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Júlio Pomar
História A
António Boieiro nº2
12º B
2019
2
Índice
Índice de Ilustrações
Notas Biográficas
Início da carreia
Ao contrário de muitos dos seus pares, não era licenciado e não seguiu uma
carreira como professor universitário, nem integrou qualquer organismo de
poder. Viveu entre Lisboa e Paris.Deste homem independente, diz-se que era
generoso, avesso à mediocridade e dotado de sentido de humor.
Influências recebidas
Num período inicial, neorrealista, foram marcantes algumas das suas obras,
como "O Almoço do Trolha", "Menina com um Gato Morto", "Varina Comendo
Melancia" ou "O Cabouqueiro", que revelam a influência, na mesma corrente,
de escritores como Alves Redol e Soeiro Pereira Gomes, e artistas plásticos
como o brasileiro Cândido Torquato Portinari.
Influências Francesas
Instala-se definitivamente na capital francesa a partir de 1963 e será bolseiro
da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1964 e 1966. Os temas que pinta
vão desde a relação com a literatura, a tradição popular (da apanha do
sargaço às tauromaquias) e os acontecimentos da época, como o Maio de
68, bem como um diálogo com mestres do passado (Uccello, Ingres, Courbet,
van Eyck, Matisse), cruzado com o erotismo que dominará a sua obra nos
anos 70. Já com experiências prévias em escultura, realiza várias
assemblages em 1967, técnica a que voltará nos anos 70. As características
da tinta acrílica, que começa a usar no final da década de sessenta, alterarão
novamente a sua pintura, onde predominarão cores primárias e a tinta
aplicada em bloco, sem gradações ou transparências. Fará também várias
incursões pela colagem, comentando Matisse com pedaços de tela cortada
e pintada mas também outros materiais, como pêlo e papel. Em 1974 é um
dos 48 artistas que participam na pintura do mural do 10 de Junho,
manifestação de arte colectiva para comemorar a recente revolução de Abril.
Visita à Amazónia
Também em Paris e em Madrid apresentou, na década de 1990, a série sobre
os índios do Alto Xingú, na Amazónia, onde passou algum tempo, e a
antológica "Pomar/Brasil", organizada pelo Centro de Arte Moderna da
Gulbenkian, e apresentada em Lisboa, Brasília, São Paulo, e Rio de Janeiro.
Figura 5 O banho das crianças no Tuatuari II (1997) de Júlio Pomar,Acrílico, carvão e pastel sobre tela,195
x 390 cm. Foto:TÁWAPAYÊRA
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Corrente modernista
Ao longo de mais de seis décadas de carreira, Pomar, que confessa ter pouca
imaginação, percorre várias estéticas da pintura: do neorrealismo (deixa
obras significativas como “Almoço do Trolha” e “O Gadanheiro”), até ao
expressionismo e abstracionismo.
Neorrealismo
Figura 6 O almoço do trolha, 1946-50, óleo sobre tela, 120 cm x 150 cm Foto: Wikipédia
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Caraterísticas da Obra
Análise de Obras:
Fernando Pessoa e Almada Negreiros
Figura 7 "Fernando Pessoa e Almada Negreiros",1983, Papel vegetal, 203 cm x 150 cm Foto: Museu
Calouste Gulbenkian
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D. Quixote
Figura 8 "D. Quixote", 1957-1959, Papel, 52,3 cm x 39,7 cm Foto: Museu Calouste Gulbenkian
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(Barbosa, 2015)
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Cena na Praia
Figura 9 "Cena na Praia", 1959, Tela, Óleo, 130,5 cm x 162,5 cm Foto: Museu Calouste Gulbenkian
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Júlio Pomar instituiu em 2004 uma Fundação com o seu nome. Foi
anunciada para Abril de 2013 a inauguração do Atelier-Museu Júlio Pomar,
criado pela Câmara Municipal de Lisboa, em edifício que adquiriu na Rua do
Vale n.º 7, Mercês, Lisboa, o qual contou com um projeto arquitetónico de
reabilitação da autoria de Álvaro Siza.
Bibliografia
A aventura artística de Júlio Pomar. (2012). Obtido de RTP Ensina:
http://ensina.rtp.pt/artigo/julio-pomar/