado e eficaz para a aprendizagem da
língua escrita”.

1.2 Objetivos de Aprendizagem do Ensino de Língua Portuguesa

Os objetivos de aprendizagem de Língua Portuguesa estão organizados


segundo a Base Nacional Comum Curricular. Assim, no que diz respeito às práticas e
aos conhecimentos de linguagem, os objetivos se formam em cinco eixos. São eles:
apropriação do sistema de escrita alfabético/ortográfico e de tecnologias da
escrita, oralidade, leitura, escrita e análise linguística, sendo este último
transversal aos demais. Esses eixos contribuem para desenvolver o letramento em
todas as áreas do conhecimento, pois é por meio de seu aprendizado que o estudante
poderá interagir em diferentes situações, lendo, escrevendo, ouvindo e falando.

1.2.1 Apropriação do Sistema de Escrita Alfabético/Ortográfico e de Tecnologias da


Escrita

O eixo apropriação do sistema alfabético de escrita tem um papel de


centralidade somente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, sendo que o mesmo
reúne objetivos relacionados à apropriação do sistema de escrita alfabética e da
norma ortográfica e contempla o conhecimento das letras do alfabeto, a compreensão
dos princípios de funcionamento do sistema e o domínio das convenções que regulam
a correspondência entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a levar
os estudantes a ler e a escrever palavras e textos.
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1.2.2 Oralidade

As práticas de oralidade na escola foram por muito tempo tratadas como


secundárias e realizadas de forma inadequada, pois o objetivo das aulas de Língua
Portuguesa sempre foi aprender e aperfeiçoar a escrita pelo caminho da norma
gramatical. Porém, neste Currículo Referência concebemos a língua como: prática
social, uma construção histórica e um meio através do qual a interação social entre
sujeitos acontece. Portanto, é um consenso no ensino de Língua Portuguesa que
precisamos ampliar a competência comunicativa dos estudantes e que ler e escrever
são habilidades centrais nesse processo.
Em função disso, a oralidade também deve ser abordada no ensino,
constituindo um dos eixos do trabalho com a linguagem, visto que a vida em sociedade
requer certos conhecimentos para que o cidadão atue em uma diversidade de
situações escolares e extraescolares permeadas pela linguagem, via modalidade oral.
Dessa forma, segundo a BNCC, neste eixo quatro dimensões se destacam:
 Produção e compreensão de gêneros orais, em articulação com textos
escritos, considerando-se aspectos relativos ao planejamento e à avaliação
das situações de interação;
 Relações entre fala e escrita, levando-se em conta o modo como as duas
modalidades se articulam nas práticas de linguagem, as semelhanças e as
diferenças entre modos de falar e de registrar o escrito e os aspectos
sociodiscursivos, composicionais e linguísticos;
 Oralização do texto escrito, considerando-se as situações sociais em
que tal tipo de atividade acontece e os aspectos multimodais dos textos;
 Valorização dos textos de tradição oral, levando-se em consideração a
importância das reflexões relativas aos sentidos e às práticas sociais em que
tais textos surgem e se perpetuam.

Essas dimensões devem ser organizadas ao longo das etapas de


escolarização, sendo sempre presentes nos objetivos de aprendizagem de Língua
Portuguesa, em que tais práticas de oralidade levam ao desenvolvimento de modos
de agir em situações mais públicas: interações entre os colegas de turma,
apresentações para a comunidade escolar e intercâmbios em outras esferas sociais.
Dentro desse eixo deve-se favorecer a formação literária com o objetivo de se
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garantir a continuidade do letramento literário, iniciado na Educação Infantil. É através


da literatura que se constituem subjetividades, expressam-se sentimentos e emoções
de modo particular e nesse processo a formação de leitores literários envolve uma
reflexão sobre a linguagem, o que implica o reconhecimento de procedimentos
voltados para a elaboração textual e uma consciência das escolhas estéticas
envolvidas na construção dos textos.

1.2.3 Leitura

Saber ler é condição fundamental para o exercício da cidadania e para a


construção de um posicionamento mais autônomo no mundo. A proficiência em leitura
permitirá aos estudantes continuar aprendendo fora da escola, o que é fundamental
para seu desenvolvimento pessoal e profissional, por isso, as práticas de linguagem
devem sempre estar voltadas para o ensino da leitura.
Mas o que significa “ensinar a ler”? Segundo Kleiman (1993, p. 49), a tentativa
de ensinar a ler não seria incoerente com a natureza subjetiva da leitura, “se o ensino
da leitura for entendido como o ensino de estratégias de leitura, por uma parte, e como
o desenvolvimento das habilidades linguísticas que são características do bom leitor,
por outra”.
Os estudantes devem estar em contato com bons textos, que sejam reais,
completos e situados. Da mesma forma, as técnicas de leitura devem buscar envolvê-
los em situações reais de comunicação. Assim, as práticas de leitura devem ser
voltadas, principalmente, para o próprio aprendizado da leitura, mas esse objetivo não
deve torná-las aulas artificiais. As práticas escolares devem aproximar-se das práticas
sociais, de modo a tornar a leitura uma atividade expressiva.
Neste processo significativo de estímulo ao ato de ler, segundo a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), o eixo da leitura deve considerar as seguintes
dimensões:
 Compreensão de textos lidos e reflexões sobre as suas finalidades e os
contextos em que foram produzidos (autor, época, lugar, modos de circulação,
dentre outros);
 Desenvolvimento das habilidades e estratégias de leitura necessárias à
compreensão dos textos (antecipar sentidos, ativar conhecimentos prévios,
localizar informações explícitas, elaborar inferências, apreender sentidos
globais do texto, reconhecer tema, estabelecer relações de intertextualidade
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etc.);
 Compreensão de textos, considerando-se os efeitos de sentido
provocados pelo uso de recursos linguísticos;
 Ampliação do vocabulário, a partir do contato com textos e obras de
referência, dentre outras possibilidades;
 Reconhecimento de planos enunciativos e da polifonia, identificando-se
as diferentes vozes presentes nos textos;
 Reflexões relativas às temáticas tratadas nos textos. A progressão dos
conhecimentos relacionados ao eixo leitura é estabelecida, considerando-se
a participação dos/as estudantes em eventos de leitura compartilhada,
exercitando-se a compreensão por meio da escuta e da experiência de leitura
silenciosa, da leitura de textos integrais e autênticos em todas as etapas da
Educação Básica, bem como a compreensão da construção tipológica dos
gêneros (o narrar, o argumentar, o expor, o instruir, o relatar).

Dessa forma, para que se possa estimular a formação de leitores, é


necessário que se assuma uma concepção de leitura que seja alinhada à concepção
de linguagem, tendo como premissas fundamentais:
 A leitura é uma construção subjetiva de sujeitos leitores, que atuam
sobre o texto a partir de um vasto e complexo conjunto de conhecimentos
acumulados e estruturados através da vivência em uma determinada cultura;
 O texto não porta um sentido, ou seja, os “significados” não estão no
texto; este nos oferece um conjunto de pistas que guiam o leitor na tarefa de
construção de sentidos que é a leitura;
 Além de atividade sociocognitiva, a leitura é também empreendimento
interativo mediado pelo texto, que implica o diálogo entre os interlocutores.

Portanto, as práticas de formação de leitores devem propor o exercício


cotidiano daquilo que faz um leitor proficiente quando lê, tais como: o exercício de
investigar o contexto de produção do texto (quem escreve? Em que suporte? Com
que objetivo? etc.); selecionar pistas interpretativas relevantes (imagens, formatação
do texto, títulos e subtítulos, recorrências lexicais etc.); levantar hipóteses de leitura e
checá-las; confirmar ou descartar hipóteses iniciais; retornar a partes do texto ou
mesmo relê-lo para refinar a compreensão; o exercício de inferir o significado de
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termos desconhecidos em atenção ao contexto local ou à morfologia da palavra, etc.

1.2.4 Escrita

Enquanto o aprendizado da fala acontece de forma espontânea, a escrita


demanda um processo de ensino sistematizado. A mesma possibilita o registro mais
durável e permanente da linguagem, sendo um processo mais demorado de
elaboração; mais formal, sistemático, requerendo, na maioria das vezes, o uso correto
da gramática normativa e do atendimento às convenções que lhe são peculiares,
dentre elas as do sistema ortográfico.
O eixo da escrita, neste Currículo Referência tem como prioridade a relação
entre o uso e o aprendizado da língua, em que o texto é um elo de interação social e
os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o texto como
uma forma de atuar e de agir no mundo.
Com relação ao eixo da escrita, segundo a Base Nacional Comum Curricular,
os objetivos de aprendizagem envolvem as seguintes dimensões:
 Reflexões sobre as situações sociais em que se escrevem textos, para
o desenvolvimento da valorização da escrita e a ampliação de conhecimentos
sobre as práticas de linguagem nas quais a escrita está presente;
 Desenvolvimento de estratégias de produção, reescrita, revisão e
avaliação dos textos, considerando-se a sua adequação às variedades
linguísticas;
 Reflexões sobre os gêneros textuais adotados nas situações de escrita,
considerando-se os aspectos sociodiscursivos, temáticos, composicionais e
estilísticos;
 Reflexões sobre os recursos linguísticos empregados nos textos,
considerando-se as convenções da escrita e as estratégias discursivas
planejadas em função das finalidades pretendidas.

O eixo da escrita deve ser pautado nos seguintes critérios: a adequação dos
gêneros e seus construtores tipológicos às faixas etárias; as possibilidades de
realização de práticas de escrita nos diferentes campos de atuação, nos quais estão
organizados os objetivos de Língua Portuguesa; a possibilidade de articulação entre
leitura, produção de textos e oralidade, por meio de recontos, escrita e reescrita de
textos e da produção de textos escritos a partir do contato, da análise e da reflexão
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sobre o gênero pretendido; as exigências relativas aos aspectos normativos, para que,
progressivamente, os alunos se apropriem das convenções ortográficas e gramaticais
da Língua Portuguesa.

1.2.5 Análise Linguística

A análise linguística perpassa todos os demais eixos, em diferentes níveis, de


acordo com a etapa da escolaridade, sendo que nos anos finais do Ensino
Fundamental esse eixo deve promover a reflexão sobre os recursos linguísticos, que
envolvem as práticas de leitura, escrita e oralidade. Essa opção justifica-se pelo fato
de a reflexão sobre a língua fazer sentido apenas através de seus usos, em situações
de interação oral, de leitura ou de escrita. E também por se considerar que o
desenvolvimento da capacidade de reflexão e de análise linguística é fundamental
para a formação de um usuário da língua capaz de uma atitude criativa, e não apenas
reprodutiva, frente à mesma.
O eixo de Análise Linguística fundamentado nesta proposta pedagógica tem
o intuito de promover um trabalho com a gramática reflexiva. “A análise linguística,
também denominada reflexão sobre a língua, reflexão linguística ou reflexão
gramatical, análise da língua ou análise gramatical” (MENDONÇA, 2006. p 103),
constitui o ensino de gramática numa perspectiva reflexiva, o que significa deslocar o
que se chama de ensino metalinguístico, centrado no reconhecimento e na
classificação dos elementos da língua, para um segundo plano, dando relevância a
um ensino centrado na análise da funcionalidade dos elementos linguísticos em vista
do discurso.
O ensino de Língua Portuguesa, dentro da análise linguística, tem-se como
foco o desenvolvimento da competência discursiva, envolvendo não apenas o domínio
da norma culta, mas a consideração de outras variedades da língua. Espera-se que o
estudante conheça uma gama maior de variedades linguísticas, visto que a língua é
um polissistema que agrega múltiplas variedades, conforme a situação social de uso
da oralidade, da leitura e da escrita. Portanto, é primordial para trabalhar os
conhecimentos linguísticos que o aluno desenvolva a consciência da variação e das
mudanças da língua, como também a valorização de todas as variedades como
possuidoras de uma gramática eficaz e legítima.
A valorização das diferentes variedades da língua implica também o
reconhecimento das diferentes identidades sociais. A abordagem de categorias
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gramaticais (fonéticas/fonológicas, morfológicas, sintáticas e morfossintáticas) e de


convenções da escrita (concordância, regência, ortografia, pontuação, acentuação,
etc.) deve vir a serviço da compreensão e produção oral e escrita, e não o contrário.
Dessa forma, os aspectos linguísticos abordados em atividades de leitura, escrita e
oralidade podem ampliar os conhecimentos dos estudantes em relação às variedades
e o professor irá desenvolver um trabalho eficaz, visto que a gramática será trabalhada
de forma contextualizada.
Com essa proposta de abordagem da Análise Linguística acreditamos que
seja possível diminuir as deficiências de leitura e escrita ainda presentes nos
estudantes do Ensino Fundamental. Assim, devemos abandonar o ensino de
gramática descontextualizado que tem constituído o centro das aulas de Língua
Portuguesa das nossas escolas e tendo como resultados graves problemas na
formação de leitores. Ao contrário de uma perspectiva normativa, a prática da Análise
Linguística que aqui se propõe, objetiva aliar oralidade, leitura, escrita e unidades
linguísticas, considerando seus aspectos discursivos e funcionais. Desse modo, para
além da abordagem tradicional referente à morfossintaxe da língua, deve-se levar
para as aulas a centralidade do texto e do discurso, nas modalidades oral e escrita.

1.2.6 Campos de Atuação

Sempre pautada na Base Nacional Comum Curricular, o presente Currículo


Referência, em consonância a uma concepção de língua como forma de interação
entre os sujeitos tem a finalidade também de considerar, além dos eixos, acima
citados, os campos de atuação, nos quais as práticas de linguagem se realizam.
A proposição de campos de atuação aponta para a importância da
contextualização do conhecimento escolar. São seis os campos de atuação, a partir
dos quais os objetivos de aprendizagem de Língua Portuguesa são apresentados:
I. Práticas da vida cotidiana – campo de atuação que diz respeito à participação
em situações de leitura/escuta, produção oral/escrita, próprias de atividades
do dia-a-dia, no espaço doméstico/familiar, escolar, cultural, profissional que
crianças, jovens e adultos vivenciam;
II. Práticas artístico-literárias – campo de atuação que diz respeito à
participação em situações de leitura/escuta, produção oral/escrita, na criação
e fruição de produções literárias, representativas da diversidade cultural e
linguística, que favoreçam experiências estéticas;
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III. Práticas político-cidadãs – campo de atuação que diz respeito à participação


em situações de leitura/escuta, produção oral/escrita, especialmente de textos
das esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória,
contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos;
IV. Práticas investigativas – campo de atuação que diz respeito à participação
em situações de leitura/escuta, produção oral/escrita de textos que
possibilitem conhecer os gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem
e as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica,
favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola;
V. Práticas culturais das tecnologias de informação e comunicação – campo de
atuação que diz respeito à participação em situações de leitura/escuta,
produção oral/escrita de textos que possibilitem a comunicação, a distância e
a compreensão de características e modos de produzir, divulgar e conservar
informação, experimentar e criar novas linguagens e formas de interação
social.

Os campos de atuação norteiam a seleção dos gêneros textuais a serem


preferencialmente trabalhados e sugerem atividades que tornem mais significativas
as práticas de linguagem, tais como: a organização de debates na escola, a
elaboração de jornais impressos e digitais que propiciem a circulação e as
informações de ideias, sendo que podem também indicar temas a serem abordados
em projetos interdisciplinares.
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2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Considerando o percurso histórico, caracterização e objetivos da disciplina de


Língua Portuguesa e confrontando tais aspectos com a situação de analfabetismo
funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos apresentada
pelos alunos – segundo os resultados de avaliações em larga escala e, mesmo, de
pesquisas acadêmicas – o Currículo Referência de Língua Portuguesa, deste
município requer novos posicionamentos em relação às práticas de ensino; seja pela
discussão crítica das mesmas, seja pelo envolvimento direto dos professores na
construção de alternativas.
Teóricos do Círculo de Bakhtin avançaram os estudos em torno da natureza
sociológica da linguagem. O Círculo criticava a reflexão linguística de caráter formal-
sistemático por considerarem tal concepção incompatível com uma abordagem
histórica e viva da língua, uma vez que “a língua constitui um processo de evolução
ininterrupto, que se realiza através da interação verbal social dos locutores”
(BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p.127).
Assim, temos uma proposta que enfatiza a língua viva, dialógica, em
constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Tal ênfase traduz-
se na adoção das práticas de linguagem como ponto central do trabalho pedagógico,
sendo que para alcançar tal objetivo é importante pensar sobre a metodologia. Se o
trabalho com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao
ingressar na escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos
saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os
multiletramentos, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das
aptidões linguísticas dos estudantes.
A escola tem o papel fundamental de possibilitar aos alunos participarem de
diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a
finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar
esse papel, o aluno ficará a margem dos novos letramentos, não conseguindo
adentrar no âmbito de uma sociedade letrada.
Dessa forma, será possível a inserção de todos os alunos que frequentam a
escola pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e
políticos de forma ativa, atuando assim como cidadãos conscientes e críticos no
contexto social em que estiverem inseridos.
17

3 PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS

Refletir sobre o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também as


contradições, as diferenças e os paradoxos do quadro complexo da
contemporaneidade. Mesmo vivendo na “era da informação”, a qual possibilita acesso
rápido a leitura das mais variadas informações, convivemos com o índice crescente
de analfabetismo funcional, e os resultados das avaliações educacionais revelam
baixo desempenho do aluno em relação à compreensão dos textos que lê.
“O ensino de Língua Portuguesa seguiu uma concepção de linguagem que
não privilegia, no processo de aquisição e no aprimoramento da língua materna, a
história, o sujeito e o contexto”, como destaca (TRAVAGLIA 2000, p. 48), pautando-
se no repasse de regras e na mera nomenclatura da gramática tradicional.
Este Currículo Referência assume uma concepção de linguagem que não se
fecha “na sua condição de sistema de formas (...), mas abre-se para a sua condição
de atividade e acontecimento social, portanto estratificada pelos valores ideológicos”
(RODRIGUES, 2005, p. 156). A linguagem é vista como fenômeno social, pois nasce
da necessidade de interação (política, social, econômica) entre os homens. Tendo
como base teórica as reflexões do Círculo de Bakhtin a respeito da linguagem,
defende-se que: “E no processo de interação social que a palavra significa, o ato de
fala e de natureza social” (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p. 109).
Ensinar a língua materna requer considerar aspectos sociais e históricos em
que o sujeito está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez
que os seus significados são construídos de modo social e histórico. A palavra por si
significa a relação com o outro e/ou contexto de produção.
O professor de Língua Portuguesa precisa propiciar ao educando a prática, a
discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística, publicitária,
digital, etc.), sendo que as práticas discursivas abrangem, além dos textos escritos e
falados, a integração da linguagem verbal com outras linguagens.
Assim, tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se
efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de aprendizagem na disciplina de
Língua Portuguesa, busca:
 Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la
a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos
discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento
18

diante deles;
 Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio
de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o
assunto tratado, além do contexto de produção;
 Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o
aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;
 Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica
da oralidade, leitura e escrita;
 Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso
às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais.

É primordial que durante as aulas da referida disciplina os eixos sejam


priorizados. Desse modo, para cada eixo temos as seguintes considerações
metodológicas.

3.1 Eixo Oralidade

Conforme Marcuschi (2001, p. 16)

Oralidade é uma prática de uso da língua na modalidade falada, sendo


requerida e usada nos diversos contextos sociais em que se interage por
meio da linguagem. Como a fala é adquirida espontaneamente nos meios
informais, em geral na comunidade em que se vive (nas famílias, por
exemplo), pensa-se, então, que ela não deve ser objeto de ensino. O que
justifica “ensinar oralidade” na escola, uma vez que os estudantes já sabem
falar, ou “os adolescentes, em geral, já são muito falantes”, conforme muitos
professores afirmam?

Conforme já citado no presente documento uma das características inerentes


à língua é a variação pois existem níveis de formalidade requeridos nas diversas
situações de comunicação. Devido a isso, deve-se considerar que a oralidade letrada,
ou seja, a oralidade que mais se aproxima da escrita, deve ser objeto de ensino.
Assim, se constata que somos todos falantes de Língua Portuguesa, porém não
sabemos utilizar a modalidade falada da língua em todos os contextos sociais.
Dessa forma, é fundamental promover ações metodológicas que possibilitem
19

situações de uso da linguagem falada, mais formalizadas do que aquelas às quais os


estudantes estão geralmente acostumados, ou seja, significa ampliar sua visão com
relação à Língua Portuguesa, entendê-la na sua constituição e na sua prática,
compreendendo as variedades que a constitui. Assim, deve-se ter como proposta a
aplicação de atividades voltadas para a análise linguística do texto oral, através do
trabalho com a produção de gêneros orais diversos, sendo também que se necessita
explicitar as relações entre as modalidades: falada e escrita.
O trabalho com a oralidade, proposto neste documento, tem como foco o uso,
a compreensão, a valorização e a reflexão linguística sobre a mesma. E para isso
pretende-se priorizar que fala e escrita têm a mesma importância, devendo ser usadas
quando requisitadas. Portanto, as práticas devem ocupar-se dos processos de
construção de sentidos, a partir de situações de produção oral, concretizadas pelos
gêneros orais.
As expectativas de aprendizagem relacionadas ao eixo oralidade devem partir
da concepção das relações entre oralidade e escrita como um conjunto contínuo de
práticas, sendo importante que os estudantes sejam conscientizados e levados a
refletir sobre as características e as relações entre fala e escrita, apreendendo, assim,
saberes sobre variedades linguísticas, considerando-as “naturais” na língua, bem
como aprendendo a valorizar textos da tradição oral.
Por isso, tal conscientização deve ser feita através da produção de gêneros
orais, como: seminários, entrevistas, debates, notícia televisiva, ou em atividades
como recitação de poesias e representação teatral. Os alunos podem ainda realizar
entrevistas, assistir a palestras ou mesas-redondas, produzir um jornal falado, com a
leitura de notícias, ou seja, devem estar em contato com uma diversidade de gêneros
orais, em atividades de compreensão e produção. Assim, a escola cumpre seu papel
formador, ampliando a competência discursiva dos estudantes em eventos dos quais
eles, em geral, não participam fora da escola, nas tarefas de vivência e análise
relacionadas à educação linguística.
Para promover a educação linguística nos anos finais do Ensino Fundamental,
além da prática dos gêneros orais de forma mais sistematizada deve-se abordar
temas relacionados à variação linguística, pois a mesma é essencial à compreensão
da linguagem em sua plenitude, assim se propõe: os aspectos do estilo, dos dialetos,
bem como as discussões em torno da noção de erro em linguagem, a pluralidade da
linguagem e da adequação ao contexto.
20

3.2 Eixo Leitura

Na presente proposta tem se como concepção de leitura um ato dialógico que


envolve demandas sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e
ideológicas de determinado momento. Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências,
os seus conhecimentos, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias
vozes que o constituem.
Essa compreensão da leitura que estamos assumindo tem implicações
pedagógicas, relativas a: escolha dos textos; forma como serão conduzidas as
práticas de leitura e arranjo do espaço interativo onde se produzirão as leituras, com
o objetivo da formação de leitores.
No que se refere à escolha dos textos é importante o professor trabalhar com
textos reais, vinculados ao seu contexto de produção, com os quais os estudantes
possam se identificar e assim interagir com o texto. Deve-se ainda proporcionar ao
aluno o contato com grande variedade de gêneros (notícias, artigos de opinião,
receitas, contos, textos de informação, manuais, poemas, etc.) e suportes textuais
(jornais, livros, revistas, sites, blogs, etc.).
Além da seleção dos textos, uma boa formação de leitura precisa incluir: a
análise das formas de organização e dos recursos linguísticos mobilizados pelos
vários gêneros, como também a reflexão em torno de suas condições sociais de
produção. Por isso, o professor além de selecionar bons textos deve conduzir as
práticas de leitura de tal forma que desperte o diálogo do aluno com o texto, em que
o mesmo identifique as possíveis intenções do autor, que são sinalizadas pelas pistas
textuais.
As práticas de leitura devem preocupar-se também com a criação de espaços
espontâneos de leitura, nos quais os estudantes escolham o que ler, a partir da
necessidade e interesses pessoais. Jornais, revistas, livros devem ser
disponibilizados e sua leitura, estimulada, ou seja, a escola deve responsabilizar-se
pela organização e manutenção de espaços interativos, onde os estudantes possam
interagir e desenvolver práticas sociais de leitura.
Ao realizar as práticas sociais de leitura é importante que o professor, como
mediador desse processo, observe se os alunos estão avançando no
desenvolvimento de habilidades linguístico-discursivas, e isso poderá ser verificado
ao interagir com os mesmos em sala de aula, ouvindo as intervenções dos estudantes,
21

suas interpretações, suas dúvidas, suas perguntas e respostas.

3.3 Eixo Escrita

Nesta Proposta, o exercício da escrita é pautado na relação entre o uso e o


aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto, um elo de interação social e os
gêneros discursivos são construções coletivas. Entende-se o texto como uma forma
de atuar e de agir no mundo.

Texto (do latim textus, tecido) é toda construção cultural que adquire um
significado devido a um sistema de códigos e convenções: um romance, uma
carta, uma palestra, um quadro, uma foto, uma tabela são atualizações
desses sistemas de significados, podendo ser interpretados como textos.
(KLEIMAN & MORAES, 1999, p. 62)

Atualmente, os conceitos utilizados à definição de texto, ao contrário do


pensamento tradicional difundido pela gramática normativa, orientam-se sob uma
visão enunciativo-comunicativa, na qual se busca ensinar os usos da linguagem ao
invés de análises da língua.
O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que
se faz a partir de vários elementos, tais como: organização, unidade temática,
coerência, coesão, intenções, interlocutores, dentre outros. Dessa forma, os textos
orais ou escritos materializam os gêneros do discurso e por essa razão o eixo da
escrita também tem como referência os gêneros textuais, que se originam das
situações de interação entre os sujeitos.
A apropriação dos gêneros textuais acontece no momento em que os alunos
vivenciam situações mediadas pelo texto escrito, sendo levados a refletirem sobre
essas situações, como também a estrutura dos textos nelas produzidos. Os
interlocutores que participam da situação, a intenção comunicativa, o tema a ser
abordado e o suporte no qual se espera que o texto circule são fatores que
determinam a organização do texto e as escolhas sintáticas e lexicais mais
adequadas. Essas escolhas dependerão do domínio de um repertório de gêneros
pelos estudantes, sendo que cabe ao professor estimular a ampliação desse
repertório. (Nessa ampliação é importante estabelecer a diferenciação de cada
gênero, porque, segundo Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004, p. 120):
22

[...] cada gênero de texto necessita de um ensino adaptado, pois apresenta


características distintas: os tempos verbais, por exemplo, não são os mesmos
quando se relata uma experiência vivida ou quando se escrevem instruções
para a fabricação de um objeto.

Devido a essa constatação, por cada gênero ser único em suas


características, os autores propõem o trabalho com sequências didáticas como uma
alternativa para a aprendizagem dos gêneros orais e escritos, sendo que para a
realização das sequências é necessário à organização do espaço da sala de aula de
modo a favorecer o contato com os diferentes gêneros textuais e o compartilhamento
das produções dos estudantes.
“É desejável que as sequências didáticas se realizem de modo interlocutivo,
que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstancias de sua produção. Isso
implica o produtor do texto assumir-se como locutor, conforme propõe” Geraldi (1997,
p. 41) e, dessa forma, ter o que dizer; razão para dizer; como dizer, interlocutores para
quem dizer.
Além do trabalho com as sequências didáticas, existem outras formas para
trabalhar o eixo da escrita. Porém, vale ressaltar que é papel do professor a
identificação ou escolha de uma ou outra metodologia de trabalho que seja condizente
com as necessidades dos seus estudantes, mas dentre as escolhas feitas pelo
educador, o mesmo deve considerar que a formação de sujeitos produtores de textos
requer a criação de situações motivadoras para a produção escrita e ainda a
mobilização de recursos para a mesma.
Portanto, nesta proposta se enfatiza que a formação de alunos escritores não
irá se efetivar somente através das aulas de Língua Portuguesa, pois devemos
considerar que os estudantes não escrevem apenas durante as mesmas. Dessa
forma, a tarefa de formar produtores de textos não se restringe a essa disciplina, mas
deve ser compartilhada pelos demais componentes curriculares. O eixo escrita deve
ser objeto de trabalho de todas as disciplinas que compõem o quadro curricular, como
também que oferecem situações didáticas adequadas à produção de vários gêneros:
relatórios, resumos, folhetos explicativos, glossários, etc.
23

3.4 Eixo Análise Linguística

A análise linguística é uma prática didática complementar as práticas de


leitura, oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita “a
reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos que
perpassam os usos linguísticos, seja no momento de ler/escutar, de produzir textos
ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua” (MENDONÇA, 2006, p. 204).
Esse eixo se respalda no trabalho com a gramática reflexiva. Assim, a prática
de análise linguística não deve se restringir ao estudo das gramáticas “pedagógicas”
que descrevem as regularidades e prescrevem modos de falar e escrever a partir da
consideração de apenas uma das variantes da língua, a “norma padrão”. Ao se
defender uma análise gramatical reflexiva tem-se o intuito de estimular metodologias
voltadas para o estudo das regularidades da língua, compreendida a partir do
fenômeno da variação.
O trabalho a ser realizado em sala de aula é mais amplo que o de ensinar
apenas a gramática da “norma padrão” e, para realizá-lo, a abordagem do texto, e não
da frase isolada e fora de um contexto, ganha centralidade. É no contato com bons
textos e produzidos em contextos de maior ou menor formalidade, nas modalidades
oral e escrita, que os estudantes vão aprender a refletir sobre a língua e sua gramática,
reconhecendo seus usos eficientes e criativos.
A análise linguística deve possibilitar o exercício de refletir sobre o léxico da
língua, sendo que isso se efetiva através das práticas de leitura, escrita e oralidade.
Assim, os estudantes, em contato com textos, avaliam a adequação das escolhas
lexicais, as suas escolhas e as de seus interlocutores, tendo em vista critérios de:
coerência textual, adequação da fala a seus interlocutores e à situação comunicativa,
etc.
Portanto, nos anos finais do Ensino Fundamental, amplia-se a reflexão sobre
a linguagem fazendo-se o uso da análise linguística, em que se propõem a
sistematização de estudos sobre algumas categorias gramaticais, tendo em vista,
sempre, o desenvolvimento de competências de uso da língua.
24

4. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR - LÍNGUA PORTUGUESA

4.1 Critérios para Seleção e Organização dos Conteúdos

O Currículo Referência de Língua Portuguesa da Rede Municipal de Ensino –


Açailândia-MA tem como princípios norteadores para a seleção dos conteúdos a
concordância dos eixos temáticos com os objetivos de aprendizagem. Dessa forma,
os conteúdos estruturantes devem ter os seguintes objetivos:
 Compreender e utilizar a língua falada como instrumento de
manifestação de ideias e pensamentos;
 Adequar a fala às diversas situações comunicativas;
 Ler fluentemente textos de qualquer tipo e gênero textual;
 Compreender a leitura de textos escritos e a escuta dos textos orais;
 Interpretar os textos lidos e posicionar-se criticamente frente a eles;
 Produzir textos (orais e escritos) com coesão e coerência, que sejam
adequados aos objetivos proposto por cada gênero textual;
 Conhecer e utilizar os conhecimentos literários e linguísticos, a fim de
relacionar-se com o mundo de maneira crítica e independente;
 Valorizar as variações linguísticas existentes;
 Distinguir os níveis de registro da língua;

 Ter domínio mais amplo e rico da linguagem verbal, como um recurso


fundamental de interação humana, uma vez que o seu uso se realiza na forma
de discursos, cuja unidade material é o texto.
25

5 PANORAMA GERAL DO COMPONENTE CURRICULAR LÍNGUA PORTUGUESA

Quadro 1: Panorama geral do componente curricular Língua Portuguesa – 6º ano


CAMPO DE ATUAÇÃO SOCIAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 6º ANO

Eixo: LEITURA

1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA 1. Processar informações de textos instrucionais para realizar ações por eles orientadas;

Relativo a participação em situações de leitura, 2. Reconhecer, em textos instrucionais, a hierarquização de informações que comandam
próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por ações;
crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço
doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. 3. Ler, compreender e analisar os mais variados gêneros textuais, identificando as
peculiaridades de cada um deles;

4. Diferenciar os tipos textuais, bem como estabelecer relações entre eles;


TEMÁTICAS:
5. Estabelecer relações entre os elementos verbais e não verbais contidos nos textos;
 Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: relatos,
histórias em quadrinhos, bilhetes, resumos, textos não verbais 6. Compreender os textos lidos e refletir sobre as suas finalidades e os contextos em
(fotos, imagens), contos, lendas, fábulas, poemas, letras de que foram produzidos (autor, época, lugar, modos de circulação, dentre outros).
música, charges, dentre outros;
 Leitura de alguns gêneros textuais deste campo: e-mails,
cartas pessoais, texto instrucional (receitas, bulas e manuais).
2. CAMPO LITERÁRIO 7. Ler narrativas da literatura juvenil, em gêneros diversos;

Relativo a participação em situações de leitura na 8. Localizar, numa narrativa, os trechos que apresentam a orientação, a complicação,
fruição de produções literárias, representativas da diversidade o clímax e desfecho;
cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas.
9. Comparar, numa narrativa, o uso dos tempos verbais: o pretérito perfeito; o
pretérito imperfeito; o pretérito mais que-perfeito e suas funções;

TEMÁTICAS: 10. Reconhecer, numa narrativa, os diferentes empregos das palavras e expressões
– denotativas e conotativas – no processo de caracterização de cenas de
 Leitura de alguns gêneros textuais deste campo: personagens;
Prosa: narrativas de aventura, narrativas de mistério e
26

suspense, romances, autobiografias, diários, novelas, contos, 11. Reconhecer, numa narrativa literária, relações de anterioridade e posteridade e na
lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs, mangás, peça teatral; construção da passagem do tempo;
 Poesia: Poema de verso livre. Poemas de forma fixa —
quadras, sonetos, haicais, cordéis, poemas visuais; 12. Ler poemas de formas composicionais variadas;
 Entre leitores e leituras: práticas de literatura.
13. Analisar efeitos de sentido produzidos por recursos semânticos;

14. Compreender processos figurativos de produção de sentidos na linguagem, com


destaque para comparação e metáfora;

15. Analisar diálogos que os textos literários narrativos e poéticos estabelecem com
outros textos, no nível temático;

16. Compreender os textos lidos e refletir sobre as suas finalidades e os contextos


em que foram produzidos (autor, época, lugar, modos de circulação, dentre outros);

17. Desenvolver as habilidades e estratégias de leitura necessárias à compreensão


dos textos (antecipar sentidos, ativar conhecimentos prévios, localizar informações
explícitas, elaborar inferências, apreender sentidos globais do texto, reconhecer
tema, estabelecer relações de intertextualidade etc.);

18. Identificar os elementos que compõem as narrativas literárias, tais como tempo,
espaço, construção dos personagens, foco narrativo, na leitura de textos da literatura
juvenil, africana e indígenas.

3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO 19. Compreender como as notícias se estruturam (título, subtítulo, lide, corpo da
notícia).
Relativo a participação em situações de leitura,
especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária, 20. Identificar recursos linguístico-discursivos de títulos e subtítulos e sua eficácia
política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que na construção do sentido global do texto;
impactam a cidadania e o exercício de direitos;
21. Identificar recursos linguístico-discursivos que caracterizam prescrição (uso do
imperativo, por exemplo), na leitura de gêneros que regulam direitos e deveres, como
o regimento da escola;
TEMÁTICAS:
27

 Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: artigos, 22. Analisar o funcionamento e a pertinência de gêneros que regulam direitos e
notícias, textos publicitários, classificados, textos deveres.
informativos, revistas, reportagens, cartas do leitor, cartas ao
leitor e editoriais.

4.CAMPO INVESTIGATIVO 23. Selecionar, em textos didático-expositivos, informações relevantes para atender
a finalidades específicas;
Relativo a participação em situações de leitura de
textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e 24. Identificar, em textos didático-expositivos, tema e ideias principais;
argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao
estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a 25. Resumir textos didático-expositivos com foco na ideia central.
aprendizagem dentro e fora da escola.

TEMÁTICAS:

 Alguns gêneros textuais deste campo: textos didáticos,


entrevistas, relatos de experimentos, gráficos e verbetes;
 Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,
etc;
 Adequação do discurso ao gênero;
 Tipos de discurso: Discurso direto, discurso indireto e
indireto livre;
 A expressividade e os aspectos estilísticos presentes nos
textos verbais e não verbais

Eixo: ESCRITA 26. Escrever textos que circulam na internet em situações menos formais, da vida
1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA cotidiana (postagens na internet, e-mails etc.);

Relativo a participação em situações de produção 27. Refletir sobre a variação linguística nos textos produzidos na/para a internet;
escrita, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por
crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço 28. Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais estudados.
doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional.
28

TEMÁTICAS:

 Alguns gêneros textuais deste campo: e-mails, cartas, post


(em blogs e websites), conto popular em prosa e em verso,
conto em prosa poética.
2. CAMPO LITERÁRIO 29. Escrever textos autobiográficos a partir de um recorte temático (por exemplo:
bichos, brincadeiras, amizades, família etc.);
Relativo a participação em situações de produção
escrita, na criação e fruição de produções literárias, 30. Utilizar modos verbais (pretérito perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito)
representativas da diversidade cultural e linguística, que adequados à narração de fatos passados em relatos autobiográficos;
favoreçam experiências estéticas.
31. Produzir textos literários que articulem linguagem verbal e não verbal na
construção da narrativa;

TEMÁTICAS: 32. Explorar efeitos de sentido produzidos por recursos semânticos e sonoros, na
criação de poemas de versos livres;
 Estudo de textos literário estruturados em prosa:
autobiografias, crônicas, histórias em quadrinhos- HQs, 33. Identificar e analisar diálogos que os textos literários narrativos e poéticos
animes, mangás e peças teatrais; estabelecem com outros textos, sobretudo no nível temático;
 Estudo de texto estruturados em verso: poemas de verso
livre, poemas de forma fixa – quadras, cordéis, poemas 34. Utilizar e analisar diferentes estratégias de coesão e articulação entre partes do
visuais; texto tais como os recursos de retomadas (pronominalização, substituição lexical,
 Gêneros literários propostos para leitura, reflexão e análise:
uso de palavras de ligação) e as palavras e expressões que marcam a progressão do
contos, minicontos, lendas, mitos, romances, fábulas,
poemas, letras musicais e gêneros literários orais. tempo na narrativa, as que estabelecem as relações de causalidade, oposição,
consequência, explicação entre acontecimentos e ideias.

3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO 35. Produzir textos de diferentes gêneros – charges, tirinhas, que conjuguem
linguagem verbal e não verbal sobre fatos e eventos noticiados em diferentes mídias;
Relativo a participação em situações de produção
escrita, especialmente de textos das esferas jornalística, 36. Produzir notícias sobre tema relevante utilizando de forma adequada os
publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando elementos do gênero (título, subtítulo, lide, corpo da notícia);
temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos.
37. Estudar a língua e as variações linguísticas: histórica, regional, social e
situacional;
29

TEMÁTICAS: 38. Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um


texto;
 Alguns gêneros textuais deste campo: notícias, cartas do
leitor, artigos de opinião, charges, propagandas, anúncios, 39. Identificar e analisar diálogos que os textos literários narrativos e poéticos
classificados, panfletos, cartazes; estabelecem com outros textos, sobretudo no nível temático.
 Tipologia Textual: narração, descrição e predição;
 O texto narrativo: tipos de narradores, de enredo, de tempo,
os personagens, cenários, discursos e clímax;
 Entrelaçamento da narração com a descrição.
4. CAMPO INVESTIGATIVO 40. Elaborar roteiros ou protocolos de questões para entrevistas e enquetes sobre
temas em estudo;
Relativo a participação em situações de produção
escrita de textos que possibilitem conhecer os gêneros 41. Transcrever respostas de entrevistas, retextualizando o texto oral para a escrita.
expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas
relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica,
favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola.

TEMÁTICAS:

 Alguns gêneros textuais deste campo: entrevistas, relatos


de experimentos, gráficos, infográficos, tabelas e
documentário.
Eixo: ORALIDADE 42. Recontar o enredo de narrativas literárias menos extensas como contos, crônicas,
lendas, fábulas, mitos, em rodas ou círculos de leitura;
1. CAMPO LITERÁRIO
43. Reconhecer pela escuta atenta os diferentes momentos do enredo de narrativa
Relativo a participação em situações de escuta, recontada em rodas ou círculos de leitura;
produção oral/sinalizada, na criação e fruição de produções
literárias, representativas da diversidade cultural e linguística, 44. Reconhecer o modo de falar dos mais variados povos, respeitando a peculiaridade
que favoreçam experiências estéticas. de cada um;

45. Produzir e compreender os gêneros orais, em articulação com textos escritos,


considerando-se aspectos relativos ao planejamento e à avaliação das situações de
TEMÁTICAS: interação;
30

 Alguns gêneros deste campo: narrativas de aventura, 46. Desenvolver estratégias e habilidades de leitura;
narrativas de mistério/ suspense, romances, autobiografias,
novelas, contos, lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs, 47. Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações entre escrita,
mangás, peças teatrais; fala, sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações, imagens em movimento,
 Transmissão oral de causos, notícias, avisos, anúncios e grafismos), dentre outras linguagens.
convites;
 Produção oral de pequenas histórias, recital de poemas,
dramatização de histórias e declamação de quadrinhas.
2. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO 48. Identificar as informações principais numa notícia ouvida;

Relativo a participação em situações de escuta e 49. Responder oralmente, ou sinalizar, a perguntas, fóruns ou enquetes, justificando
produção oral/ sinalizada, especialmente de textos das posicionamentos e adequando o vocabulário às condições de comunicação;
esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e
reivindicatória, contemplando temas que impactam a 50. Planejar a fala, em interações que exigem defesa de pontos de vista, mobilizando
cidadania e o exercício de direitos. a capacidade de construir argumentos em situações que demandam atitude
responsiva;
TEMÁTICAS:
51. Relatar oralmente o conteúdo de notícias veiculadas em jornais, revistas,
 Alguns gêneros textuais deste campo: fóruns, enquetes, televisão, rádio, internet, exercitando a capacidade de selecionar e resumir.
depoimentos e comentários;
 Debate de temas polêmicos: amizade, valores éticos e
morais, relação do ser humano e o meio ambiente, etc.
 Apresentação oral de notícias veiculadas a jornais, revistas,
televisão, rádio e internet.
3. CAMPO INVESTIGATIVO 52. Compreender a estrutura dos gêneros expositivos e argumentativos;

Relativo a participação em situações de escuta e 53. Apresentar oralmente resultados de estudos apoiando-se em roteiros ou
produção oral/sinalizada de textos que possibilitem conhecer protocolos de questões relacionadas aos gêneros expositivos e argumentativos.
os gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem e as
práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação
científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da
escola.

TEMÁTICAS:
31

 Alguns gêneros textuais deste campo: apresentação de


trabalhos e exposição oral.
Eixo: ANÁLISE LINGUÍSTICA 54. Compreender a condição social e histórica da língua como polissistema dinâmico
e variável;
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO
55. Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da língua padrão;
Os conhecimentos sobre a língua e sobre a norma
são construídos e mobilizados na leitura e produção de textos. 56. Compreender a fala como instrumento e manifestação cultural de um povo;
Eles envolvem posição ativa dos estudantes na observação
de regularidades e na compreensão das convenções. 57. Reconhecer o modo de falar dos mais variados povos, respeitando a peculiaridade
de cada um;

58. Reconhecer e analisar relações de sinonímia, antonímia, homonímia em textos


TEMÁTICAS: diversos;

 Língua e linguagem; 59. Constituir um conjunto de conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem


 Variedades Linguísticas; e sobre o sistema linguístico, relevantes para as práticas de escuta, leitura e
 Regionalismos, estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, produção de textos;
jargões e gírias;
 Linguagem e cultura; 60. Inferir: o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto, além de buscar
 A língua falada como símbolo de cultura e identidade; o sentido dicionarizado; o tema ou assunto principal de textos; as ideias principais e
 Processos de interação e comunicação social; secundárias;
 O uso da linguagem nas mais diversas ocasiões sociais e
suas estratégias de aplicação; 61. Compreender e aplicar a pontuação como forma de segmentação de frases e
 SEMÂNTICA: Sinônimos e antônimos; uso do dicionário; parágrafos e a pontuação em textos com uso dos discursos direto e indireto;
 Linguagem figurada - denotativa e conotativa;
 FONOLOGIA: Fonema e letra; sílaba; divisão silábica e 62. Identificar o efeito de sentido produzido no texto, decorrente da exploração de
acentuação tônica; encontro vocálico, encontro consonantal, recursos ortográficos ou morfossintáticos;
dígrafo;
 PONTUAÇAO: vírgula, ponto e vírgula, ponto, dois pontos, 63. Identificar e diferenciar os modos e os tempos verbais, percebendo os
exclamação e interrogação;
significados assumidos por eles dentro dos textos.
 A organização do texto em frases e os sinais de pontuação;
 A pontuação em textos que fazem uso do discurso direto e
indireto;
 Categorias morfossintáticas: substantivo, pronome,
adjetivo, artigos, numeral, verbo preposição, interjeição e
conjunção;
32

 SINTAXE: frase e oração;


 Termos essenciais da oração: Sujeito e predicado;
 Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação e recursos gráficos (sinais de
pontuação);
 ORTOGRAFIA: Palavras homófonas e homógrafas;
 Grafia das palavras: com ‑ r ou ‑ rr;
 Grafia das palavras: com ‑ ão ou ‑ am;
 Grafia das palavras: com s ou z?;
 As terminações ‑ ês/-esa e ‑ ez/‑ eza.

Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).

Quadro 2: Panorama geral do componente curricular Língua Portuguesa – 7º ano


CAMPOS DE ATUAÇÃO SOCIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 7º ANO
Eixo: LEITURA
33

1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA 1. Analisar aspectos linguísticos e textuais de novas formas de escrita da internet, em
Relativo a participação em situações de leitura, registro informal, que vêm se denominando “internetês”;
próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por 2. Ler, compreender e analisar os mais variados gêneros textuais, identificando as
crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço peculiaridades de cada um deles;
doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. 3. Reconhecer a finalidade dos gêneros textuais estudados;
4. Realizar aproximações entre o texto lido, o conhecimento de mundo, além do contexto
TEMÁTICAS: no qual o texto está inserido.
 Leitura de alguns gêneros textuais deste campo: e-mails,
cartas pessoais, texto instrucional (manual, guia, receita, etc.);
 Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: relatos,
HQs, receitas, bulas, manuais, artigos, notícias, textos
publicitários, classificados, textos informativos, revistas,
cartas pessoais, bilhetes, resumos, textos não verbais (fotos,
imagens), contos, lendas, fábulas, poemas, letras de música,
charges, dentre outros.
2. CAMPO LITERÁRIO 5. Ler narrativas da literatura juvenil, em gêneros diversos;
Relativo a participação em situações de leitura na 6. Analisar as escolhas lexicais envolvidas na construção de cenas e personagens de uma
fruição de produções literárias, representativas da diversidade narrativa;
cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. 7. Ler poemas de gêneros variados;
8. Analisar efeitos produzidos por recursos expressivos como rimas, aliterações,
TEMÁTICAS: assonâncias na leitura de poemas;
 Leitura de alguns gêneros textuais deste campo: 9. Compreender processos figurativos de produção de sentidos na linguagem, com
Prosa: narrativas de aventura, narrativas de mistério e destaque para personificação e a metonímia;
suspense, romances, autobiografias, diários, novelas, contos, 10. Analisar elementos – referências, alusões, retomadas – que estabelecem
lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs, mangás, peça teatral; intertextualidade em textos literários, narrativos e poéticos;
 Poesia; 11. Relatar oralmente o enredo de obras literárias mais extensas, como novelas e
 Poema de verso livre; romances, reconstituindo coerentemente a sequência narrativa.
 Poemas de forma fixa - quadras, sonetos, haicais, cordéis,
poemas visuais;
 Abordagem e contextualização do tema; discussão do
conteúdo; levantamento de hipóteses; abordagem das
relações de causa e consequência dos fatos; diferenciação
dos tempos (cronológico e psicológico), bem como da
utilização dos flashbacks; generalizações e especificações de
assuntos.
3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO 12. Analisar criticamente informações que constituem o lide (o quê, quem, onde, quando,
Relativo a participação em situações de leitura, como, por quê) em notícias que circulam em diferentes mídias;
especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária,
34

política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que 13. Identificar, em notícias, recursos linguístico-discursivos responsáveis pela ordenação
impactam a cidadania e o exercício de direitos. dos eventos;
14. Reconhecer os efeitos de sentido produzidos pelo uso de recursos linguístico-
TEMÁTICAS: discursivos da prescrição e as relações de causalidade na leitura de gêneros que regulam
 Leitura, reflexão e análise de alguns gêneros textuais deste direitos e deveres, como o regimento da escola, discutindo sobre suas implicações sociais;
campo: notícias, reportagens, cartas do leitor, cartas ao leitor, 15. Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações entre escrita, fala,
artigos de opinião e editoriais; sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações, imagens em movimento, grafismos),
 Leitura compreensiva, interpretativa e ampliação vocabular dentre outras linguagens.
referente a letras de músicas.
4. CAMPO INVESTIGATIVO 16. Compreender recursos linguístico-discursivos próprios das sequencias descritivas e
Relativo a participação em situações de leitura de expositivas, em gêneros didático-expositivos, como verbetes de dicionários, textos de
textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e divulgação cientifica, infográfico, etc.;
argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao 17. Identificar, em textos didático-expositivos, tema e ideias principais;
estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a 18. Utilizar inferências pragmáticas para dar sentido a expressões que não pertençam a seu
aprendizagem dentro e fora da escola. repertório linguístico, em situações de fala e escrita.

TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: textos didáticos,
resenhas, entrevistas, relatos de experimentos, gráficos,
infográficos, tabelas, verbetes.
 Diferenciação entre as partes principais e secundárias de
um texto.
 Elementos que constituem cada gênero textual e suas
especificidades.
Eixo: ESCRITA 19. Comparar os diferentes modos de comunicação e formas de interlocução em textos
produzidos para/na internet;
1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA
20. Utilizar o “internetês” e refletir sobre as regras desse tipo de linguagem da internet;
Relativo a participação em situações de produção
21. Conhecer as características de cada gênero textual;
escrita, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por
22. Reconhecer os elementos da narrativa, especialmente narrador, enredo e clímax;
crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço
23. Identificar o papel da descrição no texto narrativo.
doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional.
TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: e-mails, cartas, post
(em blogs e websites), conto, crônica, reportagem, poema,
artigo de opinião, mito e lenda;
 Tipologia Textual: narração e descrição.
2. CAMPO LITERÁRIO 24. Produzir pequenos contos de suspense, de mistério, de terror, de humor;
Relativo a participação em situações de produção 25. Empregar conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história;
escrita, na criação e fruição de produções literárias,
35

representativas da diversidade cultural e linguística, que 26. Introduzir vozes de personagens, fazendo uso de discurso direto, indireto ou indireto
favoreçam experiências estéticas. livre;
27. Estruturar o texto de modo a contemplar as suas partes como a complicação, o clímax
TEMÁTICAS: e o desfecho;
 Gêneros literários propostos para leitura, reflexão e análise: 28. Explorar cadência, ritmos e rimas, na criação de poemas da literatura popular e/ou
autobiografias, crônicas, animes, mangás, peças teatrais, juvenil como o cordel e o rap;
HQs, contos, lendas, mitos, romances, fábulas, poemas, 29. Construir as condições necessárias para produção e recepção dos gêneros literários
letras musicais, memórias literárias; propostos;
 Poesia: poemas de verso livre, poemas de forma fixa – 30. Identificar os diferentes elementos que estruturam os gêneros literários propostos:
quadras, cordéis, poemas visuais. aspectos linguísticos, expressivos, textuais, dentre outros.
3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO 31. Produzir textos com linguagem adequada e estrutura pertinente ao gênero, que
Relativo a participação em situações de produção apresentem encaminhamentos para resolução de problemas que afetam a vida comum;
escrita, especialmente de textos das esferas jornalística, 32. Justificar posicionamentos utilizando vocabulário pertinente e estruturas sintáticas
publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando adequadas à situação de comunicação na produção de gêneros reivindicatórios, por
temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos. exemplo, carta do leitor;
33. Relacionar imagem e texto verbal na produção de anúncio publicitário;
TEMÁTICAS: 34. Utilizar adequadamente estratégias discursivas de convencimento na produção de
 Alguns gêneros textuais deste campo: notícias, cartas do textos publicitários.
leitor, artigos de opinião, charges, propagandas, anúncios,
classificados, panfletos, cartazes;
 Produção escrita de propaganda e anúncios.
4. CAMPO INVESTIGATIVO 35. Organizar esquematicamente informações oriundas de pesquisas sobre tema em
Relativo a participação em situações de produção estudo;
escrita de textos que possibilitem conhecer os gêneros 36. Elaborar quadros, tabelas ou gráficos para a compreensão de temas em estudo a serem
expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas apresentados, com ou sem apoio de ferramentas digitais;
relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica, 37. Planejar, produzir, reescrever, revisar, editar e avaliar textos variados, considerando o
favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola; contexto de produção e circulação (finalidades, gêneros, destinatários, espaços de
circulação, suportes) e os aspectos discursivos, composicionais e linguísticos.
TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: entrevistas, relatos
de experimentos, gráficos, infográficos, tabelas,
documentário, textos visuais, publicitários, notícias, anúncios,
receitas, texto injuntivo, relato de memória e de experiências,
diário, biografia e autobiografia.
38. Recontar o enredo de narrativas literárias mais extensas como novelas e romances da
Eixo: ORALIDADE literatura juvenil, reconstituindo coerentemente a sequência narrativa, a ambientação, as
características físicas e psicológicas dos personagens, etc;
1. CAMPO LITERÁRIO
36

Relativo a participação em situações de escuta, 39. Planejar e realizar intervenções orais em situações públicas e analisar práticas utilizando
produção oral/sinalizada, na criação e fruição de produções diferentes gêneros orais (conversa, discussão, debate, entrevista, debate regrado,
literárias, representativas da diversidade cultural e linguística, exposição oral), assim como desenvolver escuta atenta e crítica em situações variadas.
que favoreçam experiências estéticas.

TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros deste campo: narrativas de aventura,
narrativas de mistério/suspense, romances, autobiografias,
novelas, contos, lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs,
mangás, peças teatrais;
 Contação de histórias: conto popular;
 Transmissão oral de contos, notícias, propagandas,
anúncios;
 Declamação de poesias.

2. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO 40. Examinar a seleção vocabular e as diferentes formas de expor argumentos na escuta
Relativo a participação em situações de escuta e produção de respostas a perguntas em entrevistas ou enquetes;
oral/ sinalizada, especialmente de textos das esferas 41. Construir argumentos coerentes, planejando e monitorando a fala/sinalização,
jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória, adequando-a à participação em interações que envolvam a resolução de situações-
contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício problema;
de direitos. 42. Verbalizar, frente às questões levantadas, opiniões e conhecimentos;
43. Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações entre escrita, fala,
TEMÁTICAS: sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações, imagens em movimento, grafismos),
 Alguns gêneros textuais deste campo: fóruns, enquetes, dentre outras linguagens.
depoimentos, comentários e debate;
 Interpretação de bulas, telegramas, ilustrações, tiras, textos
visuais e verbais, etc.;
 Transmissão oral de contos, notícias, propagandas,
anúncios;
 Apresentação de poesias, propagandas, notícias de jornal e
reportagens;
 Jornal falado contemplando os temas integradores.
3. CAMPO INVESTIGATIVO 44. Apresentar oralmente resultados de estudos com apoio de quadros, tabelas ou gráficos,
Relativo a participação em situações de escuta e produção com ou sem o uso de recursos das novas tecnologias da informação e comunicação;
oral/sinalizada de textos que possibilitem conhecer os 45. Ler textos em voz alta, bem como realizar debates de ideias.
gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem e as
práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação
37

científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da


escola.

TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: apresentação de
trabalhos, exposição oral e seminário;
 Debater sobre temas polêmicos: valores éticos e morais,
consumismo, o bulling, etc.
Eixo: ANÁLISE LINGUÍSTICA 46. Posicionar-se em relação a situações de fala planejada, quanto ao uso de vocabulário
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO e de estruturas sintáticas mais complexas;
Os conhecimentos sobre a língua e sobre a norma são 47. Refletir sobre a variação linguística, reconhecendo relações de poder na sociedade,
construídos e mobilizados na leitura e produção de textos. combatendo as formas de dominação e preconceito que se fazem na e pela linguagem,
Eles envolvem posição ativa dos estudantes na observação sobre as relações entre fala e escrita em diferentes gêneros, assim como reconhecer e
de regularidades e na compreensão das convenções. utilizar estratégias de marcação do nível de formalidade dos textos em suas produções;
48. Compreender a condição social e histórica da língua como polissistema dinâmico e
TEMÁTICAS: variável;
 Gêneros discursivos orais e suas peculiaridades; 49. Refletir sobre a variação de registro e sobre a variação regional e social da língua;
 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: A língua portuguesa no Brasil: 50. Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da língua padrão;
Uma língua com inúmeras variações regionais; 51. Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir do contexto, além de buscar o sentido
 Língua falada e língua escrita; dicionarizado; o tema ou assunto principal de textos; as ideias principais e secundárias;
52. Reconhecer e analisar a ambiguidade como recurso semântico na produção de efeito
 Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias, repetição e
de sentido;
semântica;
53. Compreender figuras de linguagem, com destaque para, personificação e a metonímia;
 SEMÂNTICA: Sinônimos e antônimos; uso do dicionário;
54. Reconhecer que, na metáfora, uma palavra de determinado campo semântico é usada
 Polissemia (mesma palavra, outro sentido e contexto); em outro campo, e, na metonímia, um termo é usado no lugar de outro, por haver, entre
 Polissemia e sentido literal; ambos, uma relação de proximidade, pertencimento e dependência;
 Ambiguidade; 55. Reconhecer e identificar em texto as figuras de pensamento hipérbole, personificação,
 Figuras de linguagem I ‑ metáfora e metonímia; sinestesia e ironia;
 Metáfora (misturando contextos); 56. Reconhecer a função de palavras e suas flexões (pronomes, artigos, numerais,
 Metonímia (novos sentidos dentro do mesmo contexto); preposições, advérbios);
 Figuras de linguagem II: hipérbole, personificação, 57. Reconhecer que é possível usar a linguagem figurada em qualquer tipo de texto, embora
sinestesia e ironia; ela seja mais adequada em textos publicitários e, principalmente, literários;
 REVISÃO CLASSES GRAMATICAIS: substantivo, artigo, 58. Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas
numeral, pronome, advérbio, verbo, interjeição, conjunção, de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno
preposição e adjetivo; condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais;
 SINTAXE: Termos que aparecem na construção da oração 59. Compreender a estrutura básica da sentença simples (ou período simples): a noção de
I – Sujeito e Predicado; sujeito e predicado, que contribui para a compreensão crítica dos usos e normas da sintaxe
 Sujeito e sua relação com o verbo: construindo o conceito de concordância verbal;
de sujeito; 60. Entender o conceito de predicado e seus tipos dentro do contexto de cada oração;
38

 Tipologia do Sujeito: simples, composto, desinencial, 61. Compreender quais são os complementos verbais e sua função de completar o sentido
indeterminado e oração sem sujeito; do verbo;
 Construindo o conceito de predicado; 62. Analisar como os complementos verbais se articulam com o verbo, sem preposição
 Tipologia do predicado: verbal, nominal e verbo-nominal; (objeto direto), ou por meio de preposição (objeto indireto);
 Termos que aparecem na construção da oração II: 63. Reconhecer que os complementos verbais podem ter predicativo: o predicativo do
complementos verbais; objeto;
 Objeto direto e objeto indireto; 64. Estudar e compreender a acentuação das palavras de acordo com as regras
 Predicativo do objeto; gramaticais.
 Verbos intransitivos;
 Verbos transitivos diretos e indiretos;
 ORTOGRAFIA: Acentuação das palavras: oxítonas e
monossílabos terminados com ditongos abertos;
 Acentuação das palavras: i e u tônicos em hiatos;
 Questões ortográficas: por que, porque, por quê e porquê;
 PONTUAÇÃO: O uso da vírgula: noções básicas;
 O uso da vírgula: vocativo.

Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).
39

Quadro 3: Panorama geral do componente curricular Língua Portuguesa – 8º ano


CAMPOS DE ATUAÇÃO SOCIAL OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 8º ANO
Eixo: LEITURA
1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA 1. Analisar e comparar argumentos e opiniões em comentários de posts publicados em
Relativo a participação em situações de leitura, redes sociais;
próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por 2. Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações entre escrita, fala,
crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações, imagens em movimento, grafismos),
doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. dentre outras linguagens.

TEMÁTICAS:
 Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais: e-mails,
cartas pessoais, relatos, histórias em quadrinhos, receitas,
bulas, manuais, artigos, notícias, textos publicitários,
classificados, textos informativos, revistas, bilhetes, e-mails,
resumos, textos não verbais (fotos, imagens), contos, lendas,
fábulas, poemas, letras de música, charges, dentre outros.
2. CAMPO LITERÁRIO 3. Ler gêneros diversos de narrativas literárias da literatura brasileira e mundial;
Relativo a participação em situações de leitura na 4. Analisar o tipo de narrador (em primeira pessoa – personagem, protagonista, testemunha
fruição de produções literárias, representativas da diversidade ou terceira pessoa – onisciente, observador) em narrativas literárias e as diferentes vozes
cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. presentes na narrativa;
5. Ler narrativas da literatura juvenil, em gêneros diversos;
TEMÁTICAS: 6. Ler poemas da literatura brasileira e mundial;
 Leitura de alguns gêneros textuais deste campo: 7. Comparar variados gêneros de poemas (cordel, poesia concreta, lira, soneto, dentre
 Prosa: narrativas de aventura, narrativas de mistério e outros);
suspense, romances, autobiografias, diários, novelas, contos, 8. Analisar imagens poéticas construídas pelo uso de comparações, metáforas e
lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs, mangás, peça teatral. metonímias;
 Poesia: 9. Compreender processos figurativos de produção de sentidos na linguagem, com
 Poema de verso livre, destaque para a hipérbole e a ironia;
 Poemas de forma fixa — quadras, sonetos, haicais, cordéis, 10. Ler poemas da literatura brasileira e mundial;
poemas visuais. 11. Comparar diferentes gêneros de poemas, identificando elementos socioculturais
 Gêneros literários propostos para leitura, reflexão e análise: envolvidos na sua produção;
romances, letras de músicas e paródias. 12. Analisar os efeitos de sentido decorrentes da articulação entre forma – dimensão sonora
e imagética – e conteúdo – dimensão semântica – em poemas;
13. Compreender processos figurativos de produção de sentidos na linguagem, com
destaque para a ironia, a antítese, o paradoxo;
14. Analisar, em textos literários narrativos e poéticos, a ocorrência da intertextualidade em
aspectos da estrutura composicional e do estilo;
40

15. Construir as condições necessárias para produção e recepção dos gêneros literários
propostos;
16. Analisar elementos – referências, alusões, retomadas – que estabelecem
intertextualidade em textos literários, narrativos e poéticos;
17. Identificar os diferentes elementos que estruturam os gêneros literários propostos:
aspectos linguísticos, expressivos, textuais, dentre outros.
3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO 18. Reconhecer argumentos e contra-argumentos em artigo de opinião;
Relativo a participação em situações de leitura, 19. Analisar a organização textual (artigos, incisos, capítulos etc.) e a seleção lexical e
especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária, morfossintática, na leitura do Estatuto da Criança e do Adolescente, avaliando suas
política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que implicações para o exercício da cidadania e a vida e sociedade;
impactam a cidadania e o exercício de direitos. 20. Relatar oralmente o enredo de textos da dramaturgia, reconstituindo verbalmente a
sequência narrativa.
TEMÁTICAS:
 Leitura de alguns gêneros textuais deste campo: notícias,
reportagens, cartas do leitor, cartas ao leitor e editoriais;
 Tipologia textual: descrição, narração breve e longa, artigo
de divulgação científica e artigo de opinião.
4. CAMPO INVESTIGATIVO 21. Reconhecer a função da hierarquização de tópicos em textos didático-expositivos;
Relativo a participação em situações de leitura de 22. Relacionar os tópicos de textos didático-expositivos;
textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e 23. Fazer aproximações entre o texto lido, o conhecimento de mundo, além do contexto no
argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao qual o texto está inserido;
estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a 24. Utilizar inferências pragmáticas para dar sentido a expressões que não pertençam a seu
aprendizagem dentro e fora da escola. repertório linguístico;
25. Localizar e organizar: informações explícitas por meio das marcas linguísticas;
TEMÁTICAS: informações implícitas por meio dos pressupostos e subentendidos.
 Alguns gêneros textuais deste campo: textos didáticos,
resenhas, entrevistas, relatos de experimentos, gráficos,
infográficos, tabelas, verbetes;
 Debate sobre condições culturais, sociais e políticas em que
os textos são produzidos e as diferentes posições, opiniões e
posicionamentos em relação a um mesmo assunto ou tema
de um ou de textos comparados;
 Gênero e tipologia textual: textos visuais, verbais e
composições musicais.
Eixo: ESCRITA 26. Escrever cartas, e-mails, posts para redes sociais ou blogs, em situações/interlocuções
1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA mais formais;
Relativo a participação em situações de produção 27. Refletir sobre o endereçamento dos textos e sobre as escolhas linguísticas adequadas
escrita, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por à interlocução proposta;
41

crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço 28. Produzir textos narrativos coesos e coerentes, empregando adequadamente
doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. marcadores de tempo, tempos verbais e elementos próprios da descrição e narração.

TEMÁTICAS:
 Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo:
e-mails, cartas, post (em blogs e websites);
 Resumo de narrativas;
 Escrita da sequência narrativa e descritiva;
 Elementos da narrativa: Personagens, Tempo, Espaço,
Ação e Narrador;
 Momentos da narrativa: Situação inicial, Conflito, Clímax do
conflito e Desfecho.
2. CAMPO LITERÁRIO 29. Adaptar textos literários para encenação teatral, empregando, com adequação, rubricas,
Relativo a participação em situações de produção narração e falas de personagens;
escrita, na criação e fruição de produções literárias, 30. Empregar com adequação variedades linguísticas (dialetos, regionalismos, gírias,
representativas da diversidade cultural e linguística, que registro formal/informal) nas falas de personagens;
favoreçam experiências estéticas. 31. Produzir releituras de obras literárias de diferentes gêneros;
32. Usar figuras de linguagem como comparações, metáforas e metonímias na criação de
TEMÁTICAS: poemas que tratem de temáticas de interesse dos jovens, como amor, amizade, aventuras,
 Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo; desafios, mundo virtual, conflitos geracionais etc;
 Prosa: autobiografias, contos, minicontos, lendas, fábulas, 33. Estabelecer relações temáticas entre dois textos literários;
crônicas, HQs, animes, mangás e peças teatrais; 34. Reconhecer a literatura como identidade cultural de um povo.
 Poesia: poemas de verso livre, poemas de forma fixa –
quadras, cordéis, poemas visuais;
 Estudo de textos literários estruturados em prosa;
 Produção de memórias literárias;
 Estudo de textos literários estruturados em verso;
 Produção Textual: romances, descrição, narração breve e
longa.
3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO 35. Utilizar argumentos e contra-argumentos que apontem com clareza a direção
Relativo a participação em situações de produção argumentativa que se quer defender em artigo de opinião;
escrita, especialmente de textos das esferas jornalística, 36. Empregar elementos de coesão que marquem relações de oposição, contraste,
publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando exemplificação, ênfase, coerentes com o posicionamento sobre o tema;
temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos. 37. Conjugar elementos verbais e visuais, exercitando a capacidade de concisão da
linguagem, na produção de texto publicitário, por exemplo, uma campanha educativa.
TEMÁTICAS:
42

 Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo:


notícias, cartas do leitor, artigos de opinião, charges,
propagandas, anúncios, classificados, panfletos e cartazes.

4. CAMPO INVESTIGATIVO 38. Elaborar infográfico para a visualização/exposição de temas de estudo, por meio de
Relativo a participação em situações de produção elementos verbais e visuais;
escrita de textos que possibilitem conhecer os gêneros 39. Produzir gêneros textuais argumentativos, como artigo de opinião, carta do leitor, carta
expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas aberta, editorial, empregando de forma adequada operações de referenciação textual
relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica, (anafórica e catafórica) e conectivos na articulação entre as partes do texto;
favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola. 40. Planejar, produzir, reescrever, revisar, editar e avaliar textos variados, considerando o
contexto de produção e circulação (finalidades, gêneros, destinatários, espaços de
TEMÁTICAS: circulação, suportes) e os aspectos discursivos composicionais e linguísticos;
 Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo: 41. Produzir textos dissertativos, a fim de defender opiniões e pontos de vista;
entrevistas, relatos de experimentos, gráficos, infográficos, 42. Mobilizar diferentes tipos de argumentos, como explicação, exemplificação, voz de
tabelas, documentário, artigo de opinião e artigo de autoridade, comprovação cientifica etc., na participação em debates sobre problemas que
divulgação científica; demandam uma solução.
 O texto dissertativo: tese, intenção do autor, argumentos,
contra-argumento e conclusões.

Eixo: ORALIDADE 43. Dramatizar ou encenar peças teatrais utilizando entonações adequadas à
1. CAMPO LITERÁRIO caracterização dos personagens;
Relativo a participação em situações de escuta, 44. Conhecer e trabalhar com os gêneros discursivos da oralidade.
produção oral/sinalizada, na criação e fruição de produções
literárias, representativas da diversidade cultural e linguística,
que favoreçam experiências estéticas.

TEMÁTICAS:
 Exposição oral de alguns gêneros deste campo: narrativas
de aventura, narrativas de mistério/suspense, romances,
autobiografias, novelas, contos, lendas, fábulas, mitos,
crônicas, HQs, mangás e peças teatrais;
 Gêneros discursivos orais;
 Dramatização de obras literárias.
2. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO 45. Identificar e analisar os posicionamentos defendidos e refutados na escuta de gêneros
Relativo a participação em situações de escuta e como entrevista, debate, televisivo, debate em redes sociais, dentre outros;
produção oral/ sinalizada, especialmente de textos das
esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e
43

reivindicatória, contemplando temas que impactam a 46. Construir argumentos e contra-argumentos coerentes, respeitando os turnos de fala, na
cidadania e o exercício de direitos. participação em debates sobre temas controversos e/ ou polêmicos do repertório dos
alunos;
TEMÁTICAS: 47. Utilizar a língua falada como instrumento de interação e comunicação social;
 Alguns gêneros textuais deste campo: fóruns, enquetes,
depoimentos, comentários, podcast, debate;
 Processos de interação social e comunicação.
3. CAMPO INVESTIGATIVO 48. Planejar e apresentar exposições orais sobre temáticas diversas, propondo
Relativo a participação em situações de escuta e encaminhamento para questões de diferentes naturezas.
produção oral/sinalizada de textos que possibilitem conhecer
os gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem e as
práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação
científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da
escola.

TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: apresentação de
trabalhos, exposição oral e seminário.
Eixo: ANÁLISE LINGUÍSTICA 49. Compreender a condição social e histórica da língua como polissistema dinâmico e
4. TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO variável;
Os conhecimentos sobre a língua e sobre a norma são 50. Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da língua padrão;
construídos e mobilizados na leitura e produção de textos. 51. Compreender o sintagma verbal: a relação entre o verbo e seus complementos, que
Eles envolvem posição ativa dos estudantes na observação contribui para a compreensão crítica dos usos e normas da sintaxe de regência;
de regularidades e na compreensão das convenções. 52. Compreender a conjugação dos verbos no português brasileiro (verbos regulares);
53. Reconhecer e analisar a polissemia e seus efeitos de sentido em textos diversos;
TEMÁTICAS: 54. Refletir sobre processos de formação de palavras por composição: aglutinação e
 Língua falada e ideologia; justaposição;
 A variedade do português falado; 55. Compreender figuras de linguagem com destaque para a hipérbole e a ironia;
 A língua falada: patrimônio cultural dos povos; 56. Refletir sobre a variação linguística, reconhecendo relações de poder na sociedade,
combatendo as formas de dominação e preconceito que se fazem na e pela linguagem,
 Variantes linguísticas: a utilização da língua falada, nas
sobre as relações entre fala e escrita em diferentes gêneros, assim como reconhecer e
mais diversas situações comunicativas;
utilizar estratégias de marcação do nível de formalidade dos textos em suas produções;
 A língua e a transformação no tempo;
57. Perceber e avaliar as variações linguísticas dentro dos textos, levando em conta suas
 Variantes linguísticas contextualizadas; contextualizações;
 Níveis de registro da língua: formal e informal; 58. Identificar os níveis de registro da língua, observando as situações comunicativas em
 MORFOSSINTAXE: termos essenciais da oração (sujeito e que cada nível é mais adequado;
predicado); 59. Adquirir um conjunto de conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem e sobre o
 Termos integrantes da oração (objetos, complemento sistema linguístico relevante para as práticas de escuta, leitura e produção de textos;
nominal e agente da passiva);
44

 Termos acessórios da oração (adjunto adnominal, adjunto 60. Construir um acervo de instrumentos de natureza procedimental e conceitual
adverbial, aposto e vocativo); necessários para a análise e reflexão linguística, delimitação e identificação de unidades
 Frase, oração e período; linguísticas, para compreensão das relações estabelecidas entre as unidades e as funções
 Predicativo do sujeito; discursivas associadas a elas no contexto;
 Predicativo do objeto; 61. Compreender os tipos de relações semânticas que as palavras estabelecem entre si,
 Transitividade Verbal - Classificação dos verbos: VI, VTD, estudando algumas figuras de linguagem que usamos cotidianamente em textos escritos e
VTI, VTDI; falados: gradação, eufemismo, repetição, antítese, comparação, metáfora, metonímia,
 Complementos verbais (objeto direto, objeto indireto); ironia, hipérbole, prosopopeia e personificação;
 Vozes verbais (ativa, passiva, reflexiva); 62. Utilizar e analisar diferentes estratégias de coesão e articulação entre partes do texto
tais como os recursos de retomadas (pronominalização, substituição lexical, uso de
 Termos ligados ao nome – Vocativo e Aposto;
palavras de ligação) e as palavras e expressões que marcam a progressão do tempo na
 Figuras de Linguagem - O uso de recursos expressivos da
narrativa, as que estabelecem as relações de causalidade, oposição, consequência,
língua: gradação, eufemismo, repetição, antítese,
explicação entre acontecimentos e ideias;
comparação, metáfora, metonímia, ironia, hipérbole,
63. Utilizar os padrões da escrita em função do projeto textual e das condições de produção;
prosopopeia e personificação;
 ELEMENTOS COESIVOS: Advérbios, locuções adverbiais
e conjunções adverbiais;
 Pronomes como elementos de coesão;
 Classificação geral dos pronomes;
 ORTOGRAFIA: Escrita de palavras e pontuação de acordo
com a norma padrão de escrita;
 PONTUAÇÃO: Uso da vírgula com adjunto adverbial ou
oração subordinada adverbial;
 Vírgula e ênfase;
Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).
45

Quadro 4: Panorama geral do componente curricular Língua Portuguesa – 9º ano


CAMPOS DE ATUAÇÃO SOCIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 9º ANO
Eixo: LEITURA
1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA 1. Analisar, em textos do cotidiano, em registro formal, como cartas e alguns tipos de e-
Relativo a participação em situações de leitura, mails, a adequação das escolhas linguístico-discursivas (lexicais, formas de tratamento,
próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por concordância, regência) adequadas à interlocução;
crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço 2. Ler, compreender e analisar os mais variados gêneros textuais, identificando as
doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. peculiaridades de cada um deles.

TEMÁTICAS:
 Leitura, reflexão e análise dos gêneros textuais deste
campo: e-mails, cartas pessoais, texto instrucional (manual,
guia, receita etc.), post, romances, críticas literárias, relatos,
histórias em quadrinhos, manuais, artigos de opinião, notícias,
textos publicitários, classificados, textos informativos, revistas
de curiosidades, textos vinculados a ambientes virtuais,
resumos, regulamentos, estatutos, tabelas, textos não verbais
(fotos, imagens), charges, cartuns, editoriais, novelas,
poemas, letras de música, dentre outros;
 Estratégias de leitura e compreensão textual: explicitação
do conteúdo implícito.
2. CAMPO LITERÁRIO 3. Ler gêneros diversos de narrativas literárias da literatura brasileira e mundial;
Relativo a participação em situações de leitura na 4. Avaliar o ponto de vista a partir do qual uma história é narrada e as diferentes vozes
fruição de produções literárias, representativas da diversidade presentes na narrativa;
cultural e linguística, que favoreçam experiências estéticas. 5. Compreender, na leitura de narrativas literárias, figuras de linguagem (metáfora,
metonímia, paradoxo, hipérbole, ironia etc.);
TEMÁTICAS: 6. Ler poemas da literatura brasileira e mundial;
 Leitura de alguns gêneros textuais deste campo. 7. Comparar diferentes gêneros de poemas, identificando elementos socioculturais
 Prosa: narrativas de aventura, narrativas de mistério e envolvidos na sua produção;
suspense, romances, autobiografias, diários, novelas, contos, 8. Analisar os efeitos de sentido decorrentes da articulação entre forma – dimensão sonora
lendas, fábulas, mitos, crônicas, HQs, mangás, peça teatral. e imagética – e conteúdo – dimensão semântica – em poemas;
 Poesia: 9. Compreender processos figurativos de produção de sentidos na linguagem, com
 Poema de verso livre, destaque para a ironia, a antítese, o paradoxo;
 Poemas de forma fixa — quadras, sonetos, haicais, cordéis, 10. Reconhecer e analisar, em textos literários narrativos e poéticos, a presença de
poemas visuais. diferentes tipos de intertextualidade, tais como: paródias, paráfrases e pastiche;
 Leitura de tipos textuais: descrição, narração e dissertação. 11. Desenvolver estratégias e habilidades de leitura - antecipar sentidos e ativar
conhecimentos prévios relativos aos textos, elaborar inferências, localizar informações,
estabelecer relações de intertextualidade e interdiscursividade, apreender sentidos gerais
46

do texto, identificar assuntos / temas tratados nos textos, estabelecer relações lógicas entre
partes do texto – que permitam ler, com compreensão, textos de gêneros variados,
sobretudo gêneros literários;
12. Estabelecer e formular hipóteses, antes da leitura dos textos, a partir do conhecimento
das características dos gêneros, da biografia do autor, do contexto, sobre: o conteúdo
textual, a forma, a finalidade, entre outros;
13. Diferenciar os tipos textuais, bem como estabelecer relações entre eles.
3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO 14. Avaliar, em depoimentos, entrevistas, editoriais, artigos de opinião, posicionamentos
Relativo a participação em situações de leitura, que constroem a argumentação.
especialmente de textos das esferas jornalística, publicitária, 15. Reconhecer diferentes tipos de argumentos – de autoridade, por comprovação, por
política, jurídica e reivindicatória, contemplando temas que exemplificação, de causa e consequência – em gêneros argumentativos diversos;
impactam a cidadania e o exercício de direitos. 16. Analisar a organização textual (artigos, incisos, capítulos etc.) e a seleção lexical e
TEMÁTICAS: morfossintática, na leitura de gêneros como o Código de Defesa do Consumidor, avaliando
 Leitura de alguns gêneros textuais deste campo: notícias, suas implicações para a vida em sociedade;
reportagens, cartas do leitor, cartas ao leitor, artigos de
opinião, editoriais;
 Textos de situações sócio comunicativas: publicitários,
anúncios, bilhetes, receitas, convites, texto injuntivo, preditivo,
reportagem, e-mail, telegramas, notas fiscais, etc;
 Textos visuais e verbais.
4. CAMPO INVESTIGATIVO 17. Comparar e avaliar informações apresentadas em diferentes textos didático-expositivos
Relativo a participação em situações de leitura de que articulam diferentes modalidades de linguagem – imagens, sons, texto verbal – e
textos que possibilitem conhecer os gêneros expositivos e circulam em diferentes suportes.
argumentativos, a linguagem e as práticas relacionadas ao
estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a
aprendizagem dentro e fora da escola.

TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: textos didáticos,
resenhas, entrevistas, relatos de experimentos, gráficos,
infográficos, tabelas, verbetes.
Eixo: ESCRITA 18. Escrever carta de solicitação para ser enviada por e-mail;
1. CAMPO DA VIDA COTIDIANA 19. Avaliar os recursos linguístico-discursivos como formas de tratamento; uso de
Relativo a participação em situações de produção articuladores (conjunções/conectores) no desenvolvimento de justificativa da solicitação;
escrita, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por uso de expressões para encerrar a carta, adequadas às exigências formais do gênero;
crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço 20. Compreender e produzir textos multimodais, como documentários e reportagens
doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. audiovisuais, sobre temáticas de interesse das culturas juvenis, articulando diferentes
modalidades de linguagem;
47

21. Planejar, produzir, reescrever, revisar, editar e avaliar textos variados, considerando o
TEMÁTICAS: contexto de produção e circulação (finalidades, gêneros, destinatários, espaços de
 Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo: circulação, suportes) e os aspectos discursivos, composicionais e linguísticos.
e-mails, cartas, post (em blogs e websites);
 Tipologia e gênero textual: editorial, entrevista, escultura,
quadrinhos, charges, resenhas, resumos, cartuns, telas, etc;
 Produção de textos empregando os recursos estilísticos.
2. CAMPO LITERÁRIO 22. Produzir contos ou crônicas sobre temáticas de interesse dos jovens como o amor, a
Relativo a participação em situações de produção amizade, as relações sociais;
escrita, na criação e fruição de produções literárias, 23. Utilizar conhecimentos sobre foco narrativo – em primeira pessoa, terceira pessoa –,
representativas da diversidade cultural e linguística, que sobre tipos de narrador, sobre a construção de personagens na escrita de narrativas de
favoreçam experiências estéticas. ficção;
24. Praticar a intertextualidade (paráfrase, paródia), tendo como referência poemas da
TEMÁTICAS: literatura brasileira;
 Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo; 25. Ler, produzir e analisar textos multimodais, estabelecendo relações entre escrita, fala,
 Prosa: autobiografias, contos, minicontos, lendas, fábulas, sons, música, imagens (fotografias, telas, ilustrações, imagens em movimento, grafismos),
crônicas, HQs, animes, mangás e peças teatrais; dentre outras linguagens.
 Poesia: poemas de verso livre, poemas de forma fixa –
quadras, cordéis, poemas visuais;
 Resumo de obras literárias e não-literárias;
 Paráfrase de textos literários e não-literários de preferência
os trabalhados na leitura e na expressão oral.
3. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO 26. Produzir artigo de opinião utilizando tipos de argumento e conectores adequados à
Relativo a participação em situações de produção situação de comunicação;
escrita, especialmente de textos das esferas jornalística, 27. Utilizar diferentes tipos de argumentos – de autoridade, por comprovação, por
publicitária, política, jurídica e reivindicatória, contemplando exemplificação, de causa e consequência – na construção de gêneros argumentativos;
temas que impactam a cidadania e o exercício de direitos; 28. Utilizar os padrões da escrita em função do projeto textual e das condições de produção.
TEMÁTICAS:
 Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo:
notícias, cartas do leitor, artigos de opinião, charges,
propagandas, anúncios, classificados, panfletos e cartazes;
 Fatores de textualidade: coesão, coerência,
situacionalidade, intencionalidade, informatividade,
intertextualidade e aceitabilidade.
4. CAMPO INVESTIGATIVO 29. Elaborar apresentação de trabalho, usando recursos audiovisuais para exposição que
Relativo a participação em situações de produção integrem tópicos, pequenos textos, imagens e/ou vídeos sobre tema de estudo;
escrita de textos que possibilitem conhecer os gêneros 30. Utilizar os conhecimentos de pontuação e acentuação de palavras na produção de
expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas textos;
48

relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica, 31. Utilizar os elementos coesivos e os recursos morfossintáticos nos textos produzidos.
favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola.

TEMÁTICAS:
 Produção escrita de alguns gêneros textuais deste campo:
entrevistas, relatos de experimentos, gráficos, infográficos,
tabelas e documentário;
 Produção de: resenhas, resumos, textos dissertativos
expositivos e argumentativos.
Eixo: ORALIDADE 32. Comparar aspectos relativos ao enredo, à construção dos personagens, ao tempo e ao
1. CAMPO LITERÁRIO espaço a partir da leitura de obras literárias e cinematográficas, em situação de círculos ou
Relativo a participação em situações de escuta, rodas de leitura;
produção oral/sinalizada, na criação e fruição de produções 33. Aplicar conhecimentos sobre diversos gêneros e tipos de textos escritos à ampliação
literárias, representativas da diversidade cultural e linguística, das possibilidades de comunicação e de expressão.
que favoreçam experiências estéticas.

TEMÁTICAS:
 Exposição oral de alguns gêneros deste campo: narrativas
de aventura, narrativas de mistério/suspense, romances,
autobiografias, novelas, contos, lendas, fábulas, mitos,
crônicas, HQs, mangás e peças teatrais;
 Dramatização de obras literárias;
 Apresentação de paródias, paráfrase e coproduções
(leituras).
2. CAMPO POLÍTICO-CIDADÃO 34. Avaliar os tipos de argumento (como a explicação, exemplificação, voz de autoridade,
Relativo a participação em situações de escuta e comprovação científica) na escuta de gêneros como debate político, comentário, entrevista,
produção oral/ sinalizada, especialmente de textos das dentre outros;
esferas jornalística, publicitária, política, jurídica e 35. Usar diferentes tipos de argumento (como explicação, exemplificação, relação de causa
reivindicatória, contemplando temas que impactam a e efeito) e conectores próprios da oralidade formal, em debates regrados sobre temas
cidadania e o exercício de direitos. controversos e/ou polêmicos do repertório dos alunos;
36. Respeitar e valorizar as diferentes maneiras que a língua falada é utilizada;
TEMÁTICAS: 37. Conhecer os objetivos da fala planejada e utilizar os seus recursos e estratégias.
 Alguns gêneros textuais deste campo: fóruns, enquetes,
depoimentos, comentários, podcast, debate;
 Gêneros discursivos orais: debates e entrevistas;
 Verbalização de opiniões e comentários.
3. CAMPO INVESTIGATIVO 38. Planejar e apresentar seminários sobre temáticas diversas, propondo encaminhamento
para questões de diferentes naturezas;
49

Relativo a participação em situações de escuta e 39. Conhecer as normas que regulam o processo discursivo, levando em conta o contexto
produção oral/sinalizada de textos que possibilitem conhecer de produção e recepção: saber ouvir sem interromper; interromper na hora correta; ordenar
os gêneros expositivos e argumentativos, a linguagem e as as ideias; progredir com o pensamento; mensurar o tempo disponível; entre outros;
práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação 40. Planejar e realizar intervenções orais em situações públicas e analisar práticas utilizando
científica, favorecendo a aprendizagem dentro e fora da diferentes gêneros orais (conversa, discussão, debate, entrevista, debate regrado,
escola. exposição oral), assim como desenvolver escuta atenta e crítica em situações variadas.

TEMÁTICAS:
 Alguns gêneros textuais deste campo: apresentação de
trabalhos, exposição oral e seminário;
 Contextualização da fala em relação ao interlocutor;
 Discussão sobre reportagens, editorias, músicas,
veiculados pelos meios de comunicação;
 Debates sobre temas polêmicos;
 Comentários sobre composições da MPB.
Eixo: ANÁLISE LINGUÍSTICA 41. Entender a fala como maneira de se utilizar a língua e a importância de se dominar suas
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO estruturas e recursos nos processos de comunicação social;
Os conhecimentos sobre a língua e sobre a norma são 42. Descobrir a língua falada como manifestação cultural dos povos, bem como notar sua
construídos e mobilizados na leitura e produção de textos. utilização como forma de construção de ideias, opiniões, ideologias, etc.;
Eles envolvem posição ativa dos estudantes na observação 43. Ser capaz de adequar sua fala aos diversos contextos sociocomunicativos;
de regularidades e na compreensão das convenções. 44. Compreender a condição social e histórica da língua como polissistema dinâmico e
variável;
TEMÁTICAS: 45. Refletir sobre a variação de registro e sobre a variação regional e social da língua;
 Linguagem e comunicação; 46. Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da língua padrão;
 Língua falada e ideologia; 47. Compreender a estrutura da sentença complexa: compreensão do modo como se
 Identidade e diversidade do português falado; constituem as sentenças complexas: estruturas sindéticas e assindéticas; o papel da
virgula, dos conectores, dos pronomes relativos;
 O uso da língua falada: objetivos, regras e estratégias;
48. Compreender a conjugação dos verbos no português brasileiro (verbos irregulares mais
 SEMÂNTICA - Funções da linguagem (emotiva, referencial,
usados);
conotativa / apelativa, metalinguística, poética, fática);
49. Refletir sobre processos de formação de palavras por derivação imprópria. E sobre
 FORMAÇÃO E SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS - Língua e estrangeirismos;
palavra; 50. Compreender figuras de linguagem, com destaque para a ironia, a antítese, paradoxo;
 Palavra e significação; 51. Constituir um conjunto de conhecimentos sobre o funcionamento da linguagem e sobre
 O conjunto de palavras da língua portuguesa: o nosso o sistema linguístico relevantes para as práticas de escuta, leitura e produção de textos;
léxico; 52. Abordar a origem da língua portuguesa e a formação do nosso léxico, com os
 Os empréstimos (estrangeirismos); estrangeirismos e neologismos;
 Neologismos – os novos significados e as novas palavras; 53. Conhecer os mecanismos de formação de palavras de que dispomos na língua,
 Processos de formação de palavras; possibilitando que os alunos reflitam sobre seus valores produtivos e criativos para produzir
 Derivação e composição; os sentidos pretendidos nos textos;
50

 SINTAXE - Frase, oração e período; 54. Identificar uma oração subordinada adjetiva e identificar seus tipos, assim como
 Classificação do período: simples e composto; reconhecer que sentido expressam;
 Orações Coordenadas: sindéticas e assindéticas; 55. Constatar que as orações dependem sintaticamente umas das outras e que as
 Classificação das orações coordenadas sindéticas; conjunções têm um papel importante na conexão entre as orações e na construção do
 Período composto por subordinação; sentido;
 Orações subordinadas substantivas, adjetivas e adverbiais; 56. Iniciar o estudo sistemático de período composto por subordinação: orações
 Orações reduzidas; subordinadas substantivas;
57. Compreender a definição de oração subordinada: substantiva, adjetiva e adverbiais,
 Concordância nominal – regra geral;
como também a sua tipologia;
 Concordância das expressões (é bom, é proibido, é
58. Verificar o uso da vírgula no período composto por subordinação;
necessário);
59. Iniciar o estudo sobre as regras de concordância nominal;
 Regência verbal; 60. Identificar, a partir de textos o conceito de palavras homônimas e parônimas e
 ORTOGRAFIA: Palavras parônimas e homônimas; estabelece reflexões sobre a importância desses conceitos para o estudo da ortografia;
 Palavras de origem estrangeira: x / j / ç; 61. Estudar a ortografia de palavras de origem estrangeira (uso de ç, j e x);
 Grafia das palavras: quando usar ‑são ou ‑ção. 62. Tratar do uso do ponto e vírgula e do travessão em orações entrecortadas e retomar
 ORTOGRAFIA CONFORME O NOVO ACORDO outros usos e funções;
ORTOGRÁFICO; 63. Levantar hipóteses, formular regras e conceitos, relativos à ortografia e à pontuação,
 Acentuação Gráfica: acentuação as monossílabas tônicas, considerando a sua importância para a clareza e compreensão do texto;
oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas. Acentuação dos 64. Conhecer a correta disposição dos pronomes no texto.
ditongos e hiatos;
 Crase (casos obrigatórios de crase);
 Casos em que não ocorre crase;
 Colocação pronominal: principais casos de colocação
pronominal (próclise, mesóclise e ênclise);
 Uso de se não, senão, só, a sós e outras dificuldades
ortográficas;
 PONTUAÇÃO: uso do ponto e vírgula e travessão.
Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Linguagens, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014-2024).
51

6 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

A presente proposta almeja auxiliar o professor de Língua Portuguesa


da Rede Municipal de Ensino de Açailândia - MA, na preparação e realização de
suas aulas, sendo que para isso se sugere algumas orientações didáticas. Tais
orientações são fundamentais para o sucesso da aprendizagem escolar, sendo
que consistem em práticas metodológicas escolhidas pelos professores na hora
do ensino de sua disciplina.
O ensino da Língua Portuguesa deve fugir da mera transmissão e
memorização de regras gramaticais, totalmente afastadas da realidade dos
alunos. Essa prática mecanizada, além de desestimular a busca pelo
conhecimento, não garante o aprendizado dos conhecimentos necessários para
o bom uso da língua.
São necessárias práticas metodológicas que tornem a aprendizagem e
o domínio da língua materna em algo prazeroso, permitindo aos alunos
reconhecerem o quanto é necessário e possível adquirir conhecimentos e
habilidades que os levem a utilizar a língua de forma autônoma. Aquilo que é
aprendido deve-se aproximar do cotidiano de cada um, sendo algo prático e
utilizável no dia a dia.
Seguem algumas orientações didáticas para o ensino da Língua
Portuguesa, as quais os professores dessa disciplina podem utilizar, a fim de
facilitar a aprendizagem dos alunos:
 Contextualização das práticas de leitura, compreensão,
interpretação e produção de textos, aproximando os textos trabalhados
ao dia a dia dos alunos;
 Ensino dos conhecimentos gramaticais dentro de estruturas
textuais maiores, a fim de se fugir a práticas que se baseiam apenas no
estudo e análise de competências linguísticas em frases soltas e
esvaziadas de significado;
 Trabalho com gêneros textuais mais atualizados, que estimulem a
curiosidade e despertem o interesse dos alunos, tais como: quadrinhos,
tirinhas, charges, textos produzidos em ambientes virtuais, crônicas,
contos fantásticos, teses, dentre outros;
 Projetos de leitura, compreensão, interpretação e produção de
52

textos que desenvolvam a capacidade dos alunos no trabalho em grupo;


 Leitura de textos literários cujas obras possuam linguagem
acessível aos alunos;
 Aprendizagem sobre conhecimentos linguísticos e estruturação do
texto por meio de letras musicais, podendo essas serem executadas
dentro da sala de aula;
 Propiciar aos alunos momentos de exposição do pensamento e de
suas ideias por meio de seminários, mesas redondas, debates, a fim que
seus posicionamentos possam ser valorizados, além de se possibilitar a
prática e valorização da oralidade em situações de fala planejada;
 Utilizar ferramentas de interação disponíveis na internet, para
estimular e desenvolver as capacidades de leitura e produção de textos.
Exemplos:
 Blogs: são sites que permitem que qualquer usuário dê sua opinião
ou comente acerca de um tema ou assunto específico. O próprio
professor ou mesmo os alunos podem criar os blogs, para que assuntos
de interesses da turma, vídeos, textos, informações, possam ser
compartilhadas no ambiente virtual, em tempo real;
 Wiki: é uma ferramenta de produção de texto coletiva disponível na
internet, muito utilizado pela Educação à distância;
 E-mail: devido à expansão da utilização do correio eletrônico, o
domínio e utilização dessa ferramenta tornaram-se imprescindível na
vida de qualquer pessoa. O professor deve aproveitar o avanço desse
meio de comunicação, para o incentivo à elaboração de textos que
estejam adequados às normas da língua culta, tendo em vista o seu
destinatário, a finalidade do contato e os fatores de textualidade;
 Tendo em vista a importância das avaliações externas, entre elas
a Prova Brasil, o professor ao constatar que os alunos estão com certa
dificuldade em determinados descritores, pode trabalhar questões,
principalmente em exercícios, que busquem recuperar e sanar as
defasagens;
 Em relação à produção de textos, o professor não deve deixar de
valorizar tudo aquilo que o aluno apresenta em sua escrita, não
supervalorizando os aspectos meramente gramaticais, em detrimento
53

dos fatores de textualidade, tais como: coerência, coesão,


intencionalidade e situacionalidade.

6.1 Avaliação

No ensino de Língua Portuguesa a avaliação trata-se de um processo


de aprendizagem contínuo e que tem como prioridade a qualidade e o
desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Nesse contexto, segundo os
Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Básica, o processo avaliativo
consiste:

Quanto aos processos avaliativos, parte integrante do currículo, há que


partir do que determina a LDB em seus artigos 12, 13 e 24, cujos
comandos genéricos prescrevem o zelo pela aprendizagem dos
alunos, a necessidade de prover os meios e as estratégias para a
recuperação daqueles com menor rendimento e consideram a
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, bem
como os resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
finais. (BRASIL, 1998, p.123)

Assim, ao avaliar o aluno o professor deve colocar em prática um


processo pautado em uma ação pedagógica diagnóstica, formativa, contínua e
somativa.
Na avaliação diagnóstica o professor tem o objetivo de averiguar quais
conhecimentos o educando detém no início de um processo. Através da mesma
pode-se dar um tratamento mais particularizado aos alunos, tendo em vista que
eles são egressos de diferentes realidades.
A avaliação formativa tem o intuito de buscar diagnosticar as
potencialidades do aluno e detectar problemas de aprendizagem, sendo
necessária a intervenção imediata do professor para diminuir as dificuldades que
alguns estudantes possuem. Considera-se ainda nessa avaliação que os alunos
possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e por a mesma ser
contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção
pedagógica aconteça a todo tempo. A avaliação formativa informa ao professor
e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui para o docente
buscar estratégias com o intuito de que seus alunos aprendam e participem mais
das aulas.
54

A avaliação contínua pode assumir várias formas, tais como: a


observação, a participação oral, o registro das atividades dos alunos, trabalhos
individuais ou em grupo, provas, dentre outros. Essa avaliação é um instrumento
indispensável para o docente, pois é através da mesma que se verifica as
dificuldades específicas dos alunos.
Realizada geralmente ao final de um determinado período ou bimestre,
a avaliação somativa é usada para se estabelecer uma nota ou um conceito.
Porém, essa avaliação não deve ser excluída do processo de aprendizagem, ao
invés disso deve-se conciliar a duas formas de avaliação: formativa e somativa,
pois ambas possuem diferentes finalidades que se completam. Por isso, em
lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor deve usar a observação
diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e
objetivo de aprendizagem. Sob essa perspectiva, para o processo avaliativo na
disciplina de Língua Portuguesa, esta proposta recomenda:
 Oralidade: será avaliada em função da adequação do
discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Através de um
seminário, debate, em uma troca informal de ideias, entrevista ou relato
de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso
deve ser considerado numa análise da produção oral. Dessa forma, o
professor irá verificar a participação do aluno nos diálogos, relatos e
discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da
sua fala e a argumentação que apresenta ao defender seu ponto de
vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais
com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas
televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista
o resultado esperado.
 Leitura: na aprendizagem desse eixo necessitam serem
observadas e avaliadas continuamente estratégias que os alunos
utilizam para compreender o texto lido, o sentido construído, as relações
dialógicas entre textos, relações de causa e consequência entre as
partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no
texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a
localização das informações tanto explícitas quanto implícitas, o
argumento principal, dentre outros. É primordial aferir se ao efetuar o ato
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de ler o aluno consegue: ativar seus conhecimentos prévios;


compreender o significado das palavras desconhecidas a partir do
contexto; realizar inferências corretas; reconhecer o gênero, tipo e
suporte textual. Tendo em vista o multiletramento, também e preciso
avaliar a capacidade de se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito,
gráficos, infográficos, imagens, músicas, etc.
Ainda é preciso enfatizar que o professor deve considerar as diferentes
leituras de mundo dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte
de expectativas. Assim, pode-se propor questões abertas ou debates
que possam possibilitar uma leitura reflexiva.
 Escrita: no processo avaliativo da escrita é preciso ver o texto do
aluno como uma fase do processo de produção, nunca como produto
final. Nesse contexto, o que determina a adequação da produção escrita
são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. A partir
desse momento que o texto escrito deve ser avaliado nos seus aspectos
discursivo-textuais, verificando a: adequação a proposta e ao gênero
solicitado, existência de uma linguagem coerente com o contexto
solicitado, elaboração de argumentos consistentes e convincentes,
existência da coesão e coerência textual e organização dos parágrafos.

Tal como na oralidade, também na escrita o aluno deve se posicionar


como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio, sendo que
é pertinente observar, por exemplo: se a intenção do texto foi alcançada, se há
relação entre partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às repetições
e se é necessário substituir parágrafos, ideias ou conectivos.

 Análise Linguística: é no texto, seja oral ou escrito, que a língua se


manifesta em todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais.
Por isso, os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros
precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada, que
possibilite a compreensão desses elementos no interior do texto. Dessa
forma, o professor poderá avaliar: o uso da linguagem formal e informal,
a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo
uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo
uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem como as
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relações semânticas entre as partes do texto. Diante da compreensão


desses mecanismos o aluno poderá inclui-los em outras operações
linguísticas, como por exemplo, a reestruturação do texto.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são


avaliados continuamente em termos do mesmo, pois efetuam operações com a
linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que
lhes permite o aperfeiçoamento linguístico constantemente e por consequência
o letramento. Esse trabalho de oralidade e escrita requer uma formação inicial e
continuada que possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre
teoria e prática, na condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como base
para sua ação pedagógica, sendo que para essa ação é necessário um
aprofundamento teórico.
Portanto, entende-se que o processo avaliativo deve funcionar de
maneira integral para ser eficaz, ou seja, deve ocorrer em todas as etapas do
ensino de forma adequada. Cabe ao professor da referida disciplina considerar
os conhecimentos prévios e a realidade de vida dos alunos, quando na
introdução de novos conteúdos; acompanhar e avaliar o processo de
aprendizagem ao logo de todo o ensino, ficando atento às necessidades
individuais de cada um; e, por fim, ao concluir semestres ou anos letivos, realizar
as avaliações, no intuito de confirmar se os alunos conseguem ou não assimilar
os conteúdos aplicados, para desempenhar as habilidades mínimas exigidas
para cada ano de escolaridade.
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REFERÊNCIAS

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Municipal de Educação – 2014-2024. Açailândia, 2014.

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