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FUNDAÇÕES PROFUNDAS
INTRODUÇÃO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto e execução de fundações, NBR 6122. Rio de Janeiro, ABNT,
2010, 91p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de concreto – Procedimento, NBR 6118. Rio de
Janeiro, ABNT, 2014, 221p.
CINTRA, J. C. A.; AOKI, N. Fundações por estacas: projeto geotécnico. São Paulo: Oficina de textos, 2010.
CARVALHO, R.C. Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de concreto armado, V.2. São Paulo, Ed. Pini, 2013.
ALONSO, U.R. Exercícios de fundações. São Paulo, Ed. Edgard Blücher, 2010.
HACHICH, W. et al. Fundações: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Editora Pini, 1998.
CAMPOS, J. C. Elementos de fundações em concreto. São Paulo: Oficina de textos, 2015.
VELLOSO, D. A., LOPES, F. R. Fundações : critérios de projeto, investigação do subsolo, fundações superficiais, fundações
profundas. São Paulo: Oficina de textos, 2010.
REBELLO, Y. Fundações: guia prático de projetos, execução, e dimensionamento. São Paulo: Zigurate, 2008.
Fundações Profundas
Fundação profunda: Elemento de fundação que transmite as ações ao terreno pela base
(resistência de ponta) e lateral (resistência de fuste) ou por uma combinação das duas e
que está assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta e
no mínimo 3m.
Fundações Profundas
Tubulão – elemento escavado no terreno, em que, pelo menos na sua etapa final, há
descida de pessoas, que se faz necessária para executar o alargamento de base ou
pelo menos a limpeza do fundo da escavação, uma vez que neste tipo de fundação
as cargas são transmitidas preponderantemente pela ponta. O tubulão não difere da
estaca por suas dimensões, mas pelo processo executivo, que envolve a descida de
pessoas.
Estacas
As estacas podem ser agrupadas em dois grandes grupos: as pré-moldadas e as moldadas in loco, e também podem
ser classificadas de acordo com seu processo executivo.
Aquelas que, ao serem executadas, deslocam horizontalmente o solo, dando lugar à estaca que vai ocupar o espaço,
são chamadas de estacas cravadas de deslocamento;
Aquelas que, ao serem executadas, substituem o solo, removendo-o e dando lugar à estaca que vai ocupar o espaço
do solo removido, são chamadas de estacas escavadas de substituição. Tais estacas reduzem, de algum modo, as
tensões horizontais geostáticas.
Alguns processos de estacas escavadas não propiciam a remoção do solo, ou, ainda, na sua concretagem tomam-se
medidas tendo em vista restabelecer as tensões geostáticas. Essas estacas podem ser classificadas em categoria
intermediária às apresentadas anteriormente e são denominadas sem deslocamento.
Estacas
Embora o objetivo deste curso seja discutir elementos de concreto, serão abordadas, de forma sucinta, informações
sobre os tipos de estacas apresentadas.
A escolha do tipo de estaca a ser utilizado será função da obra, do perfil geotécnico e geológico do terreno, da
posição do nível d’ água, das construções próximas (algumas estacas ao serem cravadas ou executadas produzem
muita vibração) e dos custos e prazos.
Estacas pré-moldadas
Estacas de Madeira
O processo de deterioração da madeira pelo fungo só ocorre na presença de ar, de umidade e de temperatura favorável. A
ausência de ar, no caso das estacas submersas, explica a duração indefinida das estacas cravadas abaixo do lençol d'agua.
Entretanto, quando sujeitas a alternâncias de secura e umidade, quase todas as madeiras são destruídas rapidamente.
Assim, as estacas devem ser arrasadas, nas regiões onde o nível do lençol d'água está sujeito a variações, sempre abaixo do
nível mínimo. Deve-se chamar a atenção para o fato de que o rebaixamento do lençol d'agua para a execução de fundações
e infraestruturas em terrenos vizinhos, ainda que temporário, pode comprometer a segurança de obras suportadas por
estacas de madeira.
Em obras marinhas, as estacas de madeira não devem ser utilizadas sem tratamento, uma vez que os animais marinhos,
que são mais destrutivos que os outros, atacam a madeira mesmo abaixo do nível d'água. Uma estaca de obra marinha
atacada por brocas pode apresentar, exteriormente, somente alguns furos do tamanho de alfinete e, interiormente, estar
completamente perfurada.
Estacas pré-moldadas
Estacas de Madeira
A ponta e o topo devem ter diâmetros maiores que 15 e 25 cm respectivamente, e um segmento de reta ligando os
centros das secções de ponta e topo deve estar integralmente no interior da estaca.
Os topos das estacas devem ser protegidos por amortecedores adequados para minimizar danos durante a cravação.
Caso ocorra algum dano na cabeça da estaca, a parte afetada deve ser cortada. Quando se tiver de penetrar ou
atravessar camadas resistentes, as pontas devem ser protegidas por ponteira de aço. Quanto às emendas, podem ser
feitas por sambladura, por talas de junção ou por anel metálico.
Estacas pré-moldadas
Estacas Metálicas
Vantagens:
São fabricadas com seções transversais de várias formas e dimensões, o que permite uma adaptação bem ajustada a
cada caso.
Devido ao peso relativamente pequeno e a elevada resistência na compressão, na tração e na flexão, são fáceis de
transportar e de manipular.
Pela elevada resistência do aço, são mais fáceis de cravar do que as estacas de madeira ou de concreto pré-moldado,
podendo passar por camadas compactas.
Pela facilidade com que podem ser cortadas com maçarico ou emendadas por solda, não oferecem dificuldade aos
ajustes de comprimento no canteiro. Além disso, os pedaços cortados podem ser aproveitados no prolongamento de outras
estacas.
Podem-se utilizar, em casos especiais, aços resistentes à corrosão, tipo SAC (com adição de cobre).
Estacas pré-moldadas
Estacas Metálicas
Desvantagens:
Em nosso país, o custo elevado. Não obstante, pode-se afirmar que, nos últimos anos, as estacas de aço,
especialmente do tipo A572, tem mostrado condições de concorrência com as estacas de concreto. É evidente que,
nessa análise, deve-se considerar o custo global da fundação: estaca (custos do material e de cravação),
equipamento (mobilização etc.), tempo de execução e blocos de coroamento.
Corrosão: modernamente, os efeitos da corrosão sobre o tempo de vida das estacas de aço, graças aos inúmeros
estudos realizados, tem tido sua importância devidamente limitada.
Estacas pré-moldadas
Estacas Metálicas
Corrosão
Hoje em dia já não mais se questiona o problema de corrosão das estacas metálicas quando permanecem inteira e
totalmente enterradas em solo natural, isto porque a quantidade de oxigênio que ocorre nos solos naturais é tão
pequena que a reação química tão logo começa já esgota completamente este componente responsável pela
corrosão.
Corrosão
Vantagens
A grande vantagem das estacas pré-moldadas sobre as moldadas no terreno está na boa qualidade do concreto que
se pode obter e no fato de que os agentes agressivos, eventualmente encontrados no solo, não terão nenhuma
ação na pega e cura do concreto.
Outra vantagem é a segurança que oferecem na passagem através de camadas muito moles, onde a concretagem in
loco pode apresentar problemas.
Estacas pré-moldadas
Estacas Pré-moldadas de concreto
Desvantagens
quebras;
Podem ser fabricadas pontas especiais, que facilitam a cravação (passagem por camadas mais compactas).
Estacas pré-moldadas
Estacas Pré-moldadas de concreto
Emendas
Para não onerar o custo de transporte das estacas desde a fábrica até a obra, seu
comprimento é limitado a 12m, pois comprimentos maiores necessitam licença
especial para tráfego. Por isso, quando se necessita de estacas com mais de 12m as
peças devem ser emendadas. As secções emendadas devem resistir a todas as
solicitações que nelas ocorram durante a cravação e a utilização da estaca.
Emendas
As estacas prensadas são constituídas por elementos pré-moldados de concreto, ou por elementos metálicos
(perfis ou tubos de aço), cravados por prensagem (com auxilio de macacos hidráulicos).
Inicialmente idealizadas para reforço de fundações, também podem ser utilizadas como fundações normais, onde
há necessidade de evitar vibrações.
Estacas de reação
É usual que, ao terminar a instalação da estaca e antes de seu encunhamento contra a estrutura, sejam colocadas
uma ou mais barras de aço no interior do círculo vazado e o mesmo preenchido com concreto. Tal medida visa dar
uma certa continuidade entre os diversos segmentos.
Estacas de reação
em toda estaca cravada realiza-se uma prova de carga. Por isso, normalmente, adota-se como carga de trabalho a
de prensagem dividida por 1,5 (um fator de segurança reduzido, urna vez que todas as estacas são ensaiadas).
Estacas moldadas no solo
A grande vantagem das estacas moldadas no solo em relação as pré-moldadas é permitir executar a concretagem
no comprimento estritamente necessário.
A qualidade das estacas moldadas no solo depende mais da habilidade e competência da equipe executora do que
a de uma estaca pré-moldada, cuja execução permite alguns controles próprios. Por outro lado, as estacas
moldadas in loco podem ser executadas após escavação de solos muito duros ou mesmo rochas, materiais que não
poderiam ser penetrados por estacas pré-moldadas.
É extremamente grande o número de tipos de estacas de concreto moldadas no solo. Apresenta-se a seguir uma
descrição dos sistemas mais utilizados no Brasil.
Estacas moldadas no solo
Broca
Empregada em situações em que a base fica acima do lençol d'agua ou em que se possa seguramente secar o furo
antes da concretagem.
Estacas moldadas no solo
Broca
Em sua execução, uma vez atingida a profundidade prevista, faz-se a limpeza do fundo, com a remoção do material
desagregado remanescente da escavação. A concretagem é feita com o concreto lançado da superfície do terreno
com auxílio de funil.
Estacas moldadas no solo
Broca
A armadura utilizada (geralmente um conjunto de ferros longitudinais amarrados com estribos em espiral) atende a
ligação com o bloco de coroamento e, se necessário, pode ter o comprimento da estaca e resistir a outros esforços
da estrutura.
Estacas moldadas no solo
Strauss
Essas estacas foram imaginadas inicialmente como alternativa às estacas pré-moldadas cravadas por percussão,
devido ao desconforto causado pelo processo de cravação (vibração e ruído).
É um tipo de estaca moldada no solo que requer um equipamento relativamente simples: um tripé com guincho,
um pequeno pilão, uma ferramenta de escavação, e tubos de revestimento. Sua qualidade depende muito do
trabalho da equipe encarregada.
A estaca Strauss transmite a carga ao solo principalmente pelo atrito de sua parede com o solo, tornando-se
secundária a transmissão através da ponta.
Estacas moldadas no solo
Strauss
Essa estaca deve ser encamisada, pois a falta de uma camisa leva a uma perda na
dosagem do concreto, e esse se contamina com a lama, criando imperfeições na
estaca. Portanto, a estaca Strauss sempre deve ser totalmente encamisada.
Estacas moldadas no solo
Strauss
Sem sacar a tubulação, apiloa-se o concreto com o soquete, formando uma espécie
de bulbo, pela expulsão do concreto. Para execução do fuste. o concreto é lançado
dentro do tubo e, à medida que é apiloado, o tubo vai sendo retirado com o uso do
guincho.
A estaca deve ser apiloada ao se retirar a camisa metálica, afim de evitar nichos e
falhas na estaca.
Estacas moldadas no solo
Strauss
As estacas Strauss podem ser armadas com uma ferragem longitudinal (barras retas) e estribos que permitam livre passagem
do soquete de compactação e garantam um cobrimento da armadura, não inferior a 3 cm. Quando não armadas, deve-se
providenciar uma ligação com o bloco, por meio de uma ferragem que é simplesmente cravada no concreto fresco.
Geralmente, as armaduras são determinadas por especificação das empresas que executam esse tipo de estaca.
Franki
Estaca de concreto armado moldada no solo, que usa um tubo de revestimento cravado
dinamicamente com ponta fechada por meio de bucha e recuperado ao ser concretada a estaca.
Cravação do tubo:
Derrama-se no tubo uma certa quantidade de brita e areia, que é socada de encontro ao terreno,
por um pilão de 1 a 4 toneladas, caindo de vários metros de altura. Sob os golpes do pilão, a
mistura de brita e areia forma na parte inferior do tubo uma "bucha" estanque, cuja base penetra
ligeiramente no terreno e cuja parte superior, energicamente comprimida contra as paredes do
tubo, arrasta-o por atrito no seu afundamento. Impelido pelos golpes do pilão, o tubo penetra no
terreno e o comprime fortemente. Graças a bucha, a água e o solo não podem penetrar no tubo de
maneira que, quando a cravação é terminada, obtém-se no solo uma forma absolutamente
estanque. A profundidade final de cravação é definida, pela verificação da nega do tubo nos últimos
metros de cravação.
Estacas moldadas no solo
Franki
Colocação da armadura: pronta a base alargada, coloca-se no tubo a armadura prevista. Essa
colocação é feita de maneira que a armadura fique entre o tubo e o pilão, de forma que esse
possa trabalhar livremente no interior da armadura.
Franki
Dois tipos principais de acidentes podem danificar as estacas tipo Franki durante sua execução.
O primeiro é o estrangulamento do fuste na concretagem através de solos muito moles. O segundo é a ruptura por tração
do concreto ainda sem cura ou a perda de contato da base com solo de apoio devido ao levantamento de estaca já cravada,
causada pela cravação de estacas vizinhas.
Estacas moldadas no solo
Franki
Vantagens
A cravação com ponta fechada isola o tubo de revestimento da água do subsolo, o que não acontece com outros tipos
de estaca executados com ponta aberta.
a base alargada dá maior resistência de ponta que todos os outros tipos de estacas.
o apiloamento da base compacta solos arenosos e aumenta seu diâmetro em todas as direções aumentando a
resistência de ponta da estaca. Nos solos argilosos o apiloamento da base expele a água da argila, que é absorvida pelo
concreto seco da mesma, consolidando e reforçando seu entorno.
o apiloamento do concreto contra o solo para formar o fuste da estaca compacta o solo e aumenta o atrito lateral.
Raiz
É uma estaca concretada in loco, injetada e considerada de pequeno diâmetro, variando entre 100 mm e 410 mm. Possui
elevada capacidade de carga, baseada essencialmente na resistência por atrito lateral do terreno.
2 por uso de revestimento (conjunto de tubos metálicos recuperáveis) integral no trecho em solo, e que é completada
por colocação de armação em todo comprimento e preenchimento com argamassa cimento-areia. A argamassa é
adensada com o auxilio de pressão, em geral dada por ar comprimido.
Estacas moldadas no solo
Raiz
Vantagens
Raiz
Perfuração
A perfuração em solo é realizada por rotação de tubo com auxílio de circulação de água, que é
injetada pelo interior deles e retorna à superfície pela face externa. Esses tubos vão sendo
emendados (por rosca) à medida que a perfuração avança, sendo posteriormente recuperados
após a instalação da armadura e preenchimento do furo com argamassa. Caso seja encontrado
material resistente, a perfuração pode prosseguir com uma coroa diamantada ou, o que é mais
comum, por processo percussivo,
Raiz
Uma vez instalada a armadura, é introduzido o tubo de injeção até o final da perfuração
para proceder a injeção, de baixo para cima, até que a argamassa extravase pela boca
do tubo de revestimento, garantindo-se assim que a água ou a lama de perfuração seja
substituída pela argamassa.
Hélice Contínua
A norma NBR 6122 descreve esse tipo de estaca como de concreto moldada in
loco, executada mediante a introdução no terreno, por rotação, de um trado
helicoidal continuo e de injeção de concreto pela própria haste central do trado,
simultaneamente a sua retirada. A armação sempre é colocada após a
concretagem da estaca.
Hélice Contínua
Concretagem
Hélice Contínua
Concretagem
Durante a extração da hélice, a limpeza do solo contido nas lâminas pode ser
feita manualmente ou por limpador de acionamento hidráulico acoplado ao
equipamento. O solo decorrente dessa limpeza é removido com auxilio de uma
pá carregadeira.
Hélice Contínua
Colocação da Armação
O processo executivo da estaca hélice contínua impõe que a colocação da armadura seja
feita após o término da concretagem. A "gaiola" de armadura é introduzida na estaca
manualmente por operários ou com auxilio de um peso ou, ou ainda, com o auxílio de um
vibrador.
Hélice Contínua
Recomenda-se observar uma sequência executiva que garanta que apenas se inicie a execução de uma estaca quando todas
as outras situadas em um circulo de raio 5 vezes o seu diâmetro já tenham sido executadas há, pelo menos, 24 horas (a
NBR 6122 permite 12 horas). O espaçamento mínimo entre estacas paralelas pode ser igual a 2,5 vezes o diâmetro.
Estacas moldadas no solo
Hélice Contínua
O controle da execução dessas estacas pode ser monitorado eletronicamente, por meio de um computador ligado a
sensores instalados na máquina. Como resultados da monitoração, são obtidos os seguintes elementos:
pressão no concreto;
Estacas moldadas no solo
Hélice Contínua
Estacas moldadas no solo
Hélice Contínua
Vantagens:
O processo executivo não produz os distúrbios e vibrações típicos dos equipamentos à percussão e não causa
descompressão do terreno.
A perfuração com hélice não produz detritos poluídos por lama bentonítica reduzindo os problemas ligados a disposição
final de material resultante da escavação.
Possibilidade de execução bem próxima à divisa, diminuindo com isso as excentricidades entre as cargas dos pilares e o
centro das estacas.
Estacas moldadas no solo
Hélice Contínua
Desvantagens:
Em função do porte do equipamento, as áreas de trabalho devem ser planas e de fácil movimentação. Devido a grande
produtividade, exige central de concreto nas proximidades do local de trabalho.
Necessidade de uma pá-carregadeira na obra para remoção e limpeza do material extraído da perfuração para fora da
área de trabalho.
Do ponto de vista comercial é necessário um número mínimo de estacas compatível com os custos de mobilização dos
equipamentos envolvidos.
A lama tem a finalidade de dar estabilidade ao furo escavado. São utilizadas em obras com grandes cargas nas fundações
e podem alcançar 80 m de profundidade.
2 "Barretes" ou estacas-diafragma. que são estacas com seção transversal retangular ou alongadas, escavadas com
"clamshells".
Estacas moldadas no solo
Processo Executivo
O processo executivo das estacas escavadas com lama bentonitica compreende as seguintes fases:
No caso das estacas "barretes", a camisa metálica é substituída por uma guia
executada em concreto armado (parede guia), ao longo de todo o contorno da estaca,
com cerca de 1,0 m de profundidade.
Tanto a camisa metálica como a parede guia em concreto têm por finalidade proteger
o topo das escavações e garantir uma perfeita locação da estaca.
Estacas moldadas no solo
Processo Executivo
Processo Executivo
Processo Executivo
3
Concretagem
É nesta fase que podem ocorrer os defeitos executivos que mais comprometem o desempenho deste
tipo de fundação. O concreto é lançado no fundo da escavação, preenchida de lama bentonítica, através
dos tubos de concretagem (tubos tremonha). Sendo mais denso que a lama, expulsa a mesma,
preenchendo total e perfeitamente, de baixo para cima, toda a escavação. Durante esta operação, o
tubo de concretagem, que deve ter sua extremidade sempre imersa no concreto, vai sendo levantado.
A concretagem deve ser levada até cerca de uma vez o diâmetro da estaca acima da cota de
arrasamento prevista ou, no mínimo, 50 cm, uma vez que o concreto na parte superior, em contato com
a bentonita, apresenta baixa resistência e, por isso, deve ser completamente removido quando do
preparo da cabeça da estaca.
Estacas moldadas no solo
Conter o fundo e as paredes da escavação pela ação de uma pressão hidrostática sobre as mesmas. Para
que isto aconteça é necessário que o "cake"
(película impermeável) se forme
rapidamente. Sob a ação do fluxo de lama
do interior para fora da escavação, as
partículas de bentonita hidratada vão
colmatando os vazios do solo formando a
película impermeável ("cake").
Estacas moldadas no solo
Manter os resíduos da escavação em suspensão, evitando sua deposição no fundo da mesma ou nas tubulações.
Vantagens
possibilidade de execução em zonas urbanas, pois não produzem perturbações na vizinhança em decorrência de
levantamento do solo ou vibrações durante a instalação;
execução rápida;
Desvantagens
vulto dos equipamentos necessários (perfuratriz, guindaste auxiliar, central de lama etc.);
Arrasamento da estaca
Arrasamento da estaca
Depois de retirado o excesso de concreto, atingida a cota de arrasamento e ter sido retirado todo e qualquer tipo de
resíduo do material quebrado (recomenda-se aplicar um jato de ar para realizar a limpeza final), a cabeça da estaca estará
pronta para receber o bloco de coroamento.