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RESUMO
O artigo discorre sobre a discordância das escolas particulares a respeito da implantação
do Estatuto da Pessoa com Deficiência a partir da Ação Direta de Inconstitucionalidade
5357. Neste passo, por meio de pesquisa bibliográfica sobre a temática e análise da
própria ADI, o artigo busca apresentar uma reflexão dialética sobre a inclusão da pessoa
com deficiência no sistema educacional.
Palavras-chave: Estatuto da Pessoa com Deficiência. Ação Direta de
Inconstitucionalidade. Inclusão da pessoa com deficiência.
ABSTRACT
This paper discuss about the private’s schools against to the Disabled’s Person Statute
according to the Direct Action of Unconstitutionality 5357. By the way, using
bibliographic research and legal analysis of the constitutional proceeding, that papers
aims to show dialectic thoughts about the educational system of the disabled people
inclusion.
Key-words: Disabled’s Person Statute. Direct action of unconstitutionality. Disabled
person’s inclusion.
1
Graduando do 6° período do curso de Direito da Universidade do Ceuma. Bolsista da Universidade
Ceuma pelo Núcleo de Estudos em Violência e Cidadania – NEVIC.
2
Doutora em Direito do Estado pela PUC/SP. Professora adjunta I da UFMA, lecionando na graduação
em Direito e no Mestrado em Direito e Instituições do Sistema de Justiça, professora pesquisadora do
Centro Universitário do Maranhão e promotora de Justiça, titular da 21ª Promotoria Especializada na
Defesa da Mulher da capital.
1
INTRODUÇÃO
3
Essa seção possui inspiração nos capítulos iniciais do livro: ARAÚJO, Luiz Alberto David. A proteção
constitucional das pessoas com deficiência. 4 ed. rev. amp. Brasília: Secretaria de Estado dos Direitos
Humanos, Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE, 2011.
2
Conforme anota o Luiz Alberto David Araújo (2011, p. 14), na vanguarda dos
estudos sobre as pessoas com deficiência, no âmbito da doutrina pátria, coube a Nair
Lemos Gonçalves5 as primeiras noções conceituais sobre as pessoas com deficiência, a
priori como modo de defesa dos direitos desse grupo vulnerabilizado – no caso em
questão, em artigo publicado em periódico da seara justrabalhista.
Nesse passo, em trabalho em que buscou fazer uma análise da pessoa
excepcional6 na legislação brasileira, Nair Lemos Gonçalves, fez um mural das diversas
nomenclaturas nacionais e estrangeiras sobre o tema das pessoas com deficiência,
consoante o seguinte trecho:
Nota-se, assim, que tal rol externa uma interpretação bastante variada da ideia
que era projetada sobre esse grupo, porquanto haviam palavras que enfatizavam mais a
“incapacidade”, enquanto outras mais o sentido de “deficiência” e outras utilizariam
eufemismos sem adentrar no cerne da questão, conforme lembra (ARAÚJO, 2011, p.
15).
4
BRASIL. Lei n° 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 21-08-17.
5
GONÇALVES, Nair Lemos. A pessoa excepcional e a legislação brasileira. Rev. de inf. Legisl., v. 14,
n. 56, p.125-138, out. /dez. 1977. Disponível em: http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/181038.
Acessado em: 20 de Julho de 2017.
6
À época, era como se denominavam as pessoas com deficiência – conforme será melhor explanado mais
à frente.
3
7
Ademais, seguindo o tratamento constitucional dado a proteção das pessoas com deficiência no Brasil,
frise-se, ainda que, este teve seu marco inicial a partir de 1978, com a Emenda Constitucional 12/78, que,
“muito embora apresentasse uma larga abrangência, acabou tendo sua eficácia comprometida, durante o
regime ditatorial, que veio limitar direitos e garantias individuais” (ROSTELATO, 2009, p.69).
8
A EC/69, acrescentou ao §4° a educação de “excepcionais”, termo que abrangia as pessoas que, por
faltas ou defeitos físicos ou psíquicos, ou procedência anormal, como, p. ex., os nascidos em meio social
perigoso, necessitavam de assistência (MOREIRA, 2008, p. 28).
4
que designaria, de modo amplo, não só as pessoas com deficiência, mas também os
superdotados, obesos, idosos, autistas, pessoas com distúrbio de atenção etc., seria um
uso equivocado.
Assim, chega-se a ilação de que o termo “pessoa portadoras de deficiência” é o
mais adequado, ao contrário dos termos “excepcional” ou “deficiente”, pois enquanto os
dois últimos apresentam uma tônica estigmatizada, o primeiro, por ser uma junção de
pessoa e portador, confere uma maior humanidade a denominação de um grupo
específico de indivíduos.
9
BRASIL. Decreto n° 6.949, 25 de agosto de 2009. Promulga a Convenção Internacional sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de
março de 2007. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2009/decreto/d6949.htm. Acesso em: 21-08-17.
10
Há que se dizer a contribuição deste tratado internacional, que, nas palavras de (RIBEIRO, 2010, p.
112), seria a mudança de paradigma na visão da deficiência no mundo, ou seja, saindo do modelo médico
e assistencialista, no qual a deficiência seria tratada como problema de saúde, para o modelo social de
direitos humanos, no qual a deficiência seria resultante da equação: interação da limitação funcional com
o meio.
11
Doravante, como será abreviado o “Estatuto da Pessoa com Deficiência”.
5
deficiência, pois, caso contrário, estar-se-ia a cometer um erro ao definir uma pessoa
como deficiente apenas por critérios de apresentação de falhas sensoriais, motoras,
mentais ou faltas, olvidando o fato de que um indivíduo “superdotado”, a título
ilustrativo, poderia sofrer igualmente uma deficiência de adaptação, nada obstante a
ausência de uma falta – pelo contrário, haveria no caso uma inteligência acima da média
do homem comum – mas que o configuraria como pessoa com deficiência (ARAÚJO,
2011, p. 19).
Nessa toada é que se torna perceptível que, a partir de premissas como a
“falta”, “carência” ou “falha” não estariam no indivíduo, mas sim no seu
relacionamento com a sociedade, conforme a tese defendida por Araújo (2011, p.20),
porquanto, a tônica na definição da pessoa com deficiência não consistiria na falta de
um membro, nem na falha de algum dos sentidos, mas sim na sua dificuldade de se
relacionar socialmente.
Portanto, infere-se que “o grau de dificuldade para a inclusão social é que
definirá quem é ou não pessoa com deficiência”(ARAÚJO, 2011, p. 20).
12
Nesse sentido: “A igualdade perante a lei é um valor constitucional e indica que não haverá qualquer
tipo de discriminação” (GUGEL, 2006, p. 45).
6
13
Em capítulo específico sobre o tema, Alexy (2017, p. 408) aborda que a igualdade, sob a dimensão
material – isto é, sob o postulado de um “dever de tratamento desigual” conforme a demanda da situação
fática –, necessitaria da existência de uma razão suficiente que justificasse tal tratamento diferenciado, o
que também resultaria num problema de valoração, pois, se não houvesse “razão suficiente para a
permissibilidade de um tratamento desigual, então, o tratamento igual é obrigatório”.
14
Conforme anota (SARLET, 2017, p. 575) “a igualdade passou a constituir valor central para o direito
constitucional contemporâneo, representando verdadeira “pedra angular” do constitucionalismo moderno
[...]”.
15
É interessante o ensinamento de Arendt (2017, p. 10) a respeito da peculiaridade enquanto traço
marcante da condição humana, uma vez que “somos todos iguais, isto é, humanos, de um modo tal que
ninguém jamais é igual a qualquer outro que viveu, vive ou viverá”.
16
A bem da verdade, questões como justiça, validade e eficácia, são três critérios valorativos que incidem
sobre a norma jurídica, segundo magistério de Bobbio (2010, p. 37). Nesse tom, nota-se que uma norma
pode ser válida no ordenamento em que está inserida por ter seguido regularmente o processo legislativo,
p. ex., mas, em contrapartida, pode ser injusta quanto aos seus destinatários, haja vista que os três critérios
valorativos são independentes entre si. No caso das pessoas com deficiência, uma norma que assegure
uma igualdade estritamente formal, é tecnicamente válida, porém não implica em dizer que a mesma será
justa para com os seus destinatários, além de também negligenciar a eficácia, haja vista que sua
prescrição pode não ser seguida pelos destinatários, por desconsiderar as condições sociológicas e
históricas em que os seus destinatários estão inseridos.
7
No livro A Era dos Direitos, Norberto Bobbio (2004, p.13) ensinou que os
direitos do homem estão vinculados a um determinado momento histórico; portanto,
estariam condicionados a circunstâncias, como: carecimentos e interesses das classes no
poder, meios disponíveis para realizar tais direitos, transformações técnicas etc.
Nesse diapasão, infere-se que os direitos humanos seriam relativos, suscetíveis
a historicidade e, por conseguinte, não absolutos, pois:
17
Expressão oriunda da célebre obra que trata das duas grandes revoluções liberais burguesas do
séc.XVIII – revolução americana e revolução francesa cf.: (HOBSBAWM, 2010).
8
1934 (cf. art.138), que além de buscar instaurar um Estado Social, também dava um
tratamento especial aos ‘desvalidos’18.
Portanto, ainda que de modo conciso – como é o escopo desse trabalho –, nota-
se a trajetória histórica que o princípio da igualdade passou até ser positivado na Norma
Fundamental de 1988.
18
“Incumbindo à União, aos Estados e aos Municípios, nos termos das leis respectivas, assegurar amparo,
criar serviços especializados e animar os serviços sociais, cuja orientação deveriam coordenar. O
fundamento para esse tratamento, no entanto, detinha-se no “amparo” e na “assistência” (GURGEL,
2006, p. 49).
19
A palavra “dialética”, muito antes de Hegel utilizá-la, segundo lembra Arendt (2017, p. 32), possuía a
conotação de ser “a arte do discurso filosófico”, em contraposição a retórica, “a arte de falar em público”.
20
O debate suscitado pela ADI 5357 consistiu na obrigatoriedade das escolas particulares de oferecer
atendimento adequado e inclusivo às pessoas com deficiência. Assim, grosso modo, a entidade autora
afirmou que a Lei 13.146/15 estaria a estabelecer medidas demasiado dispendiosas para as escolas
particulares, violando dispositivos constitucionais, como, p. ex.: o princípio da igualdade (caput do art.5°
da CF/88, o direito à propriedade privada e sua função social (XXII e XXIII do art. 5°, CF/88) etc.
Referida ADI foi julgada em 18/11/2015 e teve seu acórdão publicado 20/11/2015.
21
A aplicação da Lei 13.146/15 também já foi objeto de discussão no âmbito do TJMA, em que foi
proposta ADI contra lei estadual que vedava o aumento de taxas de matrícula para alunos com
deficiência, conforme acórdão assim ementado: “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.
LEI ESTADUAL QUE VEDA O PAGAMENTO DE VALOR ADICIONAL PARA MATRÍCULA,
RENOVAÇÃO DE MATRÍCULA E MENSALIDADE PARA ESTUDANTES PORTADORES DE
NECESSIDADES ESPECIAIS. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL. AUSÊNCIA.
AÇÃO JULGADA IMPROCEDENTE. I – Lei estadual que determina a proibição de cobrança de taxa de
reserva, sobretaxa ou qualquer valor adicional para a realização de matrícula, renovação de matrícula e
mensalidade de alunos portadores de necessidades especiais não viola a Constituição Estadual, ao
contrário, reafirma o compromisso do Estado Brasileiro com as políticas de inclusão social das pessoas
deficientes. 2. Insere-se na competência legislativa concorrente da União, dos Estados e do Distrito
Federal a proteção e integração social da pessoa portadora de deficiência. 3. Ação Direta julgada
improcedente, com efeitos ex nunc. Unanimidade”. Tal ADI não foi julgada improcedente por contrariar
jurisprudência já sedimentada do STF, mas o Agravo interposto contra a decisão que negou seguimento
ao Recurso Extraordinário apresentado em face da referida ADI foi improvido sob o fundamento de que o
acórdão atacado estava alinhado à jurisprudência do STF (STF, ARE 1083828 MA, Decisão monocrática,
Rel. Min. Roberto Barroso. j. 18/09/2017. p.21/09/2017)
9
4.1 Tese: o que foi alegado pela requerente – Confederação Nacional dos
Estabelecimentos de Ensino – CONFENEN
22
Peça processual disponível na homepage do site da CONFENEN:
<https://docs.wixstatic.com/ugd/38d9a9_8c8706fcd5ca4a028b304e6c382a713d.pdf>. Acesso em 29 de
Maio de 2017.
23
A CONFENEN também alegou que, a função social da propriedade, consoante prescrito no art. 186 da
CF, era cumprida no momento em que educação escolar privada concedia empregos, com observância a
legislação trabalhista, com o pagamento de tributos regularmente ao Estado etc.; fatores estes
determinantes para a consecução do bem comum – inciso IV, do mesmo dispositivo constitucional –, no
10
24
a iniciativa privada a desempenhar uma responsabilidade típica, constitucionalmente,
do Poder Público.
Logo, o §1º do artigo 28 e o caput do art. 30, da Lei ora impugnada, atingiriam
diretamente mais de 45.000 instituições privadas de educação, refletindo em alterações
nos seus planejamentos pedagógicos e financeiros, tornando onerosa demais a prestação
dos serviços educacionais, haja vista que, seus planejamentos deveriam agora prever
todos os meios e recursos necessários para receber as pessoas com os mais diversos
graus de deficiência, sob pena de responderem na seara criminal por possíveis
descumprimentos. (CONFENEN, 2015, p. 6).
Nessa linha de raciocínio, a interferência Estatal seria extremamente gravosa
na gestão da livre iniciativa – leia-se escolas particulares, pois, tratando-se do ensino de
livre inciativa, o particular estaria vinculado a Lei Geral de Educação – Lei 9.394/96 –,
que, ao seu turno, não obriga a rede particular de ensino ao atendimento à educação
especial/inclusiva, mas tão somente àquelas que teriam optado pela prestação de tais
serviços. “Dessa forma, não pode a Lei impor algo que a Constituição não faz ao
particular” (CONFENEN, 2015, p. 13).
Assim sendo, conforme tudo o que foi exposto pela entidade autora da ADI
5357/DF, é salutar que se passe agora para as razões do acordão peremptório sobre o
caso em questão.
qual estaria incluído igualmente o proprietário, haja vista que seria vedado a legislação impor risco às
propriedades que cumprem esses dispositivos”(CONFENEN, 2015, p. 29).
24
Demais disso, também feriria o “direito de propriedade privada (usar, gozar, dispor) – caput do art. 5°
da Constituição Republicana de 1988 –, que está à disposição do serviço social [...] bem como na
liberdade assegurada à livre inciativa descrita no art. 209, I e II” (CONFENEN, 2015, p. 7).
25
Frise-se, ainda, que, “o fato de a própria Lei 13.146/2015 – publicada em 07.07.2015 – ter estabelecido
prazo de vacatio de 180 (cento e oitenta) dias (art.127) por si só igualmente afasta a pretensão
acautelatória”(BRASIL, 2016, p. 10).
11
26
Conforme as atribuições do Relator, segundo o art.21, incisos IV e V, do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal.
27
Na esfera internacional, dois documentos foram marcos sobre o tema, sendo estes: a Declaração de
Direitos do Deficiente Mental, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 20 de dezembro
de 1971, e a Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes (Resolução aprovada pela Assembleia geral
da Organização das Nações Unidas em 9 de dezembro de 1975), conforme observa (RULLI NETO, 2002,
p. 42).
28
Cumpre salientar, entretanto, que apesar da discussão presente neste artigo enfatizar mais o ensino
escolar (fundamental), a questão também é pertinente ao Ensino superior, como é o caso do seguinte
julgado, assim ementado: “Apelação – prestação deficitária de serviços educacionais – Deficiente
auditivo – Intérprete de sinais – Dano moral. O acesso à educação em condições de igualdade, visando à
inclusão social e cidadania é direito das pessoas com deficiência, assegurado pela Lei n.° 13.146/15, o
Estatuto da Pessoa com Deficiência – A disponibilização deficitária de intérprete de sinais dificultou o
acompanhamento das aulas e não possibilitou a integral absorção do conteúdo programático, causando
inegável prejuízo ao desempenho acadêmico da autora e isolamento em relação aos colegas de sala,
gerando ofensa à sua integridade mental e moral. Apelação desprovida com observação”. (Apelação nº
1006555-51.2016.8.26.2003. TJSP, 30ª Câmara de Direito Privado.. Rel. Lino Machado. j. 03/05/2017. p.
09/05/2017).
13
CONCLUSÃO
Assim sendo, conforme dito alhures, este trabalhou buscou fazer uma análise
sobre o grupo vulnerabilizado das pessoas com deficiência a partir do debate oriundo da
ADI 5357/DF sobre a implantação de um ensino inclusivo pelas escolas privadas.
Diante disso, o presente artigo trouxe à tona a necessidade de se conferir
eficácia aos direitos fundamentais, pois, o que a Lei 13.146/15 (EPCD) fez foi nada
mais do que aplicar, no plano infraconstitucional, um mandamento de sede
constitucional de tutela das pessoas com deficiência – compromisso decorrente do fato
de o Brasil ser signatário da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoa com
Deficiência (2007).
Nessa linha, traçou-se uma das tônicas do artigo, isto é, se a Lei 13.146/15, que
foi impugnada via ADI pela CONFENEM, estaria a lesar o princípio da igualdade e ao
mesmo tempo estaria incumbindo o setor de ensino privado de cumprir um dever do
Estado, no que concerne ao ensino inclusivo.
Contudo, conforme o desenvolvimento do trabalho, através de pesquisas
bibliográficas e jurisprudenciais, constatou-se que tais alegações oriundas da tese da
entidade autora da ADI, estavam apenas no campo retórico; alegando-se questões
eminentemente formais e econômicas em detrimento do cerne da questão, que seria o
fato de que também o setor privado estaria responsável por um ensino inclusivo, não se
29
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14
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