Você está na página 1de 4

RELAÇÃO ENTRE TAXA DE CÂMBIO, INFLAÇÃO, JUROS, ENDIVIDAMENTO,

BALANÇA COMERCIAL E PIB

Guilherme Alexandre Xavier de Souza1

RESUMO

O Brasil passou por várias governos e maior desafio dos mesmos foi fazer com que o
PIB aumentasse para o país crescer, como também controlar as taxas de inflação, juros, taxa
de câmbio para não causar endividamentos e alterações na balança comercial. Foi através de
medidas econômicas que os governos passados puderam controlar esses índices.

Palavras chave: taxa de câmbio; inflação; juros; endividamento; balança comercial e PIB.

Para primeiro entender essa relação precisamos definir o que são cada um dos itens
pertencentes ao título em questão.
Taxa de câmbio é o preço de qualquer moeda estrangeira em relação a moeda
brasileira (real) medido em unidades ou frações (centavos). No Brasil, a moeda estrangeira
mais negociada é o dólar dos Estados Unidos, fazendo com que a cotação comumente
utilizada seja a dessa moeda. Assim, quando dizemos, por exemplo, que a taxa de câmbio é
2,50, significa que um dólar dos Estados Unidos custa R$ 2,50. A taxa de câmbio reflete,
assim, o custo de uma moeda em relação à outra. As cotações apresentam taxas para a compra
e para a venda da moeda, as quais são referenciadas do ponto de vista do agente autorizado a
operar no mercado de câmbio pelo Banco Central. As taxas de câmbio praticadas no mercado
de câmbio brasileiro são livremente negociadas entre os agentes e seus clientes e são
amplamente divulgadas pela imprensa. O Banco Central do Brasil divulga, em sua página na
internet, cotações diárias para as diferentes moedas. As taxas de câmbio são livremente
pactuadas entre as partes contratantes, ou seja, entre o comprador ou vendedor da moeda
estrangeira e o agente autorizado pelo Banco Central a operar no mercado de câmbio.
O Banco Central coleta e divulga as taxas médias praticadas no mercado
interbancário, isto é, a taxa média do dia apurada com base nas operações realizadas naquele
mercado, conhecida por "taxa PTAX", a qual serve como referência, e não como taxa
obrigatória.
Inflação é o aumento generalizado no valor de preços dos produtos e serviços.
Podemos dizer que é a média do crescimento dos preços de um conjunto de bens e serviços

1
Graduado em Ciências Contábeis
em um determinado período. A inflação possui vários índices, como exemplos temos o IGP,
IPA, INPC, INCC e o CUB.
Juros é o valor que a pessoa paga a mais em relação ao preço normal de um bem ou
serviço. Vemos muito isso em financiamentos, parcelamentos de compras, empréstimos e em
faturas de cartão de crédito.
Endividamento é o quando a pessoa ou empresa encontra-se em uma situação que
não pode honrar com suas dívidas ficando assim endividada.
Balança comercial é um termo econômico que representa as importações e
exportações de bens entre os países. Dizemos que a balança comercial de um determinado
país está favorável, quando este exporta (vende para outros países) mais do que importa
(compra de outros países).
Produto Interno Bruto (PIB) é a soma das riquezas de tudo o que é produzido entre
bens e serviços de um determinado país.
A relação entre taxa de câmbio, inflação, juros, endividamento, balança comercial e
PIB é muito grande pois na maioria das vezes esses itens se completam ou se influenciam.
Com uma taxa de câmbio alta teremos o aumento da inflação, o indivíduo irá pagar mais
juros, ficar mais endividado, influenciar a balança comercial e diminuir o PIB. Podemos
observar que alguns itens são inversamente proporcionais ao outro.
Como podemos observar no governo de Juscelino Kubitschek onde o PIB cresceu
47,5%, mas tivemos um crescimento na inflação chegando a 30% no final do ano. Durante o
seu governo Juscelino conseguiu fazer com que o PIB do Brasil crescesse ocasionando um
processo de industrialização forte durante o seu governo. O governo Kubitschek criou o plano
de metas onde sua maior contribuição foi na área de planejamento, que nesse sentido foi um
sucesso. Mas na área de financiamentos ocorreram diversos problemas na parte da iniciativa
privada pois teve um valor financeiro pequeno, ficando a maior parte para o Estado. A partir
daí começou a crise financeira do setor público durante o governo de Kubitschek.
Já no governo de Castelo Branco, a prioridade era o ajuste das contas públicas e o
controle da inflação que só fazia aumentar. Para combater a inflação e estabilizar as contas,
foi criado o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), que aplicava várias reformas na
área fiscal e financeira. O diagnóstico do plano foi uma teoria monetarista que defende ser
possível manter a estabilidade de uma economia através da utilização de instrumentos
monetários, como quantidade de moeda em circulação, taxa de juros, compra e venda de
títulos públicos e depósitos compulsórios.
Para combater a inflação o PAEG implantou um programa de ajuste fiscal rigoroso,
com aumento das receitas e redução das despesas públicas e um controle rígido da emissão de
moeda. Para conter a expansão de salários, o plano recomendou reajustes vinculados a
aumento da produtividade. Foram feitas também reformas estruturais nos sistemas tributário,
financeiro, trabalhista e previdenciário brasileiro.
Durante os governos de Costa e Silva e Médici foi um período de grande crescimento
na economia brasileira, o PIB do país cresceu 96,37% , a inflação caiu para 19,93% ao ano. Já
no governo Geisel, o país cresceu 38,29%, a inflação era de 38% ao ano e a dívida externa já
passava de US$ 52,2 bilhões no final de seu governo.
No governo de Figueiredo o PIB foi de 2,21% registrando a menor taxa já ocorrida
num governo durante a história da república.
REFERÊNCIAS

IFPE, da República Velha até o Regime Militar, 2009.

Banco Central. Taxa de Câmbio. Disponível em:


<http://www.bcb.gov.br/pre/bc_atende/port/taxCam.asp>. Acesso em: 15 jun. 2017.

Você também pode gostar