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EDI

GUIA DA EFICIÊNCIA
ENERGÉTICA
2
GUIA DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

3
06 PRODUÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA 60 A CASA EFICIENTE
08 CONSEQUÊNCIAS DO CONSUMO DE ENERGIA 62 A CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA
09 FONTES DE ENERGIA RENOvávEIS E NÃO RENOvávEIS 68 ASPECTOS BIOClIMáTICOS
10 IMPACTOS NEGATIvOS SOBRE O MEIO AMBIENTE 68 FORMA E ORIENTAÇÃO
11 NóS TAMBÉM PRODUzIMOS CO2 EM CASA 69 ACABAMENTOS ExTERIORES E ENvOlvENTES DO EDIFíCIO
11 O EFEITO DE ESTUFA 69 PAISAGISMO
11 O PROTOCOlO DE QUIOTO 69 IlUMINAÇÃO NATURAl
12 O CONSUMO ENERGÉTICO EM PORTUGAl 70 ENERGIAS RENOvávEIS EM CASA
13 CONSUMO DE ENERGIA 71 ENERGIA SOlAR TÉRMICA
13 POR SECTORES 71 ENERGIA SOlAR FOTOvOlTAICA
72 ENERGIA DA BIOMASSA
14 A HABITAÇÃO 73 ENERGIA EólICA
16 ElETRODOMÉSTICOS
17 A NOvA ETIQUETA ENERGÉTICA 75 O AUTOMóvEl
20 FRIGORíFICO 77 CONSUMO, CUSTOS E UTIlIzAÇÃO
24 MáQUINA DE lAvAR lOIÇA 78 O AUTOMóvEl E A POlUIÇÃO
26 MáQUINA DE lAvAR ROUPA 78 EMISSÕES
28 MáQUINA DE SECAR ROUPA 78 RUíDO
30 MáQUINA DE lAvAR E SECAR ROUPA 78 A COMPRA
31 FORNO 79 NOvAS ENERGIAS NOS TRANSPORTES
33 PlACAS 79 ETIQUETA INFORMATIvA DE ECONOMIA DE COMBUSTívEl
34 MICRO-ONDAS 79 CONDUÇÃO EFICIENTE DO AUTOMóvEl
35 ElETRODOMÉSTICOS SEM ETIQUETA ENERGÉTICA 80 OS 10 MANDAMENTOS DE UMA CONDUÇÃO EFICIENTE
36 Tv E EQUIPAMENTOS AUDIOvISUAIS
37 ECRÃS lCD, lED E PlASMA 82 O lIxO E O APROvEITAMENTO ENERGÉTICO
38 EQUIPAMENTOS INFORMáTICOS 85 A REGRA DOS TRÊS R'S (REDUzIR, REUTIlIzAR, RECIClAR)
39 IlUMINAÇÃO
43 AQUECIMENTO 88 PlANO NACIONAl DE AÇÃO PARA
48 O ISOlAMENTO A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
50 AR CONDICIONADO
52 SISTEMA DE ETIQUETAGEM ENERGÉTICA DE PRODUTOS 90 QUEM É A ADENE?
53 vANTAGENS DO SEEP
54 JANElAS EFICIENTES
56 áGUA QUENTE

4
VAMOS Ao promover a eficiência energética está a contribuir
para um mundo melhor e mais sustentável.

POUPAR
ENERGIA
Algumas medidas de eficiência energética são amplamente conhecidas
por serem do senso comum, como por exemplo apagar a luz quando não
estamos numa divisão da casa. Outras decorrem da evolução tecnológica e

PARA não estão ao alcance de todos os cidadãos, nomeadamente a possibilidade


de produzirmos energia doméstica.

POUPAR Este guia apresenta algumas medidas que o podem ajudar a utilizar
a energia de uma forma mais eficiente e moderada. Se praticarmos

PORTUGAL diariamente um consumo mais racional, cada um de nós poderá contribuir


ativamente para a eficiência global da energia.

5
PRODUÇÃO E CONSUMO
DE ENERGIA

6
À MEDIDA QUE UMA SOCIEDADE SE TORNA MAIS DESENVOLVIDA, AUMENTA O CONSUMO
DE ENERGIA, EMBORA NEM SEMPRE DE UM MODO EFICIENTE.

ATRAVÉS DE UMA UTILIZAÇÃO RESPONSÁVEL PODEMOS


USUFRUIR DE UMA MAIOR DIVERSIDADE DE SERVIÇOS E
CONFORTO, SEM TER NECESSARIAMENTE QUE AUMENTAR
O CONSUMO.

Os países serão mais competitivos à medida que aumentarem a sua eficiência energética, consumindo
menos energia por unidade de produto realizado ou de serviço prestado.
Este é o cenário atual dos países desenvolvidos, particularmente no sector industrial.
No entanto, nos sectores dos transportes e dos edifícios, incluindo as habitações, a situação é diferente,
pois a eficiência energética não está a evoluir como seria desejável.

7
CONSEQUÊNCIAS DO CONSUMO DE ENERGIA

8
O CONSUMO FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS E NÃO RENOVÁVEIS
DE ENERGIA NO As fontes de energia renováveis Podem ser de origem fóssil, Inevitavelmente, se mantivermos
DESENVOLVIMENTO são todas aquelas a que se pode formadas pela transformação de o modelo de consumo atual, os
recorrer de forma permanente, restos orgânicos acumulados na recursos não renováveis deixarão
ECONÓMICO E SOCIAL porque são inesgotáveis, como natureza há milhões de anos, ou de estar disponíveis num futuro
A NÍVEL MUNDIAL. por exemplo a energia Solar, de origem mineral. São de origem próximo, quer seja pela extinção
Graças à utilização de energia, temos Hídrica, Eólica, Biomassa, Marés, fóssil o carvão, o petróleo e o gás das suas reservas, quer seja
acesso a um estilo de vida que Energia das Ondas e Geotérmica. natural. porque a sua extração deixará de
seria impossível desfrutar caso não As energias renováveis De origem mineral, temos o ser economicamente rentável a
dispuséssemos de recursos energéticos. caracterizam-se igualmente por urânio, utilizado para produzir médio prazo.
terem um impacto ambiental energia elétrica.
Então por que é que temos que nulo na emissão de gases que
poupar energia? provocam o efeito de estufa. À medida que as reservas
Por que é que devemos mudar diminuem, torna-se cada vez
o modelo energético atual? As energias não renováveis mais difícil a sua extração e,
Por que é que se torna necessário diminuem à medida que são consequentemente, aumenta o
aumentar a eficiência energética? consumidas e têm reservas seu custo.
Podemos nomear diversos motivos, limitadas. São exemplos o Carvão,
mas no topo da lista encontram-se: Gás Natural, Petróleo e Urânio.
• A extinção das energias não
renováveis ou de origem fóssil.
RECURSOS ANOS
• Os impactos negativos sobre Carvão 200-250
o meio ambiente.
Urânio 70-90
Gás Natural 60-80
Exemplo de energias renováveis Exemplo de energias não renováveis Petróleo 40-50

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IMPACTOS NEGATIVOS SOBRE O MEIO AMBIENTE
A transformação, transporte e uso Há que ter em conta que a produção PrinciPais emissões causadas Pelo consumo de energia
final da energia causam impactos de energia e o seu uso, tanto na
ORiGEM EfEitOS
negativos no meio ambiente, tanto a indústria como nas habitações e nos
nível local como global. meios de transporte, é responsável CO2 Reações de combustão Contribui para o efeito de
Inicialmente, e durante a fase de pela maioria das emissões de CO2 (Dióxido de carbono) estufa ao reter a radiação
infravermelha que a Terra emite
exploração, produzem-se resíduos, causadas pelo Homem. para o espaço
contaminam-se as águas e os solos, Por outro lado, a produção de
CO Produz-se na combustão Altamente tóxico para
além de se gerarem emissões para eletricidade em centrais nucleares (Monóxido de carbono) incompleta da mistura o Homem
a atmosfera. Também o transporte e não emite CO2, mas cria resíduos combustível-ar
a distribuição da energia afectam o radioativos de difícil e dispendioso NOX Reações de alta temperatura Chuva ácida, alterações de
meio ambiente através do impacto tratamento. (Óxido de Nitrogénio) entre o nitrogénio e o oxigénio ecossistemas florestais e
presentes no ar, nos processos aquáticos. Irrita os brônquios
criado pelas redes elétricas ou de combustão
oleodutos e gasodutos, ou pelas
SO2 Resulta da combustão dos Chuva ácida, alterações de
chamadas marés negras, com combustíveis fósseis, devido ao ecossistemas florestais e
(Dióxido de enxofre)
dramáticas consequências para os enxofre que contêm aquáticos. Doenças do tipo
ecossistemas e economias das zonas alérgico, irritação dos olhos
e vias respiratórias
afectadas.
Paralelamente, o consumo energético, COV Gases de escape originários de Efeitos cancerígenos, doenças
(Compostos Orgânicos uma combustão deficiente ou da do tipo alérgico, irritação dos
a partir de energias fósseis, necessita Voláteis) evaporação de combustível olhos e vias respiratórias
sempre de passar por um processo
de combustão, tanto nas centrais Partículas e fumo Resulta da má combustão dos Sujidade ambiental, visibilidade
elétricas para produzir eletricidade, combustíveis (especialmente reduzida e afectam as vias
motores Diesel) respiratórias
como localmente, em caldeiras ou
motores de veículos.
Esta combustão dá lugar à formação
de CO2, o principal gás causador do
efeito de estufa, e de outros gases e
partículas poluentes que prejudicam
a saúde.

10
NÓS TAMBÉM PRODUZIMOS CO2 EM CASA
O uso do veículo, o aquecimento e, inclusivamente, o nosso consumo elétrico (nas centrais
térmicas onde é gerada a eletricidade) são responsáveis pela emissão de 5 toneladas de CO2
por ano.

O EFEITO DE ESTUFA
nÃo se esQueÇa
O efeito estufa é o processo natural responsável pela regulação da temperatura na Terra.
A radiação direta do sol é absorvida à superfície, existindo uma quantidade de calor que • O consumo de energias de origem fóssil
é refletida pelo próprio Planeta. Esta última é, por sua vez, devolvida pelas moléculas provoca a extinção de reservas, dependência
de determinados gases existentes na atmosfera. Quando artificialmente se aumenta a energética, dificuldade de abastecimento e
concentração destes gases no ar, destabiliza-se o equilíbrio natural e é devolvida uma contaminação ambiental.
quantidade maior de radiação, a qual produz um aumento artificial da temperatura. Este
cenário conduz a fenómenos como a desertificação, diminuição das massas de gelo nos polos • O principal problema do consumo atual do
meio ambiente à escala mundial é o efeito
ou inundações. Por isso, a atmosfera atua como o vidro de uma estufa: permite a passagem
de estufa.
de luz, mas não deixa escapar o calor recolhido junto da superfície. Este fenómeno conduz ao
aquecimento do planeta Terra. • O uso do veículo, do aquecimento e o
consumo elétrico em casa, são os principais
responsáveis pela emissão de CO2 para a
atmosfera, aumentando o efeito de estufa.
O PROTOCOLO DE QUIOTO
A consequência mais evidente do aumento do efeito de estufa está relacionada com as • As energias renováveis não se esgotam
quando as consumimos, visto que se
alterações climáticas. Numa tentativa de diminuir ao máximo o impacto negativo da poluição
renovam de forma natural. Além disso, têm
na atmosfera, 36 países industrializados assinaram, em 1997, o Protocolo de Quioto, cujo um reduzido impacto ambiental.
principal objetivo assenta na redução global de emissões de gases que provocam o efeito de
estufa.
Para que o documento entrasse em vigor deveria ser assinado por um número suficiente
de países, que em conjunto fossem responsáveis por 55% das emissões dos países
industrializados. Depois da assinatura da Rússia, em 2004, o protocolo entrou em vigor em
fevereiro de 2005, e, para o período de 2008-2012, prevê a redução global acordada de 5,2%.
A redução deverá ser de 8% para o conjunto da UE comparativamente às emissões de 1990.

11
O CONSUMO ENERGÉTICO EM PORTUGAl

12
Peso dos sectores no consumo de
energia %
1990 2010 p.
CONSUMO DE ENERGIA POR SECTORES
indústria 35,4 29,6
Segundo a DGEG (Direção Geral de Energia e De acordo com a DGEG, desde o início da década
Geologia) em 2010 a dependência de Portugal em de noventa, o consumo de energia final cresceu 2,3% transportes 30,7 36,7
termos de importação de energia foi de 77%. ao ano, pouco mais de uma décima acima da taxa de Sector Doméstico 20,8 16,6
A produção interna baseou-se, exclusivamente, em crescimento média do PIB registada nesse período. Serviços 6,7 11,4
fontes de energia renováveis, fundamentalmente hídrica A pressionar o consumo energético estiveram os Agricultura 4,9 2,6
e eólica. Esta produção quase triplicou desde 1990. sectores de Serviços e Transportes, que cresceram
Construção e 1,5 3,2
As importações líquidas de energia primária no nosso consistentemente acima dos 4% ao ano. Especial Obras Públicas
país também cresceram visivelmente desde 1990, em destaque para o sector de Serviços que, nas últimas
tOtAL 100,0 100,0
cerca de 20%. Embora tenha ocorrido neste mesmo duas décadas, apresentou uma taxa de crescimento
Fonte: DGEG - Direção Geral de Energia e Geologia
período uma quebra nas importações de combustíveis média anual de 8%.
sólidos (45%) e de petróleo (2%), o aumento das No balanço de 2010, os Transportes foram responsáveis
importações líquidas deve-se essencialmente ao gás por 36,7% da energia consumida, a Indústria por 29,6%,
natural e à energia elétrica importada – esta última o Sector Doméstico por 16,6%, os Serviços por 11,4% nÃo se esQueÇa
componente aumentou 71 vezes em relação à e os restantes 5,8% estiveram relacionados com outras
eletricidade importada em 1990. atividades como a Agricultura, Pesca, Construção e • Consumimos cada vez mais energia.
Ao ritmo atual serão necessários
O gás natural foi introduzido no abastecimento de Obras Públicas.
apenas 35 anos para duplicar o
energia primária de Portugal, pela primeira vez, em consumo mundial de energia e
1997 e atingiu os 20% de quota de abastecimento total menos de 55 anos para o triplicar.
de energia em 2010. Em termos de fontes renováveis a abastecimento de energia Primária (2010 p.) • Os sectores de serviços e dos
quota foi de 23%.
7%
transportes foram, nos últimos anos,
os que mais contribuiram para o
A nível internacional estão em vigor até 2020 os
Combustíveis Sólidos aumento do consumo.
seguintes compromissos: Renováveis
23%
Outros • Portugal tem uma dependência
• redução do consumo de energia primária em 20% Gás Natural energética do exterior de 77%.
(meta da eficiência energética); Petróleo
• A principal fonte de energia para
• aumento do recurso a energias renováveis para 1% o consumo energético em Portugal
20% do mix europeu (meta indicativa para 49% é o petróleo e os seus derivados
Portugal: 31%); 20% (gasolina, gasóleo, butano e
• incorporação de 20% dos biocombustíveis nos propano).
carburantes até 2020. Fonte: DGEG, Estatísticas-Balanços Energéticos 2010 (provisório)

13
A HABITAÇÃO

14
O consumo de energia na nossa habitação depende de diversos factores,
tais como a zona onde se situa a casa, a qualidade de construção, o nível de
isolamento, o tipo de equipamentos utilizados e até o uso que lhe damos.

Em Portugal, o sector residencial, com cerca de 3,9 milhões de alojamentos, No que diz respeito ao consumo elétrico, uma habitação média
contribuiu com 17,7% do consumo de energia final em termos nacionais, consome cerca de 3.700 kWh por ano, divididos da seguinte forma:
representando cerca de 30% do consumo de eletricidade, o que evidencia,
desde logo, a necessidade de moderar especialmente o consumo elétrico.
rePartiÇÃo dos consumos de eletricidade Pelos diferentes usos finais
Outra causa para o aumento do consumo de energia reside na ineficiência (TOTAL 2010 = 14.442 GWh)
dos próprios equipamentos utilizados no sector, edifícios incluídos, e dos
procedimentos e hábitos de utilização desses mesmos equipamentos.
Isto deve-se, não só a razões comportamentais dos consumidores, como 13,6% 9,1%
1,6%
também ao período necessário para a substituição dos equipamentos e 2,4%
progressiva recuperação dos edifícios.
Arrefecimento ambiente
Aquecimento de águas
Com algumas pequenas intervenções nos edifícios, é possível poupar até Cozinha
30-35% de energia, mantendo as mesmas condições de conforto. Equipamentos elétricos
Iluminação
32,9% Aquecimento ambiente
Existem medidas de baixo custo, ou sem qualquer custo adicional, que
podem reduzir o nosso gasto de energia entre os 10% e os 40%. 40,5%

Os consumos energéticos das habitações portuguesas têm registado um


crescimento significativo, em parte, também devido ao aumento da aquisição Fonte: INE/DGEG - Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico (2010)
de equipamentos consumidores de energia.

15
ElETRODOMÉSTICOS

16
Os eletrodomésticos de linha A NOVA ETIQUETA ENERGÉTICA
branca (máquinas de lavar, A Etiqueta Energética da União Europeia tem por As etiquetas Energy Star e GEA são utilizadas
frigoríficos, etc.), os fornos objetivo fornecer ao consumidor informações em equipamentos de escritório e na Eletrónica
precisas, reconhecíveis e comparáveis no que de consumo. Estabelecem o valor máximo para
elétricos, o ar condicionado e as respeita ao consumo de energia, ao desempenho o consumo energético do aparelho quando não
fontes de luz são equipamentos e a outras características essenciais dos produtos. está a ser utilizado, ou quando está em modo de
de uso comum nas nossas casas. A Etiqueta Energética permite que o consumidor espera (stand-by).
conheça o nível de eficiência energética de um
Os tipos de equipamentos que têm estabelecida
produto e que avalie o potencial de redução de
Comprar um equipamento a nova etiquetagem energética são:
custos de energia que este proporciona.
• Frigoríficos, congeladores, combinados e
eficiente é uma medida A etiqueta é uniforme para todos os produtos garrafeiras frigoríficas.
fundamental para reduzir o de uma mesma categoria e por isso permite • Máquinas de lavar roupa
consumo, e fácil de identificar, que o consumidor compare facilmente as
• Máquinas de lavar loiça
várias características dos produtos, tais como
graças à nova etiqueta energética. o consumo de água ou de energia, ou a sua • Televisores
capacidade.
Toda a informação que consta na etiqueta é
+ Eficiente
baseada em ensaios normalizados, tal como prevê
a legislação. A+++
A++
A etiqueta começou por classificar A+
os produtos de A a G, sendo A a classe
A
energética mais eficiente e G a menos eficiente.
B
Atualmente, a nova Legislação Europeia introduziu C
novas classes, até A+++, para adaptar a D
informação à evolução tecnológica e para permitir - Eficiente
uma maior diferenciação do produto em termos
de eficiência energética.

17
ELEMENTOS COMUNS A TODAS AS UM EXEMPLO DE MUDANçA:
ETIQUETAS: A EtiqUEtA NOS fRiGORífiCOS
• Uniformidade: para cada produto a etiqueta é igual em
todos os Estados-Membros da UE27. Não há diferenças
idiomáticas ou de outro tipo. ANTIGA
• Setas coloridas: as setas coloridas distinguem os
produtos mais eficientes dos menos eficientes
energeticamente (o verde escuro indica um produto Energia
com alto nível de eficiência e o vermelho um produto Fabricante
com baixo nível de eficiência). Modelo

• Classes adicionais para a eficiência energética: A+, A++, Mais Eficiente

A+++. A
B Atendendo aos
• Nome do fornecedor ou marca e identificação do C diferentes idiomas da
modelo. D
E
U.E., na maior parte
• Pictogramas: há características e desempenhos cuja F dos casos a banda
informação é evidenciada na etiqueta por meio de G estreita - tracejado -
pictogramas, conforme previsto na legislação relativa a Menos Eficiente acompanhava o
329
Consumo de Energia kWh/ano
cada categoria de produtos; Com base nos resultados de ensaio produto. A base
normalizado de 24 h

• Consumo anual de energia em kWh. O consumo real varia com as condições de


utilização da máquina e com a sua
era distribuída
localização
localmente.
A faixa para a classe de eficiência energética e / ou os Volume de alimentos frescos L 184
92
pictogramas podem mudar consoante a categoria de Volume de alimentos congelados L

produtos. Nível de ruído


[dB(A) re 1 pW]

ficha pormenorizada no
folheto do produto
Norma EN 153, Maio de 1990
Directiva 94/2/CE relativa a etiquetagem de
frigoríficos

18
A escala foi alargada, porque as evoluções tecnológicas
criaram a necessidade de diferenciar a categoria “A”.
Este aumento incentiva os fabricantes a serem mais
competitivos, desenvolvendo produtos cada vez mais
NOVA eficientes e permite também transmitir informação
aos consumidores de forma mais adequada aos novos
A++++ produtos, de modo a que lhes seja possível continuar
a fazer escolhas informadas e energeticamente
A+++ inteligentes.

A++
I II
No entanto existem eletrodomésticos que ainda
A+
mantêm a etiqueta antiga:
A A etiqueta não é • Máquinas de lavar e secar roupa
divisível em banda
B estreita e a base é • Secadores de roupa
neutra idiomaticamente. • Lâmpadas
Por isso é uma e uma só
em toda a Europa. • Fornos elétricos
Cada produto passa • Ar condicionado
a trazer a sua própria

XYZ etiqueta, completa.

XYZ L YZ L YZ dB
2010/1060
Consulte todas as etiquetas e respetivas descrições em:
http://www.newenergylabel.com/pt

19
Este é o eletrodoméstico que mais energia consome. Por ter um uso contínuo
(apenas se desliga para limpeza ou devido a ausências prolongadas), tem um
consumo considerável, ainda que não tenha uma potência elevada (200 W)
comparativamente a um secador que pode chegar a atingir potências de
2.000 W. No entanto, o tempo de utilização do secador é muito inferior,
tal como o seu consumo ao longo do ano.

O gelo que se forma no interior do frigorífico é isolante e dificulta o arrefecimento.


Existem modelos, conhecidos por “no-frost”, ou sem gelo, que têm uma circulação contínua
de ar no interior que evita a formação de gelo, resultando numa melhoria da eficiência
energética.

CONSOANTE O TIPO DE TECNOLOGIA, OS FRIGORÍFICOS


PODEM APRESENTAR DUAS ETIQUETAS ENERGÉTICAS:
7 Classes de A+++ a D A classe energética é baseada no índice
Os frigoríficos cuja etiqueta tem 7 classes de eficiência energética, que considera
de eficiência energética correspondem o consumo anual de energia, o volume
genericamente à tecnologia mais e a temperatura mais baixa de cada um
difundida, que é em média mais eficiente dos compartimentos. Outros factores
energeticamente, e através da qual que afetam este índice são o tipo de
o frio é produzido por ação de um construção (encastre ou livre instalação)
compressor movido por um motor e a disponibilidade da característica sem
elétrico. gelo “no-frost”.

fRiGORífiCO

20
etiQueta energÉtica Para frigorÍficos 7 classes 10 classes etiQueta energÉtica Para frigorÍficos 10 classes

A++++ de A+++ a G
1. Nome do fornecedor ou marca Os frigoríficos cuja etiqueta 1. Nome do fornecedor ou marca
comercial e modelo
A+++ comercial e modelo
energética possui 10 classes
2. Classe de eficiência energética de eficiência são os aparelhos 2. Classe de eficiência energética
A++ de refrigeração por absorção. I II
1 3. Consumo de energia anual, em
I II 1 3. Consumo de energia anual, em
Os aparelhos que usam esta kWh/ano
A+ 2
kWh/ano
tecnologia são diferentes dos
2
4. Soma dos volumes úteis em 4. Soma dos volumes úteis em
A todos os compartimentos sem aparelhos de refrigeração por todos os compartimentos sem
estrelas (temperatura de estrelas (temperatura de
funcionamento >-6º)
compressão, que representam a funcionamento >-6º)
B tecnologia predominante. Fruto
5. Soma dos volumes úteis em
5. Soma dos volumes úteis em
todos os compartimentos de
desta diferença tecnológica, os todos os compartimentos de
armazenagem de alimentos aparelhos de refrigeração por armazenagem de alimentos
congelados (temperatura de congelados (temperatura de
funcionamento < -6ºC). O
absorção são geralmente mais funcionamento < -6ºC). O
3 número de estrelas pertence ao silenciosos mas consomem mais número de estrelas pertence ao
maior compartimento de maior compartimento de
congelação.
energia. A sua classe de eficiência 3 congelação.

XYZ Caso este não exista estará


indicado “-L” e o campo
destinado às estrelas estará vazio
energética situa-se normalmente
entre as classes D e G. Para XYZ
Caso este não exista estará
indicado “-L” e o campo
destinado às estrelas estará vazio
ser consistente com o novo 4 5 6
6. Emissão de ruído, em dB 6. Emissão de ruído, em dB
4 5 6 layout da etiqueta energética e
para permitir a diferenciação
relativamente aos restantes
aparelhos de refrigeração XYZ L YZ L YZ dB
XYZ L YZ L YZ dB 2010/1060

2010/1060 disponíveis no mercado, a etiqueta


para os aparelhos de refrigeração
por absorção apresenta 10 classes
de eficiência.

21
Garrafeiras frigoríficas etiQueta energÉtica Para garrafeiras frigorÍficas
Foi desenvolvida uma etiqueta específica Praticamente 32% da
para garrafeiras frigoríficas (aparelhos de eletricidade consumida nas
1. Nome do fornecedor ou marca
armazenagem de vinho). A etiqueta tem comercial e modelo habitações portuguesas
as mesmas características que a dos destina-se à refrigeração e
2. Classe de eficiência energética
aparelhos frigoríficos exceto quanto ao congelação dos alimentos.
I II
1 3. Consumo de energia anual, em
facto de indicar a capacidade nominal kWh/ano
em número de garrafas de vinho
normais, em vez de indicar o volume 4. Os aparelhos de armazenamento
2
de vinhos têm 10 classes de
em litros. eficiência energética. O volume
dos compartimentos é
substituído pelo número de
As garrafeiras frigoríficas usam uma garrafas de vinho normais
tecnologia diferente que implica um 5. Emissão de ruído, em dB
maior consumo de energia. Atualmente
costumam estar classificadas de D
a G. Para ser coerente com o novo
esquema da etiqueta energética e para 3

as diferenciar dos demais aparelhos XYZ


de frio doméstico, a etiqueta para as
garrafeiras frigoríficas tem 10 classes de 4 5
eficiência.

XXYZ YZ dB
2010/1060

22
conselHos Práticos

1. Compre frigoríficos com etiqueta energética de classe A+, A++


e A+++. Poupam energia e dinheiro.
2. Não compre um equipamento com mais capacidade do que
necessita.
3. Coloque o frigorífico ou o congelador num local fresco e
COM ESTES
ventilado, afastado de possíveis fontes de calor: radiação solar, CONSELHOS CONSEGUE
forno, etc.
4. Limpe, pelo menos uma vez por ano, a parte traseira do
aparelho. REDUZIR
5. Descongele antes que a camada de gelo atinga os 3 mm de E M M A I S D E
espessura. Com isto, poderá conseguir poupanças até 30%.
6. Certifique-se que as borrachas das portas estão em boas
condições e fecham bem, de modo a evitar perdas de frio.
7. Nunca coloque alimentos quentes no frigorífico. Se os deixar
arrefecer no exterior, poupa energia.
8. Quando retirar um alimento do congelador, para ser consumido
no dia seguinte, descongele-o no frigorífico em vez de o colocar
no exterior. Deste modo, terá ganhos gratuitos de frio. O CONSUMO DE ENERGIA
9. Abra a porta o menos possível e feche-a rapidamente. Evitará
um gasto inútil de energia.
10. Ajuste o termostato de forma a manter a temperatura de 5ºC
no compartimento do frigorífico e 18ºC no congelador.

23
É um dos eletrodomésticos que mais energia consome, correspondendo
cerca de 90% desse consumo ao aquecimento da água.

Todas as máquinas de lavar


etiQueta energÉtica Para máQuinas de lavar loiÇa
loiça colocadas no mercado
desde dezembro de 2011são
1. Nome do fornecedor ou marca
obrigatoriamente de classe comercial e modelo
A na eficiência de lavagem.
2. Classe de eficiência energética
Por esse motivo, a eficiência de
lavagem deixa de fazer parte 1 3. Consumo de energia anual, em
I II
A++++2 kWh/ano
das informações a transmitir na
etiqueta. A 4. Consumo de água anual, em
litros/ano
A classe de eficiência energética é A
A
calculada com base em: 5. Classe de eficiência de secagem
A
• Consumo anual de A 6. Capacidade nominal, em serviços
de louça-padrão
energia normalizado, com A
a capacidade nominal A 7. Emissão de ruído, em dB
completa;
• Potência e tempo em estado 3
inativo (left-on mode) e
desligado (off-mode). XYZ
A informação na etiqueta tem 4 5 6 7
por referência o ciclo de lavagem
normal que é:
• Adequado para limpar WXYZ xYZ YZ
normalmente a louça suja; 2010/1059

• O que combina mais


MÁqUiNA DE LAVAR LOiçA eficientemente os consumos
de água e energia.

24
conselHos Práticos

1. As máquinas com etiqueta energética de classe A+ poupam


dinheiro e energia.
COM ESTES
2. Escolha a capacidade da sua máquina de acordo com as suas
CONSELHOS CONSEGUE

REDUZIR
necessidades.
3. Procure utilizar a máquina quando está completamente cheia.
4. Com meia carga, use programas curtos ou económicos (eco).
E M C E R C A D E

5O
5. Se necessitar de passar a loiça por água antes de a meter na
máquina, utilize água fria.
6. Uma boa manutenção melhora o comportamento energético:
limpe frequentemente o filtro.
7. Mantenha sempre cheios os depósitos de abrilhantador e sal,
pois reduzem o consumo de energia na lavagem e secagem,
respetivamente.
8. Prefira sempre os períodos de vazio para lavar a loiça, se tiver
tarifa bi-horária contratada. O CONSUMO DE ENERGIA

25
A maior parte da energia que uma máquina de lavar roupa consome, entre 40%
e 90% (dependendo da temperatura de lavagem), é utilizada para aquecer a água,
pelo que é recomedável que recorra a programas de baixas temperaturas.

Todas as máquinas de lavar roupa com Os valores para o consumo anual de água e a
capacidade nominal superior a 3 kg, colocadas classe de eficiência de centrifugação são baseados
no mercado desde 1 de dezembro de 2011, no mesmo conjunto de ciclos de lavagem do que
deverão ser classe A na eficiência de lavagem. os dados do consumo de energia.
É por isso que a eficiência de lavagem deixa de
Saiba que existem no mercado máquinas de lavar
fazer parte das informações a transmitir com a
roupa de entrada bitérmica (entradas separadas
etiqueta.
para água quente e fria), que reduzem o tempo
Os pictogramas referem-se a informação sobre:
de aquecimento da água, alcançando uma
• Classe de Eficiência de Centrifugação; importante poupança de energia, especialmente
• Capacidade em quilogramas; por permitirem ser alimentadas com água fria da
rede de abastecimento e com água quente do
• Consumo anual de água em litros;
sistema de águas quentes sanitárias da habitação
• Consumo anual de energia em kWh; associadas à utilização de painéis solares térmicos,
caldeiras ou termoacumuladores, permitindo
• Emissão de ruído em decibéis.
poupanças de 25% no tempo de lavagem.
O consumo anual de energia e de água e a
classe de eficiência da centrifugação indicada na
etiqueta são calculadas com base em:
• Programa de algodão a 60º, com carga
total e parcial;
• Programa de algodão a 40º em carga
parcial;
MÁqUiNA DE LAVAR ROUPA • Estado inativo (left-on mode) e desligado
(off-mode).

26
etiQueta energÉtica Para máQuinas de lavar rouPa
conselHos Práticos
COM ESTES
1. Nome do fornecedor ou marca 1. Compre máquinas de lavar roupa com etiqueta CONSELHOS CONSEGUE
comercial e modelo
energética de classe A+++. Poupará energia e
A++++ 2. Classe de eficiência energética dinheiro. REDUZIR
3. Consumo de energia anual, em 2. Aproveite ao máximo a capacidade da sua E M M A I S D E

5O
1
I II
A+++ kWh/ano
máquina e coloque-a em funcionamento
sempre com carga completa.
A++A 2 4. Consumo de água anual, em
litros/ano
A 3. Existem no mercado máquinas com programas
A 5. Capacidade nominal, em de meia carga, o que reduz substancialmente o
quilogramas, do programa de
A consumo de energia.
lavagem de algodão a 60ºC ou a
A A 40ºC, em plena carga (a que for O CONSUMO DE ENERGIA
A menor) 4. Escolha um detergente que lhe permita obter
B A
6. Classe de eficiência de secagem
bons resultados a baixas temperaturas.

C 3 7. Emissão de ruído, em dB, durante


5. Utilize preferencialmente programas de baixa
as fases de lavagem e temperatura.
XYZ
D centrifugação do programa de
lavagem normal de algodão a 60º 6. Evite, sempre que possível, fazer o ciclo de
em plena carga
E pré-lavagem.
4 5 6
7. Separe as roupas por tecido, cor e grau de
F YZdB7 sujidade e selecione o programa adequado ao|
VWXYZ Y,Z G tipo de roupa que vai lavar.
YZdB
2010/1061 8. Use produtos anticalcário para retirar as
incrustações da resistência e limpe regularmente
de impurezas o filtro da máquina. Assim,
melhorará o seu desempenho, poupando energia.
9. Se tem contratada a tarifa bi-horária, procure
fazer as lavagens e utilizar a maior parte dos
eletrodomésticos no período noturno.

27
É uma grande consumidora de energia, devido às elevadas potências que apresenta e
aos longos períodos de funcionamento necessários para um ciclo de secagem. Assim,
recomenda-se que o seu uso seja restrito a situações em que as condições climatéricas
não permitam a secagem da roupa ao sol. Em qualquer caso, é conveniente centrifugar a
roupa antes de utilizar a máquina de secar.

Depois de uma centrifugação


etiQueta energÉtica Para máQuinas de secar rouPa
a 1.000 rpm existe um
remanescente de humidade de secador de roupa
1. Nome do fornecedor ou marca
comercial e modelo
60%. Quer isto dizer que se a Energia 1
carga da máquina for de 6 kg Fabricante
2. Classe de eficiência energética
Modelo
de algodão, no final da lavagem 3. Consumo de energia anual por
a roupa contém cerca de 3,5 Mais Eficiente 2 ciclo de secagem de tecidos de
algodão, em kWh/ciclo
litros de água que têm que A
ser eliminados pelo processo B 4. Capacidade nominal de algodão,
C em quilogramas
de secagem. Por isso, é tão D 5. Tipo de aparelho, com extração
importante centrifugar a roupa E de ar húmido ou com
o máximo possível para poupar F condensação
energia durante a secagem. G
6. Nível de ruído
Menos Eficiente
Na etiqueta energética da Consumo de Energia kWh/ciclo
máquina de secar está indicado Com base nos resultados do ciclo
normalizado “secagem de tecidos de
3
algodão”
se a lavagem é de extração ou O consumo real varia com as condições de
utilização da máquina e com a sua
condensação. localização

Capacidade (algodão) kg 4
Extracção (Saída de Ar) 5
Condensação

Nível de ruído Lavagem 6


[dB(A) re 1 pW] Centrifugação

ficha pormenorizada no
folheto do produto

MÁqUiNA DE SECAR ROUPA Norma EN 61121


Diretiva 95/13/CE relativa a etiquetagem de
secadores de roupa

28
A secagem pode ser feita por:
conselHos Práticos
• EXTRAÇÃO: O ar aquecido e húmido é expulso para o exterior
de modo a eliminar a humidade e continuar a secagem (Ineficiente).
1. Aproveite ao máximo a capacidade de carga e
• CONDENSAÇÃO: O ar quente e húmido da secagem é utilizado coloque-a em funcionamento apenas quando
num circuito de condensação que elimina a água (Eficiente). estiver completa.
O controlo pode ser por: 2. Antes de cada utilização, centrifugue a roupa na
• SENSOR DE HUMIDADE: Sistema inteligente que interrompe o máquina de lavar.
processo quando é atingida a humidade desejada pelo utilizador 3. Não seque a roupa de algodão e a roupa pesada
(Eficiente). na mesma carga de secagem.
• TEMPORIZADOR: O processo é interrompido quando passa o 4. Periodicamente limpe o filtro da máquina e
tempo previsto de programação (Ineficiente). inspecione a saída de ventilação para assegurar se
a mesma não está obstruída.
5. Use o sensor de humidade para evitar que a sua
roupa seque excessivamente.
COM ESTES
CONSELHOS CONSEGUE 6. Se tiver disponível, utilize o programa “passar a
ferro”, que não seca a roupa completamente.
REDUZIR 7. O uso deste eletrodoméstico deve ser
reservado para o inverno, em caso de condições
E M

5O
climatéricas extremas, ou em situações de
emergência que não permitam a secagem de
roupa ao ar livre.
8. Utilize este eletrodoméstico preferencialmente
em horas de vazio, no caso de ter tarifa bi-horária
contratada.
O CONSUMO DE ENERGIA

29
A máquina de lavar e secar
etiQueta energÉtica Para máQuinas de lavar e secar rouPa
combina duas funções
num só equipamento.
Máquina de lavar e 1. Nome do fornecedor ou marca
secar roupa
comercial e modelo

Como máquina de lavar


Energia 1 2. Classe de eficiência energética
Fabricante
aplicam-se as mesmas Modelo 3*. Consumo de energia, em
kWh/ciclo de operação completa
melhorias tecnológicas das Mais Eficiente (lavagem, centrifugação e
2
máquinas de lavar "normais". As A secagem)
recomendações de manutenção B 4*. Consumo de energia, em
são idênticas. C kWh/ciclo de lavagem (lavagem e
centrifugação apenas)
D
Como máquina de secar, E 5. Classe de eficiência de lavagem

trata-se de um tipo especial de F 6*. Velocidade máxima de


G centrifugação
secador por condensação, mais Menos Eficiente
7*. Capacidade de lavagem do
eficiente que um de extração. Consumo de Energia kWh
3 aparelho, em quilogramas
Com base nos resultados de ensaio para
um ciclo completo (lavagem e secagem de
capacidade máxima de 60ºC)
8**. Capacidade de secagem do
Numa máquina de lavar e secar Lavagem (unicamente)
4 aparelho, em quilogramas
O consumo de energia dependente das
roupa é possível secar metade condições de utilização do aparelho
9*. Consumo de água, em litros, no
da roupa que se pode lavar Eficiência de lavagem
A: mais elevada G: mais baixa
5 ciclo de operação completa
6 (lavagem, centrifugação e
(6 kg lavados contra apenas Velocidade de centrifugação
secagem)
3 kg secos). A sua etiqueta Capacidade Lavagem 7
(algodão) kg Secagem 8 10*/**. Nível de ruído durante os
energética, na verdade, unifica ciclos de lavagem e de
Consumo de água (total) l 9 centrifugação e durante o ciclo
duas etiquetas, com especial
Nível de ruído Lavagem 10 de secagem
atenção para a lavagem. [dB(A) re 1 pW] Centrifugação
Secagem

ficha pormenorizada no * utilizando o ciclo de lavagem


folheto do produto normal de tecidos de algodão a
Norma EN 50229 60ºC
Diretiva 96/60/CE relativa a etiquetagem de
máquinas de lavar/secar roupa
** ciclo de secagem de algodão
pronto a arrumar

MÁqUiNA DE LAVAR E SECAR ROUPA

30
Existem dois tipos de fornos:
etiQueta energÉtica Para fornos elÉtricos
a gás e elétricos, sendo que os
primeiros são energeticamente
1. Nome do fornecedor ou marca
mais eficientes. forno eléctrico
comercial e modelo
Energia 2. Classe de eficiência energética
Fabricante 1
Os fornos elétricos dispõem Modelo 3. Consumo de energia, em kWh,
para a(s) função(ões) de
de etiquetas energéticas que Mais Eficiente 2 aquecimento (convencional e /ou
nos permitem saber quais os A por circulação forçada de ar)

aparelhos mais eficientes. A B 4. Volume útil do compartimento,


etiqueta energética distingue C em litros

entre 3 tipos de tamanho, D 5. Tamanho do compartimento


E Pequeno de 12 a 35 litros
segundo o volume útil do forno: F Médio de 35 a 65 litros
pequeno, médio e grande. G Grande quando > 65 litros
Menos Eficiente 6. Nível de ruído durante a função
Consumo de Energia (kWh) que determina a eficácia
Um forno de classe G consome Função de aquecimento:
3 energética
Convencional
mais do dobro da energia de Convecção focada de ar
(Com base na carga - padrão)
um forno de classe A.
Volume Útil litros 4
Tamanho Pequeno
Médio 5
Grande

Nível de ruído
[dB(A) re 1 pW]
6

ficha pormenorizada no
folheto do produto
Norma EN 50304
Diretiva 2002/40/CE relativa a etiquetagem
de fornos eléctricos

fORNO

31
conselHos Práticos

1. Prefira um forno de classe A.


2. Não abra o forno desnecessariamente. Cada
vez que o faz está a perder no mínimo 20% da
energia acumulada no seu interior.
3. Procure aproveitar ao máximo a capacidade do
forno e cozinhe, se possível, o maior número
de alimentos.
4. Normalmente não é necessário pré-aquecer o
forno para cozinhados com duração superior
a 1 hora.
5. Desligue o forno um pouco antes de acabar de
cozinhar: o calor residual será suficiente para
acabar o processo.
6. Os fornos com ventilação interna favorecem a
distribuição uniforme de calor, poupam tempo
e, portanto, gastam menos energia.
7. Os recipientes de cerâmica ou vidro
retêm melhor o calor, permitindo reduzir a
temperatura do forno e diminuir o consumo
de energia.

32
Dependendo da energia que utilizam, podemos
distinguir dois tipos de placas: a gás e elétricas.

Estas últimas, por sua vez, podem ser de resistência


convencional, de tipo vitrocerâmico ou de indução.
As placas de indução aquecem os alimentos ao gerarem
campos magnéticos. São muito mais rápidas e eficientes
do que as elétricas.

Numa placa elétrica, se utilizarmos uma panela


aberta com um fundo com má difusão de calor,
para manter em ebulição 1,5 litros de água é
necessária uma potência de 850 W.

Com uma panela com um fundo que difunda bem


o calor, o mesmo exercício requer apenas 150 W.

PLACAS

33
trata-se de um dos eletrodomésticos com maior taxa
de crescimento nos últimos anos.

Utilizar o micro-ondas em vez do forno tradicional


reduz o consumo de energia em cerca de 60% a 70%,
para além de uma poupança significativa de tempo.

conselHos Práticos

1. Para cozinhar, escolha eficazmente os recursos


disponíveis: micro-ondas, fogão e, por último,
o forno.
2. Procure que o fundo dos recipientes seja
ligeiramente maior do que o bico do fogão, de
modo a aproveitar o calor ao máximo.
3. Utilize panelas com fundos de grande difusão
de calor.
4. Sempre que possível, utilize panelas de pressão:
consomem menos energia e poupam muito
tempo.
5. Tape as panelas durante a cozedura: consumirá
menos energia.
6. Aproveite o calor residual da placa elétrica,
apagando-a cerca de cinco minutos antes da
refeição estar pronta.
MiCRO-ONDAS

34
Os pequenos eletrodomésticos que se limitam a realizar alguma ação mecânica
(bater, cortar, etc.), com exceção do aspirador, têm geralmente potências
baixas. No entanto, os que produzem calor, (ferro, torradeira, secador, etc.) têm
potências maiores e, consequentemente, consumos mais significativos.

Uma curiosidade: o uso de uma máquina de barbear elétrica pode significar


um consumo de energia menor do que uma barba feita com uma lâmina.
Tudo depende do tempo que a água estiver a correr, pois o consumo
desta implica igualmente um consumo de eletricidade, ao acionarem-se as
bombas de pressão elétricas que fazem chegar a água à torneira.

PEQUENOS ElETRODOMÉSTICOS
SEM ETIQUETA ENERGÉTICA

conselHos Práticos
1. Não deixe os aparelhos ligados se tiver que interromper a tarefa
(por exemplo, o ferro de engomar).
2. Aproveite o aquecimento do ferro para passar grandes
quantidades de roupa de uma só vez, evitando ter que o ligar
muitas vezes para pequenas quantidades de roupa.
3. A escolha acertada de um pequeno eletrodoméstico pode poupar
energia, devido ao seu menor consumo energético.
4. Sempre que possível, evite o uso de um ventilador ou ventoinha,
abrindo a janela e provocando correntes de ar naturais.

35
tal como acontece com
etiQueta energÉtica Para tv e eQuiPamentos audiovisuais
os frigoríficos, a potência
unitária destes aparelhos é
pequena, mas a sua utilização 1. Nome do fornecedor ou marca
é constante, tornando-os comercial e modelo
responsáveis por um consumo 2. Classe de eficiência energética
considerável de energia. 1
I II 3. Consumo de energia anual, em
A tendência atual evidencia kWh/ano
um aumento da procura de
2 4. A preencher caso exista um
aparelhos de ecrã cada vez interruptor facilmente visível, que
maior e com mais potência. ponha o televisor no estado de
desactivação a consumir menos
de 1 W

Uma televisão em modo 5. Consumo em estado activo, em


termos de potência (Watts)
de espera (stand-by), pode
consumir até 15% do consumo 6. Diagonal visível do ecrã, em
polegadas e centímetros
realizado em condições
3
normais. Por isso, em ausências
prolongadas, ou quando não
está a ver televisão, convém
desligá-la diretamente no
4 5 XYZ
XYZ
aparelho.
6
Os audiovisuais representam XYZ XYZ
9% do consumo elétrico
das famílias portuguesas e,
depois dos frigoríficos, são
o equipamento de maior
consumo a nível global.

tV E EqUiPAMENtOS AUDiOViSUAiS

36
conselHos Práticos Os modelos de televisão mais recentes,
de tecnologia LCD (Display de Cristal
1. Não deixe a sua televisão em Líquido), LED (Diodo emissor de Luz) e
modo de espera. Plasma convencionais, além de serem mais
2. Ligue a televisão e todos os eficientes que os CRT ( Tubos de raios
equipamentos audiovisuais catódicos) estão também restringidos a
(sistema de som, DVD, uma potência no modo de espera até
descodificador digital, etc.) 1 W. As novas televisões com modo
a uma ficha múltipla com ECO permitem ajustar automaticamente
botão de ligar e desligar. Ao a imagem do ecrã em função da luz
desligar este botão, apaga ambiente, reduzindo o consumo de
todos os aparelhos, obtendo energia.
poupanças superiores a 40 €
por ano.

ECRÃS LCD, LED E PLASMA

37
Na última década, os equipamentos
informáticos tiveram um rápido Os equipamentos informáticos
crescimento. com etiqueta Energy Star
têm a capacidade de passar
automaticamente ao modo
de baixo consumo (estado de
O ecrã do computador é o repouso) algum tempo após
componente que mais energia deixarem de ser utilizados.
consome e quanto maior for, mais Neste estado o seu consumo
consumirá. Os ecrãs planos (TFT) de energia é apenas 15% do
consomem menos energia do que os normal.
convencionais.

conselHos Práticos
1. Compre equipamentos com sistemas de poupança de energia (símbolo Energy Star)
e desligue-os completamente caso preveja ausências superiores a 30 minutos.
2. Opte por comprar impressoras que imprimam dos dois lados do papel e aparelhos
de fax que usem papel comum.
3. Ao utilizarmos o computador apenas por períodos curtos, podemos desligar somente
o ecrã, poupando assim energia. Isto evita que perca energia com o reinício do
equipamento.
4. Os ecrãs LCD poupam cerca de 37% de energia em funcionamento e cerca de 40%
em modo de espera.
5. A proteção do ecrã que mais energia poupa é a totalmente negra.
6. Devem ligar-se vários equipamentos informáticos a uma ficha múltipla com botão de
ligar e desligar. Ao desligar este botão, os aparelhos são apagados, poupando energia.
EqUiPAMENtOS iNfORMÁtiCOS

38
IlUMINAÇÃO

39
A luz é parte integrante da nossa vida. Por esta razão é uma das necessidades energéticas mais
importantes nos nossos lares, representando cerca de 14% da eletricidade que consumimos em casa.

Para conseguir uma boa iluminação, há que EXISTEM DIFERENTES TIPOLOGIAS DE LÂMPADAS
analisar as necessidades de luz de cada uma
das zonas da casa, já que nem todos os 1. Lâmpadas incandescentes: A luz produz-se pela 3. Lâmpadas fluorescentes tubulares: Baseiam-se
passagem da corrente elétrica através de um na emissão luminosa que alguns gases como o
espaços requerem a mesma luminosidade,
filamento metálico, com grande resistência. São as flúor emitem quando submetidos a uma corrente
nem durante o mesmo tempo, nem com a que apresentam maior consumo elétrico, as mais elétrica. A eficácia luminosa é assim muito maior
mesma intensidade. Torna-se fundamental baratas e as de menor duração (1.000 horas). do que no caso das lâmpadas incandescentes,
esclarecer a ideia errada, mas muito comum, pois neste processo produz-se menos calor e a
de associar a luz que uma lâmpada difunde A proibição de colocação de lâmpadas eletricidade destina-se, em maior proporção,
à quantidade de eletricidade necessária para incandescentes no mercado, no âmbito à obtenção da própria luz. São
a produzir. Falamos assim de uma lâmpada da medida de eliminação progressiva de mais caras do que as lâmpadas
de 60 a 100 watts como sinónimo de lâmpadas incandescentes (phase-out), incandescentes, mas consomem
lâmpadas que produzem uma determinada acontecerá progressivamente até 2015, até menos 80% de eletricidade do
luminosidade, quando na realidade, o "watt" consoante a sua potência à exceção de que estas para a mesma emissão
é uma medida de potência e a luz tem a sua formatos e aplicações especiais. luminosa e têm uma duração entre
própria unidade de medida: "o lumen". 8 a 10 vezes superior.

A eficácia luminosa de uma lâmpada 2. Lâmpadas de halogéneo: Têm o mesmo princípio


das anteriores. Caracterizam-se por uma maior 4. Lâmpadas fluorescentes compactas: São
consiste na quantidade de luz emitida
por unidade de potência elétrica (W) duração e pela qualidade especial da sua luz. pequenos tubos fluorescentes que têm sido
consumida. Mede-se em “lumens por Existem lâmpadas de halogéneo que necessitam progressivamente adaptados a vários tamanhos,
watt” e permite comparar a eficiência de um transformador. Os do tipo eletrónico formas e suportes (casquilhos) das lâmpadas a
de diferentes fontes de luz. A eficácia diminuem as perdas de energia, que estamos normalmente habituados. Por esta
luminosa das lâmpadas incandescentes quando comparados com os razão, as lâmpadas de baixo consumo são também
situa-se entre os 12 lm/W e os tradicionais, e o consumo final conhecidas por compactas. São mais caras do
20 lm/W, sendo que, para as lâmpadas de eletricidade (lâmpada mais que as tradicionais, se bem que a sua poupança
fluorescentes, a eficácia situa-se entre em eletricidade permite amortizar um maior
os 40 lm/W e os 100 lm/W. transformador) pode ser até
30% inferior ao das lâmpadas investimento muito antes de terminar o seu tempo
convencionais. de vida útil (entre 8.000 e 10.000 horas).

40
Duram oito vezes mais que as lâmpadas incandescentes, e
lâmpadas tradicionais e proporcionam embora mais caras do que as As lâmpadas convencionais
incandescentes só aproveitam
a mesma luz, poupando cerca de 80% lâmpadas de baixo consumo, em iluminação cerca de
de energia quando comparado com conseguem assegurar mais de 5% da energia elétrica que
as incandescentes. Por isso, o seu uso 30.000h de funcionamento, consomem. Os restantes 95%
é recomendável. 100% de luz imediata quando se ligam e um são transformados em calor,
Em locais onde o acender e apagar elevado número de ciclos de ligar/desligar. sem aproveitamento luminoso
seja muito frequente, não é recomendável A tecnologia LED não utiliza componentes
o uso de lâmpadas de baixo consumo tóxicos na sua composição, estando isenta de
convencionais, isto porque a sua vida útil será mercúrio.
reduzida de forma significativa.
As lâmpadas fluorescentes (tubulares ou
compactas) quando se fundem devem ser
entregues na loja onde foram compradas ou
num ecocentro, em vez de serem colocadas
no lixo. No caso de se partirem, deve abrir-se UM CASO PRÁtiCO
uma janela durante 15 minutos, devendo A tradicional lâmpada de 60 W (que custa cerca de 1,2 €) proporciona a mesma luz que uma
os resíduos ser apanhados com luvas de lâmpada fluorescente compacta de 11 W (cerca de 7 €). No tempo de vida útil de uma lâmpada
borracha e toalhas de papel e colocados num de baixo consumo, a poupança será quase de 58 €:
saco, lavando as mãos no fim do processo.
tiPOLOGiA DE LÃMPADA iNCANDESCENtE DE 60 W ECONOMiZADORA DE 11 W
Vida Útil (horas) 1000 h 8000 h
5. Lâmpadas LED: Um LED (Diodo Emissor Preço aquisição (€) 1,20 € 7,00 €
de Luz) é constituído por várias camadas de Preço kWh (€) 0,14 € 0,14 €
material semicondutor. A sua potência varia
de 0,1 W a 3 W, conjugando-se em lâmpadas Consumo de Eletricidade (kWh) (8000h X 60 W) 480 kWh (8000h X 11 W) 88 kWh
ou luminárias. Normalmente aplicadas na Para um tempo de funcionamento de 8000h
iluminação decorativa, existem já disponíveis
Custo das lâmpadas (€) (1,20 X 8) 9,60 € (7,00 X 1) 7,00 €
lâmpadas de LED para substituição direta
de lâmpadas incandescentes, de halogéneo Custo da Eletricidade (€) (480 kWh X 0,14 €/kWh) 67,20 € (88 kWh X 0,14 €/kWh) 12,32 €
e fluorescentes, em diversos tamanhos e Custo total (€) 76,80 € 19,32 €
suportes (casquilhos). Conseguem poupanças
Poupança de 57, 48 €
até 90% de energia na substituição de

41
INSTALAÇõES EM
conselHos Práticos nÃo se esQueÇa
CONDOMÍNIOS
Podem-se conseguir poupanças 1. Sempre que possível, utilize luz natural. • Os equipamentos com a etiqueta energética
energéticas, criando sectores de 2. Prefira cores claras nas paredes e tetos. Aproveitará A+ , A++ e A+++ são os mais eficientes,
iluminação, de forma a que se melhor a iluminação natural e poderá reduzir a artificial. e ao longo da sua vida útil poderão trazer
acendam somente as luzes do 3. Não deixe luzes acesas em divisões que não estão poupanças significativas na fatura de
espaço onde se encontra. a ser utilizadas. eletricidade.
4. Reduza ao mínimo a iluminação ornamental em zonas • Não escolha aparelhos com maior potência
Nas zonas de passagem, como do que aquilo que necessita. Estará a gastar
exteriores (jardins, etc.).
escadas ou halls, é importante dinheiro e energia.
utilizar sistemas temporizados 5. Mantenha limpas as lâmpadas e respetivas proteções
ou ornamentos. Terá mais luminosidade, sem aumentar • A manutenção adequada e a limpeza dos
ou detetores de presença que eletrodomésticos prolonga a sua vida e
a potência.
acionem automaticamente as poupa energia.
luzes. 6. Substitua as lâmpadas incandescentes pelas lâmpadas
fluorescentes compactas. Para um nível idêntico de • O frigorífico e a televisão são os
iluminação, poupam até 80% de energia e duram 8 eletrodomésticos de maior consumo
vezes mais. Na substituição, dê prioridade àquelas a que global, apesar de terem potências unitárias
dá mais uso. inferiores a outros equipamentos, tais como
as máquinas de lavar roupa, loiça ou o ferro
7. Adapte a iluminação às suas necessidades e dê
elétrico.
preferência à que é localizada. Para além de poupar,
conseguirá ambientes mais confortáveis. • É recomendável desligar a televisão e ter
todos os aparelhos em modo de repouso
8. Coloque reguladores de intensidade luminosa
quando não estão em uso.
eletrónicos. Poupará energia.
• Escolha computadores e impressoras que
9. Use lâmpadas tubulares fluorescentes onde necessite
tenham modo de poupança de energia.
de luz por muitas horas, como por exemplo, na cozinha.
• Nos pontos de luz que estejam acesos mais
10. Nos halls, garagens ou zonas comuns, coloque
do que uma hora por dia, instale lâmpadas
detetores de presença para que as luzes se acendam
fluorescentes compactas ou tubulares
e apaguem automaticamente.
fluorescentes.

42
AQUECIMENTO

43
SISTEMAS DE AQUECIMENTO É importante que escolhamos caldeiras de maior
Cerca de 22% do consumo de energia em rendimento. Atendendo ao tipo de combustão, as
casa de uma família portuguesa é destinado ao caldeiras podem ser:
aquecimento do ambiente.
• Atmosféricas: quando a combustão se realiza
A zona climática, o tipo de uso que se dá à em contacto com o ar da divisão em que está
habitação e o custo dos diferentes sistemas colocada.
e equipamentos são factores que devem ser
• Estanques: quando a admissão de ar e a
considerados nas nossas escolhas.
extração de gases têm lugar numa câmara
fechada, sem qualquer tipo de contacto com
SISTEMA DE AQUECIMENTO o ar da divisão onde se encontra instalada.
Têm melhor rendimento do que as caldeiras
CENTRAL atmosféricas.
Sistema destinado ao aquecimento das divisões,
Destacam-se também as caldeiras com modelação
que pode ainda produzir água quente para
automática da chama. Este sistema minimiza os
uso doméstico. Os sistemas mais comuns de
arranques e paragens da caldeira, poupando energia
aquecimento central são compostos pelos
ao adequar continuamente o calor produzido às
seguintes elementos:
CALDEIRAS necessidades reais, mediante o controlo da potência
térmica produzida (potência da chama).
1. Gerador de calor: geralmente uma caldeira, na
Para as caldeiras domésticas (entre 4 e 400 KW
qual a água é aquecida até uma temperatura Além das caldeiras normais, existem no mercado
de potência) e que utilizem combustíveis líquidos
próxima dos 90ºC. outro tipo de caldeiras com rendimentos
ou gasosos, existe um sistema de catalogação por
2. Unidades de regulação e controlo: servem estrelas que compara os rendimentos energéticos. superiores:
para adequar a resposta do sistema às
necessidades de aquecimento, procurando Define-se numa escala de uma a quatro estrelas. • Caldeiras de temperatura variável
que se alcancem, mas não se ultrapassem, as Quanto maior for a caldeira maior será a sua • Caldeiras de condensação
temperaturas pré-estabelecidas de conforto. eficiência.
Apesar de serem mais caras que as convencionais
3. Sistema de distribuição e emissão de calor: (até ao dobro do preço), podem produzir
composto por tubagens, bombas e radiadores, poupanças de energia superiores a 25%,
no interior dos quais a água circula distribuindo recuperando-se desta forma o seu investimento
o calor. adicional.

44
O aquecimento central coletivo
é, do ponto de vista energético
e económico, um sistema muito
mais eficiente do que o sistema
de aquecimento individual.

Num bloco de apartamentos, um sistema de


aquecimento central coletivo apresenta vantagens
importantes quando comparado com um
individual: o rendimento de uma caldeira de maior
capacidade e potência é superior ao das pequenas
caldeiras, pelo que o consumo de energia é inferior.
Consegue-se aceder a tarifas mais económicas
para os combustíveis e o custo de instalação
coletiva é inferior à soma dos custos das instalações
individuais.
RADIADORES SISTEMA DE PISO RADIANTE
Os radiadores são aparelhos onde é feita a troca de Os radiadores de água quente podem ser
calor entre a água aquecida e o espaço que se quer substituídos por uma serpentina em tubo flexível
aquecer. São fabricados em chapa, alumínio ou aço. onde circula água quente, embutida no chão das
divisões. Desta forma, o solo converte-se em
A melhor colocação dos radiadores, por motivos
emissor de calor. A temperatura a que tem que
de conforto, deverá ser por baixo das janelas,
se aquecer a água é muito inferior (normalmente
fazendo coincidir a longitude do radiador com a da
entre os 35ºC e os 45ºC) face a um sistema de
janela, de modo a favorecer a correta difusão do ar
aquecimento tradicional.
quente pela divisão aquecida.

45
SISTEMAS ELÉTRICOS Nestes casos, alguns equipamentos recorrem a
resistências elétricas de apoio. Os aparelhos do
RADiADORES E CONVECtORES ELÉtRiCOS tipo inverter, que regulam a potência por variação
São equipamentos independentes nos quais da frequência elétrica, poupam energia e são mais
o aquecimento se realiza mediante resistências eficazes com baixas temperaturas exteriores.
elétricas. Do ponto de vista de eficiência
energética, não são aconselháveis. AqUECiMENtO ELÉtRiCO POR ACUMULAçÃO
PiSO RADiANtE ELÉtRiCO
Este sistema costuma estar associado à contratação
Tal como no caso anterior, o aquecimento é feito da tarifa bi-horária, mediante a qual se obtêm
através da passagem da corrente elétrica por um descontos no preço do kWh consumido durante a
fio ou resistência (efeito "Joule"). Estas soluções noite. O calor é armazenado num núcleo de placas
elétricas não são tão económicas de acumulação, ficando disponível para aquecer
a casa de acordo com as necessidades, sem um
SiStEMA DE BOMBA DE CALOR consumo energético adicional até ao início do
Sendo na sua generalidade equipamentos próximo período de carga, na noite seguinte.
independentes, são mais recomendáveis
os sistemas centralizados, nos quais o calor O aquecimento elétrico por acumulação tem
transferido pela bomba de calor é distribuído por o inconveniente de limitar a recarga ao período
uma rede de condutas de ar e difusores (o mais noturno anterior, não se podendo adaptar às
comum), ou mediante a passagem de ar por entre condições de cada dia, pelo que se poderá verificar A REGULAÇÃO DO AQUECIMENTO
tubos com água quente (fan-coils). A vantagem do um excedente de calor ou a recarga não ser As necessidades de aquecimento de uma habitação são
sistema é a sua alta eficiência: por cada kWh de suficiente para as necessidades. inconstantes, tanto ao longo do ano, como ao longo do dia,
calor de eletricidade consumida, transfere-se entre pois existem oscilações de temperatura diária não sendo
2 a 4 kWh de calor. Para além disso, a bomba de necessária a mesma em todas as divisões de uma habitação.
calor permite não apenas aquecer a habitação, Naquelas que se utilizem de dia (zona de dia), a temperatura
mas igualmente arrefecê-la. O seu inconveniente deverá ser maior do que nos quartos (zona de noite).
dá-se quando as temperaturas exteriores são Há igualmente espaços, como a cozinha, que têm as
muito baixas, pela dificuldade em captar o calor suas próprias fontes de calor e que requerem menos
necessário para aquecer o interior. aquecimento.
Por isso, é muito importante dispor de um sistema de
regulação de aquecimento que adapte as temperaturas da
habitação às nossas necessidades.

46
A temperatura de conforto no inverno conselHos Práticos

A temperatura a que programamos o aquecimento


condiciona o consumo de energia do próprio sistema. 1. Uma temperatura de 20ºC é suficiente para manter o conforto numa habitação.
Cada grau de temperatura que aumentamos, Nos quartos a temperatura pode variar entre os 15ºC e os 17ºC.
implica um acréscimo do consumo de energia em
aproximadamente 7%. 2. Ligue o aquecimento só após ter arejado a casa e fechado as janelas.
Ainda que a sensação de conforto seja subjetiva, por 3. As válvulas termostáticas em radiadores e os termostatos programáveis são
norma uma temperatura entre os 19ºC e os 21ºC é soluções práticas, fáceis de instalar e que podem amortizar rapidamente o
suficiente para a maioria das pessoas. investimento realizado através de importantes poupanças de energia (entre 8% e
Para além disso, durante a noite, nos quartos basta ter 13%).
uma temperatura de 15ºC a 17ºC para nos sentirmos
confortáveis. 4. Se se ausentar por umas horas, reduza a posição do termostato para os 15ºC
(o modo de “economia” de alguns modelos corresponde a esta temperatura).
5. Não espere que os aparelhos se degradem. Uma manutenção adequada da
caldeira individual poupar-lhe-á até 15% em energia.
6. No caso dos radiadores a água, o ar que possam conter no seu interior dificulta a
Em condições normais, é suficiente ligar transmissão de calor da água quente para o exterior. É conveniente purgar este ar,
o aquecimento durante a manhã. Durante a noite,
exceto em zonas muito frias, deve desligar-se, já que pelo menos uma vez por ano, no início da utilização. No momento em que deixe
o calor acumulado na habitação costuma ser mais do de sair ar e passe apenas a sair água, a purga estará feita.
que suficiente (especialmente se as persianas 7. Não cubra os radiadores nem encoste nenhum objeto, pois dificultará a adequada
e cortinas estiverem fechadas).
difusão do ar quente.
8. Para ventilar completamente uma habitação é suficiente abrir as janelas por um
Nos casos em que a habitação esteja vazia durante um período de 10 minutos. Não é necessário mais tempo para a renovação do ar.
elevado número de horas, é importante considerar a 9. Feche as persianas e cortinas durante a noite para evitar perdas de calor
substituição do termostato normal por um programável, significativas.
em que se podem fixar as temperaturas em diferentes ciclos
horários, nomeadamente aos fins de semana ou em dias
específicos.

47
É importante saber a quantidade de É através da cobertura exterior
calor que se necessita para manter de um edifício que se perde ou
a casa com uma temperatura ganha calor, se esta não estiver bem
confortável. tal depende, em boa isolada. Por essa razão, os sótãos
medida, do seu nível de isolamento são geralmente mais frios no
térmico. Uma casa mal isolada, inverno e mais quentes no verão.
necessita de mais energia. No
De qualquer forma, um bom
inverno, arrefece mais rapidamente
isolamento das paredes, incluindo
e pode apresentar condensações
as que separam habitações
no interior. No verão, aquece mais
contíguas, para além de diminuir os
e em menos tempo.
ruídos, evita perdas de calor.
No entanto, o calor pode sair por
muitos outros sítios, principalmente
pelas janelas e superfícies vidradas,
molduras das portas e das janelas,
caixas de persianas de enrolar
sem isolamento, tubos e condutas,
chaminés, etc.
Torna-se, por isso, aconselhável
dispor de um sistema de regulação
de aquecimento que adapte as
temperatures da habitação às
nossas necessidades.

O iSOLAMENtO

48
JANELAS
conselHos Práticos
Cerca de 25% a 30% das nossas necessidades de aquecimento são
devidas às perdas de calor que se originam nas janelas. O isolamento 1. Se vai construir ou reconstruir uma habitação,
não poupe no isolamento de todos os
térmico de uma janela depende da qualidade do vidro e do seu caixilho.
acabamentos exteriores. Ganhará em conforto
Os sistemas de vidro duplo ou janela dupla reduzem praticamente para e poupará dinheiro em climatização.
metade as perdas de calor, face ao vidro normal, para além de diminuirem
as correntes de ar, a condensação de água e a formação de gelo. 2. Instale janelas com vidro duplo ou janelas duplas
e caixilharias com corte térmico.
O tipo de moldura é igualmente determinante. Alguns materiais como o
ferro ou o alumínio caracterizam-se pela sua alta condutividade térmica, 3. Descubra as correntes de ar. Por exemplo, num
pelo que permitem a passagem do frio ou do calor com muita facilidade. dia de muito vento, coloque uma vela acesa
junto às janelas, portas, condutas ou qualquer
São de destacar as caixilharias denominadas com corte térmico, que outro lugar por onde possa passar o ar exterior.
contêm material isolante entre a parte interna e externa. Se a chama oscilar, localizou um ponto onde se
produzem infiltrações de ar.
4. Para tapar fugas ou diminuir as infiltrações de
ar de portas e janelas, pode utilizar materiais
fáceis e baratos como o silicone, massa ou fitas
isolantes.

49
O ar condicionado é também um TIPO DE APARELHO DE AR
dos equipamentos mais adquiridos
nos últimos anos, sendo que as
CONDICIONADO
necessidades de arrefecimento • Monoblocos convencionais, (instalação em
podem representar até 2% do janela), compostos por uma só unidade,
consumo elétrico na casa de uma geralmente com dimensões mais pequenas
familia portuguesa. que os outros tipos de aparelhos, o que pode
prejudicar a eficácia. Consomem mais energia
do que os de tipo split.
Ao contrário do que acontece • Unidades portáteis convencionais; semelhantes
no caso dos aquecimentos, não é aos monoblocos mas portáteis. São modelos
habitual no nosso país construir de pequenas dimensões, o que os torna
casas com instalações centralizadas menos eficazes.
de ar condicionado. Esta situação
leva a que a maioria das instalações • Split, os modelos mais comuns, são compostos
por duas unidades: uma para colocar no
seja composta por elementos
interior e outra no exterior da habitação.
independentes. São, por isso, raras as
Existem modelos que apenas permitem
instalações centralizadas ou coletivas, arrefecer o ar ou adicionalmente, aquecê-lo,
apesar de serem muito mais eficientes quando equipados com bomba de calor.
e de evitarem a necessidade de
instalar aparelhos nas fachadas dos • Multi-split, compostos por uma unidade
prédios. para colocação no exterior e várias para o
interior da habitação, o que permite ter ar
condicionado em várias divisões da casa.

Para o mesmo nível de


desempenho, há aparelhos
que consomem até mais
60% de eletricidade do
que outros.

AR CONDiCiONADO

50
tabela orientativa Para eleger a Potência de refrigeraÇÃo
de um eQuiPamento de ar condicionado conselHos Práticos

Superfície a refrigerar (m2) 9-15 15-20 20-25 25-30 30-35 35-40 40-50 50-60 1. Na hora da compra, aconselhe-se com
Potência de refrigeração (kW) 1.5 1.8 2.1 2.4 2.7 3.0 3.6 4.2 profissionais.
2. Fixe a temperatura de refrigeração nos 25ºC.
3. Quando ligar o aparelho de ar condicionado,
É importante deixar-se aconselhar por um profissional qualificado sobre o tipo de não ajuste a temperatura para um valor mais
equipamento e potência que melhor responde às suas necessidades de frio e/ou calor. baixo do que o normal: não arrefecerá a casa
Dependendo das características da habitação a climatizar, se a habitação é muito de forma mais rápida, podendo o arrefecimento
ser excessivo e, por isso, resultar num gasto
solarenga, ou no caso de um sótão, devemos aumentar os valores da anterior tabela em
desnecessário.
15%. Por outro lado, os materiais de construção, a orientação da casa e o seu desenho,
influenciam em grande medida as necessidades de climatização. 4. Instalar toldos, fechar as persianas e correr as
cortinas são medidas eficazes para manter a
temperatura em casa.
É possível conseguir poupanças superiores a 30%, caso se instalem toldos nas 5. No verão, areje a casa quando o ar da rua estiver
janelas mais expostas ao sol e se isolem adequadamente paredes e tetos. mais fresco (primeiras horas da manhã ou à
noite).
6. Uma ventoinha, especialmente de teto, pode ser
suficiente para manter um nível adequado de
A etiqueta energética dos equipamentos de ar condicionado, contém a seguinte conforto.
informação: 7. É importante colocar os aparelhos de ar
• Consumo anual de energia; condicionado em locais que não sejam
atingidos pelo sol ou onde se verifique uma
• Capacidade de arrefecimento; boa circulação de ar. No caso das unidades
condensadoras se encontrarem colocadas no
• Coeficientes de eficiência energética em frio (EER) ou calor (COP), e respectivas
telhado, é recomendável criar um sistema de
medidas de eficiência (conforme existam).
sombreamento.
8. As cores claras em tetos e paredes exteriores
Os aparelhos com EER ou COP elevados são os mais eficientes no desempenho e na refletem a radiação solar evitando, assim, o
poupança de energia. Os aparelhos do tipo “inverter” consomem entre 20 a 30% menos aquecimento dos espaços interiores.
de eletricidade que os aparelhos ditos convencionais, constituindo uma solução eficiente.

51
SISTEMA DE ETIQUETAGEM ENERGÉTICA DE PRODUTOS - SEEP

52
SEEP, O QUE É? COM O SEEP TEM ACESSO
Na aquisição de um produto ou
A MELHORES PRODUTOS
equipamento para uma pequena E MAIOR EFICIêNCIA.
reabilitação, somos por vezes
confrontados com a dúvida Uma escolha adaptada às suas necessidades
relacionada com a qualidade do permite-lhe otimizar energia e reduzir custos.
produto, se este serve efetivamente
o nosso objetivo e qual é o Vantagens do SEEP
mais adequado.
Porque “Comparar é poupar energia“ este
O Sistema de Etiquetagem Energética sistema voluntário de etiquetagem energética
de Produtos (SEEP) permite que um tem vantagens para todos.
determinado material possa ser mais
facilmente destacado através de uma • Permite identificar a eficiência energética
etiqueta energética com uma escala de produtos com impacto sobre a
de cores e, assim, apresentar as suas performance dos edifícios;
características. Um dos aspetos • Escolher produtos mais eficientes;
diferenciadores do sistema é o controlo
de qualidade das etiquetas emitidas, • Obter informação adicional sobre os mesmos;
com realce para a adequação e rigor • Beneficiar de um controlo de qualidade e rigor
técnico do desempenho energético técnico do desempenho energético anunciado
anunciado. pelas etiquetas emitidas.

Os fabricantes aderentes
estão sujeitos a procedimentos
de verificação na emissão de
etiquetas, reforçando assim
VANTAGENS DO SEEP a credibilidade dos seus produtos
junto dos consumidores.

53
O PRIMEIRO PRODUTO como ler a etiQueta energÉtica
ETIQUETADO, JANELAS
1. QR Code Amplamente
Com um perfil especialmente disponível, permite a recolha
1
dirigido para o setor da construção, de informação adicional sobre
o produto com o uso de um
o arranque do SEEP acontece com JANELAS 2 smartphone
a etiquetagem de janelas.
IDENTIFICAÇÃO DA MARCA 2. Tipo de Produto/Subsistema.
MODELO DA JANELA 3
ID SEEP: JA11002500453425
Janelas com classes mais eficientes 3. MARCA (nome fabricante
de janelas) Modelo (nome
de desempenho vão potenciar A A do detentor de sistema/série)
poupanças na fatura energética B
referência do produto ID SEEP.

das famílias e de energia para


C 4. 7 classes de A a G
o país. Semelhante aos eletrodomésticos,
D 4 classe A é mais eficiente.

E
Se a isso adicionarmos o facto
de as janelas mais eficientes, F 5. Energia expressa em
kWh/m2.mês. Indicadores para
também, proporcionarem melhor G Verão e Inverno. Representam
a quantidade de energia que
conforto e a redução do ruído, DESEMPENHO Verão 11,61 passa através da janela.
ENERGÉTICO 5
temos ainda maior valor (kWh/m2.mês) Inverno 5,74
acrescentado na escolha deste Transmissão térmica (Uw) 2,1 W/m2.K 6. Características Técnicas:
produto com melhores classes Fator solar do vidro (g) 0,62
Uw da janela; fator solar do vidro;
classe de permeabilidade ao ar
de desempenho. Classe de permeabilidade ao ar A4
6 e atenuação acústica da janela.
Parâmetros adicionais para que
Atenuação acústica (Rw) 33 dB
possa escolher a janela adequada.
A etiqueta energética permite Para saber mais sobre esta janela, pesquise pelo respetivo número

que os consumidores comparem


“ID SEEP” em www.seep.pt.

facilmente as soluções existentes


no mercado, mediante a simples
verificação da classe de desempenho
energético, de G (- eficiente)
JANELAS EFICIENTES a A (+ eficiente).

54
REDUZA ATÉ 50% Prefira janelas eficientes
conselHos Práticos
O CONSUMO ASSOCIADO Ao escolher uma Janela Eficiente
tem um melhor produto, uma redução 1. Na instalação de uma janela eficiente
ÀS SUAS JANELAS. de custos na fatura energética, um imóvel exija rigor e qualidade. Consulte a lista
valorizado e uma casa mais confortável. de profissionais SEEP e escolha uma
Empresa aderente ao SEEP.
SUBSTITUA-AS POR JANELAS
EFICIENTES DE CLASSE A. 2. Ao escolher uma janela tenha em
consideração o ambiente envolvente
A instalação de uma da sua habitação. Opte por uma que se
Janelas eficientes. janela eficiente exige adapte às suas necessidades energéticas,
Poupança até 50% ruído e conforto.
rigor e qualidade.
REDUçÃO DO CONSUMiDOR DE
CLASSE 3. Siga as instruções de manutenção do
ENERGiA ASSOCiADO ÀS JANELAS*
Consulte a lista de fabricante para aumentar o tempo de
A 50% profissionais aderentes vida das Janelas.

B 40% ao SEEP e escolha um 4. Abra frequentemente as janelas para


instalador certificado. melhorar a qualidade do ar de sua casa.
C 30%
5. A substituição de uma janela pouco
D 20% eficiente por uma janela da classe A
www.seep.pt pode reduzir o consumo de energia
E 10% associado às janelas em 50%.

F 0%

G não aplicável

*Valor aproximado, quando comparado com uma janela vulgar, de


vidro simples, com classe f e assumindo que a casa é climatizada.

55
áGUA QUENTE

56
A produção de água quente é o segundo maior factor de consumo de energia
em casa. Representa 24% do consumo energético total.

Existem dois tipos principais de sistemas de águas quentes sanitárias:

SISTEMAS INSTANTÂNEOS
Os sistemas instantâneos aquecem a água quando são ativados.
É o caso dos esquentadores a gás, elétricos ou das caldeiras murais.

O seu inconveniente é que, até que se atinja a temperatura desejada, desperdiça-se


uma quantidade considerável de água e energia, tanto maior quanto a distância entre o
sistema de aquecimento e o ponto de consumo.
Outra desvantagem importante é que sempre que se necessita de água quente,
o equipamento entra em funcionamento e o“pára-arranca” do sistema aumenta
consideravelmente o consumo, bem como deteriora o equipamento.

Por outro lado, apresentam igualmente prestações muito limitadas no abastecimento


de dois pontos de consumo em simultâneo. Apesar disto, os sistemas instantâneos
continuam a ser os mais habituais na produção de água quente.

57
SISTEMAS DE ACUMULAÇÃO
Os sistemas de acumulação podem ser subdivididos em dois tipos:
• Equipamento que aquece a água (por exemplo, uma caldeira ou uma
bomba de calor) e termoacumulador.
• Termoacumuladores de resistência elétrica.

Os sistemas de caldeira com acumulador integrado, são os mais utilizados entre


os sistemas de produção centralizada de água quente.
A água, uma vez aquecida, é armazenada para uso posterior, num tanque
acumulador isolado.

Estes sistemas apresentam inúmeras vantagens:


• Evitam os permanentes “pára-arranca”, passando a trabalhar de forma
contínua e, portanto, mais eficiente.
• A água quente acumulada permite utilizações simultâneas mantendo os
níveis de conforto.

Os termoacumuladores de resistência elétrica são um sistema pouco


recomendável do ponto de vista energético e financeiro.
Quando a temperatura da água contida baixa a um determinado nível, entra em
funcionamento uma resistência auxiliar.
É, por isso, importante que o termoacumulador, para além de estar bem isolado,
seja apenas utilizado quando é realmente necessário, através de um relógio
programador.

58
conselHos Práticos nÃo se esQueÇa

1. Os sistemas com acumulação de água quente são • Um bom isolamento é a base da poupança em
mais eficientes do que os sistemas de produção climatização.
instantânea e sem acumulação.
• O aquecimento do ambiente e a produção de água
2. É muito importante que os acumuladores e as quente sanitária representam 45% da energia total que
tubagens de distribuição de água quente estejam consumimos em casa.
bem isolados.
• Os telhados e as janelas são responsáveis pela saída do
3. Um duche pode consumir cerca de quatro vezes
calor interior no inverno assim como pela entrada do
menos água do que um banho de imersão. Tenha
isso em conta. calor exterior no verão.

4. Evite fugas e o pingar das torneiras. O simples • É importante ajustar a temperatura do aquecimento às
gotejar de uma torneira pode significar uma perda necessidades reais de cada área da habitação.
de 100 litros de água por mês. • Para a produção de água quente são aconselháveis os
5. Coloque redutores de caudal de água nas sistemas com acumulação.
torneiras.
• Analisar e comparar anualmente os consumos de energia
6. Os reguladores de temperatura com termostato, é uma mais valia que permite realizar propostas de
principalmente no duche, podem poupar entre melhoria energética e controlar os custos.
4% a 6% de energia.
• A soma de uma correta manutenção e um bom sistema
7. Uma temperatura entre os 30ºC e os 35ºC de regulação permite poupanças totais superiores a 20%
é suficiente para transmitir uma sensação de nos serviços comuns.
conforto na higiene pessoal.
• Em geral, os sistemas elétricos de aquecimento e de
8. Troque as torneiras independentes de água fria
produção de água quente sanitária não são recomendáveis
e água quente por torneiras que permitem a
mistura de água com diferentes temperaturas. do ponto de vista energético. Dentro das variantes de
aquecimento elétrico, os sistemas mais adequados são
9. Os sistemas de duplo botão ou de descarga a bomba de calor e a acumulação com tarifa bi-horária.
parcial para o autoclismo poupam uma grande Os menos adequados são os elementos individuais
quantidade de água. (radiadores elétricos, convectores, etc.) distribuídos pelas
habitações.

59
CASA EFICIENTE

60
Ao longo dos últimos anos verificou-se Na aquisição de uma casa deverá ter como
preocupação a qualidade térmica dos elementos
um aumento na procura de melhores construtivos e, quando esta possui sistemas
condições de conforto por parte dos instalados, deve comprovar a sua eficiência.
utilizadores das habitações, quer no que Estes são aspectos fundamentais que, para além
do preço e da localização, devem ser tidos em
respeita ao conforto ambiente, instalando atenção.
equipamentos de climatização, quer no
que respeita à aquisição de equipamentos
que facilitam as tarefas diárias. Este
comportamento levou inevitavelmente ao
aumento da fatura energética. Reduzir a
fatura de energia sem abdicar do conforto
é a meta a alcançar.

Alcançar o conforto, sem penalizar a fatura energética,


passa por dotar a habitação de uma envolvente eficiente
que permita reduzir ao mínimo as trocas de calor e frio
com o exterior, quer no que respeita à envolvente opaca
(assegurando que as paredes, cobertura e pavimentos se
encontrem termicamente isolados), quer relativamente
às janelas, garantindo que dispõem de proteção solar
eficiente, de vidro duplo, e baixa permeabilidade ao
ar. Alcançado este objetivo, o passo seguinte será a
aquisição (ou substituição) de equipamentos eficientes
para aquecimento e arrefecimento.

61
A CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA

62
Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade
do Ar Interior nos Edifícios (SCE)

O SCE surge com o objetivo de RSECE), para dar resposta às exigências CERTIFICADO ENERGÉTICO E DA
melhorar o desempenho energético e impostas. Decorrentes da entrada em
ambiental do parque edificado, servindo vigor (2007) dos novos regulamentos,
QUALIDADE DO AR INTERIOR
como uma ferramenta que permite, todos os edifícios que iniciaram o A certificação energética permite aos potenciais proprietários
através da aplicação de metodologias processo de licenciamento possuem conhecer o desempenho energético de uma habitação antes da
específicas, incentivar a redução das um certificado energético emitido por sua aquisição, induzindo assim os construtores e senhorios a utilizar
necessidades de energia dos novos um Perito Qualificado, o qual verifica o soluções construtivas e equipamentos de maior eficiência energética.
edifícios, ou sujeitos a reabilitações, e a cumprimento dos requisitos técnicos e A face mais visível do Sistema de Certificação Energética é o
identificação da oportunidade de medidas atribui uma classe energética ao imóvel. Certificado Energético e da Qualidade do Ar Interior, emitido por
de melhoria nos edifícios existentes. No caso dos edifícios existentes, desde um perito qualificado para cada edifício ou fração autónoma, onde o
2009 que estes têm obrigatoriamente mesmo será classificado em função do seu desempenho energético,
A implementação do SCE decorreu da que possuir um certificado energético numa escala predefinida de 9 classes (A+ a G), sendo A+ a classe
transposição da Diretiva Europeia sobre aquando de uma transação comercial de mais eficiente e a G a menos eficiente. Uma fração que cumpra os
o Desempenho Energético dos Edifícios venda, locação ou arrendamento. mínimos exigidos pelos atuais regulamentos será enquadrada na classe
(EPBD), que levou ao incremento de energética “B -”.
requisitos relativamente aos elementos Em 2010, a EPBD foi reformulada
construtivos, sistemas energéticos pela diretiva 2010/31/EU que veio Nos edifícios existentes, o certificado energético para além de indicar
e utilização de energias renováveis, trazer novos desafios na promoção a classe energética, inclui também sugestões de medidas de melhoria
que foram posteriormente objeto do desempenho energético dos de desempenho energético e da qualidade do ar interior, que o
de uma revisão da regulamentação edifícios, com especial enfoque para proprietário pode implementar para reduzir a fatura energética e/ou
nacional existente (Regulamento das o aproveitamento da oportunidade assegurar uma boa qualidade do ar interior. Apresenta-se em seguida
Características de Comportamento nesse âmbito na reabilitação do parque um exemplo de um certificado energético com informação detalhada
Técnico dos Edifícios-RCCTE e o edificado. sobre cada elemento que carateriza o imóvel.
Regulamento dos Sistemas Energéticos
e de Climatização dos Edificios -

63
1ª Página
Nº único de identificação
do Certificado Energético.
Pode usá-lo em
www.adene.pt para
confirmar a autencidade
Nº CER do certificado
CE12345678

CERTIFICADO DE DESEMPENHO Fotografia do imóvel.


ENERGÉTICO E DA QUALIDADE
DO AR INTERIOR
TIPO DE FRACÇÃO/EDIFÍCIO: EDIFÍCIO DE HABITAÇÃO SEM SISTEMA(S) DE CLIMATIZAÇÃO (EXISTENTE)
Morada / Localização Avenida Miguel Torga, 4 a 14, Lote 1, 4ºEsq

Localização do imóvel. Localidade Lisboa Freguesia AJUDA


Concelho LISBOA Região Portugal Continental

Identificação do Perito Qualificado que Data de emissão


Nome do perito qualificado
10-05-2012
Jorge Silva Pereira
Data de validade 10-05-2022

N.º de PQ PQ00001
avaliou o desempenho energético. Imóvel descrito na 2º Conservatória do Registo Predial de Lisboa
sob o nº 1234 Art. matricial nº 12345 Fogo/Fracção autón. AB
Identificação fiscal e de registo do imóvel. Este certificado resulta de uma verificação efectuada ao edifício ou fracção autónoma por um perito devidamente qualificado para o efeito, em relação aos requisitos previstos no Regulamento das
Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE, Decreto-Lei 80/2006 de 4 de Abril), classificando o imóvel em relação ao respectivo desempenho energético. Este certificado
permite identificar possíveis medidas de melhoria de desempenho aplicáveis à fracção autónoma ou edifício, suas partes e respectivos sistemas energéticos e de ventilação, no que respeita ao
desempenho energético e à qualidade do ar interior. Para verificar a validade do presente certificado consulte www.adene.pt.

1. ETIQUETA DE DESEMPENHO ENERGÉTICO

INDICADORES DE DESEMPENHO CLASSE ENERGÉTICA


Indicador do consumo anual de Necessidades anuais globais estimadas de 6,9 kgep/m².ano

CERTIFICADO ENERGÉTICO energia do edifício ou fracção. energia primária para climatização e águas
quentes

Valor máximo regulamentar do consumo Valor limite máximo regulamentar para as 6,2 kgep/m².ano Classificação energética:
A+: mais eficiente
necessidades anuais globais de energia
anual de energia para edifícios novos. primária para climatização e águas quentes
(limite inferior da classe B¯ )
G : menos eficiente
Emissões anuais de gases de efeito de estufa 1 toneladas de CO2
Emissões de CO2 do edifício ou fração. associadas à energia primária para climatização
e águas quentes
equivalentes por ano

2. DESAGREGAÇÃO DAS NECESSIDADES NOMINAIS DE ENERGIA ÚTIL

Necessidades nominais de energia útil Valor estimado para as condições de Valor limite regulamentar para as
para... conforto térmico de referência necessidades anuais
Identificadores dos consumos energéticos Aquecimento 41,1 kWh/m².ano 51,5 kWh/m².ano
estimados no inverno, verão e para
preparação com águas quentes sanitárias. Arrefecimento 8,6 kWh/m².ano 32 kWh/m².ano

Preparação das águas quentes


sanitárias 65,5 kWh/m².ano 40,6 kWh/m².ano

NOTAS EXPLICATIVAS
As necessidades nominais de energia útil correspondem a uma previsão da quantidade de energia que terá de ser consumida por m² de área útil do edifício ou fracção autónoma para manter
o edifício nas condições de conforto térmico de referência e para preparação das águas quentes sanitárias necessárias aos ocupantes. Os valores foram calculados para condições
convencionais de utilização, admitidas como idênticas para todos os edifícios, de forma a permitir comparações objectivas entre diferentes imóveis. Os consumos reais podem variar
bastante dos indicados e dependem das atitudes e padrões de comportamento dos utilizadores.

Informação sobre a classificação enegética As necessidades anuais globais de energia primária (estimadas e valor limite) resultam da conversão das necessidades nominais estimadas de energia útil em kilogramas equivalente de
petróleo por unidade de área útil do edifício, mediante aplicação de factores de conversão específicos para a(s) forma(s) de energia utilizada(s) (0,290 kgep/kWh para electricidade e 0,086

e valores apresentados.
kgep/kWh para combustíveis sólido, líquido ou gasoso) e tendo em consideração a eficiência dos sistemas adoptados ou, na da sua definição, sistemas convencionais de referência.

As emissões de CO2 equivalente traduzem a quantidade anual estimada de gases de efeito de estufa que podem ser libertados em resultado da conversão de uma quantidade de energia
primária igual às respectivas necessidades anuais globais estimadas para o edifício, usando o factor de conversão de 0,0012 toneladas equivalentes de CO 2 por kgep.

A classe energética resulta da razão entre as necessidades anuais globais estimadas e as máximas admissíveis de energia primária para aquecimento, arrefecimento e para preparação de
águas quentes sanitárias no edifício ou fracção autónoma. O melhor desempenho corresponde à classe A+, seguida das classes A, B, B¯, C e seguintes, até à classe G de pior desempenho.
Os edifícios com licença ou autorização de construção posterior a 4 de Julho de 2006 apenas poderão ter classe energética igual ou superior a B¯. Para mais informações sobre o desempenho
energético, sobre a qualidade do ar interior e sobre a classificação energética de edifícios, consulte www.adene.pt

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2ª Página 3ª Página
e seguintes
Informação sobre as
características do imóvel CERTIFICADO DE DESEMPENHO ENERGÉTICO E DA QUALIDADE DO AR INTERIOR | Nº CER CE12345678

Descrição dos elementos


Nº do perito qualificado PQ00001 Data de emissão 10-05-2012 Data de validade 10-05-2022
incluindo as que afectam o
3. DESCRIÇÃO SUCINTA DO EDIFÍCIO OU FRACÇÃO AUTÓNOMA
desempenho energético dos Fração de habitação de um edifício multifamiliar, composto por 9 pisos de habitação e 3 caves para estacionamento, localizado em Lisboa,
relevantes para a análise energética
equipamentos de climatização em zona abrangida por gás natural.
O apartamento encontra-se entre pisos, possui fachadas na orientação norte/sul e não existem quaisquer obstáculos/edifícios que provoquem da casa:
sombreamento.
e produção de águas quentes. A fração autónoma é de tipologia T3, composta por uma sala de jantar, uma cozinha, despensa, três quartos, duas instalações sanitárias e
dois lugares de garagem na cave, apresenta inércia térmica forte e a ventilação processa-se de forma natural.
Para a produção da água quente sanitária encontra-se instalado um esquentador, do qual não foi possível obter a eficiência, verifica-se não
existir sistema de aquecimento, no entanto para arrefecimento encontra-se instalado um sistema multi-split com EER 3. • Paredes, coberturas, pavimentos
Área útil de pavimento 116,60 m²
Pé-direito médio
2,60 m Ano de construção 1989
e vãos envidraçados (em contacto
ponderado
com o exterior ou em contacto
4. PROPOSTAS DE MEDIDAS DE MELHORIA DO DESEMPENHO ENERGÉTICO E DA
QUALIDADE DO AR INTERIOR com locais não aquecidos).
Sugestões de medidas de melhoria (implementação não obrigatória) Redução anual da Custo estimado Período de retorno Indicadores económicos Sistemas de climatização,
Síntese das recomendações (destacadas a negrito aquelas usadas no cálculo da nova classe energética) factura energética de investimento do investimento
informativos: Sistemas de preparação de águas
propostas para melhoria do 1 Aplicação de isolamento térmico pelo interior com
revestimento leve em paredes exteriores Menor número de quentes sanitárias, Sistemas de
conforto e redução dos 2 Instalação de uma segunda caixilharia interior e melhoria
representa menor
do factor solar dos vidros
aproveitamento de energias
consumos energéticos. 3 Instalação de sistema solar térmico colectivo com
custo da medida de
depósito de acumulação
4 Substituição do equipamento actual e/ou instalação de
renováveis e ventilação.
esquentador de elevado rendimento para preparação de melhoria proposta.
Ordem de importância: águas quentes sanitárias
As medidas de melhoria acima referidas correspondem a sugestões do perito qualificado na sequência da análise que este realizou ao desempenho energético e da qualidade do ar interior do
edifício ou fracção autónoma e não pretendem por em causa as opções e soluções adoptadas pelo(s) arquitecto(s), projectista(s) ou técnico(s) de obra.
• Recomendações de melhorias
• Correção de patalogias da Legendas Redução anual da Custo estimado de Período de retorno do
associadas a cada elemento da
factura energética investimento investimento
construção, mais de 1000€/ano mais de 5000€ inferior a 5 anos
edificação, expostas de forma
• Redução das necessidades de entre 500€ e 999€/ano entre 1000€ e 4999€ entre 5 e 10 anos
detalhada com a informação
consumo energético, entre 100€ e 499€/ano entre 200€ e 999€ entre 10 e 15 anos

• Utilização de Energias necessária para servir de orientação


menos de 100€/ano menos de 200€ mais de 15 anos
Nova classe energética ao proprietário.
Renováveis, SE FOREM CONCRETIZADAS TODAS AS MEDIDAS DESTACADAS NA LISTA, A CLASSIFICAÇÃO ENERGÉTICA PODERÁ SUBIR PARA... após a implementação
• Eficiência dos sistemas de das medidas de melhoria.
climatização e águas quentes Pressupostos e observações a considerar na interpretação da informação apresentada: • As observações e notas,
O estudo efetuado, relativo à identificação de potenciais medidas de melhoria, teve por base a melhoria das condições de conforto e o desempenho

sanitárias, energético da habitação, seguindo a seguinte hierarquia: i) correção de patologias construtivas; ii) redução das necessidades de energia útil por intervenção
na envolvente; iii) a utilização de energias renováveis e, finalmente; iv) a eficiência dos sistemas. Relativamente ao último ponto, não foram identificadas
são relativas a considerações,
possibilidades de melhoria na componente de arrefecimento, atendendo a que a fração já dispõe de um sistema de elevado desempenho para esse efeito.

• Melhoria do ambiente interior, A implementação simultânea de todas as medidas de melhoria assinaladas a negrito, poderão conduzir a uma redução anual da fatura energética até 1100€.
O valor estimado para o investimento (tendo em conta os pressupostos específicos de cada medida) é de cerca de 8700€, originando um período mínimo
aproximações e/ou limitações da
de retorno de 8 anos. A redução anual estimada das emissões de gases de efeito de estufa, será de 0,8 toneladas de CO2 equivalentes por ano.

conforto dos espaços e As presentes medidas de melhoria apresentam evidentes benefícios no que se refere ao conforto dos utilizadores do imóvel, isto para além dos benefícios
de natureza ambiental, da redução de consumo de energia e das emissões de gases de efeito de estufa. análise realizada.
Atendendo a que a fração autónoma não dispõe de sistema de aquecimento instalado, para efeito de cálculo e como condição por defeito, considera-se que
comportamento dos o sistema de aquecimento é constituído por resistência elétrica (p.e. radiadores elétricos ou a óleo).
Não foi possível obter a eficiência do esquentador, considera-se para efeito de cálculo e como condição por defeito, que o sistema de produção de AQS é
um esquentador com um rendimento de 50%.

utilizadores. Para efeitos de cálculo das necessidades nominais de energia, foram consideradas as condições de referência descritas na legislação. As mesmas são
uma temperatura do ar de 20ºC para a estação de aquecimento e uma temperatura do ar de 25ºC e 50% de humidade para a estação de arrefecimento.
O consumo de referência de água quente sanitária para utilização em edifícios de habitação é de 40 litros de água quente a 60ºC, por pessoa e por dia.
Foi igualmente considerada uma climatização a 100%, ou seja, que o imóvel é aquecido e arrefecido durante todo o ano, de modo a garantir que a
temperatura do ar interior se situa nas condições de referência acima referidas.

As medidas de melhoria não são 5. PAREDES, COBERTURAS, PAVIMENTOS E PONTES TÉRMICAS PLANAS
de implementação obrigatória, PAREDES Coeficiente de transmissão

mas devem ser tomadas como Descrição da(s) solução(ções) adoptada(s)


térmica superficial (U) em W/m².ºC
da solução máximo regulamentar

informação relevante numa ação • Parede Exterior em alvenaria de tijolo furado revestida exteriormente a reboco de cor
creme e pelo interior a estuque (posterior a 1960), com uma espessura total da parede 1,3 1,8

de remodelação ou alteração. de 0,28m.

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1ª Página
ANEXO AO CERTIFICADO Anexo ao Certificado
Energético nº
ENERGÉTICO E DA QUALIDADE Anexo ao Certificado
Energético nº:
CE12345678
Emitido em:
DO AR INTERIOR: ESTUDO DE MEDIDAS DE MELHORIA
DO DESEMPENHO ENERGÉTICO E DA QUALIDADE DO AR INTERIOR
CE12345678
Emitido em:
10/05/2012

TIPO DE FRACÇÃO/EDIFÍCIO: EDIFÍCIO DE HABITAÇÕES SEMSISTEMA(S) DE CLIMATIZAÇÃO (EXISTENTE)

ESTUDO DE MEDIDAS DE MELHORIA


Morada / Localização: Avenida Miguel Torga, 4 a 14, Lote 1, 4ºEsq

Localidade: Lisboa Freguesia: AJUDA

Concelho: LISBOA Região: Portugal Continental

Este estudo surge anexo e pretende complementar a Nome do perito qualificado: Jorge Silva Pereira N.º de PQ: PQ00001

informação do certificado energético, fornecendo informação INTRODUÇÃO

sobre as oportunidades de medidas de melhoria no imóvel. Este estudo complementa a informação apresentada pelo perito qualificado no certificado energético emitido para o imóvel. A
primeira página apresenta informação agregada relativa às várias medidas de melhoria identificadas pelo perito qualificado, com
A primeira página apresenta um resumo de todas as medidas indicação do impacto estimado, no desempenho energético, da implementação simultânea das mesmas e para condições padrão
de utilização. As páginas seguintes contêm informação específica e mais detalhada sobre cada uma das medidas propostas.

identificadas no imóvel. Cada uma das páginas seguintes detalha Cada página poderá ser utilizada como ficha para recolha de dados junto de fornecedores da solução preconizada.

as soluções sugeridas e podem mesmo ser utilizadas no pedido VARIAÇÃO DE DESEMPENHO

de orçamento aos profissionais.


Classe energética:
(antes e depois da implementação
das medidas de melhoria)
Indicação da variação
Aquecimento
44% 80% do desempenho
Ambiente energético com a
Arrefecimento
30% 27% implantação do
Ambiente agregado de sugestões
Cada edifício tem as suas particularidades, pelo que as medidas Água Quente
22% 139% de melhoria
identificadas pelo
de melhoria são sempre específicas de cada imóvel. Tendo por Sanitária

24% 111% perito


base os certificados já emitidos para os edifícios de habitação, Emissões CO2

é possível verificar que uma parte significativa das medidas de


melhoria incide sobre aspectos como: PROPOSTAS DAS MEDIDAS DE MELHORIA
Medida Aplicação Descrição sucinta
Considerada na nova
classe energética (*)

• Aplicação de isolamento na envolvente: paredes, 1 Aplicação de isolamento térmico pelo interior com revestimento leve em paredes exteriores

coberturas e pavimentos;
2 Instalação de uma segunda caixilharia interior e melhoria do factor solar dos vidros

3 Instalação de sistema solar térmico colectivo com com depósito de acumulação

Substituição do equipamento actual e/ou instalação de esquentador de elevado rendimento para preparação
Síntese de todas as
4
medidas de melhoria
• Substituição ou instalação de vãos em caixilharia de
de águas quentes sanitárias

5
identificadas
elevado desempenho térmico, com vidros duplos e 6

proteções solares exteriores;


7

• Aplicação de sistemas de energia renováveis, com 10

destaque para os coletores solares para aquecimento de (*)Apenas as medidas assinaladas foram consideradas no cálculo da classe energética depois da implementação das Medidas de Melhoria

águas sanitárias;
• Substituição ou instalação de caldeiras e esquentadores
1/5

mais eficientes para o aquecimento de águas sanitárias e


aquecimento ambiente.

66
Seguintes Páginas
Anexo ao Certificado
Energético nº:
ESTUDO DE MEDIDAS DE MELHORIA CE12345678

DO DESEMPENHO ENERGÉTICO E DA QUALIDADE DO AR INTERIOR


Emitido em:
10/05/2012 O simulador de eficiência energética em
ESTUDO DA MEDIDA DE MELHORIA Nº 1
edifícios casA+ da ADENE disponível em
MEDIDA ASSOCIADA A: ENVOLVENTES OPACAS www.casamais.adene.pt é uma ferramenta útil
Análise detalhada da Descrição sucinta:
Aplicação de isolamento térmico pelo interior com revestimento leve em paredes exteriores
para compreender o efeito da implementação
medida de melhoria de medidas de melhoria no desempenho
com indicação das Descrição detalhada:

características técnicas, Aplicação de 6 cm de lã de rocha mineral (MW) nas paredes exteriores orientadas nos quadrantes Norte e Sul,
reduzindo o valor do coeficiente de transmissão térmica em 0,87 W/(m².ºC).
energético de uma habitação. Contudo, o
quantidades e A solução é constituída por um sistema autoportante de perfis de aço galvanizado, fixa mecanicamente ao suporte,
aos quais são aparafusadas as placas de gesso cartonado, com acabamento final em pintura. O espaço de ar é carácter simplificado desta ferramenta, não
dimensões, totalmente preenchido com o material isolante térmico.
O custo de investimento estimado para esta medida de melhoria foi de 2100 €, para uma redução anual de energia de deve dispensar uma análise detalhada e o
condicionantes e 190 €.

requisitos ou aconselhamento técnico mais específico que


recomendações de só um Perito Qualificado pode dar.
instalação ANÁLISE DA MEDIDA

Custo estimado de investimento

2100 € Valores do Custo


Aquecimento Ambiente
Ni limite 63
58% 80% Redução anual da factura energética Redução da fatura
Análise energética da
Nic inicial
Nic final
74
62
190 € Retorno
kWh/m2.ano

implementação no Arrefecimento Ambiente


Período de retorno de investimento
27% 27%
Aquecimento, Nv
Nvc
limite

inicial
32
18
11 anos

arrefecimento e águas Nvc final


14
kWh/m2.ano
Custos de energia considerados:

quentes sanitárias Água Quente Sanitária


162% 162%
Energia Electrica: 0,150 €/kWh
Consideração de
Na 41
Incluído no cálculo:
incentivos em vigor
limite
Nac inicial
57
Materiais Capitalização
Nac final
57
kWh/m2.ano
Mão-de-obra Incentivo (*)
Manutenção Variação do custo de energia
Nic, Nvc e Nac: Necessidades nominais anuais de energia para aquecimento, arrefecimento e águas quentas sanitárias.
Ni, Nv e Na: Limite das necessidades nominais anuais de energia para aquecimento, arrefecimento e águas quentes sanitárias.
(*) Descrito no campo “Observações relacionadas com esta medida”

OBSERVAÇÕES RELACIONADAS COM ESTA MEDIDA

Para determinar o custo estimado do investimento, foram tidos em consideração todos os encargos com mão-de-obra, bem como materiais Observações específicas
e equipamentos auxiliares.
A instalação deve ser realizada por técnico habilitado para o efeito, o qual deverá prever a reposição dos dispositivos existente nas paredes e enquadramento do
a intervir, tais como por exemplo tomadas, interruptores, caixas de derivação ou fitas de estore.
Em conformidade com as recomendações do fabricante, não há necessidade de manutenção específica, não sendo considerados custo
incentivo considerado
para esta componente.
A análise económica foi executada através do período de retorno simples (PRS – DL79/2006), nesta análise não foi considerada
(se aplicável)  
variabilidade do custo da eletricidade na determinação dos consumos, necessários para aquecimento e arrefecimento ao longo do ano,
nas condições de referência regulamentares.

2/5

67
Se vai construir uma casa ou tem capacidade de decisão sobre a sua construção,
convém saber que pode poupar na fatura energética se tiver em conta
determinados aspectos de construção, nomeadamente a localização do edifício
e o microclima em que este se integrará. Poderá assim adaptar o imóvel à
envolvência em que será construído.

FORMA E ORIENTAÇÃO
Objetivos da arquitetura
bioclimática: A forma desempenha um papel essencial nas
perdas de calor de um edifício. Em linhas gerais,
1. Limitar as perdas de energia pode-se dizer que as estruturas compactas
do edifício, orientando-o e e com formas arredondadas sofrem menos
desenhando adequadamente a perdas de energia do que aquelas que têm
sua forma, bem como organizar
inúmeras cavidades recolhidas ou salientes.
os espaços interiores e utilizar
A orientação das paredes e das janelas de um
envolventes protetores.
edifício pode influenciar os ganhos ou perdas de
2. Otimizar a orientação solar, calor. Em zonas frias, interessa que as paredes
mediante superfícies vidradas e de maiores dimensões, superfícies envidraçadas
utilizando sistemas passivos de e as divisões com maior uso, se encontrem
captação solar. orientadas para sul e sudoeste. Em zonas de
3. Utilizar materiais de construção muito calor, devem ser orientadas a norte.
que requeiram pouca energia na
sua transformação ou fabrico.

ASPECtOS BiOCLiMÁtiCOS

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ACABAMENTOS EXTERIORES PAISAGISMO ILUMINAÇÃO NATURAL
E ENVOLVENTES DO EDIFÍCIO As árvores, arbustos e trepadeiras colocados A luz natural que entra em casa depende, não
Atuando sobre o exterior do edifício é possível em lugares adequados, não só melhoram só, da iluminação exterior mas também dos
captar, conservar e armazenar recursos a estética e a qualidade ambiental, como obstáculos existentes, da orientação da fachada,
energéticos. proporcionam sombra e proteção do vento. espessura das paredes, do tipo de vidros e
As superfícies envidraçadas, átrios e pátios, se Por outro lado, a água que se evapora durante dos elementos de sombreamento existentes
possuírem uma correta orientação, permitem a atividade fotossintética arrefece o ar e pode (persianas e toldos).
que a radiação solar penetre diretamente no conseguir um ligeira descida da temperatura,
espaço, o que garantirá uma poupança no que pode variar entre os 3ºC e 6ºC nas zonas
aquecimento durante o inverno. arborizadas.
No verão, os elementos de sombreamento, Paralelamente, as árvores de folha caduca
como toldos e persianas, também podem evitar oferecem um excelente grau de proteção
calor excessivo e o uso de ar condicionado. do sol no verão, ao passo que no inverno
permitem que o sol aqueça a casa.
Adicionalmente, se rodearmos o edifício com
plantas, em vez de pavimento de cimento,
alcatrão ou similares, podemos diminuir a
acumulação de calor.

69
Além da captação direta da energia solar a partir dos elementos estruturais
dos edifícios, existem outras possibilidades de aproveitar as energias renováveis
na nossa casa, mediante a utilização de equipamento específico capaz de
transformar em energia útil a energia proveniente do sol ou do vento. Os mais
comuns são os painéis solares e as caldeiras da biomassa.

Em Portugal, existe o Programa


Renováveis
“Renováveis na Hora”, que Renováveis na Hora: na Hora:
tem como principal objetivo Micro-geração Programa Solar
promover a substituição térmico
do consumo de energia
não renovável por energia Registo para instalação de micro-geração Obrigatoriedade
renováveis até 3,68kW (11,04 kW para os de instalação de
renovável através de uma condomínios): solar térmico
maior facilidade no acesso a . Limitada a 10 MW a potência total dos sistemas de nos novos
microprodução ligados à rede em 2012 no regime edifícios.
tecnologias de micro-geração e bonificado.
de aquecimento solar. Programas
Obrigatoriedade de instalação 2m2 de solar
térmico para aceder à tarifa bonificada: orientados
O uso generalizado das energias a segmentos
. Estimado em cerca de 1m2. por kW instalado. espefícicos:
renováveis não se justifica apenas
isenção de licenciamento camarário para pequenas Habitações
pela poupança de energia instalações. Sociais; Piscinas
e rentabilidade económica. e Balneários;
Contribui, igualmente, para isenção total de iVA na venda de eletricidade à EDP. Condomínio
Solar.
melhorar o meio ambiente. isenção total de iRS/iRC na venda da eletricidade à
Com um simples registo on-line, EDP, até ao limite anual da receita de 5.000€.

o consumidor pode iniciar “na Fonte: PNAEE – Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética
hora” a construção de uma
unidade de microprodução.
Toda a informação está Em 2010 o consumo de energias renováveis nas casas das familias
ENERGiAS RENOVÁVEiS EM CASA disponível em
portuguesas representou 25% do consumo total de energia (lenha,
energia solar térmica e carvão vegetal).
www.renovaveisnahora.pt

70
O correto dimensionamento do sistema, e uma
manutenção adequada, garantem uma elevada
produção e uma durabilidade significativa que
pode superar os vinte anos, sempre com um
bom desempenho.

A energia solar térmica integra-se nos


novos edifícios como uma instalação
adicional que pode garantir uma
parte importante das necessidades de
água quente sanitária, aquecimento e
refrigeração.

A refrigeração com energia solar é


uma das aplicações com mais futuro, já
ENERGIA SOLAR TÉRMICA que as épocas de maior radiação solar ENERGIA SOLAR
A sua principal aplicação consiste na produção coincidem com o período de maior FOTOVOLTAICA
de água quente sanitária. No entanto, pode necessidade de refrigeração.
A descoberta do efeito fotovoltaico permitiu
ser um interessante complemento de apoio converter a energia libertada pelo sol, sob
ao aquecimento, sobretudo para sistemas Os sistemas solares nunca devem responder a a forma de radiação solar, diretamente em
que utilizem água a menos de 60ºC, tal como 100% das exigências, visto que é conveniente energia elétrica.
sucede com os sistemas de piso radiante. Em instalar um sistema capaz de atender às
todos os casos, os sistemas de energia solar necessidades nas épocas de maior consumo, As primeiras aplicações significativas foram
térmica necessitam do apoio de sistemas permanecendo o excesso em coletores sem realizadas em casas isoladas e em sistemas de
convencionais para produção de água quente uso, nas épocas de menor consumo. bombagem. No entanto, o desenvolvimento do
(caldeira a gás, caldeira a gasóleo, etc.). Um sistema solar térmico, como qualquer sector deu-se com as instalações ligadas à rede,
outra instalação num edifício, deve ter uma que permitiram o crescimento exponencial da
manutenção adequada, realizada por técnicos capacidade de produção e da potência instalada
credenciados. a nível mundial.

71
As utilizações são crescentes e cada vez mais ENERGIA DA BIOMASSA
diversificadas. Podem estabelecer-se dois
A biomassa é a matéria orgânica de origem TIPOS DE BIOMASSA
grandes grupos:
animal ou vegetal, onde se incluem os resíduos
1. Resíduos florestais: são produzidos durante
• instalações isoladas da rede elétrica: orgânicos, suscetíveis de aproveitamento as atividades florestais, quer para a sua
destacam-se a eletrificação rural e as energético. defesa e melhoria, quer para a obtenção
aplicações agrícolas (bombas de água, de matérias primas para o sector florestal
De entre os principais biocombustíveis sólidos,
sistemas de rega, iluminação, fornecimento (madeira, resinas, etc.).
elétrico a sistema de ordenha, refrigeração podemos destacar os caroços de azeitona,
e depuração de águas). No campo das cascas de frutos secos (amêndoa, pinhão) e, 2. Resíduos agrícolas herbáceos e de lenha:
sinalizações e comunicações, existem claro, os resíduos florestais e das indústrias obtêm-se durante a colheita de alguns
aplicações direcionadas para a navegação respectivas. cultivos, nomeadamente de cereais ou milho,
aérea e marítima, como faróis, semáforos, e na colheita da azeitona, vinha e árvores de
indicadores na sinalização rodo e fruto.
ferroviária, repetidores de sinal de rádio, 3. Resíduos de indústrias florestais e agrícolas:
televisão e telemóveis, etc. são compostos pelas cascas e lascas das
• instalações ligadas à rede elétrica: indústrias de madeira e pelos caroços, cascas
podem ser centrais fotovoltaicas (de e outros resíduos da indústria agroalimentar.
qualquer potência) ou instalações 4. Cultivos energéticos: são cultivos de
integradas ou sobrepostas nos edifícios espécies vegetais destinados especificamente
(fachadas e telhados). Nestas instalações, à produção de biomassa para uso
o investimento é recuperado mediante a energético.
venda de energia produzida a uma tarifa
regulada. 5. Outros tipos de biomassa: Também podem
ser utilizados para usos energéticos outros
materiais, como a matéria orgânica do lixo
doméstico ou os subprodutos reciclados da
madeira ou de matérias vegetais e animais.

72
Possibilidades de aproveitamento da biomassa Os aerogeradores que atualmente existem
na habitação: no mercado para uso doméstico, de reduzida
potência (inferior a 10kW), são utilizados
Entre os usos tradicionais da biomassa, o mais
normalmente para bombear água ou como
conhecido é o aproveitamento de lenha em
mini geradores eólicos para produção de
casas unifamiliares. Estas aplicações têm evoluído
energia elétrica.
nas últimas décadas, incorporando equipamentos
modernos, mais eficientes e versáteis.
Atualmente, a maioria das aplicações térmicas
em edifícios ou redes centralizadas com
biomassa, supõem uma poupança de 10%, Os investimentos em energias
renováveis, destinados a satisfazer as
comparativamente ao uso de combustíveis necessidades energéticas de uma casa
fósseis, podendo alcançar níveis ainda maiores, isolada, são cada vez mais valorizados.
dependendo do tipo de biomassa, localização e
tipo de combustível fóssil substituído.
ENERGIA EÓLICA
No mercado existem modelos de caldeiras a Trata-se da energia do vento, capaz de girar
biomassa que podem ajustar-se às necessidades as pás das turbinas eólicas, transmitindo o seu
de cada um, desde casas unifamiliares até movimento a um gerador que o converte em
grandes blocos de habitação e desenvolvimento eletricidade.
urbanístico.
A tecnologia eólica já está na sua fase madura
e tem assistido a um grande desenvolvimento
A biomassa é uma excelente opção para comercial. A instalação desta tecnologia de
combinar com a energia solar térmica na baixa ou muito baixa potência, é indicada para
produção de água quente e aquecimento. casas isoladas, que se encontrem em zonas
Adicionalmente, a biomassa é um ventosas.
combustível mais barato e ecológico do
que os convencionais, permitindo ainda
gerar emprego nas zonas rurais, prevenir
incêndios e manter os ecossistemas.

73
nÃo se esQueÇa

• O consumo de energia de uma casa tem um grande


impacto na nossa qualidade de vida e no rendimento
familiar. Por isso, na hora da aquisição é muito
importante solicitar informação sobre a eficiência
energética da casa, tanto dos seus componentes
estruturais como dos sistemas de climatização e de A Poupança de Energia é a primeira fonte
produção de água quente, e ter em conta a qualidade de energia renovável atualmente disponível.
das instalações.
Uma utilização eficaz da energia pode
• Os equipamentos destinados ao aproveitamento melhorar o comportamento energético
térmico da energia solar constituem um das casas e o ambiente.
desenvolvimento tecnológico fiável e rentável para
a produção de água quente sanitária, no sector da Cada cidadão pode e deve desempenhar a
habitação. sua parte na poupança de energia.
• Um edifício eficiente, com boa arquitetura bioclimática, Com algumas melhorias nas habitações,
pode atingir poupanças até 70% na climatização e é possível poupar até 30-35% de energia,
iluminação da casa. mantendo as mesmas condições de conforto.
• É possível utilizar as energias renováveis no
fornecimento de energia, incorporando equipamentos
que aproveitem a energia proveniente do sol, do vento
e da biomassa.
• Desde 2007 generalizou-se em toda a Europa, com
carácter obrigatório, a certificação energética dos
edifícios, a qual proporciona informação sobre a
eficiência energética de cada casa, em função das
características do isolamento, vidros, sistemas de
aquecimento, produção de água quente sanitária e ar
condicionado

74
O AUTOMóvEl

75
O desenvolvimento social No ano de 2010, o sector de
e económico proporcionou transportes consumiu cerca de
mundialmente um aumento na 36,7% da energia em Portugal,
capacidade de mobilidade das cabendo ao transporte rodoviário
pessoas. Este crescimento é cerca de 95% do consumo
uma das causas da dependência energético sendo, por isso, a
atual dos derivados de petróleo principal fonte de emissão de
e, consequentemente, da substâncias poluentes.
manifestação de graves problemas
de contaminação ambiental.

consumo de energia final Por modo de transPorte (ktep) DIFERENTES MEIOS DE TRANSPORTE
8,000
Existem grandes diferenças entre os vários meios de
transporte no que se refere à energia despendida por
7,000
viajante/km. Em viagens interurbanas, o carro consome por
6,000
Rodoviários viajante/km quase 3 vezes mais do que o autocarro. Estas
diferenças acentuam-se no meio urbano, onde o transporte
5,000
Caminhos de ferro
público é ainda mais eficiente que o carro, para além de que,
4,000 em muitos casos, é mais rápido e mais barato. Pense nisso
3,000
antes de utilizar o automóvel para se deslocar na cidade!
Transportes Marítimos
2,000 Nacionais

1,000
Aviação Nacional
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte: Balanços Energéticos (DGEG); INE; Análise ADENE/DGEG

76
CONSUMO CUSTOS EXTERNOS
O desenvolvimento tecnológico nos últimos Para além dos custos diretos, o trânsito gera
20 anos permitiu reduzir o consumo de outros custos chamados “externos”.
combustível dos automóveis em cerca de 20%. Estes custos são suportados por todos, em
consequência dos acidentes, engarrafamentos,
contaminação atmosférica e ruído.
CUSTOS A Comissão Europeia estima que os custos
externos causados pelo congestionamento do
Para calcular o custo total que anualmente
trânsito e acidentes representam cerca de 0,5%
representa a utilização do automóvel, há que
e 2%, respectivamente, do Produto Interno
ter em conta os seguintes aspectos:
Bruto da UE.
1. o custo do combustível.
2. o imposto de circulação, o seguro,
estacionamento, manutenção e reparações; UTILIZAÇÃO
3. a amortização do custo de aquisição do Mais de 75% das deslocações urbanas
veículo. Este custo depende do tipo de realizam-se em veículos privados, apenas com
veículo e do número de anos que venha a um ocupante, sendo que o índice médio de
ser utilizado. Pode ser superior à soma dos ocupação é de 1,2 pessoas por veículo. Na
dois pontos mencionados anteriormente. cidade, 50% das viagens de carros percorrem
menos de 3 km.
É aconselhável utilizar os transportes públicos
ou, como alternativa, considerar a possibilidade
de dividir o automóvel com outras pessoas
que realizem o mesmo percurso. Além de
se consumir menos combustível por pessoa,
poder-se-á dividir os gastos.

CONSUMO, CUStOS
E UtiLiZAçÃO

77
EMISSõES RUÍDO
O processo de combustão nos O trânsito é uma das principais fontes de ruído nas
motores gera emissões poluentes nossas cidades, um problema agravado pelo crescimento
que têm efeitos nocivos no ser do mercado automóvel. O ruído, além de desagradável,
humano e no meio ambiente. provoca efeitos negativos na saúde.
Estes efeitos acentuam-se
principalmente nos núcleos urbanos,
20% da população da UE está exposta a níveis de
devido à elevada concentração de ruído superiores a 65%, o limite estabelecido pela
veículos. Nas cidades, o automóvel Organização Mundial de Saúde.
é a principal fonte de poluição e
um dos maiores responsáveis pela
emissão de gases que contribuem A COMPRA
para o efeito de estufa. As emissões
de gases dos automóveis variam Na hora de comprar um automóvel, são muitos os
dependendo do tipo de combustível. factores que influenciam a nossa decisão: a marca, a
Atualmente, existem tecnologias ou potência, o tamanho, a segurança, etc. Para além das
tratamentos associados ao processo nossas preferências pessoais, é recomendável escolher
de combustão relativamente um carro que se adapte às nossas necessidades: por
rápidos na redução dos problemas exemplo, para deslocações na cidade não é aconselhável
ambientais. utilizar um automóvel grande ou de elevada potência,
O mesmo não se passa com o CO2 visto que gasta e polui mais, e as vantagens da sua
cujas emissões são inevitáveis com condução não se aplicam ao meio urbano.
a utilização de combustíveis fósseis. O Imposto sobre Veículos, criado em 2007, pretende
Daí a importância de mudarmos penalizar os veículos mais poluentes e alterar a
os nossos hábitos, de forma a importância da cilindrada no cálculo do imposto, para
consumirmos menos combustível dar mais relevo às emissões de CO2 e transferir parte
e, assim, emitirmos menos gases da cobrança do imposto, que decorre no momento da
poluentes para a atmosfera. aquisição, para um pagamento anual recorrente (pago
. todos os anos).
Assim, na altura de compra de um carro, o consumidor
O AUtOMÓVEL E A POLUiçÃO deverá conhecer a cilindrada, o valor de emissões de
CO2 e, caso seja um veículo a diesel (gasóleo), saber se
tem filtro de partículas.
78
NOVAS ENERGIAS NOS ETIQUETA INFORMATIVA DE ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL
TRANSPORTES Esta etiqueta tem como objetivo informar os consumidores, através de uma escala de cores e letras,
A Comunidade Europeia tem defendido a sobre o consumo de combustível e a emissão de CO2 de cada veículo. Pretende servir também de base
concretização de um conjunto de ações destinadas a para calcular o valor do imposto automóvel.
promover a diversidade de utilização de combustíveis
obtidos a partir de energias renováveis. Marca / Modelo / Versão
Consumo de Combustível
Nessa medida, os Estados-Membros devem: Cilindrada / Transmissão

1. Assegurar, desde 2010, a promoção de uma quota Combustível


de mercado de 7% para os biocombustíveis;
Consumo de combustível*
- 6 10 14 +
2. Encorajar a redução do diferencial de preços entre
Emissão de CO2
os biocombustíveis e os combustíveis tradicionais;
* Combinados
3. Incrementar a promoção voluntária de distribuição
dos biocombustíveis em larga escala pelas
companhias petrolíferas; CONDUÇÃO EFICIENTE
4. Intensificar os esforços de pesquisa neste sector. Para obter uma redução considerável no consumo total de energia no sector dos transportes,
uma das medidas mais eficazes consiste em utilizar meios de transporte mais eficientes (comboio
Entendem-se por biocombustíveis, os combustíveis líquidos
e autocarro para viagens interurbanas e andar a pé, de bicicleta ou de transporte público no meio
ou gasosos produzidos a partir de biomassa, sendo por
urbano). Mas em situações em que se opte pela utilização da viatura, também é possível obter
isso considerados uma energia renovável. Atualmente,
grandes poupanças de energia e de emissões poluentes. Com uma condução eficiente, para além
encontram-se disponíveis essencialmente dois tipos:
de uma melhoria do conforto, um aumento de segurança e uma diminuição do tempo de viagem,
biodiesel, obtido a partir de sementes (girassol, soja, etc.),
conseguiremos também uma redução do consumo de combustível e das respetivas emissões
óleos vegetais usados e gorduras animais; e o bioetanol,
poluentes, bem como menores custos de manutenção.
obtido a partir de sementes ricas em açúcar, amido ou
celulose mediante fermentação. A Diretiva 2003/30/CE
Uma condução eficiente permite alcançar ganhos de 15% na redução do combustível e
estabeleceu, em termos energéticos, o objetivo de alcançar, emissões de CO2.
em 2020, uma quota de mercado de pelos menos 10% de
biocombustíveis para os transportes.

79
1. Arranque e colocação em marcha 6. Abrandar
• Ligar o motor sem carregar no • Sempre que a velocidade e o espaço
acelerador. o permitam, abrande o veículo sem
• Nos motores a gasolina, iniciar a reduções de caixa.
marcha logo depois do arranque. 7. Paragens
• Nos motores a diesel, esperar uns • Em paragens prolongadas, por mais de
segundos antes de iniciar a marcha. 60 segundos, é aconselhável desligar
2. 1ª Velocidade o motor.
• Usá-la somente no início da marcha e 8. Antecipação e previsão
passar para a 2ª velocidade cerca de 2 • Conduzir sempre com uma distância
segundos ou 6 metros depois. de segurança adequada e garantir um
3. Utilização da caixa de velocidades campo de visão que lhe permita ver 2
ou 3 carros à sua frente.
• Circular sempre que possível com
as mudanças mais elevadas (5ª e 6ª • Tente prever o que vai acontecer,
velocidade) e a baixas rotações. antecipando as manobras seguintes,
tornando a sua condução mais
• Durante a aceleração, troque de controlada e segura.
mudança:
- Nos motores a gasolina entre 9. Segurança
as 2000 e 2500 rpm. • Na maioria das situações, a aplicação
- Nos motores a gasóleo entre destas regras de condução eficiente
as 1500 e 2000 rpm. contribui para o aumento da
segurança rodoviária. Naturalmente
4. Velocidade de circulação que existem situações que requerem
• Manter a velocidade o mais uniforme ações específicas e distintas para que
possível, evitando travagens, a segurança não seja afectada.
acelerações ou passagens de caixa
desnecessárias.
5. Desaceleração
• Levantar o pé do acelerador e
deixar o carro rodar com a mudança
OS 10 MANDAMENtOS DE UMA engrenada, sem reduzir.
CONDUçÃO EfiCiENtE • Travar de forma suave e progressiva.

80
Outros factores a ter em conta Para o aumento da eficiência energética
nÃo se esQueÇa
neste sector, o Plano Nacional de Ação para
1. Os acessórios exteriores aumentam a resistência do a Eficiência Energética integra o programa
veículo ao ar, agravando o consumo de combustível • Na cidade, 50% das viagens de “Renove Carro”, que tem como objetivo
(até +35%). Não é recomendável transportar objetos carro são inferiores a 3 km e o aumento da eficiência energética no
no exterior do veículo, a não ser que seja estritamente 10% inferiores a 500 metros.
transporte particular, por via do estímulo
necessário. Evite viajar de carro em distâncias
à aquisição de veículos e produtos
curtas. Vá a pé.
2. O uso de equipamentos auxiliares aumenta energeticamente eficientes.
significativamente o consumo de combustível, sendo o • Uma condução eficiente permite
ar condicionado o que mais influencia os valores (até poupar, em média, 15% de
25%). Devem, por isso, ser utilizados com moderação. combustível e de emissões de Também para o melhoramento nesta área
Para manter uma sensação de conforto dentro do carro, CO2. foi desenvolvido o programa “Mobilidade
aconselha-se a manter a temperatura em torno dos Urbana” que visa estimular a utilização de
23-24ºC. • Na maioria das vezes existem
alternativas à utilização do meios de transporte energeticamente mais
3. Conduzir com as janelas abertas, acima dos 100 km/h, automóvel, como é o caso dos eficientes, como os transportes coletivos,
provoca uma maior resistência ao movimento do veículo, transportes públicos, que são em detrimento do transporte individual nas
aumentando o esforço do motor e elevando o consumo mais eficientes do ponto de vista deslocações pendulares, não deixando de
(+5%). Para ventilar o interior, é recomendável utilizar, de energético. aumentar sempre que possível a eficiência
forma adequada, o ar condicionado. energética dos primeiros.
• Os carros são a principal fonte
4. O peso dos objetos transportados, incluindo os de poluição e ruído das cidades,
ocupantes, influencia o consumo de forma apreciável, assim como um dos maiores
especialmente nos arranques e períodos de aceleração responsáveis pela emissão de
(100kg correspondem a um consumo 5% superior). Uma gases de efeito de estufa.
má distribuição da carga afecta a segurança e aumenta os
gastos em reparações e manutenção. • Na hora da compra, é importante
escolher um veículo adaptado
5. A manutenção do veículo também influencia o consumo. às nossas necessidades e ter em
É especialmente importante assegurar o bom estado do atenção as características de
motor, o controlo dos níveis e filtros e especialmente uma consumo e emissões de CO2.
pressão adequada dos pneus.

81
O lIxO E O APROvEITAMENTO
ENERGÉTICO

82
O LIXO DOMÉSTICO A título de exemplo apresenta-se
a composição do lixo urbano nos
Cada habitante em Portugal gera em média 1,7 kg de lixo por dia. Os resíduos
concelhos de Amadora, Lisboa, Loures,
são uma fonte potencial de energia e de matérias-primas que podem ser
Odivelas e Vila Franca de Xira.
aproveitadas nos ciclos produtivos, mediante tratamentos adequados.
tiPo de resÍduo %
Cerca de 70% do lixo reciclável vai parar ao caixote do lixo, pelo que apenas uma
pequena parte é recuperada. Atualmente, existem formas de não produzirmos BIO-RESÍDUOS 38,41
tantos resíduos e de recuperar as matérias-primas e os recursos contidos no PAPEL/CARTÃO 16,73
lixo. Para que esta situação melhore, todos nós, como cidadãos, devemos COMPÓSITOS 2,63
assumir a nossa responsabilidade e atuar, adquirindo novos hábitos de compra,
TêXTEIS 4,25
reduzindo os resíduos, fazendo a separação seletiva do lixo, bem como solicitar
TêXTEIS SANITÁRIOS 6,74
às autoridades e empresas medidas corretivas.
PLÁSTICOS 9,02
MADEIRA 1,11

COMPOSIÇÃO DO LIXO VIDRO 5,68

Os lixos domésticos são conhecidos como resíduos sólidos urbanos (RSU). METAIS 1,75
É preciso uma maior
RESÍDUOS PERIGOSOS 0,29 consciencialização de
Cada família deita fora anualmente dezenas de quilos de papel, de metal, de Outros resíduos.... 2,03 que é imprescindível
plástico e de restos orgânicos. Os resíduos sólidos urbanos são essencialmente separar o lixo e fazer
ELEMENTOS FINOS (< 20mm) 11,36% uma recolha seletiva.
constituídos por materiais fermentáveis, papel e cartão, metal e vidros. São os
Fonte: Valorsul dados 2011
constituintes das vulgares latas, embalagens, garrafas, sacos de plástico, entre
outros.

O Relatório do Estado do Ambiente elaborado refere que dos 5,184 milhões


de toneladas de resíduos sólidos urbanos produzidos em Portugal continental,
85% corresponde a recolha indiferenciada e 15% a recolha seletiva, um valor
que aumentou face a 2009 (13%). É um número pequeno quando comparado
com a meta de 25% estipulada pela União Europeia.

83
RESÍDUOS DOMÉSTICOS
Matéria orgânica plásticos é um processo por outros tipos de embalagem. São fabricados a partir de finas
complexo. No ano de 2011 O vidro é 100% reciclável. camadas de celulose, alumínio Para fabricar uma
A quantidade de alimentos tonelada de papel,
que entra em nossa casa foram reciclados 73,77 mil As embalagens de vidro e plástico que são muito difíceis
são necessárias
diariamente pode ser estimada toneladas de plásticos podem ser reutilizadas de separar, o que dificulta a sua entre 12 e 16
em aproximadamente 2 kg por várias vezes antes de serem reciclagem. árvores de tamanho
Papel e cartão
pessoa. Quase 90% do lixo que recicladas. Um dos problemas médio, cerca de
São de fácil reciclagem. Em Aparelhos eletrónicos e 50.000 litros de
se produz numa casa deriva que atualmente existe é a
2011 foram recicladas mais eletrodomésticos água e mais de
diretamente do processamento generalização de embalagens
de 327,20 mil toneladas de Atualmente, todos os pontos 300 kg de petróleo.
de alimentos (restos orgânicos de vidro “não retornáveis”
papel e cartão. A procura não havendo uniformização de venda são obrigados a
e embalagens de alimentos). Os
crescente de papel obriga a nas garrafas de forma a que aceitar o equipamento velho
resíduos alimentares podem
recorrer à pasta de celulose, possam ser reutilizadas. Em em troca do novo, sem cobrar A energia
ser utilizados, nomeadamente
a qual é responsável pelo 2011 reciclaram-se 217,15 mil qualquer taxa adicional. necessária para
como adubo. produzir uma
abate de árvores, bem como toneladas de vidro. Contudo, nem todos os lojistas
Plásticos pela plantação de espécies de estão sensibilizados para esta lata de alumínio,
Latas corresponde a
Na sua maioria provêm de cultivo rápido, como o pinheiro responsabilidade. O consumidor duas horas de
embalagens. Há que ter em ou o eucalipto, em detrimento Apenas podem ser utilizadas pode ainda optar por entregar funcionamento de
conta que todos os plásticos das florestas originais. É preciso uma vez. O seu fabrico implica os equipamentos velhos num um televisor.
são fabricados a partir ter atenção que alguns tipos um grande consumo de energia centro de recolha. O fabricante
do petróleo. Por isso, ao de papel, como os plastificados, e de matérias-primas, mas deve assumir todos os custos
consumirmos plástico, estamos os adesivos, os encerados e os no processo de fabricação de recolha e as diferentes
a contribuir para o fim de um papéis químicos, não podem ser é comum a reciclagem de administrações públicas devem
produto não renovável. reciclados. embalagens. No ano de 2011, estar dotadas de centros de
Os plásticos demoram muito foram recicladas 50,31 mil reciclagem para tratamento
Vidro
tempo a decompor-se e, caso toneladas de metal. deste tipo de equipamentos.
Pelas suas características
se opte pela sua incineração, Pacotes (tetrapack)
é a embalagem ideal para
para além de CO2 são também
praticamente qualquer tipo Por serem estanques, de pouco Fonte: Sociedade Ponto Verde, valores
emitidos para a atmosfera
de alimento ou bebida, no peso e de fácil transporte, referentes ao ano de 2011.
contaminantes muito perigosos
entanto, tem vindo a ser estão a ganhar espaço como
para a saúde e para o meio
progressivamente substituído embalagens de bebidas.
ambiente. A reciclagem de
84
Minimizar os problemas REDUZIR O LIXO
originados pelo lixo doméstico As embalagens familiares são preferíveis às
depende, em grande parte, embalagens individuais. Em geral, devemos
ser mais cuidadosos na compra de produtos
dos consumidores. descartáveis, como por exemplo, guardanapos
de papel ou pratos de plástico. É preferível
optar por objetos que possam ser utilizados
O consumidor responsável deve escolher mais do que uma vez. Ao fazer compras
produtos que não criem resíduos e que devemos levar os nossos próprios sacos,
sejam recicláveis. poupando assim o seu consumo.
Outra ação importante é a separação
dos resíduos, facilitando desta forma o
seu tratamento posterior. A chave para
abordar de forma sistemática o lixo
REUTILIZAR OS PRODUTOS
doméstico baseia-se nos famosos 3 R’s: ANTES QUE ESTES SE
Reduzir, Reutilizar, Reciclar. CONVERTAM EM RESÍDUOS
Consiste em aproveitar todo o potencial que
estes produtos nos podem oferecer ou, caso
tal não seja possível, devolvê-los ao circuito
comercial onde foram adquiridos. Existem
alguns tipos de bebidas que ainda mantêm uma
distribuição comercial baseada em garrafas de
vidro reutilizáveis, que depois de serem lavadas
voltam ao circuito.
A utilização de pilhas recarregáveis, nos
equipamentos que o permitam, é outra
excelente forma de reutilização de produtos.

A REGRA DOS tRêS R'S


(REDUZiR, REUtiLiZAR, RECiCLAR)

85
RECICLAR O LIXO
conselHos Práticos
Consiste em colocar os materiais recicláveis nos respectivos ecopontos para
que depois de um tratamento adequado, possam ser novamente inseridos 1. Sempre que possível, escolha produtos
no mercado. Deste modo, consegue-se não só evitar a deterioração do meio que venham em embalagens recicláveis.
ambiente, como promover uma poupança significativa de matérias-primas e Deposite posteriormente a embalagem nos
energia. ecopontos.
2. Escolha produtos de tamanho familiar, em
Os materiais com maior percentagem de reciclagem são o papel, o vidro e os detrimento dos individuais.
metais. Por exemplo, os pneus podem ser utilizados para materiais redutores de
som nas estradas, ou podem igualmente ser aproveitados, dum ponto de vista 3. Modere a utilização de papel de alumínio e
energético, em substituição de combustíveis fósseis nos fornos das cimenteiras. de plástico aderente.
Atualmente, o óleo alimentar está a ser utilizado na produção de biodiesel. 4. Evite sacos de plástico. Procure levar
Para além dos conhecidos contentores para reciclagem de embalagens, restos sempre o seu próprio saco para transportar
orgânicos e papel, existem também contentores e serviços específicos para as compras.
recolha de:
5. Evite produtos descartáveis. Opte por
• Pilhas; produtos reutilizáveis.
• Medicamentos e radiografias; 6. Prefira sempre uma embalagem de vidro e
papel a uma de metal ou plástico.
• Roupa; Os sacos de plástico
das compras podem ser 7. Confirme com as entidades municipais
• Electrodomésticos; reutilizados como sacos onde pode depositar materiais tóxicos, tais
de lixo. como, baterias, tintas e sprays, e nunca os
• Tonners e tinteiros;
coloque no caixote do lixo.
• Baterias;
8. Sempre que possível opte por um relógio,
• Lâmpadas fluorescentes. Já existem tecnologias para calculadora, brinquedo ou máquina
transformar borracha e fotográfica ou qualquer outro aparelho
plásticos em combustíveis que não funcione com pilhas ou que utilize
líquidos ou gasosos. pilhas recarregáveis.

86
nÃo se esQueÇa

• Cada habitante produz em média


1,7 kg de lixo por dia.
• 70% do lixo doméstico é suscetível de
ser reciclado.
• O papel reciclado requer, em média,
menos 74% de energia e menos 50%
de água, do que o papel obtido de
madeira virgem.
• O papel e o papelão podem levar de
3 a 6 meses para serem absorvidos
pela natureza.
• As latas de refrigerante demoram
entre 80 a 100 anos.
• O plástico pode levar até 500 anos.
Mas alguns, simplesmente, não se
decompõem.
• O vidro permanece um milhão de
anos na natureza.

87
O Plano Nacional de Ação para
a Eficiência Energética – Portugal
Eficiência 2015 (PNAEE), aprovado
pelo Conselho de Ministros,
(RCM nº80/2008), estabelece
como meta a alcançar até 2015,
a implementação de medidas de
melhoria de eficiência energética,
PlANO NACIONAl equivalentes a 10% do consumo
final de energia.
DE AÇÃO PARA
A EFICIÊNCIA O Plano abrange quatro áreas específicas:
Transportes, Residencial e Serviços, Indústria e

ENERGÉTICA Estado.

88
Neste guia destacámos duas áreas extremamente importantes do nosso
dia a dia - Residencial e Serviços e a de transportes - onde os nossos
comportamentos podem fazer toda a diferença.

A área Residencial e Serviços integra três A área de Transportes agrupa três programas
programas de eficiência energética: de melhoria da eficiência energética:
• Renove Casa, onde são definidas diversas • Renove Carro, relacionado com a
medidas relacionadas com a eficiência melhoria da eficiência energética dos
energética na iluminação, eletrodomésticos, veículos, nomeadamente na renovação de
eletrónica de consumo e reabilitação de equipamentos e na utilização de produtos
espaços. mais eficientes.

• Sistema de Eficiência Energética nos • Mobilidade Urbana, que identifica medidas


Edifícios, que agrupa medidas que resultam relacionadas com as necessidades modais
do processo de certificação energética e pendulares do transporte público nos
nos edifícios, nomeadamente ao nível de grandes centros urbanos e empresariais.
isolamentos, melhoria de vãos envidraçados
e sistemas energéticos. • Sistema de Eficiência Energética nos
transportes, que procura quantificar o
• Renováveis na Hora, que visa o aumento impacto na utilização eficiente do conceito
da penetração de energias endógenas nos de plataformas logísticas e autoestradas do
sectores residencial e serviços. mar.

89
QUEM É A ADENE?

A ADENE - Agência para a Energia - tem por


missão a promoção da Eficiência Energética
nos edifícios, indústria, transportes e sector
público, e das Energias Renováveis. R. Dr. António Loureiro Borges, nº 5, 6º andar
Arquiparque - Miraflores, 1495-131 - ALGÉS

Tel.: 214 722 800


A Agência tem capacidade de atuar em áreas relevantes Fax: 214 722 898
para outras políticas sectoriais, quando relacionadas com
e-mail: geral@adene.pt
a política energética e em estreita cooperação com as www.adene.pt
entidades públicas competentes. Desenvolve a sua atividade
em benefício dos diversos sectores económicos e dos
consumidores, a fim de melhorar a eficiência energética,
a adopção de novos sistemas de gestão de energia e a
introdução de novas tecnologias.

90
ficHa tÉcnica

TíTUlO
GUIA DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
EDIÇÃO
ADENE - AGÊNCIA PARA A ENERGIA
TIRAGEM
120.000 EXEMPLARES (4ª EDIÇÃO)
ISBN
978-972-8646-21-9
DEPóSITO lEGAl
336617/12
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OUTUBRO DE 2013 (VERSÃO DIGITAL)


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