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- Geralmente me deparo com uma amnésia temporária, que me faz esquecer que tudo o que sou é

Graça; que sozinho não tenho condições de recebê-la, por isso é chamada de Graça.

- Ao invés de demonstrar gratidão genuína pelo imerecido amor de Deus, meu coração é tomado por
um sentimento vergonhoso de satisfação por minhas conquistas e por uma certeza insana de
superioridade espiritual.

- Com toda sinceridade, algumas pessoas tentam desesperadamente agradar a Deus.

- Há sucessos que depreciam a alma e fracassos que potencializam a vida.

- Qual a essência de sua identidade como filho de Deus?

- Deus é inflexivelmente terno e compassivo conosco pelo que somos – não apesar de nossos pecados e
culpa (isso não seria aceitação total), mas com eles. Apesar de Deus não tolerar ou sancionar o mal, ele
não retém seu amor por haver maldade em nós.

- Deus se angustia por causa de nosso egoísmo e de nossa auto suficiência.


Lamenta pelo fato de não nos aproximarmos dele.
Se entristece com nossa recusa de nos aproximarmos dele quando pecamos e fracassamos.
Chora por causa de nossa obsessão egocêntrica de grandeza e abundância.

- Precisamos confrontar nossa condição humana.

- Temos 3 opções, podemos fechar os olhos para nossos erros e achar que está tudo bem (aceitar ser o
que somos e continuar a ser assim sem peso algum na consciência) , podemos ficar nos remoendo de culpa, ou
podemos correr para os braços do Pai pedindo perdão.

- “Nosso amável Senhor não quer que seus servos se desesperem pelo fato de caírem de maneira tão
freqüente e deplorável, pois nossa queda não o impede de nos amar.”
Julian de Norwich

- A vida espiritual começa com o conhecimento de nosso “eu” ferido.

- Renda-se e reconheça sua insignificância diante do Senhor.


Devemos para de tentar nos esconder, e abertamente, temos de nos aproximar dele.

- Adão e Eva se esconderam, e todos nós, de um jeito ou de outro, seguimos o mesmo exemplo.

- Nos preocupamos muito em produzir um falso “eu” que seja admirado pela maioria, relativamente
atraente e feliz apenas na superfície. Nos preocupamos em esconder aquilo que somos, atrás de algum
tipo de aparência que, esperamos, seja mais agradável.
Tentamos esconder de Deus o que somos.
Escondemo-nos atrás de semblantes bonitos só para agradar os outros. Com o tempo, podemos até
esquecer o que estamos escondendo e passar a acreditar que temos, de fato, a mesma aparência das
máscaras que usamos.
Simon Tugwell

- Por maior que seja a quantidade de maquiagem espiritual que usamos, ela não pode nos tornar
apresentáveis a Deus.
- Assim como Deus chamou Adão, para que saia do esconderijo, ele nos chama.
A decisão de sair do esconderijo é um rito de iniciação ao ministério terapêutico de Jesus Cristo.

- “A razão pela qual jamais penetramos na realidade mais profunda de nosso relacionamento com Deus
é que raramente reconhecemos nossa completa insignificância perante Ele.”
Merton

- Algumas pessoas são derrotadas pela mais psicológica arma de satanás – Algumas pessoas estão
presas por um terrível sentimento de inferioridade inadequação e insignificância.
De certa forma, esta é uma verdade, realmente somos uma porcaria, uma porcaria que Deus ama
profundamente, o problema é que algumas pessoas acham que são as únicas indignas, quando a
verdade é que todos os seres humanos são indignos.
E mesmo sendo indignos – Deus através de Cristo providenciou uma forma de nos tornar dignos.
David Seamands

- A essência de tudo esta na aprovação.


Sucesso, popularidade, poder estão interligados com aprovação.
A avidez pela perfeição está interligada a aprovação.
Projetamos esta aprovação em Deus, e então algumas pessoas querem fazer coisas para serem
aprovadas por Deus.

- Renda-se com todo o seu pecado a Deus, que não vê grandes feitos nem os realizadores, mas somente
um filho redimido por Cristo.
Merton

- Cristãos que se escondem continuam vivendo uma mentira. Negamos a realidade de nosso pecado.
Essa negação cria hipocrisia, e a hipocrisia impede de agirmos com misericórdia.
Ao sermos conscientizados de nossa pobreza interior, criamos uma vazio que se transforma no espaço
livre em que Cristo pode derramar seu poder de cura.

- Se dissimulamos as feridas por medo e vergonha, as trevas dentro de nós não podem receber luz nem
iluminar os outros.
Não que a luz iluminará e curará a ferida, mas às vezes as feridas podem ser utilizadas como meio de
cura para os outros.
Sem suas feridas, onde estaria seu poder? É sua tristeza que faz sua voz baixa estremecer dentro dos
corações de homens e mulheres. Para falar aos miseráveis e desajeitados filhos da terra, nem mesmo os
próprios anjos conseguiriam ser tão convincentes quanto um ser humano quebrado pelas rodas do
viver.

- Nos encontros dos Alcoólicos Anônimos, eles não se permitem esquecer de sua vulnerabilidade.
Suas feridas são reconhecidas, aceitas e vistas o tempo todo – Elas são usadas para iluminar e
estabilizar.
CAPÍTULO 01

- Às vezes um comportamento impecável está fincado no medo de não ser aprovado pelas pessoas, no
medo de não corresponder às expectativas das pessoas.

- Para ser aceito e aprovado, o falso “eu” anula ou disfarça os sentimentos, tornando impossível a
honestidade emocional.
- A busca por dinheiro, poder, glamour, proezas sexuais, reconhecimento e status potencializa a
autovalorização e cria a ilusão de sucesso.
Conforme alcançamos estas coisas nosso desejo por atenção e afirmação vai se tornando insaciável.
O significado de nossas vidas, a nossa identidade, é definido pelas nossas experiências externas.
Construímos a vida à partir das conquistas, do sucesso, das atividades centradas nas recompensas e
elogios.
Damos importância àquilo que não é importante de fato, revestimos de falso brilho algo que ao invés de
nos trazer vida, nos “suga” a vida.

- O que nos impede de enxergar a realidade do vazio que há em nós?


Não conseguimos reconhecer a escuridão que temos por dentro.

- As pequenas vaidades desviam nossa atenção do Deus que habita em nós, e por algum tempo, roubam
a alegria do Espírito Santo nos concede.

- Agostinho escreveu: “Pode haver apenas 2 amores fundamentais – Amar a Deus até esquecer de si ou
amar-se até esquecer e negar a Deus.”

- Para algumas pessoas o estrelato corrói sua caminhada com Jesus; e o sussurrar do Espírito é abafado
pelos aplausos ensurdecedores.

- Quando nosso propósito é evitar sentimentos de rejeição, corremos o risco de sacrificar a intimidade.
Pelo medo de ser rejeitado não sabemos o que é ter intimidade em nenhum relacionamento.

- Nós nos recusamos a ser o “eu” verdadeiro até mesmo diante de Deus – e aí nos perguntamos por que
nos falta intimidade com Ele.

- Nossos defeitos, erros e tristezas precisam ser tirados de seu esconderijo, assumido e reconhecido. A
paz reside na aceitação da verdade. Reconhecer a realidade de nosso pecado significa aceitar o “eu”
autêntico.

- Quando aceitamos a verdade do que realmente somos, só nos resta confiar em Cristo.
Quando reconhecemos o que somos, descobrimos que a salvação por obras é impossível, e então só nos
resta agarrar-se ao sacrifício de Cristo – descobrimos então o que é viver por graça.
Ouça o novo cântico de salvação escrito para os que sabem que são pobres.
Coloque seu piores sentimentos, seus piores pensamentos, na presença de Jesus – eles não morrerão de
uma hora para a outra, eles ainda se manifestarão, mas quanto mais tempo passarem na presença de
Jesus mais perceberá que Ele é o que você realmente precisa, e mais você dependerá da Graça e não de
suas obras.

- Muitas vezes somos movidos por ambições inúteis e egocêntricas.

- A compreensão e a compaixão que Jesus oferece as pessoas nos evangelhos, também são oferecidas a
você e a mim.

- O falso “eu” prega: esconda seus sentimentos, guarde as opiniões. Finja quem você é, não seja você
mesmo – Assim começa o jogo de fingimento e engano.
CAPÍTULO 02

- Julgamo-nos insignificantes demais para sermos usados por Deus, mesmo sendo ele capaz de realizar
milagres usando apenas lama e saliva. Nosso Deus não é onipotente.
- Somos homens imperfeitos, com fraquezas evidentes e defeitos de caráter. Com isso devemos
aprender que o quebrantamento é próprio da condição humana e que devemos nos perdoar por não
sermos amáveis, por sermos incoerentes, irritadiços e gulosos.
Precisamos levar nossos defeitos à cruz, e não escondê-los da cruz.

- A base do meu valor pessoal não é constituída de minhas posses, meus talentos, da admiração dos
outros, de minha reputação, nem das manifestações de reconhecimento, do aplauso ou da importância
que me atribuem.
Somos seduzidos pelo acúmulo de riquezas, pelo poder e pela honra, e o mundo a nossa volta prega que
nossa identidade é definida por tais coisas.
O fato de Deus me amar e me escolher é o que realmente determina o meu valor. “Sou aquele que é
amado por Cristo”, esse é o fundamento da verdadeira identidade.
A identidade de alguns procede das conquistas do passado e do elogio dos outros, mas a verdadeira
identidade é caracterizada pelo Amor do qual é alvo.
Negligenciamos o que é essencial.
Por ironia, a própria igreja oferece o orgulho de uma posição baseada em desempenho criando uma
ilusão de status por classe e hierarquia.

- A condição indispensável para o desenvolvimento e a manutenção da consciência de que somos os


amados é dispor de tempo a sós com Deus.
Na quietude e na solidão conseguimos escutar a Deus. Ele grita, mas a barulheira de nossa vida impede-
nos de ouvi-lo.

- Quando o fato de pertencer a um grupo de elite ofusca o amor de Deus, quando procuro vida e
significado em qualquer outra fonte diferente da minha condição de amado...
Quando Deus é relegado ao segundo plano, e bobagens e ninharias são mais importantes, significa que a
pérola de grande valor foi trocada por cacos de vidro colorido.

- Temos de aprender a glorificar a Deus apenas por ele ser o que ele é. Mas infelizmente damos mais
valor aos êxtases espirituais e experiências místicas extraordinárias.
Negligenciamos o que é essencial.

- É na debilidade, impotência e fraqueza que Jesus nos fortalece.


É no reconhecimento de minha falta de fé que Deus pode acrescentá-la. É no reconhecimento de minha
falta de qualidades que Deus pode aos poucos acrescentá-las.

- Nosso dever é se identificar com a dor das pessoas, não aliviá-la. Ministrar é compartilhar, não
dominar; entender, não teologizar; cuidar, não consertar.

- É impossível conhecer outra pessoa intimamente sem dedicar tempo para ficar junto dela.

- Vivemos o evangelho de modo tão sem graça que mal conseguimos atrair os cristãos nominais e os
incrédulos à verdade – Um evangelho que prega “tenha uma boa conduta, esforce-se, e se não
conseguir, a verdade é que, você não quer mudar de verdade”, e não “seja transformado por Cristo.”
Um evangelho que ao invés de criar esperança, cria frustração. Ao invés de ser liberdade, é na verdade
prisão.
O evangelho de Cristo é: “Independente do que façam, são meus amados, e se quiserem, e assim
pedirem, é pelo meu amor que vocês serão transformados.”
O amor de Cristo não cobra! O amor de Cristo nos transforma, nos molda.
CAPÍTULO 03

- A sua superficialidade com Deus está te levando aonde?


- Deus celebra nossas débeis expressões de gratidão. Assim como a mãe, que vibra ao receber de seu
filho um buquê de flores murchas.

- O fariseu traiçoeiro dentro de você, evita os pecadores?

- A aspiração mais nobre e a tarefa mais exigente de todo cristão é tornar-se como Cristo.
Infelizmente ao longo dos séculos, isso tem significado muitas coisas diferentes para pessoas diferentes.
Cristo pode ser considerado a partir de sua onisciência, onipotência, de sua imutabilidade e
invulnerabilidade...
Se considerarmos Cristo a partir de sua onisciência, o desenvolvimento na sabedoria e no conhecimento
torna-se prioridade.
Se o considerarmos a partir da onipotência, buscar autoridade a fim de influenciar os outros é o
caminho para se tornar como ele.
Se considerarmos Deus a partir de sua imutabilidade e invulnerabilidade, coerência sólida e alta
capacidade de suportar o sofrimento não são os caminhos para a santidade.
A vida de Jesus sugere que para sermos como ele, devemos “exalar” compaixão. Exalar compaixão
perdoando, servindo, querendo o bem do próximo.

- Se amar a Deus é o primeiro mandamento e amar o próximo prova nosso amor por Deus, amar nossos
inimigos deve ser como um crachá que nos identifica como filhos de Deus.

- Quando perdoar for difícil, vá ao Calvário.


Fique ali por um longo tempo e observe Jesus Cristo morrer em completa solidão e desonra sangrenta.
A cura interior não liberta instantaneamente da amargura, da raiva, do ressentimento e do ódio. Esses
sentimentos vão sendo deixados de lado num crescimento gradual na unidade com o Cristo Crucificado,
que conquistou nossa paz por meio de seu sangue na cruz, por compaixão a nós pecadores.
Ex: um homem tentava ler seu livro no trem, quando um outro homem entra com 3crianças no mesmo trem... As
crianças começam a fazer bagunça, e aos poucos o leitor vai perdendo sua paciência... Um tempo depois ele
indaga a rapaz que estava a cuidar das crianças: Você pode colocar ordem nisso aqui e mandar essas crianças
sentarem?
E o rapaz responde: Acabamos de sair do hospital. A mãe deles morreu a 1 hora. Simplesmente não sei o que
fazer – Conclusão: Quando compreendemos os motivos, tendemos a ficar mais maleáveis e compreensivos.

- Algumas pessoas invocam Deus para justificar preconceito, o desprezo e a hostilidade. Se olharmos
para Cristo, ele é o tipo de pessoa que apoiaria preconceitos?
Os homens criam então uma religião restrita e separatista – Cristo, acima de tudo deseja inclusão,
inclusão principalmente daqueles que são taxados como desprezíveis pela sociedade.

- O que Cristo quis dizer com a parábola do joio e do trigo?


Devemos ao máximo evitar julgar os outros. Tentamos tomar o lugar de Deus como juiz, e julgamos as
pessoas a partir de nossa perspectiva; Não temos conhecimento para fazê-lo. Não conhecemos o
coração de cada um, somente a própria pessoa e Deus sabem qual são as reais motivações.
Não temos como presumir as atitudes que elas tomam.

- Dentro das igrejas há muita intolerância. Damos mais importância as questões morais e a rigidez
dogmática, do que às pessoas.
E tal comportamento prevalece quando as pessoas insistem em se considerar superiores por causa de
sua religiosidade. As pessoas que levam a vida espiritual a sério correm mais risco de tornarem-se
tiranos, os quais aderem este comportamento.
- Se Deus me aceitou, e ainda me aceita, porque não aceitaria as outras pessoas? Por acaso sou melhor
que elas? Por acaso sou mais importante que elas? Por acaso sou menos pecador que elas?

- Desejamos ver nas outras pessoas uma conduta impecável e sem fraquezas.
Se atentarmos para nossa condição humana, podemos concluir que isso é algo impossível. Porque então
somos tão exigentes?
A raiva farisaica, o moralismo, a necessidade de mudar as pessoas, a crítica ácida, a frustração diante da
cegueira dos outros, a sensação de superioridade espiritual.
Ao mesmo tempo que pregamos compaixão e humildade, nossos próprios sentimentos apontam para
nossa hipocrisia.

- A compaixão de Deus no coração abre nossos olhos para o valor singular de cada pessoa.

- Os outros são como nós. Devemos amá-los com seus pecados, assim como somos amados com nossos
pecados.

- Todo preconceito, intolerância e dogmas são mecanismos de defesa contra o amor.


Dizem ser contra o pecado. Mas se analisarmos a fundo inferiremos que tais atitude são contra o amor.
Onde há desprezo, não há compaixão.

- Algumas pessoas acham que colocar seus problemas à tona fará com que o mesmo se torne mais forte,
e por isso travam uma luta solitária – travar uma luta solitária só lhe trará mais problemas.
Sejamos honestos, todos possuímos nossas debilidades, então, ser íntegro não significa ser
incorruptível, ser íntegro baseia-se no trazer a debilidade à tona de maneira honesta e desejar ser
curado dela.

- Qual é o “alicerce”, o “fundamento” do reino de Deus?


Quando proclamamos “Venha o teu reino”, estamos proclamando um reino que acima de tudo é
baseado em compaixão.
CAPÍTULO 04

- Em vez de uma história de amor, a Bíblia é vista como um manual de instruções detalhadas.

- A religião se tornou instrumento de intimidação e escravização em vez de libertar e fortalecer.


Exigências frias e uma conduta baseada em regras e não no amor. Uma estrada de salvação criada por
homens.
Onde foi parar a Graça? Porque deixam ela de lado e esquecem-se dela?

- Alguns religiosos julgam não ter motivos de arrependimento.


Os religiosos investem muito em gestos religiosos visíveis, em rituais, em métodos e técnicas, gerando,
em tese, uma gente santa, mas também robotizada, sem vida e intolerante – Pessoas violentas,
exatamente o oposto do que significa santidade e amor.

- Misericórdia quero e não sacrifícios. Mt 12.7

- Jesus disse que não veio para destruir a lei, mas para cumpri-la. O que ele ofereceu não foi uma nova
lei, e sim uma nova atitude em relação à lei, baseada no amor.

- O nosso fariseu interno , até então adormecido, só precisa ver um deslize de outro para anunciar que
está vivo e passando bem.

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