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1 . MORAL
Não há como comentar sobre este assunto sem usar uma linguagem
que parecerá exagerada ou dramática, mas é o que temos visto por aí todos os
dias.
Você já parou para pensar onde tem sido fundamentados seus conceitos
morais? O mundo hoje esta em um modismo que vem pronto em pacotes pela
televisão. Jovens vestindo-se como personagens da novela tal; outros agindo e
falando como o “fulano” do seriado “Y”; casais separando-se porque na
televisão também aconteceu o mesmo. Os valores tem sido ensinados por
pessoas que não tem um mínimo do senso de dignidade. Como dissera Luiz
Sayão em seu livro “Cabeças Feitas”: “Estamos num país onde os “mamonas
assassinas” foram os maiores vendedores de discos! O “Tchan” torna-se a
moda popular. Tiririca vende mais disco do que Toquinho ou Chico Buarque. É
o elogio do deboche!”
Qual nossa posição ante a tudo isto? Temos feito a onda ou ido com a
onda? Temos sido diferença em meio a tantas diferenças ou temos ido com a
multidão?
É triste ver a migração do “pensamento do mundo” para dentro de
nossas igrejas. Braulia Ramos em sua crônica a revista Ultimato
(setembro/outubro de 2005), intitulada “O impeachment de mim mesma” definiu
bem isso quando disse:
2. SOCIAL
A palavra igreja tem perdido seu significado dia a dia quando se tem
negligenciado os relacionamentos. Após uma análise bíblica é nos imposto
admitir que quando o relacionamento vertical (com Cristo) não está bem, o
relacionamento horizontal (com os irmãos) também não está. Conclui-se que
se não amamos nosso irmão como podemos amar a Deus? I Jo 4.7-21
Creio ter definido esta triste realidade em um de meus artigos que
intitula-se “Altruísmo, alegria, relacionamentos sinceros...e outras utopias
mais.”
Que Deus venha nos dar força para podermos resistir a estas tendências
satânicas, a reavaliar nossas atitudes ante a sociedade pós moderna e seus
princípios, e estar vivendo uma verdadeira ortopraxia cristã.
3. ESPIRITUALMENTE
Na Semana Teológica que tivemos aqui no IBAD, Luiz Sayão em sua
palestra intitulada Espiritualidade Integral, comenta-a desta forma:
“Existe um certo degrade no meio evangélico no que se diz a busca da
espiritualidade. Uns valorizam outros não. Temos um reflexo da pós-
modernidade em nossas igrejas! São cristãos deixando de lado a
espiritualidade pela fé, pelo pensamento e buscam racionalizar tudo.
Estamos na era da eletrônica, e a espiritualidade não tem ficado para trás.
Hoje para se obter “poder”, “pentecoste”, tem-se que ter muito barulho.
Perdeu-se o foco do pensamento Bíblico, a espiritualidade não é incentivada
a ser de dentro para fora.”
É tão triste ouvir isto, e mais ainda ter de admitir que é a mais pura
verdade. O homem, com suas próprias mãos tem construído este estilo de
viver e crer em Deus. Ele tornou a natureza autônoma, ela então tragou a
graça, em seu lugar veio a liberdade que foi substituída pelo otimismo e hoje
não existe mais nenhum vestígio de Deus no superior. É como vemos no
esquema abaixo. Somente o que restou foi natureza, matéria, ciências sociais,
psicologia e determinismo. Deus foi totalmente ignorado . Esta foi uma
escolha humana!
Em seu livro “A evangelização no mercado pós-moderno” Robson
Ramos comenta a espiritualidade do homem atual.
“O fracasso da civilização, patente na violência generalizada entre
Estados e indivíduos, combinado à revolução nas comunicações formam o
binômio contextual para uma das características da pós modernidade: O
retorno do sagrado acompanhado de velhas e novas formas de
irracionalidade e firmemente avesso à tutela institucional.
(...)As instituições religiosas não mais desfrutam da credibilidade de
outrora como legitimadoras do sagrado. (...) a religião institucionalizada é
vista como representante de uma época passada, esclerosada, impotente e
sem condições de responder aos anseios do ser humano. (...) as pessoas
estão substituindo uma postura de crença por uma atitude de busca – como
se estivessem navegando na internet. (...) uma valorização exacerbada de
preferências mutáveis...” p 9