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Houve uma época em que a poesia era maior do que o poeta. Ela era
tão maior que seu criador desaparecia no ato de uma fala, de uma voz,
sempre reencarnada, ao preço de apagar o nome dos que a proferiam
seguidamente. A fluência e a musicalidade das estrofes passavam
pelos rapsodos como a água levada por um riacho: elas chegavam até
ele em função de um acidente, de um desvio, não raro, de um brusco
declive que entornava parte da corrente em sua perplexidade e o fazia
declamar como se não pudesse mais conter seu transbordamento. A
isso chamavam – e chamamos – de inspiração. Roger Chartier, em seu
ensaio Formas da oralidade e publicação impressa, comparou muito
bem a “Ode”, o canto ritual declamado nos banquetes dos deuses, a
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08/02/2020 O POETA NO CINEMA BRASILEIRO – CineCachoeira
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
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O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: – “Meu cancioneiro
É bem martelado.
Portanto, o grande paradoxo tanto para o cineasta como para seu alter
ego sacrifical é que uma das marcas do nascimento do liberalismo no
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