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EXERCÍCIO 01: Experiência sensorial

Pense para si (caso sozinho) ou descreva para a pessoa com quem pratica, uma situação
na qual você fica profundamente envolvido, com um foco limitado de atenção. Para
algumas pessoas, é caminhar; outras, ler um livro, olhar pro céu, ver TV, dirigir, viajar,
e por aí vai. Você pode até mesmo pular esta parte de descrever essas situações e
descrever a experiência presente sua ou da pessoa em termos sensoriais.
Agora, descrevam aquilo que acreditam que precisa existir em termos de experiência
sensorial. Esta é a chave para os Padrões de Linguagem.

Exemplo: “Você pode sentir a temperatura do ar em seu corpo e o lugar em que seus pés
tocam o chão”. Todas estas descrições são dados sensoriais. A regra é ser vago.

Veja mais um exemplo: “Você pode observar os batimentos de seu coração, sente a
temperatura de sua pele... ouve o som de vozes na sala”, etc. etc.

O referencial para se saber o que usar é toda a experiência sensorial, tudo o que você e é
capaz de perceber acerca do que o ser humano capta através de seus cincos sentidos,
principalmente o que sentem, ouvem e vêem.

A lógica aqui é que quando você descreve a experiência sensorial das pessoas,
exatamente aquelas porções que elas estejam tendo naquele momento, a consciência
dessas pessoas se alteram, e elas começam a entrar em transe hipnótico.
Agora vocês sabem por que os scripts que vocês tanto se mataram para decorar possuem
tantas descrições como estas: “ela escutava a voz dele”, “sentia o seu coração bater”,
etc. De agora em diante, jamais precisarão memorizar script algum.

Foi fácil este exercício? Agora gostaria que treinassem ainda mais. Qualquer dado da
experiência é útil.

Obs.: * Sejam congruentes: ao contar uma história de uma outra garota para a sua
garota, descrevam o que a sua garota que esteja experimentando sensorialmente, não a
da outra. * Não exagerem nas descrições, por favor. As descrições sugeridas nos scripts
são apenas exemplos. Faça descrições até perceber que a garota entrou em transe. Umas
três descrições são o mínimo para se entrar em transe. Você notará que ela entrou em
transe pelos sinais faciais, respiratórios, musculares, tonais, etc. que ela enviar para
você.

EXERCÍCIO 02: Voz cadenciada


Este exercício se consiste em vocês realizarem as descrições do exercício anterior,
falando de maneira pausada, sensual, lenta, etc. Bandler sugere que se fale na
velocidade da respiração da pessoa que esteja sendo hipnotizada. Outros recomendam
falarem de 1 a 3 palavras por segundo, que equivale ao ritmo da batida cardíaca do ser
humano.

A lógica é que “não importa muito o que você diz, mas sim o modo como o diz”. A fala
pausada e melódica amplifica o impacto de suas palavras. Se você não acredita no poder
de se acompanhar a respiração ou os batimentos cardíacos das pessoas, vá a uma igreja
e repare que as batidas das musicas possuem estas velocidades e notem que são elas as
que mais deixam as pessoas concentradas e entorpecidas. (agora vocês sabem por que
aparecem “...” depois de um conjunto de palavras, nos scripts...).

Exemplo: “Você pode ter a consciência ... da temperatura .... de sua mão, ... dos sons
desta sala ... do movimento de seu corpo ... enquanto respira ... e ouvir o som da minha
voz”.

Dessa forma, com tais manobras de descrição e tonalidade verbal, você altera a
consciência das pessoas. A regra é que, ao fazerem descrições sensoriais, pulem de
sentido a sentido, podendo começar pelo visual, depois indo para o auditivo e
terminando no cinestésico (tato/sensação). Veja o que mais é capaz de aprofundar um
transe. No meu caso, como eu sou uma pessoa Visual, se você me fizer descrições
sonoras, eu entro mais fundo. Por isso, quando quero entrar em transe, fecho os olhos e
tendo me concentrar nos sons ao meu redor... e o tempo voa como um pássaro.

EXERCÍCIO 03: O uso de “Transições”...


Transições é um padrão de linguagem (com letras minúsculas mesmo!) que permite
passar de uma descrição a outra e, no fim, aplicar a sugestão que você quiser, como, no
caso da sedução, sentimentos e emoções ligadas a atração, amor, paixão, sensualidade e
sexo. As palavras-chave para se fazer transições são: e, enquanto, quando, porque, entre
outras, ou seja, aquelas palavras que indiquem conexão de uma coisa com outra. A
fórmula dessa técnica pode ser: “enquanto x, y”.

Exemplo: “Você pode sentir a textura de seus cabelos e, enquanto desliza seu dedo,
pode perceber que sorriu e parou. Pode, inclusive, sentir seu cotovelo com sua mão e
sentir a subida e a decida de seu próprio peito enquanto respira. E talvez ainda não
saiba, mas está quase ficando consciente da temperatura de seu pé direito”.

Obs.: Vocês podem fazer descrições do que quiserem, em termos sensoriais. Nada de
ficar centrados nestes scripts, pois os exemplos dados aqui podem fazer parte de sua
experiência sensorial ou da garota, mas com certeza não fazem parte da sua ou da
experiência sensorial dela. Só vocês saberão quais fazem parte, quanto estiverem tento
contato visual um com o outro, “ao vivo e a cores”.

O bom em usar transições é que lhe dá credito quando você colocar a sugestão que
pretende fazer, e a mente inconsciente dela começará a aceitar numa boa. O uso de
transições abrem passagem para você utilizar um padrão de linguagem chamado
“Truísmo” (ou “Yes-set”, como os americanos o chamam...). Truísmo se consiste em
você fazer afirmações verdadeiras sobre a experiência (sensorial - como nos exercícios
que fizemos -, etc.) da pessoa e, então, incutir dentro das descrições uma sugestão
camuflada do que quer que a pessoa sinta.

Exemplo: “Enquanto você está sentado nessa cadeira, você pode sentir o calor de sua
mão em seu braço ..., e pode sentir a tábua da mesa em seu joelho ... Se você escutar,
pode inclusive ouvir seu próprio coração batendo e ... começar a sentir uma sensação
maravilhosa tomando conta de todo o seu corpo”.
No final das descrições, você pode sugerir os sentimentos que quer que ela sinta:
sentimentos e emoções ligadas a atração, amor, paixão, sensualidade e sexo. Segundo
Bauer, você pode começar descrevendo os dados da perceção, depois passar a descrever
sensações e sentimentos e, por fim, emoções. Estas emoções podem ser a que você
escolher! Bandler, com toda a esperteza do mundo, ao explicar este fenômeno
lingüístico, afirma que o propósito de fazer transições e usar truísmos não é de enganar,
MAS DE FAZER TRANSIÇÕES E USAR TRUÍSMOS! Talvez, isso signifique que o
propósito seja enganar, rsrsrs.

A lógica é que quando se acompanha tais tipos de transições, vocês “seguem o fluxo”,
de modo que simplesmente embarcam na descrição seguinte. Não se trata, segundo
Bandler e Grinder, de terem sido convensidos. Vocês nem sequer pensaram se era
verdadeira ou falsa a sugestão do final. Apenas “seguiram o fluxo”. Isso acontece com
freqüência, mesmo fora do contexto da hipnose. Chamasse “viciamento mental”. Por
exemplo: se você tem uma amiga que a vida toda você só lhe falou verdades, quando,
muito depois, você pronunciar uma mentira, a garota ficará coagida a acreditar. Por
que? Porque a mente das pessoas se viciam em costumes e padrões, e se você vicia-la,
poderá mandar-lhe as sugestões que quiser!

Façam a seguinte experiência:


Calculem no pensamento:

1–1=?
4-1=?
8–7=?
15 – 12 = ?

Feito isso, escolha um número entre 12 e 5; qualquer número, o primeiro que lhe vier a
cabeça.
Pegou o 7, não foi? rsrsrsrs. Se não foi, passou perto, talvez o 6 ou 8. Acontece errar
nesta experiência. Mas comigo, deu certo na primeira, e com diversas pessoas com que
testei no dia em que tive acesso a esta experiência em um livro de matemática, e
posteriormente. Agora, ganha um e-book de mais de 250págs. de PNL quem souber me
dizer o por que desse fenômeno. Fácil, não? O autor do livro afirmou que o fenômeno
tinha a ver com a matemática em si. Eu não acreditei, pois o mesmo fenômeno acontece
com coisas não-matemáticas...

EXERCÍCIO 04: Comando embutido


Este é o último exercício de sua “indução hipnótica para fins de sedução” no estilo de
Ross Jeffries e da PNL. O comando embutido, tal como a voz cadenciada, é uma
característica não verbal dos Padrões de Linguagem. Existem várias formas de se fazer,
mas irei me limitar a duas em especial. Na primeira, ao realizar a indução usando
transições e truísmos, use comando verbais como “sinta isso se formando”, “focalize
nesses sentimentos”, etc. Faça isso quando já estiverem em transe. É uma técnica
opcional, dependendo de sua vontade e intenções.

A segunda, são os padrões “faça isso ... agora ... comigo”. Penso ser esta última uma
técnica de comando indireto, pois frequentemente nos scripts você vai ver “este é o
modo de fazer isso ... agora ... comigo, é diferente, pois...”. Assim, o “agora” e
“comigo” ganham o caráter do padrão de linguagem ambígua chamada “ambigüidade
de pontuação”. Neste tipo de ambigüidade, uma parte de uma frase é camuflada como
uma outra frase, que viria a seguir. Veja este exemplo comum: “Gostaria tanto de dirigir
um carro aquela menina que eu conheci ontem é muito jeitosa, sabe...”. Estas são as
facetas da ambigüidade de pontuação, mas, como Jeffries sabia, você não precisa saber
disto tudo. Mas se quiser saber mais, consulte o livro Atravessando Passagens em
Psicoterapias.

O que você precisa saber é que frases como “Fazer isso agora comigo” são comandos,
embutidos na sentença, no final das descrições, que servem para “linkar” sentimentos
em você. Você pode ser ainda mais indireto, e disfarçar: “É muito bom sentir isso ...
agora ... comigo .... acontece assim, sabe ... ”. O inconsciente dela irá perceber, ainda
mais se você marcar estas palavras com alguma característica não-verbal, como
alteração de tonalidade verbal, gestos, etc. Você poderá fazer uma determinada
expressão, talvez um toque, etc. no momento em que você proferir a sentença ou
palavra de comando. Isso se chama “Assinalação de Análogos” e é um tipo de
Ancoragem.

É fácil fazer isso, até meu irmão de 7 anos sabe fazer, fora da hipnose. Quando ele quer
enfatizar uma palavra, ele a marca usando uma tonalidade diferente ao pronunciá-la,
outras vezes mudando o ritmo de sua fala, outras fazendo mímica e gestos, etc. Tudo
isso faz parte de nossa comunicação não-verbal e se constitui uma forma poderosa e
natural de se comunicar com o inconsciente de uma pessoa.

Para aqueles que quiserem mais informações e se expandirem nessa técnica, consultem
o livro Atravessando Passagens em Psicoterapias, que engloba praticamente tudo em
matéria de Hipnose Ericksoniana. Vocês ficarão de bocas abertas após lerem este livro!
Suas vidas nunca mais serão as mesmas, rs.

Em se tratando de sedução, e seguindo os critérios deduzidos dos exemplos dados por


Jeffries e outros, os exercícios apresentados neste texto constituem o essencial para a
aprendizagem dos Padrões de Linguagem. Após treinar estes exercícios, vocês nunca
mais precisarão decorar scripts. Nunca mais! Vocês já se tornaram “Scriptsmakers”
naturais. Mas não precisam jogar fora seus scripts compilados. Eles ainda são exemplos
úteis, nada mais que isso.

Os exercícios ensinados neste texto são de natureza tão simples, tão fáceis de serem
praticados e que auxiliam a aprendizagem dos Padrões de Linguagem de forma tão
descomplicada que um amigo, após ler o manuscrito (pois ainda não chegou o meu pc),
disse estar envergonhado por ter dito que os Padrões de Linguagem eram difíceis e
complicados. “Sei agora que apenas estava „papagaiando‟ o que os outros caras que não
souberam ter uma aprendizagem legal com eles diziam... É, cara, os Padrões é a coisa
mais forte e ainda uma das técnicas mais fácil de ser aprendida em sedução. Seguindo
esses exercícios, não tem como errar!”.

Para concluir, gostaria de dizer que o que foi posto aqui não chega nem a ser a ponta do
iceberg do tão fantástico e ainda desconhecido mundo da Hipnose Ericksoniana, muito
menos chega a pesar uma grama do magnífico conteúdo do livro Atravessando
Passagens em Psicoterapias (desculpem a propaganda, não estou ganhando nada, mas é
que o livro é 1000 vezes + q bom mesmo!). Aqui foi apenas apontado um único tipo de
indução hipnótica. No livro, apresentam-se vários outros tipos, inclusive a “hipnose
pelo aperto de mão” (interrupção de padrão), onde você hipnotiza a pessoa apenas
apertando-lhe a mão num cumprimento. Por enquanto, em matéria de sedução, o que foi
exposto aqui basta, principalmente porque tratou de explicar os “mistérios” que giravam
em torno dos scripts. Mesmo assim, meu conselho é que se aprofundem.

Incorporem o que vocês leram ao que vocês ao que vocês já sabem dos scripts. Existem
coisas que contem nos scrpts e não foram explicados aqui, mas será fácil agora
entender-las. Destrinchem os scripts, porque agora vocês poderão lê-los com “outros
olhos”...

Pratiquem!!!

Sejam criativos!!!

Consigam várias garotas!

E até mais!!!!

Ps.: A promoção está de pé, mas só vale para as primeiras 3 pessoas! rsrsrsrsrsrs

Coffer Junior, 17-18/03/2006.

Fontes de consulta:

- Atravessando Passagens em Psicoterapias, de Richard Bandler e Jonh Grinder.


- Hipnoterapia Ericksoniana passo a passo, de Sofia Bauer.
- O Gene da Matemática, de Keith Devlin.

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