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Perfil Socioeconômico ADR

CAÇADOR
2016
GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA
João Raimundo Colombo

VICE-GOVERNADOR
Eduardo Pinho Moreira

SECRETÁRIO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO


Murilo Xavier Flores

DIRETOR DE PLANEJAMENTO
Luiz Carlos Mior

DIRETOR DE ESTATÍSTICA E CARTOGRAFIA


Carlos Mestre Crespo Luz

ELABORAÇÃO
Diretoria de Planejamento
Diretoria de Estatística e Cartografia

Equipe de Elaboração:
Dakini Mesquita Barros
Dilvan Luiz Ferrari (Coord.)
João Alfredo Brodt
Larice Steffen Peters
Lucas Henrique da Silva
Mara Regina Hermes Luz
Pâmela Chan de Oliveira Marins
Philippe R. Rocha do Nascimento
Thaina Helena da Silva
Thiago Thalles Moreira

Revisão Final:
Dilvan Luiz Ferrari

2
Sumário

Apresentação .............................................................................................................. 4
I – Caracterização Socioeconômica .................................................................... 6
1. CARACTERIZAÇÃO .............................................................................................. 7
1.1. Introdução .............................................................................................................. 7
1.2. Características demográficas e Indicadores Sociais ..................... 8
1.2.1 Dinâmica populacional ................................................................................... 8
1.2.2 Indicadores de Desenvolvimento Humano ...................................... 11
1.2.3 Indicadores de Educação e Saúde ......................................................... 12
1.2.4 Indicadores de Assistência Social e Segurança Pública ........... 15
1.3. Características econômicas ........................................................................ 18
1.3.1 Agropecuária, Indústria e Serviços ...................................................... 18
1.3.2 Mercado de Trabalho e Renda .................................................................. 19
1.3.3 Geração de Riqueza: PIB e Valor Adicionado ................................. 23
1.4. Finanças dos Municípios ............................................................................... 30
1.5. Características da infraestrutura ............................................................ 32
2. QUESTÕES QUE MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL ..................................... 40
II - Caderno de Indicadores ................................................................................ 42
III – Glossário e Notas Técnicas ........................................................................ 54

3
Apresentação

Florianópolis, outubro de 2016

O desenvolvimento equilibrado das regiões é um desafio que


devemos nos impor cotidianamente no processo de planejamento e
implementação das políticas públicas. Para tanto, é necessário o estímulo
ao desenvolvimento das potencialidades regionais, passando pela
promoção da desconcentração do desenvolvimento econômico.

Para que essas ações se traduzam em eficácia, temos que


conhecer cada vez mais nossas regiões, sua realidade e suas
potencialidades. Os Perfis Socioeconômicos das ADR’s aqui
apresentados, constituem-se em um esforço para o aprofundamento do
debate sobre a questão regional em Santa Catarina. São uma
contribuição da Secretaria de Estado do Planejamento (SPG), que
oferece um diagnóstico elaborado a partir de uma base de dados comum
a todas as regiões, como subsídio ao processo de planejamento do
Estado e das regiões.

Os Perfis não se constituem em uma visão acabada sobre a


realidade regional, mas sim em um ponto de partida, uma provocação
para o debate que se dará nas regiões no processo de elaboração das
Agendas Regionais de Desenvolvimento do Programa Crescendo Juntos.
Constituem-se, ainda, em um subsídio para que a sociedade regional e
os órgãos governamentais aprofundem a regionalização das políticas
públicas e o processo de planejamento visando ao desenvolvimento e a
redução das desigualdades regionais.

Murilo Xavier Flores


Secretário de Estado do Planejamento

4
Síntese Regional ADR de Caçador

Características Regionais
População (2010) 103.962 Habitantes
Área Territorial 4173,136 Km²
Densidade Demográfica (2010) 24,91 Habitantes/Km²
Taxa de Urbanização 79,72 %
População Economicamente Ativa (PEA - 2010) 52.509 Pessoas
Taxa Média Anual de Crescimento da População (2000/2010) 0,78 %
Taxa de Mortalidade Infantil (2014) 11,86 /mil hab.
Taxa Distorção Idade-Série Ensino Médio (2014) 18,79 %
PIB (2013) 3.145.788,04 Mil Reais
PIB Per Capita (2013) 29.098,84 Reais
Renda Domiciliar Per Capita (2010) 784,55 Reais

Municípios Área (Km²) % da ADR


1 Caçador 984,285 23,59
2 Calmon 638,178 15,29
3 Lebon Régis 941,486 22,56
4 Macieira 259,642 6,22
5 Matos Costa 433,073 10,38
6 Rio das Antas 317,999 7,62
7 Timbó Grande 598,473 14,34

5
I – Caracterização Socioeconômica

6
1. CARACTERIZAÇÃO

1.1. Introdução

A Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Caçador foi


criada em 2015 a partir da transformação da SDR que data do ano de
2003. É composta por sete municípios: Caçador, Calmon, Lebon Régis,
Macieira, Matos Costa, Rio das Antas e Timbó Grande.

A região da ADR está situada no Planalto Norte Catarinense e


conta com uma população de 103,9 mil habitantes, sendo que 20,28%
residem no meio rural. Apresentou no período 2000-2010 uma taxa
média de crescimento demográfico de 0,78% ao ano, constituindo a ADR
com a 18ª maior taxa de crescimento do estado.

Possui características majoritariamente voltada aos setores da


agropecuária e da indústria, com participação na economia superior à
média estadual. Administração pública, comércio e atividades
imobiliárias são as mais relevantes na participação do setor de serviços
da região. A indústria tem participação superior à média estadual, sendo
as principais a indústria de transformação e a construção civil. Na
economia primária, predominam as lavouras temporárias (com destaque
para as culturas de tomate, cebola, soja e milho) e cultura da maçã,
ambas cultivadas em pequenos estabelecimentos com área menor que
10 ha.

Em relação à geração riqueza, a região gera um PIB equivalente


a 1,47% do estadual. Tanto o PIB per capita quanto a Renda Domiciliar
per capita são inferiores à média dos municípios catarinenses, ocupando
a 18ª e 31ª posições, respectivamente, dentre as 36 regiões do estado.

Os indicadores de desenvolvimento humano apresentam situação


muito abaixo da média do estado, tanto em relação ao IDHM quanto ao
índice de vulnerabilidade social (IVS), sendo que os municípios de

7
Calmon e Matos Costa apresentam “alta vulnerabilidade social”, numa
condição que exige especial atenção.

No âmbito da educação básica, no que se refere ao desempenho


dos alunos, a região da ADR de Caçador se encontra em patamar inferior
à média de Santa Catarina, tanto no Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb) quanto na Nota do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem).

1.2. Características demográficas e Indicadores Sociais

1.2.1 Dinâmica populacional

A região possui uma população de 103.962 habitantes com 79,7%


residindo no meio urbano e 20,3% no meio rural, indicando uma
ruralidade maior do que a média observada no estado. Em 2010 o
principal centro urbano era Caçador, com uma população de 64.457
habitantes. Os outros municípios são de pequeno porte, com maior
equilíbrio entre o urbano e o rural.

Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(IBGE)1, a região possui um “Centro Sub-Regional” Caçador, que atrai
os “Centro Locais” de Lebon Regis, Matos Costa e Timbó Grande. O
município de Caçador se liga a outro “Centro Sub-Regional” (Videira),
que atrai os municípios “Centro Locais” de Calmon, Macieira e Rio das

1
IBGE – Regiões de Influência das Cidades. Rio de Janeiro, 2007. A hierarquização é definida por: 1. Metrópole –
caracterizam-se por seu grande porte e por fortes relacionamentos entre si. Em geral, possuem extensa área de
influência direta. Subdivididas em três sub-níveis (Grande metrópole nacional, Metrópole nacional e Metrópole); 2.
Capital Regional – como as metrópoles, também se relacionam com o estrato superior da rede urbana. Com capacidade
de gestão no nível imediatamente inferior ao das metrópoles, têm área de influência de âmbito regional, sendo referidas
como destino, para um conjunto de atividades, por grande número de municípios. Também subdivididas em três
subgrupos, conforme número de habitantes e relacionamentos; 3. Centro Sub-Regional – centros com atividades de
gestão menos complexas, têm área de atuação mais reduzida, e seus relacionamentos com centros externos à sua
própria rede dão-se, em geral, apenas com as metrópoles. Divididos em A e B também conforme número de habitantes
e relacionamentos; 4. Centro de Zona – cidades de menor porte e com atuação restrita à sua área imediata, exercem
funções de gestão elementares. Igualmente divididos em A e B pelo mesmo critério; 5. Centro local – cidades cuja
centralidade e atuação não extrapolam os limites do seu município, servindo apenas aos seus habitantes, têm população
dominantemente inferior a 10 mil habitantes.

8
Antas. Por sua vez, Caçador se relaciona com a “Capital Regional”
Florianópolis e, esta, com as “metrópoles” Curitiba e Porto Alegre.

Santa Catarina, com uma taxa de crescimento populacional de


1,55% ao ano, foi o décimo primeiro estado brasileiro com maior
crescimento populacional no período 2000 a 2010, sendo o de maior
crescimento no Sul do País. Mas este crescimento não é homogêneo nas
distintas regiões do Estado. Observa-se regiões situadas no planalto
Catarinense e no Oeste e Extremo Oeste do estado com esvaziamento
populacional, principalmente na área rural. Em oposição, verifica-se um
processo de litoralização da população no leste do estado, conforme
Figura 2. Dentre os 293 municípios catarinenses, 99 perderam população
entre os anos de 2000 e 2010. Das 36 regiões, apenas 8 (oito) tiveram
crescimento acima da média estadual no período.

Figura 1. Mapa da Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual (2000 – 2010) em


Santa Catarina, por ADR.

Fonte: IBGE.
Elaboração: SPG – Diretoria de Estatística e Cartografia.

9
A ADR de Caçador apresentou no período 2000-2010 uma taxa
média de crescimento demográfico de 0,78% ao ano, constituindo a ADR
com a 18ª maior taxa de crescimento. Esse resultado se deve
principalmente à maior evasão do meio rural, que apresentou uma taxa
de -1,98% no período enquanto no meio urbano a taxa foi de +1,64%.
Nas duas últimas décadas a região vem perdendo participação no total
da população do Estado.

Essa região apresenta uma densidade demográfica de 24,91


hab./km², bem inferior à média do Estado, que é de 65,27 hab./km².
Apresenta uma relativa ruralidade, com uma taxa de urbanização de
79,7%, inferior à do estado que é de 84%, sendo que em dois municípios
a população rural é maior que a urbana. Com relação ao crescimento
populacional dos municípios, observa-se que, nos seis municípios da
região, a taxa anual varia de -1,20 a 1,12 (Figura 2).

Figura 2. Mapa da Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual (2000-2010) dos


municípios da ADR Caçador

Fonte: IBGE. Elaboração: SPG – Diretoria de Estatística e Cartografia.

10
As maiores perdas populacionais estão na área rural que
apresentaram taxas negativas em todos os municípios, o que
confirma o fenômeno do êxodo rural verificado também em outras
regiões do Estado.

Em relação à população economicamente ativa (PEA) a região


computa 1,48% (52.509 pessoas) do total de Santa Catarina, sendo que
os municípios de Caçador e de Lebon Régis detêm 68,3% e 10,7% desse
total, respectivamente. A participação da região na PEA do estado caiu
de 1,62% em 2000 para 1,48% em 2010, ao mesmo tempo em que o
ritmo de crescimento da PEA no estado (2,82%) foi o dobro da ADR de
Caçador (1,93%).

1.2.2 Indicadores de Desenvolvimento Humano

Santa Catarina possui o terceiro melhor índice de


Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil, com valor de
0,774, classificado na faixa de Alto desenvolvimento. Dentre os
municípios que compõe a ADR Caçador, um (01) encontra-se na faixa de
Alto e seis (06) na faixa de Médio desenvolvimento. O município melhor
colocado é Caçador com índice 0,735 (148ª posição no estado) e o pior
é Calmon com índice 0,622 (292ª posição). Os indicadores mostram que
a dimensão Renda foi a mais determinante nos modestos resultados de
desenvolvimento humano para a região.

Em relação ao Índice de Vulnerabilidade Social2, no qual SC ocupa


a 1ª posição no ranking nacional (IVS igual a 0,19 situando o estado na
faixa de “muito baixa” vulnerabilidade social), os municípios da ADR
situam-se na faixa de “muito baixa” (Rio das Antas), “baixa” (Caçador e
Macieira), “média” (Lebon Régis e Timbó Grande) e “alta” (Calmon e

2
Complementar ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), o IVS traz dezesseis indicadores estruturados
em três dimensões, a saber, infraestrutura urbana, capital humano e renda e trabalho, permitindo um mapeamento
singular da exclusão e da vulnerabilidade social para os 5.565 municípios brasileiros. Essas dimensões correspondem a
conjuntos de ativos, recursos ou estruturas, cujo acesso, ausência ou insuficiência indicam que o padrão de vida das
famílias encontra-se baixo, sugerindo, no limite, o não acesso e a não observância dos direitos sociais. IPEA, 2015.

11
Matos Costa). Rio das Antas é o município melhor classificado, ocupando
a 109ª posição do estado. Contudo, os demais municípios ocupam
posições que indicam maior vulnerabilidade em relação à Santa Catarina.
Os municípios apresentam deficiências em relação às três dimensões que
compõem o IVS: renda e trabalho, capital humano e infraestrutura
urbana.

Figura 3. Posição dos municípios da ADR em relação ao IDHM e IVS considerando todos
os municípios catarinenses.

IDHM e IVS - Posição dos municípios da ADR Caçador


292 291
300
286 289
276 282 290 280 286

241
250
201 196
200
148
150
109
100

50

0
Caçador Calmon Lebon Régis Macieira Matos Costa Rio das Timbó
Antas Grande
IDHM IVS

Fonte: PNUD (2013) e IPEA (2015). Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento.

1.2.3 Indicadores de Educação e Saúde

Educação

O tema da Educação é de fundamental importância para a análise


do desenvolvimento regional. No ano de 2015, o Censo Escolar mostrou
que havia 1.045.589 alunos matriculados nos ensinos fundamental e
médio no Estado. A rede estadual atendia 35,8% e 84,3% dos
alunos no ensino fundamental e médio, respectivamente. A rede
municipal atendia 52,04% e 0,52% dos alunos no ensino fundamental e
médio, respectivamente.
12
Em Santa Catarina 24% da população com 18 anos ou mais de
idade concluíram o ensino médio (Censo Demográfico 2010). Na ADR de
Caçador esta proporção varia de 8,29% (município de Calmon) até
19,44% (município de Caçador).

No que se refere ao desempenho dos alunos da educação básica,


a região de Caçador se encontra em patamar inferior à média de Santa
Catarina, tanto no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(Ideb)3 quanto na Nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Deve-se considerar que 74,8% dos Docentes do Ensino Médio e 78,4%
do Ensino Fundamental têm formação superior (35ª e 31ª posições
dentre as ADRs, respectivamente).

Tabela 1. Indicadores da Educação Básica (Rede Pública) em Santa Catarina, por ADR
IDEB (2015); Taxa de Distorção Idade Série, Taxa de Abandono do Ensino Médio, ENEM (2014)
Ideb - Anos Ideb - Anos Taxa de Taxa de
Taxa de
Iniciais do Finais do Distorção Distorção Nota
Abandono
Ensino Ensino Idade-Série Idade-Série Média do
Ensino
Fundamental Fundamental Ensino Ensino ENEM
Médio
(2015) (2015) Fundamental Médio

Santa Catarina 6,10 4,90 13,00 16,10 6,50 501,30


ADR de Caçador 5,62 4,09 17,96 18,79 10,84 491,32
Caçador 5,60 4,10 18,00 19,80 11,40 531,30
Calmon 5,40 3,30 18,70 24,80 18,80
Lebon Régis 5,20 3,70 18,80 17,20 9,30
Macieira 6,40 - 18,70 12,50 2,80
Matos Costa 5,30 3,80 15,80 9,90 2,10 458,80
Rio das Antas 6,70 5,40 25,00 24,30 14,10 512,90
Timbó Grande 5,70 4,30 11,90 11,90 7,20 440,00
Fonte: Inep. Elaboração: SPG – Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

Em comparação às outras 36 regiões (ADRs) do estado, a ADR


ocupa as seguintes posições: Ideb Anos Iniciais do Ensino fundamental
– posição 34; Ideb Anos Finais do Ensino Fundamental – posição 35;

3
Santa Catarina em seu Plano Estadual de Educação tem como meta alcançar em 2021 as seguintes médias
para o IDEB: Anos Iniciais do Ensino fundamental = 6,5; anos Finais do Ensino Fundamental = 6,2.

13
Nota do ENEM – posição 24; Taxa de Abandono Ensino Médio –
posição 36; Taxa de Distorção Idade-Série Ensino Fundamental –
posição 35; Taxa de distorção Idade-Série Ensino Médio – posição 32.

No Ideb – Anos Iniciais do Ensino Fundamental, o pior resultado


é do município de Lebon Regis, com índice igual a 5,2. Já, em relação ao
Ideb – Anos Finais do Ensino Fundamental, os piores desempenhos ficam
com Calmon e Lebon Régis, com índices de 3,3 e 3,7, respectivamente.
No Enem, os municípios de Matos Costa e Timbó Grande apresentam
notas bem inferiores à média Estadual.

Em relação à Taxa de Abandono no Ensino Médio, esta é muito


superior à média do Estado, sendo os melhores resultados dos
municípios de Macieira e Matos Costa. Ainda em relação à Taxa de
Abandono do Ensino Médio destacam-se negativamente os municípios de
Calmon, Rio das Antas e Caçador, com índices acima da média da ADR.

Já, no que se refere a Taxa de Distorção Idade-Série, a região


apresenta valores acima da média estadual tanto para o Ensino
Fundamental quanto para o Ensino Médio. Alguns municípios da região
apresentam Taxas de Distorção Idade-Série no Ensino Médio elevadas,
em especial, Calmon e Rio das Antas.

Saúde

A taxa de mortalidade infantil é uma variável fundamental em


desenvolvimento humano e está altamente correlacionada com
expectativa de vida. Trata-se de uma variável clássica nos estudos em
desenvolvimento. O resultado desta taxa tem relação direta com
aspectos de atendimento de saúde básica, saúde materna, pré-natal,
além de infraestrutura e saneamento básico.

Em Santa Catarina, no ano de 2014, a taxa média de mortalidade


infantil ficou em 9,97 (em 2013 era 10,45). Este valor é aceitável pela

14
OMS (10,0) mas bem acima do Chile, que detinha, em 2014, a menor
taxa de mortalidade infantil da América Latina, situada em 7,2.

Na ADR de Caçador a taxa de mortalidade infantil em 2014 ficou


em 11,86, acima da média estadual, situando-se na 30ª posição
dentre as regiões do estado. As menores taxas em 2014 foram nas
ADRs de Quilombo (4,02), Maravilha (5,41) e Palmitos (6,57) e as
maiores foram nas ADRs de Ibirama (16,56), Lages (17,61) e Curitibanos
(17,94).

Indicadores complementares qualificam a análise da área de


saúde. Em relação ao Índice de Cobertura de Médicos (médicos que
atendem pelo SUS por mil habitantes), em 2014, Santa Catarina
apresentou na média índice de 1,25. A condição ideal, segundo o
Ministério da Saúde, é 2,5 médicos para cada mil habitantes4. Na região
da ADR Caçador, o índice é de 0,66 (menor que a média estadual e
ocupando a 33ª posição dentre as 36 regiões). O melhor índice é da
região da Grande Florianópolis, com 1,82 e o pior é da ADR Dionísio
Cerqueira, com 0,55.

O número de Leitos Hospitalares SUS para cada mil habitantes no


ano de 2014 na ADR Caçador era de 1,29, ocupando a 30ª posição
dentre as 36 regiões, enquanto a média estadual ficou em 1,70. A ADR
com maior índice é a de Seara (3,17) e a com pior índice é a de Itajaí
(1,06).

1.2.4 Indicadores de Assistência Social e Segurança Pública

Assistência Social

Utilizamos três indicadores para análise da situação das famílias


de baixa renda em Santa Catarina e nas regiões: extrema pobreza,
cadastro único e bolsa família.

4
Um sistema público de saúde de referência é o do Reino Unido, onde há 2,7 médicos por mil habitantes.

15
Extrema Pobreza

Pessoas que vivem com renda per capita de até R$70 por mês,
considerando o ano de 2010 como referência, se enquadram na situação
de extrema pobreza. Segundo dados do censo de 2010, 1,64% da
população de Santa Catarina vivem nessa situação.

Na região da ADR de Caçador, 3,23% da população vivem na


extrema pobreza (posição 27ª entre 36 ADR’s). A extrema pobreza é
mais acentuada no meio rural (nos municípios de Macieira, Timbó Grande
e Matos Costa) e mais acentuada no meio urbano (nos municípios de
Caçador e Lebon Régis). Os municípios de Timbó Grande e Lebon Régis,
com 8,01% e 6,67%, respectivamente, são os que apresentam os
maiores percentuais de extrema pobreza da ADR.

Cadastro Único

O Cadastro Único é uma ferramenta utilizada pelo governo para


conhecer melhor a situação socioeconômica das famílias de baixa renda5.
No estado de Santa Catarina (dados de 2015) 299,3 mil famílias com
renda mensal per capita menor que ½ salário mínimo estão inscritas no
Cadastro Único. Já, na ADR de Caçador, são 9.025 famílias. Os
municípios de Caçador (3.850 famílias) e Lebon Régis (2.004 famílias)
são os que mais têm famílias inscritas.

Em Santa Catarina, 20,1% da população está inscrita no Cadastro


Único, enquanto na ADR, essa proporção sobe para 37,76% da
população (posição 34ª das ADR’s). Os municípios de Calmon e Matos
Costa são os que têm os maiores percentuais de população inscrita no
Cadastro Único, com 91,11% e 88,55%, respectivamente.

Bolsa Família

5
Neste cadastro podem se inscrever famílias com renda per capita inferior a meio salário mínimo ou com
renda máxima da família de 3 salários mínimos. Ele é utilizado por famílias de baixa renda que querem ter
acesso a políticas públicas como o programa Bolsa Família e o programa Minha Casa, Minha Vida.

16
No estado de Santa Catarina (dados de 2015) 131,5 mil famílias
recebem o Bolsa Família, isso representa 6,80% da população do estado.

Na ADR de Caçador 4.273 famílias recebem o benefício


(posição 12ª entre as 36 ADR’s), representando 14,20% da população
da região. Os municípios de Caçador (1.638 famílias) e Lebon Régis
(1.112 famílias) são os que têm mais famílias que recebem o benefício,
enquanto os municípios de Calmon e Timbó Grande são os que
representam os maiores percentuais de população com bolsa família,
com 38,23% e 35,40%, respectivamente. Os municípios de Macieira
(6,45%) e Caçador (7,81%) são os que apresentam os menores
percentuais, mas ainda estão acima da média estadual.

Tabela 2. Indicadores da Assistência Social em Santa Catarina


Indicadores de Assistência Social
Pessoas em Extrema
Bolsa Família 2015
Pobreza 2010 Cadastro Único 2015
Extrema Pobreza total Beneficiários do PBF
População Inscrita (%)
(%) (%)
Santa Catarina 1,64 6,80 20,01
ADR de Caçador 3.23 14.20 37.76
Caçador 2.35 7.81 26.78
Calmon 6.44 38.23 91.11
Lebon Régis 6.67 32.97 65.68
Macieira 2.79 6.45 31.96
Matos Costa 5.32 24.87 88.55
Rio das Antas 1.66 14.04 40.14
Timbó Grande 8.01 35.40 60.31
Fonte: MDS/Data CAD; Censo Demográfico IBGE – 2010.
Elaboração: SPG – Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

Segurança Pública

A taxa de homicídios (por 100 mil habitantes) em 2015 na região


da ADR Caçador é de 11,85 ficando abaixo da média estadual de 12,16
e ocupando a 26ª posição dentre as 36 regiões catarinenses. A menor
taxa ocorreu na ADR de Jaraguá do Sul, com índice de 1,57 e a maior
taxa foi na ADR de Joinville, com 22,7.

17
O número de furtos e roubos (por 100 mil habitantes) foi de
1.322, ocupando a 15ª posição no estado, cuja média ficou em 1.753
no ano de 2015. O menor índice foi na ADR de Itapiranga com 760 e o
maior índice foi na região de Florianópolis, com 2.666.

1.3. Características econômicas

A região apresenta uma estrutura produtiva onde agropecuária e


indústria têm uma participação relativa maior perante os outros setores
de atividades quando comparado à média do estado.

1.3.1 Agropecuária, Indústria e Serviços

A agropecuária é uma atividade muito importante nesta região,


contando com 4.042 estabelecimentos agropecuários, sendo 78,2%
familiares. A maior parte destes estabelecimentos são de pequeno porte,
com 23,29% detendo área de terra menor que 10 hectares (em SC
36,6% estão neste grupo) e 33,46% entre 10 e 20 hectares). Os
municípios de Calmon e Matos Costa têm, proporcionalmente, menor
número de pequenos estabelecimentos.

Figura 4. Estabelecimentos Agropecuários por grupos de área total (ha) - 2006

450 412
400

350

300

250

200
123 134
150 109
93
100

50 18 27

0
Caçador Calmon Lebon Régis Macieira Matos Costa Rio das Antas Timbó
Grande
< 10 10 < 20 20 < 50 > 50

Fonte: IBGE - Censo Agropecuário 2006.


Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

18
As principais culturas econômicas são as lavouras temporárias,
com destaque para soja (9.180 ha), milho (11.473 ha), cebola (1.164
ha) e tomate (1.318 ha). Já entre as lavouras permanentes o destaque
é a produção de maçã (724 ha) e uva.

Os maiores produtores de milho e soja são Caçador, Lebon Régis


e Rio das Antas. Os municípios de Caçador e Lebon Régis também se
destacam na produção de cebola e tomate. As culturas da maçã e da uva
estão mais localizadas em Lebon Régis, Rio das Antas e Caçador.

A região de Caçador produziu, no ano de 2014, 1,85% da


soja, 2,43% do milho, 8,1% da cebola, 56,9% do tomate, 4,93%
da maçã e 9,52% da uva de Santa Catarina.

Em relação aos setores de indústria e serviços, na região da ADR


Caçador há 5.800 estabelecimentos que empregam, sendo 2.112 no
comércio; 2.244 no setor de serviços; 673 na indústria de transformação
e 181 na construção civil (dados de 2014 do MTE/Rais).

1.3.2 Mercado de Trabalho e Renda

Emprego Formal

Santa Catarina tinha, ao final de 2014, 2.273.933 pessoas com


emprego formal, com uma taxa de crescimento de 3,66% ao ano entre
2010 e 2014. Na região da ADR de Caçador, em dezembro de 2014,
havia 30.590 pessoas formalmente empregadas, ocupando a 19ª
posição em geração de emprego no estado. A taxa de crescimento do
emprego foi de 2,5% ao ano, ficando na 28ª posição dentre as ADR’s
em crescimento entre 2010 e 2014.

A remuneração dos empregados formais em 12/2014 foi de R$


2.173,00 na média de Santa Catarina, sendo que os empregados na
região da ADR Caçador recebiam R$ 1.797,00, ocupando a 13ª posição
dentre as 36 ADR’s.

19
Os principais setores de atividades que geram empregos formais
na ADR de Caçador (Figura 5) são indústria de transformação com
13.449 empregos (43,96%), serviços com 5.904 empregos (19,30%),
comércio com 4.465 empregos (14,59%) e administração pública com
3.272 empregos (10,69%).

Em relação à média de Santa Catarina, a região de abrangência


da ADR de Caçador tem mais empregos concentrados na indústria de
transformação e na agropecuária e extração vegetal, e bem menos no
comércio e serviços. Este panorama configura uma região com perfil
mais voltado ao setor da indústria de transformação, que gera 43,97%
dos empregos formais (Figura 5).

Figura 5. Empregos Formais por Setor de Atividade (%) - 2014

100%
9,6
11,49
90%
10,7
80% 47,41
30,53 19,3
70%
60% 40,45 40,56
14,6
50% 20,03 47,8
40%
30% 59,97
43,97 47,08
20%
30,09
10%
0%
Santa ADR Caçador Calmon Lebon Macieira Matos Rio das Timbó
Catarina Caçador Régis Costa Antas Grande

Extrativa Mineral Indústria de Transformação


Servicos Industriais de Utilidade Pública Construção Civil
Comércio Serviços
Administração Pública Agropecuária, Extração Vegetal, Caça e Pesca

Fonte: MTE/RAIS
Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

A indústria de transformação é o setor que mais gera empregos


nos municípios de Caçador (47%), Timbó Grande (60%) e Rio das Antas
(40,2%). O setor de serviços é relevante na geração de empregos

20
somente para o município de Caçador (22,4%). A agropecuária tem
grande importância, sobretudo, em Lebon Régis (com 47,4%), Calmon
(31,8%) e Rio das Antas (26,7%).

Chama atenção o quanto a administração pública participa em


termos de empregos nos municípios da região, representando 47,8% do
total em Calmon, 40,6% em Matos Costa e 40,5% em Macieira.

Na figura 6 podemos observar a quantidade total de empregos


formais em cada um dos municípios da região. O município de Caçador
concentra 80% do total.

Figura 6. Empregos Formais por Setor de Atividade nos Municípios – 2014

Fonte: MTE/RAIS
Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

Quanto ao grau de instrução, na ADR Caçador, 31,9% dos


empregados formais tem o ensino médio completo, inferior ao do Estado,
que é de 42,8%. Outros 15,4% tem o ensino superior (completo e

21
incompleto) e 24% tem somente o ensino fundamental (completo e
incompleto).

Renda dos Domicílios (Censo demográfico 2010 – IBGE)

No ano de 2010, existia 1,993 milhões de domicílios em SC e 31,6


mil domicílios na região da ADR Caçador. A renda destes domicílios da
ADR Caçador girava em torno de 68 milhões mensais, com forte
concentração no município de Caçador (76,8%).

A Renda Domiciliar per capita era de R$ 784,55, ficando na 31ª


posição dentre todas as 36 regiões e abaixo da média estadual de R$
1.121,17. O município com maior renda domiciliar por pessoa era Rio
das Antas (R$ 933,92), ocupando a posição 78 no estado, e com pior
renda domiciliar por pessoa era Calmon (R$ 432,59), ocupando a posição
292 no estado.

Figura 7. Mapa da Renda Domiciliar per capita - Municípios da ADR Caçador - 2010

Fonte: IBGE/SPG (2013).


Elaboração: SPG - Diretoria de Estatística e Cartografia.

22
1.3.3 Geração de Riqueza: PIB e Valor Adicionado

Produto Interno Bruto (PIB)

A ADR apresentou, em 2013, um Produto Interno Bruto (PIB) de


R$ 3,14 bilhões, o que representava 1,47% do total do estado e
ocupando a posição 17 dentre as 36 regiões.

Entre 2010 e 2013 o PIB da região cresceu a uma taxa média de


11,58% ao ano, superior à média de Santa Catarina, que nesse período
ficou em 8,65%.

O PIB per capita era de R$ 29.098,84, abaixo do valor médio do


estado (R$ 32.289,58), o que a colocava na 18ª posição entre as 36
regiões do estado. O município de Caçador possuía o maior PIB per capita
da ADR, acima da média estadual (com R$ 34.194,78 e na posição 58),
enquanto Matos Costa possuía o menor valor da ADR (R$ 11.675,85) e
um dos menores do estado (posição 287).

Em 2013, o município de Caçador possuía o maior PIB da ADR,


com R$ 2,54 bilhões, o que representava 80,74% da região e 1,19% do
estado.

Um segundo grupo de municípios, Lebon Regis (com R$ 200,1


milhões), Timbó Grande (R$ 136,8 milhões) e Rio das Antas (R$ 122,7
milhões) se situam numa posição intermediária. Os municípios de
Macieira e Calmon geram PIB’s de menor expressão na região. O menor
PIB da ADR é do município de Matos Costa (R$ 32,3 milhões)

A Figura 8 ilustra o PIB dos municípios da região de abrangência


da ADR de Caçador em 2013.

23
Figura 8. Mapa do Produto Interno Bruto dos Municípios da ADR Caçador - 2013

Fonte: IBGE/SPG (2013).


Elaboração: SPG - Diretoria de Estatística e Cartografia.

Valor Adicionado Bruto (VAB)

Em relação aos setores que compõem o Valor Adicionado Bruto


(VAB) da ADR, os Serviços respondem por 43,4%, a Indústria por
41% e a Agropecuária por 14,4%. Em relação à média dos
municípios do estado, a ADR de Caçador apresenta uma maior
participação da Agropecuária e da Indústria, conformando um perfil mais
voltado ao setor primário e à indústria6 (Figura 9).

Em termos relativos, o setor de serviços tem relevância para


todos os municípios que compõem a ADR de Caçador. O setor da
indústria tem grande importância econômica na região, com presença
relativa maior no município de Caçador (48,9%) e Timbó Grande

6
O VAB de Santa Catarina (ano de 2013) se distribui em 62,4% nos Serviços, 30,9% na Indústria e 6,7% na
Agropecuária.

24
(31,6%). A agropecuária é um setor importante com geração de riqueza
em todos os municípios da ADR, mas com relevância ainda mais
significativa para os municípios de Calmon, Lebon Régis, Macieira e Rio
das Antas (Figura 9).

A ADR de Caçador contribui com 3,36% do VAB da Agropecuária,


2,12% do VAB da Indústria e 1,08% do VAB dos Serviços do estado de
Santa Catarina.

Figura 9. VAB da ADR Caçador, Municípios e SC – Participação dos Setores (%)

Valor Adicionado Bruto (%) - 2013

100%
90%
80% 43,49 47,99
70% 62,43 66,87
60%
50%
31,65
40% 42,03
48,95
30%
30,86 45,25 45,14 44,77 40,11
20%
10% 14,48
6,71
0%
Santa ADR Caçador Calmon Lebon Macieira Matos Rio das Timbó
Catarina Régis Costa Antas Grande
Agro. Ind. Serv.

Fonte: SPG/IBGE.
Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

Ao analisar a localização dos setores na ADR, pode-se identificar


quanto cada município contribui para o VAB total gerado nesta região.
Na Figura 10 pode-se observar o VAB gerado em cada setor nos
municípios da ADR.

Nos Serviços, o município de Caçador se destaca na ADR com


78,3% do VAB do setor, seguido por Lebon Régis (7,3%). Na Indústria,
há uma forte concentração no município de Caçador, que gera 92,4% do

25
VAB do setor; em 2° lugar aparece Timbó Grande, com 3,5% do VAB
gerado. Na Agropecuária, novamente Caçador é o município que mais
contribui para o valor adicionado, com 44,4% do VAB do setor, seguido
por Lebon Régis (21,3%) e Rio das Antas, com 11,5% (Figura 10).

Figura 10. VAB dos Municípios da ADR Caçador – Valor dos Setores (mil R$)

Valor Adicionado Bruto (mil R$) - 2013


1.200.000,00 1.093.318,33

958.968,68
1.000.000,00

800.000,00

600.000,00

400.000,00

181.269,10
200.000,00 90.023,61
87.000,37
54.187,47

0,00
Caçador Calmon Lebon Régis Macieira Matos Rio das Timbó
Costa Antas Grande
Agropecuária Indústria Serviços

Fonte: SPG/IBGE.
Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

A Agropecuária gera um importante valor econômico para


a região, colocando-a na 11ª posição dentre todas as ADR’s, em
termos de geração de valor adicionado bruto (VAB).

No VAB das Atividades da Agropecuária da ADR, tem expressão


econômica os produtos das lavouras temporárias, com 53,8% do VAB do
setor, com destaque para as culturas de cebola e tomate. Essas estão
presentes na maioria dos municípios, sendo de relevância relativa maior
para Caçador, Lebon Régis, Macieira e Rio das Antas.

Em seguida aparece silvicultura e extração vegetal, com 25,4%,


com extrema importância relativa sobretudo para os municípios de

26
Calmon e Timbó Grande. O cultivo de cereais e os bovinos tem presença
relativa maior para o município de Matos Costa. A criação de suínos e
aves tem maior importância para Macieira e Rio das Antas.

A região apresenta, portanto, uma agropecuária bastante


diversificada, produzindo cereais, hortaliças, fruticultura, criação de
animais e silvicultura e extração vegetal. A Figura 11 demonstra os
principais produtos do VAB da Agropecuária dos municípios da ADR de
Caçador em 2013.

Figura 11. Mapa dos principais produtos do VAB da Agropecuária dos municípios da
ADR Caçador - 2013

Fonte: IBGE/SPG.
Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

No VAB da Indústria, a indústria de transformação


participa com 90% e a construção civil com 6,8%, na média da
ADR (Figura 12). Ambas, indústria de transformação (com 93,9%) e

27
construção civil (com 77,4%) encontram-se fortemente concentradas
no município de Caçador.

Em termos relativos, a indústria de transformação é importante


para os municípios de Caçador (91,5%), Timbó Grande (90,4%), Calmon
e Rio das Antas. A construção civil tem maior importância relativa para
os municípios de Macieira (52,5%), Lebon Régis (51%) e Matos Costa. A
indústria extrativa e os serviços industriais de utilidade pública (SIUP)
apresentam pouca expressão nos municípios da região (Figura 12).

Figura 12. VAB das principais atividades da Indústria (%) da ADR Caçador

100% 6,79
90%
80% 43,82
50,99 52,5 9,96
70%
60%
50% 14,78
90,04 91,49 90,39
12,44
40% 77,14
69,88
30%
20%
10%
0%
ADR Caçador Calmon Lebon Macieira Matos Rio das Timbó
Caçador Régis Costa Antas Grande
Construção Civil
Prod. e Dist. de Eletricidade, Gás, Água, Esgoto e Limpeza Urbana
Indústria de Transformação
Indústria Extrativa

Fonte: SPG/IBGE. Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

A indústria de transformação tem importante presença


econômica na ADR, se colocando na 11ª posição dentre todas as
regiões catarinenses, em termos de geração de valor adicionado
bruto (VAB).

Na estrutura da indústria da transformação (Figura 13), destaca-


se fortemente a atividade Eletrometal mecânica com 46,8% do total,
sendo especialmente representativa para os municípios de Caçador
28
(49,5%) e Rio das Antas (27,6%). O segmento de Madeira e celulose
contribui com 35,5% do VAB da indústria de transformação na região,
com participação relativa destacada nos municípios de Timbó Grande,
Macieira e Lebon Régis.

Além destas duas atividades, o segmento de confecção e têxtil


participa com 6,99% do total na ADR, tendo importância relativa para
alguns municípios, especialmente, Matos Costa, Rio das Antas e Lebon
Régis (Figura 13).

Figura 13. Estrutura de atividades (%) da Indústria de Transformação da ADR Caçador

100%
90% 26,43
80% 33,72
35,54
70% 10,76 62,4
70,07
60%
84,5
50% 24,5
85,65
40%
46,82 49,48
30% 19,61 55,99

20%
10% 13,39 6,99
0%
Santa ADR Caçador Calmon Lebon Macieira Matos Rio das Timbó
Catarina Régis Costa Antas Grande

Alimentos e Bebidas Automóveis Confecção e Têxtil


Eletrometal Mecânica Madeira e Celulose Outras

Fonte: SPG/IBGE. Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

Os serviços têm presença econômica relevante na região,


contudo, se coloca na 22ª posição dentre todas as ADR’s, em
termos de geração de valor adicionado bruto (VAB).

No VAB dos Serviços, a Administração Pública participa com


30,4% (acima da média de Santa Catarina, que é de 21,4%); Comércio
em geral (varejo e atacado) com 16,4% e Atividades Imobiliárias com
16%, na média da ADR (Figura 14). Ambos, comércio e atividades

29
imobiliárias estão concentradas no município de Caçador, e em menor
valor, no município de Lebon Régis.

Figura 14. Participação relativa dos principais Serviços (%) na ADR Caçador

100

90

80 11,74
70

60
16,09
50 47,4
40 42,7 60,9
62,3 47,2 51,1
30,4
30

20
23,06
10 16,49

0
ADR Caçador Calmon Lebon Macieira Matos Rio das Timbó
Caçador Régis Costa Antas Grande

Comércio (varejo e atacado) APU


Atividades Imobiliárias Transporte, Armazenagem e Correio
Ativ. Profissinais, Científicas, Admin. e Serviços Compl.

Fonte: SPG/IBGE. Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

A atividade Administração Pública tem forte incidência no VAB


serviços dos municípios da ADR, sendo o de maior participação relativa
em todos. Isto sinaliza uma dependência considerável da geração de
valor adicionado em serviços a partir do setor público. Esta dependência
é mais intensa nos municípios de menor porte, sobretudo em Calmon,
Matos Costa, Timbó Grande, Macieira e Rio das Antas (Figura 14).

1.4. Finanças dos Municípios

A Federação Catarinense de Municípios (FECAM) vem publicando


a cada dois anos indicadores sobre o desenvolvimento dos municípios
catarinenses. Especificamente sobre o índice “finanças públicas”, este
apresentou um valor de 0,544 para os municípios da região de Caçador.
O município melhor colocado foi Rio das Antas e o pior Timbó Grande.

30
Analisando três indicadores que compõem o índice finanças
públicas (base de dados de 2012):

Em Santa Catarina, na média, a “receita corrente líquida per


capita” dos municípios é de R$ 2555,38. Na ADR de Caçador, três
municípios apresentam valores inferiores, sendo o melhor colocado
Macieira com receita/capita de R$ 5222,89. O município com pior receita
per capita é Lebon Régis com R$ 1552,60.

Em relação ao indicador “percentual de receita própria sobre a


receita corrente líquida”, na média dos municípios catarinenses, este
valor está em 10,16%. Na região de Caçador, com exceção do município
de Caçador, que tem 12,75% de receita própria, todos os demais
apresentam um grau de autonomia financeira extremamente baixo,
altamente dependentes de repasse de recursos constitucionais.

O indicador “receita comprometida com a folha de pessoal” 7, na


média dos municípios catarinenses, está em 49,81%. Na ADR, os
municípios encontram-se abaixo do limite da LRF, com exceção de Timbó
Grande, que compromete 68,75% da receita.

Tabela 3. Indicadores de Finanças Públicas dos municípios


Finanças dos Municípios
Índice FIRJAN de Gestão
FECAM – Finanças Públicas (2014)
Fiscal
Receita Própria Receita
Receita Corrente Ranking
Sobre Receita Comprometida
Líquida Per Capita Estadual IFGF – 2015
Corrente Líquida com Folha de
(R$) IFGF (2015)
(%) Pessoal (%)
Santa Catarina 2.555,38 10,16 49,81 - 0,542
ADR Caçador 2.779,83 4,70 54,70
Caçador 1.676.11 12.75 51 253 0,402
Calmon 3.212.69 3.43 52.51 263 0,370
Lebon Régis 1.552.60 3.72 53.84 250 0,408
Macieira 5.222.89 3.03 52.69 35 0,650
Matos Costa 3.177.13 1.77 53.83 142 0,548
Rio das Antas 2.699.01 5.44 50.26 222 0,465
Timbó Grande 1.918.39 2.77 68.75 247 0,412
Fonte: FECAM (Base de dados de 2012); FIRJAN (Base de dados de 2015).
Elaboração: SPG – Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

7
A lei de responsabilidade fiscal (LRF) estabelece o limite de 54%.

31
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) publica
anualmente o índice FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF)8. Este índice mostra
que, no ano base de 2015, o número de prefeituras catarinenses em
situação fiscal difícil ou crítica atingiu 72,5% do estado.

Na ADR de Caçador, o município de Macieira foi classificado como


de “boa gestão” (com índice de 0,65). O município de Calmon se
enquadrou no grupo de “gestão crítica”, apresentando um índice de 0,37,
enquanto os demais se posicionaram no grupo de municípios de “gestão
em dificuldade”.

1.5. Características da infraestrutura

Habitação

No que diz respeito à infraestrutura de habitação, as análises


abrangem domicílios residenciais atendidas com: energia elétrica; rede
geral de abastecimento de água; coleta de lixo; e rede de esgoto (geral
ou pluvial).
O censo demográfico 2010 registrou 1.993.097 domicílios no
estado, desses 31.649 localizados na ADR de Caçador (IBGE, 2010).

a) Energia elétrica:

Do total de domicílios, 97,5% possuía medidor de consumo de


energia elétrica. Na ADR de Caçador, 30.035 domicílios têm acesso à
energia elétrica, com percentual de 94,9%, similar à média estadual.
Considerando os municípios que compõem a ADR, observa-se que os
percentuais oscilaram de 89,64% a 99,46%, sendo a menor cobertura
em Calmon (89,64%) e a maior em Macieira (99,46%).

8
O IFGF tem como objetivo estimular a cultura da responsabilidade administrativa, possibilitando maior
aprimoramento da gestão fiscal dos municípios. É classificado em Conceito A – gestão de excelência (>0,8),
Conceito B – boa gestão (0,6 – 0,8), Conceito C – gestão em dificuldade (0,4 – 0,6) e Conceito D – gestão
crítica (<0,4).

32
b) Água encanada:

Do total de domicílios, 81,48% (1.624.058) estava ligado à rede


geral de abastecimento de água em 2010 (IBGE, 2010).

Na ADR de Caçador 77,39% dos domicílios estavam ligados à rede


geral de abastecimento, ficando à exceção de Caçador (86,04%), todos
seus municípios com percentuais abaixo da média do estado. O menor
índice registrado é no município de Macieira, com apenas 29,04%.

c) Rede de esgoto sanitário:

No que diz respeito a esse indicador, os números de 2010 no


estado chamam atenção, apenas 579.576 dos mais de 1.990.000
domicílios estavam ligados à rede geral de esgoto ou pluvial, ou seja,
apenas 29,08%. (IBGE, 2010).

Na ADR de Caçador esse indicador encontrava-se abaixo da média


do estado, com 20,85% (6.598 domicílios). Todos os municípios da ADR
possuíam cobertura abaixo da média estadual, sendo que a maior parte
dos municípios apresentou valores extremamente baixos: Calmon
(1,89%), Timbó Grande (1,24%), Macieira (8,17%) e Rio das Antas
(7,81%).

d) Coleta de lixo:

Em Santa Catarina, 92,78% dos domicílios residenciais


(1.849.171) possuíam coleta de lixo efetuada diretamente por serviço de
limpeza (IBGE, 2010).

A média da ADR de Caçador está próxima a média estadual com


86,62% desse tipo de coleta (27.413 domicílios). Nos municípios da
região esses percentuais oscilaram de 64,35% (Matos Costa) a 93,64%
(Caçador).

33
Tabela 4. Indicadores da Habitação
Número de Domicílios com Energia, Água, Esgoto e Coleta de Lixo (CENSO 2010)
Domicílios Energia Água Encanada Rede Esgoto Coleta Lixo
Total Unidades % Unidades % Unidades % Unidades %
Santa Catarina 1.993.097 1.943.338 97,5 1.624.058 81,5 579.576 29,1 1.849.191 92,8
ADR 31.649 30.035 94,9 24.492 77,4 6.598 20,8 27.413 86,6
Caçador 21.962 20.893 95,1 18.896 86,0 5.352 24,4 20.565 93,6
Calmon 898 805 89,6 564 62,8 17 1,89 610 67,9
Lebon Régis 3.480 3.342 96,0 2.237 64,3 896 25,7 2.382 68,4
Macieira 551 548 99,5 160 29,0 45 8,2 402 73,0
Matos Costa 833 773 92,8 437 52,5 114 13,7 536 64,3
Rio das Antas 1.908 1.755 92,0 938 49,2 149 7,8 1.483 77,7
Timbó Grande 2.017 1.919 95,1 1.260 62,5 25 1,2 1.435 71,1
Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010.
Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

Estabelecimentos de Saúde

A Saúde foi analisada a partir da infraestrutura de atendimento de


serviços públicos disponíveis nas unidades instaladas na ADR conforme
segue: Hospitais Gerais, Policlínicas, Centros de Saúde, Postos de Saúde,
Unidades de Pronto Atendimento- UPA’s e Pronto Socorro, assim como o
número de Médicos e Leitos Hospitalares, em números absolutos e
quantidade por mil habitantes9.

Santa Catarina registrou 204 Hospitais Gerais, 03 localizados na


ADR de Caçador, nos municípios de Caçador, Lebon Régis e Matos Costa.
O número de Policlínicas registradas foi de 186 para o Estado, sendo
04 (2,15%) na ADR, das quais 03 em Caçador e 01 em Lebon Régis.

Os Centros de Saúde somavam 1.510 unidades no estado com


registro de 11 unidades (0,73%) na ADR de Caçador. Estão presentes
em todos os municípios da ADR. Quanto aos Postos de Saúde, a ADR

9
Todas as informações deste item se referem ao ano de 2014 e foram obtidos a partir do DATASUS.

34
de Caçador possuía 16 das 355 unidades existentes no Estado,
representando 4,51%, com destaque para Caçador com 11 unidades.

Santa Catarina registrava 30 UPA’s, com 02 na ADR, nos


municípios de Caçador e Timbó Grande e 08 Pronto Socorro, porém
nenhum na ADR de Caçador.

O número de Médicos com atendimento através do SUS em 2014


era de 8.411 em todo o Estado, sendo que na ADR de Caçador haviam
72 médicos (0,66% do Estado). Todos os municípios da ADR possuem
número de médicos/1.000 hab. menor que a média estadual (1,25),
sendo a maior média no município de Caçador (0,81) e a menor no
município de Lebon Régis (0,17).

Em 2014 o estado de Santa Catarina contava com 11.425 Leitos


Hospitalares do SUS, sendo 140 (1,23%) localizados na ADR de
Caçador. Dentre os três municípios da ADR que apresentaram leitos
disponíveis o maior índice (por 1.000 hab.) foi Matos Costa com 4,40 (12
leitos), seguido por Lebon Regis com 3,72 (45 leitos) e por Caçador com
1,11 (83 leitos).

Estabelecimentos de Educação

A análise dos dados não pode ser dissociada da oferta de vagas


nos diferentes níveis educacionais das redes pública e privada da região,
cuja análise aborda: (i) Número de escolas da rede pública estadual,
municipal, privada e de educação de jovens e adultos; (ii) Cursos de
capacitação profissional – formação técnica profissionalizante; (iii)
Número de cursos de graduação.

A tabela a seguir, identifica a situação da região de abrangência


da ADR de Caçador nos três aspectos citados.

35
Tabela 5. Instituições de Ensino nos municípios da ADR de Caçador
Infraestrutura - Educação
Escolas Públicas Escolas Formação Técnica - Cursos
EJA
Estadual Municipal Particulares SENAI SENAC CEDUP IFSC IFC
Santa Catarina 1.302 3.962 954 67 61 16 14 103 62
ADR de Caçador 21 71 14 1 1 0 0 3 0
Caçador 12 30 14 1 1 3
Calmon 1 5
Lebon Régis 3 10
Macieira 1 2
Matos Costa 1 6
Rio das Antas 2 4
Timbó Grande 1 14
Fonte: Censo Escolar SED-SC, 2015
Elaboração: SPG - Diretoria de Planejamento e Diretoria de Estatística e Cartografia.

a) Número de escolas da rede pública de ensino:

Especificamente na região de abrangência da ADR de Caçador, no


ano de 2015 em relação a 2014, houve o acréscimo de escola na rede
pública estadual, passando de 19 para 21 (1,61% do total de escolas
estaduais). O número de escolas municipais diminuiu de 77 para 71
(1,79% do total de escolas municipais). Na rede particular também
houve redução passando de 20 para 14 (1,47% do total de escolas
particulares).

A Educação Básica de Jovens e Adultos no Estado é realizada pelos


67 Centros (CEJA’s), através de ensino presencial, por disciplinas 10.
Desses, um (01) Centro oferece essa modalidade de ensino na cidade
sede da ADR. Em relação ao número de alunos na modalidade de EJA,
em 2015, a rede estadual totalizou 32.565 matriculas, das quais 2.067
no Ensino Fundamental – anos iniciais, 9.678 no Ensino Fundamental –
anos finais e 20.820 no Ensino Médio.

10
Maiores informações acessar www.portalestatistico.sc.gov.br

36
O Instituto Federal de Santa Catarina - IFSC11, bem como o
Instituto Federal Catarinense - IFC12 oferecem Cursos Técnicos na
modalidade de Educação de Jovens e Adultos por meio do Programa
Nacional de Integração Profissional com a Educação Básica, nos termos
do Decreto Federal nº 5.840, de 2006.

b) Formação técnica profissionalizante:

A formação técnica é oferecida pelo SENAC e SENAI na rede


privada, pelos CEDUP’s – Centro de Educação Profissional, na rede
estadual13 e pelo IFSC e IFC da rede federal. Dos 256 cursos técnicos
oferecidos por essas instituições no estado, o IFSC oferece 03 cursos
técnicos e o SENAI oferece um (01).

c) Número de cursos de graduação:

Das instituições de ensino superior - IES públicas instaladas no


Estado, tem-se: (i) 04 federais – a Universidade Federal de SC – UFSC,
o Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC, a Universidade Federal da
Fronteira Sul - UFFS e o Instituto Federal Catarinense - IFC; (ii) uma
estadual, a Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC14; (iii) e
15 Instituições criadas por lei municipal de direito privado, vinculadas ao
Sistema ACAFE.

Com relação às instituições privadas que atuam em SC, registra-


se aquelas 34 afiliadas à Associação de Mantenedoras Particulares de
Educação Superior de Santa Catarina – AMPESC15 devidamente
credenciadas pelo MEC, representando, aproximadamente, 89% do
ensino superior particular catarinense.

11
www.ifsc.edu.br/ensino/modalidade, link guia de cursos.
12
http://issuu.com/institutofederalcatarinense/docs/ifc_guiadecursos
13
http://www.sed.sc.gov.br/index.php/servicos/etapas-e-modalidades-de-ensino/16973-endereco-dos-
cejas
14
www.udesc.br/cursospresenciais/pormunicipios
15
Oficio Presidência AMPESC Nº 2.156/2016, de 07.10.2016.

37
Na região de abrangência da ADR de Caçador, o SENAC – Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial, afiliado da AMPESC, oferece 03
cursos. A UNIARP – Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe, associada
à ACAFE, oferece 20 cursos na cidade sede da ADR.

Comunicações

Relativo a Infraestrutura de comunicações, as análises abrangem


conexões de banda larga fixa; municípios cobertos por banda larga móvel
(3G); e acessos de telefonia fixa por empresas concessionárias.

a) Conexões de banda larga fixa:

Do total de domicílios do Estado, 56,37% possui conexão de


Banda Larga Fixa. Considerando os municípios que compõem a ADR,
observa-se que Caçador detém o maior percentual de cobertura que é
de aproximadamente 20%, em torno de 4.400 domicílios. O índice mais
baixo pertence ao município de Lebon Régis com 2,84%.

b) Municípios cobertos por banda larga móvel:


O Estado possui 194 municípios cobertos com tecnologia banda
larga móvel 3G. Nesta ADR, o índice de cobertura é de 40%. Os
municípios que dispõe de cobertura são Caçador, Lebon Régis e Rio das
Antas. Os municípios de Calmon, Macieira, Matos Costa e Timbó Grande
não estão cobertos com esta tecnologia.

c) Acessos de telefonia fixa por empresas concessionárias:

Em 2016, o estado de Santa Catarina aponta 1.011.894 de


acessos, cerca de 50% dos domicílios atendidos. A ADR de Caçador
registrou 13.343 acessos, representando apenas 1,32% em relação ao
estado e na abrangência da ADR, temos 42% dos domicílios atendidos
com esta tecnologia. O município de Caçador destaca-se com 88% em
relação à ADR, alcançando 11.790 acessos.

38
Mapa da ADR de Caçador

Mapa 1. ADR com localização dos núcleos urbanos e vias de transporte

39
2. QUESTÕES QUE MERECEM ATENÇÃO ESPECIAL

2.1 Meio rural

- Êxodo rural com perda populacional em todos os sete municípios da


região de abrangência da ADR.

- Produção primária com predomínio de lavouras temporárias (tomate,


cebola) e da silvicultura e extração vegetal.

- Estrutura fundiária com presença de pequenas propriedades rurais.

2.2 Desenvolvimento social

- Maior parte dos municípios com IDHM insuficiente e vulnerabilidade


social muito acima da média do estado, com especial atenção para
Calmon, Matos Costa, Lebon Régis e Timbó Grande.

- Percentual de pessoas em extrema pobreza e recebendo Bolsa Família


muito acima da média estadual.

- Renda per capita das famílias bem abaixo da média estadual e Geração
de riquezas (PIB) per capita um pouco inferior à média dos municípios
catarinenses.

- Indicadores de educação básica muito abaixo da média dos municípios


catarinenses.

- Taxas de mortalidade infantil e de homicídios acimas da média


estadual.

2.3 Desenvolvimento econômico

- Estrutura produtiva voltada ao setor primário (agropecuária) em todos


os municípios, com exceção para o município de Caçador.

40
- Indústria concentrada nos segmentos Eletrometal mecânica e Madeira
e celulose. Ambas, indústria e serviços, extremamente concentrados no
município de Caçador.

- Região com forte geração de riqueza a partir do setor primário


(agropecuária) e da indústria de transformação, ocupando a 11ª posição
dentre as 36 regiões do estado.

- A maior parte dos municípios da região com dependência excessiva


em termos de geração de renda a partir de atividades relacionadas à
administração pública.

- Os municípios de Calmon, Macieira e Matos Costa têm forte


dependência de empregos gerados a partir da administração pública.

41
II - Caderno de Indicadores

42
2.1. Demografia:

Demografia
População Total, Urbana, Rural e PEA - 2010
Taxa de
Total Urbano Rural PEA
Urbanização
Santa Catarina 6.248.436 5.247.913 1.000.523 83,99 3.543.218
ADR de Caçador 103.962 82.883 21.079 79,72 52.509
Caçador 70.762 64.457 6.305 91,09 35.889
Calmon 3.387 2.115 1.272 62,44 1.606
Lebon Régis 11.838 7.522 4.316 63,54 5.605
Macieira 1.826 501 1.325 27,44 958
Matos Costa 2.839 1.465 1.374 51,60 1.496
Rio das Antas 6.143 2.740 3.403 44,60 3.505
Timbó Grande 7.167 4.083 3.084 56,97 3.450
Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010

2.2. Estrutura Fundiária e Produção Agropecuária:

Estabelecimentos Agropecuários - Estrutura Fundiária


Estabelecimentos Agropecuários - Estrutura Fundiária (2006)
Total Não familiar Familiar % Familiar
Santa Catarina 193.668 25.156 168.512 87,01
ADR de Caçador 4.042 881 3.161 78,20
Caçador 1.372 299 1.073 78,21
Calmon 308 100 208 67,53
Lebon Régis 713 197 516 72,37
Macieira 294 30 264 89,80
Matos Costa 244 65 179 73,36
Rio das Antas 565 78 487 86,19
Timbó Grande 546 112 434 79,49
Fonte: IBGE - Censo Agropecuário 2006

43
Estabelecimentos Agropecuários
Estabelecimentos Agropecuários - Grupos de Área Total (ha)
< 10 <10 % 10 < 20 10 <20 % 20 < 50 20<50 % > 50 > 50 %
Santa Catarina 69.394 36,61% 56.412 29,76% 45.310 23,90% 18.430 9,72%
ADR de Caçador 916 23,29% 1.316 33,46% 941 23,93% 760 19,32%
Caçador 412 30,05% 405 29,54% 332 24,22% 222 16,19%
Calmon 18 6,84% 154 58,56% 32 12,17% 59 22,43%
Lebon Régis 123 17,72% 274 39,48% 110 15,85% 187 26,95%
Macieira 93 31,74% 73 24,91% 93 31,74% 34 11,60%
Matos Costa 27 11,49% 97 41,28% 65 27,66% 46 19,57%
Rio das Antas 134 23,89% 127 22,64% 213 37,97% 87 15,51%
Timbó Grande 109 21,12% 186 36,05% 96 18,60% 125 24,22%
Fonte: IBGE - Censo Agropecuário 2006

Área e Produção das Principais Lavouras Temporárias


Área e Produção das Principais Lavouras Temporárias
Área Colhida (Hectares)
Batata-
Feijão Milho Soja Alho Cebola Tomate
Inglesa
Santa Catarina 88.018 436.433 560.098 2.150 19.311 2.735 5.348
ADR de Caçador 2.692 11.473 9.180 267 1.164 1.318 252
Caçador 750 3.500 1.800 40 350 770
Calmon 112 723 1.030 2 3 13 82
Lebon Régis 1.380 1.800 3.300 220 650 400 120
Macieira 30 1.150 200 50 70
Matos Costa 120 800 250 5 6 20 50
Rio das Antas 80 2.000 2.400 100 45
Timbó Grande 220 1.500 200 5
Quantidade Produzida (ton.)
Batata-
Feijão Milho Soja Alho Cebola Tomate
Inglesa
Santa Catarina 145.171 3.149.729 1.668.235 21.409 474.709 184.482 115.784
ADR de Caçador 3.752 76.679 30.932 2.601 38.646 105.000 5.140
Caçador 1.125 23.100 5.940 320 10.575 65.450
Calmon 146 3.687 3.090 16 75 650 1640
Lebon Régis 1.766 17.460 12.210 2.200 22.750 28.000 3.000
Macieira 45 6.900 540 2.000 5.250
Matos Costa 130 3.182 632 65 96 1.600 500
Rio das Antas 144 15.600 7.920 3.000 4.050
Timbó Grande 396 6.750 600 150
Fonte: IBGE – PAM (2014)

44
2.3. Emprego Formal:

Estabelecimentos por Setor de Atividade (Valor Absoluto) - 2014


Estabelecimentos por Setor de Atividade (Valor Absoluto) - 2014

Serviços Agropecuária,
Extrativa Indústria de Industriais de Construção Administração extração Total de
Comércio Serviços
Mineral Transformação Utilidade Civil Pública vegetal, caça Estabelecimentos
Pública e pesca

Santa Catarina 771 53.042 1.060 15.601 152.528 159.388 1.089 10.240 429.427
ADR de Caçador 5 673 22 181 2.112 2.244 21 542 5.800
Caçador 4 501 14 145 1.564 1.619 8 283 4.138
Calmon 0 11 1 4 35 27 4 30 112
Lebon Régis 0 63 3 10 262 291 2 110 741
Macieira 0 11 0 1 25 35 2 22 96
Matos Costa 1 12 1 4 34 93 2 24 171
Rio das Antas 0 42 2 4 72 91 1 53 265
Timbó Grande 0 33 1 1 92 78 1 25 277
Fonte: MTE/RAIS

45
Estoque de empregos formais por setor de atividade (Valor Absoluto) - 2014
Estoque de empregos formais por setor de atividade (Valor Absoluto) - 2014

Agropecuária,
Serviços
Extrativa Indústria de Construção Administração Extração
Industriais de Comércio Serviços Total
Mineral Transformação Civil Pública Vegetal, Caça
Utilidade Pública
e Pesca

Santa Catarina 8.496 684.309 20.124 105.331 455.439 694.185 261.177 44.872 2.273.933
ADR de Caçador 64 13.449 125 373 4.465 5.904 3.272 2.938 30.590
Caçador 64 11.524 109 348 3.900 5.503 1.754 1.274 24.476
Calmon 0 21 2 8 52 42 293 195 613
Lebon Régis 0 238 8 5 257 157 288 859 1.812
Macieira 0 75 0 0 21 19 125 69 309
Matos Costa 0 132 0 3 42 17 217 124 535
Rio das Antas 0 503 3 5 94 51 261 334 1.251
Timbó Grande 0 956 3 4 99 115 334 83 1.594
Fonte: MTE/RAIS

46
2.4. Indicadores Econômicos:

Renda Domiciliar
Renda Domiciliar (RD) e RD per capita - 2010
Renda Domiciliar RD per capita
Domicílios (nº) RD mensal (R$) % da ADR % de SC R$ Posição SC
Santa Catarina 1.993.097 6.009.377.509,22 - - 1.121,17 -
ADR Caçador 31.649 66.848.756,62 - 1,11 784,55 31
Caçador 21.962 51.390.201,52 76,88 0,86 887,94 112
Calmon 898 1.252.395,70 1,87 0,02 432,59 292
Lebon Régis 3.480 4.712.685,60 7,05 0,08 479,30 287
Macieira 551 949.819,31 1,42 0,02 592,03 260
Matos Costa 833 1.136.220,33 1,70 0,02 495,03 282
Rio das Antas 1.908 4.504.406,40 6,74 0,07 933,92 78
Timbó Grande 2.017 2.903.027,76 4,34 0,05 473,09 288
Fonte: IBGE/SPG

PRODUTO INTERNO BRUTO


Produto Interno Bruto e PIB per capita - 2013
PIB PIB per capita
PIB (R$ mil) % da ADR % de SC R$ Posição SC
Santa Catarina 214.217.274,01 - - 32.289,58 -
ADR de Caçador 3.145.788,04 - 1,47 29.098,84 18
Caçador 2.539.851,29 80,74 1,19 34.194,78 58
Calmon 68.220,23 2,17 0,03 19.970,79 210
Lebon Régis 200.086,97 6,36 0,09 16.567,61 248
Macieira 45.827,44 1,46 0,02 25.028,64 140
Matos Costa 32.307,08 1,03 0,02 11.675,85 287
Rio das Antas 122.668,43 3,90 0,06 19.642,66 211
Timbó Grande 136.826,60 4,35 0,06 18.255,72 228
Fonte: IBGE/SPG

47
Estrutura Produtiva
Valor Adicionado Bruto e Participação por VAB - 2013
Valor Adicionado Bruto (R$ mil) Estrutura (%)
Total Agropecuária Indústria Serviços Agro. Ind. Serv.
Santa Catarina 180.691.122,04 12.123.710,45 55.765.123,38 112.802.288,21 6,71 30,9 62,4
ADR Caçador 2.814.938,74 407.664,47 1.183.113,45 1.224.160,82 14,48 42,03 43,49
Caçador 2.233.556,11 181.269,10 1.093.318,33 958.968,68 8,12 48,95 42,93
Calmon 65.723,47 29.738,62 9.441,27 26.543,58 45,25 14,37 40,39
Lebon Régis 192.742,20 87.000,37 15.718,22 90.023,61 45,14 8,16 46,71
Macieira 43.977,76 19.688,34 3.186,66 21.102,76 44,77 7,25 47,99
Matos Costa 31.340,72 7.927,78 2.456,80 20.956,14 25,30 7,84 66,87
Rio das Antas 116.871,15 46.880,42 17.612,15 52.378,58 40,11 15,07 44,82
Timbó Grande 130.727,33 35.159,84 41.380,02 54.187,47 26,90 31,65 41,45
Fonte: IBGE/SPG

48
Estrutura das Atividades Agropecuárias por Participação no VAB - 2013
Estrutura das Atividades Agropecuárias por Participação no VAB (mil R$)
Outros
Cana- Produtos Bovinos e Silvicultura,
Cereais Produtos LT, Pesca,
Soja Fumo de- Lavoura outros Suínos Aves extração
para Grãos Horticultura, aquicultura
açúcar Perm. Animais vegetal
Viveiro

Santa Catarina 1.675.533 726.531 1.298.938 20.109 1.758.862 711.453 1.910.485 832.254 1.306.390 1.444.385 345.439

ADR Caçador 29.527,93 7.388,26 3.416,23 0 179.088,08 22.028,71 21.542,84 16.460,28 24.483,45 103.728,67 0
Caçador 8.301,07 1.083,51 146,03 0 116.175,32 4.452,18 3.875,98 1.625,42 11.219,42 34.390,16 0
Calmon 1.203,79 1.130,59 77,44 0 3.485,29 1,84 2.311,14 111,43 3.112,75 18.304,34 0
Lebon Régis 6.691,08 2.944,20 2.710,41 0 37.686,64 12.987,44 4.711,36 116,55 134,94 19.017,74 0
Macieira 2.192,95 160,59 108,42 0 9.998,23 36,84 1.504,46 4.467,58 753,17 466,11 0
Matos Costa 2.246,11 368,27 143,82 0 1.309,55 8,42 1.614,93 539,78 84,77 1.612,13 0
Rio das Antas 6.846,18 1.605,93 0 0 9.975,81 3.754,51 5.171,11 9.378,11 9.137,27 1.011,49 0
Timbó Grande 2.046,75 95,17 230,11 0 457,24 787,48 2.353,86 221,41 41,13 28.926,70 0
Fonte: IBGE/SPG

49
Estrutura das Atividades da Indústria por Participação no VAB - 2013
Estrutura das Atividades da Indústria por Participação no VAB (mil R$) - 2013

Prod. e Dist. de
Indústria Indústria de Eletricidade, Gás, Água,
Construção Civil
Extrativa Transformação Esgoto e Limpeza
Urbana (SIUP)

Santa Catarina 894.463,81 39.582.620,34 4.110.102,21 11.177.936,96


ADR de Caçador 1.648,37 1.065.260,97 35.820,50 80.383,58
Caçador 1.605,55 1.000.227,48 29.237,16 62.248,13
Calmon 0 7.283,40 423,45 1.734,42
Lebon Régis 0 5.747,51 1.956,13 8.014,58
Macieira 0 1.276,97 236,83 1.672,85
Matos Costa 0 1.017,16 363,18 1.076,46
Rio das Antas 42,82 12.307,10 1.754,03 3.508,20
Timbó Grande 0 37.401,35 1.849,72 2.128,94
Fonte: IBGE/SPG

Estrutura das Atividades da Indústria de Transformação por Participação no VAB - 2013


Estrutura das Atividades da Indústria de Transformação por Participação no VAB (%) - 2013
Madeira Demais Ativ.
Alimentos Confecção Eletrometal
Automóveis e Industriais de
e Bebidas e Têxtil Mecânica
Celulose Transformação

Santa Catarina 13,39 5,32 19,61 24,5 10,76 26,43


ADR de Caçador 3,13 0,04 6,99 46,82 35,54 7,47
Caçador 3,16 0,00 6,78 49,48 33,72 6,87
Calmon 0,11 0,00 1,33 0,00 36,16 62,40
Lebon Régis 1,88 0,00 19,96 7,24 70,07 0,85
Macieira 12,87 0,00 0,00 0,00 84,50 2,63
Matos Costa 1,13 0,00 55,99 0,00 23,58 19,29
Rio das Antas 10,75 3,15 34,50 27,56 11,09 12,96
Timbó Grande 0,30 0,00 1,76 0,18 85,65 12,11
Fonte: IBGE/SPG

50
Estrutura das Atividades de Serviços por Participação no VAB - 2013
Estrutura das Atividades de Serviços por Participação no VAB (mil R$) - 2013

Ativ.
Arte, Cultura,
Profissionais,
Comércio Esporte, Transporte,
Alojamento e Ativ. Educação Serviços de Interm. Científicas, Saúde
(varejo e APU Recreação, Armazenage
Alimentação Imobiliárias Privada Informação Financeira Admin. e Privada
atacado) Outras Ativ. m e Correio
Serviços
de Serviços
complem.

Santa Catarina 3.898.393 27.376.456 24.194.421 4.736.949 18.425.778 2.345.831 3.982.797 8.129.270 5.751.364 11.205.933 2.755.091
ADR Caçador 25.854,63 201.820,31 371.750,26 60.241,64 197.026,55 15.205,06 20.501,87 102.419,78 58.796,47 143.704,80 26.839,43
Caçador 22.988,29 166.730,10 241.652,90 43.052,29 159.706,82 15.198,65 18.295,36 87.165,33 53.045,78 125.643,18 25.489,97
Calmon 184,05 1.115,85 16.532,92 1.480,65 3.561,79 0 234,77 1.474,01 0 1.884,56 74,97
Lebon Régis 1.051,14 16.235,53 38.403,33 7.394,99 13.938,68 0 737,22 4.474,06 2.857,36 4.481,47 449,82
Macieira 89,66 4.865,59 9.999,03 1.668,28 1.420,13 0 169,71 1.341,85 0 1.548,50 0
Matos Costa 103,71 1.396,23 12.763,61 1.073,52 2.969,22 0 185,92 778,7 522,26 1.162,99 0
Rio das Antas 558,24 6.630,24 24.705,97 3.498,60 7.203,14 0 448,47 3.435,25 1.389,88 3.909,03 599,76
Timbó Grande 879,54 4.846,77 27.692,50 2.073,31 8.226,77 6,41 430,42 3.750,58 981,19 5.075,07 224,91
Fonte: IBGE/SPG

51
2.6. Indicadores de Assistência Social:

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) - 2010


IDHM, IDH - Renda, IDH - Educação e IDH - Longevidade (2010)
Posição IDHM Posição IDHM Posição IDHM Posição
IDHM
SC Renda SC Educação SC Longevidade SC
Santa Catarina 0,774 - 0,773 - 0,697 - 0,86 -
Caçador 0,735 148 0,728 165 0,620 177 0,878 49
Calmon 0,622 292 0,618 292 0,500 290 0,779 291
Lebon Régis 0,649 286 0,632 289 0,537 278 0,806 260
Macieira 0,662 276 0,675 261 0,533 280 0,806 261
Matos Costa 0,657 282 0,630 290 0,541 276 0,831 195
Rio das Antas 0,697 241 0,727 173 0,569 251 0,820 235
Timbó Grande 0,659 280 0,634 288 0,565 257 0,798 278
Fonte: PNUD

Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) - 2010


Índice de Vulnerabilidade Social IVS - 2010

IVS IVS IVS


Posição Posição Posição Posição
IVS Renda e Capital Infraestrutura
SC SC SC SC
Trabalho Humano Urbana

Santa Catarina 0,19 - 0,194 - 0,253 - 0,128 -


Caçador 0,238 201 0,226 104 0,339 238 0,148 220
Calmon 0,456 291 0,393 275 0,543 292 0,432 290
Lebon Régis 0,397 289 0,427 285 0,508 291 0,257 261
Macieira 0,234 196 0,266 149 0,404 274 0,032 87
Matos Costa 0,408 290 0,522 293 0,473 287 0,230 251
Rio das Antas 0,192 109 0,198 74 0,338 237 0,041 103
Timbó Grande 0,364 286 0,384 269 0,473 288 0,234 253
Fonte: IPEA

52
2.6. Indicadores de Assistência Social:

Indicadores de Assistência Social: Pessoas em Extrema Pobreza, Bolsa Família e Cadastro Único
Indicadores de Assistência Social
Proporção de Pessoas em Extrema
Pobreza - 2010 Bolsa Família - 2015 Cadastro Único - 2015
N° de
Percentual Percentual Famílias
Percentual Percentual
de de inscritas
de de Quantidade % da
Extrema Extrema com
Extrema Beneficiários de Famílias População
Pobreza, Pobreza, renda per
Pobreza da Beneficiadas Inscrita
Perímetro Perímetro capita até
total População
Urbano Rural ½ salário
mínimo
Santa Catarina 1,64 57,29 42,71 6,80 131.525 299.301 20,01
ADR Caçador 3,23 54,72 45,28 14,2 4.273 9.025 37,76
Caçador 2,35 67,31 32,69 7,81 1.638 3.850 26,78
Calmon 6,44 29,82 70,18 38,23 344 741 91,11
Lebon Régis 6,67 65,82 34,18 32,97 1.112 2.004 65,68
Macieira 2,79 13,73 86,27 6,45 31 145 31,96
Matos Costa 5,32 26,49 73,51 24,87 171 439 88,55
Rio das Antas 1,66 49,02 50,98 14,04 219 550 40,14
Timbó Grande 8,01 24,56 75,44 35,4 758 1.296 60,31
Fonte: Data Social

53
III – Glossário e Notas Técnicas

54
1. Agenda Regional de Desenvolvimento – Sintetiza uma
concertação de compromissos intragovernamentais com a
sociedade civil para serem executados em período plurianual.
Fonte: SPG.

2. Censo Demográfico – O Censo Demográfico é uma pesquisa


realizada pelo IBGE a cada dez anos. Através dele, reunimos
informações sobre toda a população brasileira. Fonte: IBGE.

3. Educação de Jovens e Adultos - A idade mínima para ingresso


na EJA é 15 (quinze) anos completos no ato da matrícula para o
Ensino Fundamental e 18 (dezoito) anos completos para o Ensino
Médio, conforme as Resoluções nº 3/2010/CEB/CNE e nº
074/2010/CEE/SC.

4. Educação Profissional - Em Santa Catarina, a educação


profissional técnica de nível médio é oferecida em todas suas
formas: (i) de forma integrada ao ensino médio (ensino médio +
curso técnico junto a instituição que oferta); (ii) concomitante ao
ensino médio (ensino médio em outra instituição + curso técnico);
(iii) subsequente (curso técnico pós ensino médio).

5. Emprego Formal - Trabalho com carteira assinada de acordo com


a legislação trabalhista vigente e, portanto, assegurando ao
trabalhador todos os direitos a que faz jus. Fonte: RAIS.

6. ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) - Desempenho dos


alunos do ensino médio para acesso ao ensino superior e aos
programas de financiamento em instituições privadas (nota de 0 a
1000). Fonte: MEC/INEP.

7. Estabelecimentos – O levantamento da RAIS é feito em nível de


estabelecimento, considerando-se como tal as unidades de cada
empresa separadas espacialmente, ou seja, com endereços
distintos. Fonte: MTE/RAIS.

55
8. IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) -
Esse indicador é calculado bianualmente pelo INEP, a partir dos
dados obtidos no Censo Escolar relativos à aprovação escolar e a
média de desempenho nas avaliações do Sistema de Avaliação da
Educação Básica (SAEB) e Prova Brasil. Fonte: MEC/INEP.

9. IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) - É


um índice composto que agrega 3 das mais importantes dimensões
do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida
longa e saudável, de ter acesso a conhecimento e ter um padrão
de vida que garanta as necessidades básicas, representadas pela
saúde, educação e renda.

 Classificado em muito baixo (0,0 - 0,499), baixo (0,500 –


0,599), Médio (0,600 – 0,699), Alto (0,700 – 0,799), Muito Alto
(0,800 – 1,0). Fonte: IPEA.

10. Instituto Federal Catarinense (IFC) - teve sua origem na


integração das Escolas Agrotécnicas de Concórdia, Rio do Sul e
Sombrio, mais os Colégios Agrícolas de Araquari e Camboriú que
eram vinculados à UFSC. Por meio da Lei Federal nº 11.892, de
2008, as escolas agrícolas foram unificadas e transformadas em
Campus do IFC, que conta hoje com 15 Campus acrescido da
Reitoria, em Blumenau. O IFC oferece educação em todos os
níveis, desde a formação inicial e continuada até a pós-graduação,
buscando o atendimento das demandas regionais de localização
dos campi.

11. Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) - A Lei Federal de


nº 8.948, de 8/12/1994, transformava automaticamente todas as
Escolas Técnicas Federais em Centros Federais de Educação
Tecnológica, condicionando o ato à publicação de decreto
presidencial específico para cada novo centro. No caso da Escola
Técnica Federal - ETF-SC, a transformação para CEFET-SC foi

56
oficializada em 27/03/2002, quando foi publicado no Diário Oficial
da União (DOU) o decreto de criação. Depois da mudança para
CEFET-SC, a instituição passou a oferecer cursos superiores de
tecnologia e de pós-graduação lato sensu (especialização). Com o
advento da Lei Federal 11.892, de 2008 nova mudança na área
tecnológica e profissionalizante ocorreu com a implantação de 38
Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Desde então
o IFSC, no Estado, vem sofrendo expansão.

12. IVS (Índice de Vulnerabilidade Social) - Permite identificar


falhas de oferta de bens e serviços públicos no território nacional,
sendo composto por três dimensões: Infraestrutura Urbana,
Capital Humano, Renda e Trabalho.

 Classificado em muito baixo (0,0 – 0,200), baixo (0,201 –


0,300), média (0,301 – 0,400), alta (0,401 – 0,500) e muito alta
(0,501 – 1,0). Fonte: IPEA.

13. PEA (População Economicamente Ativa) - É composta pelas


pessoas de 10 a 65 anos de idade que foram classificadas como
ocupadas ou desocupadas na semana de referência da pesquisa.
Fonte: IBGE.

14. PIB (Produto Interno Bruto) - representa a soma, em valores


monetários, de todos os bens e serviços produzidos em um
determinado espaço geográfico, no período considerado. Fonte:
IBGE.

15. PIB per capita - divisão do PIB pelo número de habitantes da


região e indica quanto cada habitante produziu em determinado
período. Fonte: IBGE.

16. Rede Estadual de Ensino - inclui as Escolas de Ensino


Fundamental – EEF’s, caracterizadas como de segunda etapa da
Educação Básica, constituída pelos anos iniciais (faixa etária de 6

57
a 10 anos) e pelos anos finais (faixa etária de 11 a 14 anos),
Escolas de Educação Básica - EEB que integram o ensino
fundamental e médio e Escolas Ensino Médio - EEM, em perímetro
rural e urbano. O Estado oferece, ainda, a Educação de Jovens e
Adultos destinada àqueles que não tiveram direito ao acesso ou
continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade
própria. (Art.37, LDB Lei nº 9.394/96). A idade mínima para
ingresso na EJA é 15 (quinze) anos completos no ato da matrícula
para o Ensino Fundamental e 18 (dezoito) anos completos para o
Ensino Médio, conforme as Resoluções nº 3/2010/CEB/CNE e nº
074/2010/CEE/SC.

17. Renda Domiciliar – somatório de renda de todos os moradores


do domicílio.

18. Renda domiciliar per capita – a soma dos rendimentos mensais


(em termos nominais) dos moradores do domicílio dividida pelo
número de seus moradores. Fonte: IBGE.

19. Setores da Indústria – Primário: As atividades giram em torno


da agricultura, pecuária e extrativismo, importante na fabricação
de matéria prima. Secundário: Setor Industrial da economia que
transforma matéria prima em produto para consumo interno e
externo, além da geração de energia e construção civil. Terciário:
É chamado de setor de Serviços, como Professores e Médicos.

20. Taxa de abandono no ensino médio - Percentual dos alunos do


ensino médio que abandonaram os estudos. Fonte: MEC/INEP.

21. Taxa de crescimento da população - Percentual de incremento


médio anual da população residente em determinado espaço
geográfico. Fonte: IBGE.

22. Taxa de distorção idade-série no ensino - Expressa o


percentual de alunos, em cada série, com idade superior à idade
recomendada. Fonte: MEC/INEP.
58
23. Taxa de homicídios (por 100 mil habitantes) - Número de
homicídios por 100 mil habitantes em determinado espaço
geográfico, no ano considerado. Fonte: SSP-SC/SISP.

24. Taxa de mortalidade infantil - Número de óbitos de menores de


um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente
em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Fonte:
SES: RIPSA-SC.

25. Taxa de urbanização - percentagem da população da área


urbana em relação à população total. Fonte: IBGE.

26. Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Instituição


pública federal, criada pela Lei nº 12.029, de 15/09/09,
abrangendo mais de 400 municípios da Mesorregião Grande
Fronteira Mercosul – Sudoeste do PR, Oeste de Santa Catarina e
Noroeste do Rio Grande do Sul. A sede no Estado localiza-se no
município de Chapecó, com a oferta de 13 cursos de graduação.

27. VAB (Valor Adicionado Bruto) – Valor que a atividade agrega


aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo. É a
contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades
econômicas, obtida pela diferença entre o valor de produção e o
consumo intermediário absorvido por essas atividades. Fonte:
IBGE.

28. Vínculos empregatícios, número de trabalhadores – entende-


se por vínculos empregatícios as relações de emprego,
estabelecidas sempre que ocorre trabalho remunerado. São
consideradas como vínculos as relações de trabalho dos celetistas,
dos estatutários, dos trabalhadores regidos por contratos
temporários, por prazo determinado, e dos empregados avulsos,
quando contratados por sindicatos. Fonte: MTE/RAIS.

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