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22/02/2016

Introdução a Eletricidade
Aplicada à Automação
Industrial

Valmir Tadeu Fernandes

AUTOMAÇÃO I NDUSTRIAL - E NGENHARIA


E LÉTRICA
Ra m o d a En g e n h a ria re la tiv o à :
Produção, Transformação, Transmissão e Medição de Sinais Elétricos.

Atividade:

Modelos Físicos
Ferramentas
de Fenômenos
Matemáticas
Naturais

Combinar

Sistemas de Comunicação
Sistemas de Sistemas de Computação
Interesse Sistemas de Controle
Prático Sistemas de Geração e Transmissão
Sistemas de Processamento de Sinais

S ISTEMAS E LÉTRICOS
Sistemas de Comunicação
Gerar, Transmitir e Distribuir Informações

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S ISTEMAS E LÉTRICOS
Sistemas de Computação
Processar Informações

S ISTEMAS E LÉTRICOS
Sistemas de Controle
Regulação de Processos

Vazão
Desejada
Vazão Controlador
Real

Sensor de
Vazão
Válvula

S ISTEMAS E LÉTRICOS
Sistemas de Controle
Regu la çã o de P r ocessos
Au t om a çã o In du st r ia l
Robótica

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S ISTEMAS E LÉTRICOS
Sistemas de Geração e Transmissão
Gerar e Distribuir Energia Elétrica

Geradora
Geradora Hidroelétrica Termelétrica a Gás
Geradora Eólica Geradora Termelétrica
Nuclear

Geradora Termelétrica Central de Controle de


a Carvão Rede de Distribuição Distribuição

S ISTEMAS E LÉTRICOS
S is te m a s d e P ro c e s s a m e n to d e S in a is
Transformação de Sinais

I NTERAÇÃO E NTRE OS S ISTEMAS


E LÉTRICOS
Sistemas de
Processament
o de Sinais
Sistemas de
Sistemas de
Comunicaçã
Computação
o

Sistemas de Sistemas de
Controle Transmissão

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P ROJETOS EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL


Etapas Necessidade

Especificações de Projeto

Visão
Geral
Concepção Circuito que atende
as Especificações de
Análise Circuito Projeto

de Protótipo
Circuitos Medidas em
Aperfeiçoamento Laboratório
com base na
Análise

Aperfeiçoamento com base nas Medidas

Análise de Circuitos
Baseia-se em Técnicas Matemáticas - Teoria de Circuitos Elétricos
Utilizada para Prever o Comportamento de Circuitos e seus componentes

ELETRODINÂMICA
Os condutores metálicos possuem elétrons livres, que
podem mover-se com facilidade, enquant estão presas
ao núcleo por forças muito fortes, porém esse
movimento dos elétrons no interior desses condutores é
completamente desordenado.
CARGA ELÉTRICA CARGA ELÉTRICA
ELEMENTAR
Propriedade p p
de atração 1, 6 . 10 19
Coulomb ( C )
ou repulsão p e
entre p (+)
prótons e e- e-
E (-)
elétrons
N N

SENTIDO
Nos condutores sólidos, o sentido da corrente elétrica
corresponde ao sentido do movimento dos elétrons, pois são
eles que se deslocam. Ou seja, a corrente é do potencial
menor (pólo negativo) para o potencial maior (pólo positivo).
Esse é o sentido real da corrente elétrica.

Real

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SENTIDO
No estudo da corrente elétrica, entretanto, adota-se um
sentido convencional, que é o do deslocamento das cargas
positivas, ou seja, do potencial maior para o menor.
Assim sempre que for citado o sentido da corrente
estaremos nos referindo ao sentido convencional, e não ao
sentido real.

Convencional

Natureza
Quanto a natureza, a corrente elétrica pode ser
classificada em: Eletrônica e iônica.
Corrente eletrônica: É aquela constituída pelo
deslocamento dos elétrons livres. Ocorre
principalmente em condutores metálicos.
Corrente iônica: É aquela constituída pelo
deslocamento dos íons positivos negativos,
movendo-se simultaneamente em sentidos
opostos. Ocorre nas soluções eletrolíticas:
Soluções de ácidos, sais ou bases, e nos gases
ionizados: Lâmpadas fluorescentes.

MOVIMENTO DESORDENADO DOS


ELÉTRONS.

QUANTIDADE DE CARGAS DE UM CORPO

Q n .e
n é o número de prótons ou elétrons

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CORRENTE ELÉTRICA
A corrente elétrica é um movimento ordenado de cargas
elementares.A corrente elétrica pode ser um simples jato de
partículas no vácuo, como acontece num cinescópio de TV,
em que um feixe de elétrons é lançado contra a tela. No
entanto, na maioria dos casos, a corrente elétrica não ocorre
no vácuo, mas sim no interior de um condutor. Por exemplo,
aplicando uma diferença de potencial num fio metálico,
surge nele uma corrente elétrica formada pelo movimento
ordenado de elétrons.

Não se pode dizer que todo movimento de cargas elétricas


seja uma corrente elétrica. No fio metálico, por exemplo,
mesmo antes de aplicarmos a diferença de potencial, já
existe movimento de cargas elétricas. Todos os elétrons
livres estão em movimento, devido à agitação térmica. No
entanto, o movimento é caótico e não há corrente elétrica.

Aplicando-se uma diferença de


potencial:
Criando pólos (+ e -) nos extremos

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Quando aplicamos a diferença de potencial, esse


movimento caótico continua a existir, mas a ele se
sobrepõe um movimento ordenado, de tal forma
que, em média, os elétrons livres do fio passam a se
deslocar ao longo deste. É assim que se forma a
corrente elétrica.
O símbolo convencional para representar a
intensidade de corrente elétrica (ou seja, a
quantidade de carga Q que flui por unidade de
tempo t) Q
i
t
A unidade padrão no SI para medida de intensidade
de corrente é o ampère. A corrente elétrica é
também chamada informalmente de amperagem.

Tipos
Considera-se dois tipos de corrente elétrica:
Corrente elétrica continua(CC);
Corrente elétrica alternada(CA);

TIPOS

Corrente continua

É aquela cuja intensidade e cujo sentido se mantém


constantes ao longo do tempo como exemplos temos as
correntes estabelecidas por uma bateria de automóvel e por
uma pilha.

Corrente alternada

É aquela cuja intensidade e cujo sentido variam


periodicamente. É o caso das correntes existentes nas casas e
fornecidas pela usinas hidrelétricas.

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RESISTOR
Resistor é todo dispositivo elétrico que transforma
exclusivamente energia elétrica em energia térmica.

SÍMBOLO

Alguns dispositivos elétricos classificados como resistores: ferro


elétrico, chuveiro, lâmpada incandescente etc.

• A figura mostra o aspecto físico de alguns tipos


de resistores fixos e variaveis

1 ª LEI DE OHM
Em condutor que está sendo percorrido por uma corrente
elétrica, os elétrons ao longo do seu percurso pelo
condutor, sofrem uma oposição à sua passagem.
A medida desta oposição é dada por uma grandeza
chamada de resistência elétrica ( R ).

Resistor ôhmico Mantendo-se constante a temperatura


do resistor, sua resistência elétrica
permanecera constante.

U
R
i
Unidade: Volt/Ampere(ohm,O)

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2ª LEI DE OHM
Resistividade elétrica é uma medida da oposição de um
material ao fluxo de corrente elétrica. Quanto mais baixa
for a resistividade mais facilmente o material permite a
passagem de uma carga elétrica. (rô) A unidade SI
da resistividade do material é o ohm.metro (Om).
L

.L
R
A
Dependência da temperatura
A
Uma vez que é dependente da temperatura a resistência
específica geralmente é apresentada para temperatura de
20 ºC. No caso dos metais aumenta à medida que aumenta
a temperatura enquanto que nos semicondutores diminui à
medida que a temperatura aumenta.Conforme o valor da
sua resistividade um material pode ser considerado
condutor ou isolante.

TABELA

TENSÃO ELÉTRICA
Tensão elétrica é a diferença de potencial elétrico entre dois
pontos. Sua unidade de medida é o Volt, em homenagem ao físico
italiano Alessandro Volta. Por outras palavras, a tensão elétrica é a
"força" responsável pela movimentação de elétrons. O potencial
elétrico mede a força que uma carga elétrica experimenta no seio de
um campo elétrico, expressa pela lei de Coulomb, portanto a tensão
é a tendência que uma carga tem de ir de um ponto para o outro.
Normalmente toma-se um ponto que se considera de tensão zero e
mede-se a tensão do resto dos pontos relativos a este.Para facilitar o
entendimento da tensão elétrica pode-se fazer um paralelo desta
com a pressão hidráulica. Quanto maior a diferença de pressão
hidráulica entre dois pontos, maior será o fluxo, caso haja
comunicação entre estes dois pontos.

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O fluxo (que em eletrodinâmica seria a corrente elétrica) será assim uma


função da pressão hidráulica (tensão elétrica) e da oposição à passagem do
fluido (resistência elétrica). Este é o fundamento da lei de Ohm, para a
corrente contínua:
Onde: U = R.I

* R = Resistência (Ohms)
* I = Intensidade da corrente (Ampères)
* U = Diferença de potencial ou tensão (Volts)

Em corrente alternada, substitui-se a resistência pela impedância:

Onde: U = Z.I

* Z = Impedância (Ohms)

POTÊNCIA ELÉTRICA
Muitas vezes, na propaganda de certos produtos de
eletrônicos, destaca-se a sua potência. Podemos citar
como exemplos os aparelhos de som, os chuveiros e as
fontes dos microcomputadores.
Sabemos que esses aparelhos necessitam de energia
elétrica para funcionar. Ao receberem essa energia elétrica,
eles a transformam em outra forma de energia. No caso do
chuveiro, por exemplo, a energia elétrica é transformada em
energia térmica.
Quanto mais energia for transformada em um menor
intervalo de tempo, maior será a potência do aparelho.
Portanto, podemos concluir que potência elétrica é uma
grandeza que mede a rapidez com que a energia elétrica é
transformada em outra forma de energia.

Potência elétrica dissipada


Quando utilizamos algum aparelho que funciona à
base de transformação de energia, podemos observar
que ele esquenta durante o seu funcionamento. Isso
não é diferente quando estamos lidando com
aparelhos que funcionam à base de energia elétrica.
Esse aquecimento é conhecido como efeito Joule,
e ele é fruto das colisões que os elétrons sofrem
contra os átomos e íons que pertencem ao condutor.
A energia que é drenada nesse aquecimento é
chamada de energia dissipada
Existem aparelhos que têm como objetivo
dissipar toda a energia elétrica e transformá-la em
energia térmica. Temos muitos exemplos cotidianos
de aparelhos que funcionam assim, o chuveiro, o
ferro de passar, o forno elétrico, o secador de cabelo,
etc.

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• Define-se potência Podemos também calcular


elétrica como a razão a potência elétrica através da
entre a energia elétrica através da tensão e da
transformada e o corrente.
intervalo de tempo dessa
transformação. Observe o
quadro ao abaixo:

Se tomarmos a lei de Ohm R = As duas unidades de


U/i, e a equação para potência mais usadas são o
calcularmos a potência P = U.i watt (W) e o quilowatt (kW).
é possível determinar o valor da Elas estão representadas no
potência elétrica quadro abaixo, assim como a
dissipada.Observe o quadro conversão entre elas:
abaixo:

• Na tabela, Área do fio(mm²) Corrente máxima(A)


mostramos
um exemplo 1 10,5

para um fio 1,5 13


com capa
isolante 2,5 18
termoplástica,
4 24
área do fio em
mm² e a 6 31
corrente
máxima 10 42

sugerida para 16 56
sua utilização
(em A). 25 73

35 89

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SUPERCONDUTIVIDADE
Em 1911, Kammerlingh Onnes, que foi o primeiro a
conseguir a liquefação do gás hélio que acontece em 4,2 K.
Ele estava pesquisando sobre as propriedades de metais
sobre temperaturas extremamente baixas banhando em
hélio líquido. Durante um desses experimentos, Onnes
descobriu que a resistência do mercúrio caia a zero na
temperatura perto de 4 K. Com isso, foi descoberto os
supercondutores, uma nova classe de condutores. Onnes
ganhou o Prêmio
Prêmio Nobel
Nobel de
de Física
Físicaem
em1913
1913

Com evolução das pesquisas, a temperatura para que os


supercondutores ocorressem foi aumentando. Até a década
passada ocorria na ordem dos 28 K. Mas com a descoberta
de novos materiais supercondutores, ocorreu um aumento
surpreendente de temperatura para a utilização de
supercondutores, com os óxidos cerâmicos, com os
fulerenos, os borocarbetos e o composto intermetálico
MgBr2 . Atualmente o recorde é de 134 K para um óxido de
mercúrio, bário, cálcio e cobre.

Supercondutores são materiais


que têm resistência elétrica
praticamente nula e nos quais a
corrente elétrica não perde energia
para o material. Com isso pode-se
construir equipamentos que
aproveitam ao máximo a energia
elétrica disponível, sem que seja
transformada em calor. Meios de
transportes, principalmente trens
suspensos por campos
magnéticos, podem usar esta
tecnologia.
O trem japonês, MAGLEV, que
usa tecnologia de materiais
supercondutores e atinge mais de
500Km/h com segurança.

EFEITOS DA CORRENTE
ELÉTRICA
• efeito joule: liberar calor
• efeito magnético: ger a r
campo magnético
• efeito fisiológico: choque
• efeito químico: pr odu zir
reaçõesquímicas
reações químicas
• efeito luminoso: ger a r lu z

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CHOQUES ELÉTRICOS

Por que o choque ocorre?


Quando uma corrente elétrica atravessa nosso corpo, interfere com as
correntes internas carregadas pelos nervos e nos dá a sensação de
formigamento.
Para que isto ocorra, é necessário existir uma diferença de potencial
entre dois pontos do corpo: quanto maior esta diferença de potencial,
maior a corrente elétrica e maior o choque.
Normalmente, um dos pontos são os pés, que estão em contato com o
solo, e o outro ponto é o que entra em contato com algum
algum aparelho
aparelho ou
ou fio.
fio.
O valor da corrente depende de vários fatores, como a voltagem e a
resistência elétrica do caminho que ela percorre pelo corpo. A resistência
do corpo humano varia de pessoa para pessoa e depende muito das
condições da pele. A resistência do corpo humano molhado é muito
menor do que quando seco. Molhado, a resistência baixa, e a corrente
que passa pelo corpo pode ser muito alta, mesmo para uma pequena
tensão.
É interessante notar que os danos causados pelos choques são mais
relacionados com a corrente elétrica do que com as voltagem. Choques
fatais podem ocorrer com voltagens de apenas 20V.

Danos ao corpo humano


Quando uma corrente passa pelo
corpo, os seguintes efeitos podem
ocorrer: sensação de formigamento, dor, A tabela indica os valores
contração e espasmos musculares,
alteração nos batimentos cardíacos, de aproximados de
parada respiratória, queimaduras e corrente e os danos que
morte. Os danos decorrem do fato de a causam.
movimentação dos músculos e a
transmissão de sinais nervosos se
darem pela passagem de pequenas Corrente(em mA) Danos que acarretam
correntes elétricas.
Deve ser lembrado que também o 1 a 10 Leve formigamento
trajeto que a corrente percorre no corpo
humano é um fator determinante dos
danos causados. Os choques mais 10 a 20 Dor e forte
‘formigamento’
perigosos são os recebidos quando se
segura um fio em cada mão, pois o
caminho da corrente passa próximo ao 20 a 100 Convulsões e parada
respiratória
coração. Por isso os eletricistas evitam
utilizar as duas mãos ao mesmo tempo
quando mexem em um circuito elétrico 100 a 200 Fibrilação
que pode estar energizado.
Acima de 200 Queimaduras e parada
cardíaca

Situações de perigosas e como evitar choques


-
Lembre-se sem pr e de qu e cor r en t es elét r ica s podem m a t a r e qu e o
n ú m er o de a ciden t es é gr a n de.
- Ao lidar com fios ou tomadas, certifique-se de qu e o disju n t or est eja
desliga do. Mesm o a ssim a n t es de t oca r em qu a lqu er fio u se u m a ch a ve-
t est e pa r a ver ifica r se exist e ddp en t r e o fio e su e cor po.
- Tire da tomada qualquer equipamento antes de abri-lo . Não mexa nos
cir cu it os de equ ipa m en t o sem con h ecer det a lh a da m en t e a fu n çã o de ca da
com pon en t e (con ser t os devem ser feit os por especia list a s) já qu e, m esm o
desliga dos, a lgu n s com pon en t es (com o os ca pa cit or es) podem ca u sa r
violentos choques pois armazenam energia.
- E vit e ao
Evite a o máximo
m á xim o usar
u sa r aparelhos
a pa r elh os elétricos
elét r icos no
n o banheiro
ba n h eir o ou nas
nas
proximidades de piscinas. Quando o corpo esta molhado, a condução de
eletricidade através dele é facilitada e as chances de você sofrer lesões
graves são maiores.
- Ca so t en h a cr ia n ça s pequ en a s em ca sa com pr e t a pa dor es de t om a da s
para evitar acidentes.
- Só u se fios qu e est eja m em per feit a s con dições, in clu sive pa r a ext en sões
elétricas.
- Nu n ca t oqu e fios qu e est ã o n a r u a , m esm o qu a n do a com pa n h ia elét r ica
in dicou qu e a en er gia ser ia cor t a da .

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A “conta de luz”
A conta de luz fornecida num período de tempo,
geralmente, de um mês marca o consumo medido pela
diferença de leituras e é expresso em KWh. Observe o
preço do KWh e os impostos que incidem sobre a conta
e é possível analisar o consumo de energia elétrica nos
diversos meses anteriores.
A unidade quilowatt.hora e a unidade usual de
Energia

E=P. T

FIM DA AULA

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